Papers by Marcos Antônio da Silva
Nova Perspectiva Sistêmica, 2019
A promoção da saúde valoriza o desenvolvimento de ações que buscam fomentar a integralidade de in... more A promoção da saúde valoriza o desenvolvimento de ações que buscam fomentar a integralidade de indivíduos e coletivos, ao considerar que as relações sociais consideradas significativas são geradoras de qualidade de vida e saúde. O presente texto objetivou apresentar as relações entre a promoção da saúde e as redes sociais significativas. O conceito de promoção da saúde foi contextualizado por meio de políticas públicas, e a definição de redes sociais significativas foi complementada com a apresentação do instrumento de pesquisa e intervenção denominado de mapa de redes. Buscou-se apresentar pesquisas que relacionaram redes sociais significativas e saúde evidenciando as contribuições na vida das pessoas. A partir de um exemplo de aplicação do mapa de redes, os resultados foram apresentados considerando o conceito de promoção da saúde e as repercussões psicossociais. Verificou-se as aproximações conceituais entre promoção da saúde e as redes sociais, o que permite ressaltar a importân...
Estudos De Psicologia (natal), 2020
Um povo sem memória é um povo sem história. Contar histórias faz parte da tradição cristã. Há séc... more Um povo sem memória é um povo sem história. Contar histórias faz parte da tradição cristã. Há séculos contamos as mesmas histórias: história de um povo, de pessoas, de Jesus, dos apóstolos e das primeiras comunidades cristãs, e tentamos atualizá-las e reatualizá-las para compreender os princípios eternos de Deus. Por isso, também contamos a história da Comunidade do Redentor, não para viver no passado ou para congelá-la em nosso tempo para nos conformarmos e dizer: "bons tempos eram aqueles", mas para honrar e agradecer a Deus pela Sua fidelidade e aprender com os nossos antepassados para não repetir alguns erros e permanecer naquilo que edifica e continua válido para todas as gerações. É para não nos esquecermos do passado, da memória, que devemos dar luz aos acontecimentos anteriores que nos trouxeram onde estamos no tempo, no espaço e na sociedade. Assim, conto uma parte da história da Comunidade do Redentor, ciente de que não estamos mais presos a ela, mas aprendemos com ela como ser uma igreja relevante em nossos dias. Em 1850, a pequena cidade de Curitiba, fundada em 1693, contava com cerca de vinte mil habitantes. A partir desta década, Curitiba começou a mudar. Com a emancipação do Paraná da Província de São Paulo, em 1853, veio se tornar a capital da nova província. Também neste período, começaram a chegar os imigrantes, poloneses, italianos e alemães. Os primeiros alemães que se estabeleceram na cidade, eram provenientes da "Colônia Dona Francisca", hoje a conhecida e a maior cidade de Santa Catarina, Joinville. Na cidade, esses alemães se fixaram principalmente em torno do Largo da Ordem. Aos poucos as ruas entre a Presidente Carlos Cavalcanti e o Parque São Lourenço passaram a ser ocupadas por alemães, que eram desde agricultores até artesãos, de ferreiros a alfaiates, de padeiros a relojoeiros e comerciantes. Os imigrantes alemães, em sua maioria luteranos, reuniam-se inicialmente nas casas das famílias para celebrar seus cultos, nesta época não havia pastores entre eles. O pai de família era o responsável pelo culto doméstico, ele lia a Bíblia, os livros devocionários, catecismos e todos cantavam os hinos conhecidos do hinário. No dia 20 de agosto de 1857 faleceu August Friedrich Prohmann, e o que fazer? Como luterano, ele não podia ser sepultado no Cemitério Municipal, porque a Igreja Católica, que era a igreja oficial do Império, não permitia que os "protestantes" fossem enterrados no mesmo lugar que os católicos. Às pressas, a Prefeitura de Curitiba emitiu uma autorização que permitiu sepultar o Sr. Prohmann, longe da cidade, junto ao "Caminho da Graciosa" no chamado "Alto da Glória". Este lugar, por decisão da Câmara de Vereadores, veio a se tornar o Cemitério Luterano. Para os protestantes daquela época, era muito difícil serem reconhecidos como cidadãos com direitos iguais, eles eram vistos pela maioria da população como "hereges". Já em 1860, um pastor de Joinville, Johann Friedrich Gärtener, vinha uma vez por mês, atender os luteranos de Curitiba. Essa viagem entre Joinville e Curitiba era feita a cavalo e
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