Papers by Odilio A Aguiar
Conjectura Filosofia E Educacao, Jul 20, 2012
Resumo: O artigo explicita a mudança introduzida na comunicação política pelos regimes totalitári... more Resumo: O artigo explicita a mudança introduzida na comunicação política pelos regimes totalitários e sua repercussão nos dias de hoje. Para tanto, consideraremos os seguintes textos de Hannah Arendt: "A propaganda totalitária", na terceira parte de Origens do Totalitarismo; o capítulo "Verdade e Política", da obra Entre o Passado e o Futuro e o capítulo "A mentira na política -Considerações sobre os Documentos do Pentágono", contido no livro Crises da República. Palavras-chave: imagem -publicidade -veracidade -verdade fatualmentira.
Resumo O presente artigo desenvolve aspectos inerentes à relação entre natureza e política segund... more Resumo O presente artigo desenvolve aspectos inerentes à relação entre natureza e política segundo Hannah Arendt e ambiciona especificar as categorias de vida, mundo e política, na perspectiva da autora. Guia-se, explicita ou implicitamente, pela in-quietante afirmação de Arendt, presente no capítulo " A crise na Cultura " , de Entre o passado e o futuro (1961), segundo a qual o poder é um fenômeno cultural, mundano, próprio à esfera da aparência e o critério apropriado para julgar apa-rências é a beleza. Compreender a política como uma esfera ligada à beleza é o desafio do presente texto. Palavras-chave: Natureza. política. mundo. beleza. Hannah Arendt Abstract This article discloses some aspects concerning the relationship between Nature and Politics according to Hannah Arendt and purposes to define categories such as Life, World and Politics in conformity with her thought. It is expressely and impliedly guided by Arendt's worrisome assertion – stated in Chapter 6, " The Crisis in Culture " , of Between Past and Future (1961)-that power is a cultural, mundane phenomenon, pertaining to the world of appearance, being thus Beauty the proper criterion to judge appearances. To get to understand how Politics and Beauty are related: such is our challenge in this article.
Abstract: This text looks upon Hannah Arendt’s poems and divide them in two sets for analytical p... more Abstract: This text looks upon Hannah Arendt’s poems and divide them in two sets for analytical purposes. The first one examines the juvenile poems written from 1923 to 1926. In this period her poems are unmistakably introspective. The second one addresses the poems of her maturity written from 1942 to 1952. At this juncture her poems are framed in a lyricism marked by the painful weave of circumstances that surround her and by her love of the world (amor mundi). The poetic contribution of Arendt’s is not vast, but clearly indicates the centrality of language and beauty in her reflections. Here the poems presented in the translation to Portuguese of both the Elisabeth Bruehl’s biography of Arendt (For the Love of the World) and in the translation of the correspondence between Arendt and Heidegger - published by Relume Dumará – are checked against the extracts of verses written in German presented in Elisabeth Young Bruehl’s biography.
Keywords: Hannah Arendt. Poetry. Introspection. Amor mundi. Beauty.
O artigo discute a relação entre condição humana e educação em Hannah Arendt. A autora é associad... more O artigo discute a relação entre condição humana e educação em Hannah Arendt. A autora é associada ao processo educativo da visão clássica da educação em contraposição à visão especializante e adestradora da modernidade. Em seguida, é apresentada a visão geral da condição humana em Arendt e, por último, aborda-se a natalidade que, segundo a autora em pauta, é a condição humana diretamente ligada à educação.
This article investigates the accounts of Aristotle’s concept of nature provided
by Pierre Aubenq... more This article investigates the accounts of Aristotle’s concept of nature provided
by Pierre Aubenque in The Concept of Prudence in Aristotle (1963) and Fred
Miller in Nature, Justice, and Rights in Aristotle’s Politics (1995). The former
outlines Aristotle’s understanding of nature (Phúsis) as a reality permeated
by an “ontology of contingence” while the latter addresses Aristotle’s view on
the topic at stake by scrutinizing the causal potencies of nature. On the one
hand, Aubenque’s interpretation tends to favor the political view of Aristotle
as a partisan of democracy understood as a system of government grounded
on practices of deliberation. On the other hand, Miller sees Aristotle’s political
thought as the forerunner of the modern theories of rights.
Keywords: Nature; Contingency; Cause; Democracy; Rights.
Resumo. O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuração... more Resumo. O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuração societária. Partiremos da definição de sociedade do conhecimento como sociedade em rede apresentada pelo sociólogo Manuel Castells e, em seguida, exporemos a relação atualmente existente entre o poder e a mediação tecnológica em Adorno (sociedade administrada), Guy Debord (sociedade do espetáculo) e Michel Foucault (dispositivos disciplinares e biopolíticos). Por último, será abordada a tecnologização da vida e a banalização do mal à luz do pensamento de Hannah Arendt. Palavras-chave: sociedade do conhecimento, técnica, política, banalidade do mal. Abstract. The article aims to discuss the dilemmas and possibilities of the politics in the existing models of society. It will start defining knowledge society as network society according to the concept introduced by sociologist Manuel Castells, and will follow with the relation between power and technological mediation according to Adorno (administered society), Guy Debord (society of the spectacle) and Michel Foucault (disciplinary and biopolitical dispositives). Finally, there is an approach to the overtaking of life by technology and the banality of evil according to Hannah Arendt's thought.
Resumo: o artigo propõe apontar e desenvolver o paradoxo inerente aos direitos humanos e, ao mesm... more Resumo: o artigo propõe apontar e desenvolver o paradoxo inerente aos direitos humanos e, ao mesmo tempo, explicitar a posição de Hannah Arendt sobre o assunto, especialmente sua compreensão dos direitos humanos como direito a ter direitos. Palavras-chave: Direitos humanos. Arendt. Ação. Juízo. Resistência. Abstract: The article aims to point and to develop the paradox inherent to human rights and at the same time, explain the position of Hannah Arendt on the subject, especially his understanding of human rights as the right to have rights.
Em primeiro lugar, gostaria de enunciar o contexto do nosso interesse pelo lúdico em Guy Debord. ... more Em primeiro lugar, gostaria de enunciar o contexto do nosso interesse pelo lúdico em Guy Debord. A nossa leitura de Debord coincidiu com uma meditação sobre a situação da Filosofia no Brasil. Na ocasião, estávamos convencidos de que a Filosofia brasileira tinha adquirido um nível de profissionalização e de especialização bastante significativo. Alcançamos patamares de produtividade, de acordo com o nosso peculiar modo de trabalhar, comparáveis aos das Ciências. Hoje o nosso grau de especialização é compatível com a Filosofia produzida nos grandes centros europeus e americanos. Mesmo se não alcançamos, ainda, o nível de profissionalismo e de especialização praticados nesses grandes centros mundiais de Filosofia, nos situamos no interior dessa lógica, pois estamos incrementando bons diálogos com eles. Se, por um lado, esse aspecto apresenta-se como uma evidencia, por outro lado, intriga-nos a dissociação entre a filosofia brasileira e a vida brasileira. Que luz tem lançado a Filosofia sobre as questões nacionais e sobre o nosso cotidiano? Onde podemos enxergar experiências brasileiras no pensamento filosófico brasileiro? Para não deixar dúvida, não acreditamos que exista, ou que seja possível encontrar, uma genuína alma brasileira ou experiências metafísicas brasileiras autênticas, capazes de gerar uma filosofia nacional isolada do diálogo filosófico mundial. Com isso, entendemos que não existe uma essência nacional atemporal nem é possível uma filosofia nacional pura. O possível e desejável é o trabalho do pensamento e o seu lançar luzes aos mais variados contextos espaço-temporais, inclusive brasileiro. Mas, até agora, não conseguimos dar dignidade às experiências brasileiras que poderiam ser interessantes para o alargamento do nosso fazer filosófico. Tivemos uma das mais organizadas experiências de desobediência civil, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e nenhuma reflexão filosófica sobre essa desobediência realizamos no Brasil. Ao contrário, enquanto os trabalhadores sem-terra invadiam, denunciavam e desafiavam publicamente a lei, nossas melhores cabeças filosóficas repetiam o coro do consenso, pauta da terceira via européia. Nada escrevemos sobre o dissenso. A miopia de grande parte dos nossos filósofos analíticos em relação à realidade e a vida, na verdade, parece ser uma deformação profissional que atinge os
Resumo: O presente artigo visa refletir sobre o pensamento de Hannah Arendt à luz do par conceitu... more Resumo: O presente artigo visa refletir sobre o pensamento de Hannah Arendt à luz do par conceitual necessidade-liberdade. Esse caminho é produtivo, pois dá conta tanto da obra mais conhecida e reconhecida da autora quanto das suas reflexões anteriores à Origens do Totalitarismo, que se dirigiam, na sua maioria, à comunidade dos Judeus e tinham a questão judaica como ponto central. As meditações arendtianas sobre o judaísmo, consideradas no presente artigo, foram publicadas em duas coletâneas na França:
Resumo Este artigo discute o tema da amizade na obra de Hannah Arendt. Nossa intenção é evidencia... more Resumo Este artigo discute o tema da amizade na obra de Hannah Arendt. Nossa intenção é evidenciar a importância desse assunto para uma reflexão sobre a resistência aos processos naturalizantes comuns na sociedade contemporânea. Partiremos do conceito de " inimigo objetivo " – signo da desertificação do mundo nas experiên-cias totalitárias baseadas na solidão. Em seguida, mostremos que as sociedades do trabalho (labor), altamente massificadas, também são incapazes de alimentar um sentido positivo para amizade, reduzindo-a à intimidade. Contra esse pano de fundo, Arendt vai pensar a amizade como amor mundi, capacidade humana de se associar aos outros através do discurso e da intermediação do mundo (espaço entre pessoas – in between). A amizade é, assim, condição para se pensar, julgar e agir. Abstract This article discusses the theme of friendship in Hannah Arendt's work. It is our purpose to show the relevance of such a subject to a reflection towards the naturalizing procedures pervading contemporary society. We depart from the concept of " objective enemy " – a sign of the global wasteland resulting from totalitarian experiences based on loneliness. Following on from that, we demonstrate how labour societies, being highly massified, are likewise unable to give a positive meaning for friendship, reducing it to intimacy. It is against this backdrop that Arendt thinks of friendship as amor mundi, the human ability to associate with others through speech and the mediation of the world. Friendship is, therefore, the requirement for thinking, judging and acting.
Conjectura Filosofia E Educacao, 2012
Trans Form Acao, 2007
■ RESUMO: O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuraç... more ■ RESUMO: O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuração societária. Partiremos da definição de sociedade do conhecimento como sociedade em rede apresentada pelo sociólogo Manuel Castells e, em seguida, exporemos os conceitos arendtianos de totalitarismo e ação, importantes para uma reflexão sobre a política nos dias atuais. Abordaremos as implicações da questão judaica na teoria política arendtiana, na qual sobressai uma perspectiva agônica do poder, isto é, o poder não como lugar das forças anônimas, sistêmicas, reprodutoras do status quo, mas de fundação, resistência, civilidade e revelação dos homens como agentes. O pensamento de Hannah Arendt mostra-se fecundo para compreensão das vias de acesso às práticas que repõem, na sociedade do conhecimento, a política na sua significação original. ■ PALAVRAS-CHAVE: política; sociedade do conhecimento; Manuel Castells; Hannah Arendt.
Educacao E Filosofia, 2008
... Arendt vai interpretar o posicionamento do satélite na órbita celeste, não apenas em termos d... more ... Arendt vai interpretar o posicionamento do satélite na órbita celeste, não apenas em termos de força, poder e domínio humano, mas, principalmente, como o primeiro passo para libertar o homem de sua ... o artigo de Teresa Calvet, O Trabalho (labor) em Hannah Arendt. ...
Pensando Revista De Filosofia, 2010
Resumo. O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuração... more Resumo. O artigo enseja discutir os dilemas e as possibilidades da política na atual configuração societária. Partiremos da definição de sociedade do conhecimento como sociedade em rede apresentada pelo sociólogo Manuel Castells e, em seguida, exporemos a relação atualmente existente entre o poder e a mediação tecnológica em Adorno (sociedade administrada), Guy Debord (sociedade do espetáculo) e Michel Foucault (dispositivos disciplinares e biopolíticos). Por último, será abordada a tecnologização da vida e a banalização do mal à luz do pensamento de Hannah Arendt. Palavras-chave: sociedade do conhecimento, técnica, política, banalidade do mal.
Philósophos - Revista de Filosofia, 2007
RESUMO: Nossa intenção é explicitar a noção de juízo em Hannah Arendt, partindo da legitimidade c... more RESUMO: Nossa intenção é explicitar a noção de juízo em Hannah Arendt, partindo da legitimidade como contexto de problematização e tomando a finitude humana como horizonte de tematização. Nosso principal argumento é o de que em Arendt o juízo é concebido como político e o gosto é o modelo do seu modus operandi. Essa concepção é fruto da recepção arendtiana da Terceira Crítica, a Crítica da Faculdade do Juízo, de Kant. Assim, a partir da ligação de juízo a gosto, apresentaremos as seguintes dimensões do juízo: intersubjetiva, autônoma e compreensiva.
DoisPontos, 2009
resumo Este ensaio expõe parte de uma pesquisa sobre a relação entre natureza e política, com ênf... more resumo Este ensaio expõe parte de uma pesquisa sobre a relação entre natureza e política, com ênfase nos processos de naturalização da vida humana na filosofia política contemporânea. O totalitarismo e o domínio total em Hannah Arendt é o aspecto da pesquisa sobre o qual iremos nos deter neste texto. Partiremos do totalitarismo como categoria narracional. Apresentaremos a novidade da forma totalitária de governar; sua base na passagem da questão judaica ao mal radical; as alterações, relacionadas ao tema do poder, serão expostas a partir dos elementos tipificadores do totalitarismo segundo Arendt:
RESUMO: O artigo investiga a concepção do poder em Hannah Arendt. O pano de fundo dessa reflexão,... more RESUMO: O artigo investiga a concepção do poder em Hannah Arendt. O pano de fundo dessa reflexão, na autora, é o mal inerente às práticas de extermínio dos governos totalitários. A nossa exposição ressalta a dimensão constituinte do poder, na qual o poder está associado à capacidade de iniciar e de fundar ações com os outros. Nesse sentido, distancia-se da dimensão constituída do poder: Estado, governo e soberania. Em Arendt, poder diferencia-se de dominação. Os termos que compõem nossa abordagem são: mundo comum, condição humana, ação, espaço público, desobediência civil e potência. PALAVRAS-CHAVE: Hannah Arendt. Poder. Ação. Espaço público. Desobediência civil.
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Papers by Odilio A Aguiar
Keywords: Hannah Arendt. Poetry. Introspection. Amor mundi. Beauty.
by Pierre Aubenque in The Concept of Prudence in Aristotle (1963) and Fred
Miller in Nature, Justice, and Rights in Aristotle’s Politics (1995). The former
outlines Aristotle’s understanding of nature (Phúsis) as a reality permeated
by an “ontology of contingence” while the latter addresses Aristotle’s view on
the topic at stake by scrutinizing the causal potencies of nature. On the one
hand, Aubenque’s interpretation tends to favor the political view of Aristotle
as a partisan of democracy understood as a system of government grounded
on practices of deliberation. On the other hand, Miller sees Aristotle’s political
thought as the forerunner of the modern theories of rights.
Keywords: Nature; Contingency; Cause; Democracy; Rights.
Keywords: Hannah Arendt. Poetry. Introspection. Amor mundi. Beauty.
by Pierre Aubenque in The Concept of Prudence in Aristotle (1963) and Fred
Miller in Nature, Justice, and Rights in Aristotle’s Politics (1995). The former
outlines Aristotle’s understanding of nature (Phúsis) as a reality permeated
by an “ontology of contingence” while the latter addresses Aristotle’s view on
the topic at stake by scrutinizing the causal potencies of nature. On the one
hand, Aubenque’s interpretation tends to favor the political view of Aristotle
as a partisan of democracy understood as a system of government grounded
on practices of deliberation. On the other hand, Miller sees Aristotle’s political
thought as the forerunner of the modern theories of rights.
Keywords: Nature; Contingency; Cause; Democracy; Rights.