CUADERNOS DE ESTUDIO 4. Esparta y Atenas
CUADERNOS DE ESTUDIO 4. Esparta y Atenas
CUADERNOS DE ESTUDIO 4. Esparta y Atenas
DE ESTUDIO ’
Serie: HISTORIA UNIVERSAL
La democracia ateniense
30.9
091
CUADERNOS DE ESTUDIO
Ser ie de HISTORIA U NIVERSAL
Dirigida por A L F R E D O T R A V E R S O N I
1. P R E H I S T O R IA , H e r m in ia F e o
2. L A S P R IM E R A S C I V I L I Z A C I O N E S D E L C E R C A N O O R IE N T E Y D E L E G E O ,
R osa A lo n s o
3. G R E C IA E N T R E L O S S IG L O S X I I y V I a .C ., H ild a M o lin a .
4 . E S P A R T A Y A T E N A S . L A D E M O C R A C IA A T E N IE N S E , M a r ía A . G a lia n a
5. L A R E L I G IO N , E L P E N S A M IE N T O Y E L A R T E EN G R E C IA ,
R enée H e g u ito d e B e rre ta
6. A L E J A N D R O Y L A C I V I L I Z A C I O N H E L E N IS T IC A , H e r m in ia F e o .
7. L O S O R IG E N E S R O M A N O S Y L O S P R IM E R O S S IG L O S D E L A R E P U B L I C A ,
ESPARTA
José F. E sta p é
8. LOS PROGRESOS DEL PODER PERSONAL Y EL FIN DE LA REPUBLICA
ROMANA, Enrique Méndez Vives
Y ATENAS.
9.
1 0.
11.
E L IM P E R IO R O M A N O , S ara A b a d ié d e L a n g ó n
L A C I V I L I Z A C I O N R O M A N A , C e lia r E n r iq u e M e n a Segarra
E L F IN D E L IM P E R IO R O M A N O , R osa A lo n s o
LA D EM O C R AC IA
12. C R I S T IA N IS M O , M a tild e A ro c e n a
1 3.
14.
B IZ A N C IO Y E L I S L A M , Jo sé D e to m a s i
E C O N O M IA Y S O C IE D A D E N L A E D A D M E D I A , C a rm e n A p p r a t o
1 5. E L E S T A D O E N L A E D A D M E D I A , C e lia r E n riq u e M e na S egarra
ATENIENSE
1 6. L A C U L T U R A M E D I E V A L , C a rlo s Pérez G a m b in i
1 7. E L F IN D E L A E D A D M E D I A , Iv o n n e P in i
1 8. H U M A N IS M O Y R E N A C IM I E N T O , C e lia C o lo m b o
1 9. L A R E F O R M A , S u sa n a M a z z a ra
20. L A E C O N O M IA E N L A E P O C A M O D E R N A , P e d ro O je d a
21. E L A B S O L U T IS M O , G u id o B r u n e t to
22. E L S IG L O X V I I I , M ig u e l F e ld m a n
23. L A R E V O L U C IO N F R A N C E S A Y E L IM P E R IO , A lf r e d o T ra v e rs o n i
24. L O S E S T A D O S E U R O P E O S E N E L S IG L O X I X ( 1 8 1 5 - 1 8 7 1 ) , Iv o n n e P in i
V M a ría S a ra I zzi
2 5 . L O S C A M B iO S E C O N O M IC O S Y S O C IA L E S E N E L S IG L O X I X , H u g o L ic a n d r o
2 6 . E L P E N S A M IE N T O P O L IT IC O Y S O C IA L E N E L S IG L O X I X , B e n ja m ín N a h u m
27. E L D E S A R R O L L O E U R O P E O Y L A E X P A N S IO N IM P E R I A L I S T A ( 1 8 7 0 - 1 9 1 4 ) .
Selva L ó p e z C h ir ic o
28. L A C IE N C I A , E L P E N S A M IE N T O Y E L A R T E E N E L S IG L O X I X ,
B la n ca T ra v e rs o n i
2 9 . L A P R IM E R A G U E R R A M U N D I A L , R a q u e l G a rc ía B o u z a s d e B r u n e t to e d i t o R I A L
3 0 . E L M U N D O E N T R E D O S G U E R R A S , A lf r e d o T ra v e rs o n i
3 1 . L A S E G U N D A G U E R R A M U N D I A L , A lf r e d o T ra v e rs o n i
m . K A P E IsUSZ
3 2 . E L M U N D O C O N T E M P O R A N E O , A lf r e d o T ra v e rs o n i Moreno 372 • B u e n o s A i res
INDICE
ESPARTA ......................................................................................... 7
Vida económica y social en Esparta ........................................ 8
Las instituciones poh'ticas y la vida e spartana.................... 11
La vida espartana .................................................................. 14
El ejército espartano .............................................................. 15
El imperialismo espartano ..................................................... 16
\
ATENAS .......................................................................................... 17
El Atica ........................................................................................ 17
Los primeros siglos de Atenas ............................................. 18
Las inquietudes sociales y poh'ticas ..................................... 19
Dracón .................................................................................... 21
Solón ...................................................................................... 22
Pisi'strato y la experiencia de la tiranía .............................. 25
La consolidación del régimen: Clístenes, Efialtes y Pericles 27
5
LA LIGA DE DELOS Y LA FORMACION DEL IMPERIO
ATENIENSE ....................................................................... 36
Caracteres generales ................................................................................ 33
La formación del imperio ateniense ..................................................... 37
ESPARTA
Pericles ..................................................................................................... 33
Resultados del imperialismo ateniense ................................................. 40
LA SOCIEDAD ATENIENSE EN EL SIGLO V a. C................................. 41 Al sur de Grecia, unida a este territorio por el istmo de Corinto,
se extiende la península del Peloponeso. Esta península, similar en
Los ciudadanos .................................................................................. 41 sus características al resto de Grecia, se divide en varias regiones,
Los metecos ....................................................................................... 42 siendo las principales Laconia, Mesenia, Arcadia, Elide, Acaya y
Los esclavos ........................................................................................ 43 Argólida.
La vida privada ................................................................................... 44
Laconia, centro territorial del poderío espartano, es un valle, al
Las instituciones democráticas .............................................................. 46
sudoeste del Peloponeso, que se extiende a ambos lados del río
Caracteres de la democracia ateniense ............................................ 46
Eurotas.
La asamblea del pueblo o Ecclesia ................................................... 50
El Consejo de los 500 o Bulé ........................................................... 54
Este valle fue ocupado por los pueblos prehelénicos, que la
tradición llama léleges, y luego por los aqueos. El poderío de los
El consejo del areópago .................................................................... 56
aqueos fue arruinado por la invasión doria.
Los magistrados ................................................................................. 56
La administración de la justicia ............................................................ 59
Los dorios fueron llegando paulatinamente, en forma sucesiva,
Tribunales y procedimiento ............................................................. 60
en bandas aisladas. Eran poco numerosos pero capaces, por su valor
militar y la superioridad de su armamento, de imponerse a los
Cri'ticas ............................................................................................... 61
pueblos asentados allí. Hacia el siglo XI a.C. fundaron poblados que
Las finanzas atenienses .......................................................................... 62
luego, reunidos, dieron nacimiento a Esparta.
La organización m ilitar .......................................................................... 63
Después de la unificación, los espartanos comenzaron a con
Obras de consulta ................................................................................... 64
quistar territorios vecinos. Primero ocuparon Laconia y luego se
extendieron sobre el territorio de Mesenia, al sudoeste del Pelopo
neso.
A medida que se extendía la conquista, los conquistadores se
adjudicaban las mejores tierras, mientras los vencidos eran reducidos
a la condición de súbditos. Los vencidos que aceptaron las
condiciones del vencedor continuaron siendo libres y conservaron
sus derechos civiles a cambio del pago de un tributo. Los que
resistieron hasta último momento fueron tratados con rigor y
reducidos a un estado próximo al servil. De esa manera, los
conquistadores se procuraron una población de súbditos útiles en el
trabajo campesino, pero que significó un peligro en potencia. Eran
los ilotas, a quienes podían explotar, pero que implicaban un
peligro del que tenían que guardarse.
Luego de la conquista de Mesenia, la tierra quedó dividida en
dos grandes sectores. Por un lado estaba la tierra cívica, donde cada
espartano poseía un lote inalienable e indivisible que se transmitía
por herencia al primogénito. Por otro lado, la tierra de la periferia o
perioikis cuyo régimen de propiedad era diferente. Esta tierra podía
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ser comprada, vendida o dividida. Los propios espartanos podían ser
propietarios en la perioikis pero, en general, esta tierra permanecía ¿En qué consistía la igualdad del llamado grupo dominante?
en manos de los periecos, quienes podían explotarla a cambio de un Difícilmente podríamos admitir que fuese solamente la igualdad
tributo a Esparta. económica. Si bien todo espartano había recibido su lote de tierra,
acaso un lote igual, es difícil creer que los ricos perdieron todo lo
que poseían por encima del mínimo establecido. Esta igualdad era
una igualdad de condición y no la igualdad en todos los aspectos,
V ID A E C O N O M IC A Y S O C IA L EN E SP A R T A pues del mismo modo que se mantuvieron los ricos y los pobres,-
también se mantuvieron los nobles y plebeyos. Era la igualdad en
algo que importaba a los espartanos: la igualdad ante la ley. El
Laconia, aparte de la producción agrícola, solamente contaba espartano sabía qué se esperaba de él y, lo que es más importante,
con unos pocos recursos, apenas explotados. Región productora de qué había de ocurrirle en caso de no cumplirlo. Pero, además, sabía
aceite, de vino y de cereales, su principal actividad era la agrícola. también que se esperaba lo mismo de los demás y que a todos, sin
Por su particular situación geográfica, el comercio no podía excepción, se les imponían las mismas penas.
desarrollarse en gran escala y las comunicaciones estaban restrin Los ciudadanos estaban oi^anizados, como en todas las ciudades
gidas a las vías terrestres. aristocráticas, en tribus compuestas por fratrías. Cada fratría
El estado espartano fue un estado continental, sin costas mantenía, gracias a la contribución de sus miembros, un syssitron, o
favorables, sin vida marítima y, por ende, sin relaciones regulares mesa común, para sus varones adultos y, de hecho, el barracón de
con los países de ultramar. De ese modo, no conoció los beneficios sus unidades militares.
de una vida comercial activa y, sobre todo, del intercambio de ideas Cada fratría se hacía cargo, además, de la educación de los niños
que se desarrolla paralelamente. hasta la edad en que pasaban a una mesa común.
La actividad económica de Esparta no era comparable a la de las
Posteriormente el espartano pasó a ser miembro de una nueva
otras grandes ciudades griegas. Siempre se negó radicalmente a unidad llamada oba. Esta unidad no se basaba, como las fratrías, en
adoptar la moneda de metales preciosos. Mientras en otras ciudades un antepasado mítico común, sino en el lugar de residencia. Las
se acuñaban monedas de plata, que eran admitidas en el extranjero, obai eran los barrios de la ciudad y las zonas rurales donde residía el
Esparta mantuvo una moneda de hierro que solamente tenía curso espartano. A partir de estas nuevas unidades básicas se reorganiza
legal en Laconia. ron las mesas comunes, aunque no está bien esclarecido cómo se
Los pagos se hacían en especies; en especies pagaban los ilotas
su tributo y en especies pagaban los espartanos su parte en las establecieron las relaciones entre las obai y las tribus.
comidas públicas. Al ciudadano le esta prohibida toda actividad u oficio; otros
Por la rigidez de su estructura social, Esparta no se parecía a trabajaban por él y para él. Era dueño de un lote de tierra
ninguna otra ciudad griega. proporcionado por el Estado y trabajado por siervos. El debía
Los espartanos constituían la minoría privilegiada de la pobla consagrar todo su tiempo al servicio de las armas. Vivía del
ción. Eran los Iguales (homoioi), los únicos que disfrutaban de producto de su lote y tenía la obligación de aportar su parte
derechos políticos. Ser un ciudadano pleno significaba tener tales o alícuota en harina de cebada, en vino y en queso, a la mesa común.
cuales derechos y obligaciones, y pertenecer a la sociedad, no por el De no cumplir con lo último, se lo excluía de las comidas públicas
hecho de alentar el sentimiento de pertenecer a ella, sino por y, por tanto, de la comunidad social.
poder exhibir la lista de sus privilegios y sus deberes. En una familia solamente el primogénito podía heredar el lote y
Desde un principio los espartanos estuvieron rodeados por conservar sus derechos de ciudadano; de este modo, muchos
grupos humanos de los que se sintieron diferentes. Un sentimiento individuos nacidos ciudadanos se vieron privados de sus derechos
de ese tipo condujo a borrar las distinciones en el seno del grupo civiles. La ciudadanía no solamente se perdía por esa circunstancia
privilegiado. Se formaron barreras entre los nueve mil ciudadanos sino también se perdía por dejar de cumplir con alguna de las
con deberes y derechos iguales y el resto de la población, y se innumerables obligaciones que regíar la vida espartana.
adoptaron medidas para mantener la separación. En Esparta se contraponían dos clases, descendientes ambas de
los conquistadores dorios: los ciudadanos, que poseían todos los
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derechos (los Iguales), y los que habían perdido todos los derechos igual que los ciudadanos, debían pagar impuestos y prestar servicio
políticos (los Inferiores). militar como hoplitas. Pero, en cambio, carecían de derechos
Las tierras de los ciudadanos eran trabajadas por siervos del políticos y no podían ejercer la totalidad de los derechos civiles, no
Estado a los que se llamaba ilotas. La situación jurídica de éstos ha podían casarse legítimamente con mujeres espartanas, ni adquirir
sido ampliamente debatida por la historiografía clásica. La mayor propiedades en tierra cívica.
parte de los historiadores estuvo de acuerdo en afirmar que este La actividad de los periecos se desarrollaba en terrenos que
sistema fue una herencia de la conquista: la antinomia ciudadano- estaban vedados a los ciudadanos: la industria y el comercio. Los
ilota correspondió a la oposición de los dorios vencedores y los artesanos trabajaban fundamentalmente para el ejército; tejían el
aqueos vencidos. Actualmente se acepta esta interpretación, aunque uniforme de los soldados y se ocupaban de la fabricación de las
con sensibles matices. La mezcla de poblaciones debió ser impor amias. La industria producía en pequeña escala, solamente para el
tante, puesto que ilotas y ciudadanos hablaban el mismo dialecto abastecimiento del mercado local.
dórico. Algunos dorios, poco favorecidos, pudieron convertirse en
ilotas, y a la inversa, algunos aqueos consiguieron introducirse en la Las instituciones políticas
comunidad de los vencedores. y la vida espartana
Como se ha dicho, los ilotas pertenecían al Estado, eran esclavos Desde fecha temprana Esparta contó con una constitución, obra
de la comunidad, labradores puestos a disposición de los ciudada que la tradición atribuyó a un gran legislador llamado Licurgo. Pero
nos. El ilota no estaba vinculado a un hombre, sino a un territorio, el problema planteado acerca de si fue un hombre el realizador de la
que no podía abandonar, ni del cual podía ser expulsado. Era un obra o si, por el contrario, ella fue producto de sucesivas
siervo adscripto al suelo. Disfrutaba de una situación mejor que la transformaciones, no merece discutirse.
del esclavo, tenía familia y habitaba en casa aislada, sin más El principal testimonio sobre la índole de la reforma es ur»
obligación que un tributo fijo que debía al ciudadano —82 documento citado por Plutarco en su Vida de Licurgo, donde
medimnos de cebada, fruta, vino y aceite en cantidades proporcio
describe, en términos bastante confusos, las disposiciones de la
nales— y, en caso de necesidad, el servicio en el ejército como nueva constitución: “(I) Cuando hayas erigido un santuario a Zeus
infantes ligeros o como peones. Sulanio, dividido al pueblo en tribus y en obai y establecido una
El tributo que debía el ilota al ciudadano había sido calculado, Gerusía o Senado de 30 miembros, incluidos los reyes; (II) de
no de acuerdo con el rendimiento de la tierra o en proporción a la tiempo en tiempo se celebrarán sesiones de la Asamblea el día de la
cosecha, sino de acuerdo con las necesidades del ciudadano de fiesta de Apolo entre Babyka y Knakion; (III) que allí se le
Esparta y su familia. presenten cuestiones y que la Gerusía se mantenga aparte; (IV) y
Una vez pagado el tributo, el ilota disponía de una cantidad que la Asamblea del pueblo tenga la decisión final” .
excedente apreciable. Toda mejoría en los cultivos redundaba en Plutarco consideraba que hay una enmienda posterior: “ IV)
beneficio propio. Mientras que la renta del ciudadano era fija, él Pero si el pueblo toma una torcida decisión, que los ancianos (es
podía enriquecerse con su trabajo. Por la vida que llevaban, por la decir, la Gerusía) y los archagetai (los reyes) los despidan”
semiindependencia de que gozaban, los ilotas ocupaban una (Plutarco, citado por Forrest).
posición intermedia entre el esclavo y el hombre libre. Pero en Pero además importa fijar la fecha de la reforma.
cambio estaban privados del goce de los derechos civiles y no tenían La mayor parte de la historiografía antigua se muestra de
la protección de la ley. Y el Estado, que era severo con sus acuerdo en fechar las reformas entre el 775 y el 750 a.C.; en
ciudadanos, debió de mostrarse inmisericorde con los ilotas. cambio, los autores modernos han llegado a la conclusión de que la
Los ilotas eran mayoría; su proporción con respecto a los legislación en Esparta hay que ubicarla en el siglo VII a.C. y
ciudadanos era de 10 a 1 y, dada la miseria moral en que vivían, la algunos, como Forrest, la fijan con precisión en el año 675 a.C.
revuelta era la única solución contra la opresión. Esta circunstancia Descartan fechas anteriores porque no parece probable que una
se constituyó en el temor permanente de los ciudadanos. constitución tan precisa se creara y transmitiera en un mundo que
Los pénceos, a pesar de ocupar una posición inferior, eran no usó la escritura hasta 750 a.C. Añaden, entre otros argumentos,
hombres libres. Eran los “ que moran en torno” y vivían agrupados los versos del poeta espartano Tirteo, compuestos a mediados del
en grandes poblados que gozaban de cierta autonomía municipal. Al
10 11
siglo VII a.C., donde parece estar resumida la nueva constitución:
“Que tomen la iniciativa, con el Consejo, los reyes, honrados por los La asamblea del pueblo o Apella, integrada por los Iguales, es
dioses, que se cuidan de la amable Esparta, y los Ancianos provectos decir, todos los espartanos de más de 30 años, se reunía una vez por
en años. Y que luego, respondiéndoles con decretos justos los mes presidida por los Eforos. Tenía como misión fundamental la
hombres del pueblo...” (Tirteo, Fragmento 4, citado por Forrest). elección de éstos y de los gerontes y deliberaba sobre toda clase de
Este documento es contemporáneo de la institución del sistema que asuntos. Al parecer no podía proponer iniciativas, sino que
describe y fue escrito entre 680 y 620 antes de la era cristiana. solamente podía manifestar, por aclamación, aprobación o repro
En el siglo VIII a.C., a semejanza de otras ciudades griegas, bación de las proposiciones que se sometían a su consideración.
Esparta atravesó por una revolución económica. Pero ella no La Gerusía presentaba a la Apella un asunto, pero no para que
consistió en una colonización ni en el desarrollo de la industria y el ésta decidiera sobre él. Después de discutirlo, celebraba una sesión
comercio, sino en una guerra de conquista contra el vecino por separado en la que formulaba una propuesta influida por el
territorio de Mesenia. Hacia 715 a.C., había duplicado sus tierras sentir de la Asamblea. “ Influida” , pero no necesariamente de
laborables y las había repartido entre la población espartana. acuerdo con la voluntad de la Asamblea.
“ La rapidez de la expansión espartana y la peculiaridad de la Los ciudadanos eran consultados, pero lo único que hacían era
sociedad espartana podrían explicar, pues, que se produjera la ratificar las medidas que se les proponían.
revolución hacia el 675 a.C.; la homogeneidad de dicha sociedad y En muchos casos, según los documentos, podemos suponer que
de su economía podría explicar que la revolución se efectuase sin cuando la decisión del Consejo se oponía a la voluntad de la
excesivo derramamiento de sangre, sin la destrucción de la Asamblea, la decisión que se imponía al fin era la del Consejo. Todo
aristocracia y sin el establecimiento de un tirano en el poder” . esto hacía que la Asamblea se asemejara más- a una asamblea
(Forrest) homérica que, por lo que sabemos, fueron las asambleas democrá
En la constitución espartana podemos precisar cuatro institu ticas de épocas posteriores. La única diferencia con las asambleas
ciones: los Reyes, el Consejo, la Asamblea y los Eforos. anteriores, radicaba en que ahora se reunían por prescripción legal y
Esparta conservó la realeza. Había dos reyes descendientes de no al arbitrio de los reyes o de la Gerusía.
familias diferentes: los Agiadas y los Euripóntidas. La doble Los Eforos eran cinco, elegidos por el lapso de un año entre
monarquía parece haber sido el resultado de un acuerdo entre todos los ciudadanos; uno de ellos hacía de magistrado epónimo.
grupos rivales en el momento de la conquista. De ese modo se Esta magistratura fue creada con el fin de poner una barrera a la
explicarían los desacuerdos entre las dos familias y la estricta autoridad real.
prohibición impuesta a todos sus miembros de realizar matrimonios Las facultades de los Eforos, eran casi ilimitadas. Ejercían
entre sí. fiscalización general sobre todos los ciudadanos,' podían hacer
Los reyes poseían gran prestigio. Eran los jefes religiosos de la comparecer a los reyes a juicio y deponer magistrados. Tenían,
ciudad y los supremos jefes militares. Pero, a pesar de ello, estaban incluso, verdadero poder legislativo. Como juzgaban las causas
sometidos a la estricta vigilancia de los éforos, quienes, cada mes, les civiles y eran los encargados de interpretar leyes que no eran más
tomaban juramento de reinar de acuerdo con las leyes vigentes. que tradiciones no escritas, so pretexto de interpretarlas legislaban
Por debajo de ellos había un consejo aristocrático, la Gerusía, por sí mismos.
que comprendía a 28 gerontes elegidos con carácter vitalicio y por Los Eforos también acompañaban al rey en la guerra en calidad
aclamación entre los ancianos de más de 60 años. La Gerusía era de observadores, pues no intervenían en sus manejos militares.
presidida por los reyes, cuyo voto tenía el mismo valor que el de los Conducían las negociaciones con los demás estados y recibían a las
demás gerontes. Se reunía en fechas fijas y resolvía sobre embajadas extranjeras.
importantes y variados asuntos. Dirigía y discutía todo lo referente El gobierno de Esparta era esencialmente conservador. Los
a política exterior y sometía algunos asuntos a la consideración de espartanos se jactaban de tener instituciones inmutables; sólo el
la asamblea. La Gerusía era la encargada de juzgar en los procesos eforado era considerado como institución no creada por Licurgo.
importantes como las acusaciones de asesinato y, sobre todo, en Ninguna de las añejas costumbres desaparecía: la realeza, por
todo lo que afectaba la vida de un espartano y sus relaciones con el debilitada que estuviera, se mantenía en Esparta en tiempos en que
Estado. en los demás estados era solamente un recuerdo. Este espíritu
conservador se debía principalmente a que la dirección de los
12 13
asuntos estaba en manos de la Gerusía, es decir, de un tribunal de cual el joven vivía solo y al aire libre en el campo, a la manera de un
ancianos elegidos de por vida. lycathrope (hombre lobo), practicaba de noche la caza de los ilotas,
Esta situación parece ser el resultado de factores preponderantes que consistía en atrapar y dar muerte por lo menos a uno de ellos.
en la historia de Esparta, comunidad de tipo militar y agrícola que Esto habilitaba a los jóvenes para entrar en el cuerpo especial de
se bastaba a sí misma, encerrada en el interior y aislada del mar. infantes que servían de guardia a los reyes o de policía secreta a los
éforos.
A los 20 años, todo espartano se incorporaba a la vida militar
La vida espartana activa, pero su aprendizaje no se consideraba acabado. Hasta los 30,
y como lo hacía desde los 12, dormía con sus compañeros; si quería
Un rasgo tan singular como la constitución espartana lo reunirse con su mujer, debía hacerlo a escondidas. Sólo a los 30
constituía el sistema espartano de educación, que tenía como fin años tenía acceso a la asamblea. Al estado, hasta los 60 años, le
formar soldados invencibles.
debía servicio militar.
Al nacer todos los niños eran llevados ante un tribunal que los Durante este tiempo tenía que habitar en la ciudad para poder
examinaba. Si un niño no estaba bien conformado, ordenaba que acudir al primer llamado; no podía viajar ni residir en el extranjero
fuese precipitado al barranco del Taigcto. Si era considerado apto,
sin previa autorización.
el niño recibía una educación enteramente organizada por el Otro rasgo característico de la vida espartana eran las comidas
Estado.
comunitarias, heredadas de la primitiva camaradería guerrera, a las
Desde los 7 años se incorporaba a la comunidad de muchachos que todos debían aportar su cuota, so pena de ser expulsados del
de su edad y comenzaba su adiestramiento militar. núcleo de los ciudadanos. En estas.comidas, se reunían en la misma
Durante dicho lapso, el niño tenía que soportar múltiples y no mesa los quince soldados que en la guerra iban a compartir la misma
siempre gratos ejercicios. Descalzo, vestido con una túnica corta y tienda y combatir juntos. Lo que se trataba, mediante estas
ligera, escasamente alimentado y viviendo sin comodidades, se comidas, era fomentar el sentimiento de camaradería militar.
trataba de acostumbrarlo a soportar la intemperie, la fatiga, el En cuanto a las muchachas, se procuraba hacer de ellas
hambre y el dolor. únicamente buenas madres, capaces de tener hijos vigorosos. Desde
Se le enseñaba a leer y escribir en grado mínimo; la música la jóvenes, practicaban gimnasia y se las acostumbraba a aparecer
practicaba en mayor grado, pues exaltaba el ánimo y servía de desnudas en las fiestas. Gozaban de gran libertad, ya que la vida
acompañamiento al soldado en el combate. familiar quedaba reducida a muy poca cosa. Muchas veces debían
La educación física constituía la base del entrenamiento: la cargar con graves responsabilidades a causa de la ausencia de sus
carrera, el salto, el lanzamiento del disco y la jabalina fortificaban y maridos, retenidos en campaña o en maniobras. Estaban capacitadas
daban elasticidad al cuerpo; esto se completaba con el manejo de las para administrar la fortuna y aumentar los recursos del hogar, hasta
armas. se les permitía practicar el comercio.
Se procuraba desarrollar, desde joven, la disciplina y el sentido
comunitario, lo que merecía el siguiente juicio de Plutarco:
“Acostumbraron a los ciudadanos a no querer, a no saber vivir
solos; a estar siempre, como las abejas, unidos para el bien público, El ejército espartano
en torno a sus jefes” (Plutarco, Vida de Licurgo).
Al llegar a la adolescencia, el joven practicaba extraños rituales Los espartanos eran considerados por los demás griegos maes
que se remontaban a tiempos arcaicos y que tenían como fin tros en el arte militar. Su ejército no era diferente del de los demás
fortalecer al futuro ciudadano. griegos, ni en composición, ni en armamento, ni en táctica. Se
Entre los 18 y los 20 años el joven completaba su educación componía casi únicamente de infantería pesada. El soldado espar
militar entrenándose en la marcha, en la escuela de compañía y en tano era el hoplita, armado de lanza y espada, cubierto por el casco,
los servicios de campaña. la coraza y las cnemides y protegido por un ancho escudo de
La prueba más extraña que soportaba el adolescente era la bronce.
llamada criptia. Después de un tiempo de alejamiento durante el La infantería pesada era la única arma digna del ciudadano.
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vez más audaces cuyo escenario fue la Grecia oriental y, sobre todo,
Esparta no poseyó caballería hasta la guerra del Peloponeso, y su
marina fue insignificante. la Grecia central.
La fuerza del ejército residía en la falange, temida por su Al estallar las guerras médicas, ninguna ciudad discutía en el
cohesión y solidez. En ella, los hoplitas, dispuestos en filas más o Peloponeso su hegemonía y superioridad. Su importancia entre las
menos profundas, se sostenían y salvaguardaban unos a los otros. naciones era tal, que los griegos le confiaron el mando supremo en
Generalmente formaban de ocho a doce en fondo y avanzaban sin la conducción de la guerra.
romper filas hasta obligar al enemigo a retroceder. Esparta no era en el siglo VI a.C. la ciudad sin industria, sin arte
La falange estaba apoyada por hoplitas periecos de armamento y sin literatura que nos pinta la tradición, pero se hallaba al margen
ligero y por ilotas como auxiliares. Los hoplitas espartanos se del movimiento intelectual del mundo griego.
distinguían a primera vista del resto por sus túnicas, siempre teñidas Había estado abierta a las influencias exteriores, pero a partir
de púrpura para que no se notara la sangre. del siglo VI a.C. se replegó sobre sí misma y se cerró a las
La superioridad de las tropas espartanas estribaba ante todo, en influencias extranjeras. Lentamente la vida se anquilosó. Se siguió
las cualidades físicas de sus soldados, sometidos desde la infancia a cantando a los dioses, pero con los viejos poemas. Se dejó de
entrenamiento continuo. A esto se unía un adiestramiento basado construir, y la cerámica, a partir del año 550 a.C., decayó
en el respeto a la disciplina, el sentimiento del honor y el espíritu de notablemente.
sacrificio. He aquí los frutos de una educación que tendía a formar Los motivos de un cambio tan violento se desconocen.
soldados. “Es hermoso caer en primera línea, como valiente, Es difícil hablar objetivamente sobre Esparta, pues tanto en la
combatiendo por la patria” (Tirteo, Fragmento 10). antigüedad como en nuestros días ha sido desmesuradamente
En esta exaltación del patriotismo y del deber se basaba, para admirada por unos y desmesuradamente criticada por otros.
algunos autores, la grandeza de Esparta. Lo que no podemos dejar de reconocer son las raras cualidades
de valor, disciplina y tenacidad que le permitieron imponerse como
la ciudad fuerte de Grecia.
Esparta siguió siendo el primer estado de Grecia que, por lo que
El imperialismo espartano se sepa, creó conscientemente un nuevo orden social y un sistema
político con una autoridad superior a la de cualquier individuo,
La cohesión interna del Estado fue una de las causas del poderío clase o miembro . del Estado. Algunos autores ven en ella la
de Esparta. descubridora del ideal del gobierno constitucional y, virtualmente,
Como ya dijimos, tras la conquista de Laconia los espartanos de la idea de ciudadanía que sería tomada como ejemplo en otras
invadieron a los mesenios. Hubo en Mesenia continuos levanta ciudades griegas.
mientos, pero Esparta logró someterla y la anexó en forma Esto se refiere, desde luego, al aspecto formal, porque en cuanto
definitiva. Como consecuencia, pudo incorporar nuevas tierras al contenido cada ciudad presentó formas distintas.
fértiles y distribuirlas entre los nuevos ciudadanos, acrecentándose
así el número de Iguales.
Después de sofocar continuos levantamientos en Mesenia, y
anexarla definitivamente a sus dominios, Esparta cambió su política ATENAS
tradicional. Renunció a la expansión territorial directa y procuró
reunir en torno, mediante tratados y alianzas, al mayor número de
ciudades. Surgió así la Liga del Peloponeso, los lacedemonios y sus El Atica
aliados según los textos antiguos.
Esparta extendió su influencia sobre todo el Peloponeso a
excepción de Argos y Acaya. Las ciudades aliadas no contribuían El Atica es una pequeña península situada al este del istmo de
con tributos. Solamente en caso de peligro aportaban contingentes Corinto y al noroeste del archipiélago de las Cicladas. Comprende
cuyo mando conservaban. tres tipos de regiones distintas que imponen, a su vez, modos de
Esta política le permitió a Esparta intervenir en empresas cada
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vida diferentes a sus habitantes: montaña, llanura y costa. La zona religiosas; otro, el arconte epónimo, que daba su nombre al año y
montañosa ocupa gran parte del territorio y es propicia para el guardaba para sí el poder ejecutivo; un tercero era el arconte
pastoreo y las explotaciones madereras; posee, además, importantes polemarca, que era el jefe del ejército. Los seis restantes desempe
riquezas en piedras y en metales. ñaban tareas de jueces e intérpretes de las leyes tradicionales. Los
Entre las cadenas montañosas, hay pequeñas llanuras propicias arcontes salientes pasaban-a integrar el Areópago, que constituía la
para el cultivo de la vid, el olivo, las legumbres y los cereales. suprema autoridad de la ciudad y garantizaba la permanencia del
La zona de la costa ofrece características favorables para la dominio aristocrático sobre el Estado.
instalación de puertos y, por ende, para la navegación. Una asamblea popular, con poderes muy limitados, completaba
el sistema administrativo de Atenas en el siglo VII a.C.
La lucha C O N S E C U E N C IA S
Mientras tanto los invasores avanzaban. Una multitud compues Para los persas, la derrota -s i bien im portante- no afectó el
ta por persas, medos. asirios, bactnos, partos, etiopes y gentes de poderío del imperio, que se mantuvo todavía durante mucho
otros muchos pueblos que integraban el ejército de Jerjes, se fue tiempo como la mayor potencia asiática. Sin embargo, a partir de
apoderando de Tracia, Macedonia y Tesalia, cuyos habitantes no ese momento su expansión se detuvo.
opusieron resistencia. Para los griegos las consecuencias fueron más importantes.
El plan de los espartanos era fortalecer la línea de defensa en el Grecia aseguró su independencia y mantuvo la división de las
istmo de Corinto. Los atenienses, lógicamente, no estaban de ciudades. Para defender la primera - la independencia- no había
acuerdo con ese plan, que significaba sacrificar el Atica al invasor. sido necesario renunciar a la segunda. Grecia continuó, pues,
En medio de estas discrepancias, un pequeño ejército fue dividida en cantidad de ciudades-estados.
apostado en el desfiladero de las Termopilas para interceptar al La cultura occidental, cuyo centro principal era ella, continuó
invasor. La estrechez del desfiladero favorecía a los defensores, expandiéndose.
permitiéndoles rechazar a los atacantes a pesar de su inferioridad Atenas fue la ciudad que sacó mayor provecho de la victoria.
numérica. Sin embargo, la detensa fracasó cuando, enterados por un Igualó el poderío de Esparta, que hasta ese momento había sido
traidor de la existencia de un sendero lateral, los persas pudieron muy superior. Su fuerza y prestigio aumentaron enormemente,
envolver a los defensores, atacándoles por la retaguardia. permitiéndole vivir durante el resto del siglo V a.C. su período de
El rey espartano Leónidas y los trescientos espartanos que lo mayor esplendor.
acompañaban murieron en la lucha. Su sacrificio fue un acto de
heroísmo que permitió la retirada del resto del ejército y ocasionó
grandes bajas al enemigo, pero no impidió que los persas avanzaran
como alud incontenible hasta las puertas mismas de Atenas.
La población ateniense fue evacuada a las islas próximas antes
de que los persas ocuparan la ciudad, incendiándola y destruyendo
sus monumentos.
El siguiente y decisivo encuentro se libró en el mar. Inesperada
mente, la victoria correspondió a los griegos: en el estrecho de
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formalmente, se reconocía la autonomía de cada una de las
ciudades aliadas.
L A L IG A En Délos estaba guardado el tesoro de la Liga, formado por la
contribución de los aliados. Cada ciudad suministraba hombres,
DE D E L O S Y LA barcos o el dinero necesario para organizar la flota. Para la mayoría
F O R M A C IO N DEL de las ciudades, lo más cómodo —y lo más conveniente para
Atenas— era la contribución en dinero. Los gobernantes atenienses
IM P E R IO sabían que política y militarmente era mejor que Atenas fuera la
única ciudad que contase con hombres y barcos dentro de la
A T E N IE N S E confederación, creando en los hechos una situación de dependencia
de las demás ciudades con respecto a ella.
Durante algunos años la hegemonía de Atenas fue aceptada por
sus aliados. Entonces trató de establecer, también en el continente,
CARACTERES GENERALES
la preponderancia que su flota le daba en el mar, lograr a la vez la
hegemonía política y económica.
Al finalizar las guerras médicas y durante la década siguiente, se
producen grandes transformaciones en la historia de Grecia.
Fiel a su estilo conservador. Esparta, temerosa de una revuelta LA F O R M A C IO N D E L IM P E R IO A T E N IE N S E
interna, retiró sus tropas. Mientras, Atenas persistía firme en la
guerra hasta expulsar a los persas de las ciudades jónicas. De esa
manera, el centro de gravedad político se trasladó de Esparta a Al cabo de cierto tiempo, la confederación de Délos fue
Atenas.
solamente una ficción. Atenas se sentía lo suficientemente fuerte
Este traslado del centro de gravedad a Atenas fue respaldado como para transformarla en un imperio y darle una organización
por el prestigio adquirido por esta ciudad. Además, Atenas era la
única ciudad griega poseedora de una flota poderosa, capaz de permanente a imagen suya, de manera que le procurase los
proteger a Grecia del retorno de los persas y apoyar a los griegos de beneficios resultantes de la centralización política y comercial.
Asia Menor. La decisión simbólica de transferir el tesoro de la Liga de Délos
La mayoría de las islas del Egeo y de las costas del Asia Menor a Atenas puede considerarse como el comienzo de la nueva política
decidieron unirse a Atenas y formar con ella una alianza -simma- de Atenas con respecto a sus aliados. La Liga se transformó en un
jía —con los siguientes fines: imperio, la simmajía en arké. Otra medida que aceleró el proceso de
la confederación hacia el imperio fue la supresión de las reuniones
- Hacer imposible el retorno de los persas, asegurando así la del consejo federal. Todas las decisiones, en adelante, fueron
independencia de la Grecia europea. tomadas por la Asamblea ateniense.
— Recobrar la libertad de las ciudades griegas que aún “El privilegio histórico de Atenas es el de haber sido la tierra de
permanecían en poder del imperio persa. las grandes experiencias políticas. Ella inaugura no sólo el gobierno
La Liga de Délos debe su nombre al de la isla donde asentó su directo del pueblo por el pueblo, sino también el gobierno de un
capital. Esta isla, que albergaba el santuario de Apolo, gozaba de imperio por el pueblo” .
gran prestigio entre los griegos. En el año 449 a.C., con la paz de Calias, se puso fin a las guerras
La Liga estaba organizada del modo siguiente: todas las médicas y se reconoció la autonomía de las ciudades griegas de Asia.
ciudades tenían un voto en el Consejo -syneidrión-, que se reunía Con ello la confederación perdía, al parecer, su razón de ser. El
una vez al año y en el que Atenas poseía ya una indiscutible pacto original, que unía a los atenienses y sus aliados en una guerra
supremacía. Las ciudades de la confederación le habían asignado el defensiva-ofensiva contra los persas, era un pacto dualista. Desapa
poder ejecutivo y la dirección de las operaciones de guerra, aunque, recido el peligro, se podía romper la unión. Pero la mayoría de los
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aliados fue obligada a aceptar nuevos tratados por separado, con trascendencia. En todos los casos, se aplicaba siempre el derecho
obligaciones nuevas. ateniense.
La organización del imperio, en el instante de su apogeo, es la Por último, Atenas impuso a sus aliados un sistema monetario.
siguiente: Esta medida tuvo, esencialmente, carácter político, sobre todo
En materia de administración, la Asamblea de Atenas era la porque los griegos consideraban como un rasgo de autonomía el
encargada de tomar las decisiones para todo el imperio y de fijar los tener un sistema monetario propio.
tributos. Para facilitar las recaudaciones se dividió al imperio en El estado de sujeción en que se encontraban las ciudades aliadas
cinco distritos. El tesoro de la Confederación se fusionó con el con respecto a Atenas, está caracterizado por la fórmula de
tesoro de la propia Atenas y los fondos los administró la Asamblea juramento de fidelidad que prestaron a partir del afio 450 a.C. El
ateniense. Este tesoro no solamente sirvió para mantener al ejército juramento ya no se hacía más a Atenas y sus aliados sino solamente
y la marina, que aseguraban la paz de la confederación y la sujeción al pueblo ateniense.
de los aliados, sino también para subvencionar las construcciones de
la Acrópolis.
En materia política, las revueltas internas de las ciudades
sirvieron a Atenas de pretexto para aplicar el criterio intervencio P E R iC L E S
nista e instalar en forma compulsiva un gobierno de tipo democrá
tico. Atenas instaba a la creación de gobiernos democráticos en las
ciudades, pero no aplicaba el mismo criterio en el gobierno de la Por el papel que desempeñó Pericles en Atenas durante treinta
confederación. Finalmente Atenas logró controlar el gobierno de años, en el apogeo de su historia, vale la pena que se estudien con
todas las ciudades. Gobernó para todas a través de su Ecclesia. más detalle sus ideas y sus realizaciones.
Otro medio de que se valió Atenas para ejercer el control del Pericles, a pesar de pertenecer a una familia aristocrática, actuó
imperio fue el sistema de cleruquías. Las cleruquías fueron el como jefe del partido democrático. Su inteligencia lúcida, su
último tipo de colonia griega. Lo que las distingue de las primeras elocuencia y autoridad, le dieron gran ascendiente sobre sus
colonias es que, políticamente, se integran en cierto modo a la conciudadanos, lo que le permitió ser estratego durante quince
metrópoli. Las cleruquías se consideraban parte de Atenas, y sus años.
habitantes eran ciudadanos atenienses. En sus orígenes tuvieron una E! pueblo fue sensible a su energía, de la que dio muestras tanto
finalidad estratégica, se establecieron en puntos claves sobre los que al frente de una expedición militar como al frente de la Asamblea.
Atenas deseaba tener control directo. Pero, además de esa finalidad Se dice de él que su mayor gloria fue la de haber gozado de poderes
exclusivamente militar, cumplían con un fin económico y social, al tan amplios como los de Pisístrato sin salir jamás de la legalidad.
procurar tierras a los ciudadanos atenienses de las clases inferiores. A partir de Pericles la conducción de los asuntos exteriores y la
Con Pericles, en efecto, el sistema adquirió una extensión de los asuntos interiores dejó de tratarse aisladamente. Su política
singular y se le asignaron fines nuevos; fines que sirvieron a su social en el interior y su política imperialista se prestaron mutuo
política social, proporcionando tierras a miles de ciudadanos apoyo.
atenienses. Pero, además, las cleruquías sirvieron también a su El ideal democrático es el eje de su política interior. Para él, la
política federal. Los aliados cuyas tierras eran de gran fertilidad, democracia era la igualdad de todos ante la ley y, aún más, la
debían ceder una parte para que se instalaran cleruquías atenienses. posibilidad para todos de llevar una vida decorosa. Como expresión
Otro aspecto, que suscitó resistencia, fue el de la justicia. La de la idea de Pericles de prestar ayuda a los humildes, como medio
administración de la justicia se centralizó parcialmente en Atenas. de evitar las guerras civiles en Atenas, podemos señalar la
Las sentencias de todos los procesos importantes que se ventilaban mistoforía, que les permitía desempeñar cargos públicos y ocuparse
dentro del imperio podían ser apeladas ante los tribunales de de la política de asistencia social.
Atenas, lo que suponía para los litigantes largos viajes y engorrosas A esto se le unió un vasto programa de obras que tenían como
estadías. En un principio, solamente eran juzgados en Atenas los fin procurar trabajo y embellecer Atenas al mismo tiempo. Este
delitos contra el pacto federal, pero no tardó en abarcar los casos programa, que superaba todo lo que se había realizado anterior
susceptibles de pena capital e incluso los asuntos privados de alguna mente, pronto hizo de Atenas la más bella de las ciudades.
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La magnitud de la personalidad de Pericles domina todo un
siglo, al que hoy le damos su nombre.
Muchas de sus concepciones se hallan alejadas de nosotros. Su L A S O C IE D A D
concepto de democracia fundaba la libertad y la riqueza en el
servilismo y la explotación de otros. No abandonó nunca su A T E N IE N S E EN EL
programa de hegemonía, de acrecentar el imperio para engrandecer S IG L O V a .C .
la ciudad.
Hacia el año 433 a.C., Pericles podía considerar su obra con
arrogancia. Jam ás Atenas había estado más unida ni había sido tan La sociedad, en la época de Pericles, se basaba, como todas las
poderosa; jamás su imperio había tenido tanto prestigio y le había sociedades de lá antigüedad, en la distinción entre hombres libres y
procurado tanto provecho. esclavos.
En el interior, presentaba la imagen de una democracia en la que En un total de medio millón de personas que vivían en el Atica,
aún no se conocía la demagogia, donde el Estado cumplía solamente las dos quintas partes eran libres. Había unos 40 000
generosamente con la labor de asistencia, de manera de salvaguardar ciudadanos y 60 000 metecos; exceptuando las mujeres y los niños,
la paz interna. la población esclava ascendía a 300 000 o más. Pero los hombres
En el exterior, sustentaban su poder más de 200 unidades que poseían derechos políticos y participaban en el gobierno de la
militares. ciudad no eran más que una minoría. Esta desproporción entre los
El imperialismo mantenía a la democracia a sus expensas. ciudadanos y el resto de la población privada de los derechos de la
ciudadanía, es un elemento para tener en cuenta cuando se habla de
la democracia griega, pues constituye una de las limitaciones más
R E SU L T A D O S D EL IM P E R IA L IS M O A T E N IE N S E importantes del régimen.
O B R A S DE C O N S U L T A V|
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