Antonio Pinho-Vargas
Composer, composition teacher, musician, social research
António Pinho Vargas was born in Vila Nova de Gaia in 1951 (Portugal) Composer, musician and essayist.
Graduated in History from the Faculty of Letters of the University of Porto. Piano degree from the Porto Conservatory (1987) and Masters in Composition from the Rotterdam Conservatory (1990). Professor of composition at Lisbon School of Music since 1991 and Researcher at the Centre for Social Studies of the University of Coimbra since 2006, where he finished his PhD in Sociology of Culture (2010) with the dissertation "On Music and Power".
Commander of the Infante D. Henrique Order awarded by the President of the Portuguese Republic (1995). Municipal Medal of Cultural Merit of Vila Nova de Gaia (1998) and the Medal of Honour by SPA (2015). Winner of the José Afonso Prize for the album Solo II (2012), 11th University of Coimbra Award (2012) and the SPA Autores Prize for his work Magnificat for Choir and Orchestra (2014).
António Pinho Vargas recorded 10 jazz albums as composer, pianist and band leader including Solo (2008), Solo II (2009), and Improvisações (2011). The Naxos label released Requiem & Judas (2014) and re-released Os Dias Levantados and Verses and Nocturnes (2015). Warner Music has also re-released Monodia (2015) and Magnificat - De Profundis in 2017. The label MPMP released Concerto para Violino (2017)
He has composed four operas, three oratorios, 12 orchestral pieces, 8 ensemble pieces, 20 chamber works, 9 pieces for soloists and five film scores. His most recent works include Requiem (2012), Magnificat (2013), De Profundis (2014), Violin Concert (2015) and Viola Concert (2016), Oscuro (2022).
Author of the books Sobre Música: ensaios, textos e entrevistas (Afrontamento, 2002) and Cinco Conferências sobre a História da Música do Século XX (Culturgest, 2008) and Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu (Almedina, 2011).
Supervisors: Max Paddison , Boaventura de Sousa Santos, , and António Sousa Ribeiro
António Pinho Vargas was born in Vila Nova de Gaia in 1951 (Portugal) Composer, musician and essayist.
Graduated in History from the Faculty of Letters of the University of Porto. Piano degree from the Porto Conservatory (1987) and Masters in Composition from the Rotterdam Conservatory (1990). Professor of composition at Lisbon School of Music since 1991 and Researcher at the Centre for Social Studies of the University of Coimbra since 2006, where he finished his PhD in Sociology of Culture (2010) with the dissertation "On Music and Power".
Commander of the Infante D. Henrique Order awarded by the President of the Portuguese Republic (1995). Municipal Medal of Cultural Merit of Vila Nova de Gaia (1998) and the Medal of Honour by SPA (2015). Winner of the José Afonso Prize for the album Solo II (2012), 11th University of Coimbra Award (2012) and the SPA Autores Prize for his work Magnificat for Choir and Orchestra (2014).
António Pinho Vargas recorded 10 jazz albums as composer, pianist and band leader including Solo (2008), Solo II (2009), and Improvisações (2011). The Naxos label released Requiem & Judas (2014) and re-released Os Dias Levantados and Verses and Nocturnes (2015). Warner Music has also re-released Monodia (2015) and Magnificat - De Profundis in 2017. The label MPMP released Concerto para Violino (2017)
He has composed four operas, three oratorios, 12 orchestral pieces, 8 ensemble pieces, 20 chamber works, 9 pieces for soloists and five film scores. His most recent works include Requiem (2012), Magnificat (2013), De Profundis (2014), Violin Concert (2015) and Viola Concert (2016), Oscuro (2022).
Author of the books Sobre Música: ensaios, textos e entrevistas (Afrontamento, 2002) and Cinco Conferências sobre a História da Música do Século XX (Culturgest, 2008) and Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu (Almedina, 2011).
Supervisors: Max Paddison , Boaventura de Sousa Santos, , and António Sousa Ribeiro
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Papers by Antonio Pinho-Vargas
I - Da sobrevivência de postulados modernistas, sob outras formas, nas correntes reactivas pós-modernas.
II - Questões do ensino
Press Articles by Antonio Pinho-Vargas
Book's Chapters by Antonio Pinho-Vargas
A problemática aqui abordada constituiu vários dos painéis da exposição que abarca toda a biografia e a acção da homenageada. A minha decisão de publicar este capítulo separadamente na Academia.edu pretende ser a minha pequena contribuição para a homenagem e para um debate quase esquecido no espaço público e apenas contrariado pelo conhecimento, memória e documentação fornecida por José Sasportes, pelo comissário das comemorações Rui Vieira Nery e pela comissária-adjunta Inês Thomas Almeida. (2023)
I - Da sobrevivência de postulados modernistas, sob outras formas, nas correntes reactivas pós-modernas.
II - Questões do ensino
A problemática aqui abordada constituiu vários dos painéis da exposição que abarca toda a biografia e a acção da homenageada. A minha decisão de publicar este capítulo separadamente na Academia.edu pretende ser a minha pequena contribuição para a homenagem e para um debate quase esquecido no espaço público e apenas contrariado pelo conhecimento, memória e documentação fornecida por José Sasportes, pelo comissário das comemorações Rui Vieira Nery e pela comissária-adjunta Inês Thomas Almeida. (2023)
I Conferência: Schoenberg-Stravinsky-Adorno-Webern: uma constelação psicológica complexa
II Conferência Óperas e discursos: autolegitimação e “inconsistências estilísticas”; Berg, Stravinsky, Zimmermann (e Ligeti também estava por lá...)
III Conferência: Pierre Boulez - estruturas ou invenções, uma autocrítica prática.
IV Conferência: Músicas de 60: um espírito do tempo e as relações esquecidas.
V Conferência: Anos 80: arte, política, economia e a crise actual.
Conferencias proferidas por António Pinho Vargas foram realizadas no Pequeno Auditório da Culturgest entre 30 de Março e 27 de Abril de 2005
(da nota editorial de António Pinho Vargas e Miguel Lobo Antunes)
1ª edição 2008
2ª edição 2009
3ª edição 2014
Edições Afrontamento (2002)
Tendo em conta, de acordo com Quivy, a importância da ruptura, que consiste precisamente em romper com os preconceitos e as falsas evidências, considera-se, nesse sentido, e seguindo o mesmo autor, que “essa ruptura só pode ser efectuada a partir de um sistema conceptual organizado, susceptível de exprimir a lógica que o investigador supõe estar na base do fenómeno” (Quivy e Campenhoudt, 2003). Essa parte do trabalho, construir um sistema conceptual, constitui os seis primeiros capítulos.
A problemática que nos propusemos investigar e analisar – a ausência da música portuguesa erudita no contexto europeu – transporta consigo todo um discurso lamentoso, que, aliás e como veremos, não é de modo nenhum exclusivo do campo musical, mas comum às diversas artes e, de certo modo, à cultura portuguesa no seu todo. Importava, por isso, em primeiro lugar, descrever e interpretar esses discursos, detectar os seus vários matizes, mas tentando avançar para uma outra espécie de questionamento mais amplo capaz de vir a produzir outro tipo de resposta. Aquilo que Quivy designa como preconceito e como falsa evidência consiste neste caso num conjunto de ideias feitas, de um discurso recorrente que, não obstante ter a sua base e o seu fundamento inscritos na realidade, não parecia capaz de fornecer uma análise nova, eventualmente mais profunda, da problemática antiga. Para tentar chegar a tal desígnio, o passo fundamental, de facto, consistia na organização de um sistema conceptual muito diverso daquele usual na musicologia tradicional e mesmo nas outras ciências sociais e humanas instituídas.
Esta temática está presente de várias formas nos textos dedicados à história da música portuguesa, em declarações de compositores, em entrevistas feitas a músicos tanto portugueses como estrangeiros, em declarações programáticas de instituições e ainda nas intenções inscritas nos programas dos sucessivos governos sob o lema da internacionalização da cultura portuguesa abarcando-a no seu todo. No entanto, apesar de e para além destes enunciados gerais, parecia- me que os discursos sobre essa ausência, sobre essas dificuldades nunca vencidas, não forneciam todas as respostas possíveis a uma problemática com algumas zonas de obscuridade que desafiavam o desejo analítico.
O objectivo era então ensaiar um estudo amplo do problema em articulação tanto com as visões internas da questão, muitas vezes inseridas em visões globais das relações de Portugal com a Europa, ou seja, com a sua posição geocultural em relação aos países centrais da Europa, como igualmente em articulação com o próprio modo de funcionamento do campo musical da música europeia da tradição erudita que interessava precisar. Uma das maiores dificuldades da abordagem desta problemática radicava na própria noção corrente da música como “linguagem universal”, facto que, a ser verdadeiro, lançava uma maior perplexidade sobre o assunto. […]
Esta hipótese, que creio ser perfilhada, à partida, por aqueles que exprimem quotidianamente o complexo de inferioridade dos portugueses ou defendem a existência de um atraso irrecuperável de Portugal de praticamente todos os pontos de vista, não me parecia suficientemente afastada dos lugares-comuns aceites e não interrogados para poder ser considerada – excepto igualmente como objecto de análise – num trabalho de carácter científico. [parte da Introdução de Música e Poder]