Num dia ouvimos Portas dizer que
houve quem quisesse assustar e alarmar os idosos, e que não havia nada que o
justificasse porque a medida que iria ser tomada não atingiria 96,5% dos
beneficiários, e que o patamar a partir do qual existiriam cortes era para
pensões superiores a 2.000 euros.
Logo no dia seguinte um alto
dirigente do PSD vem anunciar que quanto aos salários dos funcionários públicos
haverá cortes de 2,5% a 12%, começando em salários a partir dos 600 euros, o
que significa que são atingidos 100% dos funcionários públicos.
Em Portugal temos diversos
patamares de dignidade que vão desde 485 euros, passam pelos 600 euros e vão
até aos 2.000 euros. Portas e Passos Coelho têm conceitos muito elásticos sobre
patamares de dignidade.
Quem tenha lido a imprensa destes
dias talvez não tenha reparado mas dos 4.700 milhões de euros que o governo
pretende poupar em 2014 não existe um único cêntimo que tenha proveniência do
lado dos lucros ou do capital financeiro, o que diz muito da falta de Justiça
na repartição dos sacrifícios.
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Pintura Africana