Cavallo
Cavallo
Cavallo
C. 8 7 8 , ! L , X X X V I I .
Suprema Corte :
iS
i-
a
l - I -
-II-
f
\A m i juicio , e l recurs o extraordinari o e s admisibl e
dado qu e l a i m p u g n a c i ó n s e dirig e contr a un a sentenci a definitiva ,
dictada ípo r e l superio r tribuna l d e l a caus a y exist e c u e s t i ó n
federal suficient e e n tant o e l agravi o s e vincul a co nl a
i n t e r p r e t a c i ó n qu e deb e otorgars e a cláusula s constitucionales .
E l thema decidendum se centr a e n determina r s i l a
inmunidad d e o p i n i ó n d e l a qu e goza n lo s legisladore s result a
extensible a lo s ministro s de l Pode r Ejecutiv o e n la s ocasione s e n
que s e presenta n ant e e l Congres o po r motu propio (artícul o 106 ) o
ante l a convocatori a d e algun a d e la s cámara s (artícul o 71) .
Para trata r l a cuestió n result a insoslayabl e tene r
como referenci a e l vot o e n disidenci a de l ministr o docto r Carlo s
S. Fay t e n Fallo s 321:261 7 y po r otr o lad o lo s principio s sentado s
por l a Cort e e n lo s precedente s relativo s a la s inmunidade s
parlamentarias, antecedente s qu e permite n un a exégesi s que , a m i
juicio, resguard a adecuadament e lo s fine s qu e inspira n e l text o
constitucional e n análisis .
-III-
Si bie n e s ciert o qu e l a i n t e r p r e t a c i ó n semántic a d e
los t é r m i n o s d e l a norm a -qu e l a querella , alegand o l a univocida d
de s u r e d a c c i ó n , postul a com o únic o m é t o d o interpretativ o e n e l
caso- deb e teners e e n c o n s i d e r a c i ó n e n l a tare a exegética , n o
resulta prudent e deteners e sól o e n ell a cuand o est a perspectiv a
p o d r í a menoscaba r e l funcionamient o d e la s institucione s de l
Estado e n l a c o n s e c u c i ó n de l bie n c o m ú n .
Así, s e h a dich o qu e la s norma s correctament e
redactadas co n acuerd o a l a gramática , l a semántic a y l a lógica ,
pueden, d e toda s form'as , resulta r oscura s frent e a l a complej a
realidad d e l a conduct a regulad a (Borda , Guillerm o A . "Tratad o d e
Derecho Civil , Part e Genera l I " Ed. Perrot , Bueno s Aire s 1996 ,
pag. 203 , co n cit a d e Linares ) y qu e l a misió n judicia l n o s e agot a
con l a remisió n a l a letr a d e l a ley , tod a ve z qu e lo s jueces , e n
cuanto servidore s de l derech o par a l a realizació n d e l a justicia , n o
C Doming o Felip e s/recurs o d e casació n
C. 878 , L . X X X V I I .
-IV-
Desde est e punt o d e vista , n o cab e inadverti r qu e e l
Tribunal tien e establecid o desd e antigu o qu e la s inmunidade s
parlamentarias n o contempla n a la s personas , sin o qu e so n un a
garantía a l libr e ejercici o d e l a funció n legislativ a par a mantene r l a
integridad d e lo s podere s de l Estad o (Fallo s 169:76 ; 217:122 ;
248:462; 252:184) , pue s n o otorga n beneficio s a individuo s
concretos sin o e n l a medid a e n qu e ésto s ha n sid o designado s par a
proveer a l a Repúblic a d e la s leye s qu e ha n d e regirla .
De ta l form a qu e l a llamad a "inmunida d d e o p i n i ó n "
se erig e com o e l privilegi o qu e actú a má s directament e y co n
mayor efectivida d e n l a o b t e n c i ó n d e aquello s fines .
Sucintamente, per o co n tod o énfasis , e n e l Proyect o
(Cap. X X X V I I ) Alberd i as í describ e e l instituto : " E l orado r e s
inviolable, l a tribun a e s libre ; ningun o d e lo s miembro s de l
Congreso pued e se r acusado , interrogad o judicialmente , n i
molestado po r la s opinione s o discurso s qu e emit a d e s e m p e ñ a n d o
su mandat o d e legislador. " (Segund a Parte , Secció n V, Capítul o
Primero, A r t . 4 1, "Bases", Ed . Plu s Ultra , 1974 )
Por ello , mientra s qu e lo s d e arrest o y d e proces o
encuentran su s límite s (artículo s 6 9 y 70 , respectivamente) , l a
irresponsabilidad po r la s expresione s vertida s e n e l ámbit o
parlamentario e s p r á c t i c a m e n t e absolut a (doctrin a d e Fallo s
234:250) y la s persona s qu e ampar a n o puede n se r molestada s po r
ninguna vía .
D i s p o s i c i ó n qu e est á destinad a a garantiza r l a
independencia funciona l d e la s cámara s legislativas , d e mod o ta l
que l o qu e s e afirm e e n la s discusione s previas , quedand o a l
margen d e tod a p e r s e c u c i ó n ulterior , permit a qu e l a tare a d e
alcanzar l a le y qu e mejo r respond a a lo s interese s d e l a N a c i ó n
cuente co n l a má s alt a expresió n d e p r o t e c c i ó n (d e l a disidenci a
del ministr o docto r Carlo sS . Fay te n Fallo s 321:2617 ,
considerando 24") .
Y puest o qu e "est a inmunida d deb e interpretars e e n
el sentid o má s ampli o y absoluto ; porqu e s i hubier a u n medi o d e
violarla impunemente , é l s e emplearí a co n frecuenci a po r lo s qu e
intentasen coarta r l a liberta d d e lo s legisladores , dejand o burlad o
C " Domingo Felip e s / r e c ü r s o d e casació n
C. 878 , L . X X X V I I .
su privilegio , y frustrad a l a C o n s t i t u c i ó n e n un a d e su s má s
substanciales disposiciones" , com o y a sostuv o e n 186 3 l a primer a
c o n f o r m a c i ó n de l Tribuna l e n l a caus a suscitad a a raí z d e lo s
dichos de l senado r Martí n P (Fallo s 1:297) , comprende r e n
esta prerrogativ a a caso s com o e l presente , busc a resguarda r l a
independencia d e lo s mismo s legisladores , surgiend ol a
irresponsabilidad d e lo s ministro s com o un a consecuenci a
accidental, aunqu e n o po r ell o meno s necesaria .
r Porqu e s i s e impid e qu e lo s ministro s de l Pode r
.i
Ejecutivo pueda n expone r librement e circunstancia s qu e conoce n
por e l ejercici o d e s u funció n -aú n cuand o ella s carezca n d e
respaldo probatori o suficient e par a hacerla s vale r e n u n proces o
judicial-p y qu e puede n influi r e n l a formació n y ' s a n c i ó n d e la s
leyes, s^übrepticiament e s e estarí a introduciend o u n mod o d e
coartarles a lo s legisladore sl a amplitu d d e debat e que ,
.1
" -V -
•i
!i As í interpretad a l a garantía , result a indiferent e
determinar s i e l ministr o c o n c u r r i ó a l a sesió n de l congres o po r
voluntad propi a o a raí z d e un a convocatori a d e lo s legisladores .
En ambo s supuesto s gozarí a d e l a inmunida d ( G o n z á l e z , J o a q u í n
V. "Manua l d e l a C o n s t i t u c i ó n Argentina" , Estrad a Editores ,
Buenos Aires , 195 9 p á g . 64) . Po r l o cual , e l agravi o intentad o po r
el recurrent e e n cuant o consider a qu e l a sentenci a d e l a cámar a d e
casación- habrí a llegad o a un a mayorí a aparente , habid a cuent a qu e
los voto s s e habría
constitucionales distintasn, sustentad oe n do.
devien e insustancial s disposicione s
-Vi-
La sentenci a d e l a Cámar a Naciona l d e Casació n
Penal, aleg a e l recurrente , vulnerarí a l a garantí a d e igualda d ant e
la le y po r cuant o mediant e u n indebid o voluntarism o judicial , s e
estaría extendiend o u n privilegi o a persona s n o contemplada s
expresamente po r l a norm a invocada .
Sobre est e aspecto , e s doctrin a de l Tribuna l qu e l a
garantía qu e consagr a e l artícul o 1 6 d e l a C o n s t i t u c i ó n Naciona l
consiste e n aplica r l a le y a todo s lo s casos , segú n su s diferencia s
constitutivas, d e ta l suert e qu e n o e s l a igualda d absolut a o rígid a
la qu e s e aplica , sin o l a igualda d par a todo s lo s caso s i d é n t i c o s ,
que import a l a p r o h i b i c i ó n d e establece r excepcione s qu e excluya n
a uno s d e l o qu e s e conced e a otro s e n la s misma s circunstancia s
(Fallos 321:92) .
En consecuencia , e l mer o hech o d e qu e exist a un a
distinción o discriminació n n o bast a po r s í sol o par a declara r qu e
C , Doming o Felip e s/recurs o d e casació n
C. 878 , L . X X X V I I .
-VII-
Por l o expuesto , a mi juicio, correspond e rechaza r e l
recurso interpuest o y confirma r l a sentenci a e n tod o cuant o fuer a
materia d e apelación .
Buenos A i r e s , d e septiembr e d e 2002.
-1-
minadas cláusulas de la Constitución Nacional y la decisión
del tribunal superior de la causa ha sido contraria a la va-
lidez del derecho invocado por los recurrentes con base di-
-2-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-3-
riamente de los que acuerdan entre ellos (art. 102).
-4-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
1°).
13) Que no obstante lo antes dicho respecto a la
citada disposición, cabe precisar la terminología utilizada
distinguiendo, conforme su naturaleza, entre la inmunidad e
indemnidad de ciertos funcionarios, pues mientras a través de
la primera se impide toda coerción sobre la persona del le-
gislador sin un previo procedimiento a cargo de la respectiva
cámara, la segunda, en cambio, opera cuando los actos o cier-
tos actos de la persona directamente quedan fuera de la res-
-5-
68, indemnidad a las opiniones parlamentarias siendo éstas de
carácter funcional, pues lo que en verdad se halla fuera del
alcance de la ley penal son los actos y no el actor por su
calidad de tal, pues aun cuando el legislador cesare en su
mandato sigue amparado por la indemnidad del acto.
14) Que, el art. 71 prescribe una de las tantas
relaciones de colaboración existentes entre el Poder Legisla-
tivo y los ministros del Poder Ejecutivo. La norma dispone que
cada una de las cámaras puede hacer venir a su sala a los
ministros del Poder Ejecutivo para recibir las explicaciones e
informes que estime convenientes. De este modo el ministro, si
bien comparece como funcionario del Poder Ejecutivo, lo hace
contribuyendo a una labor específicamente legislativa.
15) Que, por otro lado, el art. 106 se encuentra
directa y complementariamente relacionado con el art. 71, pues
ambos se refieren a la presencia de un ministro del Poder
Ejecutivo en el recinto del Congreso Federal, la diferencia
estriba en que en el primer supuesto el ministro informa bajo
requerimiento, mientras que en el segundo opera la facultad
discrecional de concurrir a las sesiones del Congreso y tomar
parte en sus debates sin derecho a voto. Así, el ministro
tiene la posibilidad de defender ante los legisladores las
políticas públicas que instrumente desde su departamento en
orden a lograr, en caso de ser necesario, un acompañamiento
legislativo.
16) Que la importancia de la norma precitada, con-
forme la singularidad del caso de marras, pone en evidencia,
en tanto ha dispuesto expresamente como única limitación que
aquéllos no están habilitados a votar en el marco de las se-
siones respectivas, la voluntad del constituyente de equipa-
rarlos respecto de esta participación al legislador. Efecti-
vamente, tal impedimento se constituye como la única diferen-
-6-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-7-
derecho a voto conforme lo previsto en el art. 106 de nuestra
Ley Suprema.
19) Que, por consiguiente, de acuerdo con esta lec-
tura funcional podemos afirmar que la indemnidad del discurso
de los ministros no se deriva del texto literal del art. 68,
sino, de la Constitución Nacional en tanto unidad sistemática
de distintas normas congruentemente coordinadas unas con otras
y enmarcadas en un específico diseño institucional.
20) Que, finalmente, existen fundamentos constitu-
cionales de orden normativo y de conveniencia institucional
que extienden la garantía de indemnidad de opinión parlamen-
taria lo necesario como para proteger a los ministros del
Poder Ejecutivo y asegurar el ejercicio desinhibido de lo
dispuesto en los arts. 71 y 106 de la Constitución argentina.
21) Que sobre la base de la conclusión antecedente
de acuerdo a la extensión reconocida a la indemnidad de opi-
nión parlamentaria prevista en el art. 68 de la Constitución
Nacional, el planteo de arbitrariedad efectuado por el recu-
rrente carece de relación directa con lo decidido.
22) Que corresponde consecuentemente precisar el
contexto fáctico en que las declaraciones fueron formuladas
por el querellado.
Según consta en autos, Angel Nelson Pozzoli y Héctor
Fernando Colella puntualizan que las opiniones del ministro
fueron formuladas en la sesión ordinaria de los días 23 y 24
de agosto de 1995 en el recinto de la Cámara de Diputados de
la Nación, cuando se discutía el régimen de correos y te-
légrafos de la Nación y al habérsele expresamente conferido la
palabra.
Por ello, y oído el señor Procurador Fiscal, se declara
admisible el recurso extraordinario, y se confirma el pronun-
ciamiento apelado. Costas en el orden causado en razón de la
-8-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-//-
-9-
-//- novedad de la cuestión y de su complejidad. Notifíquese y
devuélvase. CARLOS S. FAYT (según su voto)- ANTONIO BOGGIANO
(según su voto)- JUAN CARLOS MAQUEDA (según su voto)- E. RAUL
ZAFFARONI - ELENA I. HIGHTON de NOLASCO.
ES COPIA
VO-//-
-10-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-11-
-//-TO DEL SEÑOR MINISTRO DOCTOR DON CARLOS S. FAYT
Considerando:
Que las cuestiones planteadas en el sub lite son
sustancialmente análogas a las consideradas y resueltas en el
precedente de Fallos: 321:2617, disidencia del juez Fayt, a
cuyos fundamentos y conclusiones cabe remitirse en razón de
brevedad.
Por ello, de conformidad con lo dictaminado por el señor
Procurador Fiscal, se declara procedente el recurso extraor-
dinario y se confirma el pronunciamiento apelado. Costas en el
orden causado en razón de la novedad de la cuestión debatida y
su complejidad (art. 68, segunda parte, del Código Procesal
Civil y Comercial de la Nación). Notifíquese y devuélvase.
CARLOS S. FAYT.
ES COPIA
VO-//-
-12-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-13-
-//-TO DEL SEÑOR MINISTRO DOCTOR DON ANTONIO BOGGIANO
Considerando:
Que esta Corte comparte y hace suyos los fundamentos
y conclusiones del dictamen del señor Procurador Fiscal, a
cuyos términos se remite en razón de brevedad.
Por ello, y de conformidad con el dictamen del señor
Procurador Fiscal, se declara admisible el recurso extraordi-
nario, y se confirma el pronunciamiento apelado. Costas en el
orden causado en razón de la novedad de la cuestión y de su
complejidad. Notifíquese y devuélvase. ANTONIO BOGGIANO.
ES COPIA
VO-//-
-14-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-15-
-//-TO DEL SEÑOR MINISTRO DOCTOR DON JUAN CARLOS MAQUEDA
Considerando:
-16-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-17-
resulta claro que la consideración del art. 68 de la Ley Fun-
damental debe efectuarse a la luz de la particular interven-
ción que se da a los ministros del Poder Ejecutivo en el de-
bate parlamentario y en especial en el presente caso en lo que
se refiere a la determinación del alcance de la protección de
las manifestaciones vertidas por los ministros del Poder
Ejecutivo en el desempeño de sus cargos en cuestiones
relativas a materias que se encontraban sujetas al debate,
examen y control del Poder Legislativo.
-18-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-19-
libre expresión del legislador busca tanto la protección del
rol que desempeña en el debate como la custodia de un bien más
amplio cual es la posibilidad de que el resto de la ciudadanía
conozca acerca de materias que, de otro modo, podrían quedar
limitadas a ese debate o al aun más restrictivo marco de las
comisiones parlamentarias. Los ciudadanos deben poder acceder
Cmediante los medios masivos de comunicaciónC al ejercicio
irrestricto de esas funciones que corresponden al legislador.
La visión de los constituyentes de 1853 fue premonitoria en
cuanto protegió al representante popular para el cumplimiento
de esas funciones de información, control y debate.
10) Que desde esta perspectiva las previsiones del
art. 68 de la Constitución Nacional tienen una elevada signi-
ficación pues su finalidad no es la de proteger a un miembro
del parlamento para su propio beneficio, sino que están des-
tinadas a garantizar la independencia funcional de las cámaras
legislativas, habilitando a los representantes del pueblo a
cumplir sus funciones sin temor a acciones civiles o crimi-
4°).
-20-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-21-
caso es la profundización de un sistema de debate y control
que hace a la esencia del régimen republicano de gobierno.
14) Que, el art. 71 dispone que cada una de las
cámaras puede hacer venir a su sala a los ministros del Poder
Ejecutivo para recibir las explicaciones e informes que estime
convenientes. El texto se encuentra incorporado en la Sección
Primera del Título Primero de la Segunda Parte de la
Constitución que se titula "Del Poder Legislativo" y tiene por
fin, en primer lugar, satisfacer la necesidad de las cámaras
de lograr una información certera y completa en relación a los
datos que pudiera suministrar el ministro y, en segundo
término, con el fin de difundir la información pertinente
entre el público en general. El ministro comparece como
funcionario del Poder Ejecutivo al ámbito del Congreso y con-
tribuye a una actividad esencialmente legislativa de requeri-
miento de información, lo cual no implica, desde luego, que
sus funciones en general Cexpresamente contempladas en los
arts. 100 a 107 de la Carta MagnaC puedan entenderse engloba-
das en la función parlamentaria.
15) Que, por otro lado, el art. 106 prescribe que
pueden los ministros concurrir a las sesiones del Congreso y
tomar parte en sus debates, pero no votar. El texto está in-
corporado en la Sección Segunda "Del Poder Ejecutivo" y la
función desplegada no puede ser equiparada a la descripta en
el precedente considerando. En un caso el ministro informa Cen
paridad de condicionesC a la cámara que requirió su com-
parecencia y en el otro se incorpora al debate parlamentario
sin abdicar, en ninguno de ambos casos, de su relación con el
Poder Ejecutivo y sin que pueda entenderse, y esto es lo más
relevante en el caso, que se trasladen las inmunidades expre-
samente concedidas por la Constitución a los legisladores.
16) Que para el cumplimiento de esos fines, el texto
-22-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
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inmunidad en las causas civiles basada esencialmente en la
tradición del common law [Spalding v. Vilas, 161 U.S. 483, 498
(1896); Butz v. Economou, 438 U.S. 478, 508 (1978); Imbler v.
Pachtman, 424 U.S. 409, 424 (1976); Barr v. Matteo 360 U.S.
564, 572 (1959); Harlow et al v. Fitzgerald, 457 U.S. 800,
812/3 (1982); Scheuer v. Rhodes 416 U.S. 232, 238 (1974);
Laurence H. Tribe, American Constitutional Law, 20. ed.,
Mineola NY., The Foundation Press, 1988, pág. 268/269] tal
inmunidad es una inmunidad cualificada Crestringida para
ciertos actosC como regla (John E. Nowak y Ronald D. Rotunda,
Constitutional Law, 40. Ed., St. Paul Minn., West Publishing
Co, 1991, pág. 234 y Gerald Gunther, Constitucional Law 120.
ed., Westbury, New York, The Foundation Press, 1991, pág. 377,
nota 1) y sólo excepcionalmente es una inmunidad absoluta
[(Nixon v. Fitzgerald, 457 U.S. 731, 748 (1982)].
18) Que, por consiguiente, el texto constitucional
ha impuesto que en la conducta analizada se unan dos funciones
distintas del ministro, una de colaboración funcional con el
ejercicio del poder de control e información inherente al
Poder Legislativo y otra de colaboración funcional con aquel
poder mediante el ejercicio de una facultad exclusivamente
discrecional como integrante del Poder Ejecutivo; distinción
que, sin embargo, no resulta siempre prístina en la práctica
como emana de la lectura de los diarios de sesiones de la
Cámara de Diputados de la Nación como consecuencia de la di-
námica propia del debate parlamentario.
19) Que desestimada la inmunidad del ministro con
sustento en lo dispuesto en el art. 68 del texto constitucio-
nal, resulta apropiado determinar si existe un patrón consti-
tucional común que confiera inmunidad a los ministros por su
intervención en el parlamento, pues resultaría inconveniente
al mencionado principio de interpretación funcional concluir
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C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-25-
establecimiento de sus límites de la discreción del órgano que
los ejercite (Fallos: 318:1967). Se trata únicamente de
reconocer ciertas atribuciones que son imprescindibles para el
ejercicio de las expresamente concedidas, que puedan con-
siderarse adecuadas y compatibles con el diseño general de la
Constitución, pero que no son sustantivas ni independientes de
los poderes expresamente concedidos, sino auxiliares y
subordinadas (Fallos: 322:1616) con el objetivo de favorecer
Cdentro del régimen republicanoC tanto la separación como el
equilibrio armónico de los poderes en función de lograr la
plenitud del estado de derecho (conf. doctrina de Fallos:
297:338 y 305:504).
22) Que cabe inferir, por analogía, que cuando el
ministro concurre a la sesión parlamentaria lo hace con una
inmunidad implícita ya que no parece posible considerar que la
Constitución Nacional haya concedido tales facultades y
deberes a aquél sin conferirle la protección de las opiniones
que emite cuando responde a las necesidades institucionales de
una limpia comunicación con el Poder Legislativo. Resulta
inadmisible, pues, una interpretación formalista que desco-
yunte la función peculiar de los ministros en estos mecanismos
institucionales que precisamente han sido incorporados por los
constituyentes de 1853 para integrar temporalmente al ministro
al discurso legislativo. Entre los poderes concedidos al
ministro se encuentra el de responder al requerimiento
legislativo del art. 71 y el de comparecer voluntariamente de
acuerdo con el art. 106 dentro del marco de una función ex-
cepcional de colaboración e información con el Congreso de la
Nación y lo que es razonablemente apropiado y relevante para
el ejercicio de un poder concedido por la Constitución debe
ser considerado como acompañando la concesión de esa facultad
[Marshall v. Gordon, 243 U.S. 521, 537 (1917)].
-26-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-27-
esto es, el rango sobresaliente en que se encuentran las fun-
ciones informativa y de control del Parlamento que requieren
también el fortalecimiento de todos aquellos mecanismos ins-
titucionales que permitan favorecer el cumplimiento de esos
objetivos. Para ello la inmunidad limitada de los ministros en
su comparecencia ante las cámaras del Congreso de la Nación es
un instrumento apropiado tanto para evitar la presión
inadmisible sobre funcionarios del Poder Ejecutivo como para
lograr el ejercicio desinhibido de los deberes del cargo mi-
nisterial sin prevenciones respecto a eventuales responsabi-
lidades civiles o penales por sus dichos en el ámbito parla-
mentario y en el cumplimiento de lo dispuesto por las citadas
normas constitucionales.
25) Que, asimismo, el respeto debido al ejercicio de
esa función del ministro se correlaciona necesariamente con el
carácter igualitario que debe primar en las relaciones entre
los poderes del Estado en este caso. La paridad de condiciones
básicas entre los participantes del discurso legislativo se
sostiene, en primer lugar, en fundamentos de orden teórico
para el fortalecimiento del diseño institucional entre los
tres poderes del Estado que emana de la segunda parte de la
Constitución Nacional.
En este sentido, las legislaturas modernas no solo
responden mediante un proceso formal de votación a los desa-
cuerdos existentes en la sociedad, también internalizan esos
desacuerdos. Por consiguiente, es importante que la legisla-
ción surja también de un proceso deliberativo con el compro-
miso de que se tengan en cuenta en el debate todas las pers-
pectivas que puedan razonablemente considerarse como competi-
tivas en cualquier propuesta a consideración. Estas legisla-
turas modernas están estructuradas para asegurar este propó-
sito, con reglas acerca de la representación de las partes y
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C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-29-
contrabalancear su poder (Bernard Manin, Checks, balances, and
boundaries: The Separation of Powers in the Constitutional
Debate of 1787, en B. M. Fontana, The invention of the Modern
Republic, Cambridge, Cambridge University Press, 1994, 27-62).
28) Que este Tribunal ha señalado que el principio
de la división de poderes, al margen de la separación externa
de sus tres componentes, no excluye su vinculación por una
natural interrelación funcional que asegura una necesaria
coordinación (conf. doctrina de Fallos: 313:1513, considerando
17). Una natural derivación de ese principio en la práctica de
la participación del ministro en las sesiones parlamentarias
es que se mantenga una inmunidad temporal para asegurar tanto
el equilibrio entre los poderes Legislativo y Ejecutivo como
la imprescindible comunicación que se deben mutuamente en
orden a la consecución del bienestar general que impone el
Preámbulo de la Constitución Nacional.
29) Que no debe olvidarse que el texto constitucio-
nal ha querido incorporar plenamente al debate al ministro
dentro del ámbito del Congreso. Lo que la Constitución Nacio-
nal espera de la comparecencia del ministro es algo más que un
mero procedimiento informativo. Requiere, en verdad, de su
participación en la deliberación propia del Poder Legislativo
que se encuentra en el centro del concepto mismo de democracia
y que puede ser definida como un razonamiento sobre los
méritos de la política pública. Se trata de un proceso en el
cual los participantes consideran seriamente la información
sustantiva y los diversos argumentos y buscan decidir indivi-
dualmente y persuadir a otros respecto de lo que constituye
una buena política pública. Esta deliberación legislativa se
compone de tres elementos sustanciales que son la información,
los argumentos y la persuasión (Joseph M. Bessette, The Mild
Voice of Reason. Deliberative Democracy and American National
-30-
C. 878. XXXVII.
Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
-31-
nistros como instrumento útil para el desarrollo de la función
legislativa se revela como necesaria, en el sub lite, con la
lectura de la intervención del ministro Cavallo en la sesión
parlamentaria del 23 y 24 de agosto de 1995. El ministro fue
convocado para que informara sobre aspectos esenciales para el
desarrollo de la tarea de investigación y control del
Congreso. Allí fue interrogado respecto a una multiplicidad de
temas y su negativa a contestar una pregunta llevó a uno de
los diputados presentes a manifestar que "(El señor ministro
está faltando a los deberes de funcionario público! (Le vamos a
iniciar acción penal( (Es un encubridor!" (ver intervención del
diputado Moreau en pág. 3655 del Diario de Sesiones
correspondiente a la 80 sesión ordinaria de los días 23 y 24 de
agosto de 1995), lo cual pone en evidencia que al principio
teórico de los poderes implícitos debe ser sumada la
conveniencia política respecto al irrestricto flujo de
información en estos casos para evitar que se frustre el ob-
jetivo constitucional que surge de las normas citadas.
En efecto, una eventual declaración en la cual no se
hubieran suministrado los datos correspondientes para con-
trolar a las supuestas personas involucradas en supuestas
agresiones contra el Estado por temor a hipotéticas demandas
judiciales por los afectados por los dichos del ministro en la
sesión legislativa hubiera importado precisamente una li-
mitación del discurso del funcionario incompatible con el
cumplimiento de los objetivos que surgen de la Constitución
Nacional con el objeto de suministrar el mayor grado de in-
formación al Poder Legislativo.
32) Que el discurso en la cámara legislativa re-
quiere, en este caso, de ciertas reglas básicas de igualdad
entre los participantes y resulta claro, del mismo texto
constitucional, que se ha pretendido la incorporación temporal
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Cavallo, Domingo Felipe s/ recurso de casa-
ción.
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munidad del discurso de los ministros no se deriva de los
términos literales del art. 68 porque la posición institucio-
nal de los representantes populares no es asimilable a las
funciones que desempeñan habitualmente los ministros del Poder
Ejecutivo. La protección de sus dichos surge, en realidad, de
una inmunidad implícita en la Constitución Nacional que
aparece necesaria para el cumplimiento de las funciones
asignadas al ministro como nexo instrumental en las relaciones
entre el Poder Legislativo y el Poder Ejecutivo y no resulta,
en este caso, del mero hecho de ser secretario o ayudante del
presidente de la Nación.
35) Que, asimismo, la inmunidad de opinión de los
ministros tiene un alcance limitado porque se refiere exclu-
sivamente al despliegue de las funciones que resultan de los
arts. 71 y 106 de la Carta Magna. Su inmunidad emana de los
poderes implícitos por el ejercicio de la función particular
que resulta de esas normas y no del carácter mismo del desem-
peño de la función ministerial. La inmunidad de opinión tiene
un alcance temporal pues está circunscripta al encuentro entre
los dos poderes del Estado que se configura en la convocatoria
del Congreso a la comparecencia del ministro y a la
concurrencia potestativa de este último a las sesiones de las
cámaras. Dicha inmunidad Ca diferencia de los parlamentariosC
está estrictamente limitada a los actos de comparecencia en
tales términos, momentos en los que se hace necesaria la ex-
tensión de la protección de la función parlamentaria a los
ministros en virtud de la interpretación armónica de lo dis-
puesto por los arts. 68 y 106 de la Constitución Nacional. Se
forma así una coparticipación temporal de los ministros del
Poder Ejecutivo en la función legislativa en paridad de con-
diciones en el marco del ejercicio del debate parlamentario.
36) Que, finalmente, esta inmunidad implícita y
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