Volume 3, Número 2 (2017) by Xoán Lagares
Universidade Federal Fluminense -Niterói, RJ, Brasil O problema do idioma de Galiza é, pois, un p... more Universidade Federal Fluminense -Niterói, RJ, Brasil O problema do idioma de Galiza é, pois, un problema de dignidade e de liberdade, pero máis que nada é un problema de cultura. (Afonso Daniel R. Castelao, Sempre en Galiza) resumo: A situação da língua galega sofreu expressivas mudanças com o início do período autonômico, em 1981. De um lado, foi possível frear parcialmente a interrupção da transmissão intergeracional do galego, que se intensificara durante o franquismo. A institucionalização da língua criou uma situação que trouxe novas oportunidades para o galego, e também novos desafios. O processo de "normalização" da língua foi liderado por governos que negavam a própria existência de conflito sociolinguístico na Galiza, que não adotaram com determinação uma política realmente recuperadora de usos e de falantes, e que hoje assumem o discurso do nacionalismo linguístico espanhol. Palavras-chave: Língua galega. Política linguística. Nacionalismo linguístico.
Este artigo propõe uma análise comparada do modo como se constrói norma e sobre os conflitos próp... more Este artigo propõe uma análise comparada do modo como se constrói norma e sobre os conflitos próprios da constituição da autoridade normativa no galego e no português brasileiro. A justificativa para esse tipo de estudo comparado recai no fato de se tratar de “línguas emergentes”, num modelo de análise relativista, em situações diglóssicas dentro de contextos socio-históricos muito diferentes, e que têm entre si uma relação de filiação genética dentro do grupo linguístico portugalego. Nesse sentido, a análise das condições de produção de norma e seus conflitos em cada caso, e as ideologias linguísticas implicadas, permite entender as tensões entre unidade e fragmentação dentro do espaço linguístico identificado com a “língua portuguesa”.
Papers by Xoán Lagares
Revista de Llengua i Dret, Dec 12, 2023
ABRALIN, Dec 31, 2011
A realidade linguística românica já foi defi nida como um continuum de variedades difi cilmente s... more A realidade linguística românica já foi defi nida como um continuum de variedades difi cilmente segmentáveis, com amplas áreas de transição e diferenças graduais que se fazem mais visíveis à medida que aumenta a distancia geográfi ca entre elas. Nessa situação, intervenções políticas, tais como o levantamento de fronteiras ou o estabelecimento de capitais com suas áreas de infl uência, constituem elementos fundamentais de diferenciação linguística. Abordaremos esses processos de elaboração de línguas ("linguifi cação") e de "dialetalização" (Muljačič 1986) na Península Ibérica. Para tanto, faremos referência especifi camente aos casos galego-português (ou galego e português), asturo-leonês (ou asturiano e leonês), aragonês, aranês e catalão (ou catalão e valenciano), comparando esses problemáticos processos de linguifi cação com o do castelhano-espanhol.
Este número de Signo y Seña no hubiera sido posible sin la valiosa cola-boración de numerosos esp... more Este número de Signo y Seña no hubiera sido posible sin la valiosa cola-boración de numerosos especialistas, quienes dispusieron generosamente de su tiempo y sus conocimientos para evaluar los trabajos que confor-man este número de la revista, para corregir las versiones en lengua in-glesa y portuguesa de los resúmenes, y para ilustrar este volumen. ILUSTRACIONES Tataranieto ateo de un restaurador de frisos de iglesias en el cantón suizo italiano, nieto de un carpintero judío de Avenida San Martín, Rodigo Ca-retti es (socialmente) culpable. Porque permanece expectante y exiliado frente al mercadito del arte y al mundo de los adultos. Lo que pasa es que ha creado su propio hotel all inclusive donde tiene capa para volar y Dai-quiri free per tout le monde. Un hotel donde veranean el Principito, los Bakus de las acuarelas chinas, los barrios del viejo Breccia y los montajes de Man Ray. Culpable por haber creado su propia mitología personal y al mismo tiempo andar como los astronautas d...
Ensayos y notas sobre el teatro de Gil Vicente, 2003
Neste trabalho tentamos descrever, partindo de uma abordagem glotopolitica, os fundamentos da ide... more Neste trabalho tentamos descrever, partindo de uma abordagem glotopolitica, os fundamentos da ideologia linguistica da politica denominada “panhispânica”. Essa politica linguistica de planejamento internacional de corpus do espanhol, liderada pela Real Academia de la Lengua Espanola, esta estreitamente relacionada com os objetivos de planejamento de status do idioma castelhano no mundo globalizado. As politicas de expansao internacional do castelhano, empreendidas fundamentalmente por instituicoes espanholas, tem consequencias no processo de ensino da lingua e provocam um confronto nao apenas estrategico como ideologico no contexto do ensino brasileiro.
Grial Revista Galega De Cultura, 2009
Caracol, Nov 18, 2022
postela e membro da Real Academia Galega. Especialista em história da língua, sociolinguística e ... more postela e membro da Real Academia Galega. Especialista em história da língua, sociolinguística e glotopolítica. Ministra cursos de doutorado em diversas universidades europeias e americanas.
Cadernos de Letras da UFF, 2017
Seguindo o princípio de que a construção de uma norma-padrão é... more Seguindo o princípio de que a construção de uma norma-padrão é um processo histórico complexo e polêmico, abordamos a comparação da normatização do português e do castelhano a partir de uma perspectiva glotopolítica. Nesse sentido, entendemos a constituição de territórios linguísticos como a formação de espaços de produção de lealdade linguística em relação a uma norma, que propõe uma representação unificada a partir de práticas linguísticas extremamente diversas e que (antes ou à margem desse processo) se apresentam sem cortes nem delimitações bem definidas. Neste artigo identificamos os momentos históricos que correspondem à focalização e construção de ambas as línguas, assim como os agentes e as instâ...
LaborHistórico, 2018
Este artigo propõe uma análise comparada do modo como se constrói norma e sobre os conflitos próp... more Este artigo propõe uma análise comparada do modo como se constrói norma e sobre os conflitos próprios da constituição da autoridade normativa no galego e no português brasileiro. A justificativa para esse tipo de estudo comparado recai no fato de se tratar de “línguas emergentes”, num modelo de análise relativista, em situações diglóssicas dentro de contextos socio-históricos muito diferentes, e que têm entre si uma relação de filiação genética dentro do grupo linguístico portugalego. Nesse sentido, a análise das condições de produção de norma e seus conflitos em cada caso, e as ideologias linguísticas implicadas, permite entender as tensões entre unidade e fragmentação dentro do espaço linguístico identificado com a “língua portuguesa”.
Revista Linguagem em Foco, 2019
No presente artigo, fazemos uma reflexão sobre o espaço dado à discussão racial nas aulas de líng... more No presente artigo, fazemos uma reflexão sobre o espaço dado à discussão racial nas aulas de língua espanhola das redes públicas de ensino. A partir da análise de questionários respondidos por docentes da disciplina, foi possível perceber que muitos ainda encontram dificuldades para abordar questões raciais, embora sintam a necessidade de se aprofundar na temática com os discentes, visto que casos de racismo são recorrentes no cotidiano escolar. Nesse sentido, a proposta de pensar como a abordagem do tema vem sendo (ou não) feita pelos professores, tem o objetivo de ponderar sobre como o ensino de língua estrangeira pode vir a ser uma ferramenta a mais na luta contra o racismo.
Gragoatá, 2012
Introduction article
<i>WORD</i>, 2021
Pluricentrism presupposes the existence of several territories under the influence of different l... more Pluricentrism presupposes the existence of several territories under the influence of different linguistic usage norms. From a glottopolitical perspective, focused on the conflicts and tensions involved in the control and understanding of the language as a social object, the normative dynamics of Spanish and Portuguese are compared, paying attention to the differences in the colonizing processes undertaken by Spain and Portugal and the ways in which the international spaces of both languages were constituted. According to its specific characteristics, the international space of Spanish has been defined in this work as a “mixed pluricentrism” and that of Portuguese as an “unequal bicentrism.” The differences in the constitution of linguistic markets in both languages allow us to understand their conflicting social representations, such as “united” or “divided” languages, as well as political and ideological initiatives to build a notion of an international language. The political tensions over the establishment of the standard norm also depend on the differences in the participation of normative agents, linked to academies of the language in the case of Spanish, but not in the case of Portuguese, and to the establishment of diverse negotiating forums.
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