Nada a ver com o texto, mas é muito boa rsrsrsr |
Meus amigos, distintas
senhoras, é chegada a hora do coelhinho e de seus detratores: os chocochatos.
Eles são malvados, eles encheram seu bucho juvenil de chocolate, de todas as
formas, de todas as cores, elas fazendo birra pelo do que vinha com fotos do Menudo
dentro, eles querendo o do He-Man (vai vendo como estamos véios rsrs), se
lambuzaram e mergulharam no cacau seguindo as patinhas pela casa. Mas aí
cresceram, e passaram a tergiversar sobre o coitado, a dizer que o bichano é
agente infiltrado do cramulhão capitalista pra seduzir e formatar crianças pro
consumo. Isso sem falar nos textos apócrifos do face.
Tudo bem que tem ovos
caros, que inclusive podem ser trocados na própria loja pelo seu carro ou um
rim, mas convenhamos, com uma merrequinha dá pra fazer a alegria da garotada. Ou
até mesmo sem nenhuma, basta imaginação e amor, o resto é resto, mas esse não é
o ponto. Só não me amanheça vestido de coelhinho trazendo cenouras na cesta, aí
é sacanagem com a molecada.
Eu tenho amigos que passam a semana da véspera percorrendo os supermercados
e lojas americanas só quebrando o máximo de ovos que puderem para, no dia
seguinte, amanhecerem na porta desses estabelecimentos com o intuito de
arrematar os ovos, quer dizer, os restos de Páscoa. Aí compram tudo baratinho, com os olhos esbugalhados, babando e pensando "eu enganei o capitalismo! Otários!". Só não pararam pra pensar que um ovo quebrado não vale nada e que era muito melhor comprar um outro chocolate que, com certeza, será mais barato. Pode ser um daqueles que eles comem durante todo o ano mesmo, não tem problema rsrs.
E como Páscoa é e sempre
será Páscoa, assim como seus detratores e esmagadores profissionais de gostosuras
ovais, resolvi postar aqui novamente uma carta que recebi tempos atrás.
Remexendo em meus alfarrábios encontrei-a perdida no meio das traças e percebi
que a cada ano ela se torna mais atual, daí sua republicação
Questão de direito ao
contraditório. Ele merece.
Prezado Cappelli,
De minha toca, degustando
uma cenoura, acompanho o que vem sendo dito sobre mim pelo meu tablet. Já até
mandei um imeioul alertando o Papai Noel, dizendo pra ele tomar cuidado, que os
tempos mudaram e que ele avise paras as renas que, se os pedidos diminuírem,
poderá acontecer um corte de pessoal. Sugeri também que, pelo andar do trenó, é
melhor que ele emagreça. Não ficarei espantado se dentro em breve surgir uma
campanha contra seus quilos a mais, o que poderia ser um péssimo exemplo para
crianças com cada vez mais problemas de obesidade. #fica a dica.
No meu caso, é com grande
espanto que assisto ao pulular de opiniões, o que me faz mexer o bigode dez
vezes mais que o de costume, parece até um tique. Uma corrente me acusa de
estar doidão e achar que coloco ovos de ouro com preços acima do mercado. Ora,
meu amigo, todos sabem que o produtor é o que menos lucra no mundo dos
negócios. Digo e repito: eu boto o ovo. O Homem bota na prateleira.
E se acharem melhor eu
posso também colocar um ovo em barra, tranqüilo. Assim resolvo o problema dos
que acham que não devem pagar mais pelo formato. Se existe carne de soja, que
não é carne, não vejo nada demais. “Olha a barra de Páscoa!” Por mim, tudo bem.
É só anunciar que são ovos de Páscoa prensados e estamos resolvidos. Como vocês
humanos vão explicar isso pros seus filhos aí já não é comigo. Vão mostrar um
retângulo e o menino vai falar: ovo! Daí pra terapia é um pulo.
Aos mais inflamados, que
acham que eu transformei uma data sagrada em festival profano, que utilizo meus
ovos para incitar criancinhas indefesas ao consumismo desenfreado, sugiro
comprar ovos, ovais ou em barras, mais em conta. Ou então esperem passar a data
para se deleitar na promoção dos ovos em cacos, um outro formato possível. Digo
e repito: eu boto o ovo. O Homem bota o preço.
Aos que acham que o
chocolate só engorda e que as crianças não devem comê-lo neste dia, somente nos
outros 364, tudo bem, eu entendo. Sugiro ovos mais nutritivos, ovos verdes
sabor brócolis ou ovos orgânicos de pepino e agrião. Digo e repito: eu coloco o
ovo. O Homem coloca a caloria.
No futuro já imagino as
crianças ganhando ovos de isopor, reciclado, é claro, que ao serem abertos
trarão a surpresa: barrinhas de cereais. Pronto: vai ficar barato, não vai
engordar e os pais poderão desfrutar do imenso amor que os filhos darão após
serem agraciados com este ovo de grego. Digo e repito: eu coloco o ovo. O Homem
coloca a neura.
Perdão pelo desabafo
prolongado, amigo, mas meu pelo já tava até caindo de estresse. É difícil levar
a culpa dos males do mundo sozinho.
Abraço,
Ricochete.
falou e disse, ricochete!
ResponderExcluirKkkkk feliz páscoa!
ResponderExcluirMe lembro bem desse post...quer dizer dessa carta...rsrsrs
ResponderExcluirSuper atual, ainda mais agora no facetruque...rsrs
abraço.