Ouvir Passos Coelho a explicar as
más medidas tomadas pelo seu governo é confrangedor, mais ainda quando fala de
economia e da falta de alternativas aos seus métodos.
O primeiro-ministro querendo
combater os "mitos" que envolvem o período de resgate português, na sua opinião,
afirmou que não seria possível não cortar salários e pensões, embora tenha
omitido se é possível reduzir o défice sem atacar a fundo as rendas excessivas.
Outro "mito" que Passos Coelho é o
de que não seria possível ajustar a economia com crescimento mas sim com
recessão. Claro que Passos Coelho andou a ler manuais obscuros e a evitar ver o
que se passa no mundo, onde os Estados Unidos e o Reino Unido andaram durante
esta crise a emitir moeda, só para citar dois países.
O maior cego não é aquele que não
vê mas sim aquele que não quer ver, diz o ditado popular, e este aplica-se na
perfeição a quem fala de mitos e os "contraria" com teorias nunca comprovadas.