Barenton
Barenton
Barenton
La Dévotion
au Sacré-Cœur
Ce qu'elle est et comment les Saints la pratiquèrent
e e
OUVRAGE ORNÉ DE 90 G R A V U R E S DU XV AU XVIII SIECLE
La Dévotion a u Sacré-Cœur
Ce qu'elle est
et comment les S a i n t s la pratiquèrent
PREMIÈRE P A R T I E : L A DOCTRINE
DEUXIÈME P A R T I E : L'HISTOIRE
I ° Les origines.
0 p
a Depuis le XIIT siècle jusqu'au xvn , — ou le Sacré-Cœur
dans la famille franciscaine.
3 ° Depuis le xvn° siècle.
PREMIERE PARTIE
1° L ' a m o u r d e D i e u , le P è r e , p o u r son F i l s J é s u s - C h r i s t .
« M A N O U R R I T U R E E S T D E FAIRE LA V O L O N T É D E M O N P È R E , » A I M A I T - I L
T A N T LE D R A M E D E S A V E N U E D A N S LE M O N D E , M E T D A N S S A B O U C H E LES
PAROLES SUIVANTES :
SACRIFICE D U C A L V A I R E , LA M O R T S U R LA C R O I X .
D O N N E SA V I E P O U R S E S A M I S (/J). »
P L U S N O M B R E U S E S D E CET A M O U R D U P È R E ET D U F I L S P O U R LES H O M M E S
S E S C R É A T U R E S , ET C ' E S T J É S U S Q U I LE D O N N E :
( i ) JOANN., IV, 34. — (2) JOANN., v i n . 29. — (3) Hebr., x , 5-9. — (4) JOANN.,
x v , i3. — (5) JOANN., III, 16.
L'AMOUR DIVIN, CE QU'IL E S T I5
h o m m e s , c o m m e son P è r e l ' a i m e l u i - m ê m e . S o n a m o u r e s t , a u
milieu de nous, l'image sensible de l'amour divin qui brûle au
sein de D i e u , s o n P è r e . Qui videt me videt et Patrem meum,
pourrait-il dire encore, à propos de cet amour. Q u i voit mon
a m o u r p o u r les h o m m e s , v o i t l ' a m o u r de m o n P è r e d a n s s o n
image parfaite.
M a i s si l e C h r i s t aime l e s h o m m e s , c o m m e s o n P è r e l'a aimé
l u i - m ê m e , il doit, c o m m e l'a fait s o n P è r e p o u r l u i - m ê m e , l e u r
c o m m u n i q u e r t o u s ses t r é s o r s et t o u t e s s e s p e r f e c t i o n s , t o u t ce
q u ' i l est et t o u t ce qu'il p o s s è d e , s o n a m o u r e t sa g l o i r e . S a g l o i r e ,
il l e u r e n fera p a r t d a n s l ' é t e r n i t é ; mais s o n a m o u r il p e u t le
d o n n e r dès le t e m p s de cette v i e . N o u s a l l o n s m a i n t e n a n t étudier
le mystère de cette communication.
(i) Dieu est encore lumière et puissance, comme nous l'avons dit en
commençant ; mais, pour les motifs exposés plus haut, nous ne l'envisageons
ici que dans sa vie d'amour.
L'AMOUR QUI S'IMMOLE 17
( 1 ) J O A N N . , x v n , 1 7 . — ( a ) Eph.
f vi, 24.
i8 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR.
A u m i l i e u d u m o n d e , il é t a b l i r a , e n sa p e r s o n n e , u n e x e m p l e
vivant de ce s a i n t a m o u r , a u q u e l il v e u t n o u s a s s o c i e r , un
exemple parlant, é c l a t a n t c o m m e le s o l e i l . E t il i n v i t e r a t o u s les
h o m m e s à v e n i r s ' i n s t r u i r e à s a l u m i è r e et à s'y c o n f o r m e r .
D u r e s t e , l ' É v a n g i l e et l a l i t u r g i e s o n t p l e i n s de l a m ê m e
affirmation : le C h r i s t , d a n s s o n i m m o l a t i o n , est T u n i q u e v o i e
qui conduit au Père, qui conduit à l'amour, qui conduit à la
gloire.
Nous avons, plus haut, e n t e n d u le C h r i s t , dans s o n e x t a s e ,
rendant grâces à son Père, s'écrier ( 3 ) :
« P e r s o n n e n e c o n n a î t le P è r e si ce n'est l e F i l s et c e l u i à q u i
le F i l s v e u t b i e n le r é v é l e r », q u ' e s t - c e à d i r e , si ce n ' e s t que
a Père, ceux que tu m'as donnés, je veux que là où je suis ils soient
avec moi, afin qu'ils voient ma gloire que tu m'as donnée, (c'est-à-dire)
comment tu m'as aimé avant la constitution du monde.
(i) J O A N N . , X I V , 2 - 6 . — ( 2 ) J O A N N . , X , 1 - 1 8 . — ( 3 ) J O A N N . , X V , 24-26.
a
22 LA DÉVOTION A U SACRÉ-COEUR
Et ailleurs encore ( i ) :
« Celui qui croit dans le Fils de Dieu, dit-il (2), porte en lui le
témoignage de Dieu (3)... Et ce témoignage consiste en ceci que Dieu
nous a donné la vie éternelle. Et cette vie est dans son Fils. Celui qui
possède le Fils possède la vie ; celui qui ne possède pas le Fils ne
possède pas la vie.
« Je vous écris ces choses afin que vous sachiez que vous avez la
vie éternelle, vous qui croyez dans le nom du Fils de Dieu. »
(i) Apocal., 5.
24 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CCEUR
( i ) Philip.) H , 8.
L'AMOUR QUI SE DONNE 25
A u p o i n t de v u e de s a signification s y m b o l i q u e , le C œ u r de
J é s u s m é r i t e e n c o r e n o s h o m m a g e s , c a r il offre l ' i m a g e l a p l u s
p a r f a i t e de l ' a m o u r de l ' H o m m e - D i e u et d e s o n r ô l e d a n s le
m o n d e de l a g r â c e .
L e c œ u r , e n effet, est le c e n t r e q u i d i s t r i b u e e f f e c t i v e m e n t le
s a n g dans t o u t l ' o r g a n i s m e ; c e t t e d i s t r i b u t i o n d é p e n d de lui et
est faite p a r lui ; et, e n d i s t r i b u a n t le s a n g , il d i s t r i b u e a u s s i la
v i e a u c o r p s . L a v i e a c o m m e n c é , p o u r le c o r p s , le j o u r o ù le
c œ u r c o m m e n ç a à b a t t r e et à d i s t r i b u e r l e s a n g a u x organes
n a i s s a n t s . L a v i e c e s s e r a , q u a n d le c œ u r a r r ê t e r a le m o u v e m e n t
de sa d i s t r i b u t i o n . C ' e s t p o u r c e l a q u ' i l a été a p p e l é le primum
vivens et ultimum moriens.
Q u i n e v o i t d a n s c e t t e f o n c t i o n le s y m b o l e parfait du r ô l e de
J é s u s d a n s la d i s t r i b u t i o n , a u m o n d e des â m e s et des e s p r i t s , de
l ' a m o u r d i v i n , u n i q u e s o u r c e de la v i e s u r n a t u r e l l e ? C o m m e
n o u s l ' a v o n s e x p o s é l o n g u e m e n t , e n effet, les c r é a t u r e s n'ar-
rivent à la vie surnaturelle q u ' e n r e c e v a n t p a r t i c i p a t i o n de
l ' a m o u r d i v i n , t e l q u e J é s u s l'a v é c u s u r l a t e r r e , et d o n t le
r é s u m é et l ' e x p r e s s i o n l a p l u s p a r f a i t e se t r o u v e n t d a n s son
sacrifice de l a C r o i x . C ' e s t d o n c d e J é s u s q u e p a r t l ' a m o u r d i v i n
p o u r se r é p a n d r e d a n s le m o n J e des â m e s e t des e s p r i t s , à p e u
p r è s c o m m e d u c œ u r p a r t le s a n g , p o u r se d é v e r s e r à t r a v e r s le
c o r p s t o u t e n t i e r . E n ce s e n s , d o n c , la f o n c t i o n d u c œ u r s y m b o -
lise m e r v e i l l e u s e m e n t le r ô l e du C h r i s t d a n s l ' œ u v r e de n o t r e
s a l u t . E t , e n a d o r a n t le S a c r é C œ u r , n o u s a d o r o n s le C h r i s t lui-
m ê m e d a n s s a f o n c t i o n de d i s t r i b u t e u r d e t o u t e s les g r â c e s et
s p é c i a l e m e n t de l ' a m o u r d i v i n à t r a v e r s t o u t le c o r p s de l ' É g l i s e .
T o u t e f o i s ces d e u x r a i s o n s q u e n o u s v e n o n s d ' a p p o r t e r , p o u r
r e n d r e c o m p t e d e la d é v o t i o n a u S a c r é - C œ u r ne s o n t p a s les
plus i m p o r t a n t e s . Il n o u s t a r d e d ' a r r i v e r à u n e a u t r e r a i s o n p l u s
e s s e n t i e l l e et p l u s f o n d a m e n t a l e e n c o r e : la blessure que la lance
fit à ce divin Cœur. C ' e s t l à q u e n o u s c o n t e m p l e r o n s les m e r -
v e i l l e s de l ' a m o u r q u i se d o n n e .
C e t t e b l e s s u r e fut la d e r n i è r e et s u p r ê m e injure q u e J é s u s
a c c e p t a de l a m a i n de ses e n n e m i s . E l l e c o m b l a la m e s u r e de son
28 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
c a l i c e et elle m a r q u a la l i m i t e e x t r ê m e d e s o u t r a g e s q u ' i l a v a i t
mis d a n s ses d e s s e i n s de souffrir p o u r n o u s t é m o i g n e r son a m o u r .
T a n t q u e ce d e r n i e r c o u p n ' a v a i t p a s été p o r t é , la grande œ u v r e
de s a P a s s i o n n e p o u v a i t ê t r e c o n s i d é r é e c o m m e a c h e v é e . L a
b l e s s u r e de l a l a n c e v mit le s c e a u définitif e t d e r n i e r : Porte me
ut signaculum super cor tuum ( i ) , p o u r r a i t - o n dire de c e t t e b l e s -
s u r e . E l l e m o n t r a q u e l ' a m o u r est fort c o m m e l a m o r t et n e se.
laisse p a s a r r ê t e r p a r elle, fortis est ut mors dilectio. Car, même
a p r è s sa m o r t , J é s u s v o u l u t e n c o r e r e c e v o i r c e d e r n i e r outrage
d e l a m a i n de ses e n n e m i s . D e la s o r t e , l a b l e s s u r e de s o n c œ u r ,
e n c o m b l a n t l a m e s u r e de s o n sacrifice, n o u s r é v é l a l ' e x c è s d e
son amour.
C'est alors que, tout étant définitivement consommé par cette
b l e s s u r e , d a n s l ' œ u v r e de n o t r e R é d e m p t i o n , J é s u s v o u l u t q u e
cette même blessure p r o v o q u â t les m y s t é r i e u x épanchements de
ses g r â c e s de s a l u t e t q u ' e l l e d e v î n t , p o u r le m o n d e , la s o u r c e de
l a v i e et le f o y e r de l ' a m o u r .
Ecoutons sur c e p o i n t le t é m o i g n a g e de l ' E c r i t u r e et des
docteurs :
Les soldats vinrent, raconte saint Jean (2), et ils brisèrent les
cuisses des deux (voleurs) qui avaient été crucifiés avec Jésus.
Quand ils se furent approchés de Jésus, et qu'ils virent qu'il était
déjà mort, ils ne lui brisèrent pas les jambes.
Mais un des soldats, de sa lance, lui ouvrit le côté et aussitôt sortit
du sang et de l'eau : Unus militum lancea lattis ejus aperuit et continuo
exivit sangais et aqua.
Et celui qui a v u a rendu témoignage ; et son témoignage est v é -
rité. Et il le sait, celui-là, qu'il dit la vérité afin que vous croyiez,
vous aussi.
Et ces choses ont été faites, afin que s'accomplit l'Ecriture Vous
ne briserez aucun de ses os.
Et cet autre passage qui dit : Ils fixeront les y e u x sur celui qu'ils
ont transpercé.
J é s u s est d o n c v e n u a u m o n d e a p p o r t e r l a v i e d ' a m o u r q u i
est l a v i e de s o n P è r e c é l e s t e . Il a v é c u c e t t e v i e a u milieu de
n o u s et il n o u s a i n v i t é s à l a v i v r e a v e c l u i . II a fait de s o n c œ u r
le f o y e r t o u j o u r s brûlant où nous p o u v o n s aller en chercher
l'étincelle, o u e n r a n i m e r l ' a r d e u r , l o r s q u ' e l l e m e n a c e de s ' é t e i n d r e .
Qu'est-ce que cette vie d'amour produit dans nos âmes? Quels
b i e n s y a p p o r t e - t - e l l e ? T e l l e est l a q u e s t i o n à l a q u e l l e n o u s
v o u d r i o n s e s s a y e r de r é p o n d r e .
Il faut d i r e d ' a b o r d q u e c'est u n e v i e ineffable, p u i s q u ' e l l e est
divine. C'est un amour d é l e c t a b l e , a m o u r b é a t i f i a n t ! C ' e s t de
c e t t e v i e et de c e t a m o u r q u e p a r l a i t Jésus dans son S e r m o n
sur la montagne.
« Bienheureux les pauvres d'esprit, p a r c e q u e le r o y a u m e d e s
c i e u x l e u r a p p a r t i e n t . » C e r o y a u m e des c i e u x , c'est c e t t e v i e
d'amour, vécue en union avec Jésus.
« Bienheureux les cœurs purs, c a r ils v e r r o n t D i e u » ; ils le
v e r r o n t d a n s s o n a m o u r ; c a r D i e u l e u r en f e r a g o û t e r les d é l i c e s .
« Bienheureux ceux qui ont faim et soif de la Justice, parce
q u ' i l s s e r o n t r a s s a s i é s ; » ce n ' e s t p a s d a n s l e s j u g e m e n t s d e s
h o m m e s q u ' i l s t r o u v e r o n t c e t t e j u s t i c e d o n t ils o n t soif, m a i s
d a n s les j u g e m e n t s de D i e u , c a r ces j u g e m e n t s s o n t d i c t é s p a r
l'amour.
« Bienheureux ceux qui sont miséricordieux, car ils obtien-
d r o n t m i s é r i c o r d e ; » c e l u i q u i p o u r D i e u se d é p e n s e a u s e r v i c e
de s o n frère et l u i d o n n e s o n c œ u r et s o n a m o u r , c e l u i - l à r e c e v r a
e n r é c o m p e n s e l ' a m o u r béatifiant q u i b r û l e a u c œ u r d u Père
céleste.
O a d m i r a b l e é c h a n g e ! J e d o n n e à D i e u d a n s l a p e r s o n n e du
p a u v r e la s u e u r d e m o n front, u n e l a r m e de mes y e u x , u n e g o u t t e
de m o n s a n g , et D i e u me d o n n e l ' a b o n d a n c e d e sa d i v i n i t é ( i ) .
« Bienheureux ceux qui souffrent persécution pour la justice,
p a r c e q u e le r o y a u m e des c i e u x l e u r a p p a r t i e n t . » Il fallait q u e
l e C h r i s t souffrît, disait J é s u s a u x d i s c i p l e s d ' E m m a ù s (2), et q u ' i l
e n t r â t ainsi d a n s s a g l o i r e . C ' e s t l a loi n o u v e l l e d u r o y a u m e fondé
sur l'Evangile.
M a i s q u e s o n t c e s p e r s é c u t i o n s e n c o m p a r a i s o n de la g l o i r e
qu'elles nous assurent pour l'éternité ? Non sunt coqdignœ
passiones ad futuram gloriam quœ reçelabitur in nobis (3).
E t il n e s'agit p a s s e u l e m e n t de l'éternité et de l ' e s p é r a n c e des
b i e n s futurs. D é j à n o u s s o m m e s entrés e n j o u i s s a n c e de c e s
b i e n s , c a r n o u s e n a v o n s r e ç u les a r r h e s , v o t r e E s p r i t d'amour,
ô J é s u s , q u i est j u s t i c e , p a i x et j o i e , justitia et pax et gaudium
in Spiritu Sancto (4). E t cette p a i x et cette j o i e , c o m m e disait saint
P a u l , d é p a s s e n t t o u t s e n t i m e n t , quœ exsuperat omnem sensum (5).
C e t t e j o i e , elle r e m p l i s s a i t les a p ô t r e s , a u s o r t i r du S a n h é d r i n ,
o ù ils a v a i e n t été b a t t u s de v e r g e s . Ibant apostoli gaudentes a
conspectu concilii, quoniam digni habiti sunt pro nomine Jesu
contumeliam pati (6).
C'est elle q u i c o n s o l a i t les p r e m i e r s c h r é t i e n s , q u a n d , à c a u s e
(i\ Hebr x, 34. — ( 2 ) Hebr., x, 34. — (3) Ps. cvi, 9. — (4) JOANN., xvi, 2A.
ty
Mais ce cœur, que nous ouvre la lance, n'est déjà plus un cœur
de chair, puisque la vie de l'homme s'en est retirée ; c'est le cœur
d'un Dieu, car il g a r d e son union indissoluble avec la divinité.
s e m b l e t r a d u i r e c e p e n d a n t u n e i d é e t r è s j u s t e . S i , e n effet, le C œ u r de J é s u s
v o u l u t r é p a n d r e t o u t s o n s a n g , ce fut d'abord p o u r e x p i e r nos p é c h é s . M a i s ,
si, r e m o n t a n t p l u s h a u t , n o u s d e m a n d o n s p o u r q u o i J é s u s v o u l u t e x p i e r n o s
p é c h é s , il* n o u s r é p o n d r a q u e ce fut p o u r faire l a volonté de son Père- E t ,
en d e r n i e r lieu, p o u r q u o i v o u l u t - i l faire la v o l o n t é de son P è r e ? Ce fut,
c o m m e tout b o n î i l s , p o u r lui t é m o i g n e r s a r e c o n n a i s s a n c e d e l a v i e et d e s
b i e n s qu'il en a v a i t r e ç u s . Quid rétribuant Domino pro omnibus quœ retribuit
mihi ? Calicem salutaris accipiam. Q u e r e n d r a i - j e à m o n Père p o u r t o u t ce
qu'il m'a d o n n é ? p o u r r a i t - i l a i r e . J ' a c c e p t e r a i ce c a l i c e (ce r ô l e de s a u v e u r
d e s h o m m e s p a r m o n s a n g ) , qu'il m'a p r é p a r é .
L e sacrifice d u C a l v a i r e fut d o n c , en d e r n i è r e a n a l y s e , u n sacrifice d'actions
d e g r â c e s , u n s a c r i f i c e e u c h a r i s t i q u e , s e l o n le n o m qu'on l u i d o n n e à l a
M e s s e . L e c œ u r c o n s i d é r é c o m m e p r i n c i p e ou s y m b o l e d e ce sacrifice p e u t ,
en c o n s é q u e n c e , r e c e v o i r ce n o m d e C œ u r E u c h a r i s t i q u e . L ' E g l i s e , e n a u t o -
r i s a n t les confréries d u C œ u r E u c h a r i s t i q u e , s e m b l e d ' a i l l e u r s l'avoir c o n s a c r é .
(a) Ad Heb., v u , a5. — (3) Rom., v i n , 26.
L ' A M O U R DIVIN D A N S NOS A M E S 3G
I. — Les Origines.
D ' a p r è s c e q u e n o u s a v o n s e x p o s é , d a n s la p r e m i è r e p a r t i e ,
n o u s p o u v o n s d i r e q u e l ' o b j e t f o r m e l de l a d é v o t i o n a u S a c r é -
C œ u r de J é s u s e s t le m y s t è r e d e l ' a m o u r d i v i n , se r é v é l a n t et se
c o m m u n i q u a n t a u m o n d e p a r le V e r b e , J é s u s - C h r i s t , F i l s de
D i e u fait h o m m e , crucifié s u r le C a l v a i r e .
C e m y s t è r e d e l ' a m o u r d i v i n d a n s le C h r i s t , à l a v é r i t é , est
l ' o b j e t de t o u t le c u l t e c h r é t i e n . D e p u i s la p r é d i c a t i o n de l ' É v a n -
g i l e , l ' h o m m e d o c i l e à l ' a p p e l de l a foi n e doit p l u s c h e r c h e r , e n
effet, d ' a u t r e v o i e p o u r s ' a p p r o c h e r d e D i e u q u e le C h r i s t d a n s
s o n sacrifice. In ipso, per ipsum et cum ipso, l i t - o n a u C a n o n de
l a m e s s e , en l u i , p a r lui et a v e c lui est t o u t h o n n e u r et g l o i r e
p o u r D i e u , t o u t s a l u t et t o u t e e s p é r a n c e p o u r l ' h o m m e .
C ' e s t ce q u ' a f f i r m a i t Jésus lui-même, lorsqu'il invitait ses
apôtres à prier d é s o r m a i s e n s o n n o m : « T o u t ce q u e v o u s
demanderez à mon P è r e , en mon nom, vous sera accordé. » C'est
a u n o m de J é s u s q u e les a p ô t r e s p r ê c h a i e n t et faisaient l e u r s
m i r a c l e s . E t saint P a u l n e cessait de p r o t e s t e r : « q u ' i l n ' y a v a i t
p a s d ' a u t r e n o m a u C i e l ni s u r la t e r r e e n q u i n o u s puissions
e s p é r e r le s a l u t . »
L e culte de l ' a m o u r d i v i n , de p a r l ' É v a n g i l e m ê m e , s'est d o n c
t r o u v é r a t t a c h é i n d i s s o l u b l e m e n t , dès l ' o r i g i n e , à la personne
m ê m e du C h r i s t . E t le s i g n e de c e t t e p e r s o n n e , sa m a n i f e s t a t i o n
s e n s i b l e , a été s o n n o m s a c r é , le n o m de J é s u s . C ' e s t p o u r c e l a
q u e les c h r é t i e n s o n t a c c o u t u m é , dès le c o m m e n c e m e n t , et o n t
c o n t i n u é , à t r a v e r s l e s s i è c l e s , de p l a c e r t o u t e s l e u r s p r i è r e s et
L A DÉVOTION AU SACRE-CŒUR
4a
l e u r s a c t i o n s , m ê m e les p l u s v u l g a i r e s , s o u s l a p r o t e c t i o n de ce
saint N o m .
« S o i t q u e v o u s m a n g i e z , soit q u e v o u s b u v i e z o u fassiez
q u e l q u e a u t r e c h o s e , disait saint P a u l , faites t o u t a u n o m de
Notre-Seigneur Jésus-Christ. »
C e p e n d a n t , si l e culte c h r é t i e n a t o u j o u r s g a r d é , à t r a v e r s les
â g e s , le m ê m e o b j e t d i r e c t et p r é c i s : l ' a m o u r de D i e u d a n s le
C h r i s t J é s u s , les s y m b o l e s , s o u s l e s q u e l s l ' É g l i s e l'a présenté
a u x y e u x et à la d é v o t i o n des fidèles, o n t v a r i é à t r a v e r s les
siècles ( i ) .
L e s m e n t a l i t é s c h a n g e n t , e n effet, a v e c l e s é p o q u e s , et il d e v i e n t
nécessaire d'adapter les formes extérieures, les symboles du culte
a u x d i v e r s états de l'âme h u m a i n e .
Notre-Seigneur, en annonçant a u x a p ô t r e s les l u t t e s qu'ils
auraient à supporter d a n s la suite des t e m p s , j u s q u ' à l a fin d u
m o n d e , insiste s u r ce fait q u e l a c h a r i t é i r a e n s'affaiblissant.
«Et quoniam abundavit iniquitas, refrigescet charitas multorurn.
E t p a r c e q u e l ' i n i q u i t é s e r a d é b o r d a n t e , l a c h a r i t é de b e a u c o u p
i r a e n se r e f r o i d i s s a n t (a). »
C o m m e n t c o m b a t t r e ce r e f r o i d i s s e m e n t c o n s t a n t de l a c h a r i t é ?
L ' h i s t o i r e de l ' É g l i s e n o u s a p p r e n d qu'à toutes les époques,
où ce refroidissement a été p l u s c o n s i d é r a b l e , D i e u a toujours
s u s c i t é u n e n o u v e l l e f o r m e , u n n o u v e a u s y m b o l e de la d é v o t i o n
e n v e r s le m y s t è r e de s o n a m o u r . E t c e t t e f o r m e , c e s y m b o l e a
toujours revêtu une expression plus touchante, plus vivante, plus
parlante a u c œ u r et a u x y e u x . O n sent, conformément à la
prophétie é v a n g é l i q u e , q u e l'indifférence, la froideur vont en
( i ) N o u s p r e n o n s ici le m o t s y m b o l e d a n s u n s e n s l a r g e . L e s e n s strict de
ce m o t d é s i g n e u n e i m a g e q u e l c o n q u e q u i r a p p e l l e u n o b j e t a b s e n t , o u encore
u n s i g n e a r b i t r a i r e de r e c o n n a i s s a n c e entre initiés. D a n s les s y m b o l e s d u
culte chrétien q u e n o u s a l l o n s étudier, les i m a g e s choisies p a r l a piété
chrétienne, p o u r r a p p e l e r le m y s t è r e de l ' a m o u r d e D i e u d a n s le C h r i s t , ne
s e r o n t p a s , le p l u s s o u v e n t , choisies a r b i t r a i r e m e n t ; m a i s elles s e r o n t
c o n s t i t u é e s soit p a r d e s o b j e t s q u i ont s e r v i p o s i t i v e m e n t a u C h r i s t , c o m m e
m o y e n de n o u s t é m o i g n e r s o n a m o u r , tels les i n s t r u m e n t s de l a P a s s i o n , soit
p a r les p l a i e s m ê m e s d e son c o r p s , q u i sont u n e e x p r e s s i o n p l u s v i v a n t e
encore de ce m ê m e a m o u r , etc. L e s y m b o l e t e n d r a à se r a p p r o c h e r de^ p l u s
e n p l u s de l a réalité et à n o u s en offrir c o m m e u n r é s u m e , u n r a c c o u r c i .
(a) MATTH., XXIV, 4-I5.
LES ORIGINES, LES PREMIERS SYMBOLES
(INSCRIPTIONS ET MÉDAILLES)
S CELANO,
CELANO,
édition Edouard d'Alençon, p. 449*
S. Francisci vita, p. 1 2 1 .
SAINT FRANÇOIS ET LE CRUCIFIX
49
e e
IL — Depuis le XIII siècle jusqu'au XVII
ou le Sacré-Cœur dans la famille Fransciscaine.
S a c r é - C œ u r . A u l i e u de la m e t t r e en r e l i e f et a u p r e m i e r p l a n ,
r a r e m e n t ils y font a l l u s i o n .
« L ' a m o u r q u e n o u s h o n o r o n s d a n s c e c u l t e , é c r i t le P è r e
B a i n v e l ( i ) , c'est l ' a m o u r de J é s u s p o u r les h o m m e s , l ' a m o u r q u i
demande une réciprocité d'amour : « Voilà ce C œ u r qui a tant
aimé les h o m m e s , » disait J é s u s à l a B i e n h e u r e u s e M a r g u e r i t e -
M a r i e . . . » E t il a j o u t e : « L ' a m o u r de J é s u s p o u r les h o m m e s n e
v a p a s s a n s s o n a m o u r p o u r s o n P è r e , il e n est t o u t p é n é t r é , il y
p r e n d sa s o u r c e , il y a s o n motif... L ' a m o u r de J é s u s p o u r l e s
h o m m e s fut u n a m o u r s u r n a t u r e l , u n a m o u r r é g l é , et d o n c t o u t
informé par son amour p o u r son Père. » Mais cet a m o u r p o u r
s o n P è r e n ' e s t p a s , a u x y e u x d u d o c t e J é s u i t e , Vobjet direct et
immédiat de n o t r e d é v o t i o n : « N o u s a v o n s dit, continue-t-il, q u e
tous les textes entendent l'amour du Sacré-Cœur comme son
a m o u r p o u r les h o m m e s (2)... E n t a n t q u ' e m b l è m e d ' a m o u r , c'est
son amour p o u r nous que Jésus nous d é c o u v r e en nous décou-
v r a n t s o n C œ u r ; m a i s e n n o u s d é c o u v r a n t ce C œ u r a d o r a b l e , il
n o u s le m o n t r e d a n s t o u t e s a r é a l i t é , c o m m e i d é a l de n o t r e v i e
n o n m o i n s q u e c o m m e objet de n o t r e a m o u r ( 3 ) . »
E n u n m o t , a u x y e u x d u P . B a i n v e l , l ' a m o u r de J é s u s p o u r
l e s h o m m e s est Vobjet direct et immédiat de la d é v o t i o n a u S a c r é -
C œ u r ; l ' a m o u r de J é s u s p o u r s o n P è r e n ' e s t l'objet de c e t t e
d é v o t i o n q u e par extension.
A l a v é r i t é , p o u r justifier sa t h è s e , le P . B a i n v e l se t r o u v e
u n p e u g ê n é p a r des t e x t e s e m b a r r a s s a n t s , q u ' i l c i t e , d u r e s t e ,
l o y a l e m e n t . Il y a, e n p a r t i c u l i e r , l a Réplique a u x Exceptions du
p r o m o t e u r de l a foi, t e x t e officiel au p r e m i e r c h e f :
« 11 faut c o n s i d é r e r d a n s c e t t e d é v o t i o n , dit c e t e x t e , le C œ u r
de J é s u s :
« i ° C o m m e n e faisant q u ' u n (à c a u s e d e l ' u n i o n é t r o i t e ) a v e c
s o n â m e et sa d i v i n e p e r s o n n e ;
0
« 2 C o m m e le s y m b o l e o u le s i è g e n a t u r e l de t o u t e s les v e r t u s
et de t o u s les s e n t i m e n t s i n t é r i e u r s d u C h r i s t , et e n p r e m i e r lieu
(1) Loc. cit., p . 1 2 6 . — (2) Loc. cit., p . 128. — (3) Loc. cit., p . 129.
4
54 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
C e t t e i n a d v e r t a n c e a e u la f â c h e u s e c o n s é q u e n c e de l u i r e n d r e
p e u intelligible la dévotion franciscaine au S a c r é - C œ u r .
e 9
« D u x m a u x v siècle, le c u l t e se p r o p a g e , é c r i t - i l ( 2 ) ; o n n e
v o i t p a s q u ' i l se d é v e l o p p e e n l u i - m ê m e . L e p l u s s o u v e n t il se
r a t t a c h e à la p l a i e d u c œ u r ; çà et là il v a a u c œ u r i n d é p e n d a m m e n t
de la p l a i e , le c œ u r é t a n t r e g a r d é c o m m e o r g a n e de v i e affective
et s y m b o l e d ' a m o u r . L e s f a v e u r s faites a u x p r i v i l é g i é s s o n t :
d ' ê t r e a d m i s à c o l l e r ses l è v r e s s u r l a p l a i e d u c ô t é , p o u r y p u i s e r
l ' a m o u r et les r i c h e s s e s d u c œ u r ; de p é n é t r e r d a n s ce c œ u r p o u r
s'y reposer c o m m e dans une oasis, pour s'y promener comme
d a n s u n b e a u j a r d i n ; p o u r s'y p l o n g e r c o m m e d a n s u n e f o u r n a i s e
d ' a m o u r et de p u r e t é ; d ' ê t r e e m b r a s é d ' u n e é t i n c e l l e p a r t i e de c e
c œ u r , d ' é c h a n g e r s o n c œ u r c o n t r e c e l u i de J é s u s et de n e v i v r e , e n
q u e l q u e s o r t e , q u e p a r le c œ u r d i v i n ; de se s e n t i r u n i à lui p o u r
l o u e r D i e u , o u d e p o u v o i r l'offrir a u P è r e c é l e s t e c o m m e n o t r e
b i e n p r o p r e ; d'y t r o u v e r u n asile a s s u r é c o n t r e les a s s a u t s d e s
d é m o n s , u n r e f u g e c o n t r e l a c o l è r e m ê m e de D i e u . »
C ' e s t u n r é s u m é narfait de la d é v o t i o n a u S a c r é - C œ u r , t e l l e
1° L e Christ soleil.
S o n c œ u r f o y e r d e c h a l e u r et d e l u m i è r e .
« Et Tune de ces cités sera appelée la cité du soleil. Si les cinq plaies
du Sauveur sont des cités de refuge, la plaie de son cœur divin est la
cité du soleil, l'éternel foyer de la lumière et de la chaleur surnatu-
turelles, vulnus lateris est civitas solis. Par l'ouverture du côté de
Jésus, la porte du Paradis nous a été ouverte ; par elle la splendeur
de la lumière éternelle est arrivée jusqu'à nous... On dit généralement
que le sang tiré du flanc de la colombe prévient la cécité, en faisant
disparaître les taches qui se forment sur les yeux. Or le sang que la
lance du soldat a fait jaillir du cœur transpercé de Jésus, a illuminé
les yeux de l'aveugle-né, c'est-à-dire de l'humanité jusqu'alors plongée
dans l'idolâtrie. »
2° L e C œ u r d e J é s u s e s t l a d e m e u r e d e s â m e s s a i n t e s .
( 1 ) Cant., x i v , I3-I4-
6o LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
4° L a d é v o t i o n a u C œ u r d e J é s u s .
S A I N T E C L A I R E D'ASSISE (1194-1252)
S A I N T B O N A V E N T U R E (1221-1274)
d e l a m ê m e v i l l e a t t r i b u e n t l e traité à s a i n t B o n a v e n t u r e ; u n s e u l n'a p a s
d e n o m d'auteur. S u r les 174 autres manuscrits, 126 conservés d a n s les
b i b l i o t h è q u e s l e s p l u s d i v e r s e s , l ' a t t r i b u e n t à s a i n t B o n a v e n t u r e , et 46 n'ont
a s d e n o m d'auteur» A u s s i l e s é d i t e u r s , a p r è s S b a r a l l a et B o n e l l i , l e
éclarent authentique. Oudiu lui-même l'avait déclaré non indigne d u saint
d o c t e u r , ob gravitaient et dlctionem latinam I
SAINT BONAVENTURE 6 7
S Prologue.
« I n c u j u s c o n s i d e r a t i o n e s t a t i m v i s u m e s t m i h i q u o d v î s i o illa
prsetenderet i p s i u s P a t r i s s u s p e n s i o n e m i n c o n t e m p l a n d o , et v i a m p e r q u a m
p e r v e n i t u r a d e a m . » Itin. mentis in Deum.
68 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
C'est cet amour qui ravit saint Paul jusqu'au troisième ciel et le trans-
forma dans le Christ, au point de lui faire dire : « Avec le Christ, je
« suis cloué sur la croix ; mais, si je vis, ce n'est pas moi qui vis, c'est
« le Christ qui vit eu moi » . C'est cet amour qui absorba à ce point
l'âme de François qu'il se manifesta jusque dans sa chair, alors que,
pendant deux années avant sa mort, il porta dans son corps les
stigmates sacrés de la Passion » .
( i ) N a m oui non intrat per ostiam sed aseendit aliunde, ille fur est et
latro. Si quis v e r o p e r hoc o s t i u m introierit, ingredietur et egredietnr et
pascua inveniet. P r o p t e r q u o d d i c i t J o a n n e s in A p o e a l y p s i : Beati qui lavant
vestimenta sua in sanguine Agni, ut sit potestas eorum in ligno vttœ et per
portas ingrediantar civitatem ; q u a s i d i c a t q u o d p e r c o n t e m p l a t i o n e i n
i n g r e d i n o n p o t e s t J é r u s a l e m s u p e r n a m , nisi p e r s a n g u i n e m a g n i ititre t t a n -
q u a m p e r p o r t a m . ltin. mentis ad Deum. Prologue, 3.
SAINT liONAVKNTURE
2° L e C œ u r de J é s u s est, p o u r toutes l e s â m e s ,
l'unique f o y e r de s o n a m o u r , il en est l a d e m e u r e .
a) L e C œ u r de J é s u s a été b l e s s é p a r l'amour
et est m o r t d'amour.
Ils percèrent et transpercèrent non seulement ses mains, mais
aussi ses pieds et son côté, et ils perforèrent, avec la lance de leur haine
rageuse, les profondeurs de son cœur très saint. Certes, depuis long-
temps déjà, la lance de l'amour l'avait transpercé. Ta as blessé mon
cœur, a-t-il dit ( 2 ) , 6 ma sœur, mon épouse, tu as blessé mon cœur.
Elle a blessé votre cœur, ô bien-aimé Jésus, votre épouse, votre sœur,
votre amie ; qu'était-il besoin qu'il fût blessé par vos ennemis ! Que
faites-vous donc, ô ennemis? S'il est blessé ou mieux puisqu'il est blessé,
le cœur du très doux Jésus, pourquoi lui faire une seconde blessure ?
Ignorez-vous donc qu'une blessure, faite au cœur, suffît à le faire mourir
et à le rendre, en quelque sorte, insensible ? Il est mort le cœur de mon
très doux Seigneur Jésus, parce qu'il a été blessé. L'amour, par sa
blessure, s'est emparé du cœur de Jésus époux, la mort d'amour eu a
pris possession.
b) L e C œ u r d e J é s u s est la m a i s o n d e l'amour ;
il fait b o n y habiter.
(La mort d'amour a pris possession du cœur de Jésus). Comment
donc l'autre mort pourra-t-elle y pénétrer ? Uamour est fort comme
la mort et même plus fort que la mort. L a première mort, c'est-à-dire
la mort causée par l'amour de beaucoup de morts, dilectio multo-
ram mortuornm, ne pourra donc être expulsée de la maison du cœur,
parce qu'elle l'a conquise d'une manière inviolable par sa blessure. Si
deux hommes également forts se rencontrent pour la lutte, et que l'un
soit dans la maison et l'autre dehors, peut-on douter de la victoire en
5
LA DEVOTION AU hACHL-CŒUU
3" L e C œ u r d e J é s u s e s t l e t e m p l e d e l ' a m o u r ;
l'unité d e c œ u r a v e c J é s u s .
a Dans ce temple, dit-il, clans ce Saint des Saints, dans celte arche du
Testament, j'adorerai et je louerai le nom du Seigneur, et j e dirai
avec David : J'ai trouvé mon cœur pour prier mon Dieu (8). Oui, j'ai
trouvé le cœur du roi, mon Seigneur, mon frère et mon ami, du très
bon Jésus, El alors ne prierai-je donc pas ? Oh ! oui, je prierai. Car sou
c œ u r e s t a u s s i m o n c œ u r , j e le d i s h a r d i m e n t . S i , en effet, ou plutôt
p u i s q u e le C h r i s t est mon chef ( 1 ) ( m a t ê t e ) , c o m m e n t ce q u i a p p a r -
tient à m o n c h e f ne m ' a p p a r t i e n d r a i t - i l p a s a u s s i ? C a r , d e m ê m e q u e
les y e u x d e m a tête c o r p o r e l l e sont v é r i t a b l e m e n t m e s y e u x , a i n s i le
c œ u r d e m o n c h e f spirituel est v é r i t a b l e m e n t m o n c œ u r . 11 est d o n c
b i e n à moi. Voici d o n c q u e J é s u s et m o i n o u s n ' a v o n s q u ' u n seul c œ u r .
E t q u o i d'étonnant ? La multitude des croyants n'avaient-ils pas eux-
mêmes qu'an seul cœur (2) ? P u i s donc, ô t r è s d o u x J é s u s , q u e j ' a i
t r o u v é ce c œ u r q u i est à v o u s et à moi, j e v o u s prierai, ô m o n Dieu.
O u v r e z à m e s p r i è r e s le s a n c t u a i r e d e v o s l a r g e s s e s , b i e n p l u s , attirez-
m o i tout entier d a n s votre C œ u r . C e r t e s , l a difformité d e m e s p é c h é s
est un o b s t a c l e ; m a i s v o t r e C œ u r n'est-il p a s d i l a t é et a g r a n d i p a r u n e
i n c o m p r é h e n s i b l e c h a r i t é ? E t n'êtes-vous p a s celui qui seul peut rendre
pur l'homme formé d'un germe impur ( 3 ) ? O v o u s , la b e a u t é s a n s
é g a l e , lavez-moi d e p l u s en p l u s d e m o n i n i q u i t é et puriiiez-moi d e mon
p é c h é . A i n s i purifié p a r v o u s , j e p o u r r a i m ' a p p r o c h e r d e v o u s q u i êtes
t r è s p u r ; et. d a n s v o t r e c œ u r , tous les jours de ma vie, j e s e r a i d i g n e
d'habiter et de contempler aussi et de faire votre volonté ( 4 ) .
4° L e C œ u r de J é s u s est la s o u r c e de l ' a m o u r
t o u j o u r s v i s i b l e et toujours o u v e r t e .
A p r è s a v o i r m o n t r é q u e le C œ u r de J é s u s est p o u r le m o n d e
e n t i e r le f o y e r d e l ' a m o u r , q u ' i l e n e s t l a m a i s o n o ù il f a i t b o n
d ' h a b i t e r , le t e m p l e o ù n o s p r i è r e s s o n t e x a u c é e s , il v a m o n t r e r
qu'il est, p o u r c h a c u n d e n o u s , la s o u r c e d e ce m ê m e a m o u r inta-
r i s s a b l e et t o u j o u r s o u v e r t e . C'est p o u r n o u s l ' o u v r i r q u e la l a n c e
d u s o l d a t l'a b l e s s é .
S a i n t B o n a v e n t u r e v o i t d o n c d a n s le c œ u r d e J é s u s d ' a b o r d l a
m a i s o n d e l ' a m o u r ; d a n s c e t t e m a i s o n il f a i t b o n h a b i t e r ; c e c œ u r
e s t e n c o r e l e t e m p l e de l ' a m o u r o ù D i e u s e p l a î t à e x a u c e r n o s
p r i è r e s e t à l a v e r n o s i n i q u i t é s ; — enfin l a b l e s s u r e m a t é r i e l l e a
pour b u t de révéler l'amour du cœur spirituel. L e saint docteur
termine son chapitre en invitant rame chrétienne à la recon-
naissance.
5" A m o u r p o u r a m o u r ou le d e v o i r d e l a r e c o n n a i s s a n c e .
« Or, afin que du côté du Christ endormi sur la croix l'Église naquit
et que fût accomplie l'Écriture qui dit : «r Ils regarderont celui qu'ils
auront transpercé » ('}), dans les conseils divins, il fut décidé qu'un
soldat ouvrirait ce côté, en le transperçant. De la sorte, le sang s'étant
mis à couler avec l'eau, le prix de notre salut se trouva versé. Sorti de
sa source, c'est-à-dire de l'arcane du cœur, il a donné aux sacrements
de l'Église la forcé de produire la vie de la grâce, et il est devenu,
pour ceux qui vivent dans le Christ, le breuvage d'eau vive jaillissant
de la fontaine, pour la vie éternelle (4). Voici donc que la lance pro-
jetée par la perfidie de Saùl, c'est-à-dire du peuple juif réprouvé, a
ouvert une blessure béante dans la muraille ( 5 ) , elle a fait un trou
dans la pierre, une caverne dans le mur, comme pour servir d'habita-
tion à la colombe ( 6 ) .
Lève-toi donc, bien-aimée du Christ, sois comme la tourterelle qui
fait son nid au sommet de l'ouverture ( 7 ) ; tiens-toi là comme le passe-
reau qui a trouvé une maison (8) ; veille sans cesse ; comme la tour-
terelle, caches-y tes petits nés d'un chaste amour, appliques-y tes
lèvres afin d'y puiser les eaux des sources du Sauveur (9). Car il est
la source qui, jaillissant du milieu du Paradis, se divise en quatre
branches (10) et se répand dans les cœurs dévots, les féconde et arrose
toute la terre.
0
2 Sceau de la province de Corse, portant le tau, I II S avec H sur-
monté d'une croix et le monogramme primitif X P S. Une tradition,
consignée dans Gonzaga, fait remonter ces armes à saint François et à
Jean Parenti. Dans son ouvrage, Gonzaga donne quatre-vingt-onze
sceaux dont neuf ont le monogramme sans croix ; quatre, le mono-
gramme avec croix ; six, les stigmates ; trois les cinq plaies.
SAINTE MARGUERITE DE CORTONE
77
S A I N T E M A R G U E R I T E D E CORTONE (1251-1297)
mains sur les ouvertures que les clous ont faites à mes mains. »
Et comme Marguerite, tout intimidée, répondait « Oh! non,
mon Seigneur, » aussitôt le bien-aimé J é s u s ouvrit la blessure du
côté ; et, dans cette caverne, Marguerite aperçut le Cœur de son
Sauveur. Ravie en extase, elle embrassa son Seigneur crucifié et
se sentit entraînée par lui et enlevée au ciel. E t elle l'entendit qui
lui disait : « Ma fille, de ces blessures recueille des enseignements
qui puissent servir aux prédicateurs qui les transmettront aux
fidèles. »
E t un autre jour, il lui commanda d'annoncer à tous l'amour
de son Cœur. « D a n s cette mission que j e te confie, lui disait-il, tu
auras beaucoup à souffrir. Cependant n'hésite p a s . »
« Crie et proclame que c'est par amour pour vous que je suis
descendu du sein de mon Père, dans le sein de la Vierge Marie, clama
igitur, filia, quod vestri amore captas, ego de si au Patris descendi in
uterum Virginia.Proclame les douleurs de la circoncision, l'adoration
des Mages, mon oblatiou au Temple, ma fuite en Egypte... Proclame
ma sueur de sang dans la Passion,... ma flagellation... mon crucifiement
entre deux larrons... Proclame qu'au milieu de tant d'angoisses mon
cœur s'est desséché et qu'ils m'ont servi un breuvage de fiel... Proclame
que, après ma mort, mes cruels ennemis, sans pitié, percèrent mon
côté d'une lance et qu'il en jaillit du sang et de l'eau, prix de la
Rédemption des âmes. Mais je veux que, à l'occasion de toutes ces
œuvres de ma bonté, tu redises que mon seul amour pour les âmes
m'a porté à faire ou à endurer toutes ces choses ( i ) .
« J e suis le Pain de Vie qui est descendu des cieux ; je suis l'Agneau
de Dieu qui efface les péchés du monde. Veux-tu venir vers mon
Père?
— Quand je suis avec vous, Seigneur, répondit Marguerite, je suis
avec le Père et avec PEsprit-Saint.
— Crois-tu qu'il en soit ainsi? lui dit le Seigneur.
— Seigneur, vous savez toutes choses, reprit Marguerite, vous savez
que je le crois.
— Afin donc que tu ne doutes pas, lui dit Jésus après l'avoir bénie,
salue ma Mère. »
Et Marguerite récita Y Ave Maria, jusqu'à Benedictus fractus ventris
tuL Et après qu'elle eut achevé la salutation, Jésus lui dit :
« Ma fille, m'aimes-tu ?
— Non seulement je vous aime, Seigneur, répartit Marguerite,
mais je désire même, s'il pouvait vous plaire, être dans votre Cœur.
— Pourquoi veux-tu entrer dans mon cœur, reprit Jésus ; et pourquoi
ne pas entrer dans la blessure de mon côté ?
— Seigneur Jésus-Christ, répondit Marguerite, si je suis dans votre
cœur, je serai dans la blessure de votre côté, dans la place de tous les
clous, dans la couronne d'épines, dans le fiel et le vinaigre, dans le voile
(de dérision) placé sur vos yeux vénérables.
— Ma fille, m'aimes-tu ? reprit encore le Seigneur.
— Non, Seigneur, répondit Marguerite.
— Quand donc m'aimeras-tu ? lui dit Jésus.
— Seigneur, reprit Marguerite, je vous aimerai, quand j'éprouverai,
dans mon corps, une part si cruelle des douleurs que vous avez souf-
fertes pour moi, que, joignant les mains, je sentirai mon âme se séparer
de mon corps. »
( i ) C h a p . v, u. 42.
8o LA. D É V O T I O N A U SACRÉ-CŒUR
« M'aimes-tu ?
— Seigneur, répondit Marguerite, si je vous aimais, je vous servirais.
Et je crois qu'aucune créature jamais ne vous aima autant que vous le
méritez.
— Tu dis la vérité, reprit Jésus.
— Je voudrais non seulement vous aimer, lui dit Marguerite, mais
s'il était possible, je voudrais faire plus que vous aimer, je voudrais
seulement avoir une étincelle de votre amour ( i ) . »
U B E R T I N D E C A S A L E (1248-1301)
1° L ' A p ô t r e d u C œ u r d e J é s u s .
(1) L . I, ch. i x .
(2) Le Sacré-Cœur de Jésus. Etudes J'ranciscaines. p a r IIKNIU DE GRÈZES,
p . J23-134.
UBERTIN D E CASALE 83
« Tout sacrifice visible, écrit-il dans son Arbor vitœ, est le sacre-
ment, c'est-à-dire le signe sacré d'un sacrifice invisible. Ainsi le
sacrifice ineffable que le Christ fait de lui-même tant dans l'auguste
mystère de nos autels que sur l'autel de la Croix, est le signe du
sacrifice invisible qu'il fait continuellement de lui-même dans le
temple immense de son cœur, intemplo latissimo Cordis sui ( i ) . »
Enfin Ubertin de Casale comprit si bien l'économie provi-
dentielle de la dévotion au Sacré-Cœur, qu'il prédit ce que nous
voyons réalisé aujourd'hui, qu'elle serait l a consolation des der-
niers siècles de l'Église.
A u livre troisième de son Arbor vitœ, il commente le sommeil
de J e a n sur l a poitrine de J é s u s , au jour de la Gène (2).
L'archer du Sacré-Cœur.
Gravure de Messager
dans Emblèmes de l'amour divin et humain ensemble (I63I).
2° L ' A p ô t r e d u C œ u r d e M a r i e c o m p a t i s s a n t .
Dans sa dévotion au Cœur de J é s u s , Ubertin de Casale
ne fît que suivre les traditions de son Ordre. Il est un autre
terrain sur lequel il se montra initiateur. Au champ fécond de
l'Évangile et du Calvaire, son regard contemplatif sut découvrir
une nouvelle source de grâces intarissable, le Cœur de Marie,
Mère de J é s u s .
L e Cœur de J é s u s , à ses yeux, était, pour tous les hommes,
le principe du salut, parce que, depuis s a conception jusqu'à sa
mort, il avait porté les douleurs d e l à Passion et d e l à Croix.
Or le Cœur de Marie, d'après lui, par l'exercice continuel de la
compassion auquel la Vierge s'appliqua toute s a vie, fut pour
ainsi dire la réplique du Cœur de J é s u s , et, en participant à ses
douleurs, il participa à l'œuvre de notre salut. Ce Cœur nous
enseigne, en effet, comment nous devons compatir aux souffrances
du Sauveur et il supplée à notre insuffisance.
Nous allons, d'après les propres paroles d'Ubertin, résumer
sa doctrine. Il nous dira : i ° que la douleur du Cœur de Marie
fut immense, parce que immenses furent les douleurs de J é s u s ,
auxquelles Marie compatissait ; 2° cette douleur fut un don du
Saint-Esprit, dû à sa pureté ; 3° cette douleur de compassion ne
fut pas sans joie, bien au contraire, car elle est l'unique sentier
qui conduit aux délices ineffables des joies spirituelles.
« Oui vraiment, ô bon Jésus, dît-il, ce fut pour vous une grande
amertume et une nouvelle croix de voir près de vous votre Mère.
Cette croix vous l'avez prise à notre place, parce qu'il n'est aucune
créature, attendu que toutes lui sont inférieures, qui soit capable de
mesurer les douleurs de son Cœur, doloris Cordis ejas mensurare
sufficiat. Vous seul avez su compatir, selon la juste mesure, à votre
très chère Mère et vous l'avez fait pour vous et pour nous, ses fils
misérables et indignes. Et votre tourment s'en trouva encore accru,
car, de cette façon, vous fûtes mortellement crucifié non seulement
en vous-même, mais encore dans le Cœur de votre Mère.
a Afin de comprendre un peu, ô mon âme, combien grande fut la
douleur du Cœur de Jésus, compatissant aux tourments de sa Mère
chérie, mesure, si tu peux, combien grande fut la douleur dans le
Cœur de cette Vierge. Son Cœur, en effet, non seulement ne rencontra
aucun motif de consolation, mais il trouva tout motif d'augmenter sa
peine. »
déversât en lui toutes ses douleurs. Estimez alors ses souffrances. Cette
image peut vous aider à comprendre l'immensité des douleurs du Christ.
« Ce que je viens de dire pour le Christ, dans son humanité,
faites-en l'application à sa très révérende Mère et vous saurez ainsi
que, par la grâce de l'Esprit-Saint, elle fut admise à porter les dou-
leurs de son Jésus dans une mesure qui dépasse toute mesure et toute
puissance créée. »
L a d o u l e u r a u C œ u r d e M a r i e fut un d o n d u S a i n t - E s p r i t .
« Plus une âme, dit-il, est purifiée de tous ses vices, mieux elle
ressent les douleurs de la Croix du Christ. Et la raison, c'est qu'un
tel crucifiement ne peut venir en elle que par l'action de l'Esprit-Saint.
Car cette douleur est une opération de l'Esprit-Saint, dans l'âme. Or
une âme adonnée aux vices ne laisse pas agir l'Esprit-Saint ; mais
continuellement elle se révolte contre lui, elle lui résiste de toute la
force de ses habitudes vicieuses. Elle discute, elle oppose des doutes,
elle allègue que le Christ n'eut pas de raisons de porter de telles
douleurs dans son Cœur ni dans son corps ; qu'il n'est pas si nécessaire
de tant se tourmenter continuellement pour s'unir ainsi à ses douleurs.
Aussi, sous prétexte de meilleur profit, mais, en réalité, pour obéir
à leurs passions, beaucoup détournent leur cœur de cette contem-
plation et s'appliquent à d'autres méditations qui distraient l'esprit et
détruisent les célestes impulsions de la grâce. Néanmoins aveuglés par
leurs vices, ils répètent qu'ils servent mieux le Seigneur de cette
façon. Aussi sont-ils cause qu'ils ne goûteront jamais à la coupe
immense des douleurs du Christ Jésus et qu'ils n'auront jamais
l'expérience de ses vertus » .
84 LA D É V O T I O N A U SACRÉ-CŒUR
L ' e x e r c i c e d e l a C o m p a s s i o n fut, p o u r l e C œ u r d e M a r i e ,
la v o i e d e s p l u s hautes d é l i c e s .
( i ) A p p a r a î t c u i m c r u c i f i x u s pariU'i» et a l a l u s . . . u t L a c apporiticme o s l e n -
deret q u o d F r a n c i s c a i n et c a r n e crucifigeret et m e n t e t r a n s f o r m a r e t in s u o s
i n a b y s s a l e s d o l o r e s et a n a g a g i c o s et flammeos a r d o r e s et s e r a i i e o s g u s t u s
formaret.
UBERTIN D E CAS AXE 85
e
Initiale d'un Vespéral fransciseain du xni siècle. Première lettre
de l'hymne de l'Epiphanie : O sala magnarum iirbiam.
E t c o m m e J é s u s s a v a i t q u e sa M è r e v o u l a i t p a r t i c i p e r à ses
souffrances, il l'aidait de sa g r â c e :
e
L E ROLE DU XIII SIÈCLE
e
L e s principaux mystiques qui, au xin siècle, avec les F r a n -
ciscains, pratiquèrent la dévotion au Sacré-Cœur furent sainte
Mechtide (1241-1298) et sa sœur sainte Gertrude ( i 2 3 4 - i 3 o 3 ) , béné-
dictines d'Helfta,en S a x e ; sainte Lutgarde (1182-1246), cistercienne
de Saint-Trond ; la vénérable Ida (1247-1300), également cister-
cienne; Gertrude de S a x e (vers i3oo), Christine de Stommeln,
près de Cologne ( i 2 3 o - i 3 i 2 ) , dominicaines.
Dès cette époque, le culte privé au Sacré-Cœur se pratiquait
conjointement avec le culte des Cinq Plaies et de la plaie du côté.
Mais certaines âmes se fixaient de préférence dans la contempla-
tion et l'adoration du divin Cœur. Nous avons vu Ubertin de
Casale lui consacrer le vendredi. Ce devint un usage chez les
mystiques franciscains. L e s mystiques dominicains, s'attachant
davantage à la plaie du côté, lui consacrèrent de bonne heure
une fête annuelle, fixée au vendredi après l'octave du Saint-
Sacrement, jour qui sera désigné plus tard par Notre-Seigneur à
la bienheureuse Marguerite-Marie, pour célébrer l a fête de son
divin Cœur ( 1 ) .
L e culte suscita des poésies liturgiques. On possède une très
9
belle hymne au Sacré-Cœur qui remonte au xnr siècle : Summi
régis cor, aveto. Voici la dernière strophe :
e
L A DÉVOTION A U S A C R É - C Œ U R A U X I V SIÈCLE
e
L e x i v siècle si troublé fut moins fertile que les autres en
fruits de sainteté. Cependant on y trouve quelques âmes d'élite et
celles-là se gardèrent de la contagion p a r la dévotion au Sacré-
Cœur. Nous citerons deux noms seulement :
Q,V A R T A P A R S
FfcOVIN-
Ce très beau monogramme est extrait de l'ouvrage du P. G O N Z A G A ,
De origine seraphico religionis, Rome 1587. Il résume magnifiquement
la dévotion au saint nom de Jésus, prêché par saint Bernardin de
Sienne et professée par toute la famille franciscaine.
LA RÉFORME DES OBSERVANTS
Le renouveau de vie franciscaine suscite p a r la réforme
des Observants (i36S) détermina un notable progrès dans la
dévotion au Sacré-Cœur. L e s principaux apôtres de ce mouve-
ment furent précisément les chefs de cette réforme et notam-
ment saint Bernardin de Sienne, saint Jean de Capistran,
sainte Colette et la bienheureuse Jeanne de Valois. Ils affir-
mèrent de nouveau et avec une nouvelle énergie que le foyer
de R amour divin était au Cœur de J é s u s ; ils mirent en relief
le rôle que remplit, auprès du Cœur de J é s u s , le saint Cœur
de Marie, sa mère ; enûn ils osèrent, pour la première fois,
aider leur piété p a r la représentation de l'image.
S A I N T B E R N A R D I N D E S I E N N E (1383-1448)
L'Apôtre d e s saints C œ u r s de J é s u s et d e Marie.
Saint Bernardin de Sienne commença par remettre en
honneur le culte et l'image du nom de J é s u s , inaugurés dans
l'ordre dès le xiir" siècle, et il parvint, au milieu des plus grandes
difficultés, à les faire agréer officiellement par l'Eglise.
Saint Bonaventure avait comparé la personne du Christ au
soleil matériel ; saint Bernardin déclare que c'est le Nom même
de J é s u s qui est le vrai soleil du monde.
C'est de lui que parle Zacharie. quand il dit que son nom est Orient,
Oriens nomen ejus, car il ressemble au soleil qui brille vers l'Orient. »
E t saint B e r n a r d i n e x p o s e q u ' e n r e t o u r de t a n t de b i e n f a i t s ,
Jésus n e r é c l a m e q u e n o t r e C œ u r , safjicit Christo solum hominis
habere cor. E n é c h a n g e de son C œ u r , il ne r é c l a m e q u e le n ô t r e .
E t le saint s ' e x t a s i e s u r ce m a r c h é , s u r ce m e r v e i l l e u x é c h a n g e
et il i n v i t e t o u t e s les â m e s à e n p r o f i t e r .
S o u v e n t , d a n s ses d i s c o u r s , saint B e r n a r d i n r e v i e n t s u r ce
m y s t è r e du C œ u r de J é s u s . Il y v o i t n o n s e u l e m e n t u n encensoir
d'or, mais un foyer de charité, u n asile pour les âmes. C ' e s t de
son C œ u r , que J é s u s a tiré les sept paroles prononcées du haut
de sa c r o i x .
« Notre bon Jésus, dit-il ( i ) , qui du bon trésor de son divin Cœur
avait tiré tant de choses excellentes, en tire, dans sa Passion, de plus
excellentes encore. Il nous montre son Cœur, comme une fournaise
de charité, très ardente, capable d'embraser et de consumer tout
l'univers. De ce Cœur embrasé d'amour il tire sept paroles sacrées et
ardentes, comme sept amours brûlants du feu le plus communicatif. »
M a i s c'est s u r t o u t c o m m e l ' a p ô t r e d u C œ u r de M a r i e q u e le
p i e u x franciscain m é r i t e de r e t e n i r n o t r e a t t e n t i o n . O f f i c i e l l e m e n t
l ' É g l i s e s e m b l e a v o i r v o u l u lui r e c o n n a î t r e l a p a t e r n i t é d u c u l t e
e n v e r s le saint C œ u r de la V i e r g e , c a r c'est à l'un de ses
s e r m o n s (2) q u e l l e a e m p r u n t é l e s p r i n c i p a l e s l e ç o n s de son
office. E n voici u n p a s s a g e :
E l l e a v a i t e n c o r e été t r è s f r a p p é e d ' u n e a u t r e p a r o l e d u m ê m e
P è r e , d i s a n t q u ' u n e seule é t i n c e l l e de l ' a m o u r d o n t l a Y i e r g e
était r e m p l i e c o n t e n a i t p l u s de s u a v i t é q u e t o u t e s les v o l u p t é s
c h a r n e l l e s e n s e m b l e (2).
D u r a n t sa v i e de C l a r i s s e , elle fut f a v o r i s é e d ' e n t r e t i e n s fami-
l i e r s a v e c Jésus, q u i l u i r é v é l a les p e i n e s i n t é r i e u r e s de s o n c œ u r
affligé. E l l e a fait le r é c i t de c e s e n t r e t i e n s d a n s u n mémoire
a d r e s s é a u F r a n c i s c a i n , s o n d i r e c t e u r , elle y d é c l a r e q u e ce n'est
q u e d a n s le C œ u r de Jésus qu'elle a c o m p r i s sa P a s s i o n .
O n l e v o i t p a r c e t t e r é p o n s e , l ' a m o u r de s o n C œ u r , q u e Jésus
v e u t r é v é l e r à s a s e r v a n t e , e s t d ' a b o r d l ' a m o u r p o u r s o n P è r e et
( i ) L e fait q u e ce C œ u r s e r e t r o u v e d a n s l e s i m a g e s d e s c i n q p l a i e s , o u
encore qu'il p o r t e l e c o u p d e l a n c e , ne p e r m e t p a s d e d o u t e r qu'il ne soit
celui d e J é s u s m ê m e .
(a) P . H . DK GRÈZES, loc. cit., p 167.
100 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
e n s u i t e l ' a m o u r p o u r les h o m m e s . E t à c e t t e o c c a s i o n l a B i e n h e u -
r e u s e a v o u e q u e « le d o u x S a u v e u r lui a v a i t déjà fait c o m p r e n d r e
l o n g t e m p s a u p a r a v a n t t o u t e l ' é t e n d u e de s o n a m o u r p o u r les
c r é a t u r e s ». E t elle d é s e s p è r e de p o u v o i r l ' e x p r i m e r sur le p a p i e r :
« Je me t a i r a i d o n c , dit-elle, p o u r n e p a r l e r q u e des d o u l e u r s de
m o n b o n M a î t r e , q u i sont u n e expi^ession de cet a m o u r p l u s facile
à c o m p r e n d r e p o u r le c œ u r h u m a i n . »
U n p e u a u p a r a v a n t , Jésus l u i a v a i t fait c o n n a î t r e la manière
d o n t il a v a i t t é m o i g n é s o n a m o u r p o u r s o n P è r e , e n u n i s s a n t sa
v o l o n t é à c e l l e de c e P è r e c é l e s t e :
(1) BOLLAXD., Vita B. Bapt. Varani, n° 58. — (2) P. I L DE GRÈZES, loc. cit.,
p. 154 :
Risguarda quella piaga Pensa che fu afllitto
Ch' Egli lia dal lato ritto Per una lancia crudelc :
Vedi che il sangue paga Per ciaschedun fedele
Tutto il tuo delitto; Passo il Cor la saetta.
SAINTE FRANÇOISE ROMAINE IOI
L a d e m e u r e p r o p r e d e s F r a n c i s c a i n s , a u x y e u x de l a piété d u
e
xv siècle, était d o n c la p l a i e d u côté o u le C œ u r de J é s u s . N o u s
v e r r o n s b i e n t ô t l e s h o m m e s de l a R é f o r m e s'en s c a n d a l i s e r et
se s e r v i r de c e t t e l é g e n d e n a ï v e p o u r j e t e r le r i d i c u l e s u r l a
pieuse dévotion.
L a b i e n h e u r e u s e J e a n n e de V a l o i s était l a fille de L o u i s X L
M a r i é e t o u t e j e u n e à L o u i s d ' O r l é a n s , e l l e fut a b a n d o n n é e p a r
ce p r i n c e , q u a n d il h é r i t a de la c o u r o n n e de F r a n c e , s o u s le
n o m de L o u i s X I I ; et le m a r i a g e fut a n n u l é .
Elle eut c e r t e s le c œ u r m e u r t r i , à c a u s e de c e t a b a n d o n ,
et n e s'en c o n s o l a j a m a i s e n t i è r e m e n t (2). M a i s elle c h e r c h a
e n D i e u s a c o n s o l a t i o n , se p l a ç a s o u s l a d i r e c t i o n du c é l è b r e
F r a n c i s c a i n , le P . G a b r i e l - M a r i a , et s ' o c c u p a , d a n s s o n d u c h é d u
B e r r y , a u x œ u v r e s de l a p i é t é . A v e c le c o n c o u r s du P . G a b r i e l ,
elle f o n d a l ' O r d r e des A n n o n c i a d e s , s ' a t t a c h a de p l u s en p l u s
à saint F r a n ç o i s , et, à sa m o r t , elle v o u l u t être e n s e v e l i e a v e c
la b u r e g r i s e et l a c o r d e que les A n n o n c i a d e s a v a i e n t e m p r u n -
t é e s a u T i e r s - O r d r e de saint F r a n ç o i s .
a a
(1) Fractas oct., a part., p. 66, i editio.
(2) En tête de son testament, peu avant sa mort, elle a écrit ces paroles
douloureuses : « Fille, sœur, épouse des rois de France, si je n'avais été chas-
sée du lit nuptial, j'en eusse été la mère :
Filia Fraucorum régis, soror unaque conjux
Et non puisa toro Johanna e^o mater eram. »
LA BIENHEUREUSE JEANNE DE VALOIS Io3
p. 161.)
LA BIENHEUREUSE JEANNE DE VALOIS io5
(1^ P. O T H O N , loc. cit., p . 3a4- — (a) Revue de VArt chrétien, 1879, I ï , p . 100.
(3) P . O T H O N , loc. cit., p. i38.
(4) L e s m ê m e s i n d u l g e n c e s étaieut a t t a c h é e s à l a fête d e saint J o s e p h et
a u x fêtes d e l a s a i n t e V i e r g e , d a n s l'église d e l'Annoiiciade. (Loc. cit., p . 167.)
(5) P a r m i l e s F r a n c i s c a i n s , ne p o u v a n t l e s citer t o u s , m e n t i o n n o n s c e p e n d a n t
Henri d e H e r p ( H a r p h i u s ) , m o r t v e r s 1478, d o n t l a Theologia mystica, é t u d i é e
et m é d i t é e p a r t o u t , c o n t r i b u a b e a u c o u p à p r o p a g e r l a d é v o t i o n . B l o e m e n v e n n a ,
p r i e u r d e l a c h a r t r e u s e d e C o l o g n e et m a î t r e d e L a n s p e r g e , t r a d u i s i t s e s
œ u v r e s m y s t i q u e s . U n p e u p l u s t a r d . B r u n o L o e r . d e l a m A me c h a r t r e u s e ,
les r é é d i t a i t et les d é d i a i t à s a i n t I g n a c e . Cf. B A I N V E L , La Dévotion..., p . a5o.
io8 LA. DÉVOTION AU SACHE-CŒUR
e
L'Iconographie du Sacré-Cœur au XV siècle.
La t r o i s i è m e et d e r n i è r e t r a n s f o r m a t i o n a m e n a la suppres-
sion des m a i n s et des p i e d s b l e s s é s p o u r ne c o n s e r v e r que
l'image du divin Cœur. C ' e s t ainsi q u ' o n en arriva progres-
s i v e m e n t à l ' i m a g e et a u c u l t e p r o p r e m e n t dit du S a c r é - C œ u r .
Quelques g r a v u r e s se p r é s e n t e n t c o m m e la s y n t h è s e des
d e u x t y p e s p r é c é d e n t s . E l l e s c o m b i n è r e n t , d a n s la m ê m e i m a g e , le
monogramme et les i n s t r u m e n t s de l a P a s s i o n , p u i s les d é v e -
loppèrent d'après le m ê m e p r o c é d é p a r l a f i g u r a t i o n des C i n q
Plaies, ou par l'image du divin C œ u r resté seul.
Nous allons étudier ces d i v e r s t y p e s d ' i m a g e s d u Sacré-
Cœur, sans chercher à établir entre e u x une priorité chrono-
l o g i q u e , c a r ils a p p a r a i s s e n t p r e s q u e e n m ê m e t e m p s d a n s les
n
g r a v u r e s que nous avons étudiées ( i ) . Nous traiterons : i du
Monogramme seul et dans ses /'apports avec le Sacré-Cœur ;
i° des Instruments de la Passion dans leurs rapports avec le
Sacré-Cœur ; 3° du Sacré-Cœur représenté seul et pour lui-même.
N o u s t e r m i n e r o n s p a r l ' e x a m e n de d e u x t y p e s s p é c i a u x de
S a c r é - C œ u r : le S a c r é - C œ u r à l ' E n f a n t J é s u s , et le S a c r é - C œ u r
à l'Agneau.
(1) La filiation des types que nous donnons ici est purement logique et
n'a d'autre but que d'en faciliter l'étude. Répond-elle à la réalité chrono-
logique ? Nous le croyons, mais nous n'avons point de documents pour
l'établir avec certitude. L a coexisteuce de ces divers types dans les plus
anciennes gravures que nous connaissons (I45O-I5OO) prouve seulement que
l'usage de ces sortes d'images remontait déjà à de nombreuses années.
(a) Prato, 1872, t. I, p . 164.
L I C O N O G U A P H I E DU S A C R É - C Œ U R AU XV" S I E C L E III
L e s d o c u m e n t s les p l u s a n c i e n s q u e n o u s c o n n a i s s i o n s s o n t
d e u x m o n n a i e s de J u s t i n i e n I L
L a p r e m i è r e est de 685-690 et p o r t e :
DN ihs Ghs R E X R E G N A N T I U M
IhS C R I S T D F R E X R E G N A N T I U M
(1) <( In sacris paginis, praeter XXIII litteras alphabeti latini, usi
sumus X P in Christi nomine, in I H V , H, et in A p o c a l y p s i a et w, »
LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
L e Cruciûx de Saint-Daniien
P e i n t u r e b y z a n t i n e copiée p a r l e P . J u s t e , O. M . G., d ' a p r è s l'original
c o n s e r v é a u c o u v e n t d e s C l a r i s s e s d ' A s s i s e (Cf.Vie de saint François, édition
P l o m b , p . 23).
On y voit le m o n o g r a m m e I H S , c o m m e s u r le crucifix d u m u s é e de
e
G l u n y ( x i n siècle). C e fait p e u t e x p l i q u e r l a d é v o t i o n d e s a i n t F r a n ç o i s et
d e s F r a n c i s c a i n s p o u r ce m o n o g r a m m e .
P
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU X V SIECLE Il3
S u r le diptyque de Rambona :
E G O S U M IHS N A Z A R E N U S
(1) V o i c i l a r è g l e d'écriture q u e r é v ê q u e J o n a s a v a i t d o n n é e à A m a J a i r e f
S.
LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
A Rome (i2o5) :
DOMINI N O S T R I IHV XPI
A M a u l é o n , e n P o i t o u (1220) :
IHESUS
e
A u m u s é e de G l u n y ( P a r i s ) sur u n C h r i s t d u x m siècle : I H S .
Enfin G a s l e y affirme q u e les m a n u s c r i t s s c r i p t u r a i r e s latins,
d e p u i s le vP s i è c l e , é c r i v e n t le n o m de J é s u s p a r le m o n o g r a m m e :
S o u v e n t , d a n s le m o n o g r a m m e , S est r e m p l a c é p a r C . C e C e s t ,
c r o y o n s - n o u s , le 2 o u S g r e c . E t Ton a I H C . P a r f o i s le m o n o -
g r a m m e se t r o u v e r é d u i t à d e u x l e t t r e s I C .
L a forme I H C se t r o u v e à L o n d r e s , a u B r i t i s h M u s é u m , d a n s
e
le M s . de H a r l e y d u x siècle ; à B r i x e n , e n A u t r i c h e , à la b i b l i o -
G
t h è q u e d u S é m i n a i r e , d a n s u n M s . du xi siècle ; e n E s p a g n e , sur
le crucifix d e l à c a t h é d r a l e de L é o n ( M u s é e de M a d r i d ) , xP s i è c l e ;
en F r a n c e , sur le crucifix d'un v i t r a i l de la c a t h é d r a l e de
B o u r g e s , p r e m i è r e moitié d u xnP siècle.
C e m o n o g r a m m e , s o u s sa forme I H S , a p p a r a î t à l ' o r i g i n e de
l'histoire f r a n c i s c a i n e et il y j o u e u n r ô l e i m p o r t a n t . Il m a r q u a i t
le n o m d u C h r i s t s u r le c é l è b r e crucifix d e S a i n t - D a m i e n , q u i
parla à saint François et décida sa vocation. C'est ce qui
e x p l i q u e , c r o y o n s - n o u s , l e c u l t e que lui v o u a l ' O r d r e des M i n e u r s .
S a i n t F r a n ç o i s le fit g r a v e r , s o u s l a forme I H C , et s u r m o n t é de
l a c r o i x , s u r l e s fers à h o s t i e , qu'il faisait d i s t r i b u e r a u x é g l i s e s
p a u v r e s (1). N o u s avons rapporté, d'après une antique tradition,
q u ' i l l ' a u r a i t d o n n é , s o u s sa f o r m e I H S s u r m o n t é de l a c r o i x , p o u r
b l a s o n à la p r o v i n c e de C o r s e .
C'est dans cette tradition que saint Bonaventure puisa
l ' é l é m e n t p r i n c i p a l de ses a r m e s c a r d i n a l i c e s : le m o n o g r a m m e
e
( 1 ) La Vie de saint Aubin, M s . d u x i siècle d e l a B i b l i o t h è q u e N a t i o n a l e ,
résente d e b e a u x d e s s i n s d'hosties m a r q u é e s a u x m o n o g r a m m e s I H S ,
F H G ; X P G , d o n t q u e l q u e s - u n s ont le signe d ' a b r é v i a t i o n s u r m o n t é d e l a
p
c r o i x . D è s le v i n siècle, l e s s c r i b e s b a r r e n t l a h a m p e d e P H en forme d e
croix. S a i n t B o n a v e n t u r e e s t le p r e m i e r , c r o y o n s - n o u s , q u i ait m i s le m o n o -
s e
g r a m m e d a n s u n soleil. A p r è s le concile de L y o n qu'il p r é s i d a en 1274* il
p r o d u i s i t u n g r a n d m o u v e m e n t p o u r l a glorification d u r î o m d e J é s u s . Cf. De
Monogrammate, Milan, 1773.
n 6 LA. DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
u
(1) V o i r SCHREIBER, Le Manuel de... N q568 et Einzel-Mctalschnittc...
Munich, d e HEIT/.
(2) Saint François d'Assise, édition i l l u s t r é e do PLOMII, P l . X X I X , p .
(3) ( X lï«»LZsciiNiTriï,Stuttgard, Heitz.
e
^ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU X V SIECLE 117
2° L e m o n o g r a m m e
a v e c le crucifix.
2) SCIIHEIBBR, n° i8ai.
e
l'iconographie du sacré-cœur au xv siècle 119
3° L e m o n o g r a m m e a v e c l e s Cinq P l a i e s .
4° L e m o n o g r a m m e a v e c le S a c r é - C œ u r s e u l .
Dès 1460-1470, on trouve le monogramme, avec le divin
Cœur, sans les autres plaies. Schreiber (2) l'appelle Le mono-
gramme IHS au Sacré-Cœur. La gravure est conservée au Cabi-
net des estampes de Berlin. C'est un vaste cœur, traversé par
un tau et portant le monogramme. En voici la description :
1° L e s I n s t r u m e n t s d e la P a s s i o n a v e c l e s Cinq P l a i e s .
2° L e s I n s t r u m e n t s d e la P a s s i o n
a v e c le S a c r é - C œ u r et les Cinq P l a i e s .
e
(1) SCHREIBER- Manuel de l'amateur de la gravure sur bois au x v siècle,
t. I I , n« 1786.
122 L A DÉVOTION AU SACRÉ-CCEUR.
3° — L e s I n s t r u m e n t s d e l a P a s s i o n et l e S a c r é - C œ u r s e u l .
e
L e s gravures de la fin du x v siècle, qui représentent le
Sacré-Cœur seul avec les instruments de la Passion, sont
nombreuses. L e plus souvent le divin Cœur est sur un linge,
un suaire sans doute, présenté p a r un ou deux anges.
Il se peut que l'ange ici et ailleurs ait une signification
mystique d'origine franciscaine. Il rappelle que le Ghrist, dont
la gravure présente le Cœur à la vénération, est celui qui
apparut à saint François sur l'Alverne sous la forme d'un
( 1 ) T o u s ces c œ u r s s o n t l a t r a d u c t i o n p a r l ' i m a g e d e l a c é l è b r e p a r o l e
d e l ' É v a n g i l e . Sic Deus dilezit mundum ( J O A N X . , I I I , 1 6 ) . D i e u , le P e r e et
l e F i l s o n t t a n t a i m é l e m o n d e q u e , p o u r le r a p p r o c h e r d'eux, i l s o n t
inventé toutes les merveilles de la Passion. Ces c œ u r s représentent donc
l ' a m o u r d e D i e u le P è r e et a u s s i l ' a m o u r d e D i e u le F i l s , q u i s o n t u n s e u l
et m ê m e a m o u r , et enfin l ' a m o u r d u C h r i s t c o n s i d é r é d a n s s o n h u m a n i t é
et d è s l o r s , s o n c œ u r d e c h a i r b l e s s é d e l a l a n c e , le S a c r é - C œ u r ,
(a) W . - L . S C H R E I B E R , Manuel, t. I I I , p . 87, n ° 2445.
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU XV" SIECLE 123
Au centre se trouve le Cœur tenu par deux anges les ailes dressées.
Au-dessus, le Très-Haut, en buste, tenant le globe de la main droite,
et, de la gauche, plongeant une flèche dans le Cœur. En bas, un
dominicain est agenouillé avec un rouleau, où on lit : Miserere mei,
Deus.
Cette gravure ( 1 ) a servi à former la couverture d'un exemplaire du
Tractatus Bonaventurœ imprimé à Strasbourg en ifôQ- Nous en donnons
ici la reproduction.
2
Une autre gravure de Munich fi484~i49 ) se rapporte au
même Cœur de Jésus, blessé de la lance ; mais le divin Cœur y
apparaît parmi les Cinq Plaies. On y lit une inscription très
intéressante qui fait connaître la destination de ces sortes
d'images (2).
( 1 } Manuel, t. I, N ° 7 9 7 .
( s ) S C H R E I B E R , Manuel, N° 798.
e
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU X V SIÈCLE l33
e 6
Pl. i. — G r a v u r e s d e s x v i etjxvn siècles.
i . F r o n t i s p i c e d e l'Exercice du Cœur crucifié de Pierre Regnart
( i 5 a 5 ) . — 2. M o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r , g r a v é s u r l e t o m b e a u d u
e
b i e n h e u r e u x G a n i s i u s (fin d u x v i siècle). — 3. En-tète d u Paradisus
puerorum d u P è r e d e B e r l a y m o n t (1619). — 4* L e c œ u r e t l e s c l o u s s o u s
l e m o n o g r a m m e , m a r q u e S a n t i - F r a n c h i l i b r a i r e d e F l o r e n c e (1682). —
5 e t 6. M o n o g r a m m e s d e J é s u s e t d e M a r i e a v e c l e u r s C œ u r s , i n c r u s t é s
s u r u n e p o r t e d e l'église S a i n t - J e a n , à F o n t e n a y - l e - C o m t e (milieu d u
e
x v i i s i è c l e ) . — 7. L ' e n f a n t J é s u s d a n s l e S a c r é - C œ u r , m a r q u e d e
S - H u r é , l i b r a i r e à P a r i s (1640).
Cette planche et les d e u x autres sont e m p r u n t é e s à l a Revue de
Part chrétien (1879,) a r t . d e G r î m o u a r d d e S a i n t - L a u r e n t : Les images du
Sacré-Cœur au point de vue de l'histoire de Vart. N o u s e x p r i m o n s n o t r e
reconnaissance à M . C h a m p i o n , éditeur d e l a R e v u e , et à M . M . À u b e r t ,
directeur, qui nous ont autorisé gracieusement à les reproduire.
i36 LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
e
Gravures sur bois tirées de livres français du xv siècle (i),
donne sept marques de libraires (i484-i52o) portant le cœur
surmonté d'une croix. Mais la gravure la plus remarquable
est celle qui représente l'Enfant Jésus dans un cœur, imitation
de ce que nous avons trouvé en Allemagne. C'est un en-tête
de livre. Au milieu des instruments de la Passion apparaît
Notre-Seigneur assis sur un autel et renfermé dans un cœur,
avec cette légende : Meditatio cordis mei. C'est là l'objet des
méditations de mon cœur. La planche ci-contre donne une
marque analogue du libraire Sébastien Huré, avec la légende,
Ego dormio et cor meum vigilat.
Grimouard de Saint-Laurent, qui signale ces gravures, ne
croit pas que ce cœur soit celui de Jésus : « Il ne semble pas
écrit-il, que, dans ce cas, le cœur représenté soit celui de Jésus,
c'est plutôt encore celui du fidèle qui possède, en quelque sorte,
le divin Sauveur dans son cœur, quand il médite la Passion. »
Les images analogues que nous avons signalées en Allemagne
ne permettent plus aucune hésitation. C'est bien ici le cœur de
Jésus, dont l'occupation durant toute sa vie, depuis sa première
enfance, comme l'enseigna Ubertin de Casale, fut de méditer
sur sa Passion.
Du reste, Grimouard de Saint-Laurent ne donne son interpré-
tation que sous d'expresses réserves, car il ajoute : « Mais il y a
une si grande corrélation entre ces deux ordres d'idées, le cœur
du fidèle possédant Jésus, désigné par son nom ou par une repré-
sentation personnelle, et le Cœur sacré de Jésus lui-même désigné
par les mêmes moyens, que l'on passe avec une grande facilité de
l'un à l'autre. Aussi peut-on affirmer qu'à toutes les époques où
Ton possède des exemples du premier, il en existe aussi du
second. Quelquefois la différence est bien déterminée ; d'autres
fois elle est très difficile à saisir (2). »
ans plus tard par les Capucins, devait donner à la pieuse dé-
votion un nouvel essor plus décisif encore. Nous allons rapi-
dement en esquisser les principales phases. Nous exposerons
d'abord la doctrine, puis les pratiques de dévotion et enfin le
culte par l'image.
I. — La doctrine.
« Sois bénie, s'écrie-t-il, ô plaie du saint coté, qui blesses les cœurs
dévots, blessure qui transperces les justes, rose d'ineffable beauté, rubis
d'un prix inestimable, entrée du Cœur de Jésus, témoignage de son
amour et gage de la vie éternelle ! »
LE P. JEAN D E C A R T H A G È N E (f 1617)
L e fils du S a c r é - C œ u r . — L e C œ u r symbole de l ' a m o u r .
L e F r è r e Thomas de B e r g a m e ,
le contemplatif d e l'amour d e Dieu p o u r l e s h o m m e s .
P o r t r a i t du F . T h o m a s de Bergame.
(frontispice de Faoco cTAmore.)
Saint Benoît et saint François, dit-il (3), ont fondé leurs ordres en
une plus excellente perfection. Saint Benoît a donné origine au sien
dans une grotte, au pied d'un haut rocher, à l'exemple de la naissance
de Jésus à Bethléem. L à il vécut en une extrême pauvreté, ayant seu-
lement un crucifix. Il fit un sacrifice très agréable à Dieu, lui offrant
corps et âme, pour être brûlés et consommés par son amour...
« En cet état, dit-il (2), l'âme est appelée colombe, en tant qu'elle
veut habiter en la pierre, au Cœur de Jésus, être sauvage et non fami-
lière, comme les pigeons. En ces trois paroles sont donc compris la
vocation, l'avancement et la perfection.
« Après avoir vu ces trois degrés de la vie spirituelle, continue-t-ii t
« S o y e z d o n c , m e s b o n n e s M è r e s et S œ u r s , c o m m e le d i t I s a ï e (4),
comme des colombes pleurant au pied de la Croix, la m o r t et la p r i v a -
tion de votre divin E p o u x , ne voulant attacher votre cœur à autre
c h o s e , c o m m e l a c o l o m b e , q u a n d elle a p e r d u s o n m a r i , elle ( n e ) s'allie
à a u c u n a u t r e e t p a s s e le r e s t e d e s a v i e à g é m i r .
a u p r e m i e r r a n g s a i n t F r a n ç o i s d e S a l e s o u l a V i s i t a t i o n on l a C o m p a g n i e
d e J é s u s , d o n t l e r ô l e , a v a n t l a b i e n h e u r e u s e M a r g u e r i t e - M a r i e , fut t o u t à
e
fait s e c o n d a i r e , et, a p r è s elle, et j u s q u ' a u x i x siècle, r e s t a t o u t à f a i t
r é s e r v é . E t , p o u r s o u t e n i r l e u r t h è s e , s a n s s*en r e n d r e c o m p t e , i l s sont
a m e n é s à d é f i g u r e r q u e l q u e p e u le v é r i t a b l e e x p o s é d e l a d o c t r i n e . A
p r o p o s d u P . J o s e p h , le P . B a i n v e l écrit : « P e u t - ê t r e le m o t cœur n e l u i
présente-t-il p a s u n s e n s t r è s délini, et, en p r e s s a n t telle d e s e s e x p r e s s i o n s ,
on p o u r r a i t ê t r e t e n t é de c o n c l u r e , q u e , tout en e m p l o y a n t le m o t cœur, il
n'a p a s e n v u e l e c œ u r d e chair, et q u e , p a r c o n s é q u e n t , n o u s n ' a v o n s p a s
l à , a p r o p r e m e n t p a r l e r , l a d é v o t i o n a u S a c r é - C œ u r . L a conclusion s e r a i t
i n e x a c t e . L e P . J o s e p h ne p r é c i s e p a s , il est v r a i , c o m m e on a fait p l u s t a r d
et l a réalité concrète q u i fonde l e s y m b o l i s m e r e s t e s i v o i l é e q u e l e cœur
n o u s a p p a r a î t p e u t - ê t r e p l u s chez l u i c o m m e u n m o t , u n e m é t a p h o r e q u e
c o m m e u n e c h o s e , u n s y m b o l e . Il a c e l a d e c o m m u n a v e c t o u s c e u x , o u
p e u s'en faut, q u i à cette é p o q u e p a r l e n t d u S a c r é - C œ u r . M a i s u n r e g a r d
p l u s attentif n o u s m o n t r e q u e r i d é e r e s t e s y m b o l i q u e et q u e le m o t cœur
n'est p a s c o m p l è t e m e n t v i d é d e s o n c o n t e n u m a t é r i e l . » (Loc. cit.,
pp. 3IO-3II.)
N o n , il n'est p a s e x a c t de dire q u e le P . J o s e p h a i t m a n q u é d e p r é c i s i o n .
Chez l u i , le m o t cœur non s e u l e m e n t n'est p a s v i d é d e s o n contenu matériel,
q u i est l e cœur percé de la lance, m a i s il n'est p a s v i d é non p l u s d e s o n
c o n t e n u moral, l e q u e l est, d ' a p r è s l u i , son amour pour les hommes et son
amour pour son Père. IL e n s e i g n e d o n c l a d é v o t i o n d a n s s o n i n t é g r a l i t é
t r a d i t i o n n e l l e ; t a n d i s q u e b e a u c o u p d e m o d e r n e s s'obstinent encore à é c a r t e r
d e cette d é v o t i o n l a m o i t i é d e s o n c o n t e n u m o r a l : l'amour du Cœur de
Jésus pour son Père.
LA DOCTRINE FRANCISCAINE DU SACRE-CŒUR
( i ) Il i m p o r t e d e b i e n e n t e n d r e , c o m m e n o u s v e n o n s d e l ' e x p o s e r , l ' a m o u r
d e D i e u p o u r l e s h o m m e s , a Un d e n e p a s le r a b a i s s e r et e u faire u n e stérile
p h i l a n t h r o p i e . S i D i e u a i m a i t l ' h o m m e p o u r l ' h o m m e , i l s e contenterait d e l'or-
ner et d é v e l o p p e r d a n s l e s l i m i t e s d e s a n a t u r e et il n o u s a u r a i t l a i s s é à n o t r e
b a s s e s s e n a t u r e l l e . M a i s D i e u le P è r e a i m e les h o m m e s p o u r s o n F i l s et îl les a
s o u m i s à s o u F i l s , afin qu'ils s o i e n t les m e m b r e s d e s o n c o r p s et q u ' i l s f o r m e n t
s a Cour, et c'est p o u r q u ils soient d i g n e s de cette fonction qu'il les a e n n o b l i s
d'une façon s i m e r v e i l l e u s e . D e m ê m e D i e u le F i l s a i m e les h o m m e s p o u r s o n
P è r e , et, c o m m e n o u s l ' a v o n s d i t , il s'est u n i à e u x p o u r les r e n d r e c a p a b l e s d e
c h a n t e r a v e c l u i les c a n t i q u e s d ' a m o u r filial. M a i s en s ' u n i s s a n t a i n s i à
l ' h o m m e , il l'a t r a n s f o r m é et il Ta élevé j u s q u ' à s a d i v i n i t é . C'est l à l'origine
de notre g r a n d e u r .
EXPOSÉ DOCTRINAL 165
i ° D u d r a m e d e s s t i g m a t e s , p a r l ' i n t e r m é d i a i r e d e l a dévotion a u x C i n q P l a i e s ,
ex ipsis et per ipsos ;
0
2 D e l a d é v o t i o n a u N o m d e J é s u s , I H S , a s s o c i é e à l'idée de l a P a s s i o n
signifiée p a r les trois c l o u s q u i a c c o m p a g n e n t le M o n o g r a m m e .
e
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU X V I I SIECLE
L e Sacré Cœur
et les 3 clous.
i ° A gauche, a r m o i r i e s
de J e a n d e N e w l a n d ,
e
a u x v siècle. Cf. Mu-
sical, Times, 1 9 0 7 ^ . 1 0 6 .
2 ° A droite, g r a v u r e s u r
bois du Paradisus
e
animœ, a u x v i s i è c l e .
Cf. L'Eucharistie, 1912,
p . 163.
Le monogramme Le monogramme
au Sacré-Cœur de i585. au Sacré-Cœur d'Henri III.
( 1 ) L e m o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r s e t r o u v e s u r l e s Litterœ éditées p a r
l e P . Nie. O r l a n d i n i d e F l o r e n c e , en i585 ( p o u r i5S3), en i5S6 ( p o u r i584).
e n i588 ( p o u r i586J ; et s u r les lettres, éditées p a r le P . F r a n ç o i s B e n c i ,
en 1589 ( p o u r 1 5 8 6 - 8 7 ) , en 1590-91 ( p o u r 1588-89), E N
1^94 ( p o u r 1 5 9 0 - 9 1 ) . L e s
a u t r e s Litterœ annuœ n e p o r t e n t p a s le m o n o g r a m m e a u S a c r e - C œ u r .
L e P . L e t i e r c e fait e r r e u r d a n s s e s Etudes sur le Sacré-Cœur, en p l a ç a n t à
T a n n é e i584 l ' a p p a r i t i o n d e c e m o n o g r a m m e s u r les Litterœ.
(2) L a d a t e d e l'édition n e d o n n e p a s celle d e l a r e l i u r e . Celle-ci fut anté-
r i e u r e à 1090, p u i s q u ' e l l e p o r t e les a r m e s d'Henri III.
N o u s e m p r u n t o n s l a g r a v u r e r e p r é s e n t a n t le m o n o g r a m m e en q u e s t i o n ,
à l a Revue de l'Art chrétien ( 1 8 7 9 , t. I I , p . i43). Les images du Sacré-Cœur,
p a r G r i m o u a r d d e S a i n t - L a u r e n t . L'I et 1 H s o n t f o r m é s p a r l e s p e r s o n n a g e s ,
l a V i e r g e , s a i u t J e a n a v e c u n l i v r e et M a r i e - M a d e l e i n e a v e c s o n v a s e à
LA DEVOTION AU SACRÉ-CŒUR
Le monogramme
du P. Philippe Boskhier, 1G06.
p a r f u m s ; l a b a r r e de l i t p a r le s é r a p h i n de la c o n t e m p l a t i o n . L e s o u v r a g e s ,
où ce m o n o g r a m m e a été t r o u v é , sont l'Histoire de Barlaam et de Josaphat
p a r saint J e a n D a m a s c è n e et Recueil de la vie de la Vierge Marie p a r J e a n
d e L a v a r d i n . Ces o u v r a g e s se t r o u v a i e n t , en I8JO, chez M o r g a n d et F a t o u t ,
l i b r a i r e s à P a r i s . A la lî. N.. s e t r o u v e u n e x e m p l a i r e de ïHistoire de
Barlaam relié a u x a r m e s d'Henri III, s a n s le m o n o g r a m m e . Peut-être
l ' e x e m p l a i r e a u m o n o g r a m m e était-il celui de la r e i n e .
(1) L e s C a p u c i n s s'établirent à S a i n t - H o n o r é , d i s e n t les A n n u l e s d u cou-
vent, a v e c toute la j o i e p o s s i b l e de la p i e u s e reine et de toute s a cour, qui
y faisait s o u v e n t ses p r i è r e s et y entendait la m e s s e très f r é q u e m m e n t , ainsi
q u e le roi Henri III, Henri IV, L o u i s X I I I , L o u i s X I V .
(2) Cette p e n s é e de j o i n d r e a u x a r m e s r o y a l e s le m o n o g r a m m e a u S a c r é -
C œ u r n'est-elle p a s u n e r é p o n s e faite d'avance à la d e m a n d e d u S a c r é - C œ u r
à la b i e n h e u r e u s e M a r g u e r i t e - M a r i e , concernant tes a r m e s d u roi L o u i s X I V ,
où il v o u l a i t voir g r a v e r son divin C œ u r ? Cette p r e m i è r e consécration d u e à
l a p i e u s e reine, fut s u i v i e de la p a i x religieuse, p a r l a conversion d'Henri IV,
et d'un siècle de g r a n d e p r o s p é r i t é .
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU XVll" SIECLE
( 1 ) D a n s l'image d u P . L a u r e n t , n o u s n e l o u o n s q u e le g e s t e g é n é r a l d e
l ' i m a g e . A u j o u r d ' h u i o n a t t é n u e r a i t le r é a l i s m e d e l'exécution.
L e P. Letierce, d a n s s o n l i v r e Etudes sur le S.-C* (t. I I , p . 5 o j ) , écrit :
« E n i5g3, le P . J é r ô m e N a t a l p u b l i a i t à A n v e r s l a p r e m i è r e édition d e s e s
Adnotatlones in Eoangelia. N o t r e - S e i g n e u r y e s t r e p r é s e n t é . . . s u r s a poitrine
rayonne son divin Cœur. Le dessin estdeDevos, doyendel'académie d'Anvers.»
— D é s i r e u x d e r e p r o d u i r e cette g r a v u r e à titre d e d o c u m e n t , n o u s a v o n s
d e m a n d é cet o u v r a g e à l a B . N. L ' i m a g e d u S a c r é - C œ u r a n n o n c é e n e s'y
t r o u v e p a s ; le d e s s i n d e D e v o s est b i e n à l a p l a c e i n d i q u é e et r e p r é s e n t e
N o t r e - S e i g n e u r . M a i s , s u r s a poitrine, il n'y a p a s d e c œ u r ; il n y a q u e
l'agrafe d e s o n m a n t e a u . S e r a i t - c e cette a g r a f e q u e l e R é v é r e n d P è r e a u r a i t ,
p a r distraction, prise pour u n cœur ?
( a ) N o u s a v o n s g a r d é s c r u p u l e u s e m e n t l a p e n s é e et le t e x t e d e l'auteur,
t o u t en c o r r i g e a n t s o n s t y l e t r o p a r c h a ï q u e . Cette e x p l i c a t i o n r e m p l i t les
p a g e s 397-^99 d e l a s e c o n d e é d i t i o n .
L'ICONOGRAPHIE DU SACRÉ-CŒUR AU X V I I e
SIECLE i 5
7
QVID I N V E N I S T I IN M E I H I Q V L T A T I S , V E E Q V I D Y E C 1 TIBZ,VT B E C E D E B E S A
?
ME. QBSTVFE5Cf T E C Œ L I SVPER HOQ E T D E S O L A M E V I VEHEMENTER
i ° L e c œ u r p e r c é d'une flèche — ou d e d e u x f l è c h e s .
2° L a c r é a t u r e d o n n a n t son c œ u r à Dieu.
Nous venons de voir comment l'imagerie franciscaine exprima
Tidée mystique de l'amour de J é s u s nous donnant son cœur,
Elle ne rendit p a s avec moins de bonheur la seconde partie de
cette doctrine, qui veut que la créature, p a r réciprocité, donne
son cœur à Dieu,
Le P . L a u r e n t de Paris, dans son livre Le Palais de l'amour
divin ( 1 ) , l'a interprétée avec cette maîtrise que nous avons
admirée dans son image du Sacré-Cœur.
Nous donnons ci-contre le dessin qu'il fit exécuter et graver.
Nous résumons l'interprétation qu'il en donne.
Ce tableau représente les noces mystiques ou l'union de l'âme avec
Jésus-Christ par la grâce et la charité.
Ces noces se célèbrent sous le porche d'une église qui est l'Église
catholique romaine, en dehors de laquelle le Christ n'accepte point de
s'unir aux âmes.
L'époux est Jésus-Christ, le Verbe de Dieu : Sponsns Verbam Dei.
Il porte la triple couronne, parce qu'il est le Roi des rois et le Seigneur
des seigneurs, Ilex regam et Dominas dominantium.
Il porte une ceinture de justice et de sainteté, Sanctus sanctorum.
L'épouse est Pâme appelée à la vie chrétienne, dans la maison du
Christ qui veut devenir son époux. Qu'elle se rende digne de son
choix, car ce serait folie de refuser.
Le Roi-Époux lui présente une bague d'or où est écrit Fidelitas. La
fidélité mutuelle des époux. — Le Christ sera fidèle, car il tient ses
promesses. Mais, afin que l'âme puisse lui garder sa foi, il lui assure
sa grâce, le secours de sa main, gratta Dei, représentée par le rubis
Quudens^jaudebo in Dno et exultabit anima mea m Deo meo, quia induit me vesi'ime
tis, et Indumento Iuétitiœ circundedit me quasiJvonsum decoratum
7
qui orne la bague. De l'autre main, il indique la colombe, les sept dons
du Saint-Esprit qui est amour, qui l'inclinera doucement vers tous ses
désirs et toutes ses volontés, car cet Esprit est plus doux que le miel,
super met dulcis !
Sur la tête de son épouse, le Christ met une couronne, bona
voluntas, la couronne de la bonne volonté ou des bons et ardents
désirs de l'aimer et de n'aimer que lui en tout et partout. Ses cheveux
qui voltigent, intentio purus amor, signifient qu'elle ne se proposera
jamais d'autres intentions que de lui plaire.
Le collier de perles, dont il a orné son cou, représente toutes les
vertus. A ce collier est suspendue une croix, fides, qui signifie la foi
en la parole de l'époux sans laquelle on ne peut lui être agréable.
A son poignet droit, un bracelet d'or, spes, l'espérance ; au poignet
gauche, un autre bracelet d'or et d'opales, opéra bona, les bonnes
œuvres, parce que l'époux promet son Ciel à l'épouse, comme récom-
pense de ses bonnes œuvres.
L'épouse présente son cœur, charitas, à Jésus. Elle lui donne son
cœur, son amour, parce que Jésus, le premier, lui a donné le sien.
De ce cœur s'élancent des flammes desideria, qui sont les désirs de
son amour et l'union de son esprit, de sa volonté avec la volonté de
son Jésus.
Sa ceinture est d'or comme celle de Jésus. Elle signifie la pureté,
puritas, du corps, du cœur et de l'esprit, la pureté des actions, des
paroles, des désirs et des pensées.
Elle est vêtue de deux robes de fin lin, les vêtements du salut,
vestimenta salutis. La plus courte signifie la sainteté de la vie, la
plus longue, la persévérance ; elle est le dernier vêtement dont on
ne peut se laisser dépouiller sans perdre tous les autres.
Le manteau royal qui recouvre ses épaules, indumentum justitiœ,
signifie l'accroissement des vertus.
Sur ses chaussures est écrit eognitio, dilectio, connaissance et
amour, parce que tous ses pas doivent être dirigés dans le but de
mieux connaître et de mieux aimer son époux.
Deux anges entourent l'épouse ; ils s'en vont vers le Christ, lui
exposer les désirs de sa fiancée et ils reviennent vers l'âme chrétienne
lui rapporter les dons de l'époux, de nouvelles parures, fortitudo et
décor indumentum ejus, la force et la grâce qui doivent la couvrir
comme d'un vêtement.
Protégée par cette parure, elle triomphe de ses ennemis qui sont
représentés enchaînés aux deux colonnes, Per hoc vicisti, o sponsa,
malignum.
Pour contempler ce mariage et le sanctionner apparaît le Père
Éternel, sponsor, entouré des anges, qui chantent, sur leurs intruments
les joies de ce mystère, gaudium est coram angelis sanctis in cœlo
super hœc*
LA DEVOTION AU SACRE-CŒUR
3° L'union d e s d e u x c œ u r s .
(1) Ce g e s t e d e s d e u x m a i n s t e n a n t u n c œ u r é t a i t d e v e n u é g a l e m e n t le
s y m b o l e d e l a concorde p r o f a n e , l e m o t concorde signifiant union d e s c œ u r s ,
(a) Nuptiœ agni, p . 300-591, ch. x , 10.
LA DÉVOTION AU SACRÉ-CŒUR
droit avec toi ? Namquid est cor tautn rectum, si eut cor meum
cum corde tuo. — Oui, dit Jonadab. — S'il en est ainsi, donne-
moi la main, » répondit Jéhu. Et il le fit monter dans son char,
pour aller à Samarie combattre contre la maison de l'impie
Àchab. Jéhu est la figure de Jésus. Et ce char où il fait monter
celui dont le cœur est semblable au sien, c'est la croix où l'âme
aimante doit s'immoler avec lui, pour la gloire de Dieu son Père
et pour le salut du monde.
Pour exprimer la doctrine de l'union des cœurs dans l'amour,
le livre des Emblèmes de Vamour divin et humain ensemble nous
a déjà présenté son image, dont la signification n'est pas équi-
voque : le divin forgeron plongeant le cœur de la créature dans
la fournaise de la charité, et le soudant au sien, sur l'enclume du
sacrifice, de façon à n'en faire plus qu'un seul.
Ce feu, cet e n c l u m e , ce m a r t e a u ,
D e d e u x c œ u r s n'en feront q u ' u n b e a u .
4° Compositions diverses.
LA COMPAGNIE DE JÉSUS
e
C'est donc à partir du xvn siècle que la Compagnie com-
mença d'entrer dans la dévotion au Sacré-Cœur. Nous en avons
ce Si votre cœur est trop petit, écrit-il (1), et trop bas pour aimer
et honorer un Dieu qui est si grand, nous pouvons nous acquitter de
nos devoirs, en l'honorant et l'aimant du Cœur de Jésus. Car enfin il
est à nous, son Fils nous l'a donné, et si nous le lui offrons avec humi-
lité pour suppléer à notre impuissance, il se tiendra content et
satisfait. »
Ces quelques textes suffisent pour montrer comment les
meilleurs auteurs ascétiques de la Compagnie, durant le
e
xvn siècle, ne s'écartent en rien de la pure doctrine tradi-
tionnelle.
LE B. P. EUDES
L e culte liturgique du Sacré-Cœur
e
( 1 ) Entretien p o u r le m a r d i d e l a a a semaine a p r è s la Pentecôte.
L E BIENHEUREUX PERE EUDES ET L E CULTE LITURGIQUE 10,5
( i ) L e s c œ u r s q u i p o r t e n t g r a v é s les n o m s d e J é s u s o u M a r i e , I H S ou
M A , ne sont p a s n é c e s s a i r e m e n t les c œ u r s de J é s u s ou de M a r i e . Ils sont
p a r f o i s u n e a p p l i c a t i o n d e s p a r o l e s d u C a n t i q u e : « Pone me ut signacuhim
super cor taam, P l a c e m o n n o m , c o m m e u n s c e a u , s u r ton c œ u r . » Cela
signifie q u e l a c r é a t u r e doit g a r d e r d a n s son c œ u r le s o u v e n i r et l ' a m o u r de
J é s u s et d e M a r i e . Toutefois, d i s o n s - l e encore, ce s e n s n'exclut p a s l'autre
s e n s d'une m y s t i q u e encore p l u s h a u t e . C a r il y a q u e l q u e chose de m i e u x
q u e de g r a v e r en s o n c œ u r le nom de J é s u s , c'est d'en g r a v e r l'image, c'est
de t r a n s f o r m e r s o n p r o p r e c œ u r en liimage d u c œ u r de J é s u s et d e M a r i e ,
de façon à n'en p l u s former q u ' u n s e u l . L a m y s t i q u e en r e v i e n t t o u j o u r s à
cette fusion d e s c œ u r s , c o m m e à s o n dernier t e r m e .
L E S FRANCISCAINS E T LE PERE EUDES 199
LA VISITATION
s e
Saint F r a n ç o i s d e S a l e s et l a B Marguerite-Marie.
( i ) U n d e s e s s e r m o n s ( é d i t . A n n e c y , t. V I I I , c x x ) o ù il p a r l e p l u s
e x p r e s s é m e n t d u S a c r é - C œ u r n e s e r a i t p a s a u t h e n t i q u e , a u dire de s e s édi-
t e u r s . L e Traité de l'Amour de Dieu p a r l e q u e l q u e f o i s d u C œ u r de J é s u s ,
m a i s il le p r e n d o r d i n a i r e m e n t au sens métaphorique d'amour et ne s'arrête
p a s à c o n s i d é r e r le cœur de chair transpercé de la lance, dont le s a n g
d o n n a n a i s s a n c e à l'Eglise, a u x s a c r e m e n t s et à l ' E u c h a r i s t i e . V o i c i un
p a s s a g e o ù il se r a p p r o c h e le p l u s d u sens t r a d i t i o n n e l p o u r s'en é c a r t e r
a u s s i t ô t : « O u i certes, T h é o t i m e , l ' a m o u r d i v i n a s s i s s u r le c œ u r d u
S a u v e u r , c o m m e s u r son trône r o y a l ( a l l u s i o n à l ' i m a g e de J é s u s a s s i s s u r
s o n c œ u r r e p r o d u i t e p l u s h a u t et qu'il p l a ç a a u f r o n t i s p i c e d e son t r a i t é ) ,
r e g a r d e p a r l a fente de son côté p e r c é t o u s les c œ u r s d e s e n f a n t s d e s
h o m m e s ; c a r ce c œ u r é t a n t le roi d e s c œ u r s tient t o u j o u r s s e s y e u x s u r
l e s c œ u r s . M a i s c o m m e c e u x q u i r e g a r d e n t a u t r a v e r s d e s treillis voient et
n e s o u t q u ' e n t r e v u s , ainsi le d i v i n a m o u r de ce c œ u r (voit t o u j o u r s n o s
c œ u r s t a n d i s q u e n o u s ne f a i s o n s qu'entrevoir le sien o u p l u t ô t son a m o u r ) . »
LA BIENHEUREUSE MARGUERITE-MARTE 205
L a Bienheureuse Marguerite-Marie.
fi
Durant la première moitié du xvn siècle, la dévotion au
Sacré-Cœur, nous venons de le constater, avait reconquis droit
de cité en F r a n c e . Elle était partout dans les écrits, dans les
manuels de piété, dans les pieuses images. Elle avait pris posses-
sion du sanctuaire par le culte liturgique, les congrégations et
confréries. P a r elle on pouvait espérer que le règne de Dieu
allait s'étendre sur la F r a n c e d'abord, la fille aînée de l'Eglise,
puis sur le reste du monde.
Hélas ! ces espérances allaient bientôt s'évanouir. Pendant
que la classe dirigeante, dans le clergé, représentée spécialement
par les évêques et par les congrégations : Franciscains de toutes
branches, Jésuites, Eudistes, etc., travaillaient à gagner le monde
au Sacré-Cœur, l a classe dirigeante, parmi les laïques, s'organi-
sait, sous le drapeau du Jansénisme et du Gallicanisme, pour
orienter les âmes vers un autre idéal. En prêchant un rigorisme
sans cœur, elle commença par les détourner de l'amour divin et
de ses charmes victorieux ; puis, exaltant s a n s mesure les chefs-
d'œuvre artistiques et littéraires du paganisme, elle précipita
les âmes vers les fausses jouissances de l'humanisme, d'autant
206 LA DEVOTION AU SACRE-CŒUR
M a r g u e r i t e - M a r i e A l a c o q u e ( 1 6 4 7 - 1 6 9 0 ) naquit à Verosvre,
dans le Charolais, au diocèse d'Autun ( 1 ) . D è s son enfance et
durant toute s a vie, elle jouit d'une intime familiarité avec Notre-
Seigneur et la T r è s Sainte Vierge, qui la favorisèrent de leurs
apparitions et de leurs entretiens très fréquents.
Voici en quels termes elle dépeint, elle-même, ces visites du
Sauveur. C'était peu de temps après sa profession religieuse :
m'avez fait connaître et expérimenter depuis, qui est que votre Sacré-
Cœur, m'ayant enfanté sur le Calvaire, avec tant de douleurs, la vie
que vous m'y avez donnée ne pouvait s'entretenir que par l'aliment de
la Croix, laquelle serait mon mets délicieux... D'autre part mon divin
Maître me pressait si fort de tout quitter, qu'il ne me laissait plus de
repos. Il me donna un si grand désir de me conformer à sa vie souf-
frante, que tout ce que je souffrais ne me semblait rien, ce qui me
faisait redoubler mes pénitences. Et quelquefois, me jetant aux pieds
de mon Crucifix, je lui disais : « O mon cher Sauveur, que je serais
« heureuse si vous imprimiez en moi votre image souffrante! » Et il me
répondait : « C'est ce que je prétends, pourvu que tu ne me résistes
« pas et que tu y contribues de ton côté. »
L a v i e d'union à l a v o l o n t é du P è r e c é l e s t e . — Ce fut,
semble-t-il, à la fin de sa retraite de profession (iG;?3) que Jésus,
pour la première fois, manifesta son cœur à la Bienheureuse et
l'introduisit dans la vie d'union aux volontés de son Père.
Au sortir de la table sainte, il se montra à elle et lui dit :
« Voici la plaie de mon côté pour y faire ta demeure actuelle et
perpétuelle. C'est là que tu pourras conserver la robe d'innocence,
dont j'ai revêtu ton âme, afin que tu vives désormais de la vie d'un
Homme-Dieu, — vivre comme ne vivant plus, afin que je vive parfaite-
ment en toi, - pensant à ton corps et à tout ce qui t'arrivera comme
s'il n'était plus, — agissant comme n'agissant plus, mais moi seul en toi.
Il faut pour cela que tes puissances et tes sens demeurent ensevelis
en moi, que tu sois sourde, muette, aveugle et insensible à toutes
LA BIENHEUREUSE MARGUERITE-MARÏE 21 ï
L ' e x p a n s i o n d e l a dévotion d e P a r a y .
V i s i t a n d i n e s , J é s u i t e s et C a p u c i n s .
On n'est pas certain que le roi ait reçu son message. Mais, en
fait, il n'en fut point tenu compte. Et, quand cent ans plus tard,
instruit par le malheur, Louis XVI voulut réparer la faute de son
grand aïeul, il était trop tard.
Si l'on s'en rapporte aux témoignages cités par le P. Bainvel,
le zèle développé par la Visitation et par la Compagnie pour
s'acquitter de leur mission, ne marqua guère d'entrain.
« D'Annecy, de la « sainte Source », écrit le P. Bainvel ( i ) ,
partait, le 14 novembre 1693, une circulaire expliquant pourquoi
l'on y refusait d'entrer « dans ces pratiques si singulières, qu'on
a introduites depuis peu pour honorer le Sacré-Cœur de Jésus...
Nous ne voulons point pour cela avoir moins de religion envers
le Sacré-Cœur ; nous le regardons toujours comme le centre de
tous nos désirs et le comble de tous nos vœux » . Ce sont donc
les pratiques nouvelles destinées à étendre le culte, que l'on
rejette, ce sont les demandes de Paray-le-Monial.
La Compagnie de Jésus n'adopta point une moindre réserve.
Quelques Pères s'employaient 'certes ardemment à promouvoir
la cause, mais l'autorité était loin de les encourager (2).
En 1696, le P. Croiset, l'un des confidents de Paray, reçut un
avertissement du Général de la Compagnie, le P. Gonzalès, disant
« qu'il craignait que le Père ne fût tourné aux opinions singu-
lières » et retranchant les pratiques contraires aux usages.
En 1697, un autre Père, qu'on croit être le P. de Galliffet, un
autre confident de Paray, présenta à l'approbation un ouvrage
visant, croit-on, la dévotion avec fête universelle et office. Les
examinateurs de l'Ordre louèrent l'ouvrage « écrit avec science et
talent, on ne peut plus apte à promouvoir la dévotion et le culte
du Sacré-Cœur » . Mais ils furent d'avis qu'on ne l'imprimât
point (3).
Et comme quelques Pères s'étaient entremis pour obtenir la
fête, en faveur de la Visitation, ils ajoutaient : « Nous souhaitons
L é g e n d e q u i s e lit a u b a s d e l a g r a v u r e
« P a r d o n n e z - n o u s n o s offenses, c o m m e n o u s p a r d o n n o n s à c e u x q u i
n o u s ont offensés. »
IÔ
LA DEVOTION AU SACRE-CCEÛR
M o n o g r a p h i e d'un C o u v e n t d e C l a r i s s e s
en F r a n c e ( i ) .
CONCLUSION
Amour de charité,
Pourquoi m'as-tu ainsi blessé ?
J'ai le cœur tout fendu.
Il brûle d'amour.
( i ) Apoc, v, 5
L'AMOUR ET L A LOI D'UNIVERSEL SACRIFICE 251
A m o u r , a m o u r , toute c r é a t u r e te p r o c l a m e ;
A m o u r , a m o u r , tu es chose si p r o f o n d e !
Plus quelqu'un t'embrasse,
P l u s il t e r é c l a m e e n c o r e . . .
Amour, amour, Jésus, je touche au port ;
NOTES ADDITIONNELLES
L a Mère J e a n n e C l i e z a r d d e M a t e l , f o n d a t r i c e d e s S œ u r s d u V e r b e i n c a r n é
a v a i t p r i s p o u r e m b l è m e , a v o n s - n o u s dit, le m o n o g r a m m e crucifère a v e c les
t r o i s c l o u s s u r m o n t a n t u n c œ u r . Il lui fut d o n n é d u Ciel p a r r é v é l a t i o n , et
en le r e c e v a n t , elle s'écria : « R e p o s e z - v o u s s u r n o u s , cher C œ u r d e notre
a m o u r , cher A m o u r de notre c œ u r . » C e s p a r o l e s p r o u v e n t qu'elle voyait
d a n s cet e m b l è m e le C œ u r de J é s u s et celui de l a r e l i g i e u s e u n i s en u n seul.
D a n s u n e de s e s v i s i o n s , elle vit s a i n t e C l a i r e q u i lui dit : « J e t'aiderai en
g r a n d e c h o s e . » E l l e r e ç u t d o n c , elle a u s s i , de l'esprit f r a n c i s c a i n . (Cf. Vie,
1910, p p . 87-93).
N o u s a v o n s dit, p a r e r r e u r , q u e l'Oratoire a v a i t u n c œ u r d a n s s e s a r m e s .
Il n'a q u e les m o n o g r a m m e s de J é s u s et M a r i e d a n s u n e c o u r o n n e d'épines.
D i s o n s q u e d e B é r u l l e , le f o n d a t e u r , était t e r t i a i r e , qu'il s'était p r é p a r é a u x
O r d r e s p a r u n e r e t r a i t e d e 40 j o u r s chez les C a p u c i n s en 1599 et q u e le P è r e
E u d e s fut O r a t o r i e n p e n d a n t 20 a n s , a v a n t d e fonder s a C o n g r é g a t i o n . C'est
lui q u i unit, a u x N o m s de J é s u s et M a r i e , l e u r s a i n t C œ u r .
C o m m e t é m o i g n a g e de l a dévotion d u P. C a b r i e l - M a r i a a u S a c r é - C œ u r ,
on p e u t citer encore u n d e s e s p a r a f e s , qu'on voit s u r le décret p a r l e q u e l il
i n s t i t u e u n v i c a i r e p r o v i n c i a l p o u r l ' A q u i t a i n e , en I5O2. Ce p a r a f e est u n c œ u r
s u r m o n t é d'une c r o i x p o r t a n t le m o n o g r a m m e d e M a r i e M A . (Cf. OTHON
DE P., Aq. sér., II, p . 3g5). C'est le P. G r a t i e n de P. q u i n o u s l'a s i g n a l é ,
de m ê m e q u e le P. B o n . K r u i t w a g e r a v a i t attiré n o t r e attention s u r les
r i c h e s collections a l l e m a n d e s . N o u s l e u r e x p r i m o n s ici n o t r e r e c o n n a i s s a n c e .
TABLE DES GRAVURES
F r o n t i s p i c e d e l a Théologie mystique d u P. V. Gelen 9
L e b a i s e r d u Crucifix à s a i n t F r a n ç o i s ( M u r i l l o ) 20
L ' a d o r a t i o n d u m o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r ( f r o n t i s p i c e P. S o l u t i v e ) . . . 3i
Onze s y m b o l e s p r i m i t i f s signifiant le m y s t è r e d u C h r i s t 43
e e
D e u x f o r m e s de l a c r o i x des 111 et v n siècles, t r o u v é e s en Chine 43
T r o i s formes d u l a b a r u m constantinien 45
S a i n t F r a n ç o i s et le crucifix : L'amour, Vamour n'est pas aimé! 49
S a i n t L o u i s de T o u l o u s e , s a i n t A n t o i n e , saint B e r n a r d i n d u Pinturic-
ehio (1484) 57
G r a v u r e des Cinq P l a i e s et le S a c r é - C œ u r (1087) 64
L'union des C œ u r s d a n s l ' a m o u r ( M e s s a g e r , I63I) 70
P o r t r a i t et s c e a u d e s a i n t B o n a v e n t u r e 76
S c e a u franciscain de l a p r o v i n c e d e Corse 76
L'archer du Sacré-Cœur (Messager) 84
S a i n t F r a n ç o i s r e c e v a n t les s t i g m a t e s ( m i n i a t u r e d u XIII° siècle) «5
F r a n c i s c a i n s c o n t e m p l a n t le m o n o g r a m m e I H S (1587) 92
L ' E n f a n t J é s u s d a n s le S a c r é - C œ u r , i47», Munich 98
Cinq a q u a r e l l e s d e l a B . J e a n n e de V a l o i s 104
L ' e x t a s e de l a B . J e a n n e de V a l o i s d e v a n t le S a c r é - C œ u r ( B o u c h e r , 1604). 106
L e crucifix de saint D a m i e n 112
L e fer à hostie d e s a i n t F r a n ç o i s et le m o n o g r a m m e 1.. n(ï
S a i n t B e r n a r d i n p r ê c h a n t le N o m d e J é s u s , g r a v u r e de 1454 117
L e s c e a u de l a p r o v i n c e f r a n c i s c a i n e d'Autriche et le m o n o g r a m m e (1452). 118
L e s c e a u a u m o n o g r a m m e — s c e a u a u x Cinq P l a i e s 120
L e S a c r é - C œ u r tenu p a r l'ange (croix et b l e s s u r e ) (1470-80) 12$
L e S a c r é - C œ u r tenu p a r d e u x a n g e s et a d o r é p a r 1111 m o i n e (146^) 12»
e
Le S a c r é - C œ u r b l e s s é , t e n u - p a r d e u x a n g e s ( x v siècle) T2O
Le S a c r é - C œ u r b l e s s é a v e c i n s c r i p t i o n (i4^3) 128
L'Enfant J é s u s d a n s le S a c r é - C œ u r et les Cinq P l a i e s (1460) I3I
P l a n c h e de 7 g r a v u r e s : Le S a c r é - C œ u r d u P. R e g n a r t fi525) — I H S
a u S a c r é - C œ u r d u B . C a n i s i u s — d u Paradisus puerorum (1619) —
d e S a n t i F r a n c h i (1682) — d e l'église S a i n t - J e a n à Fontenay-le-Comte
e
( x v u siècle). — L ' E n f a n t J é s u s d a n s le S a c r é - C œ u r de H u r é fi**4^) • • Ï35
Le c a p u c i n d a n s s a cellule a d o r a n t le S a c r é - C œ u r v e r s i63o i4u
Le portrait du F . Thomas de B e r g a m e i45
L e s s t i g m a t e s , le m o n o g r a m m e , les Cinq Plaies etc. ( F r o n t i s p i c e des
M. de VO de S. F . ) , 1684 i(18
e
A r m o i r i e s de J e a n d e N e w l a n d ( x v siècle) 109
e
G r a v u r e d u Paradisus animœ ( x v i siècle) 169
L e m o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r d e i585 170
L e m o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r d'Henri III 170
L e m o n o g r a m m e d u P . P h i l i p p e B o s k h i e r (1606) 172
L e S a c r é - C œ u r et l'âme p é c h e r e s s e d u P . L a u r e n t d e P a r i s 175
L a créature donnant son cœur à Dieu, du même 180
— — de Messager 182
Nuptiœ agni, L e s noces m y s t i q u e s d u P . H. J o n g h e n 1S4
L'Enfant J é s u s d a n s le S a c r é - C œ u r d u P. A . d e V a l l o n g n e s (1637) 188
TABLE DES MATIERES
Il y p r o d u i t l a v i e d i v i n e 36
I. Les origines.
1
L ' a m o u r d i v i n s e c o m m u n i q u a n t a u m o n d e p a r J é s u s crucifié 4
S y m b o l e s p r i m i t i f s e x p r i m a n t cette v é r i t é 44
5
L e s s y m b o l e s c o n s t a n t i n i e n s , l e l a b a r u m , l a croix 4
S a i n t F r a n ç o i s et l e crucifix. L e s t i g m a t i s é 4*>
TABLE DES MATTERKS
IL Depuis le XIII e
siècle jusqu'au XVIIe siècle.
Caractère de l a dévotion a u Sacré-Cœur, a u x m « siècle 5i
E r r e u r d e c e r t a i n s m o d e r n e s s u r l'objet d e cette d é v o t i o n 5a
S a i n t A n t o i n e d e P a d o u e (iio5-ia3i), le p r e m i e r a p ô t r e d u S a c r é - C œ u r . 56
S a i n t e C l a i r e et l a d é v o t i o n a u x C i n q P l a i e s ( i 194-1252) 6a
S a i n t B o n a v e n t u r e , l e t h é o l o g i e n d u S a c r é - C œ u r (1231-1374) 65
S a i n t e M a r g u e r i t e d e C o r t o n e , s a d é v o t i o n a u S a c r é - C œ u r et a u x C i n q
Plaies. Le rosaire 77
U b e r t i n d e C a s a l e , l ' a p ô t r e d u S a c r é - C œ u r (ia59-i3a3) Si
Ubertin de Casale, l'apôtre du C œ u r de Marie Si
e
L e r ô l e d u x n i siècle. M y s t i q u e s d i v e r s d é v o t s a u S a c r é - C œ u r 87
L a première hymne a u Sacré-Cœur 88
e
L a d é v o t i o n a u S a c r é - C œ u r p e n d a n t le x i v siècle 90
L a r é f o r m e d e s o b s e r v a n t s et s a i n t B e r n a r d i n d e S i e n n e 93
Saint Bernardin apôtre du Cœur de Marie 95
S a i n t J e a n d e C a p i s t r a n , s a i n t e Colette, l a B . V a r a n i 96
Sainte Catherine de Bologne, sainte Françoise R o m a i n e 100
L a B . J e a n n e d e V a l o i s et le P . G a b r i e l - M a r i a 10a
Les Annonciades, l a première congrégation vouée a u Sacré-Cœur io5
e
L'iconographie du Sacré-Cœur aa x v siècle 108-139
S a i n t B e r n a r d i n et l e s i m a g e s d u N o m d e J é s u s , I H S 108
S a i n t J e a n d e C a p i s t r a n et les i n s t r u m e n t s d e l a P a s s i o n 109
L a genèse de l'iconographie d u Sacré-Cœur 110
O r i g i n e et histoire d u m o n o g r a m m e I H S 110
L e m o n o g r a m m e a d o p t é p a r s a i n t s B o n a v e n t u r e et B e r n a r d i n 114
L e m o n o g r a m m e a v e c le crucifix ; a v e c l e s C i n q P l a i e s 118
L e m o n o g r a m m e avec le Sacré-Cœur 119
L e s i n s t r u m e n t s d e l a P a s s i o n et l e s Cinq P l a i e s lao
L e s i n s t r u m e n t s d e l a P a s s i o n et le S a c r é - C œ u r a v e c l e s C i n q P l a i e s . . . 121
L e s instruments de l a Passion avec le Sacré-Cœur 122
L e Sacré-Cœur seul, peint p o u r lui-même ia4
L e S a c r é - C œ u r et l a s a i n t e L a n c e 126
L'Enfant J é s u s d a n s le Sacré-Cœur I3I
L e S a c r é - C œ u r et le S a i n t A g n e a u i33
L e s i m a g e s d u S a c r é - C œ u r en F r a n c e . L e P . R e g n a r t , L a n g e a u , etc.
E n Angleterre, a u Portugal 137
L a R é f o r m e et l e s H u m a n i s t e s contre l e culte d u S a c r é - C œ u r . i38
2
L a n s p e r g e , l e c o r d e l i e r H e n r y , a u x v r siècle 139
L a R é f o r m e d e s C a p u c i n s et l e u r d o c t r i n e d u S a c r é - C œ u r i4°
S a i n t P i e r r e d ' A l c a n t a r a . — N i c o l a s F a c t o r . — B e r n a r d d'Osimo i4*
L e P . J e a n d e C a r t h a g è n e . — L e fils d u S a c r é - C œ u r i43
L e F . T h o m a s d e B e r g a m e et l ' a m o u r d u S a c r é - C œ u r p o u r l e s h o m m e s . i4&
L e s C œ u r s d e J é s u s et M a r i e , l e u r a m o u r m u t u e l . — L ' a m o u r béatifiant. 147
L e P . J o s e p h l ' a p ô t r e d u S a c r é - C œ u r (1577-1638) i49
L a M . A n t o i n e t t e d ' O r l é a n s , et l a R é f o r m e de F o n t e v r a u l t i5o
L e s C a l v a i r i e n n e s o u l e s c o l o m b e s d u S a c r é - C œ u r . Les Exercices I5I
a56 TABLE DBS MATIERES
2
L e s C a p u c i n s et l e S a c r é - C œ u r a u x v i r siècle
E x p o s é d o c t r i n a l : l ' a m o u r p o u r les h o m m e s et l ' a m o u r p o u r D i e u a u
Cœur de Jésus
Les pratiques de la dévotion a u Sacré-Cœur. M a n u e l s de piété 1G6
L'iconographie d u Sacré-Cœur au xvir-" siècle 169-189
A p r è s l a R é f o r m e : le m o n o g r a m m e a u S a c r é - C œ u r . C a p u c i n s et
Jésuites 169.
L e S a c r é - C œ u r et le P . L a u r e n t d e P a r i s i?4
L e C œ u r p e r c é d'une o u d e u x flèches 178
L a c r é a t u r e d o n n a n t s o n c œ u r à D i e u et le P . L a u r e n t d e P a r i s , e t c . . . . 179
L'union d e s d e u x c œ u r s , l e P . J o n g h e n , l a V i s i t a t i o n i83
Compositions diverses 187
Les armoiries de la famille franciscaine i$9
L a C o m p a g n i e d e J é s u s , les d é v o t i o n s p r é f é r é e s d e s a i n t I g n a c e 190
e e 2
L e s J é s u i t e s et le S a c r é - C œ u r a u x v i et a u x v n siècles 19
L e B . P . E u d e s et le culte l i t u r g i q u e d u S a c r é - C œ u r (1648) i°4
L e s s o u r c e s f r a n c i s c a i n e s d u B . P . E u d e s et l ' e m b l è m e d e s E u d i s t e s . . . 197
L e s F r a n c i s c a i n s c o l l a b o r a t e u r s d u P . E u d e s et les c o n g r é g a t i o n s d u
Sacré-Cœur 199
L a V i s i t a t i o n , s a i n t F r a n ç o i s d e S a l e s et le S a c r é - C œ u r 202
L a B i e n h e u r e u s e M a r g u e r i t e - M a r i e et l e r e f r o i d i s s e m e n t d e l a d é v o t i o n . ao5
L a j e u n e s s e d e l a B i e n h e u r e u s e , s o n é d u c a t i o n c h e z les C l a r i s s e s 907
Caractères de s a dévotion a u Sacré-Cœur ao8
La mission de la Bienheureuse exagérée p a r certains ai4
E l l e fixe les p r a t i q u e s d e l a d é v o t i o n ai6
O b j e t d e l a d é v o t i o n d e P a r a y : d e u x écoles 218
Saint François donné comme guide à la Bienheureuse 319
L ' e x p a n s i o n d e l a d é v o t i o n d e P a r a y : V i s i t a a d i n e s et J é s u i t e s aai
Les C a p u c i n s et l e s C l a r i s s e s . — S a i n t e V é r o n i q u e d e G i u l i a n i aa4
M a r i e L e c k z i n s k a et le c l e r g é d e F r a n c e en 1765 aa8
Le Cœur Eucharistique d e J é s u s a u j o u r d ' h u i et a u t r e f o i s 229
Ubertin de Casale, Angèle de Foligno, le P . J o s e p h a3o
L a m e s s e d e s a i n t G r é g o i r e et l e s i m a g e s d u C œ u r E u c h a r i s t i q u e
a u M. A a3a
L e s fontaines d e v i e o u d e m i s é r i c o r d e a34
L e C œ u r E u c h a r i s t i q u e a u x x v i r et x v m e siècles a37
L a B i e n h e u r e u s e M a r i e - M a d e l e i n e M a r t i n e n g o et le C œ u r d e M a r i e a39
L e s C l a r i s s e s d e L y o n et le S a c r é - C œ u r , m o n o g r a p h i e ( x v r V x x * siècles). a4a
Conclusion. ; l e m y s t è r e d u b i e n et «du m a l d a n s l e m o n d e a44
L e d o n d e l a c r é a t u r e à D i e u et l a loi d u sacrifice sÇS
L e C h r i s t p o s a n t l a loi d u m o n d e et l a f o n d a n t s u r le sacrifice d ' a m o u r . 247
Le cantique de l'amour de saint François a5o
Notes c o n c e r n a n t les c o n g r é g a t i o n s d u V e r b e I n c a r n é , d e l'Oratoire et
d e s E u d i s t e s , et l e P . G a b r i e l - M a r i a a5a
Table des gravures a53