“Para você ganhar
belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.”
Para você ganhar um Ano
Novo, primeiro é preciso entender a SAUDADE...
De um perfume, das luzes,
certas músicas, algumas manias, daquela voz, das confidências, de boas
risadas... do final do dia onde a estafa era rapidamente substituída pela
cumplicidade ao desbravar a juventude...
É preciso aprender a
enxergar a saudade, a sentir a saudade e mostrar a ela que suas visitas têm dia
e hora marcada!
Quantas lembranças nos
vêm a mente quando encontramos um vestido velho, um bilhetinho esquecido
dentro de uma gaveta ou até em uma fotografia onde tudo, pode sim – pelo menos
ali – ser eterno?!
A vida nos endurece!
Será pela existência dos
contos de fadas nas fábulas ou pela ausência deles na realidade?
O certo é que o “para
sempre” de uma amizade, um amor, só se eterniza nas ‘fotografias’ NÃO rasgadas,
NÃO excluídas e ainda VIVAS em nossos corações – por mais que a boca e os sentimentos
se calem.
Horas, dias, meses,
anos... tudo muda!
Nós mudamos, portanto é
preciso aceitar as transformações e, se possível, reciclar-se com frequência.
Nada é igual: reviver o
passado jamais seria como antes!
Para ganhar um Ano Novo é
simples: basta que o NOVO... seja, simplesmente, NOVO!
“Para ganhar um Ano
Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.”