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segunda-feira, junho 29, 2015

O HORROR À DEMOCRACIA

Tem sido com apreensão que tenho seguido as notícias sobre a Grécia, especialmente depois de Tsipras ter anunciado um referendo sobre a “ajuda” imposta pela troika nas últimas negociações.

Em princípio as coisas pareciam simples, pois do lado dos credores era incompreensível a nega por parte do governo grego, e do lado dos apoiantes da posição grega o recurso ao referendo era apenas a Democracia a funcionar em pleno.

As coisas são um pouco mais complexas, porque estão em causa muito mais do que as condições impostas pelos credores, mas também o direito democrático à participação do povo nas decisões do governo, e também o futuro do euro e da União Europeia.

Como é o referendo que está mais atravessado nas gargantas dos bons alunos da senhora Merkel e do FMI, convém recordar que não vejo a mesma animosidade para com o Reino Unido, que também vai realizar um referendo sobre a permanência na UE, talvez porque se trata dum parceiro que não acata a maioria das decisões do directório europeu, desde o princípio.


Dar a voz ao povo quando se está perante uma situação para a qual o governo não se sente mandatado deveria merecer o respeito de todos os democratas.  


sábado, janeiro 10, 2015

HIPOCRISIA DA ECONOMIA À POLÍTICA



A política europeia tem-se pautado pelas exigências da economia, que como se sabe tem defendido o capital e tem imposto austeridade aos povos enquanto a riqueza se vai concentrando em quem já a possuía.

Os cidadãos têm votado na crença de que os seus escolhidos, mas na realidade os governantes têm-se submetido à ditadura dos interesses económicos, defraudando as esperanças dos que neles votaram.

A Grécia anda uns passos à nossa frente nesta crise económica, e a sua experiência ajuda-nos a antecipar o que nos espera, o que devia preparar os nossos governantes para os próximos tempos, caso não existisse uma dose enorme de hipocrisia na política e uma submissão absoluta aos interesses da alta finança.

Repare-se por exemplo no que dizem os analistas económicos e os políticos europeus sobre os riscos da vitória do Syrisa nas eleições na Grécia, e as promessas recentes do 1º ministro grego Antonis Samaras, que agora promete baixar os impostos, aumentar salários e também as pensões.

Infelizmente a mensagem que se tira disto tudo é que a palavra dos políticos tem muito pouco valor, e que nos faltam os instrumentos para afastar de imediato quem engana os eleitores e depois se diz legitimado para governar, mesmo fazendo o contrário daquilo com que se comprometeu.



sexta-feira, dezembro 19, 2014

sexta-feira, outubro 24, 2014

TIQUES DO PODER

Há quem fale em bebedeiras do poder, em apego ao mesmo, ou mesmo em ditadura, mas não é preciso adjectivar muito, porque não passa da defesa de interesses a que o poder político está enfeudado.


domingo, setembro 01, 2013

A DEMOCRACIA É UMA CHATICE...

Ouvir Passos Coelho acusar os juízes do Tribunal Constitucional de gente com falta de bom senso, por chumbarem normas que o governo queria implementar por manifesta inconstitucionalidade, revela uma ideia muito concreta do respeito que o 1º ministro tem pelo TC.

A separação de poderes está consagrada na Constituição Portuguesa e ao Tribunal Constitucional cabe o papel de defensor intransigente da Lei fundamental do país, mas Passos Coelho não respeita a independência nem as decisões do TC, persistindo em desafiar os preceitos legais e nas críticas às decisões soberanas do TC.

A Democracia é uma chatice para Passos Coelho, mas terá que a aceitar apesar da relutância demonstrada.  
O Galo Português

quarta-feira, julho 10, 2013

A DEMOCRACIA E O CAPITAL



As sociedades sempre tiveram regras que asseguram a convivência das pessoas e dos interesses, regras essas que conferem deveres e direitos para todos.

Épocas houve em que alguns não tinham direitos, com a escravatura por exemplo, mas a consciência social acabaria por se impor e os direitos humanos acabaram por ser consagrados pelo concerto das nações.

Quando o ocidente tinha atingido algum equilíbrio social, eis que o mundo da alta finança faz asneira e lança muitas economias em profunda crise económica. Os cidadãos são chamados a pagar a crise e a financiar bancos e outras instituições financeiras, lançando a economia para uma recessão que estamos ainda a viver.

Insaciável, o mundo da alta finança e da especulação, que nos lançou para o buraco, vem agora dizer “ a culpa é da Constituição e da protecção que esta dá aos trabalhadores, mas também da contestação social, potenciada pelo direito de realizarem manifestações e demais protestos contra as mudanças indesejadas”.

Estes “defeitos econstrangimentos sociais” foram conquistados com muito esforço de muitos, mas estes senhores que são os culpados pela crise que se vive, pretendem sacrificar a Democracia aos seus interesses especulativos, numa ganância imensa e perfeitamente escandalosa.



terça-feira, outubro 23, 2012

AGORA SEM MÁSCARA



Há em Portugal uma quantidade apreciável de gente que odeia os funcionários públicos e que gostaria de desmantelar todos os serviços públicos. Com frequência gritam aos 4 ventos que o Estado é perdulário e demasiado gastador.

Podia chamar à colação diversos nomes mas fico-me por dois dos mais conhecidos, por terem tribuna na comunicação social, e que são Miguel Sousa Tavares e João César das Neves. É óbvio que desconheço as suas motivações, mas custa-me ouvir tantas acusações infundadas e tanta generalização.

Para que se percebam bem as minhas críticas começo por fazer notar que ambos confundem o governo com o Estado, quando falam de esbanjamento de verbas e nomeações por mera confiança política, que enxameiam infelizmente os quadros superiores de diversos ministérios.

Outro equívoco decorre de afirmações do tipo de “em democracia Portugal nunca conseguirá controlar a despesa”, como se a democracia fosse inimiga do crescimento e da boa governação. Também é lamentável ouvir da boca de um professor universitário que “foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país”, mas isto diz muito sobre a sua maneira de pensar o país.

Para que se veja bem que quando estes senhores falam da enorme dívida pública, que vai nos 117% apesar de toda a incompetência dos governos que temos tido, se esquecem muito convenientemente de dizer que a dívida total de Portugal é de mais de 432% do PIB, dos quais 101% são dívidas de empresas privadas. Também temos as dívidas das empresas públicas, mas estas tem gestão privada e não dão emprego a funcionários públicos.

Os erros dos governantes e dos patrões e gestores não são da responsabilidade dos seus assalariados, sejam eles do sector público ou do sector privado, e se existem culpados há que bater à porta dos altos responsáveis e não dos que apenas cumprem as tarefas para que foram contratados obedecendo a ordens superiores. Quando não há coragem para ir até lá acima e se distribuem culpas para cima de quem não tem o poder decisor, comete-se um acto de cobardia e uma enorme injustiça.  


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Humor - A Máscara