Papers by Adriano Correia
Nesse artigo serao examinadas as implicacoes mutuasentre a centralidade da vida biologica na comp... more Nesse artigo serao examinadas as implicacoes mutuasentre a centralidade da vida biologica na compreensao moderna dapolitica e a progressiva imbricacao entre economia e politica. Paratanto, investigaremos preliminarmente a paradoxal relacao entreliberalismo e declinio da politica compreendida como espaco daliberdade, assumindo como ponto de partida o estreito vinculo entreacao e liberdade, na obra de Arendt, em contraste com sua propriacaracterizacao da modernidade e a caracterizacao do homo oeconomicus na obra de Michel Foucault.
Estudos Ibero-americanos, 2017
ASSY, Bethania. Etica, responsabilidade e juizo em Hannah Arendt. Sao Paulo: Perspectiva, 2015.
Initium ut esset homo creatus est (para que houvesse um inicio o homem foi criado). Esta frase de... more Initium ut esset homo creatus est (para que houvesse um inicio o homem foi criado). Esta frase de Agostinho de Hipona e seguramente a citacao mais recorrente em toda a obra de Hannah Arendt, mesmo que ainda nao apareca na sua tese de doutorado sobre O conceito de amor em Agostinho, concluida quando ela tinha vinte e tres anos de idade. Aquele inicio ao qual a frase alude, garantido por cada novo nascimento, foi mencionado na segunda edicao de As origens do totalitarismo como uma replica a sua propria conclusao pessimista da primeira edicao, que apontava para a possibilidade de que o totalitarismo nao encontrasse qualquer obstaculo na sociedade moderna de massas; e foi utilizado em A condicao humana para a compreensao do conceito de acao como instauracao de um novo comeco, de um inicio absoluto como um milagre.
Examino neste artigo um aspecto do que Hannah Arendt chamava de questao social: a relacao entre p... more Examino neste artigo um aspecto do que Hannah Arendt chamava de questao social: a relacao entre politica, pobreza e miseria. Meu proposito consiste em indicar que as dificuldades com a questao social na obra de Arendt se revelam possivelmente mais agudas quando focamos especificamente este tema. Por outro lado, e tambem um objetivo indicar o quanto em sua propria obra e possivel pensar o sentido politico da pobreza a partir da constatacao de que a libertacao e um pressuposto para a liberdade. Por fim, subjaz a essas consideracoes a relacao fundamental entre capitalismo e politica.
EnglishOne of the central movements of Arendt’s The human condition is her analysis of the basic ... more EnglishOne of the central movements of Arendt’s The human condition is her analysis of the basic features of the activity of action, notably its capacity to start new beginnings in a web of human relationships. It’s crucial to Arendt emphasize the close articulation between action and freedom and between freedom and plurality. By this reason she argues that freedom can only be given in conditions of non-sovereignty. Notwithstanding, she thinks that within the realm of action can be found the remedies for its frailties: irreversibility, unpredictability, boundlessness and ambiguity, which are remedied by forgiveness, by promise, by “act in concert” and by the interchange of perspectives in a common world. In order to understand the meaning of the action is fundamental to realize that the sources of its dignity are the same as its frailty, and that the reconciliation with the tragic aspect of its non-sovereignty befalls by means of the potentialities of the action itself. portuguesUm ...
We will follow here the dismount of metaphysical categories started by Nietszhe which has its seq... more We will follow here the dismount of metaphysical categories started by Nietszhe which has its sequence in the work The life of the mind of Hannah Arendt. We refer to Nietzsche´s history of metaphysics movements for whom in addition to abolish the “real world” appearance must also be abolished. If , however, for Heidegger Nietzsche´s philosophy is a reaction against metaphysics, which means that for him Nietzsche fails to get free from what motivated his movement, we can say that the end of metaphysics started by Nietszche had profound consequences for philosophy and changed deeply its way of proceeding.Such consequences are analyzed here from Heidegger´s perspective, for whom Nietzsche´s denial of Platonism is positive. For this author, however, one cannot consider that the understanding of every interpretation of the world can be reduced to perpective. We show then that Hannah Arendt, in turn, although she agrees with Heidegger about the relation between being and appearance, says ...
espanolEn toda su obra, y mas claramente en La condicion humana (1958), Arendt se esfuerza para i... more espanolEn toda su obra, y mas claramente en La condicion humana (1958), Arendt se esfuerza para indicar el caracter artificial de la vida politica, su disociacion del mero vivir e incluso su oposicion a las necesidades asociadas con el mero vivir. En Los origenes del totalitarismo (1951) insiste en que la naturaleza no funda el derecho, como demostro el apatrida en su “abstracta desnudez de ser solamente humano”. En este sentido, para Arendt el unico derecho fundamental es el derecho a tener derechos, el derecho a pertenecer a una comunidad politica y a ser juzgado por palabras y acciones. En su texto “Nosotros los refugiados”, sin embargo, Arendt senala, a partir de su propia experiencia de ser refugiada, la centralidad de la integridad de la vida privada para la participacion en la vida politica. Hay una dignidad asociada con el mero vivir y a la vida privada que permite interpretar el derecho a tener derechos como el derecho a no ser tornado irrevocablemente un extranjero en el m...
Cadernos Arendt
Neste texto busco articular a análise do imperialismo e da emancipação política da burguesia real... more Neste texto busco articular a análise do imperialismo e da emancipação política da burguesia realizada por Hannah Arendt na segunda parte (Imperialismo) de Origens do totalitarismo. Em uma crítica direta à concepção liberal de política, Arendt estabelece um vínculo estreito entre a emancipação política da burguesia, a compreensão da política como dominação e exploração e o processo de acumulação ilimitada de riqueza.
v. 43, n. 3: Comentário ao artigo “A dimensão literária do diagnóstico do presente em Foucault”, 2020
Referência do texto comentado: Galantin, D. V. A dimensão literária do diagnóstico do presente em... more Referência do texto comentado: Galantin, D. V. A dimensão literária do diagnóstico do presente em Foucault. Trans/Form/Ação: revista de filosofia da Unesp, vol. 43, n. 3, p. 71-100, 2020.
Pensando: Revista de Filosofia, 2018
Resumo: O poeta Wyston H. Auden escreveu uma resenha entusiasmada de A condição humana (1958) log... more Resumo: O poeta Wyston H. Auden escreveu uma resenha entusiasmada de A condição humana (1958) logo após a publicação do livro. Um dos temas que chamaram especialmente sua atenção foi o tratamento dado ao perdão na obra. Arendt e Auden travam uma discussão inspiradora sobre a distinção entre perdão e indulto judicial e também sobre a compreensão cristã do perdão que amplificam significativamente as reflexões de Arendt A condição humana. É nosso propósito apresentar neste artigo uma análise preliminar dessa discussão. Palavras-chave: Arendt, Auden, Perdão Abstract: The poet Wystan H. Auden wrote an enthusiastic review of The human condition (1958) shortly after the publication of the book. One of the topics that especially drew his attention was the treatment given to forgiveness in the work. Arendt and Auden hold an inspiring discussion about the distinction between forgiveness and judicial pardon and also on the Christian understanding of forgiveness that significantly broaden the A...
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
eA23::. Nesta edição inserimos os acréscimos manuscritos de Arendt. Todas as múltiplas e relevant... more eA23::. Nesta edição inserimos os acréscimos manuscritos de Arendt. Todas as múltiplas e relevantes supressões e formulações prévias podem ser conferidas no manuscrito original. Optamos por apontar apenas as modificações mais relevantes. **Professor Associado na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Goiás e Pesquisador do CNPq. Gostaria de agradecer a Neil Wall, Carla Milani Damião, Thiago Dias da Silva e Renata Romolo Brito pelos inestimáveis auxílios na edição do texto. 1 Arendt cita a introdução da Declaração Americana de Independência. Cf. Thomas Jefferson, Political writings, p.96-97.
Revista de Filosofia Aurora, May 9, 2008
Nesse texto, examinarei brevemente o que Hannah Arendt nomeou de questão social em seu exame da m... more Nesse texto, examinarei brevemente o que Hannah Arendt nomeou de questão social em seu exame da modernidade política. Além das implicações da ascensão do social para a definição da fronteira entre o público e o privado, refletirei sobre as dificuldades para pensar o tema da justiça na obra arendtiana por conta do rigor com que ela separa o econômico e o político.
Caderno CRH
O objetivo deste artigo é examinar o desenvolvimento do tema do perdão na obra de Hannah Arendt, ... more O objetivo deste artigo é examinar o desenvolvimento do tema do perdão na obra de Hannah Arendt, principalmente nos textos da década de 1950. Ao longo da década a autora modifica substancialmente sua compreensão da relação do perdão com o cristianismo e progressivamente situa o perdão, assim como a promessa e o poder, no centro de sua análise da ação e de suas fragilidades. Realizamos uma análise bibliográfica que percorre obras publicadas e textos inéditos e buscamos realizar uma síntese conceitual das várias características do perdão na obra da autora a partir do exame da relação da ação com a necessária reconciliação com sua imprevisibilidade.Palavras-Chave: Perdão; Ação; Reconciliação; Hannah Arendt; Paul RicoeurTHE TRAJECTORY OF FORGIVENESS IN THE WORK OF HANNAH ARENDTABSTRACTThe aim of this article is to examine the development of the theme of forgiveness in Hannah Arendt’s work, especially in the texts of the 1950s. Throughout the decade, the author substantially modifies her...
Princípios: Revista de Filosofia (UFRN)
Um dos movimentos centrais de A condição humana, de Hannah Arendt, é a análise das característica... more Um dos movimentos centrais de A condição humana, de Hannah Arendt, é a análise das características fundamentais da atividade da ação, notadamente sua capacidade de estabelecer novos inícios em uma teia de relações humanas. É decisivo para Arendt destacar a articulação estreita entre ação e liberdade e entre liberdade e pluralidade. Em vista disto, ela sustenta que a liberdade só pode se dar em condições de não-soberania. Não obstante, julga que no âmbito da ação podem ser encontrados os remédios para suas fragilidades: a irreversibilidade, a imprevisibilidade, a ilimitabilidade e a ambiguidade, remediadas pelo perdão, pela promessa, pelo “agir em concerto” e pelo intercâmbio de perspectivas em um mundo comum. Na compreensão da ação é decisivo perceber que as fontes de sua dignidade são as mesmas da sua fragilidade e que a reconciliação com o aspecto trágico de sua não-soberania se dá pelas potencialidades da própria ação.
Philosophos Revista De Filosofia, Jul 31, 2013
Trans Form Acao, Dec 1, 2004
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