Fernão
de Magalhães ao serviço da coroa espanhola empreendeu uma viagem às Filipinas
(Ilhas Molucas) para reclamar a soberania destas ilhas para a Espanha.
Todos
sabem que o Tratado de Tordesilhas tinha dividido o planeta em duas metades,
sendo que uma dava a Portugal a posse das descobertas marítimas, e a outra aos
espanhóis. A viagem foi portanto desenhada para ser efectuada para ocidente respeitando assim a soberania
portuguesa resultante do referido tratado, e o regresso seria também pelo mesmo
caminho, o que não aconteceu pelas razões que se conhecem, e que deram origem à
morte de Fernão de Magalhães.
As
Molucas estavam na realidade na metade portuguesa do Tratado de Tordesilhas,
falhando assim a intenção de as reclamar a favor de Espanha, e a viagem de
circum-navegação aconteceu devido às circunstâncias resultantes da morte do
português e de outras derrotas que a expedição sofreu.
Na
realidade a viagem foi patrocinada pela coroa espanhola, no interesse de
Espanha, mas só foi possível devido aos conhecimentos marítimos adquiridos
pelos portugueses e pela teimosia do capitão português que atingiu o destino
proposto ainda que depois tenha tomado uma decisão infeliz que resultou na sua
morte. O retorno foi comandado por Juan Sebastián Elcano, o que deu uma razão
forte para os espanhóis festejarem os 500 anos da partida dos barcos que
partiram em 1519 de Salúcar de Barrameda.