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ALUNOS COM SINAIS DE DEFICIÊNCIA VISUAL E AUDITIVA

Como perceber se o seu aluno tem sinais de deficiência?

Muitas vezes, é o professor que consegue perceber que a criança tem alguma dificuldade. Sua função é avisar a família, orientando-a para procurar ajuda especializada. Mas isso não é um diagnóstico, cabe somente ao profissional especializado realizá-lo.

Deficiência visual

Possíveis sinais de deficiência visual:
  • Irritação constante nos olhos;
  • Aproximar muito o rosto do papel, quando escreve e lê;
  • Dificuldade para copiar material da lousa à distância;
  • Olhos franzidos para ler o que está escrito na lousa;
  • Cabeça inclinada para ler ou escrever, como se procurasse um ângulo melhor para enxergar;
  • Tropeços freqüentes por não enxergar pequenos obstáculos no chão;
  • Nistagmo (olho trêmulo);
  • Estrabismo (vesgo);
  • Dificuldade para enxergar em ambientes muito claros ou escuros.
  • Se houver alunos com deficiência visual na sua sala
  • Leia ou peça para alguém ler o que está escrito na lousa;
  • Sempre que possível, passe a mesma lição que foi dada para a classe;
  • Procure o apoio do professor especializado, que ensinará à criança o sistema braile e acompanhará o processo de aprendizagem;
  • Busca de recursos pedagógicos para o aluno com deficiência é um direito dele;
  • Disponibilize com antecedência os textos e livros para o curso;
  • Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, textos em braile, textos e aulas gravadas em áudio ou em disquete, de acordo com as necessidades do aluno e a possibilidade da escola. O aluno poderá, ainda, precisar utilizar auxílios ópticos e computadores com programas adaptados, assim como apoio para trabalho de laboratório e do pessoal da biblioteca;
  • Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição;
  • Substitua os gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
  • Transcreva para braile as provas e outros materiais;
  • Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode ler o que escreveu em braile; fazer gravação em fita K-7 ou escrever com tipos ampliados;
  • Amplie o tempo disponível para a realização das provas;
  • Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
  • Ajude só na medida do necessário;
  • Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo.

Deficiência auditiva

Sinais de deficiência auditiva:

  • As primeiras palavras aparecem tarde (3 a 4 anos);
  • Não responde ao ser chamado em voz normal;
  • Quando está de costas, não atende ao ser chamado;
  • Fala em voz muito alta ou muito baixa;
  • Vira a cabeça para ouvir melhor;
  • Olha para os lábios de quem fala e não para os olhos;
  • Troca e omite fonemas na fala e na escrita.

Como você pode ensinar um aluno surdo?

Você pode desenvolver o processo de aprendizagem com o aluno surdo adotando a mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem:

  • o acesso ao conteúdo, utilizando sistemas de comunicação alternativos, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a mímica, o desenho, a expressão corporal;
  • a utilização de técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação compatíveis com as necessidades do aluno surdo, sem alterar os objetivos da avaliação, como, por exemplo, maior valorização do conteúdo em detrimento da forma da mensagem expressa.

Sugestões de apoio ao aluno com deficiência auditiva:

  • Os alunos com deficiências auditivas devem ficar sempre na primeira fila na sala de aulas. Dependendo da condição sócio-econômica da família e do tipo de surdez, o aluno pode utilizar um recurso acústico (Aparelho Auditiva e/ou Sistema de FM), para amplificar o som da sala;
  • Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;
  • É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada. Pode também justificar-se a utilização de um intérprete que use a língua brasileira de sinais;
  • Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes;
  • Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
  • Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;
  • Quando falar, não ponha a mão na frente da boca;
  • Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex.: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
  • Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está a falar, para uma melhor compreensão por parte do aluno;
  • Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
  • Durante os exames, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente. Um pequeno toque no ombro dele poderá ser um bom sistema para chamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.

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