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Química Aquática
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Química Aquática
Objetivos
• Desenvolver os conceitos de química aquática relacionados à avaliação da qualidade da
água, ao tratamento de água e de esgoto, ao controle da poluição e à análise de água.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Química Aquática
Contextualização
A água é um componente essencial para todas as formas de vida. No nosso planeta,
ela é abundante, porém uma pequena parte da água disponível é doce. Dessa pequena
parte, muito já foi perdido pelo homem devido à poluição e ao desperdício.
Nesse sentido, torna-se evidente que a sociedade necessita cada vez mais de profis-
sionais da área ambiental capacitados para resolver problemas relacionados à poluição
hídrica, que conheçam o comportamento das espécies químicas nesse meio.
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Oxidação-redução na Química Aquática
Sem dúvida, o agente oxidante mais importante em águas naturais é o oxigênio (O2)
dissolvido. Para que possamos entender como o oxigênio se comporta em meio aquoso,
precisamos revisar os conceitos de número de oxidação (NOX), oxidação e redução.
Para revisar os conceitos de número de oxidação (NOX), oxidação e redução, assista ao vídeo
“NOX, Reações de Oxirredução e Introdução ao Balanceamento das Equações Químicas
t
O2 + 4H + + 4e − → 2H2 O
Nesse caso, o oxigênio está com NOX = 0 nos reagentes e vai para NOX = 2- nos
produtos. O hidrogênio da água tem NOX = 1+, como temos dois hidrogênios na água,
temos NOX = 2+. Para que a molécula seja neutra, ou seja, tenha NOX total igual a
zero, o NOX do oxigênio deve valer 2-.
O2 + 2H2 O + 4e − → 4OH −
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A matéria orgânica é oxidada pelo oxigênio por meio da ação de microrganismos aeróbicos.
Se um corpo d’água apresentar grandes quantidades de matéria orgânica, como acontece
com os efluentes domésticos, uma grande quantidade de oxigênio será necessária para
que os microrganismos realizem a oxidação dessa matéria orgânica. Essa informação será
muito importante quando falarmos do tratamento e do controle da qualidade da água.
Além disso, também pela reação de fotossíntese, quando o meio está alcalino, ocorre
a formação de carbonato de cálcio (CaCO3) (MANAHAN, 2016).
As argilas são capazes de transportar diversos íons por meio da substituição iônica,
em que os íons Si4+ e Al3+ são substituídos por íons de tamanho semelhante, porém
com carga menor, como o K+, o Na+ e o NH4+. Esse tipo de material transporta
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resíduos biológicos, compostos orgânicos, gases e outras espécies de poluentes no meio
aquático. Entretanto, também são eficientes na imobilização de compostos químicos
dissolvidos em água, o que lhes confere propriedades purificadoras (MANAHAN, 2016).
·· Troca de solutos nos sedimentos de fundo:
A troca de fósforo com os sedimentos de fundo, que também ocorre pela suspensão
do material devido à corrente de água, também é muito importante. A troca com sedi-
mentos desempenha um papel importante na disponibilização desse elemento para algas
e, portanto, contribui para a proliferação desses organismos (MANAHAN, 2016). Em
águas poluídas por fertilizantes, que são ricos em fosfatos, a proliferação de algas entra
em desequilíbrio, passando a ser excessiva. A esse efeito, damos o nome de eutrofização.
A Figura 1 sumariza essas interações entre fases que ocorrem nos ambientes aquáticos.
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Poluição da Água
Podemos dizer que a poluição das águas é caracterizada pela presença, lançamento
ou liberação de qualquer forma de matéria ou energia em quantidade, concentração
ou característica em desacordo com a legislação ou que tornem as águas impróprias,
nocivas ou ofensivas ao ser humano, à fauna e à flora (NOWACKI e RANGEL, 2014).
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A poluição, pontual ou difusa, afeta as características físicas, químicas e biológicas
da água, alterando a cor, a turbidez, o pH e etc. Esses parâmetros, entre outros, são
considerados parâmetros de qualidade da água, que é o assunto que trataremos a seguir.
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Tabela 2 – Intervalos calculados com base nos nove parâmetros indicadores e respectivos índices
de qualidade de águas para abastecimento público.
Intervalo Qualidade
80-100 Ótima
52-79 Boa
37-51 Aceitável
20-36 Ruim
0-19 Péssima
Fonte: ROCHA et al., 2009.
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·· Oxigênio dissolvido (OD)
Os coliformes fecais são utilizados como indicadores biológicos da qualidade das águas
e ajudam na investigação de fontes poluidoras de conteúdo fecal. Devido às ligações
de esgoto clandestinas, é comum encontrarmos fezes humanas nos rios urbanos, por
exemplo. Para comprovar a contaminação fecal, é feita a determinação da Escherichia
coli, membro do grupo dos coliformes fecais (NOWACKI e RANGEL, 2014).
·· Fósforo total:
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Os resíduos totais são a matéria que permanece após a evaporação de uma amostra
de água. O estudo das frações de sólidos no controle de poluição das águas e na
caracterização de esgotos sanitários determina um quadro geral das partículas em relação
ao tamanho e a sua natureza (NOWACKI e RANGEL, 2014).
· Turbidez:
A turbidez pode causar diversos impactos à vida aquática, como a diminuição da taxa
de fotossíntese, aumento da toxicidade e a diminuição da temperatura. Esse parâmetro
é frequentemente determinado por meio da utilização de um equipamento conhecido
como turbidímetro.
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Os padrões de qualidade das águas e dos efluentes seguidos aqui no Brasil são definidos
pelas resoluções do CONAMA nº. 357/2005 e 430/2011, respectivamente.
Além disso, a resolução CONAMA nº. 357/2005 também classifica os corpos d’água em três
tipos: águas doces, salobras e salinas.
Você encontra essas resoluções nos links: https://goo.gl/XsUcIh e https://goo.gl/IYoZma
Vamos falar agora de cada uma dessas etapas (NOWACKI e RANGEL, 2014;
SABESP, 2009):
1. Represa
2. Captação e bombeamento:
Essa etapa ocorre assim que a água chega à estação. A adição de cloro ajuda
na remoção da matéria orgânica.
3.2. Pré-alcalinização:
Nessa etapa, é feita a adição de cal (CaO) ou soda (NaOH) à água para que
o pH seja ajustado. Para as etapas seguintes a essa, o pH da água deve estar
levemente alcalino.
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3.1. Coagulação:
Após a floculação, a água vai para o tanque de decantação, onde a sujeira floculada
aglutina-se no fundo, formando um lodo. Esse lodo é removido para o sistema de
esgoto a cada duas horas.
6. Filtração:
Nesa fase, a água passa por filtros constituidos de camadas de areia fina, areia
grossa, pedrisco e pedregulho. A filtração é realizada com a finalidade de reter os
flocos de sujeira remanescentes da decantação.
7. Cloração e fluoretação:
7.1 Cloração:
Essa etapa é uma etapa adicional do tratamento. Nela, adiciona-se flour à água
com a finalidade de reduzir a incidência das cáries dentárias na população.
Etapas do tratamento da fase líquida dos esgotos realizadas pela Sabesp na maior parte do
Estado de São Paulo. Disponível em: https://goo.gl/7smtBP
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Abaixo, vamos discutir cada uma dessas etapas (NOWACKI e RAN
1. Cidade:
Antes de ser efetivamente tratado, o esgoto passa por grades para que a sujeira
grossa seja retida.
4. Caixa de areia:
Após todas essas etapas, a fase líquida do efluente pode ser encaminhada para o rio.
·· Tratamento da fase sólida:
Etapas do tratamento da fase sólida dos esgotos realizadas pelas Sabesp no Estado de
São Paulo. Disponível em: https://goo.gl/YHAkhx
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1. Cidade
2. Entrada do lodo primário
O lodo primário segue para os adensadores, onde ele se torna mais concentrado
por meio da separação de parte da água presente nele.
5. Flotadores
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Para que haja um controle da poluição das nossas águas, necessita-se de tratamento
de esgotos industriais e domésticos. Sem isso, nossos corpos d’água estão fadados a
receber uma enorme carga poluidora da qual são incapazes de se recuperar sozinhos.
A técnica que será utilizada para a análise depende do que se deseja analisar e dos
equipamentos disponíveis para a análise.
Descrever cada uma das técnicas que podem ser utilizadas para a análise de água
seria assunto para uma disciplina inteira. Para o nosso caso, basta termos em mente
que devemos escolher qual análise iremos realizar baseada no tipo de poluição da água
a ser analisada.
Para ampliar seus conhecimentos sobre a análise de águas, leia o Capítulo 25 do livro
Química Ambiental de Staley E. Manahan, disponível na Biblioteca Virtual Universitária.
Para acessar esse livro, percorra o seguinte caminho:
Após entrar em sua “área do aluno”, disponível em: https://goo.gl/DSwNcr, no menu à
esquerda da tela, clique em “Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique
em “E-books – Bib. Virtual Universitária”.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Sabesp – Tratamento de Água
https://youtu.be/P2ShcHsEGts
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): O que é
https://youtu.be/_VH8RnNUpME
Me Salva! ECO06 - Ecologia – Eutrofização
https://youtu.be/KGOU9sT6hVA
Leitura
Análise de metais pesados no Sistema Aquífero Bauru em Mato Grosso do Sul
UECHI, Denise Aguena; GABAS, Sandra Garcia; LASTORIA, Giancarlo. Análise de
metais pesados no Sistema Aquífero Bauru em Mato Grosso do Sul. Eng. Sanit. Ambient.,
Rio de Janeiro , v. 22, n. 1, p. 155-167, Feb. 2017.
https://goo.gl/wLyfFQ
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Referências
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. Porto Alegra: Bookman Editora, 2006.
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