Papers by Alexandre Brazão

UID/HIS/04666/2013 SFRH/BD/75233/2010 SFRH/BD/76416/2011Archaeological excavations carried out in... more UID/HIS/04666/2013 SFRH/BD/75233/2010 SFRH/BD/76416/2011Archaeological excavations carried out in the riverside area of Lisbon, revealed the remains of two ships: Boa Vista 1 and 2. The chronological sequence indicates that a 19th century embankment covered a wide anchorage, with archaeological remains ranging from Roman times until the 18th century. The two wooden ships were abandoned or lost in this anchorage, probably sometime between mid-17th and mid-18th centuries. Boa Vista 1 is a small vessel and features «architectural signatures» that are common in the Mediterranean area, but no clear parallels have been published to date. Boa Vista 2 is a larger vessel, and there are also no clear parallels. Both are therefore essential and unique sources to study post-medieval shipbuilding. Assuming the hypothesis that Boa Vista 1 and 2 were built on the Iberian Peninsula or on its colonial territories, they are an important starting point for the review of available sources on the subjec...

Archaeological excavations carried out in the riverside area of Lisbon, revealed the remains of t... more Archaeological excavations carried out in the riverside area of Lisbon, revealed the remains of two ships: Boa Vista 1 and 2. The chronological sequence indicates that a 19th century embankment covered a wide anchorage, with archaeological remains ranging from Roman times until the 18th century. The two wooden ships were abandoned or lost in this anchorage, probably sometime between mid-17th and mid-18th centuries. Boa Vista 1 is a small vessel and features «architectural signatures» that are common in the Mediterranean area, but no clear parallels have been published to date. Boa Vista 2 is a larger vessel, and there are also no clear parallels. Both are therefore essential and unique sources to study post-medieval shipbuilding. Assuming the hypothesis that Boa Vista 1 and 2 were built on the Iberian Peninsula or on its colonial territories, they are an important starting point for the review of available sources on the subject.

Este relatório refere-se aos trabalhos de registo e análise preliminar da estrutura dos navios Bo... more Este relatório refere-se aos trabalhos de registo e análise preliminar da estrutura dos navios Boa Vista 1 e Boa Vista 2, efectuados entre Abril e Julho de 2013 pelo CHAM no âmbito do protocolo de colaboração com a empresa Era-arqueologia S.A. Este estudo consistiu na análise da documentação de terreno, no inventário e no registo arqueográfico de uma amostra das peças de ambos navios, actualmente armazenadas na Sobreda, em instalações da EDP. Os trabalhos permitiram verificar que a estrutura do navio Boa Vista 1 era constituída por um número superior a 600 peças de madeira, a maioria dilaceradas e descobertas em contexto secundário. As estruturas correspondem a porção da popa, desde a quilha até à fiada 11/12 do tabuado, na zona de ligação entre os primeiros e segundos braços. Não se conservavam cavernas em conexão, embora estas tenham sido localizadas entre os elementos destroçados do navio. Dos pormenores mais relevantes registados na fase de campo encontra-se: a utilização de uma quilha compósita, com diversos troços ligados topo a topo; a transição entre a quilha e o cadaste com um couce; a utilização de escarvas de dente nas ligações das cavernas aos braços com pregadura em ferro; e a utilização de um sobrecostado, que protegia a quilha e o forro exterior do navio. Entre os materiais registados sobre e na periferia da estrutura apenas podem ser associados a este navio com certezas algumas peças de poleame em madeira. A estrutura do navio Boa Vista 2, também profundamente perturbada estava conservada ao longo do bordo de bombordo, embora a quilha só subsistisse junto ao troço de proa. Tal como acontecia com o navio Boa Vista 1, as balizas encontravam-se em mau estado de conservação, só surgindo algumas picas em conexão sobre o maciço de proa e alguns fragmentos de braços ao longo da estrutura. Entre os pormenores mais relevantes do navio, registe-se a utilização de uma quilha compósita, com o último troço ligado à roda de proa com uma escarva lisa horizontal; a utilização de terços de chumbo na calafetagem das juntas das tábuas; e a existência de um sobrecostado a proteger a quilha e o forro exterior. Entre os materiais registados sobre e na periferia da estrutura apenas podem ser associados a este navio vários cocos arrumados no seu fundo, sobre ramagens de espécie arbórea ainda não identificada. A componente material associada aos níveis sedimentares que os protegeram ambos os navios (cachimbos de caulino, faianças e vidros) permite datá-los da transição do século XVII para o século XVIII. Mas a natureza dos depósitos onde foram encontrados não permite sequer determinar a origem arqueológica dos contextos – abandono ou naufrágio – embora ambos se encontrem em espaço submerso até ao século XIX.
Resumo: "O presente artigo apresenta as iniciativas de divulgação e valorização ... more Resumo: "O presente artigo apresenta as iniciativas de divulgação e valorização do Património Cultural Subaquático (PCS) que procuram atingir vários públicos e que pretendem destacar o PCS como uma importante componente da cultura marítima, enquadram-se em vários projectos de investigação desenvolvidos pelo CHAM em território português."

Archaeological excavations carried out in the riverside area of Lisbon, revealed the
remains of t... more Archaeological excavations carried out in the riverside area of Lisbon, revealed the
remains of two ships: Boa Vista 1 and 2. The chronological sequence indicates that a 19th century embankment covered a wide anchorage, with archaeological remains ranging from Roman times until the 18th century. The two wooden ships were abandoned or lost in this anchorage, probably sometime between mid-17th and mid-18th centuries. Boa Vista 1 is a small vessel and features «architectural signatures» that are common in the Mediterranean area, but no clear parallels have been published to date. Boa Vista 2 is a larger vessel, and there are also no clear parallels. Both are therefore essential and unique sources to study post-medieval shipbuilding. Assuming the hypothesis that Boa Vista 1 and 2 were built on the Iberian Peninsula or on its colonial territories, they are an important starting point for the review of available sources on the subject.
Islenha, 2019
Procurou-se, no âmbito do projeto Margullar, que abarca as regiões da Macaronésia, realizar um ba... more Procurou-se, no âmbito do projeto Margullar, que abarca as regiões da Macaronésia, realizar um balanço do potencial do património cultural subaquático da Região Autónoma da Madeira, tanto a nível científico, como na perspetiva da criação de um produto de turismo cultural sustentável
Uploads
Papers by Alexandre Brazão
remains of two ships: Boa Vista 1 and 2. The chronological sequence indicates that a 19th century embankment covered a wide anchorage, with archaeological remains ranging from Roman times until the 18th century. The two wooden ships were abandoned or lost in this anchorage, probably sometime between mid-17th and mid-18th centuries. Boa Vista 1 is a small vessel and features «architectural signatures» that are common in the Mediterranean area, but no clear parallels have been published to date. Boa Vista 2 is a larger vessel, and there are also no clear parallels. Both are therefore essential and unique sources to study post-medieval shipbuilding. Assuming the hypothesis that Boa Vista 1 and 2 were built on the Iberian Peninsula or on its colonial territories, they are an important starting point for the review of available sources on the subject.
remains of two ships: Boa Vista 1 and 2. The chronological sequence indicates that a 19th century embankment covered a wide anchorage, with archaeological remains ranging from Roman times until the 18th century. The two wooden ships were abandoned or lost in this anchorage, probably sometime between mid-17th and mid-18th centuries. Boa Vista 1 is a small vessel and features «architectural signatures» that are common in the Mediterranean area, but no clear parallels have been published to date. Boa Vista 2 is a larger vessel, and there are also no clear parallels. Both are therefore essential and unique sources to study post-medieval shipbuilding. Assuming the hypothesis that Boa Vista 1 and 2 were built on the Iberian Peninsula or on its colonial territories, they are an important starting point for the review of available sources on the subject.