Papers by Marta Borges
Na passagem para o século XXI, parece existir um emergente culto underground em torno da produção... more Na passagem para o século XXI, parece existir um emergente culto underground em torno da produção e consumo de fanzines e de outras publicações autoeditadas, especialmente no campo da ilustração e design gráfico. Inspirando-se, por um lado, na ética e estética do-it-yourself (DIY) proveniente do punk/hardcore e, por outro lado, na tradição oficinal das artes gráficas, muitos designers e artistas contemporâneos parecem estar interessados em utilizar os fanzines e publicações independentes como meio para expressar e divulgar o seu trabalho. Tratam-se de publicações de baixo custo, projetadas, produzidas e distribuídas em papel – frequentemente utilizando uma pluralidade de técnicas de produção (fotografia, ilustração, colagem, etc.) e reprodução (fotocópia, serigrafia, etc.).
Seguindo estas recentes tendências, nos últimos anos, também em Portugal, um número crescente de designers e artistas têm vindo a criar e publicar várias obras editoriais segundo uma lógica DIY. Após um breve enquadramento internacional, este artigo foca a realidade portuguesa procurando compreender as principais tendências presentes em fanzines e outras publicações independentes autoeditadas fortemente ligadas aos campos artísticos do desenho e da ilustração e do design gráfico. Centramo-nos na análise do contexto específico da cidade do Porto (Portugal), destacando os circuitos de produção, distribuição e consumo deste tipo de objetos, bem como as suas conexões com o crescente interesse face à cidade como espaço de criatividade emergente em torno de uma ‘movida’ DIY.
II Encontro Nacional de Tipografia, Atas da Conferência, ISBN 978-972-789-348-5, 2012
Através da apropriação de algumas das ideias do sociólogo Norbert Elias (1989) em torno do concei... more Através da apropriação de algumas das ideias do sociólogo Norbert Elias (1989) em torno do conceito de "civilização" e da forma como esta se relaciona com o desenvolvimento de uma determinada sociedade, num certo contexto, decidimos na presente comunicação explorar algumas pistas de análise que evidenciam como os diferentes contextos políticos, religiosos e sociais influenciam de forma determinante a tipografia e a sua evolução e como, ao longo da história da humanidade, a tipografia tem sido utilizada enquanto instrumento de controlo social e, em particular, de homogeneização ou segregação cultural.
2nd International Conference Art, Illustration and Visual Culture in Infant and Primary Education – Creative processes and childhood-oriented cultural discourses, ISBN: 978-989-98185-0-7, Dec 2012
"En un período marcado por la reproductibilidad técnica y proliferación de formas diversas de ... more "En un período marcado por la reproductibilidad técnica y proliferación de formas diversas de representación gráfica, el desarrollo de la alfabetización visual se asume como una estrategia fundamental para la formación de las personas más informadas y competentes, capaces de comprender e interpretar una realidad más compleja. En esta comunicación, vamos a explorar cómo la ilustración es capaz de constituirse en una herramienta fundamental para el desarrollo de la alfabetización visual. Nos proponemos discutir los vínculos entre la alfabetización visual y el papel (nuevo) de la ilustración, a partir de un estudio de caso: análisis de algunos títulos publicados por Planeta Tangerina (PT). La línea editorial de PT es un buen ejemplo para reflexionar sobre cómo la ilustración se pueden desarrollar nuevas formas de pensar y actuar.
Esta comunicación es una investigación en curso, desarrollada en el master en Diseño Gráfico y Proyectos Editoriales de la FBAUP."
CONFIA . International Conference on Ilustration & Animation, ISBN: 978-989-97567-6-2, Nov 2012
In a period marked by technical reproducibility and the consequent proliferation of multiple grap... more In a period marked by technical reproducibility and the consequent proliferation of multiple graphical forms, the development of visual literacy is a fundamental strategy for the education of informed and competent individuals able to understand and interpret a more complex reality. In this communication, we will explore how can illustration constitute itself as a fundamental tool for the development of visual literacy. We propose to discuss the links between visual literacy and the (new) role of illustration, from a case study: analysis of some titles published by Planeta Tangerina (PT). How will try underline, the editorial line of PT is a good example to reflect on how the illustration can develop new ways of thinking and acting. This communication is an ongoing investigation, developed under the master’s degree in Graphic Design and Editorial Projects at Faculty of Fine Arts, University of Porto.
Academic works by Marta Borges
John Doe – o livro no mundo digital, 2013
"Este projeto de investigação, de cariz teórico-prático, centra-se na problemá- tica da muda... more "Este projeto de investigação, de cariz teórico-prático, centra-se na problemá- tica da mudança e transformação do mundo editorial contemporâneo, pro- curando analisar e discutir criticamente algumas das principais implicações destas mudanças ao nível do designa gráfico e editorial, a diversos níveis.
Partindo do pressuposto de que são hoje ainda, em larga medida, impre- visíveis os contornos desta mudança e o seu desfecho, procura-se analisar os diversos modos como se tem vindo a pensar e concretizar esta passagem da edição em papel para os novos suportes digitais. Em particular, procura- -se discutir prospetivamente qual poderá ser o contributo do design para o enriquecimento da experiência da leitura e as competências por ela desen- volvidas, nomeadamente através de propostas criativas inovadoras capazes de aproveitarem as potencialidades e desafios que o digital suscita, mas que, simultaneamente, consigam compreender as especificidades destes suportes, seus limites e constrangimentos, evitando assim, de algum modo, mimetizar para o digital o tipo de propostas gráficas e editoriais existentes para o suporte em papel.
Desenvolve-se, assim, uma análise de enquadramento teórico-concetual, tendo por base a diversa literatura existente acerca do modo como se está a desenvolver a passagem do papel para o digital. Este trabalho de discussão teórica é complementado por três estudos de caso (o livro “Incómodo”, de An- dré Letria, a revista “Work That Works” e a aplicação “dotdotdot”) que permi- tem ilustrar e discutir criticamente essa passagem e, deste modo, identificar "boas" e "más" soluções do ponto de vista gráfico, mas também do ponto de vista da leitura.
Finalmente concluiu-se, a partir da revisão e discussão teórica e da análise de estudos de caso, apresentando uma discussão acerca das soluções gráficas e tecnológicas encontradas em cada um dos casos abordados, bem como da identificação de problemas, dilemas e pistas de investigação que se considera útil prosseguir futuramente."
A Planeta Tangerina é uma jovem editora nacional, criada no início em 2004, que muito tem contr... more A Planeta Tangerina é uma jovem editora nacional, criada no início em 2004, que muito tem contribuído para a renovação da literatura infantil em Portugal, afirmando-se pela sua criatividade e originalidade. No âmbito deste trabalho, iremos analisar alguns dos traços que distinguem a Planeta Tangerina, no panorama da literatura para a infância em Portugal, e que justificam o seu sucesso.
Este trabalho realizado sob orientação do professor Jorge Silva, no âmbito da disciplina de Direção de Arte do Mestrado em Design Gráfico e Projetos Editoriais (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), é resultado de uma entrevista realizada à ilustradora Madalena Matoso (em junho de 2012).
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Papers by Marta Borges
Seguindo estas recentes tendências, nos últimos anos, também em Portugal, um número crescente de designers e artistas têm vindo a criar e publicar várias obras editoriais segundo uma lógica DIY. Após um breve enquadramento internacional, este artigo foca a realidade portuguesa procurando compreender as principais tendências presentes em fanzines e outras publicações independentes autoeditadas fortemente ligadas aos campos artísticos do desenho e da ilustração e do design gráfico. Centramo-nos na análise do contexto específico da cidade do Porto (Portugal), destacando os circuitos de produção, distribuição e consumo deste tipo de objetos, bem como as suas conexões com o crescente interesse face à cidade como espaço de criatividade emergente em torno de uma ‘movida’ DIY.
Esta comunicación es una investigación en curso, desarrollada en el master en Diseño Gráfico y Proyectos Editoriales de la FBAUP."
Academic works by Marta Borges
Partindo do pressuposto de que são hoje ainda, em larga medida, impre- visíveis os contornos desta mudança e o seu desfecho, procura-se analisar os diversos modos como se tem vindo a pensar e concretizar esta passagem da edição em papel para os novos suportes digitais. Em particular, procura- -se discutir prospetivamente qual poderá ser o contributo do design para o enriquecimento da experiência da leitura e as competências por ela desen- volvidas, nomeadamente através de propostas criativas inovadoras capazes de aproveitarem as potencialidades e desafios que o digital suscita, mas que, simultaneamente, consigam compreender as especificidades destes suportes, seus limites e constrangimentos, evitando assim, de algum modo, mimetizar para o digital o tipo de propostas gráficas e editoriais existentes para o suporte em papel.
Desenvolve-se, assim, uma análise de enquadramento teórico-concetual, tendo por base a diversa literatura existente acerca do modo como se está a desenvolver a passagem do papel para o digital. Este trabalho de discussão teórica é complementado por três estudos de caso (o livro “Incómodo”, de An- dré Letria, a revista “Work That Works” e a aplicação “dotdotdot”) que permi- tem ilustrar e discutir criticamente essa passagem e, deste modo, identificar "boas" e "más" soluções do ponto de vista gráfico, mas também do ponto de vista da leitura.
Finalmente concluiu-se, a partir da revisão e discussão teórica e da análise de estudos de caso, apresentando uma discussão acerca das soluções gráficas e tecnológicas encontradas em cada um dos casos abordados, bem como da identificação de problemas, dilemas e pistas de investigação que se considera útil prosseguir futuramente."
Este trabalho realizado sob orientação do professor Jorge Silva, no âmbito da disciplina de Direção de Arte do Mestrado em Design Gráfico e Projetos Editoriais (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), é resultado de uma entrevista realizada à ilustradora Madalena Matoso (em junho de 2012).
Seguindo estas recentes tendências, nos últimos anos, também em Portugal, um número crescente de designers e artistas têm vindo a criar e publicar várias obras editoriais segundo uma lógica DIY. Após um breve enquadramento internacional, este artigo foca a realidade portuguesa procurando compreender as principais tendências presentes em fanzines e outras publicações independentes autoeditadas fortemente ligadas aos campos artísticos do desenho e da ilustração e do design gráfico. Centramo-nos na análise do contexto específico da cidade do Porto (Portugal), destacando os circuitos de produção, distribuição e consumo deste tipo de objetos, bem como as suas conexões com o crescente interesse face à cidade como espaço de criatividade emergente em torno de uma ‘movida’ DIY.
Esta comunicación es una investigación en curso, desarrollada en el master en Diseño Gráfico y Proyectos Editoriales de la FBAUP."
Partindo do pressuposto de que são hoje ainda, em larga medida, impre- visíveis os contornos desta mudança e o seu desfecho, procura-se analisar os diversos modos como se tem vindo a pensar e concretizar esta passagem da edição em papel para os novos suportes digitais. Em particular, procura- -se discutir prospetivamente qual poderá ser o contributo do design para o enriquecimento da experiência da leitura e as competências por ela desen- volvidas, nomeadamente através de propostas criativas inovadoras capazes de aproveitarem as potencialidades e desafios que o digital suscita, mas que, simultaneamente, consigam compreender as especificidades destes suportes, seus limites e constrangimentos, evitando assim, de algum modo, mimetizar para o digital o tipo de propostas gráficas e editoriais existentes para o suporte em papel.
Desenvolve-se, assim, uma análise de enquadramento teórico-concetual, tendo por base a diversa literatura existente acerca do modo como se está a desenvolver a passagem do papel para o digital. Este trabalho de discussão teórica é complementado por três estudos de caso (o livro “Incómodo”, de An- dré Letria, a revista “Work That Works” e a aplicação “dotdotdot”) que permi- tem ilustrar e discutir criticamente essa passagem e, deste modo, identificar "boas" e "más" soluções do ponto de vista gráfico, mas também do ponto de vista da leitura.
Finalmente concluiu-se, a partir da revisão e discussão teórica e da análise de estudos de caso, apresentando uma discussão acerca das soluções gráficas e tecnológicas encontradas em cada um dos casos abordados, bem como da identificação de problemas, dilemas e pistas de investigação que se considera útil prosseguir futuramente."
Este trabalho realizado sob orientação do professor Jorge Silva, no âmbito da disciplina de Direção de Arte do Mestrado em Design Gráfico e Projetos Editoriais (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), é resultado de uma entrevista realizada à ilustradora Madalena Matoso (em junho de 2012).