El Orlando Furioso PDF
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El Orlando Furioso PDF
F I HiOSO
PQ4582
A3818
kÀ
ORLANDO FURIOSO
TOMO PRIMERO
ORLANDO
m u M ;
DE LUDOVICO ARIOSTO
POR
D. A. AUGUSTO. DE BURGOS
CON 90 LÁMINAS.
-oo^oo-
TOMO PRIMERO
1850
INTRODUCCION.
FONDO EMETEWO
VALVERDEYTELLEZ
INTRODUCCION. T „
INTRODUCCION.
t r a d u c t o r del Orlando furioso, cita l o s m o t i v o s q u e
d e Orlando v d e R o d o m o n t e s o n h o y , d i g á m o s l o a s i , i n d u j e r o n al a u t o r d e e s t e i n m o r t a l p o e m a á h a c e r s e
t a n d e l d o m i n i o d e la h i s t o r i a c o m o el d e A l e j a n d r o el c o n t i n u a d o r de a q u e l , o b r a d e t r e s i n g e n i o s , t o d o s
ó el del Cid. . x ., . i n f e r i o r e s al s u y o . S u o b j e t o , d i c e Mr. d e T r e s s a n .
Ya h e d i c h o , y p o r v o l v e r á m i a s u n t o r e p i t o a q u í , f u é , ya m o s t r a r c u a n atras d e sí p o d i a dejar á s u s
q u e el p o e m a d e A r i o s t o p a r e c e s e r , y e s e n r e a l i d a d , predecesores, ya complacer á sus contemporáneos
u n a c o n t i n u a c i ó n del d e B o y a r d o . S e d u c i d o p o r l a s d a n d o un n u e v o p r e s t i g i o al g é n e r o d e p o e s í a á q u e
b e l l e z a s del Orlando innamorato, se propuso en e f e c t o l o s h a b í a n a c o s t u m b r a d o l o s e s c r i t o s d e Pulci y d e
Vriosto c o n t i n u a r e s t e p o e m a d e s d e el p u n t o d o n d e B o y a r d o , ya e n fin h a c e r s e g r a t o á l o s p r í n c i p e s s u s
lo h a b i a d e j a d o B o y a r d o ; p e r o b i e n p r o n t o , e l e v á n - s e ñ o r e s ; p u e s , b i e n q u e e l n o m b r e d e la c a s a d e E s t e
d o s e á u n a altura a d o n d e j a m a s había l l e g a d e.le l u e s e p o r sí b a s t a n t e i l u s t r e , c r e y ó A r i o s t o a u m e n t a r
s u e l t a el a u t o r d e l Furioso las r i e n d a s a s u f e c u n d a s u g l o r i a m e z c l a n d o la fábula á la v e r d a d y h a c i e n d o
y b r i l l a n t e i m a g i n a c i ó n , y deja atras al m i s m o a q u i e n d e s c e n d e r á esta familia d e R o g e r y d e B r ' a d a m a n l e ,
se habia propuesto seguir. e s d e c i r , d e Héctor y d e l o s a n t i g u o s r e y e s d e Frigia'
M a l e o María B o y a r d o , c o n d e de S c a n d . a n o y g o b e r - Yo 110 s a b r é d e c i d i r cual f u é d e e s t o s tres o b j e t o s
nador de R e g i o , reunía á una instrucción p o c o c o m ú n el q u e A r i o s t o s e p r o p u s o ; p e r o sí d i r é q u e c o n s i g u i ó
e n su s i g l o , u n ingenio culto y una afición decidida c o m p l e t a m e n t e l o s tres.
p o r la p o e s í a y l o s l i b r o s d e C a b a l l e r í a s , q u e tan e n El Orlando furioso, como obra de imaginación, es
v o g a e s t a b a n e n t o n c e s e n s u pais. A n i m a d o por el i n d u d a b l e m e n t e Ja m a s e x t r a o r d i n a r i a q u e s e ha e s -
e j e m p l o d e P u l c i y d e l c i e g o p o e t a de F e r r a r a , e m - crito jamas e n lengua alguna. Evidentemente inspi-
p r e n d i ó s u Orlando innamorato, q u e la m u e r t e le r a d o p o r el p o e m a d e B o y a r d o , el d e A r i o s t o s e l e e
i m p i d i ó c o n c l u i r . Un v e n e c i a n o , N i c o l á s Agostini, c o n placer y c o n f r u t o , aun por los que no han leido
d e s e o s o d e l l e v a r á c a b o la o b r a q u e B o y a r d o h a b í a el d e a q u e l ; p u e s t o m a d e s d e el p r i n c i p i o u n a g r a n
d e j a d o i n c o m p l e t a , l e a ñ a d i ó tres c a n t o s , m u y i n t e - p a r l e d e l o s e p i s o d i o s q u e q u e d a n s u s p e n s o s e n el
riores á los de e s t e , y publicó una primera edición de Innamorato, y e x p o n e , bien que casi siempre en
Orlando innamorato, así r e f u n d i d o y a u m e n t a d o p o r el. p o c a s p a l a b r a s , las a v e n t u r a s á q u e a l u d e , y q u e
P o c o s a t i s f e c h o d e l trabajo d e A g o s t i n i , y e s p e r a n d o c o n t i n ú a c o n un e s t i l o brillante y á v e c e s c o n u n
sacar m e j o r p a r t i d o d e la o b r a de B o y a r d o , e m p r e n d i ó colorido peculiar que las realza y las rejuvenece.
F r a n c i s c o B e r n i la r e v i s i ó n del Orlando innamorato,
Muchos sabios y literatos italianos han analizado
embelleciéndolo ademas con invenciones suyas y con el a d m i r a b l e m e c a n i s m o d e l o s v e r s o s d e A r i o s t o ,
versos mucho mas elegantes y sonoros que los de la e l e g a n c i a d e s u d i c c i ó n y la r o t u n d i d a d d e s u frase
Agostini ^ b i e n q u e , e n m a s d e u n p a s a j e , l e h i z o p o é t i c a . Inútil seria p u e s e x t e n d e r m e s o b r e e s t e p u n t o ,
p e r d e r a l g o d e l t o n o e l e v a d o y m a j e s t u o s o d e s u pri- t a n t o m a s c u a n t o q u e , c o m o d i c e Mr. Mazuy
mer autor con chocarrerías que ofenden alguna vez
á la d e c e n c i a y casi s i e m p r e al b u e n g u s t o . (*) Mr. Mazuy ha publicado en 1839 una excelente traducción
francesa del Oñando furioso, enriquecida con notas sobre los
E s t a e s , p u e s . la o b r a q u e A r i o s t o s e p r o p u s o c o n -
romances caballerescos, las tradiciones oriental®, los cantos
tinuar El p a p e l d e r e f u n d i d o r n o p o d í a c o n v e n i r a de los trovadores y las crónicas de Turpin.
u n i n g e n i o c o m o el d e A r i o s t o , y el c o n d e d e T r e s s a n ,
v m INTRODUCCION.
INTRODUCCION. IX
P o r otra p a r t e d i c h o s e p i s o d i o s , a u n c u a n d o e n sí
c o n t e n g a n un f o n d o d e d e s h o n e s t i d a d , c o m o d i c e n
l o s c r í t i c o s , e s t á n e s c r i t o s e n un l e n g u a j e p o r l o
regular decoroso, y siempre festivo, elegante y s e -
ductor.
D i c e n las h i s t o r i a s , ó p o r l o m é n o s la t r a d i c i ó n , q u e
c u a n d o Ariosto p r e s e n t ó s u o b r a c o n c l u i d a al c a r d e -
nal H i p ó l i t o , e s t e l e p r e g u n t ó d e d o n d e habia s a c a d o
tanta e s t r a m b ó t i c a ' f i c c i ó n . N o s e s a b e la r e s p u e s t a
q u e d i o A r i o s t o al c a r d e n a l , y e s p r o b a b l e q u e n o l e
d i e s e n i n g u n a , q u e r i e n d o sin d u d a g u a r d a r s u s e c r e -
to s o b r e e s t e p u n t o ; p e r o , g r a c i a s á las i n v e s t i g a -
c i o n e s h e c h a s d e s d e a q u e l l a é p o c a p o r e s c r i t o r e s de
« t e s s s J Ä . - ; d i f e r e n t e s p a i s e s , a p é n a s s e halla e n el Orlando fu-
rioso u n a sola a v e n t u r a ó u n s o l o e p i s o d i o d e a q u e -
l l o s q u e calificó el c a r d e n a l c o n u n n o m b r e q u e n o s
a b s t e n e m o s d e r e p e t i r , c u y o o r i g e n n o n o s sea c o n o -
cido.
H a n s e p u e s d e s c u b i e r t o las f u e n t e s , ó m a s b i e n
d i r é , l o s p o z o s d e d o n d e s a c ó A r i o s t o tantas y tan
extraordinarias i n v e n c i o n e s , y de cuya a g u a , las
m a s v e c e s turbia y c e n a g o s a , h i z o la l o z a n a i m a g i n a -
c i ó n d e l p o e t a un raudal i n a g o t a b l e , l í m p i d o y h a s t a
aromático.
El p o e m a de A r i o s t o p r e s e n t a e n s u c o n j u n t o una
m e z c l a singular d e v e r d a d y d e ficción, d e s u b l i m i d a d
y d e l l a n e z a , d e fe cristiana y d e i n c r e d u l i d a d , d e
rigidez y d e d e s e n v o l t u r a e n el e s t i l o . Su i m a g i n a c i ó n
arrastra s i e m p r e al p o e t a , y s u p o e m a e s la e x p r e -
sión perenne de sus impresiones y de sus afectos.
Así l e v e m o s á m e n u d o i n t e r r u m p i r u n a narración
gsass&m
patética ó una d e s c r i p c i ó n i n t e r e s a n t e , para r e c o r d a r
alguna aventura propia ó alguna idea inconexa que
se le ocurre.
S e i de G o n z a g a y o t r a s altas p r m c e s a s dama P r e c i s o e s p u e s c o n f e s a r q u e el p o e m a d e A r i o s t o
S S Ü S S S B s
e s , m a s bien q u e otra c o s a , el parto f a n t á s t i c o d e
una brillante i m a g i n a c i ó n . Esta obra llena d e b e l l e z a s
INTRODUCCfON. Xf
X INTRODUCCION.
t o c o n p r o d i g i o s a habilidad c u a n t a s c o y u n t u r a s s e l e
d e primer orden n o está e x e n t a d e algunos lunares p r e s e n t a n para intercalar e n s u n a r r a c i ó n el e l o g i o
q u e . s e m e j a n t e s á l o s q u e á v e c e s s e n o t a n e n el d e casi t o d o s l o s p e r s o n a j e s c é l e b r e s d e t o d a s l a s
r o s t r o d e a l g u n a s m u j e r e s , c o n t r i b u y e n a c a s o á dar n a c i o n e s y d e t o d a s las é p o c a s , y e n particular d e la
m a s gracia á s u s e m b l a n t e , m a s a n i m a c i ó n á s u fiso- s u y a , tan f e c u n d a e n h o m b r e s i l u s t r e s y e n m e m o r a -
n o m í a y m a s Í n t e r e s al c o n j u n t o . b l e s a c o n t e c i m i e n t o s . ¿ C ó m o era p o s i b l e q u e , al h a -
Las i n t r o d u c c i o n e s d e casi t o d o s l o s c a n t o s d e l blar d e C a r l o m a g n o y d e s u s p a l a d i n e s , d e j a s e d e
Orlando furioso s o n o t r o s t a n t o s t r o z o s de e l e v a d a citar A r i o s t o á Cárlos V , c u y a s altas p r e n d a s i n m o r -
poesía lírica, acompañados de excelentes preceptos talizaban s u n o m b r e e n un m u n d o , m i é n t r a s q u e u n
d e d i d á c t i c a ó d e m o r a l . El c o r a z o n h u m a n o , y s o b r e Cristóbal C o l o n y u n Hernán C o r l e s l e d e s c u b r í a n y
l o d o el d e l a s m u j e r e s ( q u e A r i o s t o c o n o c í a todavía l e c o n q u i s t a b a n el o t r o ? T o d o s l o s c a p i t a n e s c é l e b r e s ,
m e j o r q u e el d e l o s h o m b r e s ) , e s t á p e r f e c t a m e n t e t o d o s l o s artistas e m i n e n t e s , t o d o s l o s d e s c u b r i m i e n -
caracterizado en su p o e m a con todas sus perfeccio- t o s i m p o r t a n t e s d e la s u y a y d e l a s a n t e r i o r e s é p o c a s ,
n e s y c o n t o d a s s u s flaquezas. ¿ Q u é v i r t u d ó q u é v i - h a l l a r o n e n fin e n A r i o s t o u n s u b l i m e p a n e g i r i s t a .
c i o h a y e n la n a t u r a l e z a q u e n o s e halle v i g o r o s a y
¿Qué lectura p u e d e h a b e r m a s a m e u a y m a s i u s -
c a r a c t e r í s t i c a m e n t e p e r s o n i f i c a d o e n el Orlando?
tructiva á la v e z q u e la d e u n p o e m a d e e s t e g é n e r o ?
¿Quién p i n t ó j a m a s c o n m a s v i v o s c o l o r e s q u e A r i o s -
En a p o y o y c o m o c o m p l e m e n t o d e e s t a s lijeras
t o la f u e r z a c o r p o r a l , la g r a n d e z a d e á n i m o , la
observaciones, inserto á continuación una ñola d e
c o n s t a n c i a , el a m o r , la h o n e s t i d a d , la a r r o g a n c i a , la
Mr. Mazuy y u n a carta d e Galileo. El t e s t i m o n i o d e d o s
p u s i l a n i m i d a d y la l a s c i v i a ? C a r l o m a g n o , O r l a n d o , h o m b r e s tan c o m p e t e n t e s , u n o casi c o n t e m p o r á n e o
Reinaldo, Rodomonte, Roger, Ferragut, Sobrino, d e A r i o s t o y o t r o c o n t e m p o r á n e o n u e s t r o , p r u e b a el
A n g é l i c a , B r a d a m a n t e , Olimpia é I s a b e l , s o n t i p o s m é r i t o i n t r í n s e c o é i n c o n t e s t a b l e del p o e m a á q u e s e
tan ¡geniosamente imaginados c o m o hábilmente des- refieren.
e n v u e l t o s y b r i l l a n t e m e n t e s o s t e n i d o s . Y al citar e s -
t o s , q u e son los principales, o m i t o , por no cansar « Muchas v e c e s , d i c e Mr. M a z u y , s e ha c r i t i c a d o á
c o n la e n u m e r a c i ó n d e t a n t o s n o m b r e s , l o s d e o t r o s « A r i o s t o d e q u e s u p o e m a n o tenia ni principio ni
« fin. V e a m o s h a s t a q u e p u n t o e s f u n d a d a e s t a o b -
m i l p e r s o n a j e s q u e figuran n o b l e m e n t e e n a q u e l i n -
«. j e c i o n .
menso y sublime cuadro, y cuyos caracteres, admi-
rablemente trazados , n o se desmienten jamas. « La e p o p e y a r o m á n t i c a p u e d e c o n s i d e r a r s e e n
« Italia c o m o un m i s m o y ú n i c o m o n u m e n t o literario
E s t e , d e s p u e s d e la e l e g a n c i a d e e s t i l o y d e la l o -
« l e v a n t a d o por d i f e r e n t e s p o e t a s d e m a s ó m é n o s ha-
z a n í a d e i m a g i n a c i ó n , e s el m é r i t o m a s a p a r e n t e d e l
« bilidad, q u e o f r e c i e r o n para^su c o n s t r u c c i ó n el tri-
Orlando furioso-, y fácil e s c o n o c e r q u e c o n tales
« b u t o d e s u t a l e n t o , d e s u i m a g i n a c i ó n y d e s u tra-
elementos no p u e d e m é n o s de agradar, de intere-
te bajo. P u l c i , el c i e g o d e F e r r a r a , B o y a r d o , Ariosto
sar, d e entusiasmar este p o e m a destinado por otra
« D o l c e , A l a m a n n i , Bautista v T o r c u a t o T a s s o , y Nicolo
p a r t e á cantar h a z a ñ a s s o r p r e n d e n t e s y a v e n t u r a s
« Forliguerri, escritores todos de mérito, vinieron á
maravillosas. Añádase á esto q u e , no contento c o n
« p o r f í a cada u n o c o n u n a o b r a m a e s t r a á e m b e l l e c e r
d e s c r i b r i r l o s f a m o s o s h e c h o s y las altas p r e n d a s d e
« e s t e edificio.
los h é r o e s del siglo de Carlomagno, aprovecha Arios-
x n INTRODUCCION. INTRODUCCION. XIII
« c o r t e s p l e n a r i a s , y así se e x p l i c a p o r q u e , d e s p u e s
« de la publicación del Orlando, s e lanzó el Tasso e n
« una nueva ^ i a , m a s c o n f o r m e á la naturaleza d e su
« i n g e n i o , así c o m o á s u s d e s e o s , á las ideas y á l o s
« p r o y e c t o s d e sus c o n t e m p o r á n e o s . La literatura
« italiana debe gloriarse d e esta r e s o l u c i ó n . Tratando
« a s u n t o s d i f e r e n t e s , han c o n s e r v a d o el Ariosto y el
. que haya quien ^ f ^ ^ l Z ^ r .
« T a s s o su r e n o m b r e d e g r a n d e s p o e t a s ; la fama
« del u n o habría i n d u d a b l e m e n t e perjudicado á la del
« respondería sin duda Anosto y . i e hoy lo « otro.
« q u e c o n t e s t ó á Fulgos.o ( c a n t o L l l , o c t a v a s XX y « El estudio del Orlando furioso será e t e r n a m e n t e
« s i g u i e n t e s ) , y á fe q u e lo aprobaran l o s q u e « precioso para la historia d e la poesía. Este p o e m a
« sublime, modelo de gusto y de elegancia, no e s
" ^ O r l a n d o furioso debe ser ^ ^ ^ « m e r a m e n t e u n r e s ú m e n d e brillantes e x t r a v a g a n -
« magnífico f r a g m e n t o d e la e p o p e y a c a ^ l e r e . c a « cías, d e p o é t i c o s caprichos, d e s e d u c t o r e s e n s u e ñ o s .
« f r a g m e n t o q u e reclamaba el c o n c u r s o d e otros « La obra d e A r i o s t o , bajo u n exterior l i j e r o , frivolo
I destinados ^ c o m p l e t a r el edificio •, p e r o s u s autores « e n apariencia, encierra las m a s sérias i d e a s , las
« s e han q u e d a d o á gran distancia d e A n o s t o . U n o o l o , « m á x i m a s m a s p r o f u n d a s y l o s m a s instructivos e p i -
« T o r c u a t o T a s s o , habría p o d i d o concurrir digna- « s o d i o s . El Ariosto reviste d e n u e v a forma las viejas
n t e á e l l o ; m a s d e s p u e s d e haberse e n s a y a d o « tradiciones y las antiguas l e y e n d a s ; y sabido e s
« e n s u Reinaldo, c o n o c i ó , j o v e n todavía, cuan iatal « q u e e s t a forma e s t o d o e n las obras d e imaginación.
L i a serle la lucha c o n Ariosto sobre u n asunto « Ella c o n s t i t u y e la originalidad, revela el g e n i o p o é -
< semejante al q u e e s t e habia e s c o g i d o Por otra parte « tico, y acaba por ser el titulo d e gloria mas p o s i t i v o
as divertidas l e y e n d a s d e Caballerías, atribuida « d e t o d o g r a n d e artista y d e t o d o distinguido escri-
« al reinado d e C a r l o m a g n o , ocupaban p o c o ya l o s « tor. Las m i s m a s ideas y l o s m i s m o s h e c h o s s u e l e n
á n i m o s á fines del siglo X V I ; p u e s , tal f u e e^ n u m e r o « reproducirse á la vuelta d e un cierto n ú m e r o de-
« de i n g e n i o s a d o c e n a d o s q u e s e p r e s e n t a r o n a la « a ñ o s , miéntras q u e la forma q u e l e s da el poeta
k p a l e s t r a , q u e el p ú b l i c o , f a t i g a d o . acabe. por p r e - « n o s e r e p r o d u c e jamas.
« ferir á los terribles g o l p e s d e las espadas d e l o s « Las g r a n d e s p r o d u c c i o n e s del i n g e n i o h u m a n o
« paladines las hazañas d e l a época m a s r e c e n t e d e x tienen siempre una tendencia e n q u e n o suele hacer
« l o s cruzados-, y esto c o n tanta m a s r a z ó n , c u a n t o « alto el v u l g o , p e r o q u e los e n t e n d i m i e n t o s c o n -
« q u e , tratándose e n t o n c e s d e hacer la guerra a l o s « templativos no tardan en penetrar. Tales trabajos,
« infieles q u e amenazaban á E u r o p a , cada cual q u e n a « n o b l e s por la i d e a , i n m e n s o s por los resultados,
« conocer las p r o e z a s d e G o d o f r e d o y d e sus g u e r r e - « s o n una mina f e c u n d a , u n manantial inagotable d e
« r o s , tantas v e c e s v e n c e d o r e s d e aquellos m i s m o s « d e s c u b r i m i e n t o s para el h o m b r e v e r d a d e r a m e n t e
« infieles. C a r l o m a g n o , s u sobrino R o l d a n , s u s pares « observador. Su importancia c r e c e á m e d i d a q u e los
« y sus paladines s e v i e r o n p u e s r e l e g a d o s e n s u s
« s i g l o s se a m o n t o n a n sobre los a c o n t e c i m i e n t o s , . « son las circunstancias q u e e n n o b l e c e n este a m o r !
. sobre l o s n s o s y sobre las c r e e n c i a s , conservando « ¡qué heroicas las empresas á q u e esta pasión e x -
« d e estos a c o n t e c i m i e n t o s , de estos usos y de estas « cita! ¡qué interesante la agitación en que pone á
« l o s personajes! Allí sí q u e se v e n pintados c o n
« c r e e n c i a s , un r e c u e r d o q u e e s s u misión perpetuar
« exactitud t o d o s los arrebatos de los zelos ,.Ios re-
« e n la memoria d e los p u e b l o s . »
c u e r d o s del bien p e r d i d o , las q u e j a s , la d e s e s p e -
« ración de un alma destrozada por las infidelidades
« d e que acusa á un a m a n t e ; pero ; oh amor s u b l i m e !
« una m i r a d a , un s u s p i r o , una sola palabra de R o -
CARTA D E GAIILEO « ger, basta para calmar el tierno corazon de su ado-
« rada. ¿Y quién hay q u e no eche de ver la frialdad
AL SEÑOR FRANCISCO R1MUCCINI.
« y la falta d e originalidad del retrato de Armida y
« de los medios á q u e apela esta poderosa maga para
« No sé e n q u e caso seré mas reprensible , si guar-
« r e t e n e r á Beinaldo? ¿ P u e d e por ventura fijar la
« dando el silencio con V. S. ó si escribiéndote siu
« atención esta débil copia comparada con el cuadro
« e x p o n é r t e l a s razones q u e determinan m i p r e f e r e n -
« l l e n o de gracia y de energía que hace al corazon y
« cia entre n u e s t r o s dos g r a n d e s poetas heroicos. Mi
« al entendimiento partícipes de l o s encantos que á
« d e s e o seria o b e d e c e r y contentar al m i s m o tiempo
« Roger detienen en los jardines d e Alcina?
« á V S., lo q u e me hubiera sido m a s fácil a no h a -
« b é r s e m e extraviado por una desgraciada casualidad « Imposible es asimismo negar, c o m o ya se ha d í -
« un ejemplar del Tasso, al m a r g e n del cual había yo, te c h o , que los m o t i v o s de la discordia q u e s e levanta
« hecho varias apuntaciones. Durante un ano me h e « entre los caudillos d e Godofredo son hasta p u e n -
« entretenido en cotejar l o s mas b e l l o s pasajes de e s - te l e s , comparados con los que siembran l a c o n f u s i o n
« tos dos p o e m a s , y sobre todo l o s q u e entre si P u e - « y la muerte entre l o s sarracenos. Ningún suceso
« den c o m p a r a r s e , y confieso que el A n o s t o lleva , « i m p o r t a n t e nace d e la primera; miéntras que el
« en mi c o n c e p t o , ventaja al Tasso en el n u m e r o y « d e s p e c h o y la partida de B o d o m o n t e , la muerte d e
« e n la gracia de e s t o s diferentes pasajes. La tugí « Mandricardo, las heridas y la inacción forzada d e
, de Angélica, por e j e m p l o , m e parece mejor p i n « Boger, la desaparición d e Marfisa y de Sacripante.
« tada q u e la de Herminia. R o d o m o n t e , e n medie « son c o n s e c u e n c i a s del furor q u e ha provocado la
« de P a r í s , m e causa m a s impresión q u e Reinaluc « discordia y la causa que prepara la llegada de Bei-
« cuando entra en Jerusalen. No se p u e d e m é n o s d i « naldo y la ruina entera del ejército de Agramante.
« c o n f e s a r q u e entre la horrenda discordia nacida
« ¿ Quién hay que p u e d a dejar d e admirar el ca-
« en el c a m p o de Agramante y las insignificantes
« rácter indómito de Marfisa, q u e , s i e m p r e pronta á
« discusiones q u e se levantan en el campo d e Godo-
« rehusar toda e s p e c i e de a u x i l i o , n o cuenta con otro
f e lo - hay la diferencia que existe entre lo sublime
« apoyo q u e el de su brazo y de su valor? ¿Quién r.o
« v l o m e d i a n o . Los amores de Tancredo por Hermi-
« verá con asombro el esfuerzo y la generosidad de
« ñia m e p a r e c e n insustanciales y f r i o s , c o m p a r a -
«Mandricardo, c u a n d o deja á Zerbino espirando
« dos c o n los d e Roger y Bradamante. ¡Cuan g r a n d e s
« entre los brazos de Isabel? Pero ¿qué mas alta
XVI INTRODUCCION.
« i d e a s e p u e d e c o n c e b i r d e u n h é r o e , q u e la q u e
« d a n de R o g e r l a s v i r t u d e s y l a s p r o e z a s q u e el p o e t a VIDA DE ARIOSTO.
« l e a t r i b u v e , y h a s t a las f a c c i o n e s c o n q u e n o s p i n t a
« s u s e m b l a n t e ? ¿ Q u é n o p o d r é d e c i r del c o n t r a s t e
« q u e c o n la v i r t u o s a firmeza d e O l i m p i a , d e Isabel
« y d e D r u s i l a , f o r m a n la p e r f i d i a d e G a b r i n a , l a s Nació Ludovico Ariosto en Regio de Módena, á 8 de s e -
« t o r p e s i n f i d e l i d a d e s d e Origile y la i n c o n s t a n t e v e r - tiembre de 1W4, de Nicolás Ariosto, gobernador de dicha
« satilidad d e D o r a l i c e ? ciudad, y de la bella y noble Daría Malaguzzi. Mas de un
« Cuanto m a s m e e x t i e n d o s o b r e e s t e a s u n t o , m a s siglo hacia que estaba avecindada en Ferrara esta familia,
« convencido q u e d o de que habria m u c h o que decir oriunda de Bolonia, cuando vino al mundo el hombre e x -
« s o b r e é l : e s t o n o o b s t a n t e , p o r n o fatigar v u e s t r a traordinario q u e , desde su infancia ( i ) , dió evidentes seña-
« a t e n c i ó n , p o n g o fin á e s t a c a r t a , e n la c u a l c r e o n o les del ingenio que debia hacer su fama tan duradera como
« haber dicho cosa que no sea suficientemente c o n o - sus escritos.
cí c i d a d e c u a n t o s h a n l e i d o l o s d o s a u t o r e s . » Cargado de familia, y no poseyendo una fortuna propor-
Al c o n c l u i r e s t a s o b s e r v a c i o n e s , n o p u e d o m e n o s cionada á su alto nacimiento, y á los importantes destinos
d e h a c e r u n a i m p o r t a n t e s o b r e la carta d e q u e a c a b o que siempre ocupó (2), quiso su padre hacer seguir «i n u e s -
d e dar la t r a d u c c i ó n . G a l i l e o , á m i m o d o d e v e r , s e tro poeta la carrera de la magistratura: pero é l , que tenia
una invencible repugnancia por los Códigos y las Pandectas,
m u e s t r a e n ella d e m a s i a d o s e v e r o c o n r e s p e c t o al
al paso que una afición extraordinaria por las bellas artes y
Tasso, y emite una opinión que n i n g ú n escritor antes
la poesía, abandonó aquellos estudios por entregarse a u n a
ni d e s p u e s d e él s e ha a t r e v i d o á f o r m u l a r d e u n a
vocacion que á tan altos destinos le llamaba; y , bajo la di-
m a n e r a tan c a t e g ó r i c a . Yo n o c r e o q u e , para h a c e r rección del célebre humanista Gregorio Espoleto, hizo en
del A r i o s t o el e l o g i o q u e m e r e c e , s e a n e c e s a r i o a t a - poco tiempo sorprendentes adelantos en las lenguas anti-
car la j u s t a c e l e b r i d a d del a u t o r d e la Jerusalen liber- g u a s , y compuso en jatiu varias oraciones y poesías, que
tada. E n t r e e s t e p o e m a y el Orlando furioso, la b a - merecieron la aceptación de las personas á cuyo juicio las
l a n z a e s t á t o d a v í a e n el a i r e , y e s t e e s el m a y o r
e l o g i o q u e d e a m b o s s e p u e d e h a c e r . Las s i m é t r i c a s (1) Cuenta Jerónimo Garofalo que, apenas entrado en la
p r o p o r c i o n e s del p r i m e r o j u s t i f i c a n su n o m b r e d e adolescencia, compuso Ariosto y pronunció en público, con mola o
é p i c o , m i é n t r a s q u e la g r a c i a , la originalidad y la de la apertura de los cursos de Ferrara, una oracion latina
cuyos altos conceptos y elegante estilo excitaron la admiración
riqueza de i m á g e n e s y d e episodios hacen del se-
del público inteligente de aquella ciudad. Fornari añade que fue
ííu n d o , é p i c o ó n o , el p o e m a m a s a d m i r a b l e , y s o b r e
tanta la fama que valió al joven Ariosto esta oracion, que todos
l o d o mas entretenido, que se ha publicado jamas. los padres le citaban á sus hijos como el modelo que debían se-
guir.
(2) Nicolás Ariosto, padre de Ludovico, reunía al cargo de
capitan ó gobernador de Módena y de Regio los de mayordomo
mayor de los duques Borso y Hércules I , padre de Hipólito y de
Alfonso, y de juez del tribunal supremo de Ferrara. Sin per-
juicio de estos destinos, desempeñó varias misiones importantes
cerca del papa, de Francisco i y del emperador Carlos V.
XVI INTRODUCCION.
« i d e a s e p u e d e c o n c e b i r d e u n h é r o e , q u e la q u e
« d a n de R o g e r l a s v i r t u d e s y l a s p r o e z a s q u e el p o e t a VIDA DE ARIOSTO.
« l e a t r i b u v e , y h a s t a las f a c c i o n e s c o n q u e n o s p i n t a
« s u s e m b l a n t e ? ¿ Q u é n o p o d r é d e c i r del c o n t r a s t e
« q u e c o n la v i r t u o s a firmeza d e O l i m p i a , d e Isabel
« y d e D r u s i l a , f o r m a n la p e r f i d i a d e G a b r i n a , l a s Nació Ludovico Ariosto en Regio de Módena, á 8 de s e -
« t o r p e s i n f i d e l i d a d e s d e Origile y la i n c o n s t a n t e v e r - tiembre de 1W4, de Nicolás Ariosto, gobernador de dicha
« satilidad d e D o r a l i c e ? ciudad, y de la bella y noble Daría Malaguzzi. Mas de un
« Cuanto m a s m e e x t i e n d o s o b r e e s t e a s u n t o , m a s siglo hacia que estaba avecindada en Ferrara esta familia,
« convencido q u e d o de que habria m u c h o que decir oriunda de Bolonia, cuando vino al mundo el hombre e x -
« s o b r e é l : e s t o n o o b s t a n t e , p o r n o fatigar v u e s t r a traordinario q u e , desde su infancia ( i ) , dio evidentes seña-
« a t e n c i ó n , p o n g o fin á e s t a c a r t a , e n la c u a l c r e o n o les del ingenio que debia hacer su fama tan duradera como
« haber dicho cosa que no sea suficientemente c o n o - sus escritos.
cí c i d a d e c u a n t o s h a n l e i d o l o s d o s a u t o r e s . » Cargado de familia, y no poseyendo una fortuna propor-
Al c o n c l u i r e s t a s o b s e r v a c i o n e s , n o p u e d o m e n o s cionada á su alto nacimiento, y á los importantes destinos
d e h a c e r u n a i m p o r t a n t e s o b r e la carta d e q u e a c a b o que siempre ocupó (2), quiso su padre hacer seguir «i n u e s -
d e dar la t r a d u c c i ó n . G a l i l e o , á m i m o d o d e v e r , s e tro poeta la carrera de la magistratura: pero é l , que tenia
una invencible repugnancia por los Códigos y las Pandectas,
m u e s t r a e n ella d e m a s i a d o s e v e r o c o n r e s p e c t o al
al paso que una afición extraordinaria por las bellas artes y
Tasso, y emite una opinión que n i n g ú n escritor antes
la poesía, abandonó aquellos estudios por entregarse a u n a
ni d e s p u e s d e él s e ha a t r e v i d o á f o r m u l a r d e u n a
vocacion que á tan altos destinos le llamaba; y , bajo la di-
m a n e r a tan c a t e g ó r i c a . Yo n o c r e o q u e , para h a c e r rección del célebre humanista Gregorio Espoleto, hizo en
del A r i o s t o el e l o g i o q u e m e r e c e , s e a n e c e s a r i o a t a - poco tiempo sorprendentes adelantos en las lenguas anti-
car la j u s t a c e l e b r i d a d del a u t o r d e la Jerusalen liber- g u a s , y compuso en jatiii varias oraciones y poesías, que
tada. E n t r e e s t e p o e m a y el Orlando furioso, la b a - merecieron la aceptación de las personas á cuyo juicio las
l a n z a e s t á t o d a v í a e n el a i r e , y e s t e e s el m a y o r
e l o g i o q u e d e a m b o s s e p u e d e h a c e r . Las s i m é t r i c a s (1) Cuenta Jerónimo Garofalo que, apenas entrado en la
p r o p o r c i o n e s del p r i m e r o j u s t i f i c a n su n o m b r e d e adolescencia, compuso Ariosto y pronunció en público, con mola o
é p i c o , m i é n t r a s q u e la g r a c i a , la originalidad y la de la apertura de los cursos de Ferrara, una oracion latina
cuyos altos conceptos y elegante estilo excitaron la admiración
riqueza de i m á g e n e s y d e episodios hacen del se-
del público inteligente de aquella ciudad. Fornari añade que fue
ííu n d o , é p i c o ó n o , el p o e m a m a s a d m i r a b l e , y s o b r e
tanta la fama que valió al joven Ariosto esta oracion, que todos
l o d o mas entretenido, que se ha publicado jamas. los padres le citaban á sus hijos como el modelo que debían se-
guir.
(2) Nicolás Ariosto, padre de Ludovico, reunía al cargo de
capitan ó gobernador de Módena y de Regio los de mayordomo
mayor de los duques Borso y Hércules I , padre de Hipólito y de
Alfonso, y de juez del tribunal supremo de Ferrara. Sin per-
juicio de estos destinos, desempeñó varias misiones importantes
cerca del papa, de Francisco I y del emperador Carlos V.
XVni VIDA DE ARIOSTO.
sometió. Privado á poco de la compañía y de las lecciones de varios importantes encargos, que este desempeñó siempre
su docto y apreciable preceptor (1), y profundamente afligi- con acierto y casi siempre con felicidad.
do de esta separación, dejó Ariosto de ser discípulo para ser Esta y casi todas las particularidades de su vida se hallan
maestro; y, entregado á sus propias inspiraciones, compuso consignadas en s u s Sáliras, e n s u s Cupiloli, e n sus Carmi-
algunas comedias ó farsas, como él mismo las llamaba (2), na \ aun en su Orlando furioso. En estos diferentes escri-
que se entretenía en representar con sus hermanos. Mas tos relata lo que hasta aquí llevamos dicho, describe la
tarde dió sucesivamente á luz varias sátiras, sonetos , batalla naval dada poco despues por el cardenal Hipólito,
madrigales y otras composiciones, ya italianas,,ya latinas, que mandaba la escuadra dirigida contra Venecia, y refiere
de que la mayor parte se conservan todavía, y que son como el resultado de los dos viajes que á Roma hizo con el objeto
otras tantas piedras preciosas, engarzadas en la brillante co- de entablar negociaciones con el papa Julio II, y su partida
rona que orna las sienes del ilustre Cantor de Angélica y de definitiva de aquella ciudad despues de haber estado á pun-
to de verse arrojar al Tíber por orden del belicoso pontífice,
Roldan. , altamente irritado de la fidelidad que mostraba el duque
Joven todavía, perdió Ariosto en poco tiempo a su padre (o) Alfonso, hermano de Hipólito , á la liga de Cauibray.
Il
y á su tioy protector Pandolfo. Viéndose sin patrimonio (a),
De vuelta de este viaje se retiró Ariosto á Ferrara, su
y único apoyo de su madre y de sus nueve hermanos,
patria, y allí, deseoso de pagar á su protector un debido
todos menores que é l , entró al servicio del cardenal Hipólito
tributo de elogios, se dedicó casi exclusivamente á la com-
de Este, con quien le unian, aunque de lejos , relaciones de
posicion del célebre poema en que se proponía inmortalizar,
parentesco (h). como lo hizo, el nombre de la casa de Este. Este poema,
Era Hipólito hombre de demasiado talento para descono- empezado en tercetos, fué luego puesto en octavas; y , con-
cer el del joven Poeta, que tantos títulos tenia á su aprecio tinuado con perseverancia durante diez años, pudo v e r l a
y á su protección; y , deseoso de estimular y de utilizar al luz pública en abril de 1515.
mismo tiempo las bellas disposiciones de Ariosto, le confió
Cuéntase (pie, cuando terminado este poema, compuesto
entonces de íiO cantos, se presentó Ariosto para ofrecerlo al
(1) Nombrado por Isabel, duquesa de Milán, ayo de su hijo
cardenal Hipólito, e s t e l e interrumpió , diciendo: « Messer
Francisco Sforza, partió Gregorio de Espolelo con esta princesa
Ludovico , ¿ dove avele preso tante ?» expresión q u e
y su hijo , y permaneció en Francia durante todo el tiempo del
cautiverio de estos en la corle de Luis X I I . no debe interpretarse en el sentido que muchos le dan, sino,
( 2 ) De estas comedias ó farsas era la mas notable la que com- como dice Mr. Artaud, en el de «invenciones estrambóticas,
puso arreglando pararla escena la fábula de Tisbe. del otro mundo, ideas que á nadie se ocurren, chistosas lo-
(3) Ariosto perdió á su padre en febrero de 1800, es decir á la curas y entretenidas extravagancias. »
edad de 2 5 años y medio, y no de 2 ' i , ni de 2 7 , como pretenden Tanta fué la reputación que valió este poema á su autor ,
algunos autores. que Juan de Médicis , que con el nombre de León X suce-
(k) No es enteramente exacto decir sin patrimonio, pues al- dió á Julio II en la silla de san Pedro, y que, como todos lo-
guno le habia dejado su padre; pero la repartición entre tantos
príncipes de la casa de Médicis , dispensaba su inteligente
hermanos y las reclamaciones de algunos parientes y extraños
protección á las letras y á las artes , hizo mas de una tenla-
le suscitaron tantos y tan desagradables litigios, que no solo le
' iva para atraerle á s í ; pero Ariosto , fiel siempre á la amis-
impidieron llegar nunca á disfrutar de este patrimonio, sino
que le hicieron gastar, por tratar de conservarlo, mucho mas tad que le dispensaba Hipólito, se negó á escuchar toda
de lo que él valia. pro posicion sobre este punto.
(5) Obiro I I I , marques de Ferrara y principe de la ilustre No falta, á pesar de e s t o , quien afirme que el Autor del
familia de Este, habia casado con la bella Lipa Ariosto, muerta Orlando desmereció mas tarde de esta amistad; y él mismo
en 13*17.
x x VIDA DE ARIOSTO.
de su madre, y la necesidad de cuidar de ella y de sus her-
n i r e c e convenir en e l i o , formulando mas de una vez quejas manos. En la primera de sus sátiras están consignadas estas
amargas j liasta ofensivas contra su protector ( l ) ; pero estas y las demás razones que le impedían alejarse de Ferrara ; y
quejas, lejos de parecer serias y fundadas, presentan el ca- , si bien esta sátira contiene, como hemos dicho, algunas ex-
rácter de las que hace un niño mal c r i a d o al padre que le presiones poco respetuosas hácia su protector, fácil es co-
mima, el dia que este trata de recobrar sobre él la superio- nocer que fueron dictadas por él carácter descontentadizo
ridad que le i»a quitando el exceso mismo de s u canno de un mozuelo mimado, y quizá también por el deseo de
Otros alegan, para sostener aquella aserción q u e cuando a mostrar al cardenal que , al ofrecerle sus servicios y al con-
principios del año 1518 manifestó el cardenal H>P°hto a t - sagrarle su pluma, no habia entendido en manera alguna
iesto su deseo de que le acompañase a abdicar su libertad. Por otra parte , sabido es que Ariosto
n c ó à seguirle ; pero no lo lúzo sin dar excelentes razone,, cifraba su felicidad en las dulzuras de la vida sedentaria ( t ) ,
á saber : el precario estado de s u salud (2), la edad avanzada y que sentía por los viajes una aversión decidida, circunstan-
cia notable, como dice Mr. Mazuy, en un escritor que tanto
(1) En su sátira primera, dirigida « su pariente Alejandro hacia viajar á sus personajes. De cualquier modo que s e a ,
Ariosto y à Ludovico de Bagno, dice Ariosto : Ariosto , que tenia razones plausibles para no alejarse de
Ferrara, destruye en la misma sátira, con expresiones de
Ma se a volger di nuovo avessi al subbio
admiración y de gratitud(2), la acrimonia de las quejas que
Li quindici anni che in servirlo ho spesi,
Pasar la Tana ancor non starei in dubbio.
le hace exhalar un momento de mal humor, y claro e s -
Se avermi dato onde ogni quattro mesi tá que este mal humor es pasajero, pues solo en alguna que
Ho venticinque scudi, ne si fermi otra de sus sátiras y de sus cartas se ven expresiones que lo
Che molte volte non mi siati contesi, revelan, mientras en el Orlando, que fué el trabajo de toda
Mi debbe incatenar, schiavo tenermi,
Obligarmi eh' io sudi e tremi senza
(1) En la sátira tercera, dirigida á Aníbal Malaguzzo, dice
Rispetto alcun, ch'io moja, o ch'io m'infermi,
Ariosto :
\on gli lasciate aver questa credenza;
Ditegli che più tosto di esser servo A me piace abitar la mia contrada.
Visto ho Toscana, Lombardia, Romagna,
Torrò la povertadc in pazienza.
Quel monte che divide e quel che serra
Or, conchiudendo, dico che se l'sacro Italia, e un mare e l'altro che la bagna.
Cardinal comperato aver me stima Questo mi basta ; il resto de la terra
Con li suoi doni, non mi è acerbo ed acro Senza mai pagar l' oste andrò cercando
Renderli e lor la libertà mia prima. Con Tolomeo, sia il mondo in pace o in guerra.
E lutto il mar, senza far voti quando
(2) En la misma sàtira dice Ariosto para explicar su dene- Lc.mpeggi il del, sicuro in su le carte
Vedrò più che su i legni volteggiando.
gación « acompañar á Hipólito en su viaje a Hungría :
mmsm
mento de caballería, dio Ariosto con un célebre cabecilla llamado
Pacchione, el cual, seguido de pocos y no riendo medio olijitno
de salvarse, reetnrió á un ardid que debia surtir mejor efecto
que una desesperada é inútil resistencia. Preguntando por el
seis reales cada uno, imponiéndole la obligación av
gobernador,se adelanta Pacchione hacia ¿I; y con el gorro en la
á mas de ocho. mano empieza á recitarle con la mayor sangre fria dos ó tres
(3) Ile a qui corno se explica Ariosto :
de las mas graciosas octavas del Orlando. Ariosto desarmado y
. . 0 voi, signor, levarmi satisfecho, perdona y pone en libertad á Pacchione, que evita
Dovete di bisogno, 0 non v' incresca con este ardid la muerte que merecía.
Ch' io v a d a altra pastura a procacci irmi.
VIDA DE ARIOSTO. VIDA DE ARIOSTO x x v
XXIV
De todas estas damas es la mas digna de mención la que le la aversión que hemos dicho que tenia á los viajes, fué sin
dio dos hijos. llamados Juan Bautista y Virginio. El primero duda la que le determinó poco despues á rehusar el car.ro
de ellos ( l ì siguió la carrera de las armas, y el segundo, en- que le ofreció el duque de Ferrara de embajador suyo cerca
f r a n j o con glandes protecciones en la de lalglesia,y est,mu- del papa Clemente VII.
do por el ejemplo y los preceptos de su padre, c u l t , o 1 Semejante en esto á todos los hombres que reúnen á un
lado de este y con gran fruto las bellas letras y aun ljj poes.a. corazon sensible un ingenio culto y una imaginación apasio-
nada, sintió Ariosto, durante la mayor parte de su vida,
inextinguible sed de amor. Sabemos que fué inconstante •
pero también sabemos, ó al ménos nos es permitido infe-
rirlo , que mas de una vez le dió graves motivos de queja el
someterse durante sns verdes años al j u g o del m a t n m o n o al bello sexo, cuyas virtudes se complacía en preconizar. Su
cual se plegó sin embargo mas tarde, casando e » s e c r e t o instinto natural le impelía á hacerlo, como lo prueban un sin-
c o í A l e a r a Bennuci , viuda de Tito, lujo del.eone.do número de pasajes de su Orlando furioso; pero, ya fuese
impelido por un resentimiento pasajero, ya por una convic-
Strozzi, noble ferrarés. nr„
ción mas ó ménos profunda de la inconstancia ó de la perfi-
Asi se explica la obstinación con que en d f e r e n t e oca
dia de algunas mujeres , le vemos prorumpir de cuando en
siones se negó á acceder á las instancias del duque de Fer-
cuando en invectivas, ó presentar en cuadros, por lo gene-
:ra d d sumo pontífice Leon X, ^ e le exhortaban a en rar
ral graciosos, escenas en q u e , casi á su pesar, se escapa la
en las órdenes á fin de poder colmarle de beneficu» ?
biel de su apasionado corazon. Esto no obstante, fácil es ver
varíe á los mas altos honores de aquel, en aquella epoca
que Ariosto se inclina siempre á hacer el elogio del bello
tan honroso y lucrativo estado (5). La misma causa, unida a
sexo. Díganlo Bradamanle, Marfisa, Isabel, Olimpia, Ginebra
f(1 Nirnuna otra particularidad se conoce de la vida de este y tantas otras hembras que creó su elegante pluma y de quie-
primer h[o l Ariosto. Pomari y Garofalo afirman que fue nes hizo tipos de todas las virtudes, realzadas por el amor.
educado por los parientes de su madre.
Aunque no muy avanzado en años todavía, sintió Ariosto
X ) A Í resulta de un instrumento auténtico de
en los últimos de su vida apagarse algún tanto el fuego que
hecho por el cardenal Lorenzo Lampeggi, en el cual se d,ce
TnrgZo Ariosto, de edad de veinte y un años, Mi» *
hasta entonces le había consumido, v , cual Horacio en su
¡olí" o, y de Ursula.... también soltera; cuyo apelhdo y demás casita de Tíbur, retirado en una que hizo construir en Fer-
rara (1), se dió á una ocupacion cuyos atractivos no sospe-
circunstancias se callan, honestatis causa.
r ) Ariosto se negó constantemente á abrazar el estado ecle- (1) Ariosto empezó á fabricar esta casita en el sitio donde se
siáftico, pero sin del nunca el impedimento ^enteqiiepara hallaba la de Hércules Pistoya, á quien se la compró el dia 50
hacerlo tenia ; y ocultándolo y engañando, digámoslo as,, al de junio de 1S26. El 2 de enero de 1328 compró del mismo Pis-
lmblico y quizá á sí mismo , decía : toya otros terrenos contiguos, de los cuales hizo un huerto,
Se a perder s' ha la liberta, non stimo donde pasaba, cultivando /lores, todo el tiempo que no daba á
Il più bello cappcl che in Roma sia. sus ocupaciones literarias. La afición que tomó al estudio ó mas
bien á sus experiencias de botánica, le sugirieron la- idea de fijar
Esta declaración refuta la aserción de algunos autores que
allí su residencia, y entonces fué finalmente cuando se decidió d
J e de i que Ariosto tuvo siempre secreto su matrimonio poi hacer concluir dicha casa, que existe todavía y sobre la cual se
lo v e Z beneficios eclesiásticos de que disfrutaba. Lejos de se lee el siguiente dístico :
lsi Ariosto rehusó, como hemos dicho y como lo p r u e b a n e o,
lersoi las ofertas de Leon X y de Clemente VII y el muco favo Parva, sed apta mihi, sed nulli obnoxia, sed non
jwe del primero de es,os pontífices aceptó, fue la exención del Sórdida, parta meo sed tamen cere, domus.
pago de la mitad de una bula que de el obtuvo. que, habiendo estado borrado durante mucho tiempo, fué resta-
b
VIDA DE ARIOSTO. VIDA DE ARIOSTO.
XXVI XXVII
ché hasta'aqael ftia. Entregado á la botánica cotíi el mismo sienes de Petrarca, sucumbió Ariosto en Ferrara el diafi d.»
ardor con q u e habla vivido h a r t a entonces cn eg d a a , jamo de 1553, de edad de 58 años, á una irritación de estó-
musas nasaha las h o r a s y los dias enteros en su h u e r t o , mago (t) producida por el exceso del trabajo á que en los
p l a n t a ñ d o ^ a m n c a n d o y v L i e n d o á plantar floresf « os anos anteriores le condenara el deseo de terminar su poe-
había pasado toda s u vida haciendo, borrando y v o l u e m h ma de cua puede con verdad decirse que, conduciéndolo
diez veces á hacer s u s t e r s o s , q « e c o m p o m a con suma dih al sepulcro, le condujo á la inmortalidad.
cuitad y de q u e rara vez se mostraba satisfecho ( l ) . A su memoria elevaron sus conciudadanos un monumento
En este tiempo, es decir en los postreros anos de « v a, en a lg esia de los monjes benedictinos, donde fué enterra-
dio Ariosto la última mano á su Orlando urwso ^ e
m, do >m * n i é I l o p o s l e n l a c i o n . y ] a s M u s a s d e ( o d a s i a § n a c ¡ o _
quecido con varios nuevos episodios, salió a t u r e n 46 canto nes cultas coronaron de flores aquel modesto y retirado
en octubre de 1852 (2). Esta publicación vaho á su ai (o, o mausoleo. Su hermano Gabriel formó el proyecto de erigirle
mavores elogios de parte del emperador Carlos V, de los d "no mas proporcionado á su mérito y al cariño que le "pro-
ques de Milán y de Ferrara, d é l a república de V e n c c ^ dd feso; pero sus fuerzas no correspondieron á sus deseos Vir-
papa Clemente VM, del marques de Guast de toda la noblee gin,o también trató de trasladar los restos de su ilustre pa-
ilustrada corte de ürbino, de los cardenales^Gonzag _ dre a una capilla que con este objeto construyó á la entrada
nesio Salviati. Bibiena y Campeggi, d e B e m b o delicia de su propia casa bácia la parte del jardin; pero los monjes
n o , dé lodos ¿ h o m b r e s en fin de ingenio , r T j f c j t a t o d s e negaron á desprenderse de su sagrado y precioso depósi-
aquella época, d é l a mayor parte de los c u a l e s h a b í a l a r e o (2). Cerca de medio siglo hacia que descansaban en aque-
cibido antes de aquel dia testimonios irrecusables de bene lla humilde sepultura las cenizas del hombre á quien, des-
T f T k , a S de Ferrara existentes pn
<°s archivos de
aquella ciudad. De las mismas se infiere ser erróneo et aserto
de Guazo y Giovo, que pretenden que Ariosto dejó mandado por
"ZZVnc^eccion tipográfica de esta tercer« su testamento que se inscribiese en su sepulcro un epitafio latino
y aun afligió sobre manera d Ariosto. Esta fue sin emhvgo que compuso muchos años antes, y que por todos eslilL habría
sido indigno de figurar en él.
bien Jcon algunas enmiendas del autor, la que sirvo de b e
El único testamento otorgado por Ariosto en su vida fué el
T Z a s edJones qu, después se
que a partir para su expedición de la Garfguana otorgó en
en el espacio de un siglo salieron sucesm o s u « ^ T 0 ^
Fwrara ante el escribano Andrés Furri, á 22 rfe febrero de
hasta setenta. Desde entonces hasta
l , ' Estamento que no contiene ni una palabra que haga di-
de fatigar las prensas esta obra, que de (odas ¿ ™
dudablemente, con la de nuestro inmortal CeMníeS, ta qu
arílacmZCUXmente &l
° q W a f i r m a n ,os d o i mtores
mas veces ha obtenido los honores de la impresión.
x x v m VIDA DE ARIOSTO,
mies de su m u e r t e , venían à visitar los que no l e habían
conocido en vida, cuando Agustín Molti, caba lerò ferrares compañía y la amistad del hombre en quien á manos llenas
que en su juventud había recibido de Ariosto algunas l e c c o - derramó sus dones la naturaleza.
ne c e arte poética. se decidió á erigir á su costa un monu- Las obras que dejó este célebre escritor, ademas de su
m e i mas di^no de tan e m i n e n t e escritor, y as. l o l n z o en Orlando furioso en cuarenta y seis cantos y de los cinco
m de 1 3 7 5 . en la n u e v a iglesia de los s u s o d ^ o s postumos ( i ) que solo se hallan en algunas ediciones, son
monjes y en la capilla situada á la derecha de s u alia! varias composiciones latinas llamadas Carmina, siete sátiras,
un número considerable de elegías, estancias, sonetos , ma-
m
Mas tercie en 1612, otro Ludovico Ariosto, descendiente drigales y mas de veinte Capitoli, modelos de fácil, elegante
y graciosa versificación.
del Orlando, l e hizo en fia
Con el objeto de amaestrarse en el arte de la comedia ,
s o t e o q u e , por la calidad de s u s marmo l e s y j o i U j g j n ™
tradujo del latin y adecuó á la escena varias piezas de Planto
de su arquitectura, dejaba atrás al anterior. A e le nucNO
y de Terencio (2). Asimismo escribió en italiano varias c o -
monumento, situado en la otra capilla a lai«jmci to d é l a a
medias originales, en que se esmeró en observar todas las
mayor, fueron trasladados, con gran pompa este vez lq^ í e s
reglas fijadas y seguidas por los griegos en sus composiciones
tos'de Yriosto , que desde e n t o n c e s se conservan al i.
dramáticas. De las comedias originales de Ariosto son las
El retrato q ^ d e este poeta nos mas conocidas la Cassaria é I suppositi, que puso en verso
l 0 pinta como un hombre de alta estatura y de despues de haberlas escrito y hecho representar en prosa,
macion, pero un tanto cargado de espaldas por efecto del la Lena, el Nigromante y la Scolàstica, que dejó sin con-
ontinuo trabajo que se i m p u s o loda su vida Su fisonon a cluir y que fué terminada poco despues por su hermano Ga-
era expresiva y agraciada, y s u s ojos, llenos de fuego, rev cia- briel.
ban el que brillaba en su i n g e n i o y consumía su corazon.
Sin carecer Ariosto de a l g u n o s defectos, peculiares cas (1) Dice Giraldi , contemporáneo de Ariosto, que mas de una
todos a la época en que v i v i ó , reunia las mas bellas y mas vez o'jo decir a este poeta que su objeto, al componer estos cinco
apveeiables cualidades ; la afabilidad , la rechtud acodes- cantos, era intercalarlos en la primera edición que volviese á
tía Vla lealtad (-2). Estas prendas , unidas á su delicado nge- hacer de su poema, como en efecto sabemos que intercalò seis
0 -, á su profunda erudición y á s u s distinguidos moda es nuevos en su anterior edición.
0 ¡olo le valieron el acceso c e r c a de diferentes principes ) Barufaldi opina de otro modo, y supone que estos cinco cantos
de casi lodos los grandes personajes existentes a la sazón en ni tratan la materia del furioso, ni son mas que retazos de otro
Italia, sino que indujeron à l o s mas de ellos (5) a solicitar la poema distinto que Ariosto traia entre manos y que tenia por
Ululo Reinaldo Ardito. La frecuencia con que en ellos se halla
(i) Encima de este sepulcro adornado de figuras y de relieves repetido el nombre de este paladín fué sin duda el motivo que
se v ia, dice Gazofalo, la estatua de Ariosto de cuerpo ent ro tuvo Barufaldi para emitir esta opinion evidentemente errónea.
lamente parecida al modelo y de tamaño algo mas que el (2) Gazofalo cita los Meneemos de Plauto, que por insinua-
ción del duque tradujo Ariosto en italiano. De esta traducción
Véase la composición latina en que, hablando de la muerte h,zo otra en su idioma un caballero francés deseoso de hacer
de Ludovico, escribía Gabriel Ariosto : representar esta comedia en presencia de la princesa Renata de
Francia, nuera del duque y poco familiarizada con el idioma
Ornabal pietas et grata modestia va lem, italiano.
Sánela fules, dictique mrmor, munitaque recto Añade Cintio Giraldi en una carta dirigida ü Hércules I I ,
Justitia et nullo patientia vicia labore. duque de Ferrara, que por orden del duque Alfonso tradujo el
(3) En la misma inscripción se lee entre otras cosas: Anodo en prosa italiana, la Audria y el Eunuco de Terencio,
Optavere suis laribus le asciscere Reges con el objeto de hacerlas representar en el lindo teatro dispuesto
Regalisque swb fecunda ad poculu mensa. para la representación de la Cassaria.
; '' .
XXX n u BE w i o s i o -
f q » iadeciMe placer asistía el tepe W W <*'» « *
PROLOGO.
del 50 de t 7 «presión en el ánimo
-Oí
La le
X Z T ^ t X ^ debió sin « — á ° t u r a de los primeros cantos de una
agravarlas dolencias y los achaques de « traducción castellana del célebre poema de
¿ L e r a causa d e s u m u e r t e fué, como a v ^ ^ a dvcbo e l e *
ceso del trabajo á que durante treinta « c o ^ -
Anosto, hecha por su contemporáneo el capitan
condenó su deseo de llevar á cabo una Q ^ c o l o ^ l e u u « ^ D. Jerónimo de Urrea, me excitó, hace algunos
table, de que, no sin gran desconfia.ua, ofrezco al publico anos, á i r á buscar en el original aclaraciones
esta, ya que no elegante, al ménos fiel traducción.
indispensables para la inteligencia de un gran
número de pasajes, vertidos por el traductor
en octavas de que no es mi ánimo discutir el
m e n t ó , pero que dudo que entiendan suficien-
/iv vi de diciembre de 1852, á las nueve de la noche se temente, para hallar gusto en ellas y para juzgar
al autor, la mayor parte de las personas que las
lean.
A fuerza de ir á beber á la fuente, acabé
por confirmarme en que la traducción de que
suyos, envidiosos de su talento y de su celebridad, hablo, ménos inteligible para mí que el mismo
texto, estaba á cien leguas del original, y, de-
cidido á llevar á cabo su lectura, emprendí
seriamente el estudio de la lengua toscana, y á
poco el de la obra incomparable, cuyas bellezas
no tardaron en cautivar, en arrastrar inven-
XXX n u BE w i o s i o -
f q » iadeciMe placer asistía el tepe W W <*'» « *
PROLOGO.
del 50 de t 7 «presión en el ánimo
-Oí
La le
X Z T ^ t X ^ debió sin « — á ° t u r a de los primeros cantos de una
agravarlas dolencias y los achaques de « traducción castellana del célebre poema de
¿ L e r a causa d e s u m u e r t e fué, como a v ^ ^ a dvcbo e l e *
ceso del trabajo á que durante treinta « c o ^ -
Anosto, hecha por su contemporáneo el capitan
condenó su deseo de llevar á cabo una Q ^ colo®al e u u « ^ D. Jerónimo de Urrea, me excitó, hace algunos
table, de que, no sin gran desconfia.ua, ofrezco al publico anos, á i r á buscar en el original aclaraciones
esta, ya que no elegante, al ménos fiel traducción.
indispensables para la inteligencia de un gran
número de pasajes, vertidos por el traductor
en octavas de que no es mi ánimo discutir el
m e n t ó , pero que dudo que entiendan suficien-
/ i v vi de diciembre de 1 8 5 2 , á las nueve de la noche se temente, para hallar gusto en ellas y para juzgar
al autor, la mayor parte de las personas que las
lean.
A fuerza de ir á beber á la fuente, acabé
por confirmarme en que la traducción de que
suyos, envidiosos de su talento y de su celebridad, hablo, ménos inteligible para mí que el mismo
texto, estaba á cien leguas del original, y, de-
cidido á llevar á cabo su lectura, emprendí
seriamente el estudio de la lengua toscana, y á
poco el de la obra incomparable, cuyas bellezas
no tardaron en cautivar, en arrastrar inven-
PRÓLOGO. XXXIII
Armas, a m o r e s , d a m a s , c a b a l l e r o s ,
Galanterías y p r o e z a s c a n t o ,
Del siglo triste e n q u e africanos fieros
Sembraron en las Galias el e s p a n t o
Agramante su rey los c o n d u c í a ,
Q u e , lleno d e coraje y bizarría,
En C a r l o m a g n o , e m p e r a d o r r o m a n o ,
Juro v e n g a r la m u e r t e d e Trovano
También m a s d e u n a cosa
a h ] Ó nadie e n verso ó
n l F r ^ P™sa,
Diré d e Orlando, á quien privó d e s e s o
De su pasión frenética el e x c e s o
D i r e l o , s i , con tal q u e n o m e e s t o r b e
De cumplir mi propósito la h e r m o s a
Que m , alma ofusca y mi razón absorbe.
De H e r c u l e s d i g n o h i j o ,
De n u e s t r o siglo o r n a t o ,
Oh H i p ó l i t o , a c e p t a d , a c e p t a d g r a t o .
El h u m i l d e h o m e n a j e q u e os d i r i j o . '
bolo con v e r s o s á pagar m e a t r e v o ,
P r i n c i p e , lo q u e o s d e b o ;
El d o n , por ser p e r q u e ñ o , n o o s o f e n d a ,
Cuanto p u e d o dar d o y ; tal es mi o f r e n d a .
Veréis entre los ínclitos v a r o n e s
Que a citar c o n e l o g i o m e preparo
A Roger, tronco ilustre, origen claro
De vuestra n o b l e estirpe. Sus blasones
I s u , s l ¡ m b r e á o i r é i s s i , entre afan t a n t o ,
haáta
™ s llegar mi humilde canto. J
ORLANDO FURIOSO.
D e s u A n g é l i c a Orlando e n a m o r a d o ,
La i n d i a y la Media r e c o r r i d o h a b í a ,
Y allí y e n la Tartaria l e v a n t a d o ,
E n SU h o n r a y p r e z , t r o f e o s d e valia.
C o n ella l u e g o v i n o h a c i a el O e s t e ,
Y del P i r e n e v i o l a cumbre cana
En ocasion en q u e , con grande hueste
Francesa y alemana,
A c a m p a d o á s u pié Carlos e s t a h a .
Castigar i n t e n t a b a
A A g r a m a n t e y Marsilio, '
Que , de españoles y árabes formando
Terribles l e v a s , c o n feroz jactancia
A n u n c i a b a n la ruina d e la F r a n c i a .
De s u e s p a d a e l a u x i l i o
U f a n o Orlando por p r e s t a r v e n i a .
¡Infeliz! no pensaba q u e , e n llegando,
Su l l e g a d a fatal l a m e n t a r í a .
• Oh j u i c i o d e l o s h o m b r e s , c ó m o f a l l á s .
E n s u p r o p i o p a i s , p o r triste a c a s o
El h é r o e p i e r d e á la q u e , e n m i l h a t a d a s ,
D e l Oriente l l e v ó salva al Ocaso.
Suscitase m u y luego una querella
E n t r e Orlando y R e i n a l d o s u p a r i e n t e ,
C u v o s p e c h o s inflama e n f u e g o a r d i e n t e
Igual a m o r p o r la g e n t i l d o n c e l l a .
De tal rivalidad p r e v i e n d o m a l e s 0
La aleja el c a u t o r e y d e s u s r e a l e s ,
E n c o m i é n d a l a al d u q u e d e B a v i e r a ,
Y q u e h a d e darla e n p r e m i o r e c o n o c e
Al q u e , e n la lid p r i m e r a ,
Mayor c o p i a d e s t r o c e
Paso de
De d e f e n s o r e s d e la m e d i a l u n a .
Mas contraria m o s t r ó s e la fortuna-,
Q u e d e r r o t a d o s l o s d e Cristo f u e r o n
E n la fatal c o n t i e n d a ,
Y e n p o d e r del alárabe c a y e r o n
Con el d u q u e , s u s g e n l e s y su t i e n d a .
Poco a n t e s , del desastre r e c e l o s a ,
De allí s a l i ó , s o b r e u n corcel p u j a n t e ,
Del vencedor la prometida e s p o s a .
Por un b o s q u e adelante
Entróse acaso, y , en angosta v i a ,
Un g u e r r e r o e n c o n t r ó q u e á pié venia.
Armado de c o r a z a , y e l m o , e s p a d a
Y d e robusto e s c u d o ,
S e le via correr por la q u e b r a d a ,
Cual, tras s a y o g a l a » , corre u n d e s n u d o .
No h u y e m a s presto d e voraz s e r p i e n t e
Zagaleja inocente
Que la brida, á la vista del g u e r r e r o ,
Tuerce la dama á s u corcel lijero.
Hijo d e A m o n , e n Montalban n a c i d o ,
Era e s t e j o v e n , paladín gallardo ,
Q u e , por a c a s o singular, p e r d i d o ,
Ha p o c o , había s u corcel Bayardo.
Apénas vió á la d a m a , a u n q u e de l e j o s ,
Deslumhrado q u e d ó c o n sus r e f l e j o s
Y prendido en la red d e su h e r m o s u r a .
Ella por la e s p e s u r a ,
Sin senda fija, h u y e t e m b l a n d o . Sueltas
Las riendas por su c r i n , libre albedrío
Dejan al palafrén , q u e , tras mil v u e l t a s ,
Con !a fatiga d o m e ñ a d o el b r í o ,
Va á pararse á las m á r g e n e s d e u n rio.
Empolvado, sediento y pesaroso
Del c a m p o d e batalla allí llegara
El m o r o F e r r a g u t , b u s c a n d o a n s i o s o
Refrigerio y d e s c a n s o en la o n d a clara.
El y e l m o , «n q u e s u s e d á c a l m a r iba,
Le arrancó la c o r r i e n t e d e la m a n o ,
Y por c o g e r l o s e esforzaba en v a n o .
De la h e r m o s a d o n c e l l a fugitiva
O y e n d o en tanto el lastimero a c e n t o ,
Viene á tierra, la mira y , al m o m e n t o ,
Bien q u e la v e d e e s p a u t o m u d a y f r í a ,
I M
ORLANDO FURIOSO.
De A n g é l i c a la bella
R e c o r d a n d o la antigua n o m b r a d l a ,
R e c o n o c e q u e Angélica e s aquella.
Y, f o g o s o y c o r t e s c u a l c a b a l l e r o ,
El a p o y o l e o f r e c e
De s u b r a z o y su a c e r o :
Y, en busca de Reinaldo, que aparece
P o r e n t r e la m a l e z a ,
Presto y audaz sus pasos endereza.
Ni e r a e s t e el p r i m e r dia
Que u n o c o n t r a o t r o s u v a l o r m e d i a .
Ambos á p i é , con sus pujantes brazos
V i b r a n el h i e r r o ; y c o t a s , y b r o q u e l e s ,
Rotos ó hendidos, vuelan en pedazos.
Mientras g o l p e s c r u e l e s
S e d a n l o s d o s g u e r r e r o s p o r la d a m a ,
C o n el f é r r e o a c i c a t e
Ella el a r d o r d e s u c a b a l l o i n f l a m a
Y h u y e l o s c o m b a t i e n t e s y el c o m b a t e .
Largo rato ya hacia
Q u e , con pujanza i g u a l , con igual s u e r t e ,
Uno v otro guerrero combatía,
C u a n d o la f u g a d e la d a m a a d v i e r t e
El p a l a d í n d e M o n t a l b a n , q u e , l l e n o
D e a m o r y d e i r a , d i c e al S a r r a c e n o :
u Si t ú d e la h e r m o s u r a
« Que yo adoro también estás prendado,
« Nada habremos logrado
« Con proseguir nuestra contienda dura.
« ¿ Q u é g a n a r á s si tu f u r o r m e m a t a ?
« ¿ S e r á s p o r e s o d u e ñ o d e la i n g r a t a
« Cuya fuga uno y otro deploramos?
a No-, m e j o r e s q u e el b o s q u e r e c o r r a m o s - , Angélica huye el combate. (T. I, p. 4.
« Que sigamos su huella,
« Y, antes que mas se aleje, detenella.
« D e t e n i d a , el a c e r o e n n o b l e e m p e ñ o
« D e c i d i r á q u i e n ha d e ser s u d u e ñ o .
« D e o t r o m o d o , á l o s d o s , si n o m e e n g a ñ o ,
.i Tras d e la lucha n o s aguarda daño. »
Acepta el m o r o y cesa la c o n t i e n d a .
Su o d i o al instante o l v i d a ;
A R e i n a l d o , q u e estaba á p i é , c o n v i d a
A montar en su g r u p a , y p o r la s e n d a
Éntranse q u e t o m ó su cara prenda.
¡ Gran nobleza d e a n t i g u o s c a b a l l e r o s !
En f e c o n t r a r i o s , e n a m o r r i v a l e s ,
De esgrimir acababan sus a c e r o s
Y aun d e la lid llevaban las s e ñ a l e s ;
Y por m a l e z a s , por v e r e d a e s t r e c h a .
Iban l u e g o sin m i e d o ni s o s p e c h a .
Por s u s cuatro acicates á porfía
El f o g o s o bridón e s t i m u l a d o ,
A los héroes bien pronto hubo llevado
A d o la s e n d a e n d o s s e dividía.
N o o s a n d o decidirse p o r n i n g u n a ,
P u e s m o s t r a b a n las d o s r e c i e n t e s h u e l l a s ,
Se e n t r e g a c a d a cual á su fortuna
Y s e p o n e á correr por una dellas.
Mil v u e l t a s d a n d o por el b o s q u e u m b r í o ,
V u e l v e el m o r o á e n c o n t r a r s e j u n t o al rio.
De topar c o n la dam a la e s p e r a n z a
Viendo al fin q u e e s f o r z o s o q u e a b a n d o n e ,
A recrobar el y e l m o se d i s p o n e .
Por las o n d a s a v a n z a ,
Llega á t o c a r l o ; p e r o v e c o n pena
Que arrancarlo no p u e d e d e la arena,
Y d e u n roble v e t u s t o
Tronchando l u e g o u n v a s t a g o r o b u s t o
Con é l , ora c o n f u e r z a , ora c o n a r t e ,
La arena m u e v e d e una y otra parte.
Del f o n d o e n e s t o sale un caballero
Armado todo d e f u l g e n t e a c e r o
En su d e r e c h a m a n o
El y e l m o o s t e n t a , que buscara e n v a n o
El feroz m u s u l m á n ; y, e n v o z s e v e r a .
Es fama q u e le habló de e s t a m a n e r a :
6 ORLANDO FURIOSO-
« H o m b r e s i n f e y sin h o n r a , ¿ p o r q u é i n s i s t e Q u e lo b u s c a t a m b i é n , a n t e la v i s t a
Pasa e n e s t o B a y a r d o
« Tu t e m e r a r i o e m p e ñ o
C r u z a n d o el b o s q u e c o n carrera b r u s c a .
« En r e c o b r a r la prenda d e q u e d u e ñ o
« P a r a , » grita el g u e r r e r o ,
« V o l v e r m e á h a c e r ha t i e m p o p r o m e t i s t e ?
« P a r a , o h mi fiel y a n t i g u o c o m p a ñ e r o . »
« Argalia s o y , á q u i e n , al dar la m u e r t e ,
M a s . s o r d o el a n i m a l , s u c u r s o s i g u e
« S u s a r m a s o f r e c i s t e e c h a r al rio.
Y alcanzarlo Reinaldo no c o n s i g u e .
« No t e t u r b e s , i n f i e l , p o r q u e la s u e r t e
Llena la d a m a d e m o r t a l c o n g o j a .
« Hoy m e h a c e recobrar lo q u e f u e m í o .
Por d e s i e r t o s y s e l v a s c o r r e e n t a n t o j
« Turbarte solo debes
Al r u i d o d e u n a h o j a
c< De q u e á t u s p a c t o s á faltar te a t r e v e s .
P o r el v i e n t o m e c i d a
« Si aspiras á t e n e r un y e l m o fino,
V u e l v e , llena d e e s p a n t o ,
« Ganarlo p u e d e s c o n h o n o r . D i s p o n t e
Hacia o t r o lado á s u c o r c e l la brida.
« a q u i t a r á Reinaldo el d e Mambr.no-,
D o q u i e r q u e m i r a , e n fin, del q u e a b o r r e c e
« \ Orlando arranca el q u e g a n o d e Almonte-,
Ver la terrible- i m a g e n le p a r e c e .
« Cualquiera d e e s t o s tu valor c o n q u i s t e ,
Cual c o r z a , q u e á s u m a d r e e s p i r a r viera
« Y deja el q u e d e j a r m e m e o f r e c i s t e . »
E n t r e las garras d e feroz p a n t e r a ,
A la s ú b i t a vista d e la s o m b r a De selva en selva c o r r e ,
Q u e alza del a g u a la c e r v i z s a ñ u d a , Y, sin q u e nada a q u e l r e c u e r d o b o r r e ,
El m u s u l m á n s e a s o m b r a ; Ai m e n o r r u i d o q u e á s u l a d o s i e n t e ,
Se l e e r i z a el c a b e l l o ; el c o l o r m u d a ; Piensa e s c u c h a r el r e c h i n a n t e d i e n t e ;
En sus fauces se anuda T a l , la d o n c e l l a h e r m o s a ,
La v o z q u e va a salir-, y , c u a n d o a d v i e r t e ' T o d a la n o c h e y t o d o el sol s i g u i e n t o
Que es Argalia, y su acento r e c o n o c e , H u y e n d o va la i m a g e n q u e la a c o s a .
La ira d e l p e c h o por l o s o j o s v i e r t e . Así v a g a n d o , l l e g a
Q u i e r e hablar y e x c u s a r s e , a u n q u e c o n o c e A frondoso verjel, por c u y o suelo
Q u e á tan j u s t o r e p r o c h e n o h a y e x c u s a ; Su corriente despliega
Mas la v e r g ü e n z a s u c o r a j e a n i m a , Y entre guijas deslizase y murmura
Y j u r a p o r Lanfusa Un l í m p i d o a r r o y u e l o
Que de sus sienes otro y e l m o encima Q u e e t e r n a allí m a n t i e n e la v e r d u r a .
Jamas pondrá que aquel q u e , en A s p r o m o n t e , Creyéndose segura,
A r r a n c ó Orlando al v a l e r o s o A l m o n t e . Y lejos d e Reinaldo y a cien m i l l a s ,
Y d e este juramento La fatigada A n g é l i c a r e p o s o
F u é c o n e f e c t o m a s q u e del p a s a d o Va á buscar e n s u s p l á c i d a s orillas.
P u n t u a l y r e l i g i o s o el c u m p l i m i e n t o . S u e l t o , el c o r c e l la y e r b a r u m i a a n s i o s o ,
Asi, inquie'.o, angustiado, Y la s e d q u e l e a f l i g e
M u c h o s dias la pista Hacia el a r r o y o e n b r e v e l e d i r i g e .
Del g u e r r e r o d e A m o n b u s c a y r e b u s c a . De a q u e l sitio n o lejos
De e s t e joven gallardo,
8 ORLANDO FmiOSO.
Y al c a m p o v a d o á Carlos v e d e s h e c h o ,
Y er\ v a n o d e s u b e l l a
Con s o l i c i t o afan b u s c a la h u e l l a .
Esta, señor, de todos sus enojos
E s la c a u s a f a t a l : l a q u e a s u s ojos
Arranca tantas l á g r i m a s , y al p e d i o
El d o l o r i d o a c e n t o q u e p u d i e r a
Parar al sol e n m e d i o á s u carrera.
Mas ; o h f o r t u n a ! En t a n t o
Q u e triste así s u s m a l e s l a m e n t a b a ,
Sus quejas escuchaba
L a b e l l a c a u s a d e su a m a r g o llanto.
La q u e , á n t e s d e a q u e l d í a ,
En el C a t a y , al príncipe c i r c a s o
Se m o s t r ó s i e m p r e d e s d e ñ o s a v t r i a ,
Al p o d e r o s o influjo
Del l l a n t o y l a s palabras c e d e a g o r a
De a q u e l á q u i e n a m o r , h a s t a el o c a s o ,
D e s d e el c o n f í n a s i á t i c o c o n d u j o .
La a l t a n e r a d o n c e l l a
One á t o d o h o m b r e c o n t e m p l a i n d i g n o d e l l a ,
S o l a a l v e r s e e n la s e l v a , r e f l e x i o n a
Q u e , p r o p i c i a la s u e r t e , e n e s t e i n s t a n t e ,
U n a e s c o l t a t a n fiel l e p r o p o r c i o n a :
P u e s , d e c u a n t o s la a d o r a n , S a c n p a n t e
E s el m a s e x p r e s i v o y m a s c o n s t a n t e .
Bien pues que á dispensóle
Ei b i e n s u p r e m o p o r el cual s u s p i r a
T o d o a m a d o r d i s p u e s t a 110 s e h a l l e ,
Con arte v c o n m e n t i r a
A alentar su esperanza le provoca.
Su amparo n e c e s i t a ,
Y sabe cuanto es loca
La o b s t i n a c i ó n d e a q u e l q u e , h a s t a la b o c a
En l a s o n d a s m i r á n d o s e l o grita.
B e l l a cual d e s u s b o s q u e s sale D i a n a ,
O c u a l la a m a b l e r e i n a de Citeres
Al d e j a r la m a n s i ó n de l o s p l a c e r e s ,
CANTO I.
La d a m a al m u s u l m á n s e m u e s t r a u f a n a ,
Y le dice : « Protéjante los cielos,
« Y protejan t a m b i é n de la q u e te a m a
« El h o n o r y la f a m a ,
« Q u e asi m a n c i l l a n t u s i n j u s t o s z e l o s . »
No de angustiada madre que á ver torna
Al hijo c a r o , á q u i e n l l o r ó p o r m u e r t o ,
E s el j ú b i l o i g u a l al q u e trastorna
El a l m a del f o g o s o S a c r i p a n t e
Cuando ve descubierto
De A n g é l i c a el a n g é l i c o s e m b l a n t e .
C i e g o d e a m o r , arrójase e n s u s brazos.
Ella c o n t i e r n o s l a z o s
Cariñosa l e e s t r e c h a . Hacia el oriente
S u vista al p u n t o v u é l v e s e y s u m e n t e ,
Y d e tornar á la r e g i ó n n a t i v a
S u a n s i a , al m i r a r al m u s u l m á n , se a v i v a .
Extensamente le refiere l u e g o
S u historia d e s d e el dia
En q u e , accediendo á s u ferviente r u e g o ,
A Sericania él dirigió s u v i a ,
Y c o m o , e n e s t e t i e m p o , h o n o r y vida
Le p r o t e g i e r a O r l a n d o ,
S u flor v i r g í n e a intacta c o n s e r v a n d o .
Y era a c a s o v e r d a d : m a s y o c o n f i e s o
Q u e v e r d a d tal c r e i d a
J a m a s s e r á p o r q u i e n c o n s e r v e el s e s o .
T u r b a d o d e s u a m o r p o r el e x c e s o ,
C r e y ó l o , e m p e r o , el c i e g o S a c r i p a n t e ;
Que a q u e l l o q u e d e l a n t e
De n u e s t r a vista e s t á , s ú b i t a m e n t e
S a b e e s c o n d e r a m o r al a l m a n u e s t r a 5
Clara y p a l p a b l e m e n t e
Tal v e z l a s c o s a s m a s o c u l t a s m u e s t r a ,
Moviéndola á que crea
Aquello solamente que desea.
« Si d e tan alto bien p u d o el d e Auglante
« D e s c o n o c e r el e l e v a d o p r e c i o ,
ORLANDO FLRIOSO.
? A U e m % c o g e r é la rosa bel .a
« Que m a s tarde quizá n o c o g e r í a ,
„ Flor que toda doncella
,, S e d e j a arrebatar con a l e s n a ^
„ o n e en vano muestra e n o j o , t u
I Ora suplique ó se enfurezca agora ,
:SSilsLmpre, fingida.re—
„ o p o n d r á d e s u a m a n t e a l a violencia.
D i c e ; y para esta lucha
Gallardo se p r e p a r a ,
Cuando á su lado escucha
R u m o r c o n f u s o q u e s u i n t e n t o pw a.
P r e v i e n e , el flanco á su caballo o p w n e
Y el asta f u e r t e c o n su d i e s t r a e s g r i m e
WlYfRSU« WlfO«
1
Affitta *
OBLANDO FURIOSO. c a n t o i.
15
« No fuera él quien primero , « Es el que paso va con tal e s t r u e n d o
« Por la espesura de la selva abriendo.
« Si, s í , él e s , su noble inteligencia
« Del potro que perdiste en la pendencia
A su c o r c e l , q u e v u e l a ,
Un mensajero triste y agitado « Viene sin duda á reparar la falta. »
Veloz del suyo el agareno salta
Por ir á asir el freno de Bayardo,,
Q u e , en volverse no t a r d o ,
Con la acerada planta le r e s p o n d e ;
Mas no llegara adonde
Estaba el musulmán , q u e , si l l e g a r a .
Un m o n t e de metal despedazara.
\&b£is¡ss-
Que la época recuerda , aun no r e m o t a .
En que en Albraca , con su linda m a n o ,
Lo cuidaba ella misma y lo nutria ,
Cuando en amor su pecho se abrasaba
« B r a d a m a n t e se llama „ Por el señor de Montalban, q u e , hoy dia
«< La ilustre virgen q u e eclip o « » Implora á la q u e e n t o n c e era su esclava.'
D i c e , v se aleja : el musulmán a u n o Con su siniestra en breve
I g l a W q u e hacer ó dec.r debe Coge la dama el e s p u m a n t e freno .
Y á desplegar sus labios no se atieve. Mientra el cuello acaricia con su diestra
T r i s t e i r r i t a d o , inquieto y pensativo, Del f o g o s o bridón , que no se m u e v e ,
M o n t a n d o en el bridón de la doncella, Y, cual c o r d e r o , tímido se muestra : '
j u n t o a s i la coloca deseoso La ocasion aprovecha el agareno
De l l e g a r á paraje d o , con e l l a , Y monta en él. Angélica la grupa
P u e d a gozar un poco de reposo;, Del suyo deja y el arzón ocupa.
te d o s millas apénas han c o r r i d o , M a s , volviendo los o j o s , un guerrero
C u a n d o insólito r u i d o
Ambos o y e n d o , vuelven la c a b e z a , De resonante acero
Cubierto ven llegar. Gime la d a m a
Y u n corcel ricamente enjaezado
Viendo al de A m o n , q u e , hasta ora indiferente.
Amor por ella siente
Hoy que ella en odio convirtió su llama.
ttgffZ - ^de13
nornbre de Cariomagno - Tempestaü. ^ ^ ^
Y e n v a n o , c o n la e s p u e l a y c o n el f r e n o
P o r r e g i r l o s e e s f u e r z a el s a r r a c e n o .
De R e i n a l d o á la v i s t a s e c o n t i e n e
historia de Bradamante y de Roger. C u a n d o atacar el á r a b e d e s e a ;
injusto amor, q u e e n oponer te places Y brinca y c o r c o v e a
D e s d e n tirano á f é r v i d o d e s e o ,
Cuando le manda que su ardor refrene.
¿ porqué consistir haces
Tu gloria t o d a e n tan i n i c u o e m p l e o ?
ORLANDO FURIOSO.
¿ P o r q u é del h o m b r e el c o r a z o n i n f l a m a
Una d e a m o r l o s c o r a z o n e s llena-, Siempre pasión por desdeñosa dama?
Otra d e s t r u y e t o d o a m a n t e a f e c t o . 0 ¿ P o r q u é m i é n t r a s q u e bella
Amor bebió en aquella Juzga Reinaldo á aquella
El b u e n R e i n a l d o e n e s t a la d o n c e u a De q u i e n ha p o c o d e s d e ñ ó la c u i t a ,
P r o b ó el licor q u e , c o n v e n e n o mato, Ella a v e r s i ó n m a s f u e r t e
S i e n t e a g o r a por é l , q u e p o r la m u e r t e ?
« B a j a , l a d r ó n , d e e s e c a b a l l o , » grita
No b i e n la d a m a al p a l a d í n h a v i s t o , Al c i r c a s o el s e ñ o r d e C l a r o m o n t e :
De rabia y de dolor su faz a r r u g a , « Baja y d a m e á mi A n g é l i c a , ó d i s p o n t e
Y s e g u i r l a e n su fuga « A p a g a r tu a r r o g a n t e a t r e v i m i e n t o ;
« Baja; que no consiento
O r d e n a al ^ ^ t r a custodia acepto, « Q u e ni c a b a l l o , ni b e l d a d c u a l esa
« Cuando yo ^ vuestra suplica
« De u n v i l l a n o l a d r ó n p u e d a n s e r p r e s a .
« Sois v o s , s e ñ o r a v o s qm<
„ n . 1 P a b a n d o n e l a licl? ¿ 1 a n \ n t u . v
« Tu s e r á s el l a d r ó n , l e n g u a a t r e v i d a ,
« D e mivalor teneis? Este reproche « ( T a l al m e n o s p u b l í c a l o la f a m a ) »
« Al e s c u c h a r , n o ^ d o h e L l e n o d e furia el m u s u l m á n e x c l a m a .
« Q u e el c o m b a t e o l v i d a s t e i s y « Que la p r u e b a d e c i d a
« En q u e . c o n t r a u n e j e r c i t o , d e e s c a ñ o , « Cual d e l o s d o s m a s d i g n o e s d e e s a b e l l a
:LVqosWvi,sinarmasydesnado,> " Si e s q u e mortal e x i s t a d i g n o d e ella. »
Nada r e s p o n d e A n g é l i c a , n i s a b e Cual, d e s p u e s de lanzar hasta los cielos
Penetrantes ladridos,
Los d i e n t e s r e c h i n a n d o c o n l o s z e l o s
Y los ojos en cólera encendidos,
Terribles s e a c o m e t e n d o s m a s t i n e s ;
A s í , d e las injurias y l a s v o c e s
A las a r m a s f e r o c e s
Vienen los dos valientes paladines;
M o n t a d o , Sacripante
Gran v e n t a j a al d e á pié l l e v a r p a r e c e ;
Combate de S a c a n t e , c o n ^ ^ ^ 2 B a y a r d o e m p e r o , fiel c u a n t o p u j a n t e ,
Angélica. - Parte Reinaldo i j I n c u é n l r a a e Bra- De s u s e ñ o r e n d a ñ o 110 o b e d e c e ,
ttgffZ - ^de13
nornbre de Cariomagno - Tempestaü. ^ ^ ^
Y e n v a n o , c o n la e s p u e l a y c o n el f r e n o
P o r r e g i r l o s e e s f u e r z a el s a r r a c e n o .
De R e i n a l d o á la v i s t a s e c o n t i e n e
historia de Bradamante y de Roger. C u a n d o atacar el á r a b e d e s e a ;
injusto amor, q u e e n oponer t e places Y brinca y c o r c o v e a
D e s d e n tirano á f é r v i d o d e s e o ,
Cuando le manda que su ardor refrene.
¿ porqué consistir haces
Tu gloría t o d a e n tan i n i c u o e m p l e o ?
ORLANDO FURIOSO.
V i e n d o p o r finque, p o r r e g i r l o e « v a n o t
n ™ la f n c ^ z j , ora la astucia e m p l e a ,
F u r i o s o el m o V o , c o n t u i z q u i e r d a m a n o ,
A s e d e l b r u l o a l t i v o la m e l e n a ,
Y s e l a n z a v e l o z s o b r e la a r e n a .
E n t o n c e e m p i e z a el m a s feroz c o m b a t e ,
^ ^ » a e soslayo,
D e l c i r c a s o la t u m b a ,
A tal g o l p e , la tímida d o n c e l l a
A b i e r t a p i e n s a v e r . De s u
L a púrpura e n un p u n t o se convierte
^ ^ " ^ ü n d e e s f a c o n t i e n d a
P u e d e serle fatal, llena de espanto
T u e r c e al b r i d ó n la r i e n d a v-u.Mumc ue neinaido y Saeripanle. (T. I, p. ;
Y a n s i o s a c o r r e por la e s p e s a s e l v a
S i a q u e el r o s t r o , q u e e m p a n a am go llanto,
T e m i e n d o v e r al q u e a b o r r e c e v u e l v a .
r;'~Wí'&. < -Jk
E n u n v a l l e , al salir d e la e s p e s u r a ,
« U8 i r r ^ m i e »
l í n e r m i t a ñ o e n c u e n t r a . A s u cintura
L u e n g a y n e v a d a barba d e s c e n d í a ;
D e v o c i o n inspiraba su p r e s e n c i a ,
Y, e n su g e s t o y su traje, parecía
Un m o n j e d e etrechisima conciencia.
Por la e d a d y el a y u n o e x t e n u a d o
I)e u n a s n o s i g u e las p a u s a d a s h u e l l a s ,
Cuando á Angélica ve. Su triste estado
Advirtiendo y su r i e s g o , hacia ella viene
Y s u corcel d e t i e n e .
Vuelve ella e n s i , y apénas entreabierto
Ha d e s u faz las fúlgidas e s t r e l l a s ,
Del c a m i n o s e inquiere
Que la c o n d u z c a al m a s vecino p u e r t o ,
P u e s para s i e m p r e abandonar la F r a n c i a ,
Por alejarse d e R e i n a l d o , quiere.
El a n c i a n o , q u e e n t i e n d e n i g r o m a n c i a ,
A la virgen a n i m a , la c o n f o r t a ,
Y á recobrar s u espíritu la e x h o r t a .
De s u bolsillo u n libro saca e n t a n t o ,
Y en él ¡ oh raro e n c a n t o !
No bien la p r i m e r página ha l e í d o ,
Cuando del s e n o sale d e la tierra
Un j o v e n q u e , instruido
De lo q u e d e b e hacer, hácia el paraje
Va d o , a r d i e n d o e n c o r a j e ,
S e hacen los d o s g u e r r e r o s cruda g u e r r a .
Y, e n t r e e l l o s c o l o c á n d o s e , les dice :
« ¿ A q u é aspirais lidiando d e esa suerte?
" ¿ Acaso la del u n o m a s felice
« Será por dar á su contrario m u e r t e ,
« Mientras q u e , c o n la b e l l a ,
« Única causa d e esa atroz q u e r e l l a ,
« T r a n q u i l o s e d i r i g e en este instante
« Hacia París el paladín d e Anglante ?
Tras l a r g o atan y c o n e s t u d i o i n m e n s o ,
Grabar s u s n o m b r e s y s u s h e c h o s p i e n s o ,
Impulso d a s , e n t o n c e
De c o n s e g u i r m i o b j e t o e s t o y s e g u r o .
D u r o e s m a s q u e la r o c a , m a s q u e e l b r o n c e ,
El p e c h o del c o b a r d e Pinabelo ,
Q u e del t e m o r á g u a r e c e r n o alcanza
R o b u s t o e s c u d o , ni l o r i g a f u e r t e ,
Ni la i n i c u a e s p e r a n z a
De h a b e r ya d a d o á B r a d a m a n t e m u e r t e .
En e l l a , e m p e r o , h a l l a n d o a l g ú n c o n s u e l o
Se aleja d e la c u e v a ,
Y , á delitos d e l i t o s a g r e g a n d o ,
En s u b r i d ó n m o n t a n d o ,
C o n él el d e s u v i c t i m a s e l l e v a .
D e j é m o s l e m a r c h a r , y m i e n t r a él m i s m o
Va c a v a n d o el a b i s m o
Q u e lo ha d e s e p u l t a r , á la d o n c e l l a
Volvamos q u e s u muerte y sepultura
Hallar allí c r e y ó ; m a s n o bien ella ,
Del r u d o g o l p e u n tanto r e c o b r a d a ,
Los o j o s t o r n a á abrir, s e e n t r a al a c a s o
P o r puerta q u e a l l í ñ o l a y q u e da p a s o
A otra estancia m a s grande, por columnas
De r i q u í s i m o j a s p e s u s t e n t a d a .
D e esta s a l a , q u e á un t e m p l o e n l a figura
Se a s e m e j a e n e l g u s t o y el a d o r n o ,
En m e d i o s e l e v a n t a
U n a r a , a n t e l a c u a l d e n o c h e y dia
Arde fúlgida l á m p a r a que en torno
Esparce r e s p l a n d o r en ambas salas.
De pura d e v o c i o n , d e humildad santa
M o v i d a la d o n c e l l a , allí s e i n c l i n a ,
Y al Ser e t e r n o , e n alas
Del d e s e o , p l e g a r i a s e n c a m i n a .
Óyese en e s t o u n quicio que rechina.
S u e l t o el c a b e l l o , d e s c e ñ i d o el t r a j e ,
D e s c a l z o el p i é , p r e s é n t a s e u n a d a m a
m j m
Q u e , á la d e Amon llamando por s u n o m b r e ,
« Del c i e l o , n o del h o m b r e
« E s , le d i c e , el querer q u e aqui te guia.
« Esta e s la a n t i g u a , m e m o r a b l e gruta
« Que construyó Merlin , f a m o s o m a g o
« A quien , no obstante su saber, astuta
« Logró burlar la dama infiel del Lago.
« De aquella t u m b a , d o n d e v i v o entrara
« Para n o salir m a s , bajo la losa
« Su ceniza reposa.
« V i v o , e m p e r o , s u espíritu s e encierra
« Y ha d e encerrarse e n ella hasta el m o m e n t o
« En q u e , por darle gloria ó e s c a r m i e n t o ,
« Dejar s u tumba á l o s m o r t a l e s haga
« Del ángel del S e ñ o r la trompa aciaga.
« Clara su v o z , el m á r m o l traspasando
« Que sus r e s t o s o c u l t a ,
« Lo q u e e s , ha s i d o y ha d e ser revela
« Al q u e , aquí d e s c e n d i e n d o , le consulta.
« Dias ha ya q u e d e lejano clima
« Vine á e s t e c e m e n t e r i o ,
« P o r q u e d e la alta ciencia q u e m e anima
« Me aclarara Merlin algún misterio.
« Supe al llegar q u e , por e x t r a ñ a s v i a s ,
« Venir á visitar á e s t e paraje
« Las cenizas del m á g i c o debias.
« Un m e s por verte diferí mi v i a j e ,
« Y, llena d e placer, c u m p l i d o h o y v e o
« El o r á c u l o , al par q u e mi d e s e o . »
A la insigne doncella maravilla
Esta revelación. Confusa , incierta ,
Duda si s u e ñ a ó bien si está despierta.
Y d e rosas tiñiendo la mejilla,
Modesta e x c l a m a c o n turbado labio :
« ¿Qué valgo yo para q u e así mi suerte
Bratlamanle en la gruta de Merlin. (T. 1, p. 3 3 . ) « Interese á un espíritu tan s a b i o ? »
Alegre de la insólita a v e n t u r a .
Por las pisadas d e la dama amig;
ORLANDO FURIOSO. CANTO NI. 35
L l e g a á la s e p u l t u r a Del infierno s a l i d a s ,
Que l o s d e s p o j o s d e Merlin abriga. O no sé d e q u é p a r t e , r e u n i d a s
La l o s a ( o r a h a y a j a s p e s ó alabastros Allí m i l e s d e s o m b r a s s e e n c o n t r a b a n
Que las s o m b r a s d e s t i e r r e n , ora e f e c t o Q u e , c o n d i s t i n t o a s p e c t o y traje v a r i o ,
De t a l i s m a n e s , d e o b s e r v a d o s a s t r o s , P o r e n t r e aquellas b ó v e d a s v a g a b a n .
De s a h u m e r i o s ú otra causa s e a ) Seguida d e la c é l e b r e d o n c e l l a ,
De m o d o r e s p l a n d e c e , q u e distinto Hácia el t e m p l o la m a g a s e a d e l a n t a ,
A la vista p r e s e n t a cada c u a d r o , Y , un c í r c u l o t r a z a n d o e n t o r n o d e l l a ,
Cada estatua y r e l i e v e Cual un m u r o l e v a n t a ,
De las q u e o r n a n s u m á g i c o r e c i n t o . Que á l o s e s p e c t r o s traspasar p r o h i b e ,
La planta a p é n a s á m o v e r s e a t r e v e E n c a r g a n d o á la v i r g e n el silencio.
E n él la ilustre d a m a , Y a b r i e n d o un l i b r o , á los e s p e c t r o s h a b l a
C u a n d o , s a l i e n d o d e la h u e c a t u m b a . Q u e , en c o n f u s o t r o p e l , s a l i e n d o e n e s t o
En su á m b i t o r e t u m b a De la e s t a n c i a v e c i n a ,
Claro el a c e n t o d e Merlin, q u e e x c l a m a : El c e r c o q u e t r a z ó l e s la a d i v i n a
« Propicia s i e m p r e a tu q u e r e r f o r t u n a Se esfuerzan por r o m p e r ; m a s , detenidos
« Se m u e s t r a , ¡ o h virgen noble y denodada! Una v e z y otra v e z p o r u n a m a n o
« Por el d e d o s u p r e m o d e s i g n a d a Invisible y s e c r e t a ,
« A s e r ilustre c u n a T r e s v u e l t a s dan en v a n o
« De u n ínclito l i n a j e , c u y a g l o r i a Y tornan á la t u m b a del P r o f e t a .
« E t e r n a harán l o s fastos de la historia. « Bien q u e una n o c h e e n t e r a n o e s b a s t a n t e ,
« De la s a n g r e d e Troya antigua y n o b l e , Dice e n t o n c e s Melisa á B r a d a m a n t e ,
« Que por v e n e r o d o b l e « A e n u m e r a r los n o m b r e s , las h a z a ñ a s
« S e m e z c l a e n t í , s a l d r á n altos v a r o n e s , « De e s a s al p a r e c e r s o m b r a s e x t r a ñ a s ,
« Por c u y o brazo y cuya c i e n c i a , en b r e v e , « Y q u e tu e s t i r p e han d e animar u n d i a ;
« Sus antiguos blasones « Empezaré, y entre ellas eligiendo
« Italia v e r r e c u p e r a d o s d e b e . « Las q u e m a s tu a t e n c i ó n fijar m e r e z c a n ,
« De tí n a c e r á n r e y e s q u e d e N u m a « S u s títulos d e gloria r e f i r i e n d o
« Y d e A u g u s t o el felice « A m e d i d a te iré q u e c o m p a r e z c a n .
« Siglo r e c o r d a r á n ; m a s si d e l c i e l o , « ¿Yes e s e q u e d e t o d o s va d e l a n t e ,
« Que d e R o g e r á e s p o s a te d e s t i n a , « Y q u e á tí te a s e m e j a e n el s e m b l a n t e ?
« Anhelas que el designio se realice, « De tu p r o l e el p r i m e r o
« Tu plan s i g u i e n d o , impávida y c o n s t a n t e , « E s e será q u e ha d e dar gloria á Italia.
« Al l a d r ó n e x t e r m i n a « L o s c a m p o s d e Poitiers e n b r e v e e s p e r o
« Q u e o p r i m e e n dura cárcel á tu a m a n t e . » « Verle teñir e n s a n g r e d e l d e Galia;
Calló M e r l i n , d e j a n d o á la h e c h i c e r a « D e s p u e s q u e en u n traidor, c o n brazo fuerte,
Que e m p e z a s e á mostrar á Bradamante « De su p a d r e infeliz v e n g u e la m u e r t e .
Los h é r o e s d e s u e s t i r p e v e n i d e r a . « Del r e y d e los L o m b a r d o s , D e s i d e r i o ,
3(5 ORLANDO FURIOSO.
« D e s t r o z a r á la h u e s t e , „ . . « De la bella M a t i l d e , cuya m a n o
« y , e n p r e m i o d e e s t a h a z a ñ a , el b e l l o i m p e r i o « De casi m e d i a Italia
« Recibirá d e C a l a o n y d e E s t e . « P o n e e n la s u y a el cetro s o b e r a n o .
« U b e r l o v a tras él. Del s u e l o h e s p e r i o « Hijo s u y o e s a q u e l , aquel R e i n a l d o
« Y d e las armas g l o r i a , por s u espada « Q u e d e la I g l e s i a , q u e p r o f a n a , arroja
« Mas d e u n a v e z la Iglesia « Al i m p í o F e d e r i c o Barbaroja.
« Del f u r o r del i n f i e l s e r á salvada. « A c i o e s t a m b i é n aquel q u e , d e V e r o n a
« Alberto es e s e , capitan invicto, « O c u p a n d o el h e r m o s o territorio ,
«, Que c o n tanto trofeo « Titulado será m a r q u e s de A n c o n a
« A d o r n a r á l o s t e m p l o s . Con el v e o « Por Otón c u a r t o y el s e g u n d o H o n o r i o .
« A Hugo su h i j o , q u e en gloriosa guerra « Mas ¿ c ó m o p u e d o e n t é r m i n o tan c o r t o
« Las m i l a n e s a s s i e r p e s d e s e n t i e r r a . « Los n o m b r e s y l o s h e c h o s r e v e l a r t e
« Acio e s a q u e l , q u e d e s u h e r m a n o m u e r t o « De c u a n t o s ha d e v e r el m u n d o a b s o r t o
« La I n s u b r i a h e r e d a r á . De afan p r o l i j o « D e f e n d e r d e la Iglesia el e s t a n d a r t e ?
« L l e n o c a b e él á un A l b e r t a c i o a d v i e r t o « Obizo e s e s e ; a q u e l e s otro F o l c o ,
« Q u e á B e r e n g u e r y á s u hijo « Acios aquesos son ; Hugos a q u e l l o s ;
« De Italia e x p u l s a r á •, s e r v i c i o i n s i g n e « Junto á s u padre e s t á n los d o s E n r i q u e s •
« Q u e d e A l d a , s u h e r e d e r a , para e s p o s o « Dos G u e l f o s allá v e s ; el uno d e e l l o s '
« Al r e y O t ó n h a r á q u e l e d e s i g n e . « Vestirá d e E s p o l e t o el ducal m a n t o ,
« Aquel es otro H u g o , cuyo acero « Y á s u p o d e r s o m e t e r á la Umbría
« Del d e s u p a d r e d i g n o « Acio q u i n t o e s aquel q u e e n a l e g r í a
« H u m i l l a n d o al R o m a n o , á Otón t e r c e r o « Ha d e trocar de toda Italia el l l a n t o
« L i b e r t a r á , s a l v a n d o al V a t i c a n o . « P o r el s e r á v e n c i d o , y p r e s o y m u e r t o
« A Fosco aquende n o t o , « El tirano E z e l m o , c u y a furia
« Q u e , c e d i e n d o á su h e r m a n o « Le hará pasar por hijo del d e m o n i o .
« V la r u m a sefrá del s u e l o a u s o n i o '
« C u a n t o p o s e e e n la r e g i ó n a u s o n i a ,
« Al l a d o d é l , p a r e c e r á n b e n i g n o s
« Vasto ducado heredará remoto.
« De s u m a d r e la c a s a d e S a j o n i a , «Mario Sila N e r ó n , C a y o y A n t o n i o .
« Próxima ya á extinguirse, « Del f u r o r d e l s e g u n d o F e d e r i c o
« Heredará y á tan ilustre herencia « Libertara también á toda Italia
« Dará g r a n n o m b r e y clara d e s c e n d e n c i a . « Este A c i o q u i n t o ; y v e n c e d o r , el c e t r o
« Ese , s e g u n d o Acio, « L m p u n a r a d e l territorio rico
« Será cortes a u n m a s que belicoso. « D o n d e d e l hijo la desgracia i n m e n s a
« S u s h i j o s s o n B e r t o l d o y Albertacio : « Cantara A p o l o e n d o l o r i d o m e t r o •
« Vencedor este del s e g u n d o Enrique, « Que a g r a d e c i d o el gran pastor r o m a n o ,
« Con s a n g r e d e l g e r m a n o « D e su valor en justa r e c o m p e n s a ,
« Ha d e t e ñ i r el s u e l o p a r m e s a t i o , « Le hara d e e s t o s d o m i n i o s s o b e r a n o .
« Y d i g n o h a r á n al o t r o s u s v i r t u d e s « < D o n d e d e j o al v a l i e n t e Mdobrandino,
3G ORLANDO FURIOSO.
« F u e r a , oh v i r g e n , d e c i a , « A s e i s p a l m o s n o l l e g a su e s t a t u r a ;
« S u poblado e n t r e c e j o
« Para v e n c e r d e e s e m a l v a d o el arte.
« Oculta casi s u c e ñ u d a f r e n t e ;
« Vanos, aunque pudieras congregarlos,
« Es chata su n a r i z , c r e s p o el c a b e l l o ,
« El p o d e r d e A g r a m a n t e y el d e Carlos.
«Siniestro su mirar, su ojo e n c e n d i d o ,
« Q u e , á mas de ser de acero
« Y s u v e s t i d o , e n fin, al d e un c o r r e o ,
« L o s m u r o s d e s u estancia i n e x p u g n a b l e ,
« En lo e s t r e c h o y lo c o r t o , p a r e c i d o .
« A m a s q u e , al aire a l z á n d o s e l i j e r o ,
« C u a n d o á parar v u e s t r o d i s c u r s o v e n g a
« El e n e m i g o h i e r r o s i e m p r e e s q u i v a ,
« S o b r e el castillo y s u t i r a n o d u e ñ o ,
« L l e v a al b r a z o un broquel q u e á u n t i e m p o priva
« De p r e s e n t a r t e a n t e él á c o m b a t i l l o
« De la v i s t a y la m e n t e ,
« Has d e m o s t r a r un d e c i d i d o e m p e ñ o ,
« Y q u e á s u s plantas p o s t r a al m a s v a l i e n t e .
« Mas c u i d a n d o n o hablarle del a n i l l o .
« Y c o m o e n b a l d e resistir s u brillo
« A s e r v i r t e él s e o f r e c e r á d e g u i a ;
« I n t e n t a r a s , el m e d i o
« S u o f e r t a acepta tú : c u a n d o á la v i s t a
« A revelarte v o y de conseguillo :
« Del alcázar l l e g u e i s dale la m u e r t e ,
« A g r a m a n t e , r e y d e A f r i c a , un anillo
« S i n q u e tu p e c h o la p i e d a d a b l a n d e ;
« Q u e á u n a r e i n a d e la India f u é r o b a d o ,
« Sin q u e tu b r a z o á mi q u e r e r r e s i s t a .
« P o s e e , d e virtud tan p e r e g r i n a ,
« Tu á n i m o e m p e r o y tu p r e s t e z a g r a n d e
« Q u e , c o n s o l o l l e v a r l o p u e s t o al d e d o ,
« Ha d e s e r al m o m e n t o e n q u e l e e m b i s t a ;
« Es contra todo encanto medicina. « Q u e h u n d i ó s e para s i e m p r e tu e s p e r a n z a '
« Fué este anillo, poco h a c e , encomendado « Si él tu d e s i g n i o á d e s c u b r i r a l c a n z a . »
« P o r A g r a m a n t e al p é r f i d o B r ú ñ e l o , Hablando a s í , ya e s t á n e n l a s orillas
« Q u e s a l v a r al q u e a d o r a s ha j u r a d o . Del mar d o n d e el Garona s e d e r r a m a ;
« A l g u n a s millas e n s u viaje l l e v a T r i s t e s , al d e s p e d i r s e , s u s m e j i l l a s
« De d e l a n t e r a s o b r e t i ; n o o b s t a n t e , C o n llanto r i e g a n u n a y otra d a m a .
« Si q u i e r e s q u e á ti d e b a , D e r o m p e r las c a d e n a s d e s u a m a n t e
« Y n o al r e y A g r a m a n t e , P a r t e a n s i o s a la bella B r a d a m a n t e ,
« R o g e r su libertad, escucha atenta Y, c o n c l u i d a la t e r c e r j o r n a d a ,
« L o q u e á d e c i r t e v o y : c u a n d o tres días Se e n c u e n t r a c o n B r ú ñ e l o e n la p o s a d a .
« P o r la orilla del m a r , q u e s e p r e s e n t a
P o r s u s s e ñ a s c o n ó c e l o al i n s t a n t e ;
« C a s i ya á n u e s t r a v i s t a , h a y a s m a r c h a d o ,
Llégase á é l , y le habla, y le p r e g u n t a
«Hallarás una venta De d o v i e n e y a d o n d e
« D o al m i s m o t i e m p o l l e g a r á B r ú ñ e l o , S e d i s p o n e á m a r c h a r . El l e r e s p o n d e ;
« Q u e d e i n f a m i a s y a r d i d e s s a b e tanto Mas e l l a , c o n o c i e n d o q u e m e n t i r a
« C o m o sabe de encanto E s c u a n t o el vil d e a s e g u r a r l e t r a t a ,
« El n i g r o m a n t e á q u i e n v e n c e r i n t e n t a . A inducirle en error también aspira,
« Y á fin q u e p o r s u t r a z a y s u figura, Y s e x o y patria y r e l i g i ó n r e c a t a .
« Con solo verlo, conocerle puedas, Fijos l o s ojos tiene
« A darte voy sus señas en bosquejo.
ORLANDO FURIOSO.
De g e n t e q u e la vista al firmamento
La d a m a e n el a u t o r d e t a n t o e n g a ñ o ,
Tiende y contempla extática un portento.
Q u e hacia ella e n e s t o p a s o á p a s o v i e n e .
Alzala ella t a m b i é n , y u n c a b a l l e r o
A m e d i d a q u e él l l e g a e l l a s e a l e j a ,
Cubierto d e a r m a s r e f u l g e n t e s m i r a ,
C u a n d o un r u m o r e x t r a ñ o
Sobre u n bridón lijero
L l e n o s d e a d m i r a c i ó n á t o d o s deja ;
Q u e , s u s p i n t a d a s alas a g i t a n d o ,
Mas, antes d e decir c u a l fué su c a u s a ,
Hácia el o c a s o c o n p r e s t e z a gira.
Permitidme, señor, haga una pausa.
« E s e e s , » d i j o el p a t r ó n c u a n d o á s u yista
H u b o d e s p a r e c i d o e n las m o n t a ñ a s ,
CAITO Vi.
« Un v i e j o , á c u y a s m a ñ a s
« N o h a y p o d e r e n la tierra q u e resista.
« El a i r e , a g o r a e n e l e v a d o v u e l o ,
Anillo mágico. - Caballo a t a d o . - Escudo portentoso. - Palacio « Se le m i r a c r u z a r ; o r a , del c i e l o
encantado - Bradamante d a libertad á Roger, y prende a « V e l o z b a j a n d o á la t e r r e s t r e esfera
m a s o Atlante. - Roger m o n t a e n el Hipogrifo y desaparece
« De c u a n t a s b e l l a s halla s e a p o d e r a .
p o r los aires. - Congoja d e B r a d a m a n t e . - Llega Reinaldo
« Dama n o h a y p u e s a l g u n a q u e d e bella
á Escocia. - Principia la h i s t o r i a d e la bella G i n e b r a .
« Con r a z ó n ó sin e l l a ,
« P r e s u m a ( ¿ y cuál n o t i e n e e s t a j a c t a n c i a ? ) ,
B i e n q u e , d e u n a l m a falsa s i e n d o i n d i c i o ,
« Que o s e salir de la p a t e r n a e s t a n c i a .
S i e m p r e el fingir f u é r e p u t a d o v i c i o ,
« E n c i m a del P i r e n e c o n s t r u i d o
Mas d e una v e z s e v i d o
« F u é e s t e alcázar por magia y por e n c a n t o ,
Haber b i e n e s i n m e n s o s p r o d u c i d o .
« Y el m e t a l d e s u s m u r o s l u c e tanto
Odios, injurias, m u e r t e s ha e v i t a d o ;
« Que r e s p l a n d o r igual j a m a s s e v i d o .
Q u e , en este m u n d o d e ambición é intriga,
« A l l á , s e ñ o r , h a n ¡do
No nos es siempre dado
« Muchos guerreros y a ; no viendo empero
C o n a m i g o s hablar ; y si s u c e d e , « A ninguno volver, temblando infiero
D e s p u e s d e larga p r u e b a y g r a n f a t i g a , « Q u e , d e su audacia e n p a g o ,
Q u e a p é n a s u n o íiel h a l l a r s e p u e d e « Los h a y a m u e r t o ó c a u t i v a d o el m a g o . »
A q u i e n , sin r i e s g o y s i n t e m o r , s e d i g a La v i r g e n l e o y e a t e n t a ,
Del c o r a z o n el í n t i m o s e c r e t o , Y a n s i o s a d e s e r d u e ñ a del anillo
¿ P o r q u é n o h a d e s e r licito á la a m i g a C o n q u e lanzar i n t e n t a
Del b u e n R o g e r q u e la v e r d a d r e b o c e AI n i g r o m a n t e d e l fatal c a s t i l l o ,
Al i m p o s t o r c u y a m a l d a d c o n o c e ? I D i c e al p a t r ó n : « Si e n t r e t u s g e n t e s s e halla
« ; Oh V i r g e n s a n t a ! ¡ E t e r n o D i o s ! ¿ q u é e s esto?» « Q u i e n c o n o z c a el c a m i n o q u e allí g u i a ,
Estremecida e x c l a m a , « C o n m i g o v e n g a , q u e trabar batalla
O y e n d o un g r a n d e e s t r é p i t o , la d a m a . « Con e s e m o n s t r u o mi v a l o r a n s i a . »
Y hacia el p a r a j e , p r e s t o , — « Yo te a c o m p a ñ a r é , d i c e B r ú ñ e l o .
D o lo e s c u c h a a c u d i e n d o , v e c u b i e r t a s « A m o s t r a r t e la r u t a , q u e c o n m i g o
La c a l l e , l a s v e n t a n a s y las p u e r t a s
ORLANDO FURIOSO.
De g e n t e q u e la vista al f i r m a m e n t o
La d a m a e n el a u t o r d e t a n t o e n g a ñ o ,
Tiende y contempla extática un portento.
Q u e hacia ella e n e s t o p a s o á p a s o v i e n e .
Álzala ella t a m b i é n , y u n c a b a l l e r o
A m e d i d a q u e él l l e g a e l l a s e a l e j a ,
Cubierto d e a r m a s r e f u l g e n t e s m i r a ,
C u a n d o un r u m o r e x t r a ñ o
Sobre u n bridón lijero
L l e n o s d e a d m i r a c i ó n á t o d o s deja ;
Q u e , s u s p i n t a d a s alas a g i t a n d o ,
Mas, antes d e decir c u a l fué su c a u s a ,
Ilácia el o c a s o c o n p r e s t e z a gira.
Permitidme, señor, haga una pausa.
« E s e e s , » d i j o el p a t r ó n c u a n d o á s u yista
H u b o d e s p a r e c i d o e n las m o n t a ñ a s ,
CAITO Vi.
« Un v i e j o , á c u y a s m a ñ a s
« N o h a y p o d e r e n la tierra q u e resista.
« El a i r e , a g o r a e n e l e v a d o v u e l o ,
Anillo mágico. - Caballo a t a d o . - Escudo portentoso. - Palacio « Se le m i r a c r u z a r ; o r a , del c i e l o
encantado - Bradamante d a libertad á Roger, y prende a « V e l o z b a j a n d o á la t e r r e s t r e esfera
mago Atlante. - Roger m o n t a e n el Hipogrifo y desaparece
« De c u a n t a s b e l l a s halla s e a p o d e r a .
p o r los aires. - Congoja d e B r a d a m a n t e . - Llega Reinaldo
« Dama n o h a y p u e s a l g u n a q u e d e bella
á Escocia. - Principia la h i s t o r i a d e la bella G i n e b r a .
« Con r a z ó n ó sin e l l a ,
« P r e s u m a ( ¿ y cuál n o t i e n e e s t a j a c t a n c i a ? ) ,
B i e n q u e , d e u n a l m a falsa s i e n d o i n d i c i o ,
« Que o s e salir de la p a t e r n a e s t a n c i a .
S i e m p r e el fingir f u é r e p u t a d o v i c i o ,
« E n c i m a del P i r e n e c o n s t r u i d o
Mas d e una v e z s e v i d o
« F u é e s t e alcázar por magia y por e n c a n t o ,
Haber b i e n e s i n m e n s o s p r o d u c i d o .
« Y el m e t a l d e s u s m u r o s l u c e tanto
Odios, injurias, m u e r t e s ha e v i t a d o ;
« Que r e s p l a n d o r igual j a m a s s e v i d o .
Q u e , en este m u n d o d e ambición é intriga,
« A l l á , s e ñ o r , h a n ¡do
No nos es siempre dado
« Muchos guerreros y a ; no viendo empero
C o n a m i g o s hablar ; y si s u c e d e , « A ninguno volver, temblando infiero
D e s p u e s d e larga p r u e b a y g r a n f a t i g a , « Q u e , d e su audacia e n p a g o ,
Q u e a p é n a s u n o fiel h a l l a r s e p u e d e « Los h a y a m u e r t o ó c a u t i v a d o el m a g o . »
A q u i e n , sin r i e s g o y s i n t e m o r , s e d i g a La v i r g e n l e o y e a t e n t a ,
Del c o r a z o n el i n t i m o s e c r e t o , Y a n s i o s a d e s e r d u e ñ a del anillo
¿ P o r q u é n o h a d e s e r licito á la a m i g a C o n q u e lanzar i n t e n t a
Del b u e n R o g e r q u e la v e r d a d r e b o c e AI n i g r o m a n t e d e l fatal c a s t i l l o ,
Al i m p o s t o r c u y a m a l d a d c o n o c e ? I D i c e al p a t r ó n : « Si e n t r e t u s g e n t e s s e halla
« ; Oh V i r g e n s a n t a ! ¡ E t e r n o D i o s ! ¿ q u é e s esto?» « Q u i e n c o n o z c a el c a m i n o q u e allí g u i a ,
Estremecida e x c l a m a , « C o n m i g o v e n g a , q u e trabar batalla
O y e n d o un g r a n d e e s t r é p i t o , la d a m a . « Con e s e m o n s t r u o mi v a l o r a n s i a . »
Y hacia el p a r a j e , p r e s t o , — « Yo te a c o m p a ñ a r é , d i c e B r ú ñ e l o .
D o lo e s c u c h a a c u d i e n d o , v e c u b i e r t a s « A m o s t r a r t e la r u t a , q u e c o n m i g o
La c a l l e , l a s v e n t a n a s y las p u e r t a s
ORLANDO FURIOSO.
Que n o f u e s e ficción o e n c a n t a m i e n t o .
.••V-vV-,*
Pero s u c i e n c i a , q u e á la v i s t a h u m a n a
Trueca lo blanco e n rojo ó a m a r i l l o ,
Contra la bella v i r g e n h o y e s v a n a ,
Que el antidoto lleva e n el a n i l l o ,
Y q u e , el cauto c o n s e j o
De la sagaz Melisa r e c o r d a n d o ,
Se ensaya d e su lanza e n e l m a n e j o ,
Y , á s u ardiente corcel e j e r c i t a n d o ,
La espada e s g r i m e y l u c h a y f o r c e j e a .
Cual si s e hallara e n á s p e r a pelea.
L l e g a n d o en e s t o , el fiero n i g r o m a n t e
Saca el m á g i c o e s c u d o ,
No d u d a n d o ofuscar á B r a d a m a n t e ;
Hacer l o m i s m o d e s d e l u e g o p u d o
Con t o d o s sus c o n t r a r i o s ;
Mas s i e m p r e , ántes d e o b r a r e s t e p o r t e n t o ,
En ver su ardor g o z á b a s e u n m o m e n t o ,
C u á l , á n t e s d e ser v í c t i m a del g a t o ,
Suele el ratón ser s u j u g u e t e un rato.
De la v i r g e n , e m p e r o ,
Tal la s u e r t e n o f u é . C o n g r a n d e e s m e r o
Su plan oculta al v i e j o f e m e n t i d o ,
Y, al mirar el broquel s i n s u c u b i e r t a ,
En a d e m a n fingido,
Sobre el suelo s e arroja c o m o m u e r t a .
Surtió su ardid el d e s e a d o e f e c t o ;
P u e s , realizar c r e y e n d o s u p r o y e c t o ,
El m a g o e n su corcel l o s a i r e s h i e n d e ,
Al s u e l o s a l t a , y , al a r z ó n c o l g a n d o
El encubierto e s c u d o , e n tierra p o n e
El v o l u m e n i n f a n d o ,
Y á atacar á la virgen s e d i s p o n e .
Cual, tras un m a t o r r a l , o c u l t o l o b o
Suele acechar d e s c a r r i a d a o v e j a ,
Le acechaba la v i r g e n i m p a c i e n t e .
Al v e r l e c e r c a , s e a l z a , l o d e r r i b a ,
Y. sus m i e m b r o s a t a n d o f u e r t e m e n t e
-
Con la m i s m a c a d e n a c o n q u e el iba
Los d e ella á sujetar s e g ú n s u usanza
Con victoriosa m a n o
Se d i s p o n e á cortarle la c a b e z a ;
Mas, p i a d o s a , s u s p e n d e su v e n g a n z a ,
Al contemplar un venerable a n c i a n o ,
P á l i d o , d é b i l , triste y abatido
Q u e , e n su s e m b l a n t e y su cabello c a n o .
Setenta e n e r o s m u e s t r a haber cumplido.
« Dame, oh j o v e n , por Dios, la m u e r t e d a m e ,
El viejo grita c o n lenguaje a l t i v o ;
Mas ella tiene e n c o n s e r v a r l e v i v o
Cuanto e m p e ñ o e n morir t i e n e el infame.
Saber quién e s d e s e a y con q u é o b j e t o
Fundó su alcázar e n aquel paraje
Tan e s t é r i l , r e c ó n d i t o y salvaje.
« No maligna i n t e n c i ó n , » d i c e llorando
El viejo e n c a n t a d o r , « e s e edificio
« Me indujo á construir. Nada codicio
« Para m i : si h i c e m a l , h í c e l o s o l o
« Por la vida y la fama
« Del paladín m a s n o b l e y e s f o r z a d o
« Q u e , d e u n o al o í r o p o l o ,
« Y e e n su carrera el sol. R o g e r s e llama:
« Por mi d e s d e s u infancia f u é criado.
« Por su fiero d e s t i n o ,
« Por su d e n u e d o y su ambición g u i a d o ,
« Con el rey A g r a m a n t e á Francia v i n o ,
« D o n d e , s e g ú n el cielo m e p r e v i n o ,
« Convertirse á la fe d e Cristo d e b e
« Y á m a n o s d e u n traidor morir en breve.
« A t l a n t e s o y : mi a m o r por é l , mi anhelo
« De libertarle d e su adversa s u e r t e
Allante vencido par Bradamante. ( T . I, p . M .
« A fundar m e m o v i e r o n e s e alcázar,
« D o n d e preso e s p e r é c o n él h o y v e r t e
« Y c o n otros ilustres paladines
« Y damas q u e , d e t o d o s l o s c o n f i n e s
« Del o r b e , hacia e s t e atrajo
ORLANDO FURIOSO.
« P o r alegrar s u s o l e d a d . E x c e p t o
« La l i b e r t a d , linaje
« De gozo no hay, ventura no hay alguna
« Q u e e s a feliz m o r a d a n o r e ú n a .
« Y q u é , ¿ tan d u l c e vida
« P r e t e n d e r á s turbar c o n tu v e n i d a ?
« ¡ A h ! si n o e s m é n o s q u e tu r o s t r o b e l l o
« Tu c o r a z o n , n o d e R o g e r m e impida
« La d i c h a h a c e r e n q u e m i d i c h a s e l l o .
« Mi e s c u d o , m i b r i d ó n , si te a c o m o d a ,
« T o m a ; si a m i g o s e n m i alcázar t i e n e s ,
« Da l i b e r t a d á d o s , á t r e s , á t o d a
« La g e n t e q u e h a y e n é l ; m a s n o m e l l e n e s ,
<( L l e v á n d o t e á R o g e r , de e t e r n o d u e l o ,
o A n t e s , ántes tu brazo
« D e mi a l m a y d e mi c u e r p o c o r t e el l a z o .
— « R o m p e r l o s de R o g e r , d i c e la d a m a ,
« La sola c a u s a f u é d e mi v e n i d a ;
« En v a n o p u e s mi c o m p a s i o n i m p l o r a s .
« ¡ Q u é ! ¿por ventura ignoras
« Q u e e s e c a b a l l o , tu b r o q u e l , tu v i d a
« Están e n m i p o d e r ? ¿ C ó m o s u p o n e s
« Que aun cuando tuyos fueran todavía,
« En dejar y o p e n a r e n t u s p r i s i o n e s
« AI v a l i e n t e R o g e r c o n s e n t i r í a ?
« N o ; si l o s c i e l o s s u i n f e l i c e s u e r t e
« Ya te h a n p r e d i c h o , e n v a n o
« A su querer intentas oponerte.
« No m e supliques p u e s , mísero a n c i a n o ,
« Q u e la v i d a te q u i t e ; un a l m a f u e r t e
« A s u b r a z o e n c o m i e n d a tal e n c a r g o ,
« Y hacerlo p u e d e s t ú , l u e g o que abiertas
« D e t u p a l a c i o m e h a g a s v e r las p u e r t a s . »
D i c e , y h á c i a la roca
V i e n d o al a n c i a n o q u e s u s p a s o s g u i a ,
C e r c a dél s e c o l o c a ,
Q u e d e s u a b a t i m i e n t o n o s e fia.
J u n t o s l l e g a n e n b r e v e á d o e n la p e ñ a
Una hendidura el m á g i c o le e n s e ñ a ,
Y en ella e n t r a n d o , la escalera mira
Que hasta la puerta del palacio gira.
V e s e , cabe esta p u e r t a ,
Una losa d e i g n o t o s caracteres
Y d e extrañas i m á g e n e s cubierta.
Álzala el m a g o , y l u e g o ,
Unos vasos quebrando
Que debajo se hallaban y e n l o s cuales
Oculto ardia inextinguible f u e g o ,
Sus lazos r o m p e cual romper s u s r e d e s
Suele tal v e z pintado j i l g u e r i l l o .
Y con é l . d e l castillo
Desparecen las torres y paredes.
L i b r e , p u e s , e n el c a m p o , e n e s t e instante
Se v e cuanta b e l d a d , c u a n t o caudillo
Alií g e m í a , y m a s d e uno hay q u e pena
Siente al dejar esta morada a m e n a .
Allí Prasildo e s t a b a , n o b l e j o v e n
Que v i n o c o n Reinaldo del L e v a n t e ;
Su a m i g o Iroldo está con él. Gradaso
S e halla también a l l í , y el r e y circaso.
La bella B r a d a m a n t e
Ve e n fin á s u R o g e r , q u e , d e amor c i e g o ,
Viene á lanzarse e n t r e sus brazos l u e g o ,
Con toda la violencia c o n q u e late
Su corazon d e s d e q u e , e n un c o m b a t e ,
Por salvarle la v i d a ,
Fué e n la frente la virgen mal herida.
Largo d e contar fuera c o m o y c u a n d o ,
N o c h e y dia por hórrida e s p e s u r a
V a g a r o n , sin h a l l a r s e , á la ventura.
Hoy q u e j u n t o s s e v e n , y , n o ignorando
A quien d e b e el remedio d e s u s m a l e s ,
En j ú b i l o el g u e r r e r o r e b o s a n d o ,
S e j u z g a el m a s feliz d e l o s mortales.
Con ella l u e g o d e s c e n d i e n d o al v a l l e ,
Testigo d e su t r i u n f o , al Hipogrifo
Que arrebatado fuera Ganimédes
Vió q u e ai arzón c o l g a d o todavía
Del patrio i m p e r i o á las c e l e s t e s s e d e s ,
El e s c u d o del m á g i c o tenia.
Y tiembla por R o g e r , q u e e n gallardía
Por c o g e r l e del f r e n o
Con él y e n gracia c o m p e t i r podría.
La dama v a ; m a s , c u a n d o c e r c a l l e g a ,
Á v i d a , c o n los o j o s ,
Sus alas él d e s p l i e g a
S i g u e al h é r o e ; y , así q u e d e s p a r e c e ,
Y va á pararse e n m e d i o á la c o l m a .
Lo s i g u e el c o r a z o n lleno d e e n o j o s .
En seguirle s e o b s t i n a
Esta ilusión e n fin s e d e s v a n e c e ,
La h e r m o s a v i r g e n : m a s s e o b s t m a e n v a n o ;
Y, p r o r u m p i e n d o e n d o l o r o s o l l a n t o ,
Que a s í , c o n s u i n c e s a n t e m o v i m i e n t o , A Frontino s e a c e r c a , y e n él m o n t a ,
Frustra su v i v o afan el m o n s t r u o a l a d o , Bien decidida á conservarlo e n tanto
C u a l , g i r a n d o del u n o al o t r o l a d o , Que v o l v e r l o á s u d u e ñ o n o c o n s i g a :
Frustra el d e l can a t e n t o P u e s la d u l c e e s p e r a n z a
Corneja astuta. P o r d i s t i n t o r u m b o De v e r d e n u e v o á su R o g e r abriga.
Parten R o g e r , G r a d a s o , Sacripante
Mas d e Hipogrifo el ímpetu no alcanza
Y l o s d e m á s g u e r r e r o s , el paraje
A refrenar el h é r o e , q u e del llano
Cada cual á o c u p a r d o n d e s u p o n e n
El m a s e r g u i d o m o n t e
Mas p r e s u m i b l e q u e Hipogrifo baje. r
i n t e n t a ya diferenciar e n v a n o ;
L u e g o q u e d e s d e el m o n t e al valle umbrío
Y c u a n d o , e n fin, tan alto s e l e v a n t a ,
Hacer e s t e l e s h i z o m a s d e u n v i a j e ,
Que e n el e s p a c i o u n á t o m o p a r e c e ,
Ante Roger a p a c i g u ó s u b r í o .
T o m a el r u m b o q u e s u e l e
Tan g r a n d e e s el cariño q u e p r o f e s a T o m a r el sol c u a n d o á la mar s e l a n z a ,
Atlante al j o v e n , e n q u i e n m i r a u n l u j o ,
Y v o g a cual bajel á quien i m p e l e
Que d e p e n s a r 110 c e s a Brisa h a l a g ü e ñ a e n tiempo d e bonanza.
C o m o salvarle d e l a s u e r t e impía
A m e r c e d d e l o s v i e n t o s , entre t a n t o ,
Que s u fatal e s t r e l l a l e p r e d i j o . Surca R e i n a l d o el ponto e m b r a v e c i d o .
Con e s t e o b j e t o al Ilipogrifo e n v í a Que d e bramar n o c e s a ,
P o r q u e á climas r e m o t o s s e l o l l e v e .
Y á la c o s t a e s c o c e s a ,
S u freno c o g e el h é r o e ; m a s , e n b r e v e , Por l a s h i n c h a d a s olas i m p e l i d o ,
Viendo que en v a n o anhela Llega p o r fin. La selva
Conducirlo tras s í , d e l s u y o s a l t a , D e s c u b r e a l l í , c u y o recinto umbrío
Sobre Hipogrifo m o n t a y c o n la e s p u e l a , T e s t i g o f u é d e l a u t a y tanta hazaña.
A n i m a n d o s u a r d o r , su ijar e s m a l t a . Vagan e n t r e s u s sombras caballeros
Corre el m o n s t r u o al p r i n c i p i o ; m a s , s u v u e i o F a m o s o s por s u e s f u e r z o y p o d e r í o ,
L e v a n t a n d o d e s p u e s , rápido s u r c a Q u e , d e s d e el p o l o f r i ó ,
Las r e g i o n e s d e l aire y las del c i e l o .
De F r a n c i a , d e Germán ¡a y d e Bretaña,
La h e r m o s a d a m a , q u e e n p e l i g r o tanto A •ejercitar v i n i e r o n sus aceros.
Mira á Roger, s e t u r b a , s e e s t r e m e c e , Quien g r a n valor e n si n o s i e n t a , el paso
Recuerda c o n e s p a n t o
56 ORLANDO FURIOSO. CANTO IV
N o dirija á e s l a s s e l v a s , « Cual ni e n la e d a d a n t i g u a ni e n la n u e s t r a ,
H o n r a d a s por G a l a s o , « A paladín a l g u n o d e p a r a r a .
Tristan, A r t u s , Galbano, Lanzarote « Del a p o y o d e tu á n i m o v t u diestra
Y otros m u c h o s g u e r r e r o s , celebrados « La princesa Ginebra h o y ' n e c e s i t a
En r o m a n c e s a n t i g u o s y m o d e r n o s , « Contra u n g u e r r e r o , c u y a a l e v e l e n g u a
Cuyos nombres eternos « De tal v i r t u d n o t e m e hablar e n m e n g u a
En mil t r o f e o s v i v i r á n g r a b a d o s . « Al r e y e s t e g u e r r e r o la ha a c u s a d o
S u s b e l l a s a r m a s , s u c o r c e l lijero « 'Por o d i o , m a s q u e c o n r a z ó n , infiero)
R e i n a l d o v e ; p o r la a r e n o s a p l a y a « De h a b e r á m e d i a n o c h e p r e s e n c i a d o
S u c a m i n o e m p r e n d i e n d o , al m a r i n e r o « Entrar e n s u a p o s e n t o á u n c a b a l l e r o .
Manda q u e á W á r i c h á a g u a r d a r l e v a y a . «"V e s la ley e n E s c o c i a tan s e v e r a .
S o l o , sin e s c u d e r o , incierto flota « Q u e á m o r i r e n la h o g u e r a
P o r la s e l v a , a v e n t u r a s « C o n d e n a á toda d a m a q u e a c u s a d a
Solícito b u s c a n d o , cuando nota « E s d e un d e s l i z , n o s i e n d o d e s p o s a d a ,
En m e d i o á la e s p e s u r a u n a a b a d í a , « A m e n o s q u e un g u e r r e r o
« A d e s m e n t i r al a c u s a n t e v e n g a ,
Q u e d e s u h a b e r g r a n parte c o n s u m í a
« Y, c o n él c o m b a t i e n d o , el t r u n f o o b t e n g a
En o b s e q u i a r l a s d a m a s y g u e r r e r o s
Q u e , e n t o r n o d e l l a , erraban n o c h e y dia. « L l e n o el r e y d e d o l o r , la t r i s t e s u e r t e
« P r e v e y e n d o d e s u hija
Grata a c o g i d a , e n s u r e c i n t o s a n t o ,
Los r e l i g i o s o s á R e i n a l d o d i e r o n , « Si d e u n m e s e n el t é r m i n o 110 s e halla
Y una espléndida mesa apercibieron, « Un paladín tan f u e r t e
Adornada d e cuanto « Que en singular batalla
Satisfacer p u d i e r a s u a p e t i t o . « V e n z a al a c u s a d o r , e d i c t o s fija
Satisfízolo; y, l u e g o , « Por todas sus ciudades y castillos.
Al abad p r e g u n t ó d o n d e s e hallaban « Su m a n o prometiendo y u n estado
Los s i t i o s b i e n h a d a d o s , « Al q u e ( s i e n d o d e o r i g e n e l e v a d o ;
En q u e dar r i e n d a al b e l i c o s o f u e g o « A lidiar por Ginebra s e p r e s e n t e ,
Pudieron tantos héroes esforzados. « Y h a g a á Lurcanio c o n f e s a r q u e m i e n t e .
CASTO TI.
El rey de Escocia otorga á Ariodante la mano de su hija y le da
en dote el ducado de Albania. — Yiaje aéreo de Roger y su
llegada á la isla de Alcina. — Descripción de esta hechicera
y de su encantadora morada. — Astolfo, transformado en
mirto, trata con sus consejos de preservar á Roger de las
seducciones de Alcina. — Lidia Roger contra una turba de
Mísero a q u e l q u e y e r r a
Ver e s p e r a n d o i m p u n e s u d e l i t o ,
Q u e , si n o hay q u i e n l e a c u s e , h a s t a la tierra,
Hasta el aire alzará c o n t r a él el g r i t o ;
Y el m i s m o D i o s , q u e al p e c a d o r c o n s i e n t e
Celar s u c r i m e n u n o y o t r o d i a ,
A d e s c u b r i r l o al fin s i e m p r e l e g u i a .
C o n la m u e r t e d e l ú n i c o t e s t i g o
De s u m a l d a d , p e n s a b a P o l i n e s o
En e t e r n o s i l e n c i o s e p u l t a r l a
Y conjurar así t o d o c a s t i g o .
Mas, e s t e n u e v o e x c e s o ,
Por celar otro e s c e s o , c o m e t i d o ,
El i n s t a n t e fatal a c e l e r a n d o
Que hubiera cuando m e n o s diferido,
C o n la v i d a p e r d e r l e h i z o e n u n dia
Amigos , patria, bienes
Y h o n o r , t e s o r o d e m a y o r valía.
ORLANDO FURIOSO. CANTO VI. 79
Ya dije c u a l , m o v i d o El m i s m o s e d i s p o n e el h i e r r o i n s a n o
Al ver q u e n a d i e a c u d e á d e f e n d e l l a .
Por l o s r u e g o s del r e y , l a s n o b l e s s i e n e s
En e f e c t o , o r a s e a
D e s c u b r e el p a l a d í n d e la p r i n c e s a - ,
Que h a s t a á l o s m a s i n t r é p i d o s a s u s t a
P e r o n o d i j e c u a l f u é la s o r p r e s a
El v a l o r d e L u r c a n i o , ora q u e j u s t a ,
De la c o r l e y d e l r e y , v i e n d o el s e m b l a n t e
De e s t e g u e r r e r o o y é n d o l a e n el l a b i o ,
Del m i s m o c u y o t r á g i c o d e s t i n o
La a c u s a c i ó n al p ú b l i c o p a r e z c a ,
Refiriera á Ginebra e l p e r e g r i n o .
A vindicar s u agravio
impelido Ariodante
Hallar el r e y n o p u e d e q u i e n s e o f r e z c a .
Por insana p a s i ó n , d e s d e una roca
« ¡ A h , m í s e r o d e m i ! ¿ C ó m o p o d r í a , >»
Al m a r s e l a n z a c o n a r d o r f u n e s t o ;
S e d e c i a A r i o d a n t e , « e n t r e las l l a m a s
Mas á t o c a r s u p e c h o v i e n e p r e s t o
« Verla e s p i r a r y p o r la c u l p a n u a ?
Aquel instinto natural q u e inspira
« De m i a l m a n o r t e , d e m i s o j o s f a r o ,
El t e m o r d e la m u e r t e al q u e d e l é j o s ,
« Dejarte y o n o d e b o sin a m p a r o ,
Tal v e z d e s e s p e r a d o , la p r o v o c a ,
« Y si s a l v a r t e mi v a l o r n o p u e d e
Cuando su torva faz de cerca mira.
« V e n c i d o c o n h o n o r al m é n o s q u e d e .
De i n s e n s a t a y d e l o c a
« Sé q u e r a z ó n n o t e n g o ;
Su audaz r e s o l u c i ó n c a l i f i c a n d o ,
« Sé q u e á l i d i a r p o r la injusticia v e n g o ;
Ariodante, con brazo vigoroso,
« N o m e a r r e d r a el m o r i r ; m a s m e a c o b a r d a
Las t u r b i a s a g u a s d e la m a r c o r t a n d o ,
« El p e n s a r e n la s u e r t e
T o r n a á la p l a y a , y , p o r s e n d e r o e x t r a ñ o ,
« Que tras mi m u e r t e á la p r i n c e s a a g u a r d a .
L l e g a á la h a b i t a c i ó n d e u n e r m i t a ñ o .
« Una, e m p e r o , una idea
Desconocido y s o l o , en esta cueva « V i e n e á t e m p l a r d e mi d o l o r el p e s o ,
Vivir s e p r o p o n í a , « Y e s q u e e n la lid c o m p a r e c e r n o v e a
Hasta saber q u é e f e c t o aquella n u e v a « La infiel á P o l i n e s o ,
E n la bella p r i n c e s a p r o d u c í a ; « Por c u y o a m o r e x p u s o asi s u s d i a s ,
E n e s c u c h a r n o t a r d a allí q u e , á p o n t o « En t a n t o q u e , d e s u h o n r a e n la d e f e n s a ,
De e s p i r a r , la d o n c e l l a , e n s u d e l i r i o « V e r á s o l o b r i l l a r las a r m a s m i a s .
El n o m b r e d e A r i o d a n t e r e p i t i e n d o , « S í ; d e mí p r o p i o h e r m a n o ,
Le a c h a c a b a el r i g o r d e s u m a r t i r i o . « Que á reparar mi afrenta s e d i s p o n e ,
Concordar no p o d i a « Recabaré v e n g a n z a , ó de su mano
El a m a n t e i n f e l i z l o q u e e s c u c h a b a « Recibiré la m u e r t e ,
C o n lo q u e , c l a r o c u a l la luz d e l d i a , « Que v e n g a r c o n s u s armas se propone. »
S e g u r o él m i s m o d e h a b e r v i s t o e s t a b a . Dice : y n u e v o b r i d ó n y n u e v a s a r m a s
O y e n d o e n fin q u e á s u a d o r a d a b e l l a
Y negra vestidura
Lurcanio a c u s a , en cólera se enciende
Y n e g r o e s c u d o , t a c h o n a d o á listas
Contra su p r o p i o h e r m a n o ,
De n e g r o y d e a m a r i l l o , s e p r o c u r a ,
Que su honra v e n g a y su razón d e f i e n d e ,
P a r t e ; y á p o c o e n c u e n t r a un e x t r a n j e r o
Y á m o v e r e n f a v o r d e la d o n c e l l a
80 ORLANDO FURIOSO.
Su faz v u e l t o el g u e r r e r o , agora al m o n t e ,
Agora al m a r , p o r respirar e l aura
Que s u c a n s a d o espíritu r e s t a u r a ; ,
Y , acosado de s e d y de fatiga,
En las o n d a s m i t i g a
El ardor d e s u p e c h o q u e , sin t r e g u a s ,
Cubierto d e l p a v é s y la l o r i g a ,
A n d u v o e n s u c o r c e l m a s d e mil l e g u a s .
La a r o m á t i c a y e r b a
P a c i e n d o , el b r u t o e n t o r n o al m i r t o gira,
C u a n d o , d e p r o n t o h u y e n d o , s e retira
De n o s é q u é q u e e n la e s p e s u r a observa.
N o c o n s i g u e soltarse-, m a s , c o n r o n c o
E s t r u e n d o , el arrayan s u c o p a a b a j a ,
Y , d e su g a l a d e s p o j a d o e l t r o n c o .
Cruje y r e c h i n a , y , r o t o , s e desgaja.
Cual l e ñ o q u e , arrojado
E n m e d i o d e la llama abrasadora
Que s u s p ú t r i d a s m é d u l a s d e v o r a ,
Ardientes chispas murmurando tanza,
Así s e agita e l m i r t o q u e b r a n t a d o ,
Y , c o n a c e n t o claro y l a s t i m e r o .
Dirige e s t a s palabras al g u e r r e r o :
« Si n o e s m é n o s c o r t e s y g e n e r o s o
« Tu corazon que bello tu s e m b l a n t e ,
« De mi t r o n c o al c o r c e l p o r Dios desata.
« La fortuna h a r t o ingrata
« Me e s ya sin q u e tú v e n g a s e s t e dia
« A a c r e c e n t a r mi bárbara a g o n í a . »
E s c u c h a n d o e s t a v o z , v u e l v e e n el acto
La faz y e s t u p e f a c t o
Nota R o g e r q u e s a l e del a r b u s t o .
Dispuesto á d a r l e g u s t o
Roger en la isla de Alcina. ( T . I, p. 82.
Suelta el c a b a l l o , y , b i e n q u e c o n v e r g ü e n z a .
En e s t a f o r m a á r a z o n a r c o m i e n z a -.
« ¡Oh s e l v á t i c a D i o s a ! ¡ o h tú q u i e n quiera
« Q u e , d e e s t a o p a c a s e l v a e n el r e c i n t o ,
« Bajo ruda c o r t e z a , h u m a n o instinto
« Y humana voz escondes'! s i , imprudente,
« Tus hojas o f e n d í q u e e t e r n a m e n t e
« Respetaron l o s v i e n t o s y e l g r a n i z o ,
« Fué q u e nunca p e n s é q u e s e escondiera
« Un alma viva e n forma tan g r o s e r a ;
« Mas si del mal q u e mi i g n o r a n c i a te tiizo
« Alguna parte resarcir m e e s d a d o ,
« Por aquella q u e h e c h i z o
« Es d e mi a m a n t e c o r a z o n , te j u r o
« Hacer tanto por t i , q u e e s t o y s e g u r o
« De c o n s e g u i r la gracia q u e reclamo. »
No bien d e hablar el h é r o e asi t e r m i n a ,
Trémulo el mirto c o n f r a g o r rechina
Semejante al d e u n r a m o
•Lanzado verde e n e n e m i g o f u e g o ;
Por s u ruda c o r t e z a ,
Sudor c o p i o s o á discurrir e m p i e z a ,
Y d e e s t e m o d o al h é r o e d i c e l u e g o :
« De tu alma la n o b l e z a
« Estimulando , o h p a l a d í n , la m i a ,
« A referirte v o y q u i é n fui u n dia,
« Y q u i é n , e n esta p l a y a ,
« En mirto estéril t r a s f o r m a d o m e haya.
« Astolfo fui. Bajo las l i s e s d e o r o
« Lidiando s i e m p r e , hice t e m b l a r al Moro.
« Del c o n d e Orlando y del d e A m o n fui p r i m o ;
« La Bretaña á mi padre o b e d e c í a ,
« Y la c o r o n a d e e s t e r e i n o o p i m o
« De la s u y a á mi s i e n p a s a r debia.
« Mi belleza, á m a s d e u n a e n a m o r a n d o ,
« La causa e s h o y d e mi d e s t i n o infando.
« El a d a l i d d e B r a v a ; « S o b r e s u l o m o a v á n z o m e bien p r e s t o
K C u a n d o , al p r i m e r a l b o r d e u n c l a r o d í a , « Reinaldo m e aconseja
K A n u e s t r a v i s t a a p a r e c i ó el p a l a c i o « Y D u d o n q u e mi a f a n n o s a t i s f a g a ;
« De Alcina, á q u i e n b i e n presto, á b r e v e espacio « Mas ya la a s t u t a m a g a
<( D e a l l í , s e n t a d a v i m o s p o r el s u e l o « Está á mi l a d o y á mi l a d o d e j a ,
« S o l a , sin r e d p e s c a n d o y sin a n z u e l o . « Y á mi p e s a r , la p l a y a c o n el m o n s t r u o .
« El d e l f í n á s u s p l a n t a s a c o r r í a , « Q u e d e R e i n a l d o y d e D u d o n m e aleja.
« A q u e l , por darme ayuda ,
« Y el g r u e s o a t ú n , a b i e r t a la a n c h a b o c a .
« Salta á la m a r , q u e a l z á n d o s e s a ñ u d a
« El b u e y d e m a r , l a f o c a ,
« Ruina a m e n a z a , destrucción y m u e r t e .
a De su sueño letárgico saliendo,
« Y , desde aquel instante,
« A su voz a c u d í a n . Gruesas bandas
« N o s é c u a l f u é del p a l a d í n la s u e r t e .
« Iban detras d e b a r b o s , tiburones,
« Bodavallos y sollos y salmones, « C o n s u é l a m e la m a g a , y á mi lado
« U n a e n o r m e b a l l e n a , la m a s g r a n d e « H a b i e n d o t o d o el dia
« Q u e v i ó la m a r s i n d u d a e n s u e s m e r a l d a , « Y la s i g u i e n t e n o c h e c a m i n a d o ,
« Aparece d e s p u e s ; s u negra espalda « A una ínsula m e guia
« De c u y a m a y o r p a r t e h i z o s e ñ o r a
« Once varas y m a s s o b r e las o n d a s
« A Alcina s u c o d i c i a u s u r p a d o r a .
« Descubre. Inmóbil esta m o l e inmensa
„ Viendo, un islote ver cada cual piensa. « De e s t e y t o d o s s u s b i e n e s h e r e d e r a
« Dejó su p a d r e á L o g i s t i l a , q u e era
« La s e d u c t o r a h e r m a n a
« La s o l a q u e , e n t r e t o d a s las h e r m a n a s ,
« De la c é l e b r e m á g i c a Mor g a n a
« De l e g í t i m o t á l a m o n a c i e r a ;
« T i e n d e la v i s t a s o b r e m i . Mí a s p e c t o
« Pues que (sabido es esto)
« Causa e n s u p e c h o u n s ú b i t o t r a s t o r n o •,
" Hijas eran d e i n c e s t o
« M a s , d e mí v i e n d o e n torno
« Las otras d o s . Al v e r l a , h u y e n d o el v i c i o .
« T a n t o s g u e r r e r o s , c o n a s t u c i a rara
« E n t r e g a r s e d e l b i e n al e j e r c i c i o ,
« A separarme d e l l o s se prepara. « Liga f o r m a r o n e s t a s c o n t r a a q u e l l a ,
« Caballeros, n o s d i c e , « Y , por l a n z a r l a d e í n s u l a tan b e l l a .
« Si e n mi m a n s i ó n f e l i c e « Numerosas l e g i o n e s han armado
« Entrar o s p l a c e á d e s c a n s a r , b i e n p r o n t o « Y m a s de c i e n c a s t i l l o s l e h a n q u i t a d o .
« Os h a r é v e r la c o p i a p e r e g r i n a « Y de todos sus bienes
« D e c u a n t o p e z d i s t i n t o n u t r e el p o n t o « La d e s p o j a r a la f r a t e r n a s a ñ a ,
« E n el s e n o d e s u o n d a c r i s t a l i n a . « Si la m a r , p o r u n l a d o ,
« C o n m i g o , e m p e r o , sobre aquella arena, « Y por el o t r o u n a á s p e r a m o n t a ñ a
« Donde siempre á estas horas aparece, « El p a s o n o c e r r a s e n , c o m o cierra
« Venid antes á v e r una sirena « El alto m o n t e y el p r o f u n d o rio
« A cuyo canto el piélago enmudece. « La e n t r a d a d e la E s c o c i a al d e Inglaterra.
« E n e s t o , á m í s e a c e r c a la b a l l e n a . « M a s , ¿ p o r q u é d e mi a s u n t o m e d e s v í o ?
« Ciega victima y o de ardor f u n e s t o ,
ORLANDO FURIOSO. CANTO N . 87
<c A n s i a s a b r a s a d o r a s 1
« A r r o y o ú f u e n t e , ó f i e r a , ó p e ñ a , ó rio.
« En l o h o n d o d e s u p e c h o Alcina s i e n t e , « Oh t ú , s e ñ o r , q a e p o r i g n o t a vía
« Y y o , á ta v i s t a d e e s t e a m o r , d e l m i ó • « A d e s t r u i r d e a l g u n o la a l e g r í a
« S i e n t o t a m b i é n c r e c e r el f u e g o a r d i e n t e . « Hacia e s t e s u e l o dirigiste el p a s o ,
« ¡ C u a n p o c o , o h D i o s , e n tan f e l i c e s h o r a s « De Alcina d u e ñ o , a c a s o ,
« D e mi p a t r i a m e a c u e r d o y d e mi g e n t e ! « S o b r e t o d o m o r t a l , p o r rara s u e r t e ,
« E n r e d a d o d e Alcina al b l a n c o c u e l l o « Venturoso s e r á s ; mas teme v e r t e ,
« J u z g ó m e e l h o m b r e m a s feliz d e l m u n d o , « Al d e s p e r t a r d e u n e n g a ñ o s o s u e ñ o ,
« Y , al v e r s u r o s t r o b e l l o , « T r o c a d o e n b r u t o , e n p e ñ a , e n flor ó e n leív .
« Mi d i c h a t o d a e n adorarla f u n d o . « Este a v i s o , g u s t o s o t e d o y o r a ,
« T a n t a , m a y o r a c a s o q u e la m i a , « Si bien tal v e z n o l l e g u e á a p r o v e c h a r t e :
« Era s u l l a m a , y n u e v a s « Mas c o n v i e n e q u e el a r t e
« De e l l a m e d a b a á c a d a i n s t a n t e p r u e b a s . « Conozcas de esa infame seductora.
« De s u perfidia a c a s o p r e s e r v a r t e
« P o r mi a m o r , o l v i d ó c u a n t o s a m a n t e s
« P o d r á s , b i e n q u e l o d u d o , y si c o n s i g u e s
« De s u s c a r i c i a s d i s f r u t a b a n aiites.
« Que s u b e l d a d t u e s p í r i t u n o a s o m b r e
« D e m i s e a c o n s e j a b a , y n o c h e y dia
« Harás l o q u e j a m a s p u d o h a c e r h o m b r e . »
« Vivíamos en dulce compañía.
«. ¡Mas a h ! ¿ p o r q u é la llaga R o g e r , á q u i e n la f a m a
K Q u e m i p e c h o d e s t r o z a , asi r e n u e v o ? I n s t r u y ó d e q u e A s t o l f o era p a r i e n t e
a ¿Porqué, miéntras buscar alivio d e b o , De la c é l e b r e d a m a
« E n ella m a s y m a s c l a v o la d a g a ? P o r q u i e n tan v i v o a m o r s u p e c h o s i e n t e ,
« D o s m e s e s n o g o c é tan d u l c e e s t a d o •, S e d u e l e al v e r l o e n m i r t o c o n v e r t i d o ;
« P u e s , miéntras mas amado M a s , d e aliviar s u c u i t a
« Y m a s feliz j u z g á b a m e q u e n u n c a , Otro m e d i o n o v i e n d o , s e l i m i t a
« S u a f e c t o r e t i r á n d o m e la i n g r a t a , A dar a l i e n t o á s u á n i m o a b a t i d o .
« Mis h a l a g ü e ñ a s e s p e r a n z a s t r u n c a •, E i n f o r m á n d o s e l u e g o d e la v i a
« Me aleja c o n d e s d e n , y m e m a l t r a t a , Q u e , sin pasar d e Alcina por el r e i n o ,
« Dando á o t r o el corazon que m e arrebata. A la m a n s i ó n d e L o g i s t i l a g u i a ;
« De i n g r a t i t u d y d e i n c o n s t a n c i a alarde « Otro c a m i n o e x i s t e , d i c e el m i r t o ,
« Hizo siempre la maga; « Mas d e p e ñ a s c o s á s p e r o s c u b i e r t o .
« Mas, por m i d a ñ o , conocí m u y tarde « T o m a n d o h á c i a tu d i e s t r a ,
« Q u e á t o d o s s i e m p r e asi la i n f a m e p a g a . . « A aquel monte desierto
« Y á f i n d e q u e n i n g u n o p o r el o r b e « Que v e s allí, d i r i g i r á s t u s h u e l l a s ;
« A propalar su escándalo se v a y a , « Mas n o p i e n s e s , s e ñ o r , q u e s i n q u e r e l l a s
« Y d e s e g u i r la e s t o r b e « P o d r á s e n tal c a m i n o a v e n t u r a r t e ,
« E n s u t o r p e e x i s t e n c i a , e n edta playa « Que de monstruos verás terribles huestes
« C o n v i e r t e , á su albedrío, « El p a s o p a l m o á p a l m o d i s p u t a r t e ,
« A c u a l e n c e d r o , á cual e n m i r t o ü tiaya, « C u a n d o á pasar s u s l i m i t e s t e a p r e s t e s . »
88 ORLANDO FURIOSO.
Al m i r t o el paladín l a s g r a c i a s d a n d o , Cual a s n o l e n t o ó b u e y p e s a d o r i g e ;
Para p a r t i r d i s p ó n e s e , j u r a n d o Cual d e un c e n t a u r o l a s e s p a l d a s b r u m a ;
E m p l e a r d e s u b r a z o t o d o el b r í o Cual d e u n a g r u l l a ó d e un h a l c ó n la p l u m a .
P o r r e s i s t i r d e Alcina al p o d e r í o . Un v a s o el u n o l l é v a s e á la b o c a ;
Su primer m o v i m i e n t o Un c u e r n o el o t r o t o c a ;
F u é d e m o n t a r e n el c o r c e l a l a d o ; C u a l , m a c h o ó h e m b r a , y cual h e r m a f r o d i t a ,
Mas d e t ú v o s e al v e r c u a n a r r i e s g a d o De u n garfio v i e n e a r m a d o ó d e u n a p a i a ;
Cual d e u n a l i m a s o r d a ó d e u n a e s c a l a .
Era l a n z a r s e á la r e g i ó n d e l v i e n t o
S o b r e u n c o r c e l q u e al f r e n o n o a t e n d í a . Sobre e n o r m e galápago marchaba ,
« Con la e s p a d a , d e c i a , E n el b á q u i c o s u e ñ o s e p u l t a d o ,
« El p a s o m e a b r i r é ; » m a s n o d o s m i l l a s El c a p i t a n d e e s t a c a t e r v a h e d i o n d a ,
Cuyo amplio vientre y c u y a faz redonda
C a m i n a d e la m a r p o r l a s o r i l l a s
De t o d o s l o s d e m á s l e d i s t i n g u í a n .
C u a n d o s u s ojos d e la m a g a a d v i e r t e n
En torno d é l , marchaban varios o t r o s
La s o b e r b i a c i u d a d . E n t o r n o d e l l a
Q u e el c u r s o d e l g a l á p a g o r e g i a n .
F u e r t e m u r a l l a , q u e s e e l e v a al c i e l o
Uno enjugaba d e su torva frente
Y que un hermoso término c o m p r e n d e ,
El c o p i o s o s u d o r q u e la i n u n d a b a ;
Mira R o g e r . N o falta q u i e n p r e t e n d e
Otro del sol a r d i e n t e
Q u e o b r a f u é d e la a l q u i m i a
Con u n l i e n z o l o s r a y o s m i t i g a b a ;
Este elevado muro
O t r o , q u e h u m a n o el p i é t i e n e , y e l v i e n t r e
Q u e el brillo t i e n e d e l m e t a l m a s p u r o .
Y cabeza de perro, c o n ladridos
Al l l e g a r c e r c a d é l , a b a n d o n a n d o
Al p a l a d í n q u i e r e o b l i g a r á q u e e n t r e
R o g e r la llana y a n c h a c a r r e t e r a
E n la c i u d a d q u e á s u s e s p a l d a s q u e d a .
Q u e v a d e Alcina h a s t a el p a l a c i o i n f a n d o ,
« J a m á s , » dice Roger, « miéntras que p u e d a
T o m a á la i z q u i e r d a p o r l a a n g o s t a r u t a
« E s t e m i b r a z o m a n e j a r la e s p a d a . »
Q u e l e c o n d u c e al pié d e l a m o n t a n a .
Cuyo p o m o e m p u ñ a n d o c o n su diestra
Do presto, e n torno s u y o , h u e s t e extraña La a g u d a p u n t a á s u a d v e r s a r i o m u e s t r a .
V e , q u e t e n a z el p a s o l e d i s p u t a .
A r d e el m o n s t r u o e n f u r o r . C o n u n a l a n z a
D e tan i n f o r m e s m o n s t r u o s n u n c a c u p o
A h e r i r al h é r o e s e d i s p o n e , c u a n d o
Al m u n d o ver m a s a s q u e r o s o g r u p o .
E s t e s o b r e él f u r i o s o s e a b a l a n z a ,
C o n c u e r p o de h o m b r e , d e m a n d r i l ó g a t o ,
Y s u e s p a d a h a s t a el p o m o
E n la c a b e z a a q u e l m u e s t r a e l r e t r a t o .
E n el v i e n t r e d e l m o n s t r u o s e p u l t a n d o ,
Cual d e u n sátiro el p i é d e s c u b r i r d e j a ,
H a c e a s o m a r la p u n t a p o r el l o m o .
C u a l , c o r r i e n d o , al c e n t a u r o s e a s e m e j a .
S u e s c u d o e n t o n c e s c o n la i z q u i e r d a e m b r a z a ,
La j u v e n t u d d e s n u d a
Y c o n la d i e s t r a á la c a t e r v a e m b i s t e .
O f e n d e c o n s u s g e s t o s la d e c e n c i a ,
Mas e s tan n u m e r o s a
Y la v e j e z , bajo s u p i e l v e l l u d a ,
La n a u s e a b u n d a h u e s t e q u e l e a c o s a ,
Muestra la a g i t a c i ó n d e l a d e m e n c i a .
Que e n v a n o , e n vano h i e r e ,
Cual d e u n c o r c e l sin f r e n o el f l a n c o a f l i g e :
9 0 ORLANDO FURIOSO.
E n v a n o m a t a ; la i n s o l e n t e turba S i e m p r e q u e tal p a r e z c a al q u e l o v e a ?
Con o t r o s u s t i t u y e a aquel q u e m u e r e . De r o p a s v e r d e s t o d a s a d o r n a d a s ,
Y p o r librarse d e e l l o s v a n o f u e r a Y de verdes guirnaldas c o r o n a d a s ,
El d e s e o del h é r o e , a u n q u e t u v i e r a P o r el umbral y e n t o r n o á l a s c o l u m n a s
Mas m a n o s y m a s b r a z o s q u e B n a r e a Bailando, en t a n t o , giran mil d o n c e l l a s ,
A s u s p l a n t a s p o s t r a r la h u e s t e e n t e r a Q u e , á ser mas recatadas,
Bien pudo e n un instante, Parecieran quizá m u c h o m a s bellas.
D e s c u b r i e n d o el b r o q u e l d e l v i e j o A t l a n t e ; Sus gracias, sus ofertas
Al g u e r r e r o s e d u c e n ,
Mas ó n o l o p e n s ó , ó el v e n c i m i e n t o
Tuvo á m é n o s deber á encantamiento. Y del t e m p l o d e a m o r h a s ! a l a s p u e r t a s ,
En v o l u p t u o s o s g r u p o s , l e c o n d u c e n .
Y en tanto que l o s últimos esfuerzos,
S í , del t e m p l o d e a m o r ; q u e allí sin dud
Por verse libre, h a c i a ,
Debió n a c e r y allí fijar s u a l b e r g u e ,
Y á vencer ó morir se disponía,
Do, e n j u e g o alegre y en festiva danza,
P o r l a s l u c i e n t e s p u e r t a s del p a l a c i o
Vueta el t i e m p o a m e d i d a q u e s e a v a n z a .
D o s d a m a s v e salir. Su rico t r a j e ,
La v e j e z , l o s d i s g u s t o s , la p o b r e r a
Su gracioso a d e m a n , su bello p o r t e , H u y e n d e aquella d e l i c i o s a e s t a n c i a ,
M u e s t r a n el e s p l e n d o r d e s u linaje
Y c o n p r ó d i g a m a n o e n ella v i e r t e
Y l o s h á b i t o s r e g i o s de u n a c o r t e .
S u b e n é f i c o c u e r n o la a b u n d a n c i a .
De u n u n i c o r n i o , b l a n c o
La d u l c e p r i m a v e r a n o a b a n d o n a
Cual el m a s p u r o a r m i ñ o , E s t o s sitios j a m a s . De u n f r e s c o a r r o y o
V i e n e c a d a u n a c o m p r i m i e n d o el í l a n c o ; A la orilla s e n t a d o , s o b r e u n p o y o .
Y e s t a n t a s u b e l d a d , tal e s s u a l i ñ o , P o r aquí el u n o c á n t i c o s e n t o n a .
Q u e la v i s t a y el a l m a a n t e ellas c e d e n S o b r e la v e r d e a l f o m b r a
Y de aquello que ven juzgar no pueden. Trisca a q u e l por a l l í ; m i e n t r a s d e u n c e d r o
I.as d a m a s , d i r i g i é n d o s e h á c i a el p r a d o Otro s e n t a d o á la a p a c i b l e s o m b r a ,
D o n d e K o g e r c o n t r a la vil canalla Con u n s u c o n f i d e n t e r e t i r a d o ,
Sostiene cruda y desigual batalla, De s u p e c h o r e v é l a l e el e s t a d o .
Las blancas m a n o s tiéndenle amorosas.
De l o s p i n o s y a b e t o s por las c o p a s
É l , d e púrpura y rosas
Vagan a m o r e s e n a l a d a s t r o p a s .
S u s m e j i l l a s t i ñ e n d o , l e s da g r a c i a s ,
Cual e n herir s e e m p l e a ,
Y, lleno de contento s o b r e h u m a n o ,
Con s u s d a r d o s , a l t i v o s c o r a z o n e s ;
Al c a s t i l l o c o n ellas m a r c h a u f a n o . Cual e n cantar s u s t r i u n f o s Be r e c r e a ;
D e l a s m a s raras p i e d r a s d e L e v a n t e Cual templa s u s s a e t a s á la m a r g e n
A d o r n a d o s e m u e s t r a el f r o n t i s p i c i o De u n a r r o y o t r a n q u i l o ;
De e s t e bello edificio. Cual a g u z a e n l a s m á r m o l e s s u filo.
Cuatro gruesas columnas de diamante
En e s t o , a n t e el g u e r r e r o d e n o d a d o ,
S o s t i e n e n la m a g n í f i c a p o r t a d a , Conduciendo un c o r c e l , cuyos arreos
¿Y q u é i m p o r t a q u e a q u e l fino n o s e a
De perlas y o r o brillan c o n t r o f e o s ,
S e p r e s e n t a u n m a n c e b o preparado
A seguirle en su viaje,
Y el ardor y el coraje
Del b r u t o alado á refrenar. Las d a m a s ,
A c u y a vista h u y ó la c h u s m a a l e v e ,
A c e r c á n d o s e al h é r o e : « V u e s t r o a m p a r o ,
« Dicen, señor, á reclamar n o s m u e v e
« De vuestra gloria e l e s p l e n d o r preclaro.
« N o léjos d e e s t o s sitios c o r r e m a n s o ,
« P o r e s e llano , u n r i o ,
« Cuyo p u e n t e d e f i e n d e sin d e s c a n s o
« De u n a m a g a falaz el arte i m p í o ,
«i Erifile e s s u n o m b r e . S u estatura
« A la e s t a t u r a d e u n g i g a n t e e x c e d e ;
«Largo es su diente, agudo y ponzoñoso;
« Sus uñas y sus garras son de un o s o ;
« Y e s tanta s u m a l d a d , q u e , n o c o n t e n t a
« C o n cerrar el c a m i n o
« Al q u e aquel p u e n t e atravesar i n t e n t a ,
« E n recorrer e s t e j a r d í n s e g o z a ,
« Y sus plantas, sus árboles destroza.
« De la f e r o z c a t e r v a
« Que v i n o e n t u c a m i n o á m o l e s t a r t e ,
« Esa maga proterva
« En su seno llevó la mayor parte:
« Y t o d o s , que e n maldad se le parecen,
« Sus órdenes s u m i s o s obedecen. »
— « No , p r o r u m p e R o g e r , una b a t a l l a ,
« M i l trabaré por v o s ; q u e a q u e s t a mella
« Que c i r c u n d a m i p e c h o
« J a m a s vestí por a d q u i r i r r i q u e z a s .
« La i n o c e n c i a , el d e r e c h o ,
« La b e l d a d , cual l a v u e s t r a ,
K M u e v e n t a n s o l o m i i n c a n s a b l e diestra. »
L a s damas e s t a o f e r t a a g r a d e c i e r o n ,
D i g n a d e u n j o v e n d e t a n raro b r i o ,
Y , á la orilla d e l r i o ,
t Su plática sabrosa s u s p e n d i e r o n .
Cubierta d e loriga r e f u l g e n t e
Llega la m a g a e n e s t o sobre el p u e n t e .
Mas s u s p e n d e r hasta otro c a n t o quiero
Lo q u e c o n ella avino al caballero.
CANTO TIL
Vence Roger á la g i g a n t a E n f i l e . — A m o r e s d e Alcina y d e
R o g e r . — B r a d a m a n t o e n t r e g a á Melisa el anillo e n c a n t a d o .
— T o m a Melisa la f o r m a d e A l l a n t e . — P r e s é n t a s e á R o g e r ;
r e c o n v i é n e l e , d e s v a n e c e s u s ilusiones y tórnale á la l i b e r t a d .
Cosas m u c h a s y extrañas
Ve q u i e n c a m i n a lejos d e s u tierra :
Cosas q u e el v u l g o n e c i o
Oye con menosprecio
Y toma por e m b u s t e s ó p a t r a ñ a s ,
Cual c o n t o d a s l a s c o s a s le s u c e d e
Que v e r él m i s m o ó q u e palpar n o p u e d e .
Asi, yo no m e espanto
Si n o s e da g r a n c r é d i t o á mi canto.
Nada e m p e r o m e importa. Al ignorante
Que m i s cantos d e s p r e c i e , y o desprecio.
De m i fatiga e s g a l a r d ó n bastante
Merecer el a p r e c i o
Del h o m b r e d e s a b e r y e n t e n d i m i e n t o ,
A q u i e n tan s o l o persuadir intento.
S o b r e u n d i s f o r m e l o b o d e la Apulia
Que e n alto y g r u e s o á u n b u e y lleva ventaja,
C u y o s asientos n u n c a e l f r e n o saja ,
Y cuyo lomo encubre
Costosísima s i l l a ,
La giganta Enfila vencida por Roger. (T. 1, p . » 3 0
Sobre el p u e n t e á la m a g a s e descubre.
Ciñe su p e c h o y su robusta espalda
Áurea coraza q u e esmaltada brilla
Con ricas piedras d e color d i s t i n t o ,
ORLANDO FURIOSO.
Encarnado r u b í , v e r d e esmeralda .
Amarillo t o p a c i o , azul jacinto.
Diversa d e c o l o r , m a s e n e l corte
Pareja á la q u e llevan á la corte
Los o b i s p o s por c i m a d e su c o t a ,
Túnica parda d e su cuello flota,
Y un grueso sapo de ponzoña henchido
En su c i m e r a y su broquel s e nota.
No b i e n al h é r o e v i d o
La m á g i c a , hácia el p u e n t e
Con las d o s bellas damas a c e r c a r s e ,
En alta v o z : « D e t e n t e ,
« V u e l v e , » le g r i t a , « atras •,» m a s , sin turbarse,
El fuerte paladín su lanza aprieta
Y á su a d v e r s a r i a , a m e n a z a n d o , reta.
Presta la m a g a hácia él s u lobo e m p u j a ,
E n el a r z ó n s e a f e r r a ,
Y, la l a n z a sacando d e la c u j a ,
Hace temblar bajo s u s pies la tierra;
Mas c o n v i o l e n t o c h o q u e , d e r e p e n t e ,
S e s i n t i ó d e t e n i d a , q u e e n la frente
P o r la e n e m i g a lanza m a l h e r i d a ,
A s e i s b r a z a s del l o b o
S o b r e el prado c a y ó casi sin vida.
La e s p a d a e l v e n c e d o r sacando e n t ó n e o s ,
La c e r v i z altanera
S e d i s p o n e á cortar á la h e c h i c e r a ,
C u a n d o , e n v o z a l t a , á las d o n c e l l a s oy;e
Que le gritan : « S e ñ o r , baste á tu gloria,
« B a s t e el haber v e n c i d o
« Sin mancillar c o n sangre tu victoria. »
Suelta e.l h i e r r o B o g e r , y c o n l a s damas
El p u e n t e a t r a v e s a n d o
Entra e n u n b o s q u e . Inestricables ramas
La s e n d a c u b r e n áspera y e s t r e c h a
Que c o n d u c e d e r e c h a
A la c u m b r e d e un m o a t e . W o t r o r l a d o
De e s t e m o n t e escarpado
Un e s p a c i o s o llano se c o l u m b r a
Do u n palacio m a g n i f i c o s e e n c u m b r a .
De u n a brillante c o r t e a c o m p a ñ a d a ,
llasta s u s p u e r t a s e x t e r i o r e s v i e n e
La bella Alcina e n busca del g u e r r e r o ,
A q u i e n , con g e s t o afable y p l a c e n t e r o ,
En su m o r a d a e s p l é n d i d a r e t i e n e .
Cual al Señor del c i e l o 1o recibe
La amable g e n t e q u e e n s u s s e n o s v i v e .
Allí t o d o s l o s r o s t r o s i l u m i n a ,
En grado casi i g u a l , g r a c i a , dulzura
Bondad y j u v e n t u d . S o l o d e Alcina
Entre las otras la b e l d a d d e s c u e l l a ,
Cual la del s o l al l a d o d e u n a estrella.
Su gracia n o b l e , s u belleza rara
A imitar n o alcanzara
El m a s d o c t o pincel. Largo c a b e l l o ,
Del oro e n v i d i a , e n r i z o s a n u d a d o ,
Bate gentil su a l a b a s t r i n o c u e l l o .
De lirio y rosas el c o l o r m e z c l a d o ,
Por su rostro e s p a r c i é n d o s e , contrasta
Con s u frente s e r e n a ,
Do brilla s o l o c a n d i d a a z u c e n a .
Bajo d o s n e g r o s y s u t i l e s a r c o s
Brillan d o s n e g r o s o j o s , c l a r o s s o l e s
E n cumplir l o q u e o f r e c e n s i e m p r e parcos.
En torno del l o s y e n s u d u l c u f u e g o
Amor s e place e n v o l u p t u o s o j u e g o ,
Y templa a g u d a s Hechas
Que s i e m p r e v a n al c o r a z o n f e c h a s .
De e s t e rostro p e r f e c t o
Baja por m e d i a u n a nariz divina.
La envidia e n fio el m í n i m o d e f e c t o
Alcina y su c o r t e v i e n e n al Buscara e n v a n e á la b e l d a d dfr Alcina.
Entre d o s g r a c i o s í s i m o s h o y u e l o s
Lucen d o s hilos d e p r e c i o s a s p e r l a s ,
Y un bello labio del c a r m i n m a s |«aro
Ya las e s c o n d e y y a p e r m i t e verlas ;
De e s t e p u r p ú r e o labio s e d e s p r e n d e n ¡ I n c a u t o ! Se figura
Que d e v e n g a n z a la pasión a l e v e
Las amables r a z o n e s
Al triste d u q u e c o n t r a Alcina m u e v e .
Q u e e n viva llama el c o r a z o n e n c i e n d e n .
La cara i m a g e n d e la dama bella
Allí s e f o r m a aquella d u l c e , t i e r n a ,
Por c u y o a m o r R o g e r suspira t a n t o ,
Angelical sonrisa,
Huye d e s u alma y a ; q u e , por e n c a n t o ,
E n q u e el mortal divisa
Todo otro n o m b r e d e s t e r r a n d o d e l l a ,
Los g o c e s todos d e u n a dicha eterna.
El s u y o s o l o la h e c h i c e r a e s c u l p e .
Blanca cual el marfil e s s u garganta.
Digno e s p u e s el g u e r r e r o s e disculpo
De su s e n o d e n i e v e
La ilusión q u e u n instante
A cada lado un globo se levanta
Le hace olvidar s u a m o r por Bradamante.
Q u e , a g i t a d o , se m u e v e
A poco ralo s i é n t a n s e á la m e s a .
Cual las o n d a s q u e forma v i e n t o leve.
De liras, arpas y o t r o s i n s t r u m e n t o s
D e s u s e n c a n t o s descubrir el resto
Los s o n o r o s a c e n t o s
Los cien ojos de un Argos n o p o d r í a n ;
De repetir la a t m ó s f e r a n o c e s a .
Mas e s d e s u p o n e r q u e c o r r e s p o n d e
Con v o z m e l i f l u a , l u e g o , del a m o r
A a q u e l l o q u e s e v e lo q u e se e s c o n d e .
Las delicias c e l e b r a u n t r o v a d o r ,
Guarda s u brazo j u s t o Y , d e la exaltación e n l o s c a p r i c h o s ,
P e r f e c t a p r o p o r c i o n c o n t o d o el busto. Extraños s e o y e n y g r a c i o s o s d i c h o s .
Termínalo una mano de a z u c e n a ,
¿ Qué s u c e s o r d e Nino
Q u e e n torneados d e d o s s e p r o l o n g a ,
Festín j a m a s a d e r e z ó cual e s t e ?
Y a c u y a tersa c a n d i d e z n o hay v e n a ,
¿ Con q u é b a n q u e t e al v e n c e d o r latino
N o h a y arruga ni n u d o q u e se o p o n g a .
Obsequió la o s t e n t o s a Cleopatra
Un p i é l i j e r o , e s b e l t o y r e c o g i d o
Comparable al q u e al j o v e n ,
S o s t i e n e e n fin á aquella A quien finge q u e adora y q u e idolatra,
Q u e s e muestra á R o g e r afable y bella. Presenta Alcina? En la mansion c e l e s t e
¿ Q u é e x t r a ñ o e s p u e s q u e el paladín c a u t i v o Festín igual y o d u d o que s e a p r e s t e .
Q u e d a s e e n e s t a red ? La v o z , el canto
Los platos y las m e s a s alzan l u e g o ,
De A l c i n a , s u mirar, s u andar l a s c i v o ,
Y, sentados e n c o r r o , alegre j u e g o
D e s u sonrisa e n fin el atractivo
E m p i e z a n . Mil s e c r e t o s
V i e n d o R o g e r , s e inclina De labio e n labio v u e l a n ;
A c r e e r falso c u a n t o Los d e la maga y d e Roger d i s c r e t o s
O y ó decir al mirto sobre Alcina, S u pasión m u t u a m e n t e s e r e v e l a n ;
P u e s sospechar no puede que se esconda En pláticas sabrosas s e e n t r e t i e n e n
B a j o tal candidez maldad tan h o n d a .
Y la n o c h e e n pasar j u n t o s c o n v i e n e n .
Y m a s bien i m a g i n a Los j u e g o s por l o tanto c e s a n ántes
Q u e castigo el q u e Astolfo allí p a d e c e
De la hora á q u e a c o s t u m b r a n ,
E s d e s u ingratitud , y q u e m e r e c e
Y pajes c o n b l a n d o n e s rutilantes
Esta pena y mayor por su impostura.
I. ™ 5
El o s c u r o salou d e n u e v o alumbran. D o n d e , e n t r e la zozobra y la e s p e r a n z a ,
De séquito brillante a c o m p a ñ a d o Lucha Roger. Al v e r l a , por s u s v e n a s
Marcha l u e g o Roger al blando l e c h o Siente hervir él su s a n g r e , su alma apénas
Que l e fué p r e p a r a d o , Tanta ventura á concebir alcanza.
De la estancia mas f r e s c a , Loco d e a m o r , se lanza
Mas c ó m o d a y m a s r i c a , bajo el t e c h o . Del lecho al s u e l o , hacía la dama a c u d e ,
Y así q u e n u e v a y e s c a Y c i e g o , abalanzándose á s u s brazos,
P r e s e n t a n c o n almíbares y v i n o s Su c u e r p o c i ñ e con tan fuertes lazos
Al f u e g o en q u e el g u e r r e r o ya s e e n c i e n d e , Que ni t i e m p o l e da q u e s e d e s n u d e .
Y así q u e , s a l u d á n d o l e , el c a m i n o Por fortuna e l l a , e m p e r o .
Para s u estancia c a d a cual e m p r e n d e , Vestido j u s t o ó túnica n o t r a e ;
De p e r f u m a d o l i n o Solo sutil cendal q u e , del guerrero
R o g e r entre d o s s á b a n a s s e e x t i e n d e , Al primer m o v i m i e n t o , á tierra c a e ,
Y, a t e n t o s i e m p r e á v e r si Alcina l l e g a , Cubierta así q u e d a n d o únicamente
A i l u s i o n e s d u l c í s i m a s s e entrega. De una blanca camisa trasparente
Al m e n o r ruido q u e o y e , la c a b e z a Que sus gracias o c u l t a , cual su arena
Alza c r e y e n d o v e r á la q u e a g u a r d a ; Encubre f u e n t e límpida y serena.
P e r o , « n o e s e l l a , ¡ o h c i e l o s , c u a n t o tarda! No con tan fuerte v í n c u l o s e e n l a z a
« N o e s e l l a , n o , » s e dice c o n tristeza. La yedra al o l m o q u e nacer la v i d o ,
Tal v e z salta del l e c h o ; abre la p u e r t a , C o m o , e n g o z o u n o y otro s u m e r g i d o ,
Mira; m a s n a d a v e ; n i n g u n o v i e n e , Al uno el o t r o c o n violencia abraza.
Y mil v e c e s y mil m a l d i c e la hora Del incienso s a b e o
Que p a r e c e d e t i e n e PeRfumc igual n o e x p i d e n l o s v a p o r e s ,
En e s t e instante e l ala voladora. Ni de s u a v e s llores
« Ya n o m e e n g a ñ o , ella e s , » d e n u e v o dice Las aromas igualan
Y, e n el inquieto ardor q u e ie alucina, Al q u e l o s labios d e los dos a m a n t e s ,
Las pisadas c a l c u l a q u e de Alcina En abrasados ó s c u l o s , e x h a l a n .
Hacerle d e b e n p o s e s o r felice. En el p a l a c i o , en t a n t o , h o n d o misterio
Mas la ilusión d i s í p a s e , y , bien p r e s t o , Sus a m o r e s e n c u b r e ,
Al t e m o r e n t r e g á n d o s e , recela O encubrir á lo m é n o s a p a r e n t a ;
Que v e n g a algún o b s t á c u l o f u n e s t o Que n o t e m e r e p r o c h e ó vituperio
A frustrar el afan q u e l e d e s v e l a . Quien calla l o q u e v e , sí quien lo c u e n t a .
Con aromas y a f e i t e s , s e g ú n u s o , No hay placer en la tierra, n o h a y d e l i c i a ,
S e p e r f u m ó la m a g a y s e c o m p u s o ; Que d e uno* y o t r o a m a n t e
Y, cierta d e q u e á t o d o s e n su alcázar Las almas no e n a j e n e á cada instante.
Profundo sueño e n languidez sepulta, Ora á una m e s a e s p l é n d i d a se s i e n t a n ;
C o n silencio s e a v a n z a Teatros por a q u í , por allá danzas
llácia la e s t a n c i a o c u l t a Y j u e g o s á s a vista s e p r e s e n t a n -
100 ORLANDO FURIOSO.
« A u n a infeliz m u j e r ? Si s o y h e r m o s a ,
Anegados en llanto,
« Cual l o p r e t e n d e el v u l g o , b i e n f u n e s t a
Misera h a c i a la tierra r e v o l v í a
« Me ha s i d o m i b e l d a d . N o al c i e l o g r a c i a s
Q u e , h u y e n d o , decrecía.
« Tributaré p o r e s t a ,
La triste n o c h e s u e n l u t a d o m a n t o
« Causa fatal d e t o d a s m i s d e s g r a c i a s .
S o b r e la t i e r r a y s o b r e el m a r t e n d í a
« Ella á m i h e r m a n o Argalia d i ó la m u e r t e
C u a n d o , á la d i e s t r a el p a l a f r é n v o l v i e n d o ,
<c A pesar d e sus armas encantadas.
C o n d u c e á la i n f e l i z s o b r e u n a s r o c a s
« Ella d e la i m p í a s u e r t e
Que, h e n d i d a s , abren espantosas bocas.
« De mi p a d r e infeliz la c a u s a h a s i d o .
Al v e r s e s o l a e n m e d i o d e u n d e s i e r t o « Ella m e h a r e d u c i d o
Q u e al c o r a z o n m a s firme d i e r a e s p a n t o , « A esta e x i s t e n c i a e r r a n t e . D e s p o j a d a
E s el q u e s i e n t e t a n t o , « Del t r o n o d e m i s p a d r e s , sin a m i g o s ,
Que, mas bien que mujer, cadáver yerto « Sin p a t r i a , sin h o n o r y a u n sin m o r a d a ,
A s e m e j a ó e s t a t u a . Sin a l i e n t o , « ¿ Para q u é q u i e r o , ¡ o h pérfida f o r t u n a !
Sin v o z , sin m o v i m i e n t o , altas las p a l m a s , « La e x i s t e n c i a q u e t a n t o m e i m p o r t u n a ?
Con l l a n t o y l a n g u i d e z , s u s l u c e s b e l l a s
« Con bárbara p i e d a d , ya que s u m i r m e
Alzando á las e s t r e l l a s ,
« N o q u i s i s t e e n l a s o l a s , si á lo m e n o s
E s t a r p a r e c e al q u e g o b i e r n a el m u n d o
« En pábulo m e dieras
Echando en cara su dolor p r o f u n d o :
« A las v o r a c e s fieras
Y e n s í , tras l a r g o r a t o , al c a b o v u e l t a ,
« Q u e habitar d e b e n e s t o s h o n d o s s e n o s ,
De e s t e m o d o s u v o z e n q u e j a s s u e l t a .
« Por p r i m e r v e z , al acabar m i v i d a ,
« ¿ Cuándo, ¡ oh fortuna! cuándo « Gracias y o tributárate r e n d i d a . »
« Cesará t u r i g o r d e p e r s e g u i r m e ? Miéntras así s u s q u e j a s e x h a l a b a
« ¿Asaz n o h i c e á t u s f u r o r e s d a n d o La m í s e r a d o n c e l l a ,
« Una existencia triste, El p é r f i d o e r m i t a ñ o , q u e s e i s d í a s ,
" Que arrancarme pudiste Por desusadas v i a s ,
« S e p u l t á n d o m e en m e d i o de esas o l a s ,
Llegara á a q u e l l o s s i t i o s á n t e s q u e e l l a ,
« Y que á suerte mas cruda
S u p e n a a d v i e r t e d e s d e u n a alta r o c a ,
« Has r e s e r v a d o ¡ o h b á r b a r a ! sin d u d a ?
Y, al p u n t o d e s c e n d i e n d o ,
« A mi a n g u s t i a d o p e c h o C a b e ella s e c o l o c a ,
« ¿ Q u é e s l o q u e q u e d a p o r s u f r i r ? Del t r o n o La m a s p r o f u n d a d e v o c i o n fingiendo.
« D o n d e á s e n t a r m e m e l l a m ó el d e r e c h o
Maravilloso e f e c t o la p r e s e n c i a
v Me d e r r o c ó t u d e s p i a d a d o e n c o n o ,
De u n s é r h u m a n o e n l o s s e n t i d o s o b r a
« R o b á n d o m e el h o n o r ; p u e s si e s s e g u r o
De Angélica, que no lo reconoce.
« Que ileso e x i s t e y puro, Calmada, p u e s , un tanto su zozobra,
« Es seguro también que expuesto queda « De m i s u e r t e i n f e l i c e ,
« A las s o s p e c h a s , q u e a l g ú n tanto f u n d a « Oh p a d r e , c o m p a d é c e t e , » le d i c e ,
« Mí v i d a i n c i e r t a , e r r a n t e y v a g a b u n d a . Y, e n t r e s o l l o z o s m i l , s u c u i t a g r a v e
« Y, p e r d i d o e l h o n o r , ¿ q u é e s l o q u e resta
R e f i e r e á aquel q u e c u a n t o pasa sabe. De c u y o s m o r a d o r e s
Con d e v o t a s palabras el anciano Perecieron los m a s á l o s furores
De la grey e s p a n t o s a d e P r o t e o .
S u pena amarga á mitigar e m p i e z a ;
Cuentan, ciertas ó n o , viejas h i s t o r i a s ,
P e r o , bien p r e s t o , c o n aleve m a n o
Que aquel solio ocupaba
De s u faz y s u s e n o la pureza
Un p o d e r o s o r e y . J o v e n y bella
Osa tocar, y , c o n i n m u n d o l a b i o ,
Hija t e n i a , por la cual Proteo
A la belleza y al a m o r agravio
Dentro del agua e n c i é n d e s e e n d e s e o ,
S e preparaba á h a c e r , c u a n d o animosa
Y á la orilla del mar s o l o con ella
La v i r g e n l e r e c h a z a ,
Encontrándose u n d í a ,
Su faz t i ñ e n d o d e carmin y rosa.
De su audacia y s u amor l e da tal prueba
S a c a n d o e n t o n c e u n frasco del bolsillo
Que e n s u s entrañas la infeliz la lleva.
El v i e j o a t r o z , del liquido q u e encierra
Del inflexible p a d r e f u é t r e m e n d o
Con u n a gota apaga t o d o el brillo
El e n o j o al saber a q u e s t a n u e v a ,
De l o s m a s b e l l o s o j o s d e la tierra.
Y razones y e x c u s a s d e s o y e n d o ,
R e n d i d a por el s u e ñ o m a s p r o f u n d o
Mandó q u e , c o n el párvulo i n o c e n t e ,
Angélica los c i e r r a ,
Pereciera la m a d r e d e l i n c u e n t e .
Y e n poder q u e d a así del viejo i n m u n d o .
En s u furia v i o l e n t a ,
E n t o n c e s sí q u e s u s virgíneas gracias,
Al escuchar tan bárbara v e n g a n z a ,
C o n torpe m a n o y c o n m a s torpe b o c a ,
Proteo del g a n a d o q u e apacien'a
I m p u n e m e n t e él toca.
Los m o n s t r u o s t o d o s á la orilla l a n z a ,
S o l o c o n ella al v e r s e e n u n d e s i e r t o ,
Que l o s c a m p o s d e s t r u y e n ,
Su horrendo crimen consumar medita:
Los r e b a ñ o s , las casas y l o s p u e b l o s ,
Mas e n s u s v e n a s m u e r t o
De d o aterrados los v i v i e n t e s h u y e n ;
El f u e g o e s t á q u e su ansia n e c e s i t a :
Y á las fuertes c i u d a d e s muralladas
Y, cual rocin q u e , tras p e n o s a m a r c h a ,
Y por h o m b r e s sin c u e n t o custodiadas
S i n t i e n d o ora el t a l ó n , ora la r i e n d a ,
P o n e n estrecho asedio.
Quiere alzar la c a b e z a
Consultado el o r á c u l o , r e s p o n d e
Y el p a s o acelerar, débil tropieza
Que el m e d i o , el s o l o m e d i o
Y al s u e l o arrastra s u inflexible d u e ñ o ;
De aplacar tanta cólera seria
E n yano a s í , por s u ansia c o n s u m i d o ,
Presentar en la playa cada dia
Vino á tierra el h i p ó c r i t a , r e n d i d o
Al irritado dios u n a d o n c e l l a ,
De c a n s a n c i o , d e c ó l e r a y d e s u e ñ o .
Hasta q u e , una tan bella
P e r o , bien q u e d e Angélica no acabe
Cual la q u e fué sacrificada, hallando,
Aquí la cuita g r a v e , Sáciase e n ella s u f u r o r infando.
Del ¡Norte y del Ocaso
Triste es allí d e la beldad la s u e r t e
L o s apartados t é r m i n o s traspaso.
Desde que e x i s t e usanza tan s a n g r i e n t a ,
Hay m a s allá d e la r e m o t a Irlanda
Pues del m o n s t r u o la saña no c o n t e n t a ,
Una tierra n e f a n d a ,
A cuantas bellas v e da c r u d a m u e r t e , ' Al mísero A g r i c a n o ,
O , al v o l v e r s e á la m a r , á u n a orea impía Con media Escitia, á perecer c o n d u j o ?
De devorarlas la m i s i ó n c o n f i a . La gran beldad q u e fué por Sacripante
No p o d r é y o afirmar s i d e P r o t e o A su honor y á s u i m p e r i o p r e f e r i d a ,
E s v e r d a d e r a ó n o t o d a e s t a historia; La q u e e m p a ñ ó del paladín d e A n g l a n t e
Lo q u e e s c o s a n o t o r i a La fama e s c l a r e c i d a ,
E s q u e la l e y e x i s t e . T r i s t e c o s a Y por q u i e n vió Levante
El ser mujer e s ya p o r d o n d e q u i e r a ; Su g e n t e toda inquieta y c o n m o v i d a ,
Allí, n o s o l o e s t r i s t e , e s espantosa. Sola, afligida, hoy yace en suelo extraño,
¡ Guay d e la dama á q u i e n fortuna liera En l o s brazos del pérfido e r m i t a ñ o .
Tal v e z c o n d u c e á a q u e l paraje i n f a u s t o , A la b a r c a , do g i m e
D o n d e e s gran b i e n h a l l a r u n a extranjera Harta i n d e f e n s a d a m a , á q u i e n o p r i m e
Que ofrecer á Proteo e n h o l o c a u s t o . Dolo i g u a l , c o n d ü c e n l o c o n ella,
De m u j e r e s e x h a u s t o Y á la c u m b r e del mástil levantada
E m p e z á n d o l o á ver s u s h a b i t a n t e s , La lona ven al despertar q u e , hinchada
En bajeles sin n ú m e r o á distantes Por recio v i e n t o , los i m p e l e á tierra.
Playas c o r r i e n d o sin c e s a r , c o n d u c e n Allí, dentro d e u n f u e r t e
Doncellas mil q u e ya p o r fuerza r o b a n , La fiera g e n t e á la doncella e n c i e r r a ,
Va c o n el o r o ó la ficción s e d u c e n , Hasta el fatal instante d e su m u e r t e ;
D o n c e l l a s m i l d e t o d a s las n a c i o n e s Mas, f u é tanto el p o d e r d e su h e r m o s u r a
Que d e la ínsula p u e b l a n las prisiones. Aun s o b r e aquellos p e c h o s i n h u m a n o s , *
" De e s t o s viles c o r s a r i o s Que entregarla al suplicio difirieron
Una barca pasando a c a s o u n día Miéntras hallar p u d i e r o n
N o léjos d e l o s sitios s o l i t a r i o s Otras doncellas q u e e x p o n e r al m o n s t r u o ,
D o n d e , e n los b r a z o s d e l astuto v i e j o , Y el pueblo t o d o vió c o n s e n t i m i e n t o
La desgraciada A n g é l i c a d o r m í a , Llegar por fin el critico m o m e n t o .
En busca d e agua f r e s c a y d e m a d e r a , ¿ Q u i é n , quién p u e d e decir cuanto s u s p i r o
D e s c i e n d e á la ribera Cuanta queja la dama al cielo m a n d a ?
La c h u s m a q u e r i g i é n d o l a v e n i a . Yo por mi no m e a d m i r o
¡ Oh b e l d a d s o b e r a n a ! Si c o n su a c e n t o ablanda
¡ Joya mil v e c e s d e m a s i a d o h e r m o s a La r o c a , á q u e s u j e t a ,
Para g e n t e tan b á r b a r a y v i l l a n a ! El fin c o n t e m p l a d e s u s u e r t e infanda.
¡ O h fortuna cruel y r i g u r o s a ! Mas el dolor m e fuerza
i Quién pensará q u e e n la existencia h u m a n a A q u e l o s o j o s tuerza
Influjo tanto t e n g a s , q u e alimento Hácia otra parte. S o s e g a d o u n tanto,
Hagas d e u n ser c r u e n t o Mas tarde acaso e m p r e n d e r é mi c a n t o ;
A la beldad c u y o c e l e s t e i n f l u j o , Canto q u e acaso á c o m p a s i o n moviera
D e s d e el suelo del C a u c a s o al i n d i a n o , A la m a s cruda fiera
CANTO VIII. 123
Q u e d e la Libia e n l a s a r e n a s b r a m a . « Haya y o , n e c i o y l o c o , r e n u n c i a d o
¡ O h , si llegar d e s u a n g u s t i a d a d a m a « A vivir á tu l a d o n o c h e y d i a ?
Pudiera el e c o h a s t a el s e ñ o r d e A n g l a n t e I « ¡ A h ! ¿ p o r q u é , al v e r t e al d u q u e a b a n d o n a d a ,
¡ O h , si s a b e r R e i n a l d o y S a c r i p a n t e « De s u p o d e r 110 t e a r r a n c ó m i e s p a d a ?
P u d i e s e n d e s u A n g é l i c a la p e n a ! « Guardado al m é n o s e n Paris t e habría
Por r o m p e r s u c a d e n a « O con buena custodia e n algún f u e r t e ;
Acorrieran v e l o c e s , ¡ m a s e n v a n o ! « Q u e lo q u e m a s a f l i g e el a l m a m i a
Q u e d e s u p r e n d a cara « Es v e r á q u i e n s e e n c o m e n d ó t u s u e r t e .
Una i n m e n s a d i s t a n c i a l o s separa. « ¿ Q u i é n d e f e n d e r t e , q u i é n cual y o p o d r í a ,
E l cerco de P a r i s , en tanto, hacia « Cual y o q u e h a c e r l o d e b o h a s t a la m u e r t e ?
Con g r a n t e s ó n el hijo d e T r o v a n o , « ¡ O h mi v i d a , m i b i e n ! T o d o m e d i c e
L l e g a n d o á tal e x t r e m i d a d u n dia « Que debí, pude hacerlo y n o lo h i c e .
Q u e s u c u m b i r b a j o el p o d e r del Moro « ¿ D ó n d e sin m í , tan j o v e n , t a n h e r m o s a
Creyó v e r Carlos á las leyes de oro. « Diriges h o y el v a c i l a n t e p a s o ,
En t r a n c e t a n e x t r e m o « Cual corderilla q u e e n la s e l v a u m b r o s a ,
Al c i e l o el r e y s u s s ú p l i c a s d i r i g e , « Del h a t o d u l c e s e p a r a d a a c a s o ,
Y, a p i a d a d o d e l r i e s g o q u e l e a f l i g e , « Mientras c o n v o z c u i t a d a y l a s t i m o s a
El H a c e d o r s u p r e m o « A n u n c i a al m a y o r a l s u a c e r b o c a s o ,
C o n a b u n d a n t e lluvia el f u e g o a p a g a « P o r el l o b o v o r a z tan s o l o o i d a ,
Q u e h a c e r s e d u e ñ o de Paris a m a g a . « P i e r d e á s u s g a r r a s la i n d e f e n s a v i d a ?
E n la callada n o c h e , el triste Orlando « ¿ D o e s t á s , mi b i e n y m i e s p e r a n z a , a g o r a ?
V u e l v e y r e v u e l v e la p e n o s a idea « Tal v e z , p o r e s a s s e l v a s c a m i n a n d o ,
Q u e , e n s u a l m a s i e m p r e lija « De h a m b r i e n t o l o b o ó d e o n z a r o b a d o r a
Y siempre en incesante movimiento, « Victima f u i s t e , l é j o s d e t u Orlando.
Cual el r a y o d e l s o l q u e d e onda c l a r a , « De tu b e l d a d la flor e n c a n t a d o r a
Do s i e m p r e b u l l e , n u n c a s e s e p a r a , « Y otra m a s bella a u n , q u e c o n s e r v a n d o
No da u n solo m o m e n t o « Fui s i e m p r e e n tí c o n l a r g o a f a n , sin d u d a
De t r e g u a á s u a g i t a d o p e n s a m i e n t o . « C e d i e r o n d e o t r o á la v i o l e n c i a c r u d a .
En n u e v o s y mas férvidos deseos « ¡Oh sin v e n t u r a , o h m i s e r o ! ¿ q u é e s p e r o
S u c o r a z o n á c a d a i n s t a n t e inflama « Para m o r i r , p e r d i d a y a e s t a j o y a ?
La i m a g e n d e la d a m a « ¡ E t e r n o D i o s ! de mi s u p l i c i o fiero
Cuya huella perdió junto á Burdeos « Tu Majestad l o s e c o s n o d e s o y a ,
D e s d e e l d i a fatal d e la c o n t i e n d a « Q u e d e mi v i d a y mi a l m a d e s e s p e r o
En q u e e l B á v a r o d u q u e h u y ó s u tienda. « Si á mi flaqueza tu p o d e r n o a p o y a . »
Grave p e s a r e n s u á n i m o a n g u s t i a d o Así llanto y s u s p i r o s e x h a l a n d o
Este triste recuerdo producía. E n t r e sí d i c e el infeliz O r l a n d o .
« ¿ E s p o s i b l e , d e c i a , que tu agrado Mientras q u e , p o r d o q u i e r a , l o s m o r t a l e s
« D e s p u e s d e conseguir, ¡ o h vida m í a ! R e p o s o dan á s u s c a n s a d o s m i e m b r o s ,
« Para s i e m p r e , infelice ,
Cual sobre m u e l l e p l u m a ,
« Renuncia á verla. » En e s t o s e despierta
Cual e n t r e m u s g o , peñas ó z a r z a l e s ,
De lágrimas s u faz halla c u b i e r t a ;
Orlando s o l o , c u y o p e c h o b r u m a
Y, sin pensar cuan falsas son del s u e ñ o
Grave d o l o r , el párpado no cierra ,
Las i m á g e n e s v a g a s , s o b r e t o d o
O, si tal v e z l o cierra a l g ú n m o m e n t o ,
Cuando l a s forja u n insensato e m p e ñ o ,
S u e ñ o s fatales d o b l a n su t o r m e n t o .
El r i e s g o v e d e Angélica 5 del l e c h o
Figurábase el h é r o e trasportado
Lánzase h e n c h i d o d e furor el p e c h o ,
A un verjel delicioso,
Su espada t o m a , c i ñ e su l o r i g a ,
De las m a s bellas llores e s m a l t a d o , Sobre el r o b u s t o Rridadoro m o n t a ,
Y allí mirar el alabastro h e r m o s o Y s u c a m i n o á c o m e n z a r s e apronta
Que a m o r linó d e p ú r p u r a , y la viva Sin e s c u d e r o q u e s u s pasos siga.
L u m b r e q u e tanto corazon cautiva;
Y por p o d e r , sin m e n g u a d e su l u s t r e ,
De la tez hablo y d e l o s b e l l o s ojos
Arrostrar t o d o g é n e r o d e e m p r e s a s ,
Que al paladín d e Anglante dan e n o j o s .
Tomar n o q u i e r e la divisa ilustre
" Llénase a q u e s t e del m a y o r c o n t e n t o
De c u a r t e l e s d e plata y amarillos.
Que v e n t u r o s o a m a n t e sintió n u n c a •,
Quizá también p o r q u e d e su alma triste
M a s , a l z á n d o s e e n e s t o airado v i e n t o ,
Cuadre m e j o r c o n el p r o f u n d o l u t o .
Las llores aja y l o s arbustos trunca. Una armadura t o d a n e g r a v i s t e ,
N o f o r m a n m a s h o r r í s o n o concierto Que fué n o ha m u c h o s a ñ o s d e A m o s t a n o ,
L u c h a n d o , e l N o t o , el Austro y el L e v a n t e , A quien dió m u e r t e c o n su propia m a n o .
C o m o el q u e o y e el d e A n g l a n t e ,
Así, sin d e s p e d i r s e d e su t i o ,
Que e n v a n o d o á cubierto
Ni d e s u fiel a m i g o B r a n d i m a r t e ,
P o n e r s e b u s c a por aquel desierto.
De larga n o c h e bajo el manto u m b r í o ,
La d a m a e n t a n t o , sin saber por d o n d e ,
Sin ser por n a d i e d e s c u b i e r t o , parte.
En l o s o s c u r o s aires d e s p a r e c e 5
De la f u g a d e Orlando c o n d i s g u s t a
Y, b u s c á n d o l a , e l c o n d e
El sabio Cárlos e s c u c h ó la n u e v a ,
P o r s e l v a s y por c a m p o s va c o r r i e n d o ,
Que de su brazo i n t r é p i d o y r o b u s t o
E x c l a m a n d o : « ¡ I n f e l i z ! ¿ quién mi ventura Hoy m a s q u e n u n c a ha m e n e s t e r la p r u e b a ;
« En p e n a cambia y e n martirio h o r r e n d o ? » Y, del h o n o r d e s u s o b r i n o en m e n g u a ,
Calla l u e g o un i n s t a n t e , y s e figura Mas de una v e z s e desató su l e n g u a ,
E s c u c h a r el a c e n t o d e su dama Añadiendo que eterno
Q u e s u favor reclama. De esta f u g a c a s t i g o sufriría
A d o n d e o y e la v o z , lijero a c u d e , Si á s u p r e s e n c i a al p u n t o n o volvía.
A n s i o s o mira al uno y otro lado -,
B r a n d i m a r t e , q u e al c o n d e
Mas s e acrecienta su pesar n o v i e n d o
ü n cariño sin límites p r o f e s a ,
A n a d i e en d e r r e d o r , y s e redobla
Ya q u e d e hacerle abandonar su e m p r e s a
Y centuplica, oyendo
Abrigue la e s p e r a n z a ,
Otra v o z q u e le dice :
/
Ya que escuchar m a s t i e m p o le r e p u g n e
El vituperio que á su a m i g o alcanza,
En busca suva aquella n o c h e v u e l a ,
Y por temor d e que tal v e z lo i m p u g n e ,
Su noble plan ni á Flordelis revela.
Es esta una d o n c e l l a , á su alma c a r a ,
Modelo d e prudencia
De g r a c i a y de beldad. Sin s u Ucencia
De ella jamás su a m a n t e s e s e p a r a ,
Y si intentarlo h o y o s a
Es q u e v o l v e r espera á s u presencia
Antes q u e de su esposa
Torne el sol á los b r a z o s ; m a s en vano
Le aguarda Flordelis. U n m e s se pasa-,
Brandimarte no v u e l v e ,
E impelida del f u e g o e n q u e se abrasa
A partir también ella s e r e s u e l v e ,
Y varios climas en su b u s c a corre.
Mas d e j o á F l o r d e l i s , dejo a su a m a n t e ,
Q u e m e reclama el p a l a d i n d e Anglante
Del fuerte Almonte las gloriosas armas
A b a n d o n a n d o , llégase á E s puertas
Y, e n b a j a v o z , al j e f e q u e las guarda
S Í nombre dice. Al pronunciarlo abiertas
V e l a s , el héroe e n traspasar n o ai da
El p u e f t e , q u e tras él s e baja al p u n t o ,
Y e n emprender la v i a
Que recta al c a m p o del contrario guia.
Lo q u e alli le s u c e d e
E n el p r ó x i m o c a n t o v e r s e p u e d e .
>
CANTO IX.
° r i m e r a s y e x t r a o r d i n a r i a s p r o e z a s de O r l a n d o . — Principia la
n a r r a c i ó n de los infortunios de O l i m p i a . — H a z a ñ a s d e l h é r o e
en Holanda. — Da m u e r t e á C i m o s c o y libertad á B i r e n o . —
A p o d é r a s e del a r m a e n c a n t a d a d e l r e y frison y la a r r o j a al
m a r . — Ficción del poeta s o b r e el d e s c u b r i m i e n t o de la
pólvora.
U n o , e n tierra t e n d i d o ,
Otro, a p o y a d o sobre e l b r a z o , d u e r m e
A la m e r c e d del príncipe a g u e r r i d o ;
Mas d e herir al q u e i n e r m e
Dormido y a c e el paladín s e corre.
C i e g o , b u s c a n d o la adorada h u e l l a ,
Ve q u e por s e ñ a s llámale. A la orilla
L o s p a b e l l o n e s árabes recorre.
N o d e j a , e m p e r o , q u e su barca t o q u e ,
Si d e s p i e r t o á alguien v e , d e la d o n c e l l a
* Por t e m o r d e q u e e n e l l a ,
El a d e m a n y el traje le describe-,
Mal d e s u g r a d o , el h é r o e s e coloque.
N u e v a s a n s i o s o le pregunta d e l l a ,
A esta doncella el c o n d e
Y e l c a m i n o le r u e g a q u e le diga
Ruega q u e á la otra m á r g e n le c o n d u z c a ,
Que , para hallarla, e s m e n e s t e r q u e siga.
Y á s u s súplicas ella así r e s p o n d e :
Ceñido el p e c h o d e armadura m o r a ,
« Oh c a b a l l e r o , o h tú quienquier q u e s e a s ,
Y e n la l e n g u a del África v e r s a d o
« Si e n esta barca el pié poner d e s e a s ,
De tal m o d o q u e , o y é n d o l e , cualquiera
« Tu palabra h a s d e dar q u e á n t e s de u n m e s
En Trípoli nacido le c r e y e r a ,
« A unirte irás á la soberbia ilota,
Busca B o l d a n á aquella á q u i e n a d o r a ,
« A c u y a f r e n t e una ínsula r e m o t a
Sin t e m e r q u e e n las t i e n d a s e n e m i g a s
« Piensa e m b e s t i r el príncipe irlandés.
Le v e n g a á sorprender la n u e v a aurora.
« Al n o r t e e x i s t e d e la mar d e Irlanda
Tres n o c h e s y tres dias s e d e t i e n e « Esta tierra fatal llamada Ebuda.
Allí c o n e s t e objeto -, y , s u impaciencia « Legislación i n f a n d a
Viendo q u e al fin satisfacer n o o b t i e n e , « A sus rapaces moradores manda
La Gascuña r e c o r r e , la P r o v e n c i a , « Los m a r e s r e c o r r e r y hacer cautivas
D e s d e A u v e r n i a dirígese á Bretaña « Cuantas p u e d a n hallar j ó v e n e s bellas.
Y del p i c a r d o t é r m i n o al d e España. « Su objeto es e x p o n e l l a s
R e i n a b a la estación e n q u e abandona « Al r e n c o r d e u n a fiera destructora
T o d o á r b o l su odorífero r o p a j e , « Que u n a p o r dia sin piedad devora.
Y e n q u e las a v e s d e gentil p l u m a j e " Si la v o z del h o n o r , si la v o z m i a ,
Juntas s e v a n á m a s t e m p l a d a z o n a , (( Despiertan tu v a l o r y c o r t e s í a ,
Cuando e m p r e n d i ó el d e Anglante su carrera « Gracias rinde á la s u e r t e q u e benigna
Sin q n e ni la canícula ni el frió « Para tan alta e m p r e s a te d e s i g n a . »
Un s o l o i n s t a n t e d e m o r a r le hiciera. D i c e ; y n o p u e d e el ínclito g u e r r e r o
A la m á r g e n d e u n rio Acabar d e e s c u c h a r . Ser el p r i m e r o
Q u e , al B r e t ó n d i v i d i e n d o del N o r m a n d o , A a c o m e t e r tan alta e m p r e s a j u r a ,
Hácia el v e c i n o m a r , m a n s o , se m u e v e , Que á s u Angélica y a v e r s e figura
Llega e l g u e r r e r o e n o c a s i o n q u e , h e n c h i d o En p o d e r d e aquel p u e b l o audaz y fiero,
Con g r u e s a m a s a d e fundida n i e v e , Y c r e c e s u t e m o r c u a n d o medita
De su c a u c e ha s a l i d o , Q u e , c o n inútil c u i t a ,
Y e n s u furor el p u e n t e ha destruido. Buscándola corrió y a el orbe e n t e r o .
Miéntras corriendo d e u n o hácia o t r o lado De tal m o d o le agita
Un p u e n t e busca el paladín ó u n v a d o , Esta s o s p e c h a , q u e s u s planes m u d a
R i g i e n d o una barquilla Y l e d e c i d e á e n c a m i n a r s e á Ebuda.
Y s e n t a d a en su p o p a , á una d o n c e l l a A la tarde s i g u i e n t e
Llega á San Malo. E m b á r c a s e , y la vela
Al v i e n t o d e s p l e g a n d o , diligente
Deja á s u espalda San Miguel y v u e l a
por la alta mar. A s u siniestra m a n o
Quedan Breaco y Landriller. La quilla
S i g u i e n d o siempre el litoral b n t a n o ,
Llega á la blanca arcilla ««„«-nía
Que e l n o m b r e dio d e Albion a a q u e l l a orilla.
Mas el v i e n t o , q u e s o l o
Hasta e n t o n c e s s o p l ó por m e d i o d í a ,
S o p l a n d o e n t r e p o n i e n t e y e n t r e el p o l o ,
Les h a c e desandar e n s o l o u n día
El c a m i n o d e c u a t r o . De congoja
Y d e e s p a n t o c u b i e r t o , al marinero
Manda el patrón q u e , sin tardar recoja
Las v e l a s t o d a s y q u e e s f u e r z o s haga
Por contrastar del mar la furia aciaga.
Al c u a r t o dia e n fin el v i e n t o c e d e ,
Y entrar la n a v e p u e d e
En el s o b e r b i o rio q u e d e s a t a ,
Al pié d e A m b é r e s , su raudal de plata.
En el bajel la maltratada g e n t e
Corta d e l rio la v e l o z c o r r i e n t e ,
Cuando e n la o r i l l a , h a c i a la diestra m a n o ,
S e deja v e r u n v e n e r a b l e anciano
Q u e . al h é r o e saludando cual á u n h i j o ,
De e s t a m a n e r a e n v o z c o r t e s le dijo :
« En n o m b r e d e u n a bella
« Cuanto afligida dama te suplico
« Q u e , s i g u i e n d o mi h u e l l a ,
« A propouer un medio
« V e n g a s d e dar á s u dolor r e m e d i o .
« Hasta t u n a v e á v e r t e
« Ella m i s m a v e n d r á , si asi t e agrada;
« ¡ Mas a h ! s u infausta suerte
« NO e n c u e n t r e tu alma a l a piedad c e n a d a .
„ Otorga á la v o z mía
« Lo q u e n a d i e ha n e g a d o hasta e s t a día.
A tierra s a l t a , o y é n d o l e , el g u e r r e r o ,
Y, lleno d e b o n d a d y c o r t e s í a ,
S i g u e al a n c i a n o , q u e s u s p a s o s guia.
De u n alcázar asi llega á la entrada.
S u escalera s u b i e n d o , e n lo alto della
Una h e r m o s a doncella
Mira, e n d o l o r p r o f u n d o sepultada.
Paño enlutado e s c o n d e
Los m u r o s , y l o s t e c h o s , y los m u e b l e s
De las salas y cámaras, e n d o n d e ,
La bella dama i n t r o d u c i e n d o al c o n d e
Y haciéndole sentar, d e e s t a m a n e r a
Le habló c o n v o z turbada y lastimera :
« Ante tus o j o s t i e n e s ,
« Noble s e ñ o r , del c o n d e d e la Holanda
« A la hija m a l h a d a d a , á la q u e un d i a ,
« Bien cual si f u e s e s u ú n i c a h e r e d e r a ,
« De u n p a d r e a m a n t e f u e r a
« La g l o r i a , la e s p e r a n z a y la alegría.
« Feliz e n e s t e e s t a d o y o vivia
« C u a n d o , por c a s o , v i n o á vuestra corte
« El d u q u e d e Zelandia, q u e á Vizcaya
« A combatir contra l o s m o r o s iba.
« Su presencia m a r c i a l , s u n o b l e p o r t e ,
« Su j u v e n t u d mi c o r a z o n c a u t i v a ,
« Y al mirar el a m o r q u e m e p r o f e s a ,
« En el s u y o mi afecto s e interesa.
« Cuarenta d i a s , q u e c u a l u n m o m e n t o
« Trascurrieron v e l o c e s ,
« A n u e s t r o lado lo d e t u v o el v i e n t o ,
« Contrario á l o s d e m á s , á mí propicio.
» Antes d e s u partida v e c e s c i e n t o
« Nos v i m o s , n o s h a b l a m o s
« Y recíproco afecto n o s j u r a m o s .
« No b i e n partió mi a m a n t e ,
« El rey frison , d e c u y o r e i n o el m i ó
« Separa s o l o el rio
« Que al mar v e c i n o á s e p u l t a r s e v i e n e ,
« El r e y frison á A r b a n t e , « El broquel y la cota a t r a v e s a n d o ,
« Hijo s u y o , y el ú n i c o q u e t i e n e , « Recta la bala al corazon envia.
« Q u e r i e n d o dar mi m a n o y mi albedrio, « Huye el s e g u n d o al ver s u suerte i m p í a ;
« Para p e d i r m e e n n o m b r e s u y o , a Holanda « Mas la carrera córtale otra bala
« A l o s m a g n a t e s d e s u reino manda. « Q u e , a u n q u e lanzada de m u y largo t r e c h o ,
« Y o , q u e á la f e jurada no podía « Hiere en la espalda y sale p o r el pecho.
« Faltar, y q u e ^ aun p u d i é n d o l o , d e ingrata « Mi padre el c o n d e , e n situación tan triste
« Merecer el dicterio n o q u e r í a , « Marcha al ú n i c o fuerte
« A mi padre declaro q u e la m u e r t e « Que fiel le q u e d a y c o n t e s ó n resiste ,
« Preferiré mil v e c e s á tal suerte. « Por ver si logra conjurar su s u e r t e ;
« Mas mientra á todas partes a f a n a d o ,
« E s t e , q u e s o l o d e agradarme trata,
« Dando s o c o r r o s y ó r d e n e s , a s i s t e ,
« De lo pasado á discurrir n o v u e l v e ,
« La m u e r t e , e n t r e h u m o y p o l v o e n v u e l t a , v i n o
« Y, d e s e o s o d e calmar mi c u i t a ,
« A Poner allí fin á s u destino.
« Las entabladas pláticas disuelve.
« Muertos asi m i s d e u d o s d e s g r a c i a d o s ,
« A tal respuesta d u é l e s e y s e irrita
« Y dueña y o d e t o d o s s u s e s t a d o s ,
« El rey f r i s o n , y á c o m e n z a r s e apresta
« Quedo e x p u e s t a al furor y á la codicia
« La lid q u e t a n t o á mi familia cuesta -,
« Del rey frison, q u e mi ínsula a p e t e c e ,
« P u e s , a d e m a s d e q u e h o y difícilmente
« Y q u e la paz m e o f r e c e
« F u e r z a igual á la suya s e e n c o n t r a r a , « S i , q u e r i e n d o lo q u e antes n o h e q u e r i d o ,
« Y q u e à su astucia rara « Acepto á su hijo Arbante por marido.
« No h a y poder ni ardimiento q u e r e s i s t a ,
« Consigo lleva siempre u n arma r a r a , « Estimulada y o por el e x c e s o
« Del o d i o q u e p r o f e s o
« P o r m o d e r n o s ni a n t i g u o s jamas vista.
« A aquel d e q u i e n fui víctima i n f e l i c e ,
« De h u e c o hierro y d e d o s brazas larga
« Y la p r o m e s a al recordar q u e hice
« Es e s t a arma f a t a l , q u e el rey malvado
« Al d u q u e d e guardar mi fe y mi m a n o
« C o n u n o s p o l v o s y u n a bala carga.
« Hasta su vuelta del confín h i s p a n o ,
« En s u e x t r e m o inferior hay h o r a d a d o
« En v e z del mal q u e s u f r o , preparada
Un agujero , perceptible a p e n a ,
« E s t o y , r e s p o n d o , al m a s cruel t o r m e n t o ;
« Do t o c a n d o la chispa sutilmente ,
« Viva m e a b r a s e n , q u e se esparza al v i e n t o
« Cual tocar s u e l e el m e d i c o u n a v e n a ,
« Mi c e n i z a , e n b u e n h o r a ; m a s n o digan
« Lanza del s e n o a r d i e n t e , « Que á ser e s p o s a del frison c o n s i e n t o .
« Con furia horrenda y c o n fragor, la b a l a ,
« Mi g e n t e , e m p e r o , c o n s t e r n a d a y triste
« Q u e , cual rayo v o r a z , retumba y t r u e n a ,
« A disuadirme d e este intento a s p i r a ,
« Y d e r r i b a , d e s t r o z a , incendia y tala.
« En q u e el o r i g e n d e s u ruina mira:
« Dos v e c e s e n derrota
« Y, v i e n d o e n fin q u e vano es t o d o el tacto
« Con e s t e ardid á nuestras g e n t e s p u s o ,
« Con que ora e x i g e , ora a m e n a z a ó r u e g a ,
« Muerte fatal á mis h e r m a n o s dando.
« Ligándose á Cimosco por un p a c t o ,
« Del u n o , s e g ú n u s o .
« Contra mi caro a m a n t e
« Con mi persona m i c i u d a d le e n t r e g a ,
« Al frente marcha d e terrible flota;
a V u e l v e el r e y á s u e m p e ñ o y m e conjura
« E n c u é n t r a l o , y le ataca y le derrota
« Que d é mi m a n o á A r b a n t e , y v i d a , y b i e n e s
« Mientra, ignorando cuanto allí pasaba,
« Y trono c o n s e r v a r m e m e a s e g u r a .
« Mi fe y mi m a n o al príncipe y o daba.
« En e s t a s i t u a c i ó n , p i e n s o d e n u e v o ,
« Oculto, e m p e r o , un s e r v i d o r c e l o s o
« P r i m e r o q u e c e d e r , p e r d e r la v i d a ;
« Detras d e las cortinas y o t e n i a ,
« Mas n o , morir n o d e b o
« El cual, v i e n d o á mi e s p o s o ,
« Sin v e n g a r tanta afrenta recibida-,
« Que á coronar s u afán venir c r e í a ,
« Y, e n m e d i o á mi s u p l i c i o ,
« Con v i g o r o s o brazo
« Llamando á mi s o c o r r o al artificio,
« El hacha a l z a n d o , á tierra l e d e r r i b a ,
« Finjo olvidar mi obstinación primera
« C o m o derriba al buey r o b u s t o m a z o .
« Y al rey pido p e r d ó n y s e r su n u e r a .
« Sobre el e n t o n c e s y o m e p r e c i p i t o ,
« L u e g o , d e e n t r e los v a r i o s q u e al servicio
« Y d e s u s h o m b r o s la cabeza quito
« De mi padre infeliz u n t i e m p o f u e r o n ,
« Al hijo del malvado
« Escogí d o s h e r m a n o s
« Que d e paz y d e dicha m e ha p r i v a d o ,
« Llenos d e p r o b i d a d , d e i n g e n i o y j u i c i o .
« Y cuya saña y ambición proterva
« E n la c o r t e d e Holanda, y á m i l a d o ,
« A c a s o , acaso á m u e r t e m e reserva.
« Uno y o t r o e d u c a d o
« Presto, y t e m i e n d o q u e d e tal s u c e s o
« La vida dieran por salvarme. Cuales
« La n u e v a c u n d a , e n t r e m i s joyas t o m o
« Mis planes s o n l e s d i g o ,
« Las d e m a y o r valor y m e n o r p e s o ;
« Que e l l o s m e juran auxiliar. C o n m i g o
« AI mar por una escala m e d e s p l o m o ,
« Queda el u n o e n H o l a n d a , mientra á Flándes
« Y hasta la barca q u e d e F l á n d e s trajo
« El otro parte por fletar u n b u q u e -,
« El un h e r m a n o , c o n el o t r o bajo.
« Y, e n tanto q u e á f r i s o n e s y á e x t r a n j e r o s
« La vela al v i e n t o e n t o n c e , al a g u a el r e m o
K A asistir á mi boda s e i n v i t a b a ,
« E n c o m i e n d o , y mi s u e r t e al Ser s u p r e m o .
« Llegó la nueva q u e mi c a r o d u q u e ,
« Triunfante, ufano, en medio de su g e n t e ,
« Por acudir á la d e f e n s a m i a ,
« Con su rival cautivo
« Una flota e n Vizcaya prevenia.
« Retornaba el frison al sol s i g u i e n t e
« P u e s , n o bien s u p e el h a d o d e l primero
« C u a n d o , á tierra s a l t a n d o , e n v e z d e fiesta
« H e r m a n o m i ó e n la fatal d e m a n d a , .
« Y pompa y regocijo,
« A España u n m e n s a j e r o
« El cadáver s a n g r i e n t o v e del hijo.
« D e s p a c h é presto c o n la n u e v a i n f a n d a ;
« A su v i s t a , n o sé cual f u é m a s f u e r t e ,
« Mas m i e n t r a el d u q u e v i e n e y s e apercibe,
« Su p e n a ó s u f u r o r ; m a s , c o m o advierte
« Señor d e toda Holanda
« Que d e la t u m b a , al q u e u n a v e z d e s c i e n d e ,
« Hizo al frison su audacia y s u codicia.
« A m a r g o llanto á recabar n o a l c a n z a ,
« Así p u e s , n o b i e n llega á s u noticia
« Miéntras la llama q u e el furor e n c i e n d e
« Nuestro plan, d é l a boda
« P u e d e calmar un tanto la v e n g a n z a ,
« T o d o e l quehacer e n c o m e n d a n d o á Arbante,
H
« Oh a b o m i n a b l e i n v e n t o , q u e , sin d u d a ,
« En l a s c u e v a s d e l tártaro profund o ¿ En Cuál p a í s , e n cuál edad s e v í d o ,
Ora e n feliz ora e n adversa s u e r t e ,
« Para ruina d e l m u n d o
Corazon m a s constante y d e c i d i d o ,
« Hizo el g e n i o del m a l , v u e l v e , y por s i e m p r e ,
Amor m a s fiel, m a s f u e r t e ,
« A la infernal m o r a d a ,
Que el q u e Olimpia m o s t r ó ? ¿ q u é a m a n t e n u n c a
« De d o saliste e n hora malhadada. » Mas pruebas r e c i b i ó , pruebas m a s g r a n d e s
D i c e , y la arroja al mar. El viento e n tanto Que las q u e , del a m o r d e la H o l a n d e s a ,
Hinche l a s v e l a s y al g u e r r e r o guia El Zelandes d e recibir n o cesa ?
l l á c i a la ínsula impía. ¡ A h ! si d e a m o r las palmas
Por hallar á la d a m a á q u i e n adora Conquistar d e b e n tan amantes a l m a s ,
Es tal s u a f a n , q u e la m e n o r demora Digna e s u n a tan tierna y tan s u b l i m e
Ni e n Ibernia h a c e r p i e n s a n i e n B r e t a ñ a , De q u e m a s q u e la propia se la e s t i m e .
T e m i e n d o allí q u e alguna nueva hazaña Y d i g o q u e la v i s t a ,
Que a c o m e t e r á p r e s e n t a r s e v e n g a , Y todos sus sentidos y potencias,
Y q u e m a s tarde t e n g a , Y , á poderlas perder, mil e x i s t e n c i a s
Falto ya d e c o n s u e l o y d e e s p e r a n z a , Debió perder B i r e n o , y q u e s u f a m a ,
Que d e p l o r a r e n v a n o su tardanza. Su h o n o r , y aun si otra cosa
Mientras a s i , por el amor h e r i d o , Tuviera m a s p r e c i o s a ,
El b u e n Orlando por l o s m a r e s a n d a , Debió sacrificar á aquella d a m a ,
A asistir á las b o d a s o s c o n v i d o Antes q u e d e otra declararse a m a n t e ,
Que c e l e b r a r s e d e b e n e n Holanda. Aun c u a n d o f u e s e bella
Mas e s p l é n d i d a , d i c e s e , y m a s bella Mil v e c e s m a s q u e aquella
Que e s t a fiesta será la q u e e n Zelanda Que al Occidente a r m ó contra el Levante.
Muy p r o n t o d e b e celebrarse. A vella Los labios y las cejas c o n e s p a n t o
Vas e m p e r o á fruncir, ¡ o h s e x o h e r m o s o !
Que n o v e n g á i s , e m p e r o , y o es e x h o r t o :
Al e s c u c h a r el c r i m e n horroroso
V al n o n o c a n t o aqui las alas corto.
Que r e c o m p e n s a f u é d e afecto tanto.
T. 1. '7
El entrar e n c o m b a t e c o n ventaja
Mas por lanzarla á sitio do la estorbe
De retornar á perturbar el orbe- CANTO X.
Así , n o b i e n e n alta mar s e v i d o
Pasión d e Bireiio p o r la hija d e Cimosco. — O l i m p i a a b a n -
Y d e tierra p e r d i d o
d o n a d a . — C o m b a t e e n t r e la a r m a d a d e Alcina y la d e
Las c o s t a s h u b o al u n o y otro l a d o .
Logistila. — D e r r o t a d e la p r i m e r a . — A p r e n d e R o g e r á
Las balas y l o s p o l v o s g u i a r el Hipogrifo y llega con él á las r i b e r a s del T á m e s i s .
Y los demás enseres recogiendo 5 — Reseña del ejército i n g l é s . — Roger v e á Angélica d e s -
« A fin. » d i c e , « q u e n u n c a de tu ayuda n u d a , a t a d a á un p e ñ a s c o y p r ó x i m a á s e r d e v o r a d a por u n
« Valerse p u e d a i g n o b l e caballero , m o n s t r u o . — R o m p e s u s c a d e n a s ; m ó n t a l a e n su caballo y
« Contra e l valor y e s f u e r z o v e r d a d e r o , llévasela consigo.
« Oh a b o m i n a b l e i n v e n t o , q u e , sin d u d a ,
« En l a s c u e v a s d e l tártaro profund o ¿ En Cuál p a i s , e n cuál edad s e v í d o ,
Ora e n feliz ora e n adversa s u e r t e ,
«Para ruina d e l m u n d o
Corazon m a s constante y d e c i d i d o ,
« Hizo el g e n i o del m a l , v u e l v e , y por s i e m p r e ,
Amor m a s fiel, m a s f u e r t e ,
« A la infernal m o r a d a ,
Que el q u e Olimpia m o s t r ó ? ¿ q u é a m a n t e n u n c a
« De d o saliste e n hora malhadada. » Mas pruebas r e c i b i ó , pruebas m a s g r a n d e s
D i c e , y la arroja al mar. El viento e n tanto Que las q u e , del a m o r d e la H o l a n d e s a ,
Hinche l a s v e l a s y al g u e r r e r o guia El Zelandes d e recibir n o cesa ?
Hácia la Ínsula impía. ¡ A h ! si d e a m o r las palmas
Por hallar á la d a m a á q u i e n adora Conquistar d e b e n tan amantes a l m a s ,
Es tal s u a f a n , q u e la m e n o r demora Digna e s u n a tan tierna y tan s u b l i m e
Ni e n Ibernia h a c e r p i e n s a n i e n B r e t a ñ a , De q u e m a s q u e la propia se la e s t i m e .
T e m i e n d o allí q u e alguna nueva hazaña Y d i g o q u e la v i s t a ,
Que a c o m e t e r á p r e s e n t a r s e v e n g a , Y todos sus sentidos y potencias,
Y q u e m a s tarde t e n g a , Y , á poderlas perder, mil e x i s t e n c i a s
Falto ya d e c o n s u e l o y d e e s p e r a n z a , Debió perder B i r e n o , y q u e s u f a m a ,
Que d e p l o r a r e n v a n o su tardanza. Su h o n o r , y aun si otra cosa
Mientras a s i , por el amor h e r i d o , Tuviera m a s p r e c i o s a ,
El b u e n Orlando por l o s m a r e s a n d a , Debió sacrificar á aquella d a m a ,
A asistir á las b o d a s o s c o n v i d o Antes q u e d e otra declararse a m a n t e ,
Que c e l e b r a r s e d e b e n e n Holanda. Aun c u a n d o f u e s e bella
Mas e s p l é n d i d a , d i c e s e , y m a s bella Mil v e c e s m a s q u e aquella
Que e s t a fiesta será la q u e e n Zelanda Que al Occidente a r m ó contra el Levante.
Muy p r o n t o d e b e celebrarse. A vella Los labios y las cejas c o n e s p a n t o
Vas e m p e r o á fruncir, ¡ o h s e x o h e r m o s o !
Que n o v e n g á i s , e m p e r o , y o es e x h o r t o :
Al e s c u c h a r el c r i m e n horroroso
Y al n o n o c a n t o aquí las alas corto.
Que r e c o m p e n s a f u é d e afecto tanto.
T. 1. '7
CANTO x . í í 7
Escarmentadas c o n tan triste e j e m p l o ,
Oh bellas d a m a s , n o cedáis al l l a n t o : La destina Bireno por e s p o s a ;
No e s c u c h e i s l o s s u s p i r o s Mas lo q u e es Ja v e r d a d e s q u e esta fruta
Con q u e v e n g a tal v e z á persuadiros En e x t r e m o sabrosa
De u n a m o r q u e n o s i e n t e u n falso a m a n t e , El d u q u e hallando para s í , reputa
P u e s , sin pensar q u e á Dios tiene d e l a n t e , Necia b o n d a d , c o n d e s c e n d e n c i a loca
P r o m e s a s va h a c i n a n d o y j u r a m e n t o s Quitársela por o t r o d e su boca.
Q u e , alzándose á los v i e n t o s , Los tres l u s t r o s habia
S e disipan asi q u e h a satisfecho Cumplido a p e n a s la doncella h e r m o s a ,
La ardiente s e d q u e l e abrasaba el p e c h o . > a la fragante r o s a ,
Que el cáliz abre al d e s p u n t a r el d í a ,
C r e e d m e , q u e e s prudencia
igualaba e n frescura y lozanía,
L o s c o n s e j o s s e g u i r d e la experiencia.
í-oco, ofuscado, ciego
Guardaos ¡ a h ! d e aquellos
Queda Bireno c u a n d o el llanto nota
Q u e , bajo faz p u l i d a ,
Que d e los ojos d e la virgen b r o t a ,
La flor e s c o n d e n d e s u s a ñ o s b e l l o s ;
i s i e n t e arder su c o r a z ó n en f u e g o
Q u e , cual l l a m a e n t r e e s t o p a s c o n c e b i d a ,
i g u a l al q u e e n e m i g a y cruda m a n o
N a c e t o d a p a s i ó n y m u e r e e n ellos.
P r e n d e tai v e z al e s p i g a d o g r a n o ,
¿Ves cazador q u e c o n afan p e r s i g u e ,
i cual su h e r v o r s u s p e n d e a g u a q u e h e r v í a ,
Ora por v a l l e s , p o r colinas o r a ,
Al sentir el contacto d e Ja fría,
La l i e b r e c o r r e d o r a ,
Por su e s p o s a así s i e n t e
Que ni r e c o g e si matar c o n s i g u e ?
T o d o a m o r apagarse d e r e p e n t e ,
P u e s asi s o n l o s j ó v e n e s . En tanto
Mientras por otra dama
Que c o n e l l o s s o i s duras y c r u e l e s ,
Mas cada instante su p a s i ó n s e inflama
Os a m a n , o s a d o r a n ,
En su agitado s e n o ,
Mil palabras o s d a n d e s e r o s fieles-,
S o l í c i t o , ocultándola B i r e n o ,
Mas del t r i u n f o n o bien v e n l o s l a u r e l e s ,
Hasta q u e una ocasión le p r o p o r c i o n e
De s u s s e ñ o r a s s u s e s c l a v a s h a c e n ,
Coger el fruto q u e s u afan c o r o n e
Y e n b u s c a r n u e v a s v í c t i m a s s e placen.
F i n g e arder por Olimpia en llama viva
N o e s , e m p e r o , mi i n t e n t o persuadiros
* q u e e n su a m o r y o b s e q u i o s e c o m p l a c e
Que n o o s d e j e i s a m a r ; p u e s , cual la h i e d r a , Caricias mil e n tanto á s u cautiva
Frágil la d a m a , sin s o s t e n n o m e d r a . A todas lloras h a c e ,
S o l o o s e x h o r t o á q u e eviteis l o s tiros
Sin q u e haya q u i e n s u p o n g a q u e e s t e afecto
De la versátil j u v e n t u d , c u i d a n d o Ls
d e otra causa e f e c t o
De q u e el f r u t o n o e s t é v e r d e ni d u r o ,
Que d e b o n d a d y c o m p a s i o n . Si s i e m p r e
Sin por e s o b u s c a r l o m u y m a d u r o . f u e laudable v g l o r i o s o
Ya dije c o m o d e l frisan, tirano Amparar al q u e está m e n e s t e r o s o ,
Quedó cautiva l a h e r e d e r a h e r m o s a , t Quien habrá q u e n o j u z g u e n o b l e v b u e n o
Y cual corrió e l r u m o r d e (yic á su hermano p r o c e d e r i n i c u o d e Bireno? *
148 ORLANDO FURIOSO.
Un p e ñ ó n , c u y a planta
R o y ó la mar c o n s u c o n t i n u o a z o t e
, a e x t r e m i d a d d e
. ^ u e l islote.
S o b r e el a n s i o s a O l i m p i a s e a d e l a n t a
V d e s d e allí las v e l a s v e d e l l e ñ o '
Q u e la s e p a r a d e s u i n g r a t o d u e ñ o
Lejos las v i d o ó verlas s e figura
1 Que interrumpidas s o n s ú b i t a m e n t e
Por u n gran ruido q u e e n la mar s e siente.
Medio c u e r p o e n el agua y m e d i o f u e r a ,
Le pica ya e n l o s o j o s , ya e n la f r e n t e ;
No d e otro m o d o el paladín valiente,
Al ver cual e n s u furia el m o n s t r u o infando
Mayor q u e u n b u q u e m u é s t r a s e entretanto Las aguas d e la mar arroja al c i e l o ;
El m o n s t r u o horrible. Al fin d e s u carrera Al v e r s e e n v u e l t o e n e l l a s , d e manera
Se acerca y a , dejando á la h e r m o s u r a Que decir n o pudiera
Sobrecogida de dolor y espanto. Si el aire surca ó si en las o n d a s n a d a ;
Una y mil v e c e s c o n el asta dura Temeroso ademas de q u e , empapada
11 Hiere R o g e r al m o n s t r u o q u e s e acerca. Tal v e z la p l u m a d e H i p o g r i f o , el v u e l o
Su c a b e z a e s e n o r m e , N o le permita s o s t e n e r ; s e g u r o ,
Sus ojos y sus d i e n t e s s o n d e p u e r c a , En fin, d e la victoria c o m o e m p l e e
! Si
Mas n o por e s o el d e s i g u a l c o m b a t e
A b a n d o n a el g u e r r e r o , Resistir p u e d a n del broquel al b r i l l o ,
Que por errar u n g o l p e n o s e a b a t e , P o n e el p r e c i o s o anillo
Sino q u e da u n s e g u n d o y u n t e r c e r o . Que Melisa le d i ó , y e n la ribera
En e s t o , d e Roger el m o n s t r u o v i e n d o C o l o c á n d o s e e n f r e n t e d e la fiera,
La i m a g e n q u e e n las o n d a s s e r e f l e j a , b e l m á g i c o b r o q u e l levanta el velo.
l u í
• S u vacilante s o m b r a p e r s i g u i e n d o , Semejante al del c i e l o ,
Aparece o t r o s o l . D e s p a v o r i d o ,
Libre á la dama d e la orilla deja.
111
Cual el pez e n la c a l , el m o n s t r u o q u e d a
C u a l , d e s d e el aire v i e n d o
Privado d e s e n t i d o ,
Yíbora q u e e n t r e yerbas s e d e s l i z a ;
Y, por las olas d e la mar l a n z a d o ,
:
F t O q u e , tendida sobre p e ñ a t o m a
Inmóbil va del u n o al otro lado.
El sol, q u e d e c o l o r e s la m a t i z a ,
El águila altanera s e d e s p l o m a , La d a m a , c o n a c e n t o d o l o r i d o ,
Y, v u e l t a s d a n d o , evita c u i d a d o s a En e s t o al b r a v o paladín r e c u e r d a
El d a r d o d e s u l e n g u a p o n z o ñ o s a ; Que c o n v i e n e n o pierda
m
Así R o g e r evita c o n e s m e r o El tiempo d e q u e tanto necesita.
La b o c a d e la fiera, y c o n su acero « V u e l v e , s e ñ o r , le g r i t a ,
Y c o n s u lanza pronta a Mis lazos r o m p e , por piedad te r u e g o ,
E n t r e las d o s orejas e n el cuello « Antes q u e el m o n s t r u o horrible s e despierte.
V::
Y e n el l o m o e s c a m o s o s i e m p r e toca. « Líbrame d é l , y l u e g o ,
Si la fiera s e v u e l v e , él s e remonta , « Si q u i e r e s , d a m e entre las olas m u e r t e . »
mm
Y bajando despues de nuevo hiere;
Movido el h é r o e d e s u justa queja
Mas ; e n v a n o ! q u e e s dura cual la roca
f
i n m
íiÜIlPj
y ¡im
9 S d i Bu
Desátala. Montando .
Con ella e n s u b r i d ó n , d e allí s e a l e j a ,
Y v o l v i e n d o la faz d e c u a n d o e n c u a n d o ,
Cubre d e ardientes ó s c u l o s s u c u e l l o ,
S u s o í o s , y su frente y s u cabello.
P r e s t o , o l v i d a n d o s u i n t e n c i ó n primera
De dar la vuelta e n t e r a d e la E s p a ñ a ,
Detiene su carrera
Sobre el p e ñ ó n d e la m e n o r Bretaña
Que m a s e n t r a en l a m a r . S o b r e s u orilla
Una s e l v a d e e n c i n a s s e l e v a n t a
D o á todas horas F i l o m e n a c a n t a ,
Y e n m e d i o della s e d e s c u b r e u n p r a d o
D o n d e , e n t r e d o s c o l i n a s , s e desliza
Arroyo q u e l o alegra y fecundiza.
De ilusión y e s p e r a n z a e n a j e n a d o
El j o v e n , al corcel a l l í d f e t i e n e ;
Mas á o p o n e r s e v i e n e
La férrea cota á su anhelar. En v a n o
Gran rato lucha por librarse della.
Soltar q u e r i e n d o u n n u d o , s e atropella
Y su agitada m a n o
Ciento h a c e y c i e n t o e n v e z d e soltar u n o .
Mas mi c a n t o , s e ñ o r , e s va m u y largo.
Para m o m e n t o p u e s m a s o p o r t u n o
La c o m e n z a d a narración d i f i e r o ,
Que fatigar vuestra atención n o q u i e r o .
Desátala. Montando .
Con ella e n s u b r i d ó n , d e allí s e a l e j a ,
Y v o l v i e n d o la faz d e c u a n d o e n c u a n d o ,
Cubre d e ardientes ó s c u l o s s u c u e l l o ,
S u s o í o s , y su frente y s u cabello.
P r e s t o , o l v i d a n d o s u i n t e n c i ó n primera
De dar la vuelta e n t e r a d e la E s p a ñ a ,
Detiene su carrera
Sobre el p e ñ ó n d e la m e n o r Bretaña
Que m a s e n t r a en l a m a r . S o b r e s u orilla
Una s e l v a d e e n c i n a s s e l e v a n t a
D o á todas horas F i l o m e n a canta ,
Y e n m e d i o della s e d e s c u b r e u n p r a d o
D o n d e , e n t r e d o s c o l i n a s , s e desliza
Arrovo q u e l o alegra y fecundiza.
De ilusión y e s p e r a n z a e n a j e n a d o
El j o v e n , al corcel a l l í d f e t i e n e ;
Mas á o p o n e r s e v i e n e
La férrea cota á su anhelar. En v a n o
Gran rato lucha por librarse della.
Soltar q u e r i e n d o u n n u d o , s e afirópelTa
Y su agitada m a n o
Ciento h a c e y c i e n t o e n v e z d e soltar u n o .
Mas mi c a n t o , s e ñ o r , e s va m u y largo.
Para m o m e n t o p u e s m a s o p o r t u n o
La c o m e n z a d a narración d i f i e r o ,
Que fatigar vuestra atención n o q u i e r o .
CANTO XI.
Angélica desaparece con el anillo encantado que puso en su dedo
Roger. — Este, ademas del anillo, pierdo el Hipogrifo y vuelve
á dar en manos del mágico Atlante. — Imprecaciones de Or-
lando contra las armas de fuego. — Orlando da muerte al
monstruo y á'una gran parte de los moradores de la isla de
Ebuda. — Fin de la historia do Olimpia.
Bien q u e , á m e n u d o , e n m e d i o á s u carrera
Freno e n d e b l e del bruto m a s altivo
El ímpetu modera-,
Rara v e z la razón , rara r e f r e n a
La ardiente furia d e un a m o r lascivo
Ante la i m a g e n del placer -, q u e al o s o
Que la m i e l ha catado , n o sin p e n a
S e c o n s i g u e alejar d e la c o l m e n a .
¿Qué r a z ó n h a y para q u e el h é r o e agora
De gran placer la c o y u n t u r a pierda?
De la virgen ilustre á q u i e n adora
S e olvida e n e s t e i n s t a n t e , ó si s e acuerda
Necio f u e r a á m i v e r , mil v e c e s n e c i o ,
C o m o por ello m i r e c o n d e s p r e c i o
A la belleza rara
Que á Zenócrates m i s m o e n a m o r a r a .
S u lanza ya y su e s c u d o en tierra había
P u e s t o B o g e r , y y e l m o , e s p a d a y cota
I m p a c i e n t e á arrojar se d i s p o n í a .
Cuando la d a m a , c o n rubor t e n d i e n d o
La inquieta vista p o r sus g r a c i a s , nota
E n s u d e d o el anillo
Que e l vil Brúñelo le r o b ó , q u e r i e n d o
Dar asi g u s t o al árabe c a u d i l l o .
Era e s t e anillo el q u e ella trajo á Francia
La primer v e z q u e v i n o c o n s u h e r m a n o ,
E n t o n c e s d u e ñ o d e la i n s i g n e lanza
Que f u é d e s p u e s del paladín britano.
Vanos c o n él h a c i e n d o l o s encantos Vastas cuadras habia
De Malgesí, á Orlando y otros cuantos Do á refugiarse del calor venia
Sustrajo del p o d e r d e Dragontma. Numerosa y e g u a d a , que paciendo
Por su virtud d i v i n a , Vagaba entonces en frondoso prado
Salir logró no vista del castillo Por un fresco arroyuelo fecundado.
Do un m a g o la e n c e r r ó ; m a s , d e este anillo De la cabana so el humilde t e c h o
; P a r a qué los portentos e n u m e r o , Alimento y reposo
Que cual y o c o n o c é i s ? Saber os baste La virgen e n c o n t r ó ; y hácia la t a r d e ,
Que á p e r d e r l o la d a m a vino al c a b o ; Sus fuerzas ya juzgando r e s t a u r a d a s ,
Sin ser vista, se fué. Su talle h e c h o
Y que adverso el destino
Desde aquel dia n o aplacó su e n c o n o , A ropas delicadas
Hasta lograr arrebatarle el trono Envuelve en un gaban de paíio b u r d o ;
Esta jova al mirar c o n rostro ledo Burdo y grosero s í , mas n o bastante
La h e r m o s a v i r g e n , de contento l o c a , A encubrir de su cuerpo el aire n o b l e ,
Duda d e lo que v e , de l o que toca , La belleza sin par de su s e m b l a n t e ;
Pues d e Angélica al lado fueran f e a s ,
Y el anillo, que saca de su d e d o ,
Por mas que los poetas las p r e g o n e n
Llevándose á la b o c a ,
(Títiro y Melibeo m e p e r d o n e n ) ,
A l o s ojos del h é r o e d e s p a r e c e ,
Todas las Clóris, Filis y Nereas.
Cual el sol si u n a n u b e l e oscurece
Hácia las y e g u a s l u e g o se dirige;
En torno de sí m i s m o i n q u i e t o , e n t a n t o ,
Entre ellas u n a q u e le agrada e l i g e ;
Gira R o g e r , y lleno de quebranto,
Monta y se aleja; y de v o l v e r s e á Oriente
A la d a m a , q u e h u y e ,
Viene una idea á seducir su m e n t e .
Así de falsa y d e s c o r t e s arguye :
« , ES e s t e , es e s t e el galardón ; ingrata. Roger en tanto de su error v o l v i e n d o ,
« Que á mis servicios das? ¿Porque con arte Y c o n v e n c i d o de q u e en vano aspira
« T u perfidia, mal g r a d o , m e arrebata A recobrar el bien por que s u s p i r a ,
« Lo que yo n u n c a m e negara a darte.' Hácia Hipogrífo márchase c o r r i e n d o ;
« ¿Quieres mis armas y el caballo m í o . Mas un n u e v o pesar allí le aguarda;
« Dellas d i s p o n , dispon á tu f . ^ e d n o Que e n columbrar no t a r d a ,
« ¡Mas q u é ! ¡ t u rostro celestial me e s c o n d e s . Surcando el aire , al palafrén q u e b u s c a .
« Y , o y é n d o m e , c r u e l , no m e r e s p o n d e s ! » Unida aquesta á la anterior d e s g r a c i a ,
Asi d i c i e n d o , e n torno de la fuente Al paladín o f u s c a ;
Pero de todas la q u e m a s l e aflige
Frenético v a g a b a ;
La pérdida e s del d i j e , y lo deplora
Y, creyendo abrazar la dama a u s e n t e ,
Muy mas q u e por su mágica eficacia
El aire entre l o s brazos estrechaba.
Por ser un don d e aquella á q u i e n adora.
Ella e n t a n t o , corriendo noche y día,
Al h o m b r o entonces angustiado y triste
A la falda d e u n m o n t e halla u n a choza
Echándose el b r o q u e l , s u s armas v i s t e ,
D o n d e habita u n pastor. En torno delta
Y, la playa arenosa
Dejando, va c o n planta presurosa
H a c i a un b o s q u e que nótase en un valle.
Por su mas ancha y frecuentada cal e
La marcha e m p r e n d e . Hacia l a diestra m a n o
Salir del b o s q u e escucha
Fragor de hierro insano
Que contra hierro vibra m a n o ducha.
Por la maleza avanza
Y en ver no tarda una terrible l u c h a ,
Cuya causa yo ignoro , entre un gigante
Y un bravo j o v e n de gentil talante.
Yace e n tierra el corcel de este g u e r r e r o ,
Q u e , hiriendo ó e s q u i v á n d o s e h j e r o ,
Los golpes frustra de la e n o r m e maza
Con q u e el feroz gigante l e amenaza.
Detiénese R o g e r ; observa atento
La cruda lid, y bien q u e un movimiento
Simpático y secreto á su alma noble
Por el mas m o z o á interesarse arrastre,
De evitar su desastre
No t r a t a , ántes u n tanto se retira,
Y combatir d e lejos los contempla.
Con sus d o s m a n o s l e v a n t a n d o , e n e s t o ,
La su maza el j a y a n , golpe funesto
Sobre el j o v e n d e s c a r g a , a quien destempla
El y e l m o , y malparándole la f r e n t e ,
Por descubrirla corre incontinente.
De su cara y h e r m o s a Bradamante
Descubierto el semblante
Mira entonces Roger. Su riesgo t o c a ,
La espada saca y al feroz p r o v o c a ;
Mas e s t e , á comenzar batalla nueva
P o c o d i s p u e s t o , á la doncella toma
Y sobre s u s espaldas se la l l e v a ,
Cual águila á su nido una p a l o m a ,
O cual lobo un cordero bácia su c u e v a .
Tras él corre Roger: mas d e manera
CANTO XI.
Sus p a s o s acelera
El g i g a n t e , q u e a p é n a s c o n la vista
P u e d e el j o v e n audaz seguir su pista.
Asi c o r r i e n d o a q u e s t e c o m o l o c o
En p o s d e a q u e l , q u e vuela d e alegría,
S e hallaron p r e s t o e n una angosta via
Q u e , e n s a n c h á n d o s e l u e g o poco á p o c o ,
Fuera del b o s q u e , á u n prado conducia.
Mas basta d e Roger ? á Orlando v u e l v o
Que el arma d e G i m o s c o al mar p r o f u n d o
Lanzó p o r q u e j a m a s tornase al m u n d o .
De p o c o e s t o s i r v i ó ; q u e el implacable
Genio del m a l , d e aquel arma m a l d i t a ,
Que el r a y o v e n g a d o r del cielo i m i t a ,
Descubridor m a l v a d o y e x e c r a b l e ,
C o n saña casi n o m e n o r q u e aquella
Cuyo fatal influjo
A n u e s t r a m a d r e universal s e d u j o ,
El ánima inspiró d e u n n i g r o m a n t e
Q u e , c o n s e c r e t o s d e su c i e n c i a , o b t u v o
Arrancar e s a m á q u i n a h o m i c i d a
De las e n t r a ñ a s d e la mar, d o e s t u v o
Tantos y t a n t o s a ñ o s e s c o n d i d a .
Cerca d e u n s i g l o hará q u e introducida
En Alemania f u é , d o , l o s i n g e n i o s
El rey d e l a s tinieblas a g u z a n d o .
Hizo en fin d e s c u b r i r su objeto infando.
Italia , Francia y todo- el orbe e n t o n c e
Esta i n v e n c i ó n diabólica a p r e n d i e r o n :
Y, ya líquido b r o n c e
En el c ó n c a v o m o l d e c o n d e n s a n d o ,
Ya hierro t a l a d r a n d o ,
Muchas d e a q u e s t a s m á q u i n a s hicieron
Q u e , s e g ú n su calibre y su t a m a ñ o ,
Mil d i f e r e n t e s n o m b r e s recibieron.
Cual c a ñ ó n la l l a m ó , cual c u l e b r i n a ,
Cusí p i s t o l a , r.rcabuz ó carabina.
A s u c o n t a c t o nada hay q u e r e s i s t a ;
El m á r m o l c e d e cual la l e v e arista.
Tu broquel y t u lanza l u e g o , l u e g o ,
Con t u e s p a d a , o h s o l d a d o , arroja al f u e g o ,
Y t o m a u n arcabuz. De l o contrario
D e s d e h o y r e n u n c i a á gloria y á salario.
¡ O h maldita i n v e n c i ó n ! ¿ c ó m o p u d i s t e
Hallar cabida e n c o r a z o n h u m a n o ?
T ú , d e l ilustre bélico ejercicio
El e s p l e n d o r , por s i e m p r e , oscureciste.
Del valor, d e l saber el sacrificio
Consumaste e n un dia;
Que igual á la virtud es h o y el v i c i o ,
Igual es al valor la cobardía.
¡Cuánto c u e r p o n o diste y a á la tierra
De ítala g e n t e , o h D i o s ! ¡ y c u á n t o , cuanto
No h a s d e dar m i é n t r a s dure esa impía guerra
Que al o r b e c u b r e d e dolor y e s p a n t o !
De todo el u n i v e r s o
El h o m b r e f u é m a s vil y m a s perverso
El q u e a r t e tan fatal concebir p u d o ,
Y, por m í , y o n o d u d o
Que c o n Judas e s t é castigo e t e r n o
S u f r i e n d o e n las m a z m o r r a s del infierno.
A Ebuda e n tanto s e dirige O r l a n d o :
Mas el v i e n t o , o p o n i é n d o s e á s u a n h e l o ,
Apénas respiraba,
O , d e frente las v e l a s a z o t a n d o ,
A cejar ó á virar l e s obligaba.
P r o n t o sabréis p o r q u é n o quiso el c i e l o
Que á n t e s q u e el r e y d e Irlanda
T o c a s e Orlando aquella tierra infanda.
Tócala en fin, y lleno d e c o r a j e :
« A tierra salta, >> d i c e al m a r i n e r o ,
« Y aquí m e a g u a r d a , q u e hácia aquel paraje
« S o l o partir e n e s t a lancha quiero.
« El cable m a s r o b u s t o
« Y el áncora m a y o r q u e el b u q u e tenga
« C o n m i g o llevaré. Cual e s mi objeto
« Conocerás c u a n d o á e n c a r a r m e v e n g a
« Con e s e m o n s t r u o , á q u i e n p r o v o c o v reto »
D i c e ; y al mar b o t a n d o la barquilla*
Cuanto s u p o n e p u e d e h a c e r l e falta
T o m a n d o , e n ella s a l t a ;
Sus a r m a s t o d a s déjase e n la o r i l l a ,
A e x c e p c i ó n d e su e s p a d a ; c o g e el r e m o ,
b u s tuerzas todas p o r m o v e r l o e m p l e a ,
V, a guisa d e c a n g r e j o , las espaldas
V u e l v e hacia el sitio á d o llegar d e s e a .
Era el m o m e n t o e n q u e s u s trenzas b l o n d a s
La bella aurora ufana d e s p l e g a b a
Al rival d e Titon, q u e e n t r e l a s o n d a s
La mitad d e s u disco ya e l e v a b a .
De la pelada roca
A u n tiro d e ballesta s e c o l o c a
El h é r o e , c u y o o i d o
V i e n e á herir u n g e m i d o
Débil, c a n s a d o , p e r c e p t i b l e a p e n a .
Por la desierta arena
La vista al p u n t o hácia s u izquierda t i e n d e ,
^ atada á u n t r o n c o , á c u y o pié s e estrella
La cólera del mar, u n a d o n c e l l a
Desnuda v e cual del m a t e r n o s e n o
Salió; m a s el t e r r e n o
Que d e ella l e s e p a r a , y d e s u frente
La actitud c o n s t e r n a d a , n o c o n s i e n t e
AI paladín r e c o n o c e r q u i e n s e a .
Con el r e m o , i m p a c i e n t e
Por volar á s u e n c u e n t r o ,
La e s p u m a a g i t a , y l u c h a y forcejea.
En e s t o , h a s t a s u c e n t r o
E s t r e m e c e á la mar alto b r a m i d o ;
Y, e n las hinchadas o l a s s u s p e n d i d o ,
Llega el m o n s t r u o f e r o z . Cual n u b e parda
Que del h ú m e d o valle s e d e s p r e n d e
Y q u e la tierra e n e n v o l v e r n o t a r d a ,
Su i n m e n s a m o l e así la fiera e x t i e n d e
Por la a n c h u r o s a mar. C o n faz tranquila Abriéndose c a m i n o , a toda prisa
Vela o r l a n d o llegar-, y c o m o un h o m b r e S e dirige al p e ñ a s c o q u e divisa.
A quien nada hay que a s o m b r e , Llega; y saltando e n t i e r r a , sin tardanza
El cable e m p i e z a á recoger. En v a n o
Y q u e n u n c a d e s m a y a ni v a c i l a ,
Resistir quiere el m o n s t r u o á tal pujanza;
Con el o b j e t o d e p o d e r á un t i e m p o
Que d e u n tirón hace el s e ñ o r d e Aaglante
Embestir á la f i e r a , y á la dama
Lo q u e 110 hiciera e n diez un cabrestante.
Dar el útil amparo q u e r e c l a m a ,
Cual salta y c o r c o v e a
Con la barca i n t e r p ó n e s e , y el cable
El i n d ó m i t o t o r o , q u e s e s i e n t e
Y el áncora l l e v a n d o e n una m a n o ,
Al c u e r n o d e r e p e n t e
S e r e n o aguarda al m o n s t r u o formidable.
Un lazo echar; a s i , mil vueltas d a n d o ,
V i e n d o e n la lancha al paladín la f o c a ,
S e agita e n v a n o e l m o n s t r u o abominable
Abrió para tragárselo u n a b o c a Por desasirse del r o b u s t o cable
Por d o n d e un h o m b r e entrara cabalgando. Que á tierra a s u pesar lo va a r r a s t r a n d o ,
Adelántase O r l a n d o , y c o n la cuerda
Y la sangre q u e v i e r t e
Y el e s q u i f e , si mal n o s e m e acuerda
El verde h u m o r e n púrpura convierte.
Del m o n s t r u o s e introduce e n la garganta,
Con su v i e n t r e e s c a m o s o
Y e n ella el ancla atravesada planta.
Las e n c r e s p a d a s o l a s o p r i m i e n d o ,
Bien cual p r u d e n t e o b r e r o
Ora el f o n d o del mar muestra a r e n o s o ,
Q u e , e n busca de metales, Ora á la luz del sol o p o n e un v e l o
De la h o n d a tierra al c o r a z o n d e s c i e n d e , Con las olas q u e saltan hasta el cielo.
Con s ó l i d o s p u n t a l e s Los m o n t e s y las s e l v a s , c o n e s p a n t o ,
Las e n t r e a b i e r t a s b ó v e d a s s u s p e n d e , Tal estrépito e s c u c h a n . De su c u e v a
S u s p e n d e al m o n s t r u o infando Sale P r o t e o , y al mirar a O r l a n d o ,
Ambas quijadas e l valiente Orlando. Su dispersada g r e y a b a n d o n a n d o ,
La e s p a d a e n t o n c e s saca , Del mar h u y e á e s c o n d e r s e e n el abismo.
Y c o n ella e n s u s f a u c e s c a v e r n o s a s , Crece la c o n f u s i o n , c r e c e el t u m u l t o ,
Ora d e c o r t e , ora d e p u n t a , ataca.
Y d e tal m o d o , q u e N e p t u n o m i s m o ,
N o s e d e f i e n d e el m o n s t r u o , q u e mal puede
A s u carro e n g a n c h a n ^ sus d e l f i n e s ,
D e f e n d e r s e u n a plaza c u a n d o mira De Etiopia s e e n c a m i n a a l o s c o n f i n e s .
Al e n e m i g o e n sus murallas. C e d e , I n o , llorosa, y s u s p e n d i d a al c u e l l o
C e d e p o r t a n t o , y sin s e n t i d o gira. Llevando á Melicerta; las Nereidas,
S u s flancos ora y s u e s c a m o s a espalda D e s g r e ñ a d o el e a b e l l o ;
Muestra sobre la l í q u i d a e s m e r a l d a ,
Los G l a u c o s , l o s T r i t o n e s ,
Ora al f o n d o del mar s e precipita
Cuantos del mar habitan las r e g i o n e s ,
Y s u s arenas c o n el v i e n t r e agitó.
Sin saber d o , d e s p a v o r i d o s h u y e n .
V i é n d o s e e n t r e agua t a n t a ,
A tierra e n tanto al fiero m o n s t r u o obliga
A n a d o el h é r o e deja su garganta-,
A venir el g u e r r e r o , c u y a pena
A s e el cable, y p o r m e d i o d e las olas
Y e s f u e r z o s p o c o á poco disminuyen-, Del c o n d e , q u e c o n d i e z quita la vida
Q u e , a n t e s d e v e r s e aquel s o b r e la a r e n a , A treinta d e la turba a m e d r e n t a d a ,
Espiró d e d o l o r y d e fatiga. Y e n fuga á los d e m á s p o n e b i e n presto.
Por p r e s e n c i a r r e y e r t a tan extraña A la dama afligida
Muchas g e n t e s d e la ínsula l l e g a r o n Acércase d e s p u e s ; m a s , d e r e p e n t e ,
Q u e , c o n el c e l o f a n á t i c o , e s t a h a z a ñ a De aquella playa por el l a d o o p u e s t o
Un e s p a n t o s o c r i m e n r e p u t a r o n . Insólito r u m o r alzarse s i e n t e .
« De P r o t e o la s a ñ a Mientras por esta b a n d a
« Atizada c o n e s t o , s e d e c i a n , Ocupaba el d e Anger á l o s i s l e ñ o s ,
« Los h o r r o r e s d e u n t i e m p o m a s f u n e s t o A tierra d e s u s l e ñ o s
« S u cruda g r e y r e n o v a r á b i e n p r e s t o . Por otras mil saltaban l o s d e Irlanda;
« Perdón pues invoquemos Y, ora f u e s e rigor, o r a j u s t i c i a ,
« Del o f e n d i d o d i o s , ántes q u e airado Iban e s t r a g o h o r r e n d o ,
« S o b r e n o s o t r o s lance s u c a s t i g o , Por d o n d e quier sin d i s t i n c i ó n , h a c i e n d o .
« Y su enojo aplaquemos Los i n d í g e n a s , ya q u e s o r p r e n d i d o s
« Arrojando e n l a mar á s u e n e m i g o . » Por e s t e ataque i n e s p e r a d o f u e s e n ,
Bien cual a c t i v a llama Ya q u e e s c a s o s en n ú m e r o ,
De m o n t o n e n m o n t o n d e seca leña En c o n s e j o ó e n á n i m o s e v i e s e n ,
Poca ó n i n g u n a r e s i s t e n c i a hicieron.
C u n d e y tal v e z u n a c o m a r c a i n f l a m a ,
Bajo el p o d e r del v e n c e d o r c a y e r o n
Así l a idea q u e e l terror i n f u n d e ,
Sus haciendas y b i e n e s . D e g o l l a d o s
De p e c h o e n p e c h o e n u n instante c u n d e .
Sin piedad todos f u e r o n ,
Ya d e a r c o , l a n z a , espada ú h o n d a a r m a d o ,
A la ribera c a d a cual d e s c i e n d e , Y s u s lares h u n d i d o s ó i n c e n d i a d o s .
Y por d e t r a s , d e f r e n t e ó d e c o s t a d o De tal r u m o r y c o n f u s i o n y ruina
E m b i s t e al p a l a d i n , á q u i e n s o r p r e n d e Sin curarse el g u e r r e r o , s e e n c a m i n a
P r o c e d e r tan b r u t a l y tan injusto; De n u e v o hácia la r o c a
Mas, cual s u e l e o s o intrépido y r o b u s t o Donde e s t u v o la v i r g e n p e r e g r i n a
Que las ferias r e c o r r e , A p u n t o d e ser presa d e la foca.
P o r e l Ruso ó Lituano c o n d u c i d o , Llégase á ella, y al m i r a r l a , c r e e
Despreciar d e l o s c a n e s e l l a d r i d o , A Olimpia c o n o c e r : ni s e e q u i v o c a ;
Olimpia es e n e f e c t o ,
Así desprecia e l príncipe valiente
Q u e , víctima infeliz d e iluso a f e c t o ,
La loca o b s t i n a c i ó n d e aquella g e n t e ,
Vino á parar á la ínsula d e E b u d a .
Q u e , al v e r l e s i n b r o q u e l , sin armadura
La dama al h é r o e r e c o n o c e e n b r e v e ;
Ni y e l m o , a p r i s i o n a r l e s e figura;
Mas, v i é n d o s e d e s n u d a ,
Mas del d i a m a n t e tiene la d u r e z a
A hablarle ni á mirarle n o s e a t r e v e .
Su p i e l , d e s d e e l talón á la cabeza.
La d e e l l o s , m é n o s d u r a , R o m p i e n d o e n fin a q u e l s i l e n c i o , el c o n d e
Cede á l o s g o l p e s d e la ardiente espada La causa le pregunta
ORLANDO FURIOSO. CANTO XI.
178
C u é n t a l e O r l a n d o la c o n d u c t a a l e v e
Q u e la i n d u j o á dejar la tierra e n d o n d e
Del d u q u e , y c u a n t o d e b e
De s u e s p o s o q u e r i d o
E s t e á la b e l l a e s p o s a á q u i e n o l v i d a .
Gozar él m i s m o d e l a m o r la v i d o .
Refiérele también cual d e su v i d a ,
« N o s é , s e ñ o r , » la d a m a le r e s p o n d e ,
Perdido que h u b o h e r m a n o s , padre y trono ,
« Si s e n t i r d e b o p e n a ó alegría
H a c e r ella m i l v e c e s a b a n d o n o
« Al v e r m e e n e s t e día
Q u i s o por d a r l e l i b e r t a d . En t a n t o
c L i b e r t a d a por v o s de mi i m p í a s u e r t e .
Q u e Orlando así d e c i a , el triste llanto
« Solo, empero, muriendo Q u e i n u n d a b a l o s o j o s d e la d a m a ,
« P o d r á acabar la d e s v e n t u r a mía. De la e s t a c i ó n r i e n t e
« D a d m e p u e s , o h s e ñ o r , d a d m e la m u e r t e R e c o r d a b a l o s d i a s e n q u e el c i e l o ,
« Que d e t o d o s m i s males m e liberte. » Del s e n o d e u n a n u b e t r a n s p a r e n t e ,
Y l l o r a n d o narraba R e f r i g e r a n t e l l u v i a l a n z a al s u e l o ;
Cual la e n g a ñ ó s u e s p o s o , y cual d o r m i d a
Y cual, de rama en rama ,
E n sitio la d e j ó d o s o r p r e n d i d a
El ala h u m e d e c i d a s a c u d i e n d o ,
P o r l o s c o r s a r i o s f u é . Mientras h a b l a b a ,
A l e g r e el r u i s e ñ o r s e v a m e c i e n d o - ,
S u c u e r p o al r e p l e g a r d e m i l m a n e r a s A m o r así d e t a n d i v i n o s o j o s
Por ocultar su pecho y sus caderas, E n la l u z s e c o m p l a c e y s e r e g a l a ,
De s u t a l l e , c o n p ú d i c o b o c h o r n o ,
Y e n s u l i q u i d o aljófar b a ñ a el ala.
M o s t r a b a el g r a c i o s í s i m o c o n t o r n o . En esta luz a q u e l r a p a z u n d a r d o
Ansioso de llegar a d o n d e ropas
F o r j a ; l o t e m p l a e n la c o r r i e n t e clara
P u e d a e n c o n t r a r para la d a m a , Orlando Q u e , e n t r e lirios y r o s a s , s e d e s p r e n d e
Iba á e m b a r c a r s e , c u a n d o D e l o s o j o s d e O l i m p i a , y l o dispara
L l e g a U h e r t o c o n parte d e s u s t r o p a s , D e Irlanda c o n t r a el p r í n c i p e g a l l a r d o ,
Miéntras el r e s t o , d e c o r a j e c i e g o , Q u e a t ó n i t o la. v i s t a
P o n e l a ínsula t o d a á s a n g r e y f u e g o . P o r l a s b e l l e z a s d e la d a m a t i e n d e .
Bien que de espuma y sangre El c i e l o rara v e z b e l l e z a tanta
Se hallase el bravo paladin cubierto , En m u j e r r e a s u m i ó . N o s o l a m e n t e
N o t a r d a e n c o n o c e r l e el r e y U h e r t o , Eran bellos sus ojos y su f r e n t e ,
Q u e atribuir n o p u e d e m a s q u e á Orlando S u s h o m b r o s , su nariz y s u g a r g a n t a ,
Las p r u e b a s d e valor q u e v a e s c u c h a n d o . Sino que , hechas á torno
Un año solo hacia Y d e l marfil m a s p u r o p a r e c í a n
Q u e , h e r e d a n d o la l b e r o a m o n a r q u í a , Aquellas partes q u e , c o n vano a d o r n o ,
D e Francia U b e r t o a b a n d o n ó la c o r t e , Avaras ropas encubrir solían.
Do infante fué de h o n o r , y do se unieron Por surco h o n d o y estrecho
Él y el d e A n g l a n t e c o n e s t r e c h o s l a z o s . E n t r e sí s e p a r a d o s s e v e í a n
V i é n d o s e , p u e s , allí s e c o n o c i e r o n . Los dos Cándidos globos de s u p e c h o ,
Y, k e e t e d a a l z a n d o , c o n t r a n s p o r t e Cual p o r un. v a l l e d o s c o l i n a s l e v e s ,
Se arrojó cada cual del otro en brazos.
Del e n e r o cubiertas p o r l a s n i e v e s . Con el m a y o r primor las r e c a m a r a ,
Su v i e n t r e , sus c a d e r a s y s u s m u s l o s El i n d u s t r i o s o y rico f l o r e n t i n o .
De Fidias y d e A p e l e s De L é m n o s el artífice d i v i n o ,
Recordaban b u r i l e s y c i n c e l e s . Minerva m i s m a , i g n o r o
D e s d e l o s p i e s , e n fin, h a s t a el cabello Si tejerlas pudiera q u e d e s d o r o
Era i m p o s i b l e v e r b u s t o m a s b e l l o . No fueran d e aquel talle p e r e g r i n o .
Si allá del ida e n la r e g i ó n lejana R o l d a n , q u e hasta aquel s u e l o e n s e g u i m i e n t o
Asistir d e las d i o s a s al litigio De s u Angélica v i n o , gran c o n t e n t o
P o d i d o hubiera O l i m p i a , la m a n z a n a T u v o e n ver la pasión del r e y d e Irlanda;
D u d o y o q u e o t o r g a r a el j o v e n frigio P u e s e s t e a m o r d e e n c a m i n a r s e á Holanda
A la reina d e Chipre , ni violara Y d e buscar al d u q u e l e e x i m i a ,
De u n a hospitalidad f r a n c a y sincera Y e n pos d e su adorada
Los d e r e c h o s tal v e z . « H e l e n a c a r a , El orbe recorrer le permitía.
« S é feliz c o n tu e s p o s o , l e dijera, Convencido por fin d e q u e e n E b u d a
« Yo d e la bella O l i m p i a ardo e n el ara. » Angélica n o e s t á ; m a s , e n la d u d a
De si e s t u v o , del sol al r a y o n u e v o
N i , á haber p o d i d o hallarse esta e n Crotona,
Con el caro m a n c e b o
Tuviera Z é u x i s q u e e s t u d i a r d e s n u d a
Tanta y tanta m a t r o n a , Y c o n Olimpia e m b á r c a s e . A la c o r t e
De Uberto llega y s e d e t i e n e u n dia.
Para acabar la i m á g e n destinada
A decorar d e Juno l a m o r a d a , Vano e s q u e el rey, v a n o q u e Olimpia e x h o r t e
Al h é r o e q u e s e q u e d e . S u porfía
P u e s las gracias e n t o d a s esparcidas
De averiguar d e Angélica el d e s t i n o
E n Olimpia e n c o n t r a r a r e u n i d a s .
Hácia Francia dirige s u c a m i n o .
Yo miro c o m o cierto
Q u e a q u e l talle el i n f i e l n o v i ó desnudo-, Pártese p u e s , así q u e e n c o m e n d a d o
P u e s , á verlo, n o alcanzo como pudo Hubo á Olimpia del p r í n c i p e al c u i d a d o ,
Y así q n e d e e s t e o b t u v o la p r o m e s a
A Olimpia a b a n d o n a r e n u n desierto.
De consagrar s u vida á e s t a p r i n c e s a .
De s u beldad e n a m o r a d o U b e r t o ,
Sus tropas j u n t a c o n e f e c t o , y l i g a
Consuélala, y le j u r a
F o r m a n d o c o n la Escocia y la I n g l a t e r r a ,
N o soltar el a c e r o n i la l a n z a ,
De Holanda y Frisia al d u q u e e n b r e v e arroja;
Hasta hacerla s u b i r d e n u e v o al trono
Marcha á Zelanda, y e n s a n g r i e n t a guerra
Y de Bireno r e c a b a r v e n g a n z a .
Del solio y d e la vida l e d e s p o j a ;
Traje c o n q u e e n c u b r i r tanta h e r m o s u r a
Y á Olimpia l u e g o h a c i e n d o s u c o n s o r t e ,
Hallar d e s p u e s p o r l a Ínsula p r o c u r a ,
C o m o reina preséntala á la c o r t e .
D o , m e r c e d á la Fiera,
Mas al d e Anger v o l v a m o s , q u e , s u r c a n d o
Hay p r o f u s i o n d e r o p a s f e m e n i l e s .
La mar sin r u m b o c i e r t o ,
Para encubrir tan b e l l a s f o r m a s , viles
Llega entretanto al p u e r t o
Uberto las j u z g ó ; y así j u z g a r a ,
De d o salió s u nave. Allí m o n t a n d o
A u n q u e de pura s e d a y d e oro fino
De n u e v o e n s u c o r c e l , veloz s e a l e j a ,
Y atras l o s v i e n t o s y las olas deja.
No d u d o q u e , e n el r e s t o d e l i n v i e r n o ,
Hazañas c o n s u m a r a
CAWO XII.
Dignas d e fama y d e l o o r e t e r n o ; Éntrase Orlando en el nuevo palacio encantado de Atlante -
Mas s u m o d e s t i a igual á s u d e n u e d o Encuentra allí á varios guerreros. - Portentosos efe¿to s
En profundo silencio s e p u l t ó l a s . del anillo de Angélica. - Huyese esta por los bosques -
No e s p u e s mi c u l p a si narrar n o p u e d o Riñen Orlando y Ferragut. -Curiosas discusiones entre estos
Las q u e , s u e s f u e r z o c o n s u m a n d o á, s o l a s , v l f T T f y . , S a c r i l , a n t e - - Angélica desata y se: lleva e
ü
í r n ° ; " R O m p e e S t C g u e r r e r o h u e s t e s ¿¡
N a d i e sabrá j a m á s ; p u e s s u s victorias' §
n™ereT. * ^ C U 6 V a Y e n C U e n t r a *»t«>. de ella
Por sus testigos solo eran notorias.
N a d a s e s u p o p u e s ; m a s , c u a n d o al signo
De Aries el p a d r e d e l a luz. l l e g a n d o , C u a n d o , al v o l v e r d e la r e g i ó n idea
Doró d e n u e v o la c e l e s t e e s t e t a , Al valle solitario
Y Céfiro b e n i g n o Donde al g i g a n t e altivo y temerario
R e t o r n ó c o n la d u l c e p r i m a v e r a , Los l o m o s b r u m a la m o n t a ñ a E t n e a ,
E n t o n c e s fué c u a n d o á l a par s e v i e r e n De su hija cara descubrir n o p u d o
De la tierra flotar l a s flores n u e v a s Céres la h u e l l a , c r u d o
Y del valor del p a l a d í n las p r u e b a s . F u é s u dolor. E n s u fatal d e s p e c h o
Del llano al v a l l e , s o l o y a f l i g i d o . Desgarra sin p i e d a d s u h e r m o s o p e c h o ,
S i g u i e n d o va su f a t i g a d o v i a j e , Y arrancando d o s p i n o s ,
Cuando salir del b o s q u e o y e u n g e m i d o . Que e n c i e n d e e n las c a v e r n a s d e V u l c a n o ,
T o m a el hierro al m o m e n t o Uno de ellos agita en cada m a n o ,
Y s u corcel e m p u j a h a c i a el paraje ^ en su carro, arrastrado por serpientes.
De d o sale l a v o z ; m a s y a la mía Del m o n t e c o r r e al llano,
Débil y r o n c a s i e n t o . Selvas registra, estanques y torrentes
P e r m i t i d m e , s e ñ o r , q u e t o m e aliento. Y la tierra y e l mar, y , d e s d e el m u n d o ,
Baja e n s u b u s c a al T á r t a r o p r o f u n d o .
Lo m i s m o O r l a n d o , e n s u f e r v i e n t e a n h e l o
De e n c o n t r a r á s u A n g é l i c a , c o r r i d o
Hubiera e í m a r , la t i e r r a , el a i r e , el c i e l o .
Y del e t e r n o o l v i d o ,
Cual C é r e s , d e s c e n d i e r a á las m a n s i o n e s
Si s u carro t u v i e r a y s u s d r a g o n e s .
Mas n o l o s t i e n e ; y á c a b a l l o a g o r a !
A g o r a á p i é , b u s c a n d o á la q u e a d o r a ,
La Francia r e c o r r i ó . L u e g o la España
Pieüsa y e r y la Italia y la A l e m a n a ,
De n u e v o e n s u c o r c e l , veloz s e a l e j a ,
Y atras l o s v i e n t o s y las olas deja.
No d u d o q u e , e n el r e s t o d e l i n v i e r n o ,
Hazañas c o n s u m a r a
CAWO XII.
Dignas d e fama y d e l o o r e t e r n o ; Éntrase Orlando en el nuevo palacio encantado de Atlante -
Mas s u m o d e s t i a igual á s u d e n u e d o Encuentra allí á varios guerreros. - Portentosos efe¿to s
En profundo silencio s e p u l t ó l a s . del anillo de Angélica. - Huyese esta por los bosqnes -
Riñen Orlando y Ferragut. -Curiosas discusiones entre estos
No e s p u e s mi c u l p a si narrar n o p u e d o
v l f T T f y . , S a c r i l , a n t e - - Angélica desata y s * lleva c
Las q u e , s u e s f u e r z o c o n s u m a n d o á, s o l a s ,
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N a d i e sabrá j a m á s ; p u e s s u s victorias' í r n°;" ROmpeeStC guerrero
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Por sus testigos solo eran notorias. n™ereT. * ^ CU6Va Y e n C U e n t r a dent
™ de ella
N a d a s e s u p o p u e s ; m a s , c u a n d o al signo
De Aries el p a d r e d e l a luz. l l e g a n d o , C u a n d o , al v o l v e r d e la r e g i ó n Idea
Doró d e n u e v o la c e l e s t e e s f e r a , AI valle solitario
Y Céfiro b e n i g n o Donde al g i g a n t e altivo y temerario
R e t o r n ó c o n la d u l c e p r i m a v e r a , Los l o m o s b r u m a la m o n t a ñ a E t n e a ,
E n t o n c e s fué c u a n d o á l a par s e v i e r o n De su hija cara descubrir n o p u d o
De la tierra flotar l a s flores n u e v a s Céres la h u e l l a , c r u d o
Y del valor del p a l a d í n las p r u e b a s . F u é s u dolor. E n s u fatal d e s p e c h o
Del llano al v a l l e , s o l o y a f l i g i d o . Desgarra sin p i e d a d s u h e r m o s o p e c h o ,
S i g u i e n d o va su f a t i g a d o v i a j e , Y arrancando d o s p i n o s ,
Cuando salir del b o s q u e o y e u n g e m i d o . Que e n c i e n d e e n las c a v e r n a s d e V u l c a n o ,
T o m a el hierro al m o m e n t o Uno de ellos agita en cada m a n o ,
Y s u corcel e m p u j a h a c i a el paraje ^ en su carro, arrastrado por serpientes.
De d o sale l a v o z ; m a s y a la mía Del m o n t e c o r r e al llano,
Débil y r o n c a s i e n t o . Selvas registra, estanques y torrentes
P e r m i t i d m e , s e ñ o r , q u e t o m e aliento. Y la tierra y e l mar, y , d e s d e el m u n d o ,
Baja e n s u b u s c a al T á r t a r o p r o f u n d o .
Lo m i s m o O r l a n d o , e n s u f e r v i e n t e a n h e l o
De e n c o n t r a r á s u A n g é l i c a , c o r r i d o
Hubiera e l m a r , la t i e r r a , el a i r e , el c i e l o .
Y del e t e r n o o l v i d o ,
Cual C é r e s , d e s c e n d i e r a á las m a n s i o n e s
Si s u carro t u v i e r a y s u s d r a g o n e s .
Mas n o l o s t i e n e ; y á c a b a l l o a g o r a !
A g o r a á p i é , b u s c a n d o á la q u e a d o r a ,
La Francia r e c o r r i ó . L u e g o la España
Pieüsa y e r y la Italia y la A l e m a n a ,
Los m u r o s y l o s t e c h o s
Y pasar e n s e g u i d a
Y el p a v i m e n t o e n c u b r e n ; m a s 110 ofusca
La mar q u e r u g e e n torno del Numida.
Belleza tanta al p a l a d í n , q u e ansioso
P e n s a n d o el h é r o e caminaba e n esto
S o l o al raptor d e la d o n c e l l a busca.
Cuando á turbar sus r e f l e x i o n e s v i e n e
Miéntras así por una y otra parte
Una d o l i e n t e v o z . Avanza p r e s t o ,
Dirige inquieto el p a s o ,
Y ante sus ojos u n g u e r r e r o nota
Al rey d e S e r i b a n i a , á B r a n d i m a r t e ,
Que s o b r e u n gran corcel lijero t r o t a ,
A Ferragut e n c u e n t r a , y al Circaso
L l e v á n d o s e por fuerza u n a doncella
V a g a n d o por la e s t a n c i a , á c u y o d u e ñ o
Que afligida p a r e c e c u a n t o bella. Todos ellos arguyen
Solloza aquesta, agítase, y llamando
De f r a u d e , d e t r a i c i ó n , d e r o b o ó trama.
\1 v a l e r o s o O r l a n d o ,
De s u bridón l o s u n o s , d e s u dama
Implora su favor. Ver s e i m a g i n a
La pérdida l o s o t r o s l e atribuyen;
El c o n d e á la q u e s u á n i m o fascina.
Cual e s t e objeto y cual aquel r e c l a m a ,
Ciego p u e s d e furor, c o n v o z t r e m e n d a
Y mientra así l o s dias y l o s m e s e s
\ \ caballero a m e n a z a n d o , g r i t a ;
En triste cárcel s e p u l t a d o s m o r a n ,
Y a b a n d o n a n d o á su corcel la r i e n d a ,
C o m o y d e q u i e n s o n v í c t i m a s ignoran.
Con l a e s p u e l a tras él lo precipita.
L u e g o q u e del palacio ha r e c o r r i d o
\ t e n t o aquel á conservar su p r e s a , En v a n o cada estancia
Nada r e s p o n d e , y p o r la s e l v a e s p e s a , Mas d e u n a v e z el c o n d e , y p e r s u a d i d o
Que asorda d e s u víctima el l a m e n t o , De q u e á p e r d e r s u t i e m p o s e e x p o n í a
Corre q u e apénas l e alcanzara el viento. Si e n s e g u i r s e obstinaba á la q u e , a c a s o ,
Así c o r r i e n d o el c o n d e á u n sitio l l e g a Léjos ya dél c o n su raptor c o r r í a ,
D o u n palacio magnífico s e e l e v a , D e s c i e n d e al v e r d e p r a d o
C u v o s m u r o s , d e j a s p e s fabricados, De q u e s e halla el palacio c i r c u n d a d o .
P o r hábil diestra f u e r o n cincelados. Miéntras, e n t o r n o dél mil v u e l t a s dando
P o r u n a puerta g u a r n e c i d a d e o r o , Por descubrir d e l f u g i t i v o el c u r s o ,
Con la d a m a , el m a l v a d o s e introduce R e c i e n t e s huellas e n buscar s e a f a n a ,
E n el bello palacio. Bridadoro Salir d e u n a v e n t a n a
A s u s e ñ o r hasta el umbral c o n d u c e . Piensa una v o z oir. De su s e ñ o r a
Pásalo O r l a n d o , e n el alcázar entra •, Escuchar s e figura el e c o blando
Mas ni al raptor ni á la doncella encuentra Q u e , así d i c i e n d o , s u s o c o r r o implora :
Y del arzón s a l t a n d o , l o s s a l o n e s , « ¿ Con q u e , e n p r e s e n c i a d e mi fiel Orlando,
Los p ó r t i c o s e x p l o r a , l o s retretes « A m a n o s d e un ladrón veré perdida
De la estancia inferior. De allí viniendo « La j o y a virginal q u e m e e s m a s c a r a ,
Al piso superior, sin m a y o r f r u t o , « Mil v e c e s m a s , q u e la á n i m a y la v i d a ?
Sus cámaras r e c o r r e y gabinetes. « A n t e s , s e ñ o r , la m u e r t e
I)e s e d a y oro recamados l e c h o s « Que v e r m e e x p u e s t a á tan terrible suerte. »
E n e l l o s v e . Cortinas y tapetes
CANTO XII.
Alza la vista O r l a n d o ; d e la v i r g e n , A los h é r o e s d e fama esclarecida
Cuya v o z e s c u c h ó , v e r s e figura Que hacer pudieran peligrar su vida-,
La faz r e s p l a n d e c i e n t e d e hermosura -, Y c o n tal fin solicito d e t i e n e
Y e n ansia n u e v a a r d i e n d o , cada pieza A tantos e n su c á r c e l , d o n o hav g o c e
Una v e z y otra á r e c o r r e r e m p i e z a . Que sus almas n o o c u p e ó n o enajena.
De c u a n d o e n c u a n d o , e m p e r o , s e d e t i e n e , Ya dije cual A n g é l i c a , provista
Y, sin poder saber d e d o n d e v i e n e , Del. anillo precioso q u e á la v i s t a
La v o z d e n u e v o e s c u c h a d e la dama Mas perspicaz l a e s c o n d e ,
Que s u favor y p r o t e c c i ó n reclama. Y a n t e el cual no h a y e n c a n t o q u e resista
P e r o v o l v a m o s á R o g e r . Va dije Vestida y restaurada e n el a l b e r g u e
C u a l , por s e n d e r o a n g o s t o y d e s u s a d o , Del pastor, retornar s e proponía
Tras del raptor al p r a d o s e dirige Al bello reino d o n d e n a c e el dia.
D o , si n o m e e q u i v o c o , S u c o r a z o n d e Orlando y Sacripante
Era v e n i d o Orlando h a c i a p o c o . Desdeña la p a s i ó n ; t e n i e n d o e m p e r o
Al llegar al alcázar, a f a n a d o En s u larga y molesta correría
S i g u i e n d o al v i l , e n s u s s a l o n e s entra Que dirigir por tanto p u e b l o el p a s o ,
R o g e r , m a s n o le e n c u e n t r a . Hallar d e s e a escolta y c o m p a ñ í a .
C u a t r o , seis v e c e s , c u a l Orlando e n t o n c e s A n s i o s a , p u e s , al u n o ú o t r o a m a n t e
Hasta los sitios m a s s e c r e t o s b u s c a , Buscando va. Fortuna al fin la guia
Sin c o m p r e n d e r e n d o n d e Al sitio d o n d e O r l a n d o , S a c r i p a n t e ,
Con la doncella su r a p t o r s e e s c o n d e ; Ferragut y Gradaso
P r e s o s estaban e n poder d e Atlante.
Y ya el paso á dirigir v a hácia la s e l v a
Cuando una v o z , cual l a q u e o y e r a el c o n d e , E n v u e l t a e n la virtud del raro a n i l l o ,
Le h a c e q u e al p u n t o h a c i a el alcázar vuelva. Invisible penetra e n el castillo ,
La m i s m a f a z , la m i s m a v o z , q u e iluso Do á s u s a m a n t e s v e q u e , por el arte
Del m a g o a l u c i n a d o s t d e e s t a parte
T o m ó por las d e A n g é l i c a el d e A n g l a n t e ,
A aquella v a n b u s c á n d o l a . I n d e c i s a
P o r la v o z y la faz d e Br adaman te
La virgen al m i r a r l o s , n o s e a t r e v e
T o m a Roger. Igual e r r o r , c o n f u s o ,
A resolver si al paladín d e A n g l a n t e ,
Al rey Gradaso d e j a , á S a c r i p a n t e .
O al r e y circaso d e s c u b r i r s e d e b e .
A Ferragut y á c u a n t o s
Con s u valor Orlando, b i e n lo s a b e ,
A los n u e v o s e n c a n t o s
De m a s d e u n r i e s g o g r a v e
Sucumbieron de Atlante.
Libertarla sabrá; m a s t a m b i é n t e m e
Inquieto por R o g e r , y d e s u estrella
Q u e , en señor erigiéndose, no quiera
T e m i e n d o s i e m p r e el p o d e r o s o influjo, Volver solo al Ocaso
El sabio viejo á esta m o r a d a b e l l a , Cuando ella su a p o y o n o r e q u i e r a ,
Y á n t e s á la d e A l c i n a , le c o n d u j o . Miéntras d ó c i l , s u m i s o
Frustrado al v e r d o s v e c e s su trabajo Por cumplir s u s m a n d a t o s , el circaso
Allí d e Cárlos, c o n R o g e r atrajo
Renunciara á s u a m o r y al paraíso. S u s e n c a n t o s el m á g i c o p u d i e r a ,
Por él p u e s s e d e c i d e . De su boca A b a n d o n a n d o s u intención primera
Quita el m á g i c o a n i l l o ; y miéntras cierta De requerir s u e s c o l t a y c o m p a ñ í a ,
Pensaba estar d e q u e iba á s e r tan s o l o S e p o n e e n t r e l o s labios el a n i l l o ;
Por Sacriparite v i s t a , descubierta A l o s ojos d e t o d o s d e s p a r e c e ,
F u é por Orlando y Ferragut. Cargados Y s u ilusión d e n u e v o d e s v a n e c e .
Con el y e l m o , el b r o q u e l y la l o r i g a , Cual can q u e , e n m e d i o á s u v e l o z c a r r e r a ,
Que n u n c a a b a n d o n a b a n , E n honda m a d r i g u e r a
T o d o s , b u s c a n d o á s u invisible a m i g a , S u m i r s e v e la tímida r a p o s a ,
Por e l palacio sin cesar giraban. Por la s e l v a e s p a c i o s a
Desnuda solamente Yagan asi l o s h é r o e s c o n f u n d i d o s ;
Y, t o m a n d o p o r fin la s o l a vía
Mostraba Ferragut la altiva f r e n t e ,
Que p o r allí d e s c u b r e n , á porfía
Que j u r ó n o cubrir c o n o t r o y e l m o
Sus b r i d o n e s e m p u j a n , p e r s u a d i d o s
Que aquel q u e d e T r o y a n o
De q u e marchar p o r otra n o p o d i a
Aarancó Orlando al infeliz h e r m a n o .
La dama á q u i e n s u afan Ya p e r s i g u i e n d o .
N o s o s p e c h a b a el m o r o e n e s t e instante
Invisible ella e n t a n t o , d e t e n i e n d o
T e n e r tan c e r c a al paladín d e A n g l a n t e ,
De s u alfana el c o r r e r , atras s e q u e d a ;
Ni e s t e p e n s a r podia
Y, d e s u c i e g a o b s t i n a c i ó n r i y e n d o ,
Que ante s u vista á Ferragut tenia.
S u s e s f u e r z o s i n ú t i l e s observa".
Un encanto secreto
Asi c o r r i e n d o , l l e g a n á u n paraje
A cada cual c e g a n d o , l e impedia
Do s e pierde e l s e n d e r o e n t r e la y e r b a .
Reconocer á los demás. Armados
Cuando, lleno de angustia y d e coraje,
T o d o s , cual d i j e , del b r o q u e l y el p e t o ,
F e r r a g u t , c u y a frente
Confundidos vagaban. Ensillados
Ciñera d i g n a m e n t e
Y prestos sus corceles,
Entre l o s m a s altivos la c o r o n a :
P e n d i e n t e el freno del c o r a z o n , c o m í a n « Dejadme s o l o , » grita c o n v o z f u e r t e ;
E n u n a estancia p r ó x i m a á la e n t r a d a , « Dejadme al p u n t o si t e m e i s la m u e r t e ,
B i e n provista d e y e r b a y d e cebada. « Que es d e m i a m o r d e s d o r o
I m p o s i b l e era p u e s al m a g o e n t o n c e s « V e r o s s e g u i r c o n m i g o á la q u e adoro. »
Estorbar á l o s h é r o e s q u e m o n t a s e n ,
— « ¿ Q u é , » d i c e e l c o n d e Orlando á Sacripante,
Ni q u e , por ir e n p o s d e s u a d o r a d a ,
« Qué m a s dijera e s e hablador villano
Del e s p l é n d i d o alcázar s e alejasen.
« A la m a s vil ramera
La dama e n t a n t o , al v e r s e p e r s e g u i d a
« Que rueca h i z o girar n u n c a e n su m a n o ? »
A u n t i e m p o por l o s t r e s , q u e separados
Y á Ferragut v o l v i é n d o s e e n s e g u i d a ,
Por escolta aceptará a g r a d e c i d a ,
« Bestia f e r o z , l e d i c e , si á tu labio
Corre veloz-, y así q u e del palacio
« Acabar esa frase h e p e r m i t i d o ,
S e v e distante el s u f i c i e n t e espacio
« Fué por n o h a c e r á mi r e n o m b r e agravio.
Para q u e obrar sobre n i n g ú n caudillo
190
« Con q u i e n sin y e l m o e s t á , y o n o m e m i d o »
- « ¿ P o r q u é mostrarte,« el m u s u l m á n r e s p o n d e ,
« De lo q u e n a d a á mí m e i m p o r t a , inquieto ;
« Solo y sin y e l m o á s o s t e n e r lo dicho
« Contra v o s o t r o s d o s m e c o m p r o m e t o -
- « ¡ Ah! p o r D i o s d i c e á Sacripante el c o n d e ,
« P o r Dios tu v e l m o á e s e arrogante p r e s t a ,
« A q u i e n va á ser su insensatez funesta. » -
— « N o s é cual d e n o s o t r o s e n tal caso
« Fuera el m a s l o c o , » dicele el circaso.
« Si tu d e m a n d a te parece h o n e s t a ,
« Préstale el t u v o t ú , q u e á dar c a s t i g o ,
« Cual t ú , y o á ese frenético m e obligo. » -
— « N e c i o s , » replica F e r r a g u t , ¿acaso
« Dudáis d e q u e si u n y e l m o y o q u i s i e r a ,
« N o hubiera y a , d e b u e n o ó d e mal g r a d o ,
« De a q u e s o s vuestras s i e n e s despojado ?
« Si así n o l o hice y a , f u é q u e ante el cielo
« Por v o t o m e h e obligado
« A c e ñ i r s o l o aquel q u e e n A s p r o m o n t e
« El c o n d e Orlando arrebatara á Almonte. » —
— « ¿ C ó m o ? » i n t e r r u m p e c o n sonrisa dura
El p r í n c i p e d e Anglante : « ¿ p o r v e n t u r a .
« S o l o y sin v e l m o , piensas ser bastrmte
« A alcanzar el del hijo d e Agolante ?
« N o , no-, m a s b i e n d e Orlando ante f a t u t a ,
« D e s d e el cabello hasta los p i e s , temblaras:
« Y, l é j o s d e e m p r e n d e r e s a c o n q u i s t a ,
« Hasta á tus propias armas r e n u n c i a r a s . —
— « ¡ Q u é ! » replica el altivo s a r r a c e n o ,
« ¿A Orlando e n m i l e n c u e n t r o s n o h e vencido
« Y e n m i poder s u s armas n o h e tenido ?
« Si el y e l m o n o g u a r d é , fué q u e propuesta
« E n t o n c e s n o m e habia
« El plan q u e espero realizar b i e n presto. •»
« M i e n t e s , vil i m p o s t o r , m i e n t e s mil v e c e s , »
L l e n o d e furia l e i n t e r r u m p e el c o n d e .
« C u á n d o , d i m e , ni d ó n d e
« Has v e n i d o á las m a n o s c o n Orlando?
« O r l a n d o , e s e g u e r r e r o en c u y a m e n g u a
« S o l t ó la i n d i s c r e c i ó n tu torpe l e n g u a ,
« E s e s o y y o , y o m i s m o , el q u e arrancarte
« S e p r o p o n e las a r m a s q u e aquí vistes
« Si e n tu i m p o s t u r a insólita persistes.
« Ventaja a l g u n a s o b r e tí no q u i e r o , »
Dice : d e s l a z a el y e l m o , q u e d e u n haya
A u n a rama s u s p e n d e , y el acero
Contra el m o r o dirige. N o d e s m a y a
El m u s u l m á n , q u e , s u b r o q u e l a l z a n d o ,
Los g o l p e s para q u e redobla Orlando.
Mas recia lid n o v i ó j a m a s n a t u r a .
En a r d i m i e n t o i g u a l e s ,
En destreza y p o d e r l o s d o s r i v a l e s ,
De s u s c o t a s b u s c a b a n la j u n t u r a ,
Y sin cesar t o r n a b a n s u s c o r c e l e s ,
O p o n i e n d o á la e s p a d a l o s b r o q u e l e s .
N o s é , s e ñ o r , si r e f e r i d o o s llevo
Cual f u e s e , e n t o d o e l b u s t o ,
Invulnerable e l m u s u l m á n r o b u s t o ,
Excepto en aquel punto reducido
Por d o n d e t o m a d e la v i d a el c e b o
El n i ñ o n o n a c i d o ;
P u n t o q u e h a s t a su m u e r t e
L l e v ó por t a n t o el m o r o p r o t e g i d o
Con siete c h a p a s d e l metal m a s fuerte.
Dura m a s q u e el d i a m a n t e
La piel era a s i m i s m o del d e A n g l a n t e ,
Que penetrar el h i e r r o
S o l o e n las plantas d e l o s p i e s podia.
Por e s o r e s g u a r d a d a aquella parte
Llevaba s i e m p r e c o n e s m e r o y arte.
De a d o r n o , p u e s , m a s b i e n q u e d e d e f e n s a ,
Su fuerte c o t a á c a d a cual s e r v i a .
S o b r e ellas á la v e z l o s d o s g u e r r e r o s
Vibraban f u r i b u n d o s s u s a c e r o s ,
Miéntras q u e S a c r i p a n t e d e la «táffca,
A q u i e n d e allí n o léjos s u p o n í a ,
S i g u i e n d o va las h u e l l a s por la g r a m a .
S o l o A n g é l i c a , p u e s , y esta i n v i s i b l e ,
T e s t i g o f u é d e l u c h a tan terrible.
Del valor del p a g a n o al v e r las p r u e b a s ,
Al v e r la furia del s e ñ o r d e A n g l a n t e ,
La d a m a , a m a n t e d e aventuras n u e v a s ,
El y e l m o , c a u s a d e la l i d , d e s c u e l g a ,
Y d e a n t e m a n o e n c o n t e m p l a r s e huelga
Cual d e su audaz p r o y e c t o
D e b e d e ser el s o r p r e n d e n t e e f e c t o .
Bien q u e r e s u e l t a á d e v o l v e r l o á Orlando
Así q u e e n c u e n t r e una o c a s i o n , j u g a n d o
El y e l m o c o g e , e n v u é l v e l o e n s u f a l d a ,
Atentamente á los guerros m i r a ,
Y e n s e g u i d a , v o l v i é n d o l e s la e s p a l d a ,
Sin d e s p l e g a r l o s labios s e retira.
Largo t r e c h o tras sí ya aquel terreno
Dejó la d a m a , c u a n d o
A n s i o s o s ojos Ferragut t o r n a n d o ,
El h u r t o n o t a , y d e coraje l l e n o ,
S u s p e n d i e n d o la l u c h a , dice á Orlando :
« ¿ A q u é lidiar? ¿ n o adviertes
« C u a l , d e n e c i o tratando n u e s t r o a r r o j o ,
« De r o b a r n o s acaba
« E s e g u e r r e r o el ú n i c o d e s p o j o
« Que al v e n c e d o r e l triunfo reservaba ? »
T u e r c e la vista el c o n d e , al r a m o mira •,
Mas e l y e l m o n o v e , y ardiendo e n i r a ,
C o n F e r r a g u t c o n v i e n e e n el instante
E n q u e el ladrón ha sido Sacripante.
La b r i d a , p u e s , v o l v i e n d o c o n coraje
Aguija á s u c o r c e l . S i g ú e l e el m o r o ,
Y j u n t o s así l l e g a n á u n paraje ADgélica procura evitar á Orlando, Sacripante v Ferragut.
D o n d e la v e r d e y e r b a (T. I, p. 192. ) • •
L a s r e c i e n t e s pisadas todavía
Del circaso y d e Angélica c o n s e r v a .
Del circaso la h u e l l a ,
Hacia la i z q u i e r d a , s i g u e p o r el llano
El d e A n g e r , mientra el m o n t e el africano
Registra por hallar á la d o n c e l l a ,
» Y miéntras q u e e s t a , d e u n a f u e n t e clara
Al llegar á las m á r g e n e s , s e para.
Nada c r e y e n d o allí t e m e r , d e un t a l l o ,
A la orilla del r i o , el y e l m o c u e l g a ,
Y á atar va s u caballo
D o mas fresca y m a s alta v e la mielga.
Del m u s u l m á n , e n tanto q u e sin tregua
Tras ella c o r r e , s ú b i t o s e o f r e c e
A l o s o j o s la d a m a . E n a j e n a d o
P o r abrazarla él v a ; m a s , e n s u y e g u a
Ella m o n t a n d o al p u n t o , d e s p a r e c e .
Confuso el agareno p e r m a n e c e ,
A Mahoma m a l d i c e , á T r e v i g e n t e
Y á s u s profetas t o d o s . De la f u e n t e
En t o r n o , tras Angélica g i r a n d o ,
El y e l m o e n e s t o v e ; l a s letras mira
Que e n s u c e r c o g r a b a d a s d i c e n c u a n d o ,
D o n d e , c o m o , y d e q u i e n lo o b t u v o Orlando.
C ó g e l o p u e s ; y sin q u e p a r t e sea
A impedirlo el d o l o r q u e l e t r a s t o r n a ,
S u sien c o n él a d o r n a
Y a n s i o s o p a r l e , sin s a b e r p o r d o n d e ,
Tras d e la dama q u e á s u afan s e e s c o n d e .
De hallarla e n fin p e r d i d a la e s p e r a n z a ;
Mas, calmada la a n g u s t i a q u e le aflige
El y e l m o al v e r d e q u e d e h a c e r s e d u e ñ o
Contrajo ha p o c o i r r e v o c a b l e e m p e ñ o ,
Hácia París ufano s e d i r i g e .
S o l a , e n o j a d a , i n q u i e t a , o r a invisible
Y descubierta a g o r a ,
S e g ú n l o s p u e b l o s d o n d e pasa ó m o r a ,
F i r m e Angélica s i e m p r e e n s u p r o y e c t o ,
T o m a d e Oriente el r u m b o m a s d i r e c t o ,
Sin cesar en su m e n t e r e p r o b a n d o
La causa q u e del y e l m o p r i v a á Orlando.
« ¿ E s e s t e , es e s t e el p a g o , » s e d e c i a , Ü t i l , m a s q u e e n la l i d , e n el c o n s e j o .
« Que tan galan afecto m e r e c í a ? La s e g u n d a o b e d e c e
« ¡ A h ! c o n buena i n t e n c i ó n , sábelo e l c i e l o , Al j o v e n r e y d e T r e m c c e n , Alzirdo,
« Bien q u e d i v e r s o el resultado f u e r a , Cuyo valor, e s f u e r z o y bizarría
« Ese y e l m o c o g í . Mi solo anhelo E n África le dieron nombradia.
« F u é p o n e r fin á e s a batalla fiera, Con estas h u e s t e s a c a m p a d o e n torno
« Y n o servir al m o r o d e i n s t r u m e n t o De las murallas d e P a r i s , q u e e n vano
« Para h a c e r l e lograr s u inicuo intento. » Con frecuencia y c o n ímpetu a s a l t a b a .
En. castillos y villas invernaba
Así s u error la d a m a d e p l o r a n d o ,
El resto del ejército africano.
Su camino seguia.
De s o m e t e r a Carlos t o d o m e d i o
Tras largo viaje á u n b o s q u e llega u n dia
Apurado por fin, p i e n s a A g r a m a n t e
D o n d e , entre dos sus c o m p a ñ e r o s , muerto
P o n e r á su ciudad e s t r e c h o a s e d i o .
Un h e r m o s o m a n c e b o v e t e n d i d o ,
Con e s t e fin, no s o l o
Con hierro a g u d o el c o r a z o n h e r i d o .
De su brillante j u v e n t u d gran parte
Has á Angélica d e j o , al r e y circaso
Incorpora á las h u e s t e s d e .Marsilio,
Y á Ferragut. De Orlando á hablaros p a s o ,
S i n o toda la g e n t e asalariada
Y á contar v o y las p e n a s q u e s o s t u v o
Que seguir q u i s o e n Francia su estandarte -,
En su pasión q u e fin al fin n o tuvo.
P u e s , á e x c e p c i ó n d e a l g u n o q u e otro f u e r t e ,
I n c ó g n i t o viajar el h é r o e quiere. Del árabe e n p o d e r p u s o la s u e r t e
Un n u e v o y e l m o , p u e s , al p u n t o a d q u i e r e , Gran parte d e Gascuña y cuanta tierra
Y, del e n c a n t o e n el poder s e g u r o , Entre el mar d e Arles y Paris s e encierra.
Ni mira si s u t e m p l e e s blando ó d u r o .
B o t o s s u s grillos y a , l o s a r r o y u e l o s
Así c u b i e r t o , s u c a m i n o s i g u e ,
Por los n a c i e n t e s p r a d o s d i s c u r r í a n ,
Sin q u e n o c h e ni s o l , lluvia ni frió
Y l o s á r b o l e s , libres d e l o s h i e l o s ,
Un solo instante á d e m o r a r le obligue.
De flores s e cubrían
El s o l , v e r t i e n d o en perlas s u r o c í o ,
Al aire alzando sus l o z a n a s c o p a s ,
Sus f ú l g i d o s caballos ya mostraba.
Cuando el rey A g r a m a n t e , d e s u s tropas
Y el alba p u r a , d e r r a m a n d o f l o r e s ,
Saber q u e r i e n d o el n ú m e r o y la c l a s e ,
De v i s t o s o s c o l o r e s
Una revista o r d e n a q u e s e pase ;
Los c i e l o s y la tierra e n g a l a n a b a ,
Y a e s t e e f e c t o llegaba el d e Noricia
C u a n d o , e n p o s d e s u amada c a m i n a n d o ,
Con el de T r e m e c e n , m i e n t r a s Orlando
Y d e Paris p a s a n d o á corto t r e c h o ,
Buscaba d e su A n g é l i c a noticia.
Del valor d e s u p e c h o
Al ver al q u e j a m a s v i ó su s e g u n d o :
Díó n u e v a s p r u e b a s el ilustre Orlando.
A aquel a c u y o e s f u e r z o s e rindieron
Dos h u e s t e s allí nota. Una m a n d a d a Los g u e r r e r o s m a s c é l e b r e s del mundo-,
P o r el rey d e N o r i c i a , Manilardo, Al ver d e su s e m b l a n t e
En o t r o t i e m p o intrépido y g a l l a r d o ;
altiva m a j e s t a d , el n o b l e g e s t o ;
Hoy a c h a c o s o , v i e j o ,
CANTO xir.
A l z i r d o , q u e era j o v e n y a r r o g a n t e ,
D e s o r d e n a d o s h u y e n , ¡Ni reparan
Ilácia él d i s p u e s t o á combatir avanza.
En el r u m b o q u e t o m a n ;
Fuéle empero funesto Ni d e buscar, ni d e llevar c o n s i g o
Tan temerario ardor, p u e s c o n s u lanza Se cuida nadie al d e u d o ni al a m i g o .
El c o n d e Orlando h i r i é n d o l e e n el p e c h o , En m e d i o d e e s t a s aterradas g e n t e s ,
Del arzón lo s a c ó y á largo t r e c h o Andaba la virtud , c o n el e s p e j o
Lo arrojó del c a b a l l o , q u e s i n g u i a Que las m a n c h a s d e l alma hace p a t e n t e s .
D e s p a v o r i d o el c a m p o recorría. Miróse e n él tan s o l o
Llena d e horror la turba v i e n d o al s u e l o El b u e n r e y d e N o r i c í a , n o b l e v i e j o
Venir al j o v e n , por c u y a a n c h a herida En quien la edad el f u e g o d e las venas,
Con torrentes d e s a n g r e h u y e la v i d a , No el del alma a p a g ó . Gloriosa m u e r t e
Un u n á n i m e grito l a n z a al cielo-, A ignominiosa fuga prefiriendo,
Y, e n d e s o r d e n i g u a l , c o n igual ruido La lanza e n r i s t r a , q u e c o n g o l p e c r u d o
Al q u e d e c e r d o s f o r m a una m a n a d a R o m p e d e Orlando e n m e d i o del e s c u d o .
Al e s c u c h a r el e c o d o l o r i d o N o s e c o n m u e v e a q u e s t e , y c o n el h i e r r o ,
De a l g u n o d e l o s s u y o s Que e n su terrible m a n o e s t á d e s n u d o ,
Con el cual corre el l o b o á su m o r a d a , Hiere al rey al pasar. La s u e r t e , e m p e r o ,
T o d o s á u n t i e m p o al paladín gallardo Torciendo el g o l p e fiero,
E m b i s t e n , cual de c e r c a con e s p a d a , Preserva d e la m u e r t e al n o b l e anciano ,
Cual d e léjos c o n picas ó c o n dardo. Bien q u e le arroja e x á n i m e e n el llano.
Mas al h é r o e s u n ú m e r o n o i m p o r t a ; El h é r o e l u e g o , sin v o l v e r l o s o j o s ,
Y hiere y mata y c o r t a , Su c a m i n o c u b r i e n d o d e d e s p o j o s ,
Sin q u e á l o s g o l p e s d e s u b r a z o p u e d a Siguiendo va á la t u r b a a m e d r e n t a d a ,
La malla resistir m a s q u e la seda. Y la acosa y d e s t r u y e ,
¿ Q u i é n describir p o d r á t o d o el e s t r a g o Cual milano á b a n d a d a
Que e n e s t a h u e s t e Orlando h i z o aquel día? De jilguerillos q u e e n d e s o r d e n h u y e .
La tierra a p é n a s , h e c h o u n rojo l a g o , De viva g e n t e , e n fin , d e s a m p a r a d o
Tanto cadáver c o n t e n e r podia. El c a m p o v i e n d o , e n p o s d e s u s e ñ o r a
Con c a b e z a s y brazos p o r l o s v i e n t o s A partir se d i s p o n e ; m a s ignora
Volaban a y e s , q u e j a s y l a m e n t o s . Cual dirección t o m a r . De la d o n c e l l a
Bajo distintas y e s p a n t o s a s f o r m a s T e m e a l e j a r s e , p o r b u s c a r s u huella.
La torva m u e r t e el c a m p o visitando , P o r el llano y el m o n t e á c u a n t o s topa
<( Durandarte , » d e c í a , P r e g u n t a n d o por e l l a ,
& Vale e n m a n o s d e Orlando Pierde al cabo s u via
« Cien v e c e s m a s q u e la guadaña mia. » Cual ya p e r d i d o l a r a z ó n h a b i a ,
Los q u e , solo y las s i e n e s d e s c e ñ i d a s Y al pié d e u n c e r r o l l e g a aquella n o c h e ,
Mirándole llegar, d a r l e p e n s a r o n De c u y o h e n d i d o flanco, d e s d e l é j o s ,
Fácil c a s t i g o , por s a l v a r s u s vidas P a s m a d o v e salir v i v o s reflejos.
C u a l , perdida d e vista
La l i e b r e , s i g u e el cazador su p i s t a .
Y, ora e n h u m i l d e b o s q u e de q u e j i g o ,
Ora e n l o s c a m p o s q u e surcó la r e j a ,
De registrar n o deja
Ni una mata d e c á ñ a m o ó d e trigo
Do hallar p u d o s u víctim a un a b r i g o :
A s í , m a s l l e n o d e e s p e r a n z a , Orlando
Iba a n s i o s o á s u Angélica b u s c a n d o .
Marchando hacia la luz q u e v e n s u s o j o s ,
Llega á la gruta. S u interior p r o t e g e n
R a m o s , m a l e z a , abrojos,
Que á s u b o c a s e e n l a z a n ó e n t r e t e j e n .
P r o f u n d i z a r el c o n d e
El misterio q u e r i e n d o q u e e s t o e s c o n d e ,
Ata el c o r c e l , c o n d u c e
S u p a s o h a c i a la b ó v e d a e n c u b i e r t a ,
Y e n ella s e introduce
Sin llamar ni esperar l e abran la p u e r t a .
P o r g r a d o s s e bajaba
A e s t a n e g r a m a n s i ó n , q u e viva g e n t e
E n s u v a s t o recinto sepultaba.
El cincel q u e e n la roca
S u s m u r o s fabricó, talló i g u a l m e n t e
Hácia la diestra m a n o u n a poterna,
P o r d o n d e y por su b o c a
T o m a b a l u z la sepulcral caverna.
S e n t a d a j u n t o al f u e g o
U n a d o n c e l l a el paladín v e l u e g o .
Los tres lustros su faz n o descubría-,
Y , bien q u e algo ofuscada por e l d u e l o ,
S u b e l d a d e n u n cielo
A q u e l antro h o r r o r o s o convertía.
C o n ella d i s p u t a n d o , Orlando echa de ver á Isabel dentro de una cueva. (T. I, p. 198.)
Cual s u e l e ser la mujeril m a n í a ,
Allí u n a vieja s e e n c o n t r a b a , c u a n d o ,
D e s c e n d i e n d o á la gruta
Y c o r t e s s a l u d á n d o l a s , Orlando
Sus pláticas s u s p e n d e y su disputa.
Bien q u e turbadas al mirar al c o n d e
Y al escuchar su a c e n t o ,
L e v a n t á n d o s e al punto d e su a s i e n t o ,
A su s a l u d o cada cual r e s p o n d e .
« ¿ Quién e s » p r o r u m p e el j o v e n g e n e r o s o ,
« Quién el mortal infame
« Que aqui sepulta o b j e t o tan h e r m o s o ? »
Débil la v i r g e n , c o n a m a r g o llanto
I n u n d a n d o s u rostro d e a z u c e n a s ,
Narrarle p u e d e apenas
Lo q u e v e r é i s , si o s p l a c e , e n otro canto.
CASTO XIII.
Principio de la historia de Isabel. — Mata Orlando á veinte fora-
gidos que tenian encerrada á esta princesa, y parte de allí en
su compañía. — Fuga de la vieja Gabrina. - Melisa indica
de nuevo á Bradamante IOJ medios de poner á Roger en liber-
tad. — Entra Bradamante en el palacio encantado. — Reúnen
sus batallones los reyes Agramante y Marsilio.
¡ Felices l o s a n t i g u o s caballeros
Que e n las s e l v a s , los m o n t e s , los o t e r o s
Y en los riscos fragosos,
Morada d e las s i e r p e s y los o s o s ,
Topaban c o n d o n c e l l a s
Tal v e z m u c h o m a s bellas
Que las q u e e n l o s alcázares h o y día
Ojo e s c u d r i ñ a d o r hallar p o d r í a !
En u n a c u e v a Orlando
E n c o n t r a n d o , cual d i j e , á una d o n c e l l a ,
De s u dolor la c a u s a i n q u i e r e ; y e l l a ,
Gimiendo y s o l l o z a n d o ,
Con v o z m a s d u l c e aun q u e lastimera
A decirle e m p e z ó d e esta manera :
« S e ñ o r , bien que segura
« De acrecentar mi horrenda d e s v e n t u r a ,
Sus pláticas s u s p e n d e y su disputa.
Bien q u e turbadas al mirar al c o n d e
Y al escuchar su a c e n t o ,
L e v a n t á n d o s e al punto d e su a s i e n t o ,
A su s a l u d o cada cual r e s p o n d e .
« ¿ Quién e s » p r o r u m p e el j o v e n g e n e r o s o ,
« Quién el mortal infame
« Que aquí sepulta o b j e t o tan h e r m o s o ? »
Débil la v i r g e n , c o n a m a r g o llanto
I n u n d a n d o s u rostro d e a z u c e n a s ,
Narrarle p u e d e apénas
Lo q u e v e r é i s , si o s p l a c e , e n otro canto.
CASTO XIII.
Principio de la historia de Isabel. — Mata Orlando á veinte fora-
gidos que tenian encerrada á esta princesa, y parte de allí en
su compañía. — Fuga de la vieja Gabrina. - Melisa indica
de nuevo á Bradamante IOJ medios de poner á Roger en liber-
tad. — Entra Bradamante en el palacio encantado. — Reúnen
sus batallones los reyes Agramante y Marsilio.
¡ Felices l o s a n t i g u o s caballeros
Que e n las s e l v a s , los m o n t e s , los o t e r o s
Y en los riscos fragosos,
Morada d e las s i e r p e s y los o s o s ,
Topaban c o n d o n c e l l a s
Tal v e z m u c h o m a s bellas
Que las q u e e n l o s alcázares h o y día
Ojo e s c u d r i ñ a d o r hallar p o d r í a !
En u n a c u e v a Orlando
E n c o n t r a n d o , cual d i j e , á una d o n c e l l a ,
De s u dolor la c a u s a i n q u i e r e ; y e l l a ,
Gimiendo y s o l l o z a n d o ,
Con v o z m a s d u l c e aun q u e lastimera
A decirle e m p e z ó d e esta manera :
« S e ñ o r , bien que segura
« De acrecentar mi horrenda d e s v e n t u r a ,
<i P u e s c u a n t o aquí y o o s d i g a , esa i n h u m a n a « De unir su suerte c o n la suerte mia.
« A mi o p r e s o r ha d e contar m a ñ a n a , a Por e s t o , y n o d u d a n d o q u e invencible
« A narraros m i s penas m e d i s p o n g o , « A nuestra unión o b s t á c u l o seria
« Y mi e x i s t e n c i a c o n placer e x p o n g o « La variedad d e f e , p u e s q u e cristiano
« Al pensar q u e la m u e r t e « Es él y mora y o , pedir mi m a n o
« P u e d e tan solo mejorar mi s u e r t e . « A mi padre no q u i e r e ,
« Isabel m e l l a m é ; hija otro tiempo « Que o b t e n e r m e prefiere
« Del rey d e s v e n t u r a d o d e Galicia, « Con secreto y ardid. Presto u n a carta
« Hija soy h o y del llanto y la injusticia; « De su designio i n s t r u y e m e , y a ñ a d e
« Q u e , al principio o t o r g á n d o m e m e r c e d e s , « Que á c o n d u c i r m e a d o n d e m a s m e agrade
« Amor al cabo m e e n v o l v i ó e n sus redes. « T i e n e un bajel d i s p u e s t o e n Santa Marta.
« V i é n d o m e j o v e n , n o b l e , rica y b e l l a , « En e s t o , d e su p a d r e o r d e n l e intima
« Feliz m e c o n t e m p l a b a ; « Que del rey Cárlos al s o c o r r o parta.
« P o b r e s o y h o y , envilecida esclava. « No p u d i e n d o dar c i m a
« Ó y e m e p u e s , s e ñ o r , y si a c o r r e r m e « Por lo tanto á su e m p r e s a , la e n c o m i e n d a
« A tu b r a z o n o e s d a d o , á t u alma al m e n o s « Al j o v e n Odorico d e V i z c a y a ,
« P e r m i t i d o será c o m p a d e c e r m e . a Doncel q u e e n l o s p e l i g r o s n o d e s m a y a ,
« P o r o r d e n d e mi padre u n gran torneo « En c u y o celo y amistad c o n f i a ;
« C e l e b r ó s e e n Bayona, hace ora un año. o E hiciéralo en v e r d a d c o n j u s t o s d a t o s ,
« De l u e n g o s y d e p r ó x i m o s c o n f i n e s « A n o ser tanto el n ú m e r o d e ingratos.
« La fama atrajo ilustres p a l a d i n e s , « De mi estancia n o léjos existia
« Y d e e l l o s , f u e s e del amor e n g a ñ o , « Un j a r d i n , c i r c u n d a d o
« O f u e s e r e a l i d a d , Zerbino e n mi alma « Por la mar hácia u n l a d o ,
« P o r su gracia y valor llevó la palma. d Y d e verdes colinas hácia el otro.
« P r e s a e n s u a m o r , dejé d e ser ya m i a , « Este siendo el paraje q u e m a s apto
« Y, sin siquiera sospechar mi e s t a d o , « A proteger mi fuga p a r e c í a ,
« De mi c i e g a pasión hice mi guia. « Llena d e g o z o e n él m e e n c u e n t r o el dia
« A e s t a p a s i ó n c o r r e s p o n d i ó mi a m a d o ; « Que propone Odorico para el rapto.
« Ni o c a s i o n e s ni i n t é r p r e t e s fallaron « A media n o c h e , p u e s , e n c o m p a ñ í a
« Que d e v e r n o s y hablarnos cada dia « De su g e n t e saltó sin r u i d o á t i e r r a ,
« La d i c h a á n u e s t r o afan p r o p o r c i o n a r o n , « Y hasta el jardin s e v i n o
« Y c u a n d o , terminada ya esta g u e r r a , « El mensajero d e m i fiel Zerbino.
« Y v o l v i é n d o s e el j o v e n á su t i e r r a , « De a l l í , y á n t e s q u e nada
« V e r n o s ya n o p o d i m o s , « Se trasluciese e n la c i u d a d , llevada
« De e t e r n o amor s o l e m n e fe n o s d i m o s .
« Al b u q u e fui. De mi indefensa g e n t e
« Si s a b e s q u é e s amor, d e mi suplicio <c Parte muerta q u e d ó , parte c a u t i v a ;
* J u z g a y del sacrificio « De mi tierra nativa
« De Z e r b i n o , q u e tierno e n ansia ardía « Así p a r t í , p e n s a n d o e n el instante
« Mece el v i e n t o la umbrífera guirnalda
« Que iba á u n i r m e por s i e m p r e c o n m i amante. « Y á quien el turbio mar besa la falda.
« El cabo d e M o n g í a « Amor, e s e v e r d u g o
« Doblado apénr.s e l bajel habia, « De la justicia y la razón , al y u g o
« Cuando, d e negra nube « De su antojo á Odorico s o m e t i e n d o ,
« Las h ú m e d a s e n t r a ñ a s d e s g a r r a n d o , « De s u a l m a , e n solo un d i a ,
« Sopla el mistral infando « Destierra la amistad y hasta el recuerdo
« Que el mar r e v u e l v e y n u e s t r o atan c o n t r a s t a , « De c u a n t o bien á s u s e ñ o r debia.
« En v a n o al d i e s t r o lado y al siniestro « Allí p u e s , f u e s e ya q u e d e s d e l u e g o
« T u e r c e el p a t r ó n . ¡Si basta « En su p e c h o Odorico a q u e s t e f u e g o ,
« Las velas t o d a s r e c o g e r , ni el mástil « Sin osar d e c l a r a r l o , c o n c i b i e s e ,
« Sobre el p u e n t e t e n d e r . Mal grado n u e s t r o . « F u e s e la s o l e d a d d e aquel paraje
« Por el v i e n t o c o n furia s a c u d i d a , « Quien tal r e s o l u c i ó n l e s u g i r i e s e ,
« En los p e ñ a s c o s q u e á Rochela cercan « Juzgando q u e o p o r t u n o
« Iba á estrellarse n u e s t r a frágil n a v e , « Es el m o m e n t o para h a c e r m e ultraje,
« Cuando , al mirar n u e s t r o conflicto g r a v e , « Piensa alejar al u n o
« Al j e f e el cielo s u g i r i ó una idea « De l o s d o s q u e , c o n él y q u e c o n m i g o ,
« Que n o s i e m p r e c o n é x i t o s e emplea. « El í m p e t u e n e m i g o
« Del b u q u e s a l t a , y é n t r a s e e n la l a n c h a ; « Evitaron del mar. Era e s t e A l m o n i o ,
« H á c e m e entrar c o n é l : tras d e n o s o t r o s « Q u e , e n miles d e o c a s i o n e s , á Zerbino
« Entran l u e g o d o s m a s , y d e l o s o t r o s « De su aprecio y s u fe dió t e s t i m o n i o .
« ¡Ni u n o q u e d a r a e n el bajel siquiera « - V é , d í c e l e O d o r i c o , v é á la villa,
« Si Odorico á su afan n o s e opusiera. « Y c o n d u c e u n c a b a l l o ; q u e e s mancilla
« En la frágil barquilla « De nuestro h o n o r sufrir q u e plantas tales
« Salvos así l l e g a m o s á la orilla , « Caminen por a q u e s t o s p e d r e g a l e s .
« Desde d o n d e u n instante d e s c u b r i m o s « P r e s t o hácia la R o c h e l a ,
« De n u e s t r a g e n t e y del bajel l o s r e s t o s . « Que seis millas d e allí tan s o l o d i s t a ,
« Con e l l o s p r o n t o sepultarse v i m o s « Por el b o s q u e q u e e s c ó n d e l a á la v i s t a ,
« En las o n d a s del mar v e s t i d o s . o r o « Sin nada recelar, A l m o n i o vuela.
« Y t o d o n u e s t r o haber, n u e s t r o tesoro. « C o m p a ñ e r o d e infancia d e Odorico
« C o n t e n t a , e m p e r o , y o c o n el c o n s u e l o « Y nacido en B i l b a o ,
« De poder abrazar á mi Z e r b i n o , « Corebo s e llamaba e l o t r o j o v e n
« Las gracias di r e c o n o c i d a al c i e l o , « Que e s c a p ó c o n n o s o t r o s e n la nao.
« Que m e libró d e tan fatal destino. « No p u d i e n d o alejarle,
« Por la d e s i e r t a playa , « Ni hallar e n él o p o s i c i o n c r e y e n d o ,
« B u s c a n d o a l g u n a c a s a , algún c a m i n o , <í Su propósito h o r r e n d o
« Con a v i d e z s e e x p l a y a « S e decide Odorico á r e v e l a r l e ,
« Nuestra vista e n t r e tanto v a n a m e n t e . « N o d u d a n d o encontrarle m a s d i s p u e s t o
« S o l o u n m o n t e s e v e . d e c u y a frente
« Que á seguir el camino de lo justo « C o n t r a Escila la n a v e se d e s t r u y e .
« A consultar d e su s e ñ o r el gusto. (( P u e s si bien tan adversa
« E n g a ñ ó l e su afan ; q u e el buen C o r e b o , « Mi suerte hasta h o y n o fué ni tan p e r v e r s a ,
« Noble y c o r t e s m a n c e b o , « Que esa g e n t e salvaje
« Furioso al e s c u c h a r esta p r o p u e s t a , « Hacer osará á mi virtud u l t r a j e ,
« Su designio reprueba y contraresta. « De su rapacidad y su injusticia
« P r o n t o uno y o t r o , con igual d e n u e d o , « M e p r e s e r v ó tan s o l o su c o d i c i a ,
« El hierro sacan. Llena d e c o n g o j a , « Q u e , vendiéndome pura,
« Aguijada y o e n tanto por el m i e d o a E s m a y o r su g a n a n c i a y m a s s e g u r a .
« Huyo d e allí; m a s á Corebo en b r e v e « Hace o c h o m e s e s y e m p e z ó ya el n o n o
« Su aguerrido adversario al s u e l o arroja •, « Que e n esta cárcel g i m o s u m e r g i d a .
« Veloz l u e g o persigúeme-, m e a l c a n z a , « La esperanza a b a n d o n o
« Y, c o n ardientes s ú p l i c a s , m e brinda « De v e r m e n u n c a á mi Zerbino unida.
« A q u e á s u a m o r mi corazon y o rinda. « De mi impía s u e r t e ya c o n o z c o el fallo.
« V i e n d o e m p e r o q u e v a n a e s su esperanza « S a b e d , señor, sabed que estoy vendida
« Y e n e x t r e m o t e n a z mi r e s i s t e n c i a , « A un m e r c a d e r q u e e n b r e v e
« Recurrir q u i e r e el m o n s t r u o á la violencia. « C o n d u c i r m e al serrallo
« En v a n o del q u e adoro « De u n s o b e r a n o del Levante d e b e . »
« La amistad le recuerdo. En v a n o lloro Miéntras la d a m a , hablando a s í , r e n u e v a ,
« Y á sus p i e s arrojándome suplico, Y acaso alivia su d o l o r , c o n h o c e s
« El bárbaro Odorico Y c o n palos a r m a d o s , dando v o c e s ,
« Mi v o z d e s o y e , y , cual rabioso t i g r e , Veinte m a l v a d o s m u é s t r a n s e e n la c u e v a .
« Cúpido m e a c o m e t e . Yo dispuesta En su faz torva u n ojo solo lleva
« A morir á n t e s q u e mi h o n o r p e l i g r e , De esta caterva el bárbaro c a u d i l l o ;
« Hasta el c i e l o lanzando a g u d o g r i t o , Del otro le privó g o l p e t r e m e n d o
« S o b r e el p é r f i d o , audaz m e p r e c i p i t o , Su nariz m a g u l l a n d o y s u carrillo.
« Y, á m i s uñas y d i e n t e s r e c u r r i e n d o , Este f e r o z , al caballero v i e n d o
« Su barba arranco y su s e m b l a n t e o f e n d o . Sentado c o n la d a m a ,
« En e s l o , c o n d u c i d o s Hácia los s u y o s v u é l v e s e y e x c l a m a :
« Tal v e z por m i s p u n z a n t e s a l a r i d o s , « Hoy, nuestras r e d e s sin haber t e n d i d o ,
h Tal v e z por su c o s t u m b r e « Un pájaro d e c u e n t a h e m o s c o g i d o . »
« De asaltar á l o s n á u f r a g o s , del b o s q u e Y al c o n d e d i r i g i é n d o s e , l e d i c e :
« Salen s ú b i t a m e n t e u n o s b a n d i d o s . « Si mi afan s o s p e c h a s t e , ó por alguno
« Odorico s u e m p r e s a al v e r l o s d e j a , « Mi antojo c o n o c i s t e
« Y, la espalda v o l v i é n d o m e , s e aleja. « Del m a n t o y d e las armas q u e en tí v e o ,
« Del falso a m i g o d e mi fiel Zerbino « El instante o p o r t u n o
« A l i b e r t a r m e aquella c h u s m a v i n o : « E s d e q u e satisfagas mi d e s e o . »
« A s í , tal y e z , m i e n t r a á Caribdis h u y e , Álzase o y e n d o e s t e discurso el c o n d e ,
Y, c o n s o n r i s a a m a r g a , le r e s p o n d e :
« Armas cual e s t a s , n e c i o
« No te v e n d i e r a u n m e r c a d e r al p r e c i o
« Que te haré y o pagar. » D i c e ; y e n h u m o
Y en f u e g o e n v u e l t o , d e la l u m b r e saca
Grueso tizón : al malandrín a t a c a ,
Y entre una y otra ceja
Le hiere c o n tal fuerza y tal e n o j o ,
Que d e la vista el o j o
Que miraba aun la l u z , privado d e j a ,
Y s u alma l u e g o , d e s u audacia e n p a g o ,
Envia de Quiron al turbio l a g o .
Sobre r o b u s t o y t o s c o pié y a c i a ,
En m e d i o d e la c u e v a , u n a gran m e s a
De d o s p a l m o s d e g r u e s a ,
En torno d e la cual toda c a b i a ,
Su j e f e al f r e n t e , la caterva impía.
Cógela el c o n d e ; y , sin m a y o r e s f u e r z o ,
Con la soltura e x t r a ñ a ,
Que tanto e n el h i s p a n o s e celebra
Para blandir la c a ñ a ,
Sobre la turba arrójala. A cual quiebra
Cabeza, pierna ó b r a z o ,
A cual el p e c h o , á cual el e s p i n a z o ;
Cual e n el s u e l o m a g u l l a d o q u e d a ,
Y v e n t u r o s o aquel á q u i e n 110 v e d a
Este g o l p e escapar. Mayor e s t r a g o
N o hace g r u e s o p e ñ ó n q u e s e d e s p l o m a
S o b r e u n haz d e c u l e b r a s
Que ufano el sol d e primavera toma.
Sin cola parte u n a ;
Otra q u e , h e r i d a deslizarse q u i e r e ,
E n r o s c á n d o s e e n v a n o , al cabo m u e r e ;
Y por la y e r b a , c o n o c u l t o s e s g o ,
Corre tal v e z a l g u n a
Que evitar p u d o s u inminente riesgo.
Los b a n d i d o s q u e el s u y o conjuraron
(Asegura Turpin q u e fueron s i e t e ) .
Su d e f e n s a á l o s pies e n c o m e n d a r o n - ,
Mas el c o n d e l o s s i g u e y a c o m e t e ,
Los c o g e : c o n un c a b l e , sin f a t i g a ,
Sus t o r p e s m a n o s f u e r t e m e n t e l i g a ,
Y arrastrándolos f u e r a de la c u e v a ,
A u n r a m o , (pie prepara c o n s u e s p a d a ,
C o l g á n d o l o s para pábulo d e c u e r v o s ,
Al m u n d o purga d e e n t e s tan protervos.
Tal suerte al v e r s u c ó m p l i c e la v i e j a ,
Los c a b e l l o s m e s á n d o s e , se aleja.
Por á s p e r o s parajes
V a g a n d o asi turbada y sin s e n d e r o ,
De u n a r r o y o á las m á r g e n e s salvajes
E n c u é n t r a s e por fin c o n un guerrero.
Mas c o n t a r o s quien fuese aquí n o q u i e r o ;
Y v u e l v o á la d o n c e l l a
De q u i e n c o r t e s , hasta ponerla en s a l v o ,
Seguir p r o m e t e el paladín la huella.
Sus mejillas d e púrpura y d e rosas
La aurora iba á m o s t r a r , c u a n d o c o n ella
Su marcha Orlando c o m e n z ó . Sin c o s a s
Que narrarse m e r e z c a n , j u n t o s v a g a n ,
Y al cabo d e u n o s dias prisionero
Hácia e l l o s v e n venir un caballero.
Quien f u e s e ya d i r é ; q u e e n este instante
A hablar v o y d e la bella
Q u e , triste y a f l i g i d a , mientra en vano
Aguarda al caro a m a n t e
Vence e n e n c u e n t r o s mil al africano
Que tala el territorio d e Marsella,
Mostrando así s u e s f u e r z o , su h e r o í s m o
Y s u a m o r por su p u e b l o á un tiempo m i s m o .
Mientra inquieta y llorosa u n a m a ñ a n a ,
Llegar n o v i e n d o á su Roger, s e a f a n a ,
A s u vista p r e s é n t a s e la m a g a ,
Armada d e la j o y a peregrina
Cuya virtud logró cerrar la llaga
Que e n el p e c h o del h é r o e abriera Alcina.
2 0 9
CANTO X I I I .
S i g u e n l o s Nasamonios á P u l i a n o ;
Con su g e n t e aparece e n la llanura A Malbuferso s i g u e n los d e Pisa ;
El rey d e O r a n , d e insólita estatura. Los d e A m o m a á Agricalte, y á su frente
De esta g e n t e e n seguida Por j e f e lleva á Finadur la g e n t e
Mega aquella q u e tuvo e n otros- t i e m p o s Que d e Canarias vino y d e Marruecos;
Por j e f e á Martasino, Balastro rige la del rey Tarduecos.
Rey d e l o s G a r a m a n t e s , cuya vida Detras d e aquesta la de Mulga v i e n e ,
La guerrera d e Amon á corlar v i n o . De c u y o reino la vacante silla
La t e r c e r a , la h u e s t e d e M a r m u n d a , C o r i n o , a m i g o d e A g r a m a n t e , obtiene.
Cual la cuarta y s e g u n d a , S i g u e n los d e Ai-mancilla,
Sin j e f e va. Solícito A g r a m a n t e , Q u e , m u e r t o T a n f i r i o n , Caico acaudilla.
Para e n t r e g a r l e s una compañía De Getulia por j e f e á R i m e d o n t e
Al b u e n Ormida y a Buraldo elige. Agramante d e s i g n a . Balinfronte
De Libicania al fuerte Argan confia C o n d u c e á l o s d e Cosca. El r e y Clarindo
La g e n t e á q u i e n aflige Rige d e Bolga al e s c u a d r ó n q u e u n dia
De D r u i n a s o , su r e y , la suerte impía. Al fuerte Mirabaldo obedecía.
Baja la f r e n t e y pálido el s e m b l a n t e , Balinverno va l u e g o , á q u i e n s e ñ a l o
Marcha l u e g o d e Tánger el caudillo , C o m o e l e n t e m a s malo
B r ú ñ e l o , á q u i e n la ilustre Bradamante Del ejército l o d o d e A g r a m a n t e .
El favor d e Agramante S i g ú e l e el r e y S o b r i n o , á q u i e n en ciencia
Hizo perder, q u i t á n d o l e el anillo. Dudo q u e haya q u i e n g a n e , ni e n p r u d e n c i a ,
De e s t e m o n a r c a , al escuchar tal n u e v a , Como dudo que exisla
F u é la c ó l e r a t a n t a , Hueste m a s brava q u e la h u e s t e suya
Que ceñir d e Brúñelo á la garganta E n c u a n t a s son pasadas e n r e v i s t a /
Hizo el l a z o f a t a l : y s o b r e el p a l o , La d e Bellamarina, q u e otro tiempo
A Gualzoto por r e y r e c o n o c i a ,
Cual á i n f a m e impostor, morir le h i c i e r a ,
Viene d e s p u e s , p o r guia
Si á afirmar l s o l e r l o n o viniera
Trayendo al rey d e A r g e l , al arrogante
Haberle v i s t o al árbol amarrado.
B o d o m o n t e d e S a r z a , q u e d e Libia
Por e s t o y d e gran parte d e su corte
Con copia de caballos y de: infantes
El rey á las instancias a c c e d i e n d o ,
Era llegado tres j o r n a d a s á n l e s .
Le p e r d o n ó la v i d a , r e s e r v a n d o
A n u e v o error castigo m a s t r e m e n d o . N o contaban las h u e s t e s a g a r e n a s
S i g ú e l e Farurante, y tras él marchan Caudillo m a s o s a d o ni mas; fuerte.
Los caballos é infantes d e Maurina. De Paris las a l m e n a s
Mandaba u n e s c u a d r ó n d e Constantina N o sin r a z ó n t e m b l a b a n á. su vista
Liban , q u e o b t u v o c o n el cetro d e oro Mas q u e á la d e A g r a m a n t e , d e Marsilio
La c o r o n a q u e fué d e Pinadoro. Y de cuantos g u e r r e r o s
Vibraban d e e s t o s jefes, e n a u x i l i o ,
Con l o s d e Hesperia v i e n e Soridano;
A Dorilonte l u e g o s e divisa:
Contra la f e d e Cristo, sus aceros. A anticiparse á s u d e s i g n i o v e n g a .
Prusion rey d e Albaraje, y Dardinelo Y, el c o l o r d e las armas del g u e r r e r o
Rey d e Zúmara s i g u e n . S u impía suerte Con viveza inquiriendo y sin e m p a c h o ,
Ignoro si m o c h u e l o (« Negra e s su c o t a , » dice el e s c u d e r o ,
« N e g r o s u almete y n e g r o su p e n a c h o . »
U otro siniestro pájaro p r e d i j o ;
Mas e n el libro d o n d e t o d o e s fijo, De Roldan dije y a , c o n q u é m o t i v o
Este color tomó por distintivo.
Escrito estaba q u e el s i g u i e n t e día
Dado Marsilio á Mandricardo habia
De l o s s u y o s el ú l t i m o seria.
Un soberbio corcel de piel c a s t a ñ a ,
Del r e y d e T r e m e c e n , del d e Noricia
De negra caña y d e p e c e ñ a s c r i n e s ,
Al v e r s e sin noticia y su estandarte
Que á los frisios c o n f i n e s
Flotar n o v i e n d o por n i n g u n a parte ,
Vino á e n g e n d r a r un alazan d e España.
Agramante e n t e m o r s e c o n s u m í a ;
Sobre él a r m a d o Mandricardo m o n t a ,
Cuando á s u e n c u e n t r o u n m e n s a j e r o v i n o .
Y con carrera pronta
De Alzirdo y Manilardo
De aquel sitio s e a l e j a , a d o n d e jura
A referirle el m í s e r o d e s t i n o .
No retornar en tanto q u e n o v e n z a
« Señor, » le d i c e , « el paladin gallardo
Al s e ñ o r d e la negra vestidura.
« Que á tantos d e s t r u y ó , del m i s m o m o d o
Por encontrar c o m i e n z a
K Vencido hubiera el c a m p a m e n t o t o d o ,
A la aterrada g e n t e , q u e , sin guia
« Si á s u í m p e t u v i o l e n t o
H u y e n d o y sin c o n c i e r t o ,
« Osara resistir el c a m p a m e n t o . »
Al furor del d e Anger s e sustraía.
Era llegado á las alarbes t i e n d a s ,
Cual d e haber visto m u e r t o
P o c o s dias a t r a s , u n caballero
Ya u n h e r m a n o , ya u n h i j o , s e plañía.
De c u y a s altas prendas
Este c a m i n o el tártaro s i g u i e n d o ,
Voló la fama por el orbe e n t e r o .
Llega e n b r e v e al paraje q u e testigo
Mandricardo llamábase , y , f a m o s o
Fuera del e s p e c t á c u l o t r e m e n d o
P o r tanta y tanta m e m o r a b l e h a z a ñ a ,
Que dió Orlando al ejército e n e m i g o .
P o n e r el sello á s u b r a v e z a extraña
Al ver la s a n g r e q u e la tierra e s m a l t a ,
Y hacer e t e r n o s u esplendor d e b i a ,
De su caballo Mandricardo s a l t a ,
Del castillo e n c a n t a d o d e Soria
Y á creer lo q u e v e n o s e d e c i d e
Arrancando las a r m a s rutilantes
Miéntras, con propia y e n v i d i o s a m a n o ,
Que el g r a n d e Héctor vistió diez siglos ántes.
Cada herida n o p a l p a , o b s e r v a y m i d e .
La vista a l z a n d o , o y e n d o al m e n s a j e r o ,
Pálpalas p u e s , y , c o n igual coraje
Partir r e s u e l v e el fiero Mandricardo
Al que al mastín ó al lobo d e s c o n c i e r t a
A provocar al paladin gallardo
C u a n d o , hambriento llegando hácia el paraje
Que á t a n t o s d e s t r u y ó . Su l a b i o , e m p e r o ,
Do res s u olfato le anunciaba m u e r t a ,
El p e n s a m i e n t o q u e le agita e n c u b r e ,
Cuernos tan solo y h u e s o s d e s c a r n a d o s
Ya p o r q u e á m e n g u a el revelarlo t e n g a ,
Encuentra por el vientre a b a n d o n a d o s ,
Ya p o r t e m o r d e q u e e n tal c a s o alguno
B l a s f e m a el m o r o , y d u e l é l e y l e p e s a
1 legar lan larde á tan sabrosa m e s a
' T o d o a q u e l d ¡ a v a g a , y al s i g u i e n t e
Llega á u n p r a d o s o m b r í o ,
E n t o r n o al c u a l s u l í m p i d a c o r r i e n t e
Girar h a c i e n d o e n s u m a n s i ó n p i o f u n d a ,
El l í b e r j u n t o á Otrícolis c i r c u n d a .
Mil g u e r r e r o s a r m a d o s allí v i e n d o
Que parecen estarlo defendiendo >
« ¿ Cuál e s la c a u s a , » el t á r t a r o p e g u n t a ,
« Q u e tanta g e n t e e n e s t e sitio j u n t a .
Su n o b l e g e s t o , su m i r a d a b r a v a ,
P r e n d a n al c a p i t á n q u e aU. m a n d a b a
Q u i e n , s o s p e c h a n d o p o r el rico a d o r n o
D é l a armadura q u e le ciñe en t o r n o ,
Su n o b l e z a y v a l o r , así l e d i c e :
« D e la bella p r i n c e s a D o r a h c e ,
« Que e s t á c o n B o d o m o n t e d e s p o s a d a
« ( B i e n que i a f a m a a u n n o l o p r e e o n . e e ) ,
« U c u s t o d i a m e ha sido e n c o m e n d a d a
« P o r s u p a d r e , el m o n a r c a de d a ñ a d a .
I C u a n d o esta tarde á su agorero canto
«Ponga fin la cigarra, a la d o n c e l l a
« Y o d e s p e r t a n d o , partiré c o n ella. )»
En d e s e o s d e ver á a q u e s t a d a m a ,
Q u e d e b e s e r , á lo q u e i n f i e r e , b e l l a ,
El a r r o g a n t e tártaro s e inflama ,
Y q u e r i e n d o a d e m a s h a c e r la p r u e b a
De cómo aquella gente
G u a r d a la j o y a q u e á s u c a r g o l l e v a ,
« A su p r e s e n c i a c o n d u c i d m e e n b r e v e
« O h a c e d q u e v é n g a al p u n t o ella a la m í a ,
«"Verla q u i e r o a n t e s d e s e g u i r m i Via »
- « L o c o e s t a r , » d i c e el g r a n a d m e. « d e b ^
« Q u i e n tal d e m a n d a á f o r m u l a r s e a t r e v e .
N i d i j o m a s : q u e , el asta l e v a n t a n d o ,
Lleno d e f u r i a , - e l tártaro le a t a c a ,
Y, su cota y su y e l m o a t r a v e s a n d o ,
Sin v o z ni v i d a del arzón le saca.
C u a n d o , l a s armas d e Héctor conquistando
El hijo d e Agricano
Notó la falta d e la espada bella
Que el brazo ornó del paladín troyano ,
Diz q u e jurara ( y n o jurara e n v a n o )
Espada n o ceñir miéntras aquella
No conquistara q u e llevaba Orlando.
No llevándola p u e s , ni otra arma alguna
T e n i e n d o en su poder, su lanza presto
Recobra y torna á e n a r b o l a r , d i s p u e s t o
A dar m u e r t e c o n ella
A aquella m u l t i t u d , q u e en torno s u y o ,
Con e s p a d a s y picas, s e atrepella.
Al t a r t a r o . s u n ú m e r o n o a t e r r a ,
É hiriendo sin cesar, c u b r e bien p r o n t o
De sangre y d e c a d a v e r e s la tierra.
Rota su lanza , e n fin, con s u s d o s m a n o s ,
El g r u e s o tronco q u e le q u e d a , a f e r r a ;
Y, s e g u n d o Sansón , derriba , h i e n d e ,
Y e n el s u e l o ta. v e z d e un s o l o g o l p e
Al caballero y al caballo tiende.
En v a n o , e m p e r o , e n v a n o s e defiende
La turba, á quien aflige y a c o b a r d a ,
Mas q u e el r e c e l o d e perder la v i d a ,
El g é n e r o d e m u e r t e q u e l e aguarda.
Y viendo e n fin q u e muerta ó malherida
La mayor parte y a c e ,
A partir la q u e queda s e d i s p o n e :
Mas Mandricardo, q u e cual presa suya
Contempla aquella g e n t e , se i n t e r p o n e ,
Le cierra el paso y le interdice q u e huya.
(T. I, p. 225.)
Cual al soplo d e recio torbellino
La frágil caña en el pantano c e d e ,
Cual resistir n o puede
A voraz llama el cáñamo, ó el fino
CANTO xiv. 225
Mas n o s a b i e n d o a d o n d e el ala d e b a
Dirigir p o r topar c o n el S i l e n c i o ,
A quien del cielo los mandatos l l e v a ,
H a c i a e l sitio el a r c á n g e l s e d i r i g e
Do ley severa rige
Q u e i n t e r d i c e el hablar al c e n o b i t a ,
D o n d e la v o z Silencio s e halla escrita
En celdas y oratorio,
En l o s m u r o s d e l c l a u s t r o y r e f e c t o r i o .
Allí c r e y e n d o , al l a d o del r e p o s o
Y d e la c a r i d a d , p o d e r h a l l a r l o ,
Las á u r e a s p l u m a s b a t e p r e s u r o s o
El a r c á n g e l M i g u e l ; m a s , n o b i e n e n t r a ,
N o t a s u e r r o r . Escrito e n la m u r a l l a
D o q u i e r q u e l l e v a s u s p i s a d a s , halla
S i l e n c i o allí; m a s ni al S i l e n c i o e n c u e n t r a ,
Ni el a m o r v e , ni la p i e d a d q u e un d í a
En l o s t r a n q u i l o s c l a u s t r o s e x i s t í a ,
Y q u e d e e l l o s , ha t i e m p o , d e s t e r r a r o n
La p e r e z a , la e n v i d i a ,
La avaricia , la g u l a y la p e r f i d i a .
E n e l c o n v e n t o , a t ó n i t o el a r c á n g e l
D e s c u b r e al m o n s t r u o á q u i e n , d e l , P a d r e E t e r n o
P o r c u m p l i r el m a n d a t o ,
Iba á b u s c a r al f o n d o d e l i n f i e r n o .
¿ Q u i é n . l o c r e y e r a , q u i é n ? ¡A la m o r a d a
Q u e al s e r v i c i o d i v i n o
D e b i e r a e s t a r tan s o l o c o n s a g r a d a ,
A hallar Miguel á la Discordia v i n o 1
Reconócela presto
A su traje, compuesto
D e mil r e t a z o s d e c o l o r d i s t i n t o ,
Con los cuales jugando
El v i e n t o á - s u placer, s u s f o r m a s iba
Ora e n c u b r i e n d o , a g o r a r e v e l a n d o .
S u s c a b e l l o s , cual n e g r o y c u a l c a s t a ñ o ,
Cual ,del c o l o r d e l o r o ó d e la n i e v e ,
F o r m a b a n el c o n j u n t o m a s e x t r a ñ o .
CANTO XIV. <2f>J
Por su peóho l o s u n o s ,
Por su espalda los otros s e esparcían,
Y d e su f r e n t c y d e su sien a l g u n o s
En torno s e trenzaban ó tegian.
Contra el s e n o s u s m a n o s estrechaban
Legajos d e l i b e l o s ,
C a u s a s , consultas , pleitos y escrituras
Que al p o b r e s i e m p r e por vedar acaban-
De v e r su hacienda ó su quietud s e g u r a s .
^ D e t r a s , delante d e ella, y á s u s l a d o s ,
Se agolpaban escribas y a b o g a d o s .
Miguel la llama ; e x p ó n é l e sus p l a n e s ,
Su pronta ejecución le r e c o m i e n d a ,
Y u n o s contra otros m á n d a l e q u e e n c i e n d a
En r e n c o r á los jefes m u s u l m a n e s .
De la m a n s i ó n d o n d e el S i l e n c i o habita
Nuevas el á n g e l p r e g u n t a n d o l u e g o .
A la q u e s e hace del furor u n j u e g o
Y al orbe e n t e r o e x t i e n d e s u visita.
« N o se m e a c u e r d a , » la Discordia d i c e ,
« Si vi nunca al Silencio ni e n q u é p a r t e ,
« Bien q u e el n o m b r e n o m e e s d e s c o n o c i d o ,
« Y q u e d e s u s astucias y d e s u arte
« E n m a s d e una o c a s i o n n u e v a s lie o i d o ;
« Mas una amiga y c o m p a ñ e r a nuestra
« Aquí v i v e q u e , a c a s o , á t u d e s c o
« Podrá satisfacer. Llegar la v e o ,
« Héla a q u í , » dice-, y con la alzada diestra
A la Mentira , q u e s e a v a n z a , m u e s t r a .
Pulcro e s s u t r a j e ; su a d e m a n m o d e s t o ;
Humilde su mirar-, su paso g r a v e ;
Dulce su v o z y plácido su g e s t o ,
Cual el g e s t o y la v o z del q u e á María
V i n o , e n n o m b r e d e D i o s , á decir A v e .
•'"o - — ~" ^fc» Disforme e s t o d o el r e s t o ,
Arcángel S . Miguel ejecutando las órdenes de Dios. (T. I, p. 231.) Mas s u torpeza oculta bajo c a p a
Que un puñal s i e m p r e e m p o n z o ñ a d o tapa.
Por e l arcángel preguntada a d o n d e
Partir e n busca del Silencio d e b a , En vano el sol por penetrar porfía.
La Mentira r e s p o n d e : Vese en él una piedra
« En l o s a n t i g u o s t i e m p o s , c u a n d o m*eva Que una gruta capaz forma e n s u s e n o ,
« De Benito y d e Elias A cuya boca e n l á z a s e la hiedra,
« Era la i n s t i t u c i ó n , d e sus s e c u a c e s Que , con t o r t u o s o s g i r o s , por s u s m u r o s
« Habitaba e n c o n v e n t o s y abadías. Desciende hasta sus á m b i t o s o s c u r o s .
« En t i e m p o d e Pitágoras y Arquitas, Esta * del m u e l l e S u e ñ o e s la morada.
« De s u s cátedras dócil l a r g o s a ñ o s En el s u e l o s e n t a d a ,
« F r e c u e n t ó l o s escaños-, . A un lado s u y o la Pereza y a c e ,
« M a s , m u e r t o s ya l o s s a n t o s y l o s sabios Que apénas p u e d e c o n s u propio p e s o ;
« Que silencio i m p u s i e r o n a sus l a b i o s , Y por el otro el O c i o ,
« D e g e n e r a n d o d e virtud e n v i c i o , Lívido , s u c i o , s o ñ o l i e n t o , o b e s o .
« Vivió l u e g o asociado al maleficio. Fijo en la p u e r t a , el v a p o r o s o Olvido
« En la n o c t u r n a sombra á l o s amantes
No deja entrar, n o r e c o n o c e á nadie.
« E m p e z ó acompañando-, á l o s l a d r o n e s
N o e s c u c h a , ni r e s p o n d e ,
« Asocióse en seguida,
Y con su v e l o á l o s d e dentro e s c o n d e .
« Y, c ó m p l i c e d e reprobas a c c i o n e s ,
De fieltro c o n calzado
« Dió su a p o y o al traidor y al h o m i c i d a .
Y en cenicienta capa arrebozado
« Tal v e z dentro á la tierra s e sepulta
Escóltale el S i l e n c i o , c e n t i n e l a
« C o n l o s q u e falsa acuñan la m o n e d a .
Q u e , p o r q u e n a d i e allí se acerque , vela.
« Fácil no e s , p u e s , q u e hallar n i n g u n o p u e d a
Acércasele el á n g e l , sin e m b a r g o ,
« Al q u e d e albergue á cada instante m u d a .
« De h a l l a r l e , e m p e r o , u n m e d i o v o y a darte •, Y, e n baja v o z , trasmítele s u encargo.
« A la m a n s i ó n del S u e ñ o h o y m i s m o p a r t e , El Silencio la f r e n t e ,
« Y á media noche llega, Mostrando haberle c o m p r e n d i d o , i n c l i n a ;
„ Que al r e p o s o tal v e z allí s e entrega. » Y tras Miguel p o n i é n d o s e o b e d i e n t e ,
Ilácia el s u e l o n o r m a n d o se e n c a m i n a .
Bien q u e f e la Mentira n o m e r e z c a , Desde allí d e m a n e r a
Es tal la gravedad c o n q u e r a z o n a , La marcha d e s u s tropas a c e l e r a ,
Que á l o s frailes el á n g e l abandona Que ante los m u r o s d e Paris las g u i a ,
Sin siquiera aguardar á q u e a n o c h e z c a . Sin q u e nadie lo a d v i e r t a , al o t r o dia.
Del S u e ñ o e n b u s c a , el ala voladora En torno d e e s t a s tropas discurriendo
Ora t e m p l a n d o , acelerando a g o r a , El Silencio e n t r e t a n t o ,
Se d i r i g e , q u e á la hora d e s i g n a d a Ora del sol los r a y o s les m o s t r a b a ,
Llegar d e s e a al fin d e su jornada. Ora d e espesa niebla bajo el m a n t o
D e c i u d a d e s y villas apartado, Caballos ocultaba y p a l a d i n e s ,
Y d e abetos y d e h a y a s c o r o n a d o , A m o r t i g u a n d o el s o n d e l o s clarines.
Hay e n Arabia un vaílecilio a m e n o Y al c a m p o m u s u l m á n y e n d o en s e g u i d a
D o n d e , aun e n el rigor del m e d i o d í a , Vierte e n él no sé q u é , q u e sorda y c i e g a
A su g e n t e d e j a n d o , la venida Ni en el peligro q u e le amaga piensa.
¡No le p e r m i t e v e r d e la q u e llega •Juntos allí s e - v e o c o n d e s , b a r o n e s ,
Por R e i n a l d o y el ángel conducida. Reyes y duques, príncipes, marqueses,
Al pié d e l a s murallas Agramante Soldados extranjeros y franceses.
Y e n las a l d e a s q u e á Paris c i r c u n d a n , De honor, d e c e l o y fe cada cual l l e n o ,
Las s u s t r o p a s d e á pié c o l o c a e n e s t o ; A Cárlos ruega q u e bajar los p u e n t e s
Que e n u n a t a q u e v i g o r o s o y p r e s t o Y atacar le c o n c e d a al s a r r a c e n o ;
Sus e s p e r a n z a s últimas se fundan. Mas, bien q u e de e s t e ardor se f e l i c i t e ,
Quien c a p a z fuera d e contar la g e n t e El sabio e m p e r a d o r n o lo permite-,
Que contra Garlos m u e v e e n e s t e instante Y e n los sitios m a s propios y o p o r t u n o s ,
El árabe a r r o g a n t e , Para cerrar al bárbaro la v i a ,
Contara f á c i l m e n t e Con tino d i s p o n i é n d o l o s , á a l g u n o s
Este p u e s t o c o n f i a ,
Las plantas t o d a s q u e la u m b r o s a espalda
Miéntras al otro gruesa h u e s t e en via.
Del A p e n i n o e n c u b r e n , y las o l a s
Al u n o ordena q u e e n c e n d i d a s siempre
Lanzadas d e l a s costas e s p a ñ o l a s
Las h o g u e r a s m a n t e n g a ,
Que van d e Atlante á salpicar la f a l d a ,
Al otro q u e hacia el p u n t o á d o c o n v e n g a
Y las l u m b r e r a s q u e e n la n o c h e m i r a n
Las m á q u i n a s t r a n s p o r t e ; y d e e s t e m o d o
A los t i e r n o s a m a n t e s q u e suspiran.
Cárlos está d o q u i e r , y atiende á todo.
Con f r a g o r e s p a n t o s o y r e p e t i d o
Sobre u n llano, e n el c e n t r o d e la F r a n c i a ,
De Paris l a s c a m p a n a s s e agitaban,
Sentado está Paris. Sus m u r o s besa
Y en los templos de D i o s , á su sonido,
El S e n a , q u e los corta y a t r a v i e s a ,
Millares d e d e v o t o s
F o r m a n d o e n m e d i o una ínsula q u e abarca
Las m a n o s y l a s súplicas alzaban.
La mas bella p o r c i o n d e s u comarca.
Fueron tantos los votos
Completan la c i u d a d otras d o s p a r t e s
Al S e ñ o r o f r e c i d o s aquel d i a ,
Cuyo exterior p r o t e g e n s u s b a l u a r t e s ,
Que , á t e n e r e n el cielo
Y c u y o interno lado
T a n t o v a l o r c o m o e n la tierra el o r o ,
P o r el curso del Sena está guardado.
Recibiera c a d a á n g e l un tesoro.
Por varios p u n t o s á la v e z s e e x p u g n a
Alzan la v o z q u e j á n d o s e los viejos
Ciudad q u e l e g u a s d e circuito c u e n t a :
De q u e los h a y a el hado
Mas el rey A g r a m a n t e ,
Para v e r t a n t a ruina r e s e r v a d o ,
Que á dividir s u ejército r e p u g n a ,
Y, c o n m e n t e e n v i d i o s a ,
Por solo un lado a c o m e t e r intenta.
Del a m i g o s e acuerdan y del d e u d o
Que del s e p u l c r o e n la mansión reposa ; De la muralla e n t o r n o el sabio Cárlos
M a s , d e la e d a d adusta Armas y m u n i c i o n e s a c o p i a n d o ,
Consejos y t e m o r e s d e s p r e c i a n d o , Las orillas del S e n a fortifica
Llena d e a r d o r , la j u v e n t u d r o b u s t a Con f o s o s y c o n m u r o s q u e fabrica,
De l o s m u r o s volando a la d e f e n s a , Y s u curso d e f i e n d e
Y e n el p r o f u n d o foso l o s derriban;
Con sólidas c a d e n a s q u e en él t i e n d e : Que n o tan solo e s p a d a s , picas y hachas
Luego á l o s p u e s t o s corre y los pertrecha A s u d e f e n s a sirven d e i n s t r u m e n t o s ,
En proporcion al r i e s g o q u e s o s p e c h a ; Sino q u e gruesas p e ñ a s , y f r a g m e n t o s
Y las miras del m o r o p e n e t r a n d o , De almenas y baluartes
El sitio v e por d o s u ataque apresta, Llueven sobre el infiel p o r todas p a r t e s ,
Y sus d e s i g n i o s frustra ó contraresta. Y agua hirviendo q u e abrásale y l e c i e g a
Mientras q u e c o n s u s tropas Agramante Y viva cal y a r r o y o s d e r e s i n a ,
Dar el asalto á la ciudad d e b i a , De a z u f r e , nitro y pez y t r e m e n t i n a ,
En el c a m p o Marsilio aguardaría Y aros d e hierro al f u e g o e n r o j e c i d o s :
Con F e r r a g u t , Grandonio, Balugante, Ominosa c o r o n a ,
Falsiron, Isolerto, Serpentino De q u e aquel q u e la c i ñ e n o blasona.
Y c o n la g e n t e q u e d e España v i n o . De Buraldo y d e Ormida e n c o m p a ñ í a ,
Del r e y Marsilio á la siniestra m a n o , Al pié d e la m u r a l l a , e n e s t e t i e m p o
S o b r e el Sena a p o y á b a s e S o b r i n o , R o d o m o n t e otra h u e s t e c o n d u c í a .
Con el hijo d e A l m o n t e , c o n Puliano Clarindo y Soridano
Y c o n el r e y d e O r a n , q u e alza i n s o l e n t e Iban c o n él. De Ceuta el s o b e r a n o
A seis brazas del pié ía erguida frente. Y el d e Cosca y Marruecos le s e g u í a n ,
¿ P o r q u é mi pluma á fatigarse e m p i e z a , Y e n afan d e brillar se c o n s u m í a n .
Miéntras c o n tal presteza Del r e y de Argel e n la purpúrea e n s e ñ a
Las a r m a s m u e v e toda aquella g e n t e , Brilla u n l e ó n , á q u i e n á abrir obliga
Y m i e n t r a el r e y d e Argel i m p e t u o s o La boca una beldad q u e lo d o m e ñ a .
Grita, b l a s f e m a , y hiere sin r e p o s o ? E m b l e m a e s el l e ó n de R o d o m o n t e ,
Cual del e s l í o e n las ardientes h o r a s , Y la doncella e s s u adorada amiga ,
Agitando l a s alas z u m b a d o r a s , A q u i e n volará á libertar gallardo
Un enjambre d e m o s c a s a c o m e t e Si supiera q u e e s h o y d e Mandricardo.
Ya d e e s p u m a n t e l e c h e el tosco v a s o ,
En e s t e t i e m p o , y e n u n m i s m o i n s t a n t e ,
Ya l o s r e s t o s d e e s p l é n d i d o b a n q u e t e ,
De c o m b a t i e n t e s llenas
O cual s e arroja acaso
Mil escalas i n v a d e n las almenas.
Banda d e t o r d o s s o b r e cepa o p i m a
Y « a d e l a n t e , adelante »
De r a c i m o s m a d u r o s ,
Gritando algunos con audaz d e n u e d o ,
Así l l e n o d e l f u e g o q u e l e anima
Ánimo dan á l o s q u e s i e n t e n m i e d o .
A c u d e el agareno hacia l o s m u r o s .
Ni h a y forma d e cejar. ¡Guay del q u e quiere
De lo alto d e l l o s , c o n ardor n o visto Salvar s u vida ó q u e e n ardor a f l o j a !
R e s i s t e f u e r t e el adalid d e Cristo. Al q u e vacila, c o n su espada h i e r e
Si u n o p e r e c e , su g l o r i o s o p u e s t o Y al h o n d o fosa arroja
Otro o c u p a b i e n presto •,
R o d o m o n t e , q u e ardiendo en saña l o c a ,
Y s u s g o l p e s e n tanto
Al m u n d o entero y hasta á Dios p r o v o c a ,
A mil m o r o s y á mil de vida privan
ORLANDO FURIOSO. CANTO X I V .
r •'•:• C u a n d o , el h ú m e d o seno a b a n d o n a n d o ,
'. "i ' Flores d e r r a m a , y cielo y tierra d o r a ,
Y en ella la a p r e s ó j u n t o al p a r a j e
Donde el rio q u e c o r r e por Etiopia
Corre á prestar al piélago h o m e n a j e .
En el templo de A n ú b i s , en C a n o p i a ,
Por treinta siglos c o n afan g u a r d a d o
Estuvo aquel depósito sagrado,
Hasta q u e , con audacia sin e j e m p l o ,
El inicuo y feroz Caligorante
Incendió la ciudad y robó el templo.
Allí e n c o n t r ó las r e d e s q u e , escondidas
Por él luego con a r t e e n t r e la a r e n a ,
P u s i e r o n triste fin á t a n t a s vidas.
De ellas sacando Astolfo u n a c a d e n a ,
Ata al m o n s t r u o m a l v a d o ,
Q u e , cual doncella t í m i d a , a t e r r a d o ,
Se alza o y e n d o la voz q u e se lo o r d e n a .
P e r d e r e m p e r o de esta gran victoria
No q u i e r e el paladín t o d a la gloria.
Sobre los f u e r t e s h o m b r o s del vencido
Carga la r e d y de su triunfo uncido
Llevarlo al carro p i e n s a , sus m a l d a d e s
P r o p a l a n d o p o r villas y ciudades.
Dale también sus a r m a s y s u escudo
Y, a c o m p a ñ a d o d e e s t e e x t r a ñ o p a j e ,
De M é m f i s , e n su v i a j e ,
Las t u m b a s y pirámides visita.
Luego al Cairo dirige s u c a m i n o ,
Llenando de contento á c u a n t o s h a l l a ,
A c u a n t o s cuenta la feliz batalla
Con q u e abrió n u e v a r u t a al p e r e g r i n o
« ¿ Cómo es p o s i b l e , » cada cual d e c i a ,
« Que á u n g i g a n t e tan fiero
« Haya vencido u n solo caballero? »
Por m i r a r l e de cerca el p u e b l o t o d o
En t r o p e l a c o r r í a , v de tal m o d o
E n d e r r e d o r de Astolfo se a p i ñ a b a ,
Que á d e t e n e r el paso le obligaba.
S u n o b l e a s p e c t o c a d a cual a d m i r a ,
Y m i e n t r a al gozo q u e su triunfo inspira
El pueblo c o n estrépito se e n t r e g a ,
A las p u e r t a s del Cairo Astolfo llega.
No e r a e n t o n c e s el Cairo
Lo q u e h a l l e g a d o á ser e n n u e s t r o s días.
Diez y o c h o mil crujías
De casas d e t r e s pisos suficientes
No s o n p a r a a l b e r g a r á tantas g e n t e s ,
Que en el suelo y al raso m u c h a s dellas
D u e r m e n al r e s p l a n d o r de las estrellas.
En el palacio do el sultán habita
Magnificencia i n s ó l i t a , i n a u d i t a ,
Reina p o r d o n d e q u i e r . So el mismo t e c h o
Vense allí r e u n i d o s
Quince mil r e n e g a d o s sus vasallos,
Y e n t r e ellos c o n f u n d i d o s
Sus m u j e r e s , s u s h i j o s , s u s caballos.
Desde el Cairo á Damieta m a r c h a Astolio
A v e r p o r c u a n t a s bocas
Se a r r o j a el Nilo en el salobre g o l f o ,
Y decir o y e allí q u e en u n a t o r r e
Vive u n feroz l a d r ó n q u e la c o m a r c a ,
Haciendo d a ñ o á c u a n t o s v e , r e c o r r e .
.< Vano e s , >> le d i c e n , « r e s i s t i r ; m a s v a n o
« Es a u n el t r a t a r d e darle m u e r t e ,
« Que d e c i e n mil h e r i d a s ,
« De los m a s f u e r t e s brazos r e c i b i d a s ,
« S i e m p r e s a n ó p o r prodigiosa s u e r t e . »
De q u i t a r l e la vida
A n s i o s o , Astolfo e n busca v a de Orrilo-,
Llega á D a m i e t a , y t r a s p a s a n d o el N i l o ,
La t o r r e v e q u e s i r v e d e g u a r i d a
A e s t e a b o r t o d e mágica y de d u e n d e
Que á c u a n t o s halla i m p u n e m e n t e o f e n d e .
Allí, c o n él Astolfo á d o s g u e r r e r o s
Mira e m p e ñ a d o s e n terrible lucha.
En vano espada d u c h a
Vibran contra él los f u e r t e s caballeros.
Hijos los dos del célebre Oliveros,
En valor y e n e s f u e r z o n o le ceden-,
Mas poco ó n a d a e n esta lucha p u e d e n .
De Orrilo al l a d o , vese en la ribera
Una d i s f o r m e fiera,
Cuyo solo alimento son los c u e r p o s
De n á u f r a g o s m a r i n o s
Y d e desorientados p e r e g r i n o s .
Muerto bien p r o n t o e x t i e n d e n en la arena
Al v á m p i r o i n h u m a n o ,
Sin q u e p o r eso el fin d e su faena
Viesen llegar el u n o y o t r o h e r m a u o .
En vano u n o a m e n a z a ; el o t r o e n v a n o
Ataca y hiere c o n f u r o r á O r r i l o ;
Que s u s m i e m b r o s cogiendo e s t e t r a n q u i l o ,
Los pega y a m a l g a m a
Cual azogue q u e e n g o t a s se d e r r a m a .
La m o n s t r u o s a cabeza b a s t a los dientes
Ora h i e n d e G r i f ó n ; o r a Aquilante
Divide en dos el pecho del gigante.
Sus golpes i m p o t e n t e s
La risa d e este excitan
Y de los h é r o e s el f u r o r . Si al suelo
Su cabeza d e r r i b a n , en su busca
Orrilo v a , y agora p o r el p e l o ,
Por la nariz a g o r a , á asirla llega
Y e x t r a ñ a m e n t e al cuello s e la pega.
Tal vez Grifón la c o g e ,
Y, si sucede q u e de sí la a r r o j e
Largo t r e c h o e n el r i o , e n él se lanza
O r r i l o , la r e c o g e
d e Grifón y Aquilante contra O r r i l o . (T. I, p . 253.)
Y á la lid vuelve intacto y sin tardanza.
Combate
Vestidas con p r i m o r y c o n d e c e n c i a ,
Una d e b l a n c o , o t r a de n e g r o , estaban
Viendo la lid dos j ó v e n e s h e r m o s a s ,
Causa de aquella desigual pendencia.
Eran estas las magas b o n d a d o s a s De este b a n q u e t e f u e r o n
Q u e , e n s u s m a s tiernos a ñ o s , El deleite m e n o r las ricas viandas
A Gismunda s u s hijos s u s t r a j e r o n Que sin c e s a r las mesas o p r i m i e r o n .
Y q u e á climas e x t r a ñ o s De las a r t e s infandas
Los c o n d u j e r o n , p o r salvar s u s dias De Orrilo h a b l ó s e , y n a d i e concebía
Del terrible f u r o r de dos arpias. C o m o , c o r t a d o un b r a z o ó la c a b e z a ,
Mas inútil contar es esta h i s t o r i a , A su t r o n c o lo unia
A t o d o s hoy n o t o r i a ; Y t o r n a b a á la lid con m a s fiereza.
Bien q u e es cosa q u e a s o m b r e Bien en su libro Astolfo vió q u e á Orrilo
Que su a u t o r , al hablar de estos g u e r r e r o s , La vida solo a r r e b a t a r podía
E q u i v o c a r a de su p a d r e el n o m b r e . Un cabello c o r t a n d o de q u e el hilo
A instancias a m b o s de las dos doncellas De su i n f a m e existencia d e p e n d í a ;
La lucha s o s t e n í a n . Mas ¿ c ó m o c o n o c e l l o ,
Del sol las luces bellas E n t r e tanto c a b e l l o , ese cabello?
Hacia el r e m o t o Ocaso d e s c e n d í a n , No esperaba p o r e s t o m e n o r palma
C u a n d o , v i e n d o las d a m a s q u e á s u asilo El p a l a d í n , q u e u n título de gloria
El p a s o y a v a dirigiendo O r r i l o , Ve e n a r r a n c a r al vil gigante el a l m a ;
Ordenan á sus jóvenes contrarios Mas aspirar no q u i e r e á esta victoria
D e p o n e r los aceros sanguinarios. Sin q u e a n t e s lo c o n s i e n t a n
Los hijos d e Oliveros, q u e , dispuestos
Por sus armas y enseña, y sobre todo
A c o m b a t i r , en e s t o , se p r e s e n t a n .
P o r s u presencia intrépida y g a l l a r d a ,
El d u q u e Astolfo en conocer no t a r d a Del b r a v o Astolfo aquestos
A Aquilante y Grifón. Del m i s m o m o d o Acceden á las súplicas f e r v i e n t e s ,
Ellos r e c o n o c i é n d o l e , v a n p r e s t o Bien q u e u n o y o t r o o p i n e n q u e i m p o t e n t e s
A s a l u d a r l e con afable gesto. Sus e s f u e r z o s s e r á n , si no funestos.
A u n palacio vecino En el cielo la a u r o r a aparecía
De a q u e l p a r a j e á r e p o s a r s e luego C u a n d o , de f é r r e a y g r u e s a maza a r m a d o .
Las m a g a s á los j ó v e n e s convidan. Se presenta el malvado.
C o n e n c e n d i d a s hachas al camino A sus golpes el d u q u e resistía,
Salen p a j e s y damas á encontrallos. Y el m o m e n t o a g u a r d a b a
Danles ellas sus armas y caballos, De darle m u e r t e . El p u ñ o c o n la m a z a
Y e n t r a n d o en u n v e r j e l , s u n t u o s a cena Astolfo le d e r r i b a , ó bien el brazo
Dispuesta advierten j u n t o á f u e n t e a m e n a . Le c o r t a , ó le atraviesa la c o r a z a ,
O pedazo á p e d a z o
Con sólida cadena á g r u e s o encino
Los h é r o e s al feroz Caligorante Hace saltar s u s m i e m b r o s , q u e e n el p u n t o
A t a n , y diez satélites le p o n e n Recoge O r r i l o , y sano
Q u e soltarse le v e d e n , m i é n t r a s ellos Vuelve á m o s t r a r s e al paladín britano.
Al placer ó al descanso se a b a n d o n e n . Lleno el d u q u e de cólera y de a s o m b r o ,
Una vez y cien v e c e s a r r e m e t e
Al g i g a n t e f e r o z , y encima al h o m b r o
Con tan t r e m e n d o golpe al fin le alcanza,
Que al s u e l o , p o r aquí su c a p a c e t e ,
Y allá á lo lejos s u cabeza lanza.
Mas q u e Orrilo l i j e r o ,
Del arzón salta e n t o n c e s el g u e r r e r o ,
Recoge la c a b e z a ,
Vuelve á m o n t a r y c o r r e c o n presteza
Hácia el b o r d e d e l Nilo
P o r q u e alcanzarle no consiga Orrilo.
Mientras a q u e s t e su cabeza en v a n o
B u s c a , de Rabicano
Oye s o n a r los p a s o s p o r la selva.
I n q u i e t o , e n t o n c e e n su caballo salta
Y va á gritar al paladín q u e v u e l v a ,
Cuando la l e n g u a nota q u e le falta.
En m e d i o de s u m a l , a u n se consuela
Al v e r q u e n o l e faltan los t a l o n e s ;
Mas p o r llegar e n v a n o se desvela
Al q u e m o n t a d o e n Rabicano v u e l a .
Impaciente el inglés busca e n t r e t a n t o
Si, e n t r e cabello t a n t o ,
Hallar p u e d e el f a t a l ; p e r o i m p o r t u n o
Es su férvido a f a n , n o v e n i n g u n o
Que d e o t r o e n l o m a s m í n i m o d i f i e r a :
« Cortarlos t o d o s , d i c e , es lo q u e i m p o r t a .
Y, á falta de n a v a j a y d e t i j e r a ,
Por la nariz c o g i e n d o la cabeza
Todo el cabello c o n su e s p a d a corta.
Cortado e n t o n c e el q u e i n m o r t a l l e hacia
Muda Orrilo el color, la vista impía
T u e r c e ; m u e s t r a p o r signos manifiestos
Que s u s i n s t a n t e s ú l t i m o s s o n e s t o s ,
Y, de la m u e r t e p o r la helada m a n o
T o c a d o , v i e n e d e l arzón al llano.
P r e s t o , t o r n a n d o Astolfo hácia las damas
Y hácia los d o s g u e r r e r o s , e n su diestra
La cabeza les m u e s t r a ,
Y v e r luego les hace
De Orrilo el b u s t o , q u e por tierra yace.
Al verle v e n c e d o r corteses a m b o s
Los hijos de Oliveros le a c o g i e r o n ,
Bien q u e yo t e n g o para mí q u e e n t r a m b o s
No sin envidia s u victoria v i e r o n .
T a m p o c o e n ella c r e o
Se g o z a r a n las damas. Su d e s e o ,
Esta lid p r o v o c a n d o ,
E r a solo ocupar á los dos h é r o e s
Y preservarlos del destino i n f a n d o
Que la s u e r t e p r o t e r v a ,
Si á Francia v a n , en b r e v e les r e s e r v a .
Apénas el alcaide d e Damieta
La n u e v a recibió del fin de O r r i l o ,
La paloma soltó q u e , con u n hilo
Llevando al ala su misión s u j e t a ,
Al Cairo v a ; d e allí, s e g ú n u s a n z a ,
Con la noticia m a s allá se lanza
Otra d e s p u e s , d e m o d o
Que en b r e v e s h o r a s t o d o E g i p t o s u p o
La triste s u e r t e q u e al gigante c u p o .
Dada á esta e m p r e s a c i m a ,
Ilácia los hijos d e Oliveros v i e n e
El d u q u e y s u s espíritus a n i m a .
Ellos, cuyo recreo
La lid f u é s i e m p r e , a b r á s a n s e en deseo
De partir hácia O r i e n t e
A d a r a m p a r o á la cristiana g e n t e .
De las m a g a s , q u e l l o r a n su p a r t i d a ,
Despídense en s e g u i d a , c o n v i n i e n d o
E n partir con el d u q u e hácia el p a r a j e
A d o n d e , e n t r e c a r n e mortal h e c h o h o m b r e , vino
Todo u n Dios á s u f r i r s a n g r i e n t o u l t r a j e ;
Y a s í , j u n t o s los t r e s t o m a n la via
Que p o r la d i e s t r a á Palestina g u i a :
Ruta q u e , bien q u e e s árida y c a n s a d a ,
A la de m a r p r e f i e r e n , Y dos espuelas de oro q u e la f a m a
P u e s p o r llegar á la ciudad s a g r a d a , Dice calzara el j o v e n animoso
Adonde e n t r a r en b r e v e les i m p o r t a , (
Que d e fiero d r a g ó n salvó a su d a m a ,
De seis j o r n a d a s su camino acorta. Despojo q u e c o n o t r o s de vaha
Agua tan solo y y e r b a s o f r e c i e n d o Sansoneto g a n ó rindiendo á Zafa.
Este c a m i n o i n c ó m o d o y s a l v a j e , Despues d e c o n f e s a r s e , á una abadía
F u e r z a f u é s o b r e el lomo del g i g a n t e Que respiraba olor de buen e j e m p l o
Cargar lo necesario p a r a el viaje. Los g u e r r e r o s se v a n . De templo e n templo
De este m o d o m a r c h a r o n Llenos de f e , d e la pasión d e Cristo
G r i f ó n , el d u q u e Astolfo y Aquilante, Pónense á contemplar cada misterio,
Y, al c a b o de u n o s d i a s , d e s d e un cerro Y á pensar c u a n t o oprobio y vituperio
La tierra v i e r o n do el A m o r divino Sobre la E u r o p a p e s a ,
Del p r i m e r h o m b r e el y e r r o Q u e , m i e n t r a en tauta t e m e r a r i a e m p r e s a
A r e d i m i r s o b r e el Calvario vino. El fiero h i e r r o sin descanso a g i t a ,
En la c i u d a d los paladines e n t r a n , No piensa en a c o r r e r el Santo Imperio,
Y á s u s p u e r t a s se e n c u e n t r a n D o n d e su apoyo m a s se necesita.
Con u n g u e r r e r o á quien los t r e s conocen. En tanto q u e a estas practicas d e v o t a s
E r a este S a n s o n e t o de la Meca, E n t r e g a d o s se hallaban los g u e r r e r o s ,
Joven sabio y audaz c u a n t o p r u d e n t e ; Al u n o de los hijos d e Oliveros
T e m i d o c u a n t o a m a d o d e su g e n t e , Un m e n s a j e r o q u e de Grecia vino
Nueva trajo fatal q u e , de r e p e n t e
Del v e r d a d e r o Dios Orlando mismo
A s u s ideas d a n d o o t r o c a m i n o .
La fe le dió e n las o n d a s del bautismo.
L a n z a , en vez del d i v i n o ,
P o r el f r a n c é s e m p e r a d o r n o m b r a d o ,
I m p ú d i c o s afectos en su m e n t e .
Poco h a , gobernador de Palestina,
Sansoneto ocupado Amaba el b u e n G r i f ó n , p o r su d e s g r a c i a ,
Estaba en c o n s t r u i r u n a cortina A u n a dama del n o m b r e de Origiie.
Unida á t a n t a gracia
Que del f u r o r del m u s u l m á n m o n a r c a
Tanta beldad n o es cosa q u e s e estile;
P r e s e r v e su c o m a r c a .
Mas t a m p o c o se estila tal falacia,
Con mil m u e s t r a s d e a m o r y de respeto
Perfidia tan p r o f u n d a
Y con alegre r o s t r o Sansoneto
En cuanta tierra el ancho m a r c i r c u n d a .
A los h é r o e s a c o g e ;
P o r la c i u d a d los a c o m p a ñ a , y m a n d a P o r una a g u d a fiebre devorada
Que en su r é g i a m a n s i ó n se los aloje. En la ciudad d e Constantino habia
Dejádola G r i f ó n , y al lado della
Agradecido Astolfo, le regala
Ufano á r e t o r n a r se d i s p o n í a ,
Las r e d e s y el g i g a n t e , cuya f u e r z a
Cuando del g r i e g o s u p o q u e la i n g r a t a ,
A la de diez acémilas iguala.
A quien t r i s t e , e n edad tan f r e s c a y b e l l a ,
Al noble d u q u e , en c a m b i o ,
Pasar sola las n o c h e s p a r e c í a ,
Da S a n s o n e t o u n cinturon p r e c i o s o ,
260 ORLANDO FURIOSO.
CASTO XVI.
Topa Grifón con su querida en el camino de Damasco. — Cál-
male ella y condúcele á la ciudad.-Prosigueel asalto de Paris.
— Prodigiosas hazañas de Rodomonte. — Llega Reinaldo
con las tropas britanas á las orillas del Sena. — Batalla. —
Preséntase á Carlomagno un escudero que le refiere los estra-
gos que en Paris está haciendo Rodomonte.
Muchas y graves p e n a s
Hace sufrir a m o r . En s u s cadenas
Yo casi e t e r n a m e n t e a p r i s i o n a d o ,
Puedo, experimentado,
Mejor q u e n a d i e hablar d e la v e n t u r a
Y p i n t á r los t o r m e n t o s q u e p r o c u r a .
No es tan t r i s t e la s u e r t e
( L o d i g o y lo d i r é m i é n t r a s q u e viva)
De a q u e l q u e , a m a n d o , advierte
Que h o n e s t a la beldad su afecto esquiva.
Si esta esquivez d e galardón le priva
260 ORLANDO FURIOSO.
CASTO XVI.
Topa Grifón con su querida en el camino de Damasco. — Cál-
male ella y condúcele á la ciudad.-Prosigueel asalto de Paris.
— Prodigiosas hazañas de Rodomonte. — Llega Reinaldo
con las tropas britanas á las orillas del Sena. — Batalla. —
Preséntase á Carlomagno un escudero que le refiere los estra-
gos que en Paris está haciendo Rodomonte.
Muchas y graves p e n a s
Hace sufrir a m o r . En s u s cadenas
Yo casi e t e r n a m e n t e a p r i s i o n a d o ,
Puedo, experimentado,
Mejor q u e n a d i e hablar d e la v e n t u r a
Y p i n t á r los t o r m e n t o s q u e p r o c u r a .
No es tan t r i s t e la s u e r t e
( L o d i g o y lo d i r é m i é n t r a s q u e viva)
De a q u e l q u e , a m a n d o , advierte
Que h o n e s t a la beldad su afecto esquiva.
Si esta esquivez d e galardón le priva
Que e s p e r a b a su a f a n ; si c o n s u m i d o
De languidez y a m o r s u c u m b e al c a b o ,
Hallar d e b e á lo m é n o s un consuelo
En p e n s a r q u e no esclavo
Es d e beldad indigna de su anhelo.
Quéjese aquel q u e , siervo
De azules ojos ó de rubia t r e n z a ,
Mira e n su dama un c o r a z o n p r o t e r v o .
Cubierto de v e r g ü e n z a ,
Quiere tal vez huir-, m a s con su h u i d a
Sus m a l e s e x a c e r b a ,
Cual del d a r d o fatal tímida cierva
R e d o b l a , h u y e n d o , la p u n z a n t e h e r i d a .
Herido a s í , r e m e d i o en vano busca
El b u e n Grifón á irremediable d a ñ o .
De Origile el e n g a ñ o
Le e x a s p e r a , le ofusca,
Y, con furia insensata ,
Le i n d u c e á caminar tras de la i n g r a t a .
Sin o s a r , p u e s , hablar con el h e r m a n o ,
Que, prudente y discreto,
Quiso o p o n e r s e á su designio i n s a n o ,
Triste se p a r t e , solo y e n s e c r e t o .
Hacia la izquierda m a n o
Declinando e n s e g u i d a , el r u m b o elige
Que p o r el llano á R o m a le d i r i g e ,
Y ansioso galopando hacia Antioquía
Llega á Damasco al fin del sexto día.
De esta ciudad n o l é j o s , con la i n g r a t a
E n c u e n t r a l u e g o á su r a p t o r q u e huia.
Cual á la flor la m a t a
El galan á la d a m a c o n v e n i a ,
Que pérfidos, traidores, inconstantes,
E r a n e n g r a d o igual los dos a m a n t e s .
G r i f ó n e n c u e n t r a á Origile. (T. I, P- 2 6 1 . ) C u b i e r t o viene de a r m a d u r a b e l l a ,
Y e n u n soberbio palafrén m o n t a d o ,
El galan. Sigúele ella
C o n m a n t o azul y de oro r e c a m a d o .
Dos p a j e s llevan el broquel y el casco « Que c u a n t o bien encierra el u n i v e r s o ,
Con q u e á brillar el s e d u c t o r se apresta « Y, á durar m a s , tu ausencia
En la s u n t u o s a fiesta « Hubiera p u e s t o fin á m i existencia. »
Que d e b e e n b r e v e presenciar D a m a s c o , La d a m a , c o n r e p r o c h e t a n p e r v e r s o ,
Y á la q u e a c u d e n , á lidiar d i s p u e s t o s , Añade á los a n t i g u o s n u e v o u l t r a j e ,
Héroes i n s i g n e s , j ó v e n e s a p u e s t o s . Y el b u e n Grifón, q u e á tan falaz l e n g u a j e
Viendo á Grifón la s u e r t e q u e la a g u a r d a Igual crédito d a q u e al E v a n g e l i o ,
L a d a m a infiel en recelar no t a r d a ; P e r s u a d i d o se q u e d a d e q u e h e r m a n o
Mas, a s t u t a y s a g a z , disimulando Es d e Origile, y no g a l a n , Martano;
Su cuita y s u s afanes, Y n o tan solo ya de a q u e s t a ofensa
Ante el galan c o n q u i e n t r a m ó s u s planes Satisfacción e n r e c a b a r no p i e n s a .
C o r r e al h é r o e m o s t r a n d o Sino q u e él m i s m o de su e r r o r se a c u s a ,
Insólita a l e g r í a ; e n t r e s u s b r a z o s Culpable se c o n f i e s a ,
A r r ó j a s e , y , p e n d i e n t e d e su c u e l l o , Y al g a l a n , á quien ve c o n faz c o n f u s a ,
Lo e s t r e c h a así con pérfidos abrazos. De acariciar y de obsequiar n o cesa.
Y u n i e n d o luego á u n a m i r a d a t i e r n a Con él d e s p u e s hacia Damasco v i e n e ,
El eco b l a n d o de u n a voz c e l e s t e , Y de su labio e n el camino escucha
« ¿ Es e s t e , » exclama s o l l o z a n d o , « es este Que allí dispuesta Noradino t i e n e
« El g a l a r d ó n q u e de su a m o r recibe Su g e n t e á celebrar brillante l u c h a ;
« La q u e tan solo p o r a m a r t e vive? Que e n su c i u d a d el r e y
« Sola d u r a n t e u n a ñ o , o t r o a ñ o via Sin distinción de ley
« Léjos d e tí ya c o m e n z a r , y acaso Seguridad á t o d o s g a r a n t i z a
« Vana d e v e r t e la esperanza mia Todo el t i e m p o q u e abierta esté la liza.
« F u e r a si aquí n o dirigiera el paso. Mas no es j u s t o , señor, q u e de e x p o n e r o s
« M i e n t r a , e n el lecho del dolor postrada Deje y o , p o r h a b l a r o s d e O r i g i l e ,
« No léjos del imperio d e la m u e r t e , Lo q u e e n Paris e n este t i e m p o pasa.
Contra s u s m u r o s , q u e la llama a b r a s a ,
« Impaciente aguardaba tu llegada,
Dirigen su f u r o r y sus a c e r o s
« S u p e q u e al suelo sirio
Doscientos mil alárabes g u e r r e r o s .
« T u s p a s o s dirigías. De tu ausencia
« No p u d i e n d o s u f r i r m a s el m a r t i r i o , Ya dije cual contra u n o de los p u n t o s
« Seguí tu h u e l l a , y q u i s e , e n mi d e s p e c h o , Asalto daba c o n s u h u e s t e i n m e n s a
« Una y mil veces t r a s p a s a r m e el pecho. El b á r b a r o A g r a m a n t e . P o r f o r t u n a ,
« Mas q u e tú c o m p a s i v o el j u s t o cielo E n t r e las p u e r t a s de Paris n i n g u n a
Tan bien cual esta d e f e n d i d a habia.
« Doble favor otorga hoy á mi a n h e l o ,
« Y á mi hermano me envía, A Cárlos e n p e r s o n a y á sulado
« Q u e , á mi vida y mi h o n o r p r e s t a n d o a m p a r o , A la flor de su h u e s t e allí se v i a ,
« A d a r c o n mi a d o r a d o al fin m e guia. Y lidiaban á cual m a s d e n o d a d o
Angeler, ambos Guidos, \ngelino,
« Sí s í , Grifón •, tu afecto m e es m a s caro
H
Otón , Avolio, B e r e n g u e r y Avino.
De A g r a m a n t e y de Carlos e n presencia
Ambas h u e s t e s d e e s f u e r z o y bizarría
Dieron insignes p r u e b a s aquel d í a ;
Mas del valor p a s a n d o á la i m p r u d e n c i a ,
Por el s u e l o , sin v i d a ,
Gran parte d e la alárabe t e n d i d a ,
Dejó v e r p o r señales manifiestas
Que p u e d e n las h a z a ñ a s ser f u n e s t a s .
Contra el c a m p o , de lo alto del b a l u a r t e ,
Llueven las flechas e n cuajada n u b e ,
Y h a s t a los cielos s u b e
El estrépito d e u n a y otra p a r t e ;
Mientra el d e A r g e l , en s u d e s p e c h o a c i a g o ,
S o l o , va p o r Paris s e m b r a n d o e s t r a g o .
No s é , s e ñ o r , si se os a c u e r d a c o m o ,
E n t r e llamas y cieno
Y e n t r e t o r r e n t e s de fundido plomo
A su gente e s t e altivo s a r r a c e n o
Dentro d e j a n d o del a r d i e n t e f o s o ,
En la ciudad d e u n salto se i n t r o d u j o ,
Sin m o v e r s e del c u a d r o lastimoso
Que su feroz obstinación p r o d u j o .
En su e x t r a ñ a a r m a d u r a
Y en la e s c a m o s a piel q u e la cubría
Le r e c o n o c e la indefensa t u r b a
De ancianos y de débiles, q u e h u i a
Del riesgo q u e do quiera la a m a g a b a ,
Y hacia esta se agolpaba
Creyéndola la p a r t e m a s s e g u r a .
Un grito d e dolor y de a m a r g u r a
Hasta el cielo s e e l e v a ; y , a t e r r a d o ,
Asilo cada c u a l , ora en s a g r a d o ,
Ora en las casas e n c o n t r a r p r o c u r a .
P o c o s , e m p e r o , son los q u e su r u i n a
Consiguen evitar. De enojo infando
Ciego el á r a b e , hiere y e x t e r m i n a ,
Y, cabezas y b r a z o s d e r r i b a n d o .
CANTO XVI
De infelices m a t r o n a s
Q u e , sin piedad r a s g á n d o s e l o s p e c h o s ,
C o r r e n , c u b r i e n d o de ósculos los l e c h o s
Q u e , e n o t r o tiempo de su a m o r testigos,
A serlo v a n en b r e v e
Del triunfo de s u s fieros e n e m i g o s .
Tal era el riesgo en q u e Paris se hallaba
C u a n d o , seguido de su h u e s t e b r a v a ,
Cárlos llegó. Sobre sus fuertes m a n o s ,
S i e m p r e p o r Cristo á combatir d i s p u e s t a s ,
La vista tiende y dice : « ¡ Q u é ! ¿son e s t a s ,
« Estas las m i s m a s m a n o s q u e á Agolante
« Arrancaron la vida en A s p r a m o n t e ?
« Las q u e á T r o y a n o , á A l m o n t e ,
« Y á cien mil adalides de su raza
« Dieron la m u e r t e , ¿ t e m b l a r o n acaso
« P o r q u e á Paris un b á r b a r o amenaza?
« N o , n o ; m o s t r e m o s ánimo y p u j a n z a .
« Con tal q u e acabe con h o n o r , ¿ q u é i m p o r t a
« Si noble e m p e ñ o n u e s t r a vida acorta ?
Dice; y , alzando su r o b u s t a lanza,
Contra el de Sarza su b r i d ó n e m p u j a .
Las suyas de la c u j a
Sacan á un tiempo todos sus g u e r r e r o s ;
Oger, Avolio, N a i m e s , Oliveros,
Avino, Otón y B e r e n g u e r a v a n z a n ,
Y á R o d o m o n t e atacan j u n t a m e n t e
En el p e c h o , en el flanco y en la f r e n t e .
Mas d e j e m o s , señor, p o r Dios d e j e m o s
De hablar de g u e r r a y de cantar d e m u e r t e .
Del feroz c u a n t o f u e r t e
Bey de Argel las hazañas o l v i d e m o s ,
Y hácia Damasco con Grifón t o r n e m o s
Y con la d a m a q u e á su lado lleva
Al m o z o infame de quien es m a n c e b a .
Damasco es u n a d e las m a s pobladas
Y m a s ricas ciudades del L e v a n t e .
De ella á siete j o r n a d a s
Está Jerusalen. El fértil llano A la liza q u e d e b e
Sobre q u e aquella g r a n ciudad se extiende El nuevo sol iluminar e n b r e v e ,
Está v e r d e e n i n v i e r n o y e n v e r a n o , Y díceles q u e p u e d e n
Y u n a leve colina Dar, si les p l a c e , <le su e s f u e r z o m u e s t r a
La p r o t e g e del a u r a m a t u t i n a . Saliendo á combatir á la palestra.
Dos rios c r i s t a l i n o s , Bien q u e tal d e G r i f ó n , y e n d o á D a m a s c o ,
Cuyas f r a g a n t e s a g u a s hay quien dice No f u e s e el p l a n , acepta e s t e convite
Que p u d i e r a n m o v e r varios m o l i n o s , Que s u h o n o r r e h u s a r no le permite.
Por dos distintas p a r t e s se d e r r a m a n , De esta función la causa luego i n q u i e r e ,
Los aires e m b a l s a m a n , Y si es antigua usanza ó fiesta n u e v a ,
Y un n ú m e r o infinito fecundizan Con q u e hacer el rey p r u e b a
De f r o n d o s o s v e r j e l e s , Del valor de sus s u b d i t o s hoy q u i e r e .
Por m e d i o de los c u a l e s se deslizan. « Esta fiesta, » r e s p o n d e el c a b a l l e r o ,
De Damasco e n t a p i z a n « Por n u e s t r o rey ha sido instituida
La calle principal h o j a s y flores. « En m e m o r i a del dia en q u e la vida
Las v e n t a n a s , p a r e d e s y las p u e r t a s « Salvar logró de riesgo g r a v e y fiero.
Resplandecen cubiertas « Cuatro m e s e s , p l a ñ e n d o su f o r t u n a ,
De vistosos tapetes d e c o l o r e s , « Vivió s u m i d o en d e p l o r a b l e cuita :
Y de d a m a s p u l i d a s , « Desde h o y , p o r e s o , á cada c u a r t a l u n a
R i c a m e n t e a d o r n a d a s y vestidas. « Ordena q u e esta fiesta se repita.
Su tiempo el p u e b l o a l e g r e m e n t e p a s a , « S a b e d , s e ñ o r , q u e de la noble y bella
Que u n baile s e celebra e n cada c a s a ; « Ilija del rey de Chipre e n a m o r a d o
En tanto q u e en magníficos caballos « Por m u c h o tiempo a n d u v o N o r a d i n o ;
Cubren las calles r e y e s y vasallos, « Y c u a n d o á ser esposo s u y o v i n o ,
Cargados de c u a n t o o r o y pedrería « Con d a m a s y g u e r r e r o s á su lado
La fértil India en s u s e n t r a ñ a s cria. « E m p r e n d i ó hácia la Siria su camino.
Seguido d e su i n f a m e comitiva « P e r o , n o bien se vido á t o d a veia
El b u e n Grifón p o r la ciudad d e s p a c i o , « Nuestro bajel en alta m a r l a n z a d o ,
La vista alzando á t o d a s p a r t e s , i b a , « Una t o r m e n t a atroz n o s d e s c o n s u e l a ,
Cuando halla u n caballero « Dejando hasta al p a t r ó n d e s c o n c e r t a d o .
Que á subir le c o n v i d a á su p a l a c i o , « Tres dias y t r e s n o c h e s a n d u v i m o s
D o n d e , s e g ú n el uso , afable o f r e c e « Sin r u m b o cierto p o r la m a r . Cansados
A cada cual aquello q u e a p e t e c e ; « A u n sitio e n fin l l e g a m o s , d o n d e vimos
Al baño los c o n d u c e , y en seguida « Frescos a r r o y o s , placidos collados.
A una espléndida c e n a los convida. « Alto al pié de u n o s á r b o l e s h i c i m o s ;
Cuéntales luego c o m o el rey de Siria « Mesas alzamos y e n c e n d i m o s h a m b r e ,
Del s u y o y de los reinos e x t r a n j e r o s « Miéntras el r e y , siguiendo su c o s t u m b r e ,
Convoca á los g u e r r e r o s
CANTO X V I I . 285
« Y no previendo ya n u e v o s r e v e s e s ,
« De su esposa a d o r a d a « Se e m b a r c a en Satalía
« La g r a v e cuita Noradino a d v i e r t e « Y llega á esta ciudad hace t r e s dias.
« Sin p o d e r aliviar s u t r i s t e s u e r t e . « Por los castillos y ciudades t o d a s
« Confundido entre cabras y entre ovejas, « De Siria y C h i p r e , de África y de R o d a s ,
« Mañana y t a r d e , el infeliz a m a n t e « En v a n o de su bella
« Los aves y las q u e j a s « Hizo inquieto hasta aquí b u s c a r la huella.
« Escucha de su a m a d a . A cada instante « Tan solo ántes d e ayer s u p o q u e p u e r t o
« Oye su triste v o z , q u e le suplica « En Nicosia e n c o n t r ó del p a d r e al l a d o ,
« Abandone u n a tierra do sin f r u t o « Despues de haber a n d a d o
« Va con su m u e r t e á s e p u l t a r l a e n lu o. « Largo tiempo e n la m a r sin r u m b o cierto.
« T a m b i é n la esposa del g u a r d i a n le r u e g a
« De esta nueva felice
« Que p a r t a , m a s en v a n o •,
« En memoria una fiesta
« Q u e . firme siempre en su p r o y e c t o i n s a n o ,
« Ordena n u e s t r o r e y , q u e , cual a q u e s t a ,
« A p a r t i r sin su a m a d a el rey se n i e g a .
« A cada c u a r t o m e s se solemnice.
« \ s í vive en la c u e v a ,
« Renovar es su intento
« Dando d e a m o r i r r e f r a g a b l e p r u e b a ,
« El.júbilo q u e siente e n este dia
« Hasta q u e alli p o r singular acaso
« En q u e , tras c u a t r o meses d e t o r m e n t o ,
« Llegó con Mandricardo él r e y Gradaso.
« Ve cambiada en placer su s u e r t e impía.
« Llenos m a s de valor q u e d e c o r d u r a , « Testigo yo de una g r a n p a r t e d e e s t o ,
« A la playa d e s c i e n d e n . « Por quien lo padeció c o n o z c o el r e s t o ;
« El r e y de C h i p r e , q u e e n el b u q u e a g u a r d a , « Y p u e d o asegurar no e s t á al c o r r i e n t e
« A Lucina no t a r d a « Quien esta historia de o t r o m o d o c u e n t e . »
« En v e r venir con e l l o s ,
Así de la función q u e s e p r e p a r a
« Miéntras q u e , con el m o n s t r u o y su g a n a d o ,
La causa el h u é s p e d á Grifón d e c l a r a .
« En la cueva e n c e r r a d o
Casi toda la noche s e c o n s u m e
« \ n t e s del alba estaba N o r a d i n o .
En referir y en e s c u c h a r la h i s t o r i a ,
« Cuando al albor dél r a y o matutino En q u e del rey de Siria se r e s u m e
«( Saliendo el rey de la p r o f u n d a cueva , Todo el a m o r -v la piedad n o t o r i a .
« De la m u j e r del orco o y e esta n u e v a , De la mesa en seguida
<( Gracias da al cielo , c i e r t o d e q u e , a g o r a Levantándose el huésped , á u n a estancia
« Que del f u r o r del m o n s t r u o f u e salvada , De c u a n t o es necesario a p e r c i b i d a
« Reconquistar á aquella á q u i e n a d o r a A cada cual de s u s o y e n t e s lleva.
« P o d r á c o n su o r o , su á n i m o ó su e s p s u a . Allí, del claro sol a l a luz n u e v a
« Lleno de g o z o , p u e s , c o n el ganado Y al sol de alegre universal c o n c i e r t o ,
« Al v e r d e prado sus p i s a d a s g u i a , Alegre cada cual se halla d e s p i e r t o .
« Y no bien nota q u e en la selva umbría El ruido de a l a m b o r e s y t r o m p e t a s
« Se e n t r e g a al s u e ñ o su g u a r d i a n m a l v a d o , A toda-ta«ciudad-junta e n la p l a z a .
« De allí se aleja. A n d a n d o n o c h e y día
El de h o m b r e s , d e caballos y carretas Si quereís cristianísimos los u n o s ,
Escuchando Grilon , su escudo e m b r a z a Los otros q u e católicos se os l l a m e ,
Y viste la c o r a z a ¿ P o r q u é , p o r q u é vuestra codicia infame
Que i m p e n e t r a b l e s hizo En la s a n g r e se ceba
De p r o t e c t o r a mágica el hechizo. De aquel q u e acaso v u e s t r o n o m b r e lleva?
T a m b i é n su cota viste el de Antioquía, ¿ P o r q u é Jerusalen gime o p r i m i d a
Y m a r c h a de Grifón en c o m p a ñ í a . En p o d e r de esa turba fementida ?
Gruesas l a n z a s , r o b u s t a s c o m o e n t e n a s , ¿ P o r q u é á Bizancio el á r a b e p e r v e r s o
Entrégales el h u é s p e d , q u e seguido O c u p a , y lo m e j o r del u n i v e r s o ?
De u n e s c u a d r ó n lucido Y t ú , vecina de África , ; o h E s p a ñ a !
Al c a m p o viene c o n los dos g u e r r e r o s , De quien tantos ultrajes r e c i b i s t e ,
A q u i e n e s d a sirvientes y escuderos. ¿ P o r q u é , i m p u n e s d e j á n d o l o s , tu saña
Allí l l e g a n d o , sin m o s t r a r deseo Diriges hoy contra la Italia triste ?
De salir al c o m b a t e , se r e t i r a n En la e m b r i a g u e z de r e p r o b a d o s g o c e s ,
Del sitio del t o r n e o , ¡Oh Italia! ¿ n o conoces
Y á los g u e r r e r o s q u e á lidiar a s p i r a n , Que de aquel q u e tus leyes r e s p e t a b a
Uno á u n o y d o s á d o s , m o s t r a r s e miran. Estás hoy hecha la servil esclava ?
C u a l , el color a c o m p a ñ a n d o al arte, Y t ú , ¡Suizo infeliz! si á Lombardía
Su gozo ó p e n a m u e s t r a en su estandarte El recelo te guia
Cual dice e n su c i m e r a y en su escudo De m o r i r de miseria allá e n tu c h o z a ;
Si le es b e n i g n o a m o r ó si le es crudo. Si del a j e n o pan escasas migas
A r m á b a s e c u a l se a r m a el Occidente O p r o n t a m u e r t e por piedad m e n d i g a s ,
E n aquel t i e m p o la siriaca gente , ¿ P o r q u é de Europa , ó de la Grecia al m é n o s ,
Que sin d u d a esta u s a n z a No c o r r e s á lanzar los S a r r a c e n o s ?
T o m ó del F r a n c o , d u e ñ o de la tierra Tesoros g a n a r á s con tal victoria
D o n d e el s e p u l c r o del Señor se encierra-, Y con la m u e r t e d u r a d e r a gloria.
T i e r r a q u e , bien q u e altivos sin p u j a n z a , También hablo al Tudesco tu vecino.
D e j a n hoy l o s cristianos De allí no e s t á n m u y léjos las riquezas
En p o d e r d e e s o s b á r b a r o s paganos. Que de Roma c o n d u j o C o n s t a n t i n o ;
E n v e z de c o m b a t i r p o r el a u m e n t o Ni el E d m o , ni el P a c t o l o , q u e o r o fino
De la fe de su Dios, necios ó l o c o s , Arrastran , ni la Libia , la M i g d o n i a ,
La g u e r r a se h a c e n e n t r e sí los pocos Ni aquella tierra v e n t u r o s a y rica
Que t i e n e n d e su ley c o n o c i m i e n t o . De quien la historia el e s p l e n d o r publica.
¡ G e n t e e s p a ñ o l a , helvética y f r a n c e s a ! Y tú , L e ó n , q u e á los m o r t a l e s p u e d e s
Y t ú , G e r m a n i a , el hierro sanguinario Cerrar y abrir las eternales s e d e s ,
Que c o n t r a el pueblo q u e tu ley profesa A Italia n o p e r m i t a s
T u ciego e n o j o d e vibrar 110 c e s a , Vivir m a s tiempo en l á n g u i d o s placeres.
Vuelve h o y c o n t r a t u pérfido adversario. T ú , tú su sosten e r e s ,
ORLANDO FURIOSO.
No m é n o s que en c o m b a t e v e r d a d e r o
Y si el n o m b r e q u e llevas te díó el cielo, Con s u s golpes crueles
F u é p o r q u e en s u d e f e n s a Hacen saltar lorigas y broqueles.
La fuerza unieses y el valor al celo. La sola diferencia
Mas, de u n o e n o t r o a s u n t o , Que entre este j u e g o y un combate e x i s t e .
¿ A d o n d e , a d o n d e va la p l u m a mía? Es q u e del rey se deja á la p r u d e n c i a
I)e r e t o r n a r de mi p a r t i d a al p u n t o El evitar t o d o suceso triste.
E s , sin e m b a r g o , t i e m p o todavía. El fementido moro<de Antioquia.
Ya dije c u a l , á la f r a n c e s a m o d a Mariano a p e l l i d a d o , se p r e s e n t a '
V e s t i d o , el sirio a c u d e á la ancha p l a z a , En el c a m p o t a m b i é n , . h a c i e n d o alarde
Cubierta e n t o n c e s t o d a De la s o m b r a de. e s f u e r z o y osadía
De g u e r r e r o s con y e l m o y con coraza. Que á su pecho c o b a r d e
Las bellas d a m a s r o s a s y jazmines I n f u n d e d e Grifón la c o m p a ñ í a .
Arrojan á los b r a v o s paladines. Con él se llega de la liza á, un l a d o ,
Sus ágiles b r i d o n e s 1 el fin allí de una batalla fiera,
Al son d e las t r o m p e t a s y clarines Por dos g u e r r e r o s disputada , espera.
Hacen ellos salir á la palestra. El s e ñ o r de S e l e n c o , q u e e r a el u n o
Uno su gracia en m a n e j a r l o muestra-,
De los ocho q u e dije-, c o m b a t i e n d o
Rigiéndolo con m a n o p o c o d u c h a ,
En e s t o con O m b r u n o ,
Del pueblo o t r o t r a s sí la risa escucha.
Dale en el rostro un golpe tan t r e m e n d o ,
El p r e m i o del c o m b a t e ser debia Que p o n e fin á su gloriosa vida.
Bella a r m a d u r a hallada en un c a m i n o
P o r t o d o s f u é sentida
P o r u n m e r c a n t e q u e de Armenia vino.
La m u e r t e de e s t e n o b l e c a b a l l e r o ,
Una espléndida t ú n i c a , c u a j a d a
El m a s bravo y cortes del m u n d o e n t e r o .
De o r o tan rico y t a n t a pedrería
Que inestimable su valor h a c i a , Testigo de tan áspera r e f r i e g a ,
Añadió Noradino Al t e r r o r y á la f u g a el vil se e n t r e g a .
Grifón, q u e está á su l a d o , c o n el gesto
Al bello d o n , q u e p a r a sí g u a r d a r a ,
Y con la voz le a n i m a
Si su m é r i t o i n m e n s o sospechara.
A e m b e s t i r á un g u e r r e r o q u e , dispuesto
Mas de una l a n z a r o t a ,
A combatir, hácia ellos se a p r o x i m a .
Mas d e una f u e r t e c o t a
Cual can q u e , p o r su d u e ñ o e s t i m u l a d o ,
Cedió ya al c h o q u e de t a j a n t e e s p a d a ,
Diez p a s o s , tal vez v e i n t e , al lobo sigue ,
Cuando vino Grifón á la e s t a c a d a .
Ocho j ó v e n e s n o b l e s , a g u e r r i d o s Y, p a r á n d o s e l u e g o de r e p e n t e ,
Y al rey c a r o s , s e m u e s t r a n e n la p l a z a , De m i e d o m a s q u e de ira
Dispuestos á lidiar solos ó unidos , Ladra c u a n d o oye el r e c h i n a n t e d i e n t e ,
Con a s t a , e s p a d a ó m a z a , C u a n d o la llama de s u s ojos m i r a ;
Contra todo el q u e p r u e b a Así, t r é m u l o , el tímido Mariano
A hacer con ellos d e valor se atreva. Vuelve el corcel hácia lá diestra m a n o .
Que a c o s t u m b r a d o s á vencer estaban.
Al hijo de Oliveros
E x c u s a r s e su fuga bien p o d i a ,
Ceden los dos. El uno á tierra viene
La culpa a t r i b u y e n d o á su caballo;
Al p r i m e r c h o q u e ; c o n t r a el o t r o tiene
Mas, al v e r la flaqueza y cobardía
Que usar Grifón su espada. De la liza
Con q u e el acero e s g r i m e ,
Vencedor cada cual le preconiza.
Su d e f e n s a no creo
En ella se p r e s e n t a S a l i n t e r n o ,
Aceptara Demóstenes sublime.
Gran mariscal é ilustre condestable .
H u y e n d o , p u e s , p o r m e d i o á aquel gentío
Cuyo b r a z o , en la g u e r r a f o r m i d a b l e .
Y e s c u c h a n d o insultante v o c e r í o ,
De la Siria en la paz tiene el g o b i e r n o .
Pasa el vil como loba q u e , a c o s a d a ,
No p u d i e n d o s u f r i r q u e de esta lucha
Veloz c o r r e á esconderse en su m o r a d a .
Venga á o b t e n e r el p r e m i o u n e x t r a n j e r o ,
T u r b a d o el b u e n Grifón , e n una h o g u e r a Enarbola su lanza
Mejor q u e d o n d e está v e r s e q u i s i e r a ;
Y f u r i b u n d o hácia Grifón avanza.
F u e g o lanza su v i s t a ; el pecho a r d e
E n t r e diez lanzas la m a s f u e r t e elige
Como si suya aquella m e n g u a f u e r a :
G r i f ó n , y la dirige
El p u e b l o todo verle d a r espera
Cual á Martano p r u e b a s de c o b a r d e ; Contra el broquel de Salinterno. Escudo
Mas G r i f ó n , q u e el efecto p r o d u c i d o "i peto y pecho y espaldar t r a s p a s a .
Por la f u g a de aquel b o r r a r p r e t e n d e , Saliendo p o r d e t r a s el h i e r r o c r u d o '
El b r i d ó n e m p u j a n d o , se adelanta . Por su avaricia o d i a d o ,
Del pueblo el mariscal ni un ; a y ! o b t u v o ;
Y c o n su f u e r t e lanza en tierra e x t i e n d e
Solo el r e y triste de su m u e r t e a n d u v o
Al d e S i d o n , q u e en b r e v e se levanta.
Grifón le deja y torna á la p e l e a ; También vienen á tierra en c o r t o instante
Y r e c o b r a n d o el asta , e n t r e s pedazos Dos de D a m a s c o , Ermófilo y C o r m u n d o ;
La h a c e volar, hiriendo en lo m a s alto General el p r i m e r o , y almirante
Del e s c u d o al señor de Laodicea, De las tropas del r e y es el s e g u n d o .
Quedaba solo el d e Seleuco. A r m a d o
Q u e , sorprendido por tan rudo asalto,
Mejor, mejor m o n t a d o
P á l i d o y a t e r r a d o , titubea.
R e c o b r á n d o s e en f i n , la e s p a d a s a c a , Y mas p u j a n t e q u e los otros siete .
Vuelve al caballo y á Grifón ataca. En la lid p r e s e n t á n d o s e , a c o m e t e '
Al v e r Grifón q u e del arzón no basta Al b u e n Grifón. En el c o n t r a r i o casco
A s a c a r este e m b a t e á su e n e m i g o , Con furia igual se estrella cada lanza-
« Lo q u e no p u d o el asta Mas del violento c h o q u e á la p u j a n z a .
« Con la e s p a d a , » se d i c e , « á hacer m e obl Pierde el izquierdo estribo el d e Damasco
Y d á n d o l e en la sien u n golpe r u d o , Sueltan las l a n z a s , y con h i e r r o en m a n o
O t r o redobla , y o t r o , Se atacan a m b o s con f u r o r no visto
Hasta q u e al suelo arrójale del p o t r o . Al pagano el de Cristo
Dos h e r m a n o s de Apamia allí se hallaban Un golpe d a q u e u n y u n q u e a p e d a z a r a ,
C o r i m b o y T í r s i s , ínclitos g u e r r e r o s
Su e x c u s a , e m p e r o , a c e p t a : y en s e c r e t o
Y q u e e l h u e s o y el h i e r r o del e s c u d o ,
Manda q u e al p u n t o a p r e s t e n su p a r t i d a ,
Escogido e n t r e m i l , saltar h a c i e n d o ,
Temiendo q u e , á la vista de M a r i a n o ,
El muslo le t r o n c h a r a ,
Contra él se agite el populacho insano.
A no ser la a r m a d u r a
Y él mismo luego p o r v e r e d a e x t r a ñ a
Que le e n c u b r e tan sólida y tan d u r a .
Fuera de la ciudad los a c o m p a ñ a .
A Grifón su adversario a l a r g a en esto
De allí á dos m i l l a s , p o r t o m a r r e p o s o ,
Un golpe a t r o z , q u e f u é r a l e f u n e s t o ,
A no estar su c e l a d a , Y d a r alguno á su caballo , se e n t r a
Como s u s otras a r m a s , e n c a n t a d a ; En una venta q u e á su paso e n c u e n t r a ;
Mas al b r a v o Grifón h e r i r n o p u e d e , D e s á r m a s e , d e s n ú d a s e en s e g u i d a
Miéntras de este al f u r o r s u cota cede. Que quita á su corcel a r n é s y b r i d a ;
Solo, d e s p u e s hacia una estancia oculta
El pueblo ve q u e i u f a n d a
Se p a r t e , y e n el lecho se s e p u l t a ,
Va á ser al m u s u l m á n esta c o n t i e n d a ,
Do presto dél el s u e ñ o se a p o d e r a .
Y á los h e r a l d o s Noradino m a n d a
Con la infiel e m b u s t e r a
Hacer q u e sin t a r d a n z a s e s u s p e n d a .
Martano entonces á un j a r d i n viniendo
Del u n o así f u é el o t r o s e p a r a d o ,
Que allí cerca se hallaba, el m a s h o r r e n d o
Y el sabio rey p o r t o d o s e l o g i a d o .
Concibe, el m a s e x t r a ñ o
Los o c h o caballeros q u e atrevidos,
Plan á q u e n u n c a se asoció el e n g a ñ o .
Con la idea del t r i u n f o s e h a l a g a r o n ,
Por u n o solo al v e r s e asi v e n c i d o s , Su bridón y sus a r m a s al g u e r r e r o
Uno Iras o t r o , el c a m p o a b a n d o n a r o n . Sustraer i m a g i n a , y presentarse
Vana f u é , p u e s , d e los d e m á s la p e n a , Al rey en vez del b r a v o caballero
Que d e s i e r t a e n c o n t r á r o n s e la arena. Que acababa en la lid de señalarse.
De la intención á la obra pasa en b r e v e ;
Una hora d u r ó corta
El caballo m a s blanco q u e la nieve
Toda a q u e s t a función ; m a s Noradino ,
Roba á G r i f ó n , y róbale el e s c u d o ,
A quien el j u e g o p r o l o n g a r i m p o r t a ,
Las a r m a s , la divisa y v e s t i m e n t a ,
Del palco b a j a ; el c a m p o d e s p e j a n d o
En d o s mitades la su g e n t e p o n e , Y en la plaza c o n ellas se p r e s e n t a
Y, á cada cual un a d v e r s a r i o d a n d o , En el m o m e n t o e n q u e á su g e n t e brava
A empezar nueva justa se dispone. Las armas d e p o n e r el rey m a n d a b a ,
Lleno m a s d e coraje y d e d e s p e c h o Y m a n d a b a asimismo
Por la infame c o n d u c t a d e Mariano , Que el premio a recibir d e su h e r o í s m o
Que d e su propio t r i u n f o s a t i s f e c h o , Se presentase el j o v e n q u e , m o n t a d o
Grifón el paso hacia su e s t a n c i a l l e v a , Sobre blanco b r i d ó n , d e blancas p l u m a s
Do con el vil e n c u e n t r a á s u manceba. Y blanca vestidura iba a d o r n a d o .
Por c a l m a r a m b o s su ira Cual el asno cubierto
Añaden el baldón á la m e n t i r a , Con la piel del l e ó n , el vil M a r t a n o ,
Si Grifón los c r e y ó , n o s é ; discreto Estas voces o y e n d o , se a d e l a n t a .
ORLANDO F U R I O S O . CANTO XVII.
300
P a r a el c o m b a t e allí v i é n d o l a s l i s t a s , Reinaldo e n e s t o , h u e s t e s d i s p e r s a n d o
A s u s h u e s t e s a n i m a , las o r d e n a Y d e vivos vacía
Y les m a n d a e m b e s t i r á la a g a r e n a . La tierra dél e n r e d e d o r d e j a n d o .
Su a r z ó n e n e s t o el hijo d e T r a y a n o El v a l i e n t e L u r c a n i o , el b u e n Z e r b i n o
R e c o b r a n d o á despecho del cristiano, En valor y e n e s f u e r z o c o m p e t í a n ,
Combate con Zerbino. Y al T á r t a r o p r o f u n d o ,
Sus a r m a s m i d e c o n el r e y S o b r i n o Heridos por sus m a n o s , descendían
El v a l i e n t e L u r c a n i o , y c o n s u a c e r o Balastro y F i n a d u r , j e f e el p r i m e r o
El p a l a d í n d e M o n t a l b a n e n f u g a De las t r o p a s d e A l z e r b e , y el s e g u n d o
O en trizas pone u n escuadrón entero. De las d e Fez y d e M a r r u e c o s . P e r o
S e g u i d o d e u n a escolta n u m e r o s a Se m e dirá : ¿No h a y p o r v e n t u r a u n m o r o
De á c a b a l l o y á p i é , y á l o s a c e n t o s Q u e las a r m a s m a n e j e sin d e s d o r o ?
S í , sí los h a y . Mirad á a q u e l m a n c e b o ,
De m i l e s t r e p i t o s o s i n s t r u m e n t o s ,
Al n o b l e D a r d i n e l o , hijo d e A l m o n t e
C a r l o s e n t a n t o p o r la o p u e s t a p a r t e
Q u e d e Z ú m a r a es r e y . Delfin d e l M o n t e ,
La r e t a g u a r d i a d e M a r s i h o a c o s a
Claudio d e l B o s q u e , U b e r t o d e M i s f o r d i a ,
Y d e E s p a ñ a á la g e n t e belicosa
Miden la t i e r r a á i m p u l s o d e s u l a n z a .
Que está formada en torno a su estandarte.
De su a c e r o la i n d ó m i t a p u j a n z a
' R e p l e g a b a n las h u e s t e s d e A g r a m a n t e
A Ellíot, á A n s e l m o d e S t r a t f o r t d e r r i b a ,
Y p o r s i e m p r e j a m a s se d i s p e r s a r a n ,
Si e n e s t e i n s t a n t e al c a m p o n o l l e g a r a n Y á R a i m u n d o el inglés y á P i n a m o n t e .
De vida á c u a t r o d e estos j e f e s p r i v a ;
Grandonio, Serpentino, Balugante
Y F e r r a g u t , q u e , con bramidos ñ e r o s , Al q u i n t o d e j a h e r i d o ;
« ¿ Adonde vais, » gritaba, « compañeros. A los d e m á s p r i v a d o s d e s e n t i d o .
« A v u e s t r a s filas r e t o r n a d , y n a d a Mas n o p u e d e d e u n h o m b r e a i s l a d o el celo
« T e m á i s d e e s a canalla b a u t i z a d a . Reforzar á u n ejército cobarde ,
« P o r v u e s t r o h o n o r m i r a d ; m i r a d el p r e m i o Ni al s u y o p u e d e el b r a v o Dardinelo
« Q u e , si v e n c e i s , os g u a r d a l a f o r t u n a ; H a c e r q u e firme a g u a r d e
« La i g n o m i n i a t e m e d y el d u r o a p r e m i o Al c r i s t i a n o , q u e e n n ú m e r o l e c e d e ,
« En que tendréis que suspirar c a u t n o s Mas q u e e n pericia y e n valor le e x c e d e .
« Si e n p o d e r del cristiano q u e d á i s v i v o s . » Los d e Z ú m a r a p u e s , los d e C a n a r i a s
Así d i c i e n d o , y e m p u ñ a n d o u n a s t a , Con los d e T á n g e r y d e C e u t a h u i a n ,
Corre hácia Berenguer, de quien en vano Y á las d e A l z e r b e , e n t r e estas h u e s t e s v a r i a s ,
A r g a l i f a la cólera c o n t r a s t a . Su t e m o r y d e s o r d e n d i s t i n g u í a n .
Y e l m o y cabeza r o m p e el y e r r o i n s a n o , D a r d i n e l o , o p o n i é n d o s e á su p a s o ,
Q u e e n t i e r r a lo d e r r i b a , y al i m p u l s o O r a c o n r u e g o s , o r a con voz d u r a ,
D e o t r o s diez golpes fieros Á n i m o e n ellos i n f u n d i r p r o c u r a .
S u c u m b e n otros tantos caballeros. « Si el r e c u e r d o del p a d r e , » l e s d e c í a ,
E s t r a g o i g u a l p o r o t r a p a r t e hacia « Q u e e s t a r d e b i e r a e n v u e s t r a s a l m a s fijo,
T. I. 14
CANTO XVIFI.
ORLANDO FURIOSO. 315
La s u e r t e . Dardinelo alza la l a n z a ,
« No o s m u e v e á h a c e r v u e s t r o d e b e r , e s p e r o
Y, r e s p i r a n d o c ó l e r a y v e n g a n z a ,
« Que e n p e l i g r o tan fiero
A Mahoma p r o m e t e
« No n e g a r é i s v u e s t r o s o c o r r o al r u j o ,
Q u e , si el t r u n f o en la-lid le facilita ,
A quien siempre colmasteis de alabanza,
Colgará en su m e z q u i t a
« en quien fundabais tantas esperanzas.
Y
Las a r m a s d e Lurcanio c o n s u a l m e t e ;
« D e t e n e o s , p o r D i o s , si p a r a s i e m p r e
Y lleno d e tal cólera le a t a c a ,
« No q u e r e i s d e s u s a n g r e m a s p r e c i o s a
Que el h i e r r o c o n q u e h i e r e p o r el p e c h o ,
« A l África p r i v a r . P o r d o n d e q u i e r a
E n s a n g r e n t a d o p o r la e s p a l d a saca.
« Obstáculos, barrera
Muerto L u r c a n i o , o r d e n a
«Hallaréis, y atajados
Que las a r m a s le q u i t e n . D e A r i o d a n t e
« LOS c a m i n o s al v e r o s d i s p e r s a d o
No e s posible e x p r e s a r cual f u é la p e n a
« N u e s t r o r e c u r s o e s el valor. ¿No tiene
Ni c u a n t o f u é su a n h e l o
« P o r ventura, decid, cada numida
De m a n d a r al infierno á Dardinelo.
« Un c o r a z o n , u n a l m a y u n a vida_
E n v a n o , e m p e r o , p o r llegar ansia
Así d i c i e n d o , c o n s u l a n z a f u e r t e
Hacia e s t e , q u e t a m b i é n le desafia ;
Al b r a v o c o n d e d e O t o n l e y da m u e r t e
Que en c o n f u s o t r o p e l á los c r i s t i a n o s
Al r e c u e r d o efe A l m o n t e , e n c a d a p e c h o
Mezclándose los g r u p o s s a r r a c e n o s ,
N u e v o e n t u s i a s m o s ú b i t o se e n c i e n d e ,
Venir n o Ies p e r m i t e n á las m a n o s .
Y c a d a c u a l del b a n d o q u e d e f i e n d e
Sus a r m a s y su a r d o r v u e l v e e n p r o v e c h o . En balde el u n o f r a n c o s y b r i t a n o s ,
Al d e B w n l c k , q u e u n p a l m o e n c o r p u l e n c i a En v a n o el o t r o infieles d e s b a r a t a ;
A los d e m á s l l e v a b a , Dardinelo Q u e al paladín d e Montalban el c i e l o ,
Con s u e s p a d a c o r t ó l a d i f e r e n c i a ; Cuya es la triste h u m a n i d a d e s c l a v a ,
La gloria r e s e r v a b a
R o d a r hizo e n el s u e l o
De d a r la m u e r t e al b r a v o D a r d i n e l o .
De \ r i m a n d e C o r n u a l l e s la c a b e z a ,
Y á su h e r m a n o , q u e v i n o á s u s o c o r r o , Mas t i e m p o es ya d e q u e , a q u í d a n d o p u n t o
A los gloriosos h e c h o s del P o n i e n t e ,
Con el h i e r r o h o m i c i d a
De p a r t e á p a r t e a t r a v e s ó e n s e g u i d a . Cambie, señor, de asunto,
V vuelva hacia Grifón , á q u i e n h a poco
l a v i d a el t r i s t e Bogio d e V e r g a l a
Dejé l u c h a n d o c o n t r a aquella g e n t e ,
De o t r o g o l p e c r u e l á i m p u l s o e x h a l a ,
A c u y a s v o c e s vino
Y asi d e l j u r a m e n t o
Con g r u e s a h u e s t e a r m a d a N o r a d i n o .
H e c h o á su c a r a e s p o s a q u e d a e x e n t o
Con pena ve e s t e p r í n c i p e el d e s o r d e n
' No lejos d e é l , el m u s u l m á n a d v i e r t e
Que al p u e b l o t o d o a t e r r a y d e s c o n c i e r t a ;
A Lurcanio gallardo,
V, allí l l e g a n d o con los s u y o s , o r d e n
Q u e á D o r q n i n o y á G a r d o da a m u e r t e .
Da de q u e se a b r a sin t a r d a r la p u e r t a .
P o r evitar su f u r i a , u n golpe Alfeo
De aquella g e n t e e n t a n t o
Recibe atroz que f r u s t r a su deseo
Al ver d e e s t e m a n c e b o , q u e l e e s c a s o , Viendo Grifón la r u i n a y e! e s p a n t o ,
Contra el etrusco b a n d o ;
A ceñir va las a r m a s con q u e piensa Mas, t e m i e n d o p o r é l , y el alma llena
( B i e n q u e cubiertas de baldón e t e r n o ) De noble y g e n e r o s o s e n t i m i e n t o ,
P r o l o n g a r algún tiempo su d e f e n s a ; La lucha s u s p e n d e r al p u n t o o r d e n a .
Y, r e s g u a r d a d o p o r el m u r o e x t e r n o La su d e s n u d a y d e s a r m a d a m a n o ,
De u n templo circundado p o r el f o s o , De paz y d e amistad emblema a u g u s t o ,
Se d e f i e n d e animoso. Tendiendo entonces á Grifón : « I n j u s t o ,
De e n e m i g o s , e n e s t o , u n n u e v o g r u p o « Injusto fui para c o n v o s , » le dice :
Acude allí; G r i f ó n , q u e n u n c a s u p o « Un engaño infelice,
Qué es t e m o r , de esa c h u s m a n o se e s p a n t a , « Consejeros fatales m e o f u s c a r o n .
Antes audaz hacia ella se a d e l a n t a , « Y al varón mas intrépido y m a s noble
Y, su e s p a d a á d o s m a n o s e s g r i m i e n d o ,
« Como al ente m a s vil m e p r e s e n t a r o n .
Hace e n las filas u n d e s t r o z o h o r r e n d o .
« Vuestro valor la a f r e n t a y el d e n u e s t o
Si la t u r b a le a c o s a , t o r n a al p u e n t e ; « Lavo, s e ñ o r , q u e mi ignorancia os hizo
De n u e v o l u e g o á la calzada s a l e ; « Y q u e yo á r e p a r a r estoy dispuesto
Y n o sale u n a vez q u e su salida « Con c u a n t o valgo y soy. ¿Quereis r i q u e z a s ,
Con n u e v a m o r t a n d a d n o se señale. « Tierras, h o n o r e s , villas, fortalezas?
De f r e n t e y de r e v e s , de t a j o y p u n t a , « De c u a n t o yo dispongo
I n f a n t e s y caballos d e r r i b a n d o , « Hoy la mitad á v u e s t r a s plantas p o n g o .
Hiere sin d e s c a n s a r ; m a s , n u e v a gente « Con mí afecto c o n t a d ; y q u e ese brazo ,
Al ver q u e dél en d e r r e d o r se j u n t a , « De e t e r n a unión e n p r e n d a ,
Grave riesgo b a r r u n t a
« La victoriosa m a n o aquí m e tienda. »
E n luchar solo c o n t r a tal t o r r e n t e ,
Dice; y s a l t a n d o del c o r c e l , la diestra
Falto d e f u e r z a , r e s p i r a n d o a p é n a s ,
P r e s e n t a al p a l a d í n , á quien a d m i r a
Y p o r el h o m b r o y p o r el muslo heridos
La f r a n q u e z a cordial q u e el rev le m u e s l r a .
P e r d i e n d o ya la s a n g r e de sus venas.
Al mirarle llegar, la espada y la ira
Mas al valor y á la v i r t u d es r a r o Depone, y, baja la soberbia f r e n t e ,
Que deje el cielo de p r e s t a r su a m p a r o , Al rey las plantas besa h u m i l d e m e n t e .
N o r a d i n o , acudiendo Cuando la s a n g r e Noradino n o t a
E n medio del tropel hacia la p u e r t a , Que de las llagas del g u e r r e r o b r o t a ,
L a gente vió q u e m u e r t a A sus gentes o r d e n a q u e al palacio
E n el c a m p o y a c i a , y con su m a n o
^ Con e s m e r o lo lleven y despacio.
Las h e r i d a s m i d i e n d o ,
Herido allí d u r a n t e
Dignas del brio de Héctor el T r o v a n o ,
Algunos dias p e r m a n e c e , en tanto
Conoció c o n pesar lo i n j u s t a m e n t e
Que buscándole Astolfo y Aquilante,
Que ultrajara á u n g u e r r e r o tan valiente.
De Palestina el territorio santo
Acercándose l u e g o , el m u r o advierte Recorriendo y los templos de S o l i m a ,
Que en t o r n o de Grifón alzó la m u e r t e ,
Parten tal vez á m a s r e m o t o clima.
Y á Horacio piensa v e r , solo, l u c h a n d o
De la ciudad á las murallas llega.
N u e v a s , e m p e r o , ni u n o ni o t r o o b t i e n e , Decir escucha allí q u e con la aleve
Cuando á dárselas v i e n e Partió Marta no hácia Damasco, en d o n d e
El griego p e r e g r i n o Brillante fiesta celebrarse debe.
Que les n a r r ó c o m o e n c o n t r a d o h a b í a , Cierto, esta nueva o y e n d o , q u e su h e r m a n o
Viniendo de A n t i o q u i a , En seguimiento del r a p t o r corría
Al galan v á Origile en su camino. Por ir tras de Martano,
Pregúntale Aquilante si de a q u e s t o Parte de la ciudad el mismo dia
A Grifón dió noticia •, y e s c u c h a n d o Y hácia Lidia y Larisa ,
Que s i , la causa p r e s t o Por tierra c a m i n a n d o ,
De la partida de su h e r m a n o alcanza. La h e r m o s a Alepo tras d e sí divisa.
Por recabar v e n g a n z a Ei Señor, p o r m o s t r a r q u e , s i e m p r e amigo
No d u d a q u e el a m o r s u s pasos m u e v e Del b u e n o , al malo da siempre c a s t i g o ,
Hacia Antioquia en b u s c a del aleve. A una legua de Mámuga le guia
Hacia allí, p u e s , s u s a r m a s r e v i s t i e n d o , A topar con Martano
A p a r t i r al i n s t a n t e Que de Damasco, u f a n o
Se dispone A q u i l a n t e , no q u e r i e n d o Con los trofeos de la lid , venia.
Que s o l o , en tal c a m i n o , Las a r m a s y la blanca vestidura
Se a b a n d o n e Grifón á su d e s t i n o : Aquilante al mirar q u e el vil o s t e n t a ,
Y, al d u q u e Astolfo p o r favor pidiendo C o r r e , c r e y e n d o q u e es G r i f ó n ; m a s p r e s t o
Que su viaje r e t a r d e , Su triste e r r o r advierte.
Y q u e en Solima h a s t a su vuelta a g u a r d e , Cambiando, p u e s , de p e n s a m i e n t o y g e s t o ,
Baja á Zafa y e m b á r c a s e ; esta siendo Y algo tal vez t e m i e n d o de funesto':
La mas directa y la m a s fácil vía « Dime, l a d r ó n , » le g r i t a , « ¿de q u é s u e r t e
Desde Jerusalen h a s t a Antioquia. « Adquiriste esas a r m a s ? ¿por q u é acaso
Impelido el bajel p o r el Siroco, « Ese lujoso arzón tu p e s o o p r i m e ?
Ve la tierra del Sur al sol siguiente-, « ¿Qué es d e mi h e r m a n o ? d i m e .
Llega á Jafet á p o c o ; « ¿Porqué de ese bridón no rige el p a s o ? »
Pasa á Beyrut y á Gibeli, y d e j a n d o Esto ovendo Origile, vuelve el f r e n o
A Chipre hacia el P o n i e n t e , Y h u y e veloz. Tras ella
A Tortosa d e T r í p o l i , y á L e z a , P a r t e A q u i l a n t e ; alcánzala, y , de b u e n o
Y al golfo d e L a y a d o se e n d e r e z a . O de mal g r a d o , logra detenella.
Desde allí hacia L e v a n t e el m a r i n e r o Pálido entonces hácia el h é r o e viene
Vuelve la proa á su b a j e l l i j e r o , Martano sin a l i e n t o ,
Y, a p r o v e c h a n d o la ocasion , p r o c u r a Trémulo m a s q u e débil hoja al viento.
Del O r o n t e g a n a r la e m b o c a d u r a . Aquilante colérico le g r i t a ,
E n t r a n d o en él s o b r e el corcel p u j a n t e , Y, agitando la e s p a d a ,
Salta á tierra A q u i l a n t e , Dar m u e r t e á los dos cómplices m e d i t a
Y siguiendo su v e g a ,
i
1
CANTO XVIII.
El r e y , p o n i e n d o fin á este d e b a t e ,
Manda q u e del v e r d u g o p o r la m a n o
Sea azotado e n p ú b l i c o Martano.
De e s q u i n a , p u e s , lo llevan en esquina
Así q u e v e n la l u m b r e m a t u t i n a .
El fallo, e m p e r o , de la infiel d i f i e r e n ,
Que someterlo q u i e r e n
A la opinion y al juicio de Lucina.
Consolarse el m o n a r c a no podia
De haber h e c h o á Grifón t a m a ñ a o f e n s a ,
Y d e n o c h e y d e dia
Un medio d i s c u r r í a
De otorgarle m e r c e d y r e c o m p e n s a .
Con este fin, a n u n c i a
Que al m e s s i g u i e n t e á celebrar se apresta
Otra mas n o b l e y m a s brillante fiesta,
En q u e á e n t r e g a r al h é r o e se p r e p a r a
El p r e m i o q u e u n traidor le a r r e b a t a r a .
Rápida esta noticia
P o r toda Siria c u n d e y p o r Fenicia.
Oyéndola en el s u e l o Palestino
El d u q u e A s t o l f o , en ir allá convino
Con el j o v e n é ilustre S a n s o n e t o ,
A quien dió el a g u a del bautismo Orlando
Y Cárlos dió d e Palestina el m a n d o .
Su viaje d i s p o n i e n d o ,
Parten los d o s h a c i a Damasco , haciendo
Cortas j o r n a d a s ; p u e s , a u n m a s q u e p r o n t o ,
El llegar d e s c a n s a d o s les i m p o r t a .
P a s a n d o u n dia así por un p a r a j e
Donde otra s e n d a á la q u e siguen c o r t a ,
Una persona v i e r o n que en su t r a j e
Y e n su a d e m a n , u n h o m b r e parecía,
Siendo m u j e r y de alta n o m b r a d l a .
Marfisa esta doncella se l l a m a b a ,
J o v e n , noble y valiente ,
Que del h é r o e d e Amon y del de Brava
Hizo mas de u n a vez sudar la frente.
B u s c a n d o , s i e m p r e a r m a d a , iba aventuras
Con q u e dejar atónitas pensaba
Las edades p r e s e n t e s y f u t u r a s .
Así no b i e n , á Astolfo y Sansoneto
Viendo a c e r c a r s e , n o t a
Su altivo aspecto y su robusta c o t a ,
De su valor los juzga digno o b j e t o .
Y relajando á su corcel la rienda
Hácia ellos c o r r e y los provoca á duelo.
Mas antes h a c e , p o r f o r t u n a , el cielo
Que ella la vista s o b r e Astolfo tienda.
La d a m a reconócele al i n s t a n t e ,
Y c u a n t o hizo por ella r e c o r d a n d o ,
Su cólera o l v i d a n d o , la visera
Alza, y libre del g u a n t e
Su m a n o tiende y tiéndele los brazos.
De gozo el uno y o t r o p a l p i t a n t e ,
Estréchanse con férvidos a b r a z o s ;
Y ansiosos p r e g u n t á n d o s e en s e g u i d a
La causa cada cual de su v e n i d a ,
A la doncella el paladín refiere
Que asistir es su intento á una gran fiesta,
A q u e convida el rey á los g u e r r e r o s
Que p r o b a r allí quieran sus aceros.
Marfisa, á combatir s i e m p r e d i s p u e s t a .
A seguir a estos j ó v e n e s se a p r e s t a ;
Y de ellos no f u é poca la alegría
Al v e r s e en tan ilustre c o m p a ñ í a .
J u n t o s los t r e s á la ciudad llegaron
La víspera del día
Que aquella fiesta iluminar debia.
De Damasco á las p u e r t a s se alojaron
E n c u e n t r o d e M a r f i s a , Astolfo y S a n s o n e t o . (T. I , p . 3 2 3 . Ì
En humilde p o s a d a , d o n d e al s u e ñ o .
Mejor q u e en regio alcázar, se e n t r e g a r o n .
La bella a u r o r a , á su caduco d u e ñ o
D e s p e r t a n d o , alegraba
La tierra ya con su fulgor r i s u e ñ o ,
Cuando la virgen y los dos g u e r r e r o s
Se l e v a n t a n , se a d o r n a n Apoderarse della
Y á la ciudad d e s p a c h a n m e n s a j e r o s , Resuelve la m a g n á n i m a doncella.
Que con la n u e v a t o r n a n La m a n o , p u e s , con b r u s c o m o v i m i e n t o
De q u e el rey e n el sitio designado Tiende, y sin m i r a m i e n t o ,
Para la lid ya e s t a b a colocado. En su prisa e x c e s i v a ,
Sin m a s t a r d a r , d i r i g e n su c a r r e r a Mas de una pieza a n t e sus pies d e r r i b a .
Por la calle m a y o r á la gran plaza Ofendido el m o n a r c a
Donde , a r m a d o d e aliento y de c o r a z a , De desacato t a l , la ceja enarca.
T a n t o g u e r r e r o la s e ñ a l espera. A esta s e ñ a l , agólpase al instante
No d u d a n d o el b u e n rey q u e la victoria En torno de la virgen a r r o g a n t e
Obtenga en este el b r a v o caballero La m u l t i t u d , q u e , á c o m b a t i r d i s p u e s t a ,
Que e n el lance p r i m e r o Olvidó ya sin d u d a lo q u e cuesta
Sus blancas a r m a s c o r o n ó de g l o r i a , Acometer á u n caballero a n d a n t e .
Y ansioso de p o d e r r e c o m p e n s a l l o No e x p e r i m e n t a igual placer el niño
Cual su valor y e s f u e r z o lo m e r e c e , Que en la bella estación trisca e n t r e llores,
De la o t r a lid u n i r al premio o f r e c e Ni la beldad o r n a d a con aliño
Un p u ñ a l y u n a m a z a De u n baile e n t r e los plácidos c l a m o r e s ,
De p i e d r a s g u a r n e c i d o r i c a m e n t e , Al q u e la virgen f u e r t e
Y u n soberbio c a b a l l o , Siente en medio á los bélicos f u r o r e s ,
Digno d o n de u n m o n a r c a del Oriente. En m e d i o d e la s a n g r e y de la m u e r t e .
Con el puñal c o l g a d o á la c i n t u r a , En su bridón impávida se a v a n z a ,
Hace el rey colocar j u n t o á su grada Y e n r i s t r a n d o su l a n z a ,
La preciosa a r m a d u r a Con ella ataca á c u a n t o s ve p r i m e r o .
Por el vil á Grifón a r r e b a t a d a , Despues saca el a c e r o ,
Y del arzón del b r u t o Y hiere y r o m p e y m a t a , y e n pedazos
La m a z a s u s p e n d e r , p o r q u e así logre Hace saltar los muslos y los brazos.
De su doble victoria el doble f r u t o . Bien q u e del d u q u e inglés y Sansoneto
¡Incauto! no previa Otro f u e s e el o b j e t o
La resistencia q u e e n c o n t r a r d e b í a ! Al revestir aquella vez la malla ,
No bien colgadas j u n t o al rey divisa Con s e m b l a n t e s e r e n o
La célebre Marfisa No p u e d e n v e r t r a b a r s e esta b a t a l l a ,
Aquellas bellas a r m a s , r e c o n o c e Y , a r r o j á n d o s e en m e d i o á la canalla,
La a r m a d u r a p o r ella abandonada Con la lanza y la espada á u n t i e m p o hieren
En u n c a m i n o , c u a n d o ardiente anhelo Y victoriosos van por d o n d e q u i e r e n .
De r e c o b r a r su e s p a d a Al yer el j u e g o c o n v e r t i d o en g u e r r a ,
La hizo c o r r e r t r a s del ladrón Brúñelo. De q u e la causa m u c h o s i g n o r a b a n ,
Mas ¿á qué r e f e r i r esta a v e n t u r a ? Atónitos e s t a b a n
Baste d e c i r q u e , v i e n d o su a r m a d u r a , Tantos g u e r r e r o s de distinta tierra
Tras de Aquilante y de Grifón camina
Que allí,dispuestos á l i d i a r , s e hallaban.
El rey, en tanto q u e , ávida de ruina
De estos a l g u n o s , q u e al s o c o r r o vienen
La canalla insensata
De la c h u s m a , bien presto
« Mata, » le grita d e s d e l e j o s , « m a t a . »
Grave ocasion de a r r e p e n t i r s e t i e n e n ;
Grifón en esto s o b r e el p u e n t e Ile^a
Por p o n e r fin á j u e g o tan f u n e s t o
Y del b r i t a n o advierte
Otros s e e s f u e r z a n , y o t r o s , mas p r u d e n t e s ,
Las a r m a s con q u e á Orrilo dió la m u e r t e .
Los m i r a n combatir indiferentes.
En el c a m p o sin d u d a
Mas no ser de este n ú m e r o podían No las m i r ó con a t e n c i ó n ; a g o r a
Aquilante y G r i f ó n , q u e de la furia Las v e ; c o n o c e al h é r o e , le s a l u d a ,
Del m o n a r c a la causa conocían. E , i n f o r m á n d o s e luego de la s u e r t e
P o r p r o p i a aquella injuria Que á sus valientes c o m p a ñ e r o s c u p o
T o m a n d o cada c u a l , ase su lanza Le p r e g u n t a p o r q u é la i r r e v e r e n c i a
Y al c a m p o viene ansioso de venganza. El u n o dellos c o m e t i d o habia
Delante á los d e m á s p o r la otra parte De a r r a n c a r , del m o n a r c a en la presencia,
Iba Astolfo m o n t a d o e n Rabicano , Las a r m a s del p a d r ó n . De todo aquello
Blandiendo siempre en su derecha m a n o Que es a s u s c o m p a ñ e r o s relativo
La lanza q u e abatir pudiera á Marte. Da n u e v a s á Grifón el de I n g l a t e r r a ;
Con su h e r m a n o en el acto Mas de su p o r t e en la r e c i e n t e g u e r r a
Viene á tierra Grifón á su c o n t a c t o , Alegar n u n c a p u d o o t r o m o t i v o
En t a n t o q u e á los h é r o e s de m a s nota Sino q u e , a c o m p a ñ a n d o á la doncella,
P o n e e n terrible aprieto Debió a b r a z a r su causa en la querella
El intrépido y fuerte Sansoneto.
Llega e n e s t o Aquilante;
El p u e b l o , en fin, la valla viendo r o t a ,
^ á Astolfo p o r su voz r e c o n o c i e n d o ,
En tropel s e r e t i r a ,
De su s e m b l a n t e m u d a
Y el r e y , a r d i e n d o de i r a ,
En gesto afable la expresión s a ñ u d a .
Salir v e d e la plaza
Muchas g e n t e s despues allí v i n i e n d o .
A la bella Marfisa, q u e su nueva
Hacia los h é r o e s avanzar n o osaban
Y s u antigua coraza
Y de lejos su plática e s c u c h a b a n ,
Hacia su a l b e r g u e victoriosa lleva.
Cuando un s o l d a d o , o y e n d o
Síguenle el d u q u e y S a n s o n e t o , en t a n t o
Que Grifón y A q u i l a n t e , su accidente Que era la n o b l e é i n t r é p i d a Marfisa
Ante el rey d e p l o r a n d o , apena o s a b a n , Quien del p a d r ó n arrebató las a r m a s ,
A v e r g o n z a d o s , levantar la f r e n t e . Corre al r e y , se lo avisa
Alzanla al fin y m o n t a n sus caballos, Y le encarga no vuelva
Y, en sí bien p r o n t o v u e l t o s , Su cólera á irritar, c o m o le importe
Con n u e v o a r d o r empiezan á aguijallos. Viva á su lado c o n s e r v a r su corte.
Con u n a infinidad de s u s vasallos, Tan temido en Oriente
A alcanzar gloria ó á morir r e s u e l t o s . Fué s i e m p r e el n o m b r e d e esta virgen r a r a ,
CANTO X V I I I .
Y sin q u e nadie al v e n c e d o r r e f r e n e ,
T o d o s , p o r él á un tiempo perseguidos
Llegan al c a m p o mustios y afligidos.
Y es p r o b a b l e q u e C a r l o s ,
Q u e j a m a s desperdicia c o y u n t u r a ,
De s u s m u r a l l a s fuese á rechazarlos,
Si al fin movido á compasion el cielo
No envolviese á la tierra en n o c h e oscura.
A m a r e s p o r el suelo
Corre la s a n g r e ; al filo de la espada
Ochenta mil cadáveres c a y e r o n ,
Que el lobo y el villano
A devorar y á despojar vinieron.
Sin e n t r a r en el campo del p a g a n o ,
Cárlos de e n f r e n t e lo q u e pasa a c e c h a :
Sin d e s c a n s o lo estrecha
Y de g r a n d e s h o g u e r a s c u b r e el llano.
El rey m o r o e n t r e t a n t o sin r e p o s o
Sus murallas r e p a r a , limpia el f o s o ;
Ve si la guardia vela
Y hace toda la noche centinela.
Llanto y suspiros q u e el t e m o r a p e n a s
En alta voz p e r m i t e q u e se e x h a l e n
Del c a m p o solo salen
De las m í s e r a s gentes sarracenas.
Este de a l g ú n p a r i e n t e
O u n amigo la p é r d i d a d e p l o r a :
Aquel, h e r i d o , llora
El mal f u t u r o y el t e m o r presente.
Allí, con otros m u c h o s , se e n c o n t r a b a n
Dos m a n c e b o s nacidos
En Ptolemaide de progenie o s c u r a ,
Y que un raro modelo presentaban
De la amistad m a s íntima y m a s p u r a .
Con varia s u e r t e p o r el f r a n c o suelo
Siguieron u n o y o t r o á Dardinelo.
Ágil era y r o b u s t o
Cloridano, como hombre
Que de la caza tuvo s i e m p r e el g u s t o .
Medoro y C l o r i d a n o e s t a n d o d e g u a r d i a s o b r e la m u r a l l a .
Por su b e l d a d , Medoro
(T. I, p. 333.) Era la flor del c a m p a m e n t o m o r o .
Negros sus ojos , blanca
E r a su f a z , su cabellera de oro
Cual la de un ángel del s u p e r n o c o r o .
Juntos estos dos j ó v e n e s g u a r d a n d o
ORLANDO FURIOSO. CANTO X V I I ! . 337
El c a m p a m e n t o d e s d e el m u r o e s t a b a n , Llegan en b r e v e al c a m p o , d o s e g u r o s ,
Miéntras siguiendo su invariable curso Despues d e h a b e r d e j a d o
Las estrellas al o r b e Sus f u e g o s a p a g a r , están t e n d i d o s
Con s o ñ o l i e n t o s ojos c o n t e m p l a b a n . E n t r e a r m a s y bagajes los de Carlos,
M e d o r o , á quien triste r e c u e r d o a b s o r b e , En el vino ó el s u e ñ o s u m e r g i d o s .
« No t e p u e d o e x p r e s a r , o h Cloridano , » Clorídano, parándose un momento,
V o l v i é n d o s e , le d i c e , « ¿ C ó m o , » dice á Medoro , « así dejarlos
« C u a n t o á mi amo infelice « Sin darles e s c a r m i e n t o ?
« Me d u e l e v e r t e n d i d o en ese l l a n o , « T ú , p o r q u e nadie s o r p r e n d e r n o s p u e d a ,
« P o r p á b u l o del lobo ó del milano. « Vigilarás a t e n t o ;
« Y o , r e c o r d a n d o su b o n d a d , » e x c l a m a , « Por m e d i o al enemigo
« Mi vida d i e r a p o r salvar su fama. « Paso yo con mi espada á abrir m e obligo. »
« No q u i e r o q u e insepulto Así d i c e , y e n t r á n d o s e en la tienda
« Su c u e r p o q u e d e , y en su busca p a r t o . Do al s u e ñ o suelta rienda daba Alfeo ,
« Llegar e s p e r o oculto Médico y adivino
« Al c a m p o e n d o n d e , d e d e s p o j o s h a r t o , Que á la corte de F r a n c i a , ha u n a ñ o , v i n o ,
« El e n e m i g o r e p o s a n d o yace. De su alma y de su c u e r p o corta el lazo,
« Aquí q u é d a t e t ú . Si mi fatiga Haciendo así m e n t i r la profecía
« Al cielo santo c o r o n a r no p l a c e , De q u e , lleno de edad y en el regazo
« H a b r á al m é n o s , yo m u e r t o , quien revele De su e s p o s a , t r a n q u i l o moriría.
« La n o b l e acción á q u e el a m o r m e impele. » A sus costados m u e r e n
P á s m a s e Cloridano Cuatro g u e r r e r o s q u e ni un ay profieren ,
Al v e r tales afectos en u n n i ñ o , Cuyos n o m b r e s T u r p i n no ha mencionado
Y s u a r d i e n t e cariño Y el tiempo en el olvido ha sepultado.
C o m b a t e s u designio; m a s en v a n o , La m u e r t e Palidon recibe luego
Q u e e n t e r r a r á su d u e ñ o ó á su lado Mientra al s u e ñ o e n t r e g a d o está tranquilo.
Morir el noble j o v e n h a j u r a d o . Sobre una cuba , y a a p u r a d a , Grilo
V i é n d o l e e n su propósito tan firme, A su lado yacía
Cloridano responde : « A apercibirme Creyendo estar b e b i e n d o todavía,
« P a r a seguirte voy •, q u e iguala al tuyo Cuando en silencio el m o r o se le a c e r c a ,
« Mi a r d o r : yo n u n c a en los peligros h u y o , Y cortándole el cuello
« ¿Y á q u é vivir, si ingrata De vino y s a n g r e allí f o r m a u n a alberca.
« La f o r t u n a á Medoro m e arrebata? Muerte da luego á u n griego y á u n t u d e s c o ,
« Morir q u i e r o c o n gloria á tu costado Andrópono y Conrado,
« Mejor q u e d e dolor de ti p r i v a d o . » Que una gran p a r t e de la n o c h e al fresco
Así, r e s u e l t o s á m a r c h a r s e dejan P a s a r o n con la copa y con el d a d o .
E n su p u e s t o o t r a s guardias y se alejan. ¡Felices, si á lo m é n o s hasta la h o r a
Fosos saltando y m u r o s , E n q u e nace la a u r o r a
T. I. 15
CANTO XVIII.
P o r l l e g a r á su c a m p o los m a n c e b o s ;
Del p a d r e de la l u z l o s r a y o s n u e v o s
A s t r o s , n u b e s y s o m b r a s dispersaban
C u a n d o Z e r b i n o , c u y o heroico e m p e ñ o
E n m o m e n t o s cual e s t e Medoro h e r i d o , y Cloridano muerto. - Amores de Angélica
y Medoro. — Su enlace. — Su partida á Oriente. — Llegan
No l e p e r m i t e a b a n d o n a r s e al s u e n o ,
Marfisa y sus cuatro compañeros al país de las mujeres homi-
Allí l l e g a b a , al frente de l a h u e s t e cidas. — Singular usanza de este pais. — Los paladines y
Con q u e h o s t i g ó toda la noche al m o r o . Marfisa penetran en la ciudad. — Combate de Marfisa con diez
A Cloridano viendo y a Medoro, guerreros.
Hacia ellos p r e s t o t u e r c e n el c a m i n o ,
A n s i o s o s de b o t i n , l o s d e Z e r b i n o . Mientra en el c a r r o de f o r t u n a r u e d a ,
« Aquí d e j e m o s , » dice Cloridano, Nadie hay q u e d e c i r p u e d a
« L a c a r g a , a m i g o , ó p e r e c e r es c i e r t o . Si es c o n verdad a m a d o
P o r los a m i g o s de q u e esíá c e r c a d o .
« ; No f u e r a e m p e ñ o v a n o
Mas la suerte feliz c o m o s u c e d a
« Morir d o s v i v o s por salvar a un m u e r t o ?
Que en áspera se t r u e q u e , sin d e m o r a
D i c e ; y el busto h e l a d o
V u e l v e la faz la turba a d u l a d o r a .
Soltando, h u y e , creyendo
Que solo amor sincero
Q u e , su e j e m p l o s i g u i e n d o ,
E s , e n dicha y d e s d i c h a , d u r a d e r o .
T r a s él c a m i n a el c o m p a ñ e r o a m a d o ,
Si llevarse p u d i e s e d e s c u b i e r t o
P o r q u i e n h u b i e r a , á sospechar su s u e r t e ,
El p e c h o cual la c a r a ,
C o n s e n t i d o e n sufrir mil v e c e s m u e r t e .
Mas de un g r a n d e , e s t o y c i e r t o ,
De su señor Medoro m a s a m a n t e ,
Que á su r e y m u e s t r a fe continua y r a r a ,
S o b r e s u s h o m b r o s el c a d á v e r c a r g a ;
I)e la p l e b e s u m i é r a s e en el f a n g o ,
Miéntras Z e r b i n o , á r e c e l a r v i n i e n d o
A un p l e b e y o quizas c e d i e n d o el r a n g o .
Que moros pueden ser, y conociendo
M a s , c o n este m o t i v o , hablar de nuevo
Q u e no será su resistencia l a r g a ,
Quiero del fiel m a n c e b o
C o n los u n o s les cierra toda vía
Que erra sin norte en la intrincada s e l v a ,
Mientra e m b e s t i r á los d e m á s e n c a r g a .
Y á q u i e n la g r a v e carga q u e se ha impuesto
D e altas h a y a s y espesos m a t o r r a l e s
Veda q u e á dar c o n su c a m i n o v u e l v a .
Allí u n a s e l v a e n t o n c e s e x i s t i a ,
C l o r i d a n o , q u e en tanto c o n pié presto
Cuyo oscuro recinto,
Los b o s q u e s ha traspuesto ,
Poblado de feroces animales,
Se a f l i g e , se a r r e p i e n t e ,
F o r m a b a inextricable laberinto. Y , de su a m i g o al c o n t e m p l a r s e a u s e n t e ,
P o r v e r s e dentro de su s o m b r a amiga « ¿ C ó m o , » se d i c e , « c ó m o fui tan l o c o ,
U n o y otro m a n c e b o se a p r e s u r a ; « C ó m o , ¡ o h M e d o r o ! te estimé tan p o c o ,
Mas á o t r o canto es f u e r z a q u e m e siga « Que p u d e a b a n d o n a r l e
Quien saber q u i e r a e l fin d e e s t a a v e n t u r a . « Donde no sé si v o l v e r é á e n c o n t r a r t e ? »
CANTO XIX
CANTO XIX.
ORLANDO FURIOSO.
« V a s , » le d i c e , « á pagar t a m a ñ a injuria. »
D i c e ; e m p r e n d e de n u e v o su c a m i n o
Pero no bien tan bella faz a d v i e r t e ,
P o r m e d i o á la m a l e z a , En compasion su cólera c o n v i e r t e .
Y por la misma senda p o r d o v i n o « P o r el Dios q u e v e n e r a s , »
C o r r e d e r e c h o á su fatal d e s t i n o . Dice el m o r o c o n v o c e s lastimeras,
Pronto á escuchar empieza « No m e v e d e s h o n r a r á mi b u e n a m o ,
L a e n e m i g a algazara y g r i t e r í a , « Este solo f a v o r de tí r e c l a m o .
Y á Medoro v e , en fin, q u e la batalla « Si hácia la v i d a algún a m o r c o n s e r v o ,
C o n t r a cien d e á c a b a l l o sostenía. « Es á fin de i m p e d i r q u e águila ó c u e r v o
Bien q u e s o l o , y por t a n t o s a t a c a d o , « Su c a d á v e r insulte.
S u v i d a en g r a n c o n f l i c t o el j o v e n h a l l a , « D e j a , d é j a m e p u e s q u e lo s e p u l t e
De su d u e ñ o el c a d á v e r a d o r a d o « Y de mí dispon l u e g o c o m o q u i e r a s ;
Sobre la yerba tiende, . « Dame la muerte-, e n t r é g a m e á las fieras. »
Y d e u n fresno ó d e u n h a y a v u e l t a s ciento Del bello j o v e n al acento triste
En torno da c o n cauto m o v i m i e n t o . Zerbino n o r e s i s t e ,
T a l osa á q u i e n s o r p r e n d e Y el a m o r d u l c e m e n t e
E n su guarida el c a z a d o r , l u c h a n d o Mezclarse á la piedad en su alma siente.
E n t r e el amor y la ira, s e d e f i e n d e ; En e s t o , e m p e r o , c o n osada m a n o
A e n s a n g r e n t a r sus u ñ a s y su b o c a Un soldado villano
E l f u r o r la p r o v o c a •, Que los m a n d a t o s de su j e f e o l v i d a ,
T e r n u r a y c o m p a s i o n su a m o r l e i n s p i r a ,
Hiere á M e d o r o el d e l i c a d o p e c h o .
Y v i e n d o á sus c a c h o r r o s , c e s a su ira.
Llena al b r a v o Zerbino d e d e s p e c h o
C o m o acorrerle e n s i t u a c i ó n tan g r a v e A u d a c i a t a l , y su ira se r e d o b l a
Cloridano no sabe. C u a n d o al m a n c e b o v e q u e el c u e l l o dobla
L a m u e r t e n o l e a s u s t a : m a s matando Y al suelo v i e n e sin señal de v i d a .
Q u i e r e al m é n o s m o r i r . A g u d a flecha « No ha d e q u e d a r , » p r o r u m p e , « sin v e n g a n z a
Del arco l a n z a , p u e s , c o n diestra m a n o , « Tal d e s a f u e r o ; » y lanza
Que fuera á un e s c o c e s l o s sesos e c h a , Rápido su c o r c e l en s e g u i m i e n t o
Sin vida d e r r i b á n d o l o e n el llano. Del fiero m a t a d o r , q u e h u y e al m o m e n t o .
V u e l v e n todos la vista, y m i e n t r a s uno Cloridano, q u e en tierra v e á su a m i g o ,
A los d e m á s p r e g u n t a C i e g o de e n o j o y de ira ,
De do salió la e m p o n z o ñ a d a p n n l a , Sale del b o s q u e , el a r c o al suelo t i r a .
Manda otra a a q u e l , y c o n c e r t e z a t a n t a , Y en m e d i o del ejército e n e m i g o
Que le corta la v o z e n la g a r g a n t a . Se p r e c i p i t a ; su dolor l e o f u s c a ;
El príncipe escoces, q u e de Medoro Venganza y destrucción y muerte busca.
Respetar se propuso la existencia, La tierra en b r e v e c o n su s a n g r e e s m a l t a ;
Pierde en fin la paciencia; Su furia a u m e n t a , su p u j a n z a afloja ;
Hacia él s e llega y s u c a b e l l o d e o r o Y cuando al b r a z o en fin la f u e r z a f a l t a ,
Agarrando con f u r i a ,
Junto á Medoro por morir se arroja.
Del irritado príncipe Zerbino
Por la selva despues sigue el camino
Su g e n t e , q u e al un m o r o
Muerto d e j ó y al otro vivo apena.
Largo rato t e n d i d o , el fiel Medoro
Su sangre derramó por ancha v e n a ,
Y su vida por ella se exhalara
Si un ángel á estorbarlo no llegara.
En e s t o , envuelta en traje de p a s t o r a ,
Llega allí por acaso una d o n c e l l a ,
De regio porte y gracia encantadora.
Por si a l g u n o lo ignora,
La ilustre virgen era
Del gran kan del Catay rica heredera.
Llena de g o z o al contemplarse dueña
Del anillo q u e un dia
Brúñelo le q u i t ó , la compañía
De los h é r o e s mas grandes ya d e s d e ñ a .
Y c ó r r e s e al pensar que por amante
T u v o un tiempo al de Anger y á Sacripante.
Mas q u e todo otro e r r o r , haber ardido
Por el hijo d e Amon le causa e n o j o s ,
Que parécele haberse envilecido
Poniendo e n él sus altaneros ojos.
T a n t a arrogancia soportar no pudo
El r a p a z u e l o amor. De aguda flecha
A r m a n d o el a r c o crudo ,
Junto á Medoro á la doncella acecha.
E l l a , no bien de una cercana muerte
La palidez en el mancebo a d v i e r t e ,
Siente q u e poco á poco se desliza
En su alma una piedad q u e la esclaviza,
Y q u e á medida aumenta
Q u e su mísera historia el joven cuenta.
De una esmerada educación preludio
Es en India el estudio
De la médica c i e n c i a .
CANTO XIX.
H u y a n h o y sin a l i e n t o , cual p a l o m a
O c o n e j o á q u i e n turba y a m e d r e n t a
El e s t r u e n d o de p r ó x i m a t o r m e n t a .
Del encantado cuerno el mismo daño
Hace el son al amigo que al e x t r a ñ o ;
Tras de Marfisa, p u e s , despavoridos
Huyen aquellos héroes a g u e r r i d o s ,
Que mas á cada instante y mas se ofuscan
Y que donde esconderse en v a n o buscan. - fc
Miéntras Astolfo, por allí c o r r i e n d o ,
Sopla sin tregua en el latón tremendo ,
La chusma femenina
Corre sin dirección. Cual hacia el m o n t e ,
Cual hacia el mar sus pasos encamina 5
Cual en los bosques á acogerse viene
Y durante diez dias hay alguna
Que ni v u e l v e la f a z , ni se detiene.
A mas de una su cuita
Desde el puente en las ondas precipita-,
De los templos en fin y de las c a s a s ,
Dejando la ciudad casi d e s i e r t a ,
Huye su gente en apiñadas masas.
Pálidos, mustios y c o n faz incierta,
Hácia el mar acudían
Marfisa y sus pasmados compañeros.
Detras dellos corrían 1H
Marinos y v i a j e r o s ,
Q u e , á la ensenada d e s c e n d i e n d o , encuentran
La nave por Aleria a p a r e j a d a ,
Y , el ancla a l z a n d o , emprenden su jornada.
Dentro y en torno á la ciudad en tanto
Siembra Astolfo el espanto.
De su presencia cada cual se oculta.
Mujer hay q u e , en su afan y en su c o n g o j a ,
En inmundos parajes se s e p u l t a ,
O entre las ondas de la m a r se arroja.
Esperando encontrar á sus a m i g o s ,
Hácia la playa se dirige el d u q u e .
Por la desierta arena en v a n o tiende
L o s ojos con afan. Allá á lo l e j o s ,
La vista alzando en fin, divisa al b u q u e ,
CANTO X X .
Diciendo q u e d e s d o r a
Que la e s p u m a del mar r á p i d o hiende.
A g u e r r e r o s de e s f u e r z o y de d e n u e d o
En conflicto tan g r a v e
Ir en g r u p o s cual c i e r v o s , cual p a l o m a s ,
Qué r e s o l v e r ni c ó m o obrar no sabe. Cual animal en fin q u e tiene m i e d o ;
Mas d e j e m o s á A s t o l f o , y si os aterra Mientra el h a c o n , el águila a l t a n e r a ,
La idea del peligro á q u e se e s p o n e , R e c o r r e n s o l o s la azulada e s f e r a ,
Solo q u e d a n d o en e n e m i g a t i e r r a ,
Y solos e n el b o s q u e c a v e r n o s o
P e n s a d también q u e cosa no hay q u e p u e d a
Habitan el l e ó n , el tigre , el oso.
Dañarle mientra el c u e r n o no a b a n d o n e ;
De diversa opinion los o t r o s s i e n d o ,
Y á la g e n t e del b u q u e r e t o r n e m o s ,
Dellos Marfisa a l é j a s e , s i g u i e n d o
Que s u r c a el mar c o n temblorosos r e m o s .
P o r el o s c u r o b o s q u e e x t r a ñ a vía.
De la playa d i s t a n t e s , P o r otra m a s trillada al otro dia
El espantoso son y a 110 e s c u c h a b a n , L o s c u a t r o caballeros
Y sin e m b a r g o de r u b o r no osaban A un castillo llegaron
La vista levantar los n a v e g a n t e s . Do hospitalarias g e n t e s e n c o n t r a r o n .
A su c a m i n o el m a r i n e r o a t e n t o , H o s p i t a l a r i a s , digo en a p a r i e n c i a ;
Pasa á C h i p r e y á R o d a s , Pues a l e v e , fingida,
Y e n t r a n d o en la o n d a E g e a , Fué la b e n e v o l e n c i a
Va d e j á n d o s e atras las islas todas Con q u e allí se les dió p r o n t a acogida.
Y el p e l i g r o s o c a b o d e Malea. Miéntras tranquilo cada cual reposa
C o n f a v o r a b l e y c o n t i n u a d o viento En m e d i o d e la n o c h e silenciosa,
Dobla d e s p u e s la punta de M o r e a , Gente inicua los liga
T o c a á S i c i l i a , por el m a r Tirreno
Y á j u r a r p a c t o infame l o s obliga.
S i g u e d e Italia el litoral a m e n o
Mi p l u m a , e m p e r o , aquí los abandona
Y l l e g a en fin á L u n a , P o r r e t o r n a r á la sin par M a r f i s a ,
Do del p a t r ó n habita la familia. Q u e , la D u r e n z a , el Ródano y el Sona
Allí r e n d i d a s gracias dando al cielo Atravesando, viene
Q u e n o h i z o m a s m e n g u a d a su f o r t u n a , A un m o n t e á c u y a falda se detiene.
Salta el p a t r ó n : y , entrando en o t r o b u q u e , A l l í , j u n t o á un t o r r e n t e , en n e g r o traje
C o n l o s h é r o e s y la i n d i t a d o n c e l l a Llegar advierte una mjer anciana,
De n u e v o al mar se e n t r e g a el m i s m o dia A q u i e n , m a s q u e el cansancio de su v i a j e ,
Y e m p r e n d e su c a m i n o hácia Marsella. P r o f u n d a c u i t a , al p a r e c e r , afana.
De a q u e l suelo tenia La vieja e s e s t a q u e servir solia
El cetro Bradamnnte, En n e g r a c u e v a á la c a t e r v a i m p í a ,
Q u e , á hallarse a l l í , se h o l g a r a en este instante A q u i e n v i n o á dar m u e r t e
De o b s e q u ' a r á esta ilustre c o m p a ñ í a . Del príncipe d e A n g e r el b r a z o fuerte.
L l e g a al p u e r t o la nave. Sin d e m o r a Esta m a l v a d a , á q u i e n el m i e d o ofusca
Marfisa de los h é r o e s se d e s p i d e , De e x p i a r s u s m a l d a d e s , n o c h e y dia
Y á s e g u i r sola el v i a j e se d e c i d e .
inquieta v a g a p o r la selva u m b r í a
Y en ella un sitio d o ocultarse busca.
M a s , apénas d i v i s a
L a s e x t r a n j e r a s a r m a s de Mar (isa,
L é j o s de h u i r , c u a l s i e m p r e f u é su u s a n z a ,
Hacia el vado se a v a n z a ,
A g u a r d a á q u e se a c e r q u e la d o n c e l l a ,
Y llegándose hácia ella,
La saluda y le r u e g a
Q u e á la otra orilla e n su b r i d ó n la pase.
Este f a v o r 'a v i r g e n n o le n i e g a .
Pásala p u e s , y , sin d e j a r q u e baje
Hasta hallar un p a r a j e
Seco y sin f a n g o , llévala á un s e n d e r o
D o , e n t r a n d o , v e n v e n i r un caballero.
S o b r e f ú l g i d o a r z ó n , y acompañado
De u n a d a m a y d e u n único e s c u d e r o ,
Hácia el rio b a j a b a e s t e g u e r r e r o
De relucientes a r m a s adornado.
Bella es su d a m a y joven-, m a s , adusta
De su semblante la e x p r e s i ó n . disgusta.
Altiva y e m b u s t e r a ,
Dél q u e la s i g u e e s d i g n a c o m p a ñ e r a .
E s t e era P i n a b e l o el m a g u n t i n o ,
El m i s m o que en l a c u e v a á B r a d a m a n t e
Lanzó por p o n e r fin á su destino.
Con Pinabelo v a la q u e , de Atlante
P r e s a en p o d e r , l e d i ó tantos e n o j o s
Y v e r t e r tanto l l a n t o hizo á sus ojos.
Arrancada d e allí p o r B r a d a m a n t e ,
En b u s c a de su a m a n t e
Esta d a m a v o l ó , y d e s d e aquel día
Jamas a b a n d o n ó su c o m p a ñ í a .
V a n a de su b e l d a d la j o v e n d a m a , Marfisa y la vieja encuentran á Pinabelo. (T. I, p. 382.)
A la vieja q u e v i e n e c o n Marfisa
P r o v o c a a u d a z c o n insultante risa.
Marfisa, á q u i e n o f e n d e
Tal p r o c e d e r , r e s p ó n d e l e enojada :
El
CANTO T X .
'« Y o p o n d r é c o n mi espada
« A tu necia a r r o g a n c i a cortapisa.
<< Busca q u i e n t e d e f i e n d a ; y , si le v e n z o ,
« S a b e q u e por quitarte ese v e s t i d o
« Y ese s o b e r b i o p a l a f r é n c o m i e n z o . »
Pinabete., e s c u c h a n d o e l d e s a f i o ,
Recusarlo n o p u d o ,
Y , t o m a n d o una l a n z a y un e s c u d o ,
Llega a Marfisa c o n fingido b r í o .
Esta también una g r a n lanza a f e r r a ,
Y á su r i v a l , q u e g a l o p a n d o v i e n e ,
E n la c a b e z a h i r i é n d o l e , d e t i e n e ,
Y sin sentido a r r ó j a l o por tierra.
Victoriosa adelántase e n s e g u i d a ;
Del bridón y las r o p a s se a p o d e r a
De la d a m a a l t a n e r a ,
Y á la vieja c o n v i d a
E l vestido á a c e p t a r y el bello bruto
Que de aquella v i c t o r i a h a sido f r u t o .
B a j o su r i c o t r a j e
Mas h o r r o r o s a m u é s t r a s e la v i e j a .
Con e l l a , e m p e r o , á p r o s e g u i r su v i a j e
La b o n d a d o s a v i r g e n se a p a r e j a .
Sin nada d i g n o de c o n t a r , Marfisa
Un dia v a g a y o t r o , y a l tercero
Topa c o n un g u e r r e r o
Q u e , s o l o , c a b a l g a b a á toda p r i s a .
Si saber q u i e n f u e s e este os i n t e r e s a ,
Os diré q u e era el p r í n c i p e Z e r b i n o ,
Que por la selva e s p e s a
Siguió en v a n o el c a m i n o
De un vil q u e de mostrar s u cortesía
Le quitó la o c a s i o n m a s o p o r t u n a .
A y u d ó al p e r s e g u i d o la f o r t u n a ;
P u e s la niebla q u e el b o s q u e o s c u r e c í a ,
De Zeberino e s c o n d i é n d o l o á los o j o s ,
Dió tiempo á q u e e n su p e c h o
S e calmara algún tanto su d e s p e c h o .
CANTO XX. 385
Pág.
V
INTRODUCCION
XIN
VIDA DE ARIOSTO
XXXI
PRÓLOGO
Canto I J
Canto II
Canto III fj
Canto IV 5®
Canto V J¡
Canto VI II
Canto VII H
Canto VIII
Canto
Canto X
Canto XI ¡J;
Canto \ f
Canto XIII I99
Canto XIV
Canto XV
Canto XVI
Canto ™
Canto XVIII 50,1
33b
Canto X I X
561
Canto X X
589
Canto XXI
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Canto XXII A
42d
Canto XXIII