Curso de Derecho Administrativo Tomo II PDF

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CURSO DE DERECHO

ADMINSTRATIVO

TOMO II

Gabriel Celis Danzinger


Esta obra se termin de imprimir el 27 de septiembre de 2010

Copyright 2010, Gabriel Celis Danzinger.

ISBN 978-956-337-
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NDICE

Pg.

PRESENTACIN

PRIMERA PARTE

FUNDAMENTOS DE DERECHO ADMINISTRATIVO

CAPTULO I

INTRODUCCIN AL DERECHO ADMINISTRATIVO

I. LA ADMINISTRACIN PBLICA
1. Concepto de Administracin y de Administracin
Pblica............................................................................... 1
2. Administracin y Estado de Derecho................................ 2
3. La Administracin pblica como funcin estatal.............. 2
4. Gobierno y administracin................................................ 4
5. El objeto de la funcin administrativa: La satisfac-
cin de necesidades colectivas.......................................... 6
6. El principio de juridicidad en el Derecho Adminis-
trativo................................................................................. 10
7. El principio de juridicidad y la interdiccin de la ar-
bitrariedad.......................................................................... 12

II. POTESTADES ADMINISTRATIVAS


8. Concepto............................................................................ 13
9. Enumeracin...................................................................... 14

I
ndice

Pg.

III. EL DERECHO ADMINISTRATIVO EN EL ORDE-


NAMIENTO JURDICO
10. Aproximacin al concepto de Derecho Pblico................ 18
11. Diferencias entre Derecho Pblico y Privado................... 19
12. Difuminacin recproca entre Derecho Pblico y Pri-
vado................................................................................... 21
13. Antecedentes histricos del Derecho Administrativo.......... 23
14. Concepto de Derecho Administrativo............................... 25
15. Caractersticas del Derecho Administrativo...................... 27
16. Clasificacin del Derecho Administrativo......................... 29

IV. RELACIONES DEL DERECHO ADMINISTRATI-


VO CON OTRAS RAMAS Y SABERES JURDICOS
17. Relaciones del Derecho Administrativo con otras
ramas jurdicas................................................................... 30

CAPTULO II

FUENTES DEL DERECHO ADMINISTRATIVO

18. Consideraciones generales................................................. 39


19. Concepto de fuentes del Derecho...................................... 39
20. Fuentes formales del Derecho Administrativo. Con-
cepto y divisiones.............................................................. 40

Seccin I. FUENTES FORMALES DIRECTAS

21. Fuentes formales directas del Derecho Administra-


tivo. Concepto y enumeracin........................................... 41

II
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

I. FUENTES SUPREMAS O SUPRACONSTITUCIO-


NALES
22. Concepto............................................................................ 41
23. Caractersticas.................................................................... 42
24. Cules son las fuentes supremas?.................................... 43

II. FUENTES CONSTITUCIONALES


25. Concepto y enumeracin................................................... 44

1. CONSTITUCIN POLTICA
26. Concepto...................................................................... 44
27. Caractersticas............................................................. 45
28. La Constitucin como fuente del Derecho Ad-
ministrativo.................................................................. 47

2. LEY DE REFORMA CONSTITUCIONAL


29. Concepto...................................................................... 49
30. Caractersticas............................................................. 49
31. Clasificacin................................................................ 54

3. LEY INTERPRETATIVA DE LA CONSTITUCIN


32. Concepto...................................................................... 55
33. Caractersticas............................................................. 55
34. Ley interpretativa constitucional y ley inter-
pretativa legal.............................................................. 59

4. TRATADOS INTERNACIONALES
35. Concepto...................................................................... 60
36. Incorporacin de los tratados al ordenamiento in-
terno............................................................................. 64

III
ndice

Pg.

37. Jerarqua de los tratados.............................................. 65


38. Tratados relevantes para el Derecho Adminis-
trativo........................................................................... 68

III. FUENTES PRIMARIAS

39. Concepto y enumeracin............................................. 73

1. PRECEPTOS LEGALES
40. Concepto de ley........................................................... 73
41. Caractersticas de la ley............................................... 74
42. Superlegalidad formal de las leyes y principio
de reserva de materia................................................... 75
43. Leyes relevantes para el Derecho Administra-
tivo............................................................................... 78
44. Tipologa constitucional de la ley................................ 78

1.1. Ley orgnica constitucional


45. Concepto...................................................................... 79
46. Caractersticas............................................................. 79

1.2. Ley de qurum calificado


47. Concepto...................................................................... 83
48. Caractersticas............................................................. 84

1.3. Ley ordinaria


49. Concepto...................................................................... 85
50. Caractersticas............................................................. 86
51. Casos en materia de Derecho Administrativo............. 87

1.4. Decretos con fuerza de ley


52. Concepto...................................................................... 88

IV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

53. Caractersticas............................................................. 88
54. Decretos con fuerza de ley relevantes para el
Derecho Administrativo.............................................. 92

2. REGLAMENTOS DE LAS CMARAS DEL


CONGRESO NACIONAL
55. Concepto...................................................................... 93
56. Caractersticas............................................................. 93
57. Cules son.................................................................... 94

3. AUTOS ACORDADOS DE LOS TRIBUNALES


COLEGIADOS
58. Concepto...................................................................... 94
59. Caractersticas............................................................. 96
60. Clasificacin................................................................ 97
61. Autos acordados externos relevantes para el
Derecho Administrativo.............................................. 97
62. Inconstitucionalidad de ciertos autos acorda-
dos externos?............................................................... 99

IV. FUENTES SECUNDARIAS LA POTESTAD RE-


GLAMENTARIA
63. Concepto y enumeracin................................................... 99
64. Caractersticas.................................................................... 99
65. Clasificacin...................................................................... 101
66. Normas emanadas de la potestad reglamentaria................ 103

1. LOS DECRETOS
67. Concepto...................................................................... 104
68. Clasificacin................................................................ 104
69. Requisitos de los decretos supremos........................... 105

V
ndice

Pg.

1.1. Simples decretos


70. Concepto. Caractersticas............................................ 107

1.2. Los reglamentos


71. Concepto...................................................................... 108
72. Caractersticas............................................................. 109
73. Clasificacin................................................................ 110

1.3. Decretos de emergencia econmica.


74. Concepto...................................................................... 110

1.4. Decretos de insistencia


75. Concepto...................................................................... 112
76. Requisitos del decreto de insistencia........................... 113
77. Efectos de los decretos de insistencia.......................... 113
78. Restricciones............................................................... 114

1.5. Decretos de urgencia


79. Concepto...................................................................... 114
80. Clasificacin................................................................ 115

2. LAS RESOLUCIONES
81. Concepto...................................................................... 115
82. Caractersticas de las resoluciones.............................. 116

3. LAS INSTRUCCIONES
83. Concepto...................................................................... 117
84. Caractersticas de las instrucciones............................. 117
85. Clasificacin de las instrucciones................................ 119

4. LOS ACUERDOS
86. Concepto...................................................................... 120

VI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

87. Caractersticas de los acuerdos.................................... 120


88. Clasificacin................................................................ 120

5. LAS ORDENANZAS MUNICIPALES


89. Concepto...................................................................... 121
90. Caractersticas de las ordenanzas................................ 121

SECCIN II. FUENTES FORMALES INDIRECTAS

91. Concepto y enumeracin................................................... 121

I. COSTUMBRE ADMINISTRATIVA Y PRCTICAS


POLTICAS
92. Concepto............................................................................ 122
93. Elementos.......................................................................... 122
94. Clasificacin...................................................................... 123

II. JURISPRUDENCIA JUDICIAL


95. Concepto............................................................................ 124
96. Clasificacin...................................................................... 125

1. SENTENCIAS DEL TRIBUNAL CONSTITU-


CIONAL RELATIVAS A NORMAS CONSTITU-
CIONALES
97. Concepto...................................................................... 125
98. Caractersticas............................................................. 125
99. Funciones..................................................................... 126

2. RESOLUCIONES DE LOS TRIBUNALES DE


JUSTICIA
100. Caractersticas........................................................... 126
101. Funciones.................................................................. 127

VII
ndice

Pg.

102. Jurisprudencia judicial relevante en materia


administrativa............................................................ 127

III. JURISPRUDENCIA ADMINISTRATIVA


103. Concepto y generalidades............................................... 128

1. DICTMENES DE LA CONTRALORA GENE-


RAL DE LA REPBLICA
104. Concepto y generalidades......................................... 129
105. Caractersticas........................................................... 129

2. DICTMENES DE OTROS RGANOS DE CA-


RCTER CONSULTIVO
106. Cules son?.............................................................. 134

IV. JURISPRUDENCIA CIENTFICA


107. Concepto................................................................... 135
108. Funciones.................................................................. 135

Seccin III. FUENTES CANCELADAS

109. Concepto y generalidades............................................... 136

Seccin IV. FUENTES EXTRA-ORDINEM

110. Concepto y enumeracin................................................. 137

I. DECRETOS LEYES
111. Concepto......................................................................... 138
112. Caractersticas................................................................. 138
113. Casos histricos.............................................................. 140
114. Jerarqua de los decretos leyes........................................ 140
115. Decretos leyes relevantes para el Derecho Admi-
nistrativo......................................................................... 141

VIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

CAPTULO III

INTERPRETACIN DEL DERECHO ADMINISTRATIVO

116. Aspectos generales.......................................................... 143

I. PRINCIPIOS DE INTERPRETACIN CONSTITU-


CIONAL
117. Desarrollo de los principios para la interpreta-
cin constitucional.......................................................... 143

II. OTROS PRINCIPIOS JURDICOS DE INTERPRE-


TACIN
118. Otros principios jurdicos de interpretacin apli-
cables al Derecho Administrativo................................... 157

BIBLIOGRAFA........................................................................... 169

SEGUNDA PARTE

ORGANIZACIN ADMINISTRATIVA DEL ESTADO

CAPTULO I

TEORA DEL SERVICIO PBLICO

119. Concepto de servicio pblico.......................................... 177


120. Elementos del servicio pblico........................................ 177
121. Caractersticas del servicio pblico................................. 178

IX
ndice

Pg.

122. Clasificacin del servicio pblico................................... 180


123. Creacin y supresin de servicios pblicos.................... 181
124. Concepto de servicio pblico.......................................... 181
125. Niveles de organizacin interna de los servicios
pblicos........................................................................... 182

CAPTULO II

ORGANIZACIN BSICA DE
LA ADMINISTRACIN PBLICA

126. Aspectos generales.......................................................... 185

I. PRINCIPIOS QUE RIGEN LA ADMINISTRA-


CIN DEL ESTADO
127. Principios que rigen la Administracin del
Estado........................................................................ 185

1. JURIDICIDAD DE LA ADMINISTRACIN
128. Anlisis...................................................................... 187

2. SERVICIALIDAD
129. Anlisis...................................................................... 188

3. RESPONSABILIDAD ADMINISTRATIVA
130. Anlisis...................................................................... 189
131. Manifestaciones de la responsabilidad admi-
nistrativa.................................................................... 190

4. EFICIENCIA Y EFICACIA
132. Anlisis...................................................................... 192

X
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

5. COORDINACIN
133. Anlisis...................................................................... 194

6. JERARQUA FUNCIONARIA
134. Anlisis...................................................................... 195

7. IMPULSIN DE OFICIO DEL PROCEDIMIENTO


135. Anlisis...................................................................... 197

8. LIBRE CONCURRENCIA E IGUALDAD DE


LOS OFERENTES
136. Anlisis...................................................................... 199

9. IMPUGNABILIDAD DE LOS ACTOS ADMI-


NISTRATIVOS
137. Anlisis...................................................................... 199
138. Medios de impugnacin............................................ 199

10. CONTROL
139. Anlisis...................................................................... 200

11. PROBIDAD ADMINISTRATIVA


140. Anlisis...................................................................... 201

12. TRANSPARENCIA
141. Anlisis del principio de transparencia..................... 203

13. PUBLICIDAD ADMINISTRATIVA


142. Principio de publicidad administrativa. Al-
cances........................................................................ 203
143. Causales de reserva o secreto.................................... 206

XI
ndice

Pg.

144. El derecho de acceso a la informacin pblica......... 209


145. Amparo del derecho de acceso a la informa-
cin pblica............................................................... 211

II. RGANOS QUE INTEGRAN LA ADMINIS-


TRACIN DEL ESTADO
146. rganos que integran la Administracin del
Estado. Concepto en la ley N18.575........................ 215
147. rganos de la Administracin del Estado ex-
cluidos del mbito de aplicacin de la Ley
N 18.575................................................................... 216
148. Administracin del Estado y Administracin
Pblica....................................................................... 217

CAPTULO III

SISTEMAS DE ORGANIZACIN ADMINISTRATIVA

149. Forma jurdica de Estado................................................ 219


150. Sistemas de organizacin administrativa........................ 219

I. CENTRALIZACIN ADMINISTRATIVA
151. Concepto......................................................................... 220
152. Caractersticas................................................................. 221

II. DESCENTRALIZACIN ADMINISTRATIVA


153. Concepto......................................................................... 221
154. Caractersticas................................................................. 222
155. Formas de descentralizacin........................................... 222
156. Dependencia o supervigilancia de los servicios
pblicos respecto del Intendente..................................... 223

XII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

157. Encomendamiento de funciones entre servicios


pblicos........................................................................... 223
158. Representacin judicial y extrajudicial del Estado........... 224

III. DESCONCENTRACIN ADMINISTRATIVA


159. Concepto......................................................................... 225
160. Caractersticas................................................................. 225
161. Formas de desconcentracin........................................... 226

IV. DELEGACIN
162. Concepto......................................................................... 228
163. Clasificacin.................................................................... 228

1. DELEGACIN DE ATRIBUCIONES Y FACUL-


TADES
164. Clasificacin.............................................................. 228
165. Delegacin genrica o especfica de repre-
sentacin del Fisco por parte del Presidente............. 229
166. Delegacin genrica de atribuciones y facul-
tades........................................................................... 230

2. DELEGACIN DE FIRMA
167. Clasificacin.............................................................. 232
168. Delegacin de firma por orden del Presidente.......... 232
169. Delegacin de firma por orden de autoridad............. 238
170. Diferencias entre desconcentracin y dele-
gacin........................................................................ 238

V. AVOCACIN
171. Concepto......................................................................... 239
172. Requisitos de la avocacin.............................................. 239
173. Modalidades.................................................................... 240

XIII
ndice

Pg.

CAPTULO IV

ADMINISTRACIN CENTRALIZADA

I. ESTADO-FISCO
174. Presidente de la Repblica. Concepto............................. 241
175. Caractersticas................................................................. 241
176. Requisitos para ser elegido Presidente............................ 241
177. Funciones administrativas............................................... 242

II. MINISTERIOS
178. Ministros de Estado. Concepto....................................... 243
179. Caractersticas de los Ministros de Estado...................... 244
180. Requisitos para ser nombrado Ministro de Estado......... 244
181. Coordinacin de la labor que corresponde a los
Secretarios de Estado y las relaciones del Go-
bierno con el Congreso Nacional.................................... 245
182. Vacancia del cargo de Ministro....................................... 246
183. Responsabilidad de los Ministros de Estado................... 247
184. Participacin de los Ministros en el debate legis-
lativo............................................................................... 248
185. Ministerios. Concepto..................................................... 249
186. Funciones generales de los Ministerios.......................... 252
187. Nmero, organizacin y precedencia de los mi-
nisterios........................................................................... 252
188. Niveles de organizacin interna de los Ministerios.......... 253

III. SUBSECRETARAS
189. Aspectos generales.......................................................... 257
190. Subsecretarios. Concepto................................................ 258
191. Caractersticas de los subsecretarios............................... 258

XIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

192. Funciones de los Subsecretarios..................................... 259

IV. SECRETARAS REGIONALES MINISTERIALES


193. Funciones........................................................................ 261

CAPTULO V

GOBIERNO Y ADMINISTRACIN
INTERIOR DEL ESTADO

I. GOBIERNO Y ADMINISTRACIN REGIONAL


194. Funcin de gobierno y de administracin....................... 263

1. GOBIERNO INTERIOR. EL INTENDENTE


195. El intendente.............................................................. 263

2. ADMINISTRACIN SUPERIOR. EL GOBIER-


NO REGIONAL
196. El gobierno regional. Concepto y caracters-
ticas........................................................................... 266
197. Caractersticas........................................................... 267
198. Funciones del gobierno regional............................... 267
199. Atribuciones del gobierno regional........................... 271
200. Composicin del Gobierno Regional........................ 272

2.1. El Intendente
201. Atribuciones del intendente....................................... 273

2.2. Consejo Regional


202. Concepto y funciones................................................ 276
203. Atribuciones del consejo regional............................. 276

XV
ndice

Pg.

204. Fondo nacional de desarrollo regional...................... 279


205. Convenios de programacin de inversin p-
blica........................................................................... 279
206. Asociativismo regional.............................................. 280

II. ADMINISTRACIN PROVINCIAL


207. Gobernacin provincial. Concepto y caractersticas........... 281
208. Organismos de la gobernacin........................................ 281

1. EL GOBERNADOR
209. El gobernador............................................................ 282
210. Caractersticas........................................................... 282
211. Atribuciones.............................................................. 282
212. Designacin de delegados......................................... 285

2. EL CONSEJO ECONMICO Y SOCIAL PRO-


VINCIAL CONSULTIVO
213. Consejo econmico y social provincial con-
sultivo........................................................................ 286
214. Caractersticas........................................................... 287
215. Integracin................................................................. 287

III. LA ADMINISTRACIN COMUNAL


216. La municipalidad. Concepto........................................... 290
217. Caractersticas de la municipalidad................................. 290
218. Asociacin de municipalidades, corporaciones y
fundaciones edilicias....................................................... 291
219. Funciones y atribuciones de las municipalidades........... 292
220. Unidades vecinales y participacin ciudadana................ 295
221. Coordinacin de la municipalidad con los servi-
cios pblicos y transferencia de competencias al
municipio........................................................................ 296

XVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

222. Organismos de la municipalidad..................................... 300

1. EL ALCALDE
223. Atribuciones del Alcalde........................................... 301
224. Delegacin parcial de atribuciones........................... 303

2. EL CONCEJO MUNICIPAL
225. Concepto................................................................... 303
226. Caractersticas........................................................... 304
227. Integracin del concejo............................................. 304
228. Organizacin y funcionamiento del concejo............. 305

3. EL CONSEJO ECONMICO Y SOCIAL CO-


MUNAL CONSULTIVO
229. Concepto................................................................... 307
230. Caractersticas........................................................... 307
231. Integracin................................................................. 308
232. Funciones.................................................................. 309

4. OTRAS NORMAS COMUNES A LAS MUNICI-


PALIDADES
233. Creacin, supresin y fusin de municipali-
dades.......................................................................... 309
234. Creacin o supresin de empleos y fijacin
de remuneraciones. . ................................................. 310
235. Autonoma financiera y Fondo Comn Muni-
cipal........................................................................... 310
236. Coordinacin entre municipios y entre stos
y los dems servicios pblicos.................................. 311
237. Cesacin en los cargos de alcaldes, de miem-
bro del consejo regional y de concejal...................... 311

XVII
ndice

Pg.

238. Requisitos para ser designado intendente o


gobernador y para ser elegido miembro del
consejo regional o concejal....................................... 312
239. Incompatibilidad entre los cargos de inten-
dente, gobernador, miembro del consejo re-
gional y concejal....................................................... 313
240. Fuero de intendente o gobernador............................. 313
241. Cuestiones de competencia....................................... 313

CAPTULO VI

AUTONOMAS CONSTITUCIONALES

242. Concepto y caractersticas............................................... 315


243. Caractersticas de las autonomas constitucionales........... 315
244. Enumeracin................................................................... 315

I. BANCO CENTRAL
245. Concepto......................................................................... 316
246. Se caracteriza por............................................................ 317
247. Composicin................................................................... 317
248. Las atribuciones.............................................................. 318
249. Las funciones.................................................................. 318
250. Prohibicin de operaciones y acuerdos........................... 320

II. CONSEJO NACIONAL DE TELEVISIN


251. Consagracin Constitucional.......................................... 321
252. Concepto......................................................................... 322
253. Caractersticas................................................................. 322
254. Organizacin, funciones y atribuciones.......................... 322

XVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

CAPTULO VII

EMPRESAS DEL ESTADO

255. Consagracin Constitucional.......................................... 327


256. Clasificacin de empresas del Estado............................. 329
257. Coordinaciones normativas y jurisprudenciales............. 331

CAPTULO VIII

CONTIENDAS DE COMPETENCIA

258. Alcances.......................................................................... 337

BIBLIOGRAFA........................................................................... 339

TERCERA PARTE

ACTO Y PROCEDIMIENTO ADMINISTRATIVO

CAPTULO I

EL ACTO ADMINISTRATIVO

I. GENERALIDADES
259 Concepto de acto administrativo..................................... 340
260. Caractersticas del acto administrativo........................... 343
261. Efectos del acto administrativo....................................... 343
262. Clasificacin de los actos administrativos...................... 346

XIX
ndice

Pg.

II. ELEMENTOS DEL ACTO ADMINISTRATIVO


263. Enumeracin................................................................... 351

1. ELEMENTO SUBJETIVO
264. Contenido.................................................................. 351

2. ELEMENTO DE LEGITIMIDAD
265. Contenido.................................................................. 352

2.1. Motivo
266. Concepto................................................................... 352

2.1. Objeto
267. Concepto................................................................... 353

2.3. Fin
268. Concepto................................................................... 353

3. ELEMENTO DE FORMALIDAD
269. Formalidad del acto................................................... 354
270. Clasificacin.............................................................. 354

CAPTULO II

PROCEDIMIENTO ADMINISTRATIVO

I. ASPECTOS GENERALES
271. Bases constitucionales.................................................... 357
272. Caractersticas de la Ley N 19.880................................ 357
273. mbito de aplicacin orgnico de la Ley de Pro-
cedimiento Administrativo.............................................. 363
274. mbito de aplicacin objetivo de la LBPA..................... 364

XX
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

II. PRINCIPIOS DEL PROCEDIMIENTO ADMINIS-


TRATIVO
275. Funcin interpretativa y vigencia normativa.................. 365
276. Enumeracin................................................................... 365

1. PRINCIPIO DE ESCRITURACIN
277. Anlisis...................................................................... 366

2. PRINCIPIO DE GRATUIDAD
278. Anlisis...................................................................... 367

3. PRINCIPIO DE CELERIDAD
279. Anlisis...................................................................... 368

4. PRINCIPIO CONCLUSIVO
280. Anlisis...................................................................... 368

5. PRINCIPIO DE ECONOMA PROCEDIMENTAL


281. Anlisis...................................................................... 370

6. PRINCIPIO DE CONTRADICTORIEDAD
282. Anlisis...................................................................... 371

7. PRINCIPIO DE IMPARCIALIDAD
283. Anlisis...................................................................... 373

8. PRINCIPIO DE ABSTENCIN
284. Anlisis...................................................................... 374

9. PRINCIPIO DE LA NO FORMALIZACIN
285. Anlisis...................................................................... 376
286. Principio de conservacin del acto adminis-
trativo........................................................................ 376

XXI
ndice

Pg.

10. PRINCIPIO DE INEXCUSABILIDAD


287. Anlisis...................................................................... 378

11. PRINCIPIO DE IMPUGNABILIDAD


288. Anlisis...................................................................... 379
289. Medios de impugnacin............................................ 379

12. PRINCIPIO DE TRANSPARENCIA Y DE PU-


BLICIDAD
290. Anlisis...................................................................... 380

IV. DERECHOS DE LAS PERSONAS FRENTE A LA


ADMINISTRACIN
291. Anlisis........................................................................... 383

1. CONOCER EL ESTADO DE TRAMITACIN


DE LOS PROCEDIMIENTOS
292. Contenido.................................................................. 383

2. IDENTIFICAR A LAS AUTORIDADES Y AL


PERSONAL
293. Contenido.................................................................. 384

3. EXIMIRSE DE PRESENTAR DOCUMENTOS


294. Contenido.................................................................. 384

4. ACCEDER A LOS ACTOS ADMINISTRATI-


VOS Y SUS DOCUMENTOS
295. Contenido.................................................................. 385

XXII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

5. SER TRATADOS CON RESPETO Y DEFERECIA


296. Contenido.................................................................. 385

6. FORMULAR ALEGACIONES Y APORTAR


DOCUMENTOS
297. Contenido.................................................................. 385

7. EXIGIR RESPONSABILIDADES
298. Contenido.................................................................. 386

8. OBTENER INFORMACIN
299. Contenido.................................................................. 386

9. OTROS DERECHOS
300. Contenido.................................................................. 386

V. CONCEPTO Y CARACTERSTICAS DEL PROCE-


DIMIENTO ADMINISTRATIVO
301. Concepto......................................................................... 387
302. Caractersticas del procedimiento administrativo........... 387

VI. NORMAS COMUNES A LAS ETAPAS DEL PRO-


CEDIMIENTO ADMINISTRATIVO
303. Enumeracin................................................................... 389

1. CAPACIDAD
304. Capacidad para actuar............................................... 389

2. INTERESADOS
305. Interesados................................................................. 389

XXIII
ndice

Pg.

3. APODERADOS
306. Apoderados............................................................... 390
307. Requisitos del poder.................................................. 390

4. PLAZOS
308. Concepto de plazo administrativo............................. 390
309. Naturaleza de los plazos del procedimiento
administrativo............................................................ 391
310. Cmputo de los plazos del procedimiento ad-
ministrativo............................................................... 391
311. Ampliacin de los plazos.......................................... 392
312. Plazos mximos......................................................... 392
313. Procedimiento de urgencia........................................ 392

VII. ETAPAS DEL PROCEDIMIENTO ADMINISTRA-


TIVO
314. Etapas.............................................................................. 393

1. INICIACIN DEL PROCEDIMIENTO


315. Modalidades de inicio............................................... 393

1.1. Inicio de oficio


316. Causales de iniciacin de oficio................................ 393

1.2. Inicio a solicitud de parte


317. Contenido de la solicitud........................................... 394
318. Normas procedimentales........................................... 395

1.3. Medidas provisionales


319. Requisitos.................................................................. 396

XXIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

320. Medidas provisionales pre-procedimiento................ 396


321. Acumulacin o desacumulacin de procedi-
mientos...................................................................... 398

2. INSTRUCCIN DEL PROCEDIMIENTO


322. Concepto de actos de instruccin.............................. 398
323. Medios de prueba y valoracin................................. 398
324. Trmino probatorio................................................... 398
325. Rechazo de los medios de prueba............................. 399
326. Momento de la prueba............................................... 399
327. Notificacin............................................................... 399
328. Informes.................................................................... 399
329. Valor de los informes................................................ 399
330. Informacin pblica.................................................. 400

3. FINALIZACIN DEL PROCEDIMIENTO


331. Principio conclusivo.................................................. 401
332. Causales de conclusin del procedimiento............... 401

3.1. Resolucin final


333. Contenido de la resolucin final................................ 402
334. Cuestiones conexas................................................... 402
335. Contenido de la resolucin........................................ 402
336. Inexcusabilidad......................................................... 403

3.2. Desistimiento
337. Concepto................................................................... 403
338. Requisitos del desistimiento...................................... 403

3.3. Renuncia
339. Concepto................................................................... 404

XXV
ndice

Pg.

340. Requisitos de la renuncia.......................................... 404


341. Normas comunes al desistimiento y la renuncia....... 404

3.4. Abandono
342. Concepto................................................................... 405
343. Requisitos del abandono........................................... 405
344. Excepcin del abandono........................................... 406

3.5. Imposibilidad material de continuar el procedi-


miento por causas sobrevinientes
345. Concepto................................................................... 406
346. Causales..................................................................... 406

VIII. EL SILENCIO ADMINISTRATIVO


347. Concepto......................................................................... 407
348. Requisitos del silencio administrativo............................ 407
349. Efectos del silencio administrativo................................. 407
350. Clasificacin del silencio administrativo........................ 408

1. SILENCIO POSITIVO
351. Concepto................................................................... 408
352. Requisitos del silencio positivo................................. 408
353. Certificacin del silencio positivo............................. 410

2. SILENCIO NEGATIVO
354. Concepto.................................................................... 410
355. Requisitos del silencio negativo................................ 411
356. Certificacin del silencio negativo............................ 411

IX. COMUNICACIN DE LOS ACTOS ADMINISTRA-


TIVOS
357. Modalidades..................................................................... 411

XXVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

1. NOTIFICACIONES
358. Concepto................................................................... 412
359. Relevancia para el procedimiento adminis-
trativo........................................................................ 412
360. Tipos de notificacin................................................. 413

1.1. Notificacin por carta


361. Concepto................................................................... 413
362. Requisitos.................................................................. 413

1.2. Notificacin personal


363. Concepto................................................................... 414
364. Requisitos de la notificacin personal....................... 414

1.3. Notificacin en la oficina o servicio de la Admi-


nistracin
365. Concepto................................................................... 414
366. Requisitos.................................................................. 414

1.4. Notificacin tcita


367. Concepto................................................................... 415
368. Requisitos.................................................................. 415
369. Normas comunes a la notificacin de actos
administrativos de efectos individuales.................... 416

2. PUBLICACIN
370. Concepto................................................................... 418
371. Relevancia para el procedimiento adminis-
trativo........................................................................ 418
372. Obligacin de publicar.............................................. 418
373. Efectos de la publicacin. Autenticacin.................. 420

XXVII
ndice

Pg.

X. EXTINCIN DE LOS ACTOS ADMINISTRATIVOS


374. Principio de conservacin del acto administrativo......... 421
375. Clasificacin de los medios de extincin del acto
administrativo................................................................. 422
376. Enumeracin................................................................... 422

1. CUMPLIMIENTO DEL OBJETO


377. Alcances.................................................................... 423

2. INCONSTITUCIONALIDAD O ILEGALIDAD
SOBREVINIENTE
378. Concepto................................................................... 423
379. Caractersticas........................................................... 423

3. DECAIMIENTO
380. Concepto................................................................... 424
381. Caractersticas........................................................... 424

4. REVOCACIN
382. Concepto................................................................... 424
383. Caractersticas........................................................... 425
384. La revocacin no procede......................................... 426

5. INVALIDACIN
385. Concepto................................................................... 426
386. Caractersticas de la invalidacin.............................. 426
387. Requisitos de la invalidacin.................................... 428
388. Principio de los actos separables............................... 431
389. Diferencias entre revocacin e invalidacin.......... 433

6. ANULACIN
390. Concepto................................................................... 434

XXVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

391. Caractersticas de la anulacin.................................. 434


392. Diferencias entre invalidacin y anulacin............... 435

7. CADUCIDAD
393. Concepto................................................................... 435
394. Caractersticas de la caducidad................................. 435

XI. REVISIN DE LOS ACTOS ADMINISTRATIVOS


395. Concepto de recurso administrativo................................ 436
396. Fundamento de los recursos administrativos.................. 436
397. Enumeracin................................................................... 437

1. RECURSO DE REPOSICIN
398. Concepto................................................................... 438
399. Caractersticas del recurso gracioso.......................... 438

2. RECURSO JERRQUICO
400. Concepto................................................................... 439
401. Caractersticas del recurso gracioso.......................... 439
402. Improcedencia del recurso de jerrquico.................. 440
403. Normas comunes para los recursos de reposi-
cin y jerrquico........................................................ 443

3. RECURSO DE REVISIN
404. Concepto................................................................... 443
405. Caractersticas del recurso de revisin...................... 444

4. RECURSO DE ACLARACIN
406. Concepto................................................................... 445
407. Caractersticas del recurso de aclaracin.................. 446

XXIX
ndice

Pg.

408. Normas comunes a los recursos administra-


tivos........................................................................... 447

BIBLIOGRAFA........................................................................... 451

CUARTA PARTE

CONTRATACIN ADMINISTRATIVA

CAPTULO I

FUNDAMENTOS DE
CONTRATACIN ADMINISTRATIVA

I. CONCEPTOS GENERALES
409. Conceptos sobre la contratacin administrativa.............. 453
410. Caractersticas de la contratacin administrativa............ 455
411. Clasificacin de los contratos administrativos................ 457
412. Principios de la contratacin administrativa................... 460

II. PROCEDIMIENTOS DE CONTRATACIN


413. Conceptos generales........................................................ 470

III. POTESTADES DE LA ADMINISTRACIN


414. Potestades de la administracin en la ejecucin
del contrato...................................................................... 474

IV. INDEMNIZACIONES
415. Hiptesis......................................................................... 475

XXX
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

416. El hecho del prncipe...................................................... 475


417. Teora de la imprevisin.................................................. 477

V. EFECTOS DEL CONTRATO ADMINISTRATIVO


418. Alcances.......................................................................... 478

VI. TRMINO DEL CONTRATO ADMINISTRATIVO


419. Clasificacin de las causales de extincin del
contrato administrativo................................................... 479
420. Causales naturales u ordinarias....................................... 479
421. Causales anormales......................................................... 479

CAPTULO II

CONTRATO DE SUMINISTRO
Y PRESTACIN DE SERVICIOS

I. ASPECTOS GENERALES
422. Caractersticas de la Ley de Compras............................. 481
423. mbito de aplicacin de la Ley de Compras.................. 483
424. Exclusiones a la aplicacin de la Ley de Compras......... 488

II. EL CONTRATO DE SUMINISTRO Y SERVICIO


425. Concepto......................................................................... 493
426. Caractersticas del contrato de suministro y servicio...... 493
427. Partes del contrato........................................................... 494
428. Causales de modificacin y trmino anticipado.............. 494

III. PROCEDIMIENTOS DE CONTRATACIN


429. Formacin del consentimiento........................................ 495
430. Licitacin pblica. Etapas del procedimiento................. 495
431. Causales de licitacin privada y/o trato directo.............. 497

XXXI
ndice

Pg.

IV. DERECHOS Y OBLIGACIONES DE LAS PARTES


432. Derechos del contratante................................................. 500
433. Obligaciones del contratante........................................... 500
434. Facultades de la Administracin..................................... 501

V. DIRECCIN DE COMPRAS Y CONTRATACIN


PBLICA
435. Concepto......................................................................... 501
436. Caractersticas de la Direccin de Compras y
Contratacin Pblica....................................................... 501

VI. TRIBUNAL DE CONTRATACIN PBLICA


437. Concepto......................................................................... 502
438. Caractersticas................................................................. 502
439. Integracin...................................................................... 503
440. Competencia del tribunal................................................ 504

CAPTULO III

CONTRATO DE OBRA PBLICA

I. ASPECTOS GENERALES
441. Concepto......................................................................... 505
442. Caractersticas................................................................. 506
443. Partes del contrato........................................................... 506

II. PROCEDIMIENTO DE CONTRATACIN


444. Formacin del consentimiento........................................ 507
445. Licitacin pblica............................................................ 507
446. Causales de licitacin privada, trato directo o
administracin delegada.................................................. 510
447. Perfeccionamiento del contrato....................................... 511

XXXII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

448. Transcripciones del contrato........................................... 511


449. Inspeccin fiscal del contrato.......................................... 511

III. DERECHOS Y OBLIGACIONES DE LAS PARTES


450. Derechos del contratista.................................................. 512
451. Obligaciones del contratista............................................ 512
452. Facultades de la Administracin..................................... 513

CAPTULO IV

CONTRATO DE CONCESIN DE OBRA PBLICA

I. ASPECTOS GENERALES
453. Generalidades.................................................................. 515
454. Caractersticas................................................................. 515
455. Partes del contrato........................................................... 516

II. PROCEDIMIENTO DE LICITACIN


456. Confeccin y aprobacin de bases de licitacin............. 517
457. Actuaciones preparatorias de la licitacin...................... 517
458. Adjudicacin................................................................... 517
459. Celebracin del contrato................................................. 517

III. DERECHOS Y OBLIGACIONES DE LAS PARTES


460. Derechos del concesionario............................................ 518
461. Obligaciones del concesionario...................................... 518
462. Facultades de la Administracin..................................... 520

IV. RGIMEN JURDICO DE LA CONCESIN


463. Distincin general........................................................... 521
464. El rgimen jurdico de la concesin, durante la
fase de construccin de la obra....................................... 521
465. El rgimen jurdico durante la fase de explotacin........... 522

XXXIII
ndice

Pg.

V. DURACIN, SUSPENSIN Y EXTINCIN DE LA


CONCESIN
466. Duracin, de la concesin............................................... 523
467. Suspensin de la concesin............................................. 524
468. Extincin de la concesin............................................... 524
469. Delegacin de la entrega en concesin de obras
que estn entregadas a la competencia de otro
Servicio........................................................................... 525
470. Subcontratacin............................................................... 526
471. Inspeccin y vigilancia de la Administracin................. 527
472. Indemnizaciones............................................................. 528
473. Causales de trmino anticipado del contrato................... 528

VI. COMISIN CONCILIADORA


474. Alcances generales.......................................................... 529
475. Integrantes de la comisin.............................................. 529

BIBLIOGRAFA........................................................................... 531

QUINTA PARTE

EL CONTROL DE LA ADMINISTRACIN

CAPTULO I

FUNDAMENTOS DEL CONTROL

I. CONCEPTOS GENERALES
476. Fundamento..................................................................... 533
477. Clasificacin del control................................................. 533
478. Principios del control...................................................... 537

XXXIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

II. SERVICIOS VINCULADOS A LA FISCALIZACIN


479. Enumeracin................................................................... 538

1. LA DIRECCIN DEL TRABAJO


480. Concepto................................................................... 539

2. EL SERVICIO DE IMPUESTOS INTERNOS


481. Concepto................................................................... 539

3. LA TESORERA GENERAL DE LA REPBLICA


482. Concepto................................................................... 539

4. EL SERVICIO NACIONAL DE ADUANAS


483. Concepto................................................................... 539

5. LA FISCALA NACIONAL ECONMICA


484. Concepto................................................................... 540

6. SERVICIO NACIONAL DE PESCA


485. Concepto................................................................... 540

7. LAS SUPERINTENDENCIAS
486. Concepto y caractersticas......................................... 540
487. Enumeracin de las superintendencias...................... 541

CAPTULO II

EL CONTROL DE LA CONTRALORA
GENERAL DE LA REPBLICA

I. ASPECTOS GENERALES
488. Antecedentes................................................................... 545

XXXV
ndice

Pg.

489. Concepto......................................................................... 545


490. Caractersticas de la Contralora General........................ 546
491. Requisitos, designacin del Contralor, inamovi-
lidad y duracin en el cargo............................................ 548

II. FUNCIONES DE LA CONTRALORA


492. Funciones de la Contralora General............................... 549

1. CONTROL DE JURIDICIDAD DE LA ADMI-


NISTRACIN
493. Introduccin.............................................................. 550

1.1. Funcin jurdica. Toma de razn


494. Texto Constitucional................................................. 550
495. Caractersticas........................................................... 551
496. Procedimiento........................................................... 553
497. Exencin de toma de razn....................................... 558

1.2. Controles de reemplazo


498 Concepto................................................................... 558

1.3. Emitir dictmenes


499. Concepto.................................................................... 558

2. FISCALIZAR EL INGRESO Y LA INVERSIN


DE LOS RECURSOS PBLICOS
500. Alcances generales.................................................... 561
501. Jurisprudencia........................................................... 563

3. EXAMINAR Y JUZGAR LAS CUENTAS


502. Alcances generales.................................................... 564

XXXVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

3.1. Examinar las cuentas


503. Rendicin de cuentas................................................. 565
504. Examen de cuentas. Procedimiento........................... 566

3.2. Juzgar las cuentas


505. Fundamento............................................................... 568
506. Caractersticas del Tribunal de Cuentas.................... 568
507. El juicio de cuentas. Concepto.................................. 569
508. Caractersticas del Juicio de Cuentas........................ 569
509. Procedimiento de Cuentas......................................... 570

4. LLEVAR LA CONTABILIDAD GENERAL DE


LA NACIN
510. Alcances generales.................................................... 574

5. DEMS FUNCIONES QUE LE ENCOMIENDE


LA LEY ORGNICA CONSTITUCIONAL
511. Alcances generales.................................................... 576

III. ORGANIZACIN, FUNCIONAMIENTO Y ATRI-


BUCIONES
512. Organizacin, el funcionamiento y las atribuciones....... 577

IV. PRINCIPIO DE LEGALIDAD DEL GASTO


513. Principio de legalidad del gasto...................................... 579
514. Jurisprudencia................................................................. 582

CAPTULO IV

EL CONTROL DEL TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

515. Introduccin.................................................................... 585

XXXVII
ndice

Pg.

I. TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ASPECTOS GE-


NERALES
516. Antecedentes................................................................... 586
517. Concepto......................................................................... 586
518. Caractersticas................................................................. 586
519. Integracin...................................................................... 589
520. Duracin, requisitos e impedimentos de los mi-
nistros.............................................................................. 591
521. Inamovilidad de los miembros del Tribunal
Constitucional................................................................. 591
522. Reemplazo de un miembro del Tribunal Consti-
tucional............................................................................ 592
523. Funcionamiento, qurum para sesionar, acuerdos
y fallo.............................................................................. 593
524. Organizacin, funcionamiento y procedimientos,
remuneraciones y estatuto del personal y planta............. 594

II. FUNCIONES DEL TRIBUNAL CONSTITUCIONAL


525. Clasificacin de las funciones del Tribunal Cons-
titucional......................................................................... 597
526. Funciones relevantes para el sistema de control
administrativo................................................................. 598

1. DECRETOS CON FUERZA DE LEY


527. Los decretos con fuerza de ley.................................. 600
528. Legitimacin activa................................................... 600

2. DECRETOS PROMULGATORIOS DE LEY


529. Presidente de la Repblica no promulgue
una ley cuando deba hacerlo o promulgue un
texto diverso del que constitucionalmente co-
rresponda................................................................... 601

XXXVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

530. Legitimacin activa................................................... 601

3. POTESTAD REGLAMENTARIA DEL PRESI-


DENTE
531. Decreto o resolucin del Presidente de la Re-
pblica que la Contralora haya representado
por estimarlo inconstitucional................................... 602

4. INHABILIDADES DE DETERMINADOS FUN-


CIONARIOS PBLICOS
532. Informacin al Senado en los casos de inha-
bilidades de determinados funcionarios p-
blicos......................................................................... 603
533. Legitimacin activa................................................... 603

5. CONTIENDAS DE COMPETENCIA
534. Contiendas de competencia entre autoridades
polticas o administrativas y tribunales de
justicia....................................................................... 603
535. Legitimacin activa................................................... 604

6. DECLARAR INHABILIDADES INCONSTITU-


CIONALES
536. Ministro de Estado.................................................... 604
537. Legitimacin activa................................................... 604

7. RESOLUCIN DE CONFLICTOS ENTRE EL


PRESIDENTE Y EL CONGRESO
538. Resolucin de conflictos entre el Presidente y
el Congreso................................................................ 604
539. Legitimacin activa................................................... 605
540. Apreciacin de los hechos......................................... 606

XXXIX
ndice

Pg.

III. EFECTOS DE LAS RESOLUCIONES DEL TRIBU-


NAL CONSTITUCIONAL
541. Efectos de las resoluciones del Tribunal Consti-
tucional............................................................................ 607
542. Jurisprudencia................................................................. 608

CAPTULO V

EL CONTROL JURISDICCIONAL

543. Introduccin.................................................................... 611

I. DERECHO A LA ACCIN
544. Texto Constitucional....................................................... 611
545. Bloque constitucional...................................................... 612

II. ACCIN DE PROTECCIN


546. Texto Constitucional....................................................... 613
547. Concepto......................................................................... 614
548. Caractersticas................................................................. 614
549. Requisitos........................................................................ 618
550. Derechos protegidos........................................................ 618
551. Procedimiento................................................................. 622

CAPTULO VI

EL CONTROL PARLAMENTARIO

I. ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DE LA CMARA


DE DIPUTADOS
552. Enumeracin................................................................... 625

XL
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

1. FISCALIZAR LOS ACTOS DEL GOBIERNO


553. Texto Constitucional................................................. 625

2. DECLARAR SI HAN O NO LUGAR LAS ACU-


SACIONES CONSTITUCIONALES
554. Causales de acusacin............................................... 629
555. Qurum.................................................................... 630
556. Normas procesales.................................................... 632

3. OTRAS ATRIBUCIONES
557. Enumeracin............................................................. 633

II. ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DEL SENADO

1. CONOCER DE LA ACUSACIN CONSTITU-


CIONAL
558. Texto Constitucional................................................. 636

2. DESAFUERO DE MINISTROS DE ESTADO


559. Texto Constitucional................................................. 639

3. CONTIENDAS DE COMPETENCIA
560. Texto Constitucional................................................. 640

4. PRESTAR O NEGAR SU CONSENTIMIENTO


AL PRESIDENTE
561. Texto Constitucional................................................. 640

5. DAR SU DICTAMEN AL PRESIDENTE DE LA


REPBLICA A SOLICITUD DE ESTE
562. Texto Constitucional................................................. 641

BIBLIOGRAFA........................................................................... 643

XLI
ndice

Pg.

SEXTA PARTE

LA FUNCIN PBLICA

CAPTULO I

BASES CONSTITUCIONALES
DE LA FUNCIN PBLICA

I. LA CARRERA FUNCIONARIA
563. Funcin pblica............................................................... 645
564. Carrera funcionaria. Texto Constitucional...................... 646
565. Concepto......................................................................... 646
566. Aspectos que comprende la carrera funcionaria
para los integrantes de la Administracin P-
blica................................................................................. 648

II. RGIMEN JURDICO DEL PERSONAL DE LA


ADMINISTRACIN DEL ESTADO
567. Concepto institucional de Estatuto Administrativo......... 649
568. mbito de aplicacin del Estatuto Administrativo......... 654

CAPTULO II

CARRERA FUNCIONARIA

Seccin I. EL INGRESO

569. Igualdad en la admisin a empleos y cargos p-


blicos............................................................................... 655

XLII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

570. Igualdad de oportunidades de ingreso a la Admi-


nistracin Pblica, acorde al artculo 38 inciso 1............ 658
571. Requisitos para el ingreso a la Administracin
del Estado........................................................................ 659
572. Requisitos generales que determina el Estatuto
Administrativo................................................................ 660
573. Inicio de la carrera funcionaria....................................... 664

Seccin II. FORMAS DE PROVISIN


DE LOS EMPLEOS PBLICOS

574. Fundamento constitucional............................................. 664


575. Clasificacin de los cargos pblicos............................... 665

I. CARGOS PBLICOS. SEGN LA PERTENENCIA


A LA PLANTA
576. Enumeracin................................................................... 665

1. CARGOS DE PLANTA
577. Concepto................................................................... 666
578. Caractersticas de los cargos de planta...................... 666
579. Clasificacin.............................................................. 667
580. Nombramiento como titular de un cargo no
constituye derecho de propiedad............................... 672
581. Plantas del personal................................................... 672
582. Principio un cargo un grado................................... 673
583. Empleo a prueba........................................................ 673
584. Nombramiento irregular............................................ 674

2. EMPLEO A CONTRATA
585. Concepto................................................................... 674
586. Caractersticas del cargo o empleo a contrata........... 675

XLIII
ndice

Pg.

587. Contratos de reemplazo............................................. 678


588. Niveles o grados remuneratorios del contratado........... 678
589. Prrroga de una contrata........................................... 679
590. Vencimiento del plazo legal de una contrata
no requiere manifestacin decisin de no pro-
rrogarla, ni razones tenidas en consideracin
para ello, ni practica de notificacin......................... 680

3. CONTRATOS A HONORARIOS
591. Concepto................................................................... 680
592. Fuentes legales.......................................................... 680
593. Caractersticas de la contratacin a honorarios........... 682
594. Reclamos por no pago de honorarios son
asuntos litigiosos....................................................... 684
595. Contratacin de personas a honorarios con el
carcter de agentes pblicos...................................... 684
596. Contratacin de personas a honorarios duran-
te extensos periodos, no constituye empleo a
contrata...................................................................... 685

4. FUNCIONARIO DE HECHO
597. Concepto................................................................... 685
598. Requisitos.................................................................. 686
599. Consecuencias. Derecho a percibir retribucin.......... 686

II. CARGOS PBLICOS. SEGN EL CRITERIO DE


EXCLUSIVA CONFIANZA
600. Enumeracin................................................................... 687

1. CARGOS DE EXCLUSIVA CONFIANZA


601. Concepto................................................................... 687

XLIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

602. Clasificacin.............................................................. 688


603. Caractersticas de los funcionarios de exclu-
siva confianza............................................................ 690
604. Limitaciones.............................................................. 692

2. CARGOS DE CARRERA
605. Alcances.................................................................... 693
606. Caractersticas de los funcionarios de carrera........... 693

3. CARGOS DE JEFES DE DEPARTAMENTO Y


CARGOS DE NIVELES DE JEFATURAS JE-
RRQUICOS EQUIVALENTES
607. Reglas especiales....................................................... 693
608. Norma de proteccin................................................. 695

4. CARGOS DE ALTA DIRECCIN PBLICA


609. Sistema de Alta Direccin Pblica............................ 696
610. mbito de aplicacin orgnico................................. 696
611. Normativa aplicable.................................................. 698
612. Caractersticas de los cargos de alta Direc-
cin Pblica............................................................... 699
613. Responsabilidad de los altos directivos p-
blicos......................................................................... 701
614. Suplencia especial para cargos de alta direc-
cin pblica............................................................... 702
615. Derecho a goce de indemnizacin por cese
anticipado de funciones para los altos directi-
vos pblicos............................................................... 703
616. Direccin Nacional del Servicio Civil. Con-
cepto.......................................................................... 704
617. Funciones.................................................................. 704

XLV
ndice

Pg.

618. Direccin superior, organizacin y adminis-


tracin........................................................................ 706
619. Obligacin de proporcionar informacin a la
Direccin Nacional.................................................... 707
620. Rgimen estatutario................................................... 707
621. Patrimonio................................................................. 707
622. Consejo de Alta Direccin Pblica........................... 708
623. Funciones del Consejo.............................................. 708
624. Integracin del Consejo............................................. 709
625. Qurum para adoptar decisiones y para sesionar........... 710

Seccin III. LA CAPACITACIN

626. Fundamento..................................................................... 710


627. Concepto de capacitacin............................................... 711
628. Tipos de capacitacin...................................................... 711
629. Normas aplicables........................................................... 711

Seccin IV. LAS CALIFICACIONES

I. ASPECTOS GENERALES
630. Concepto......................................................................... 712
631. El sistema de calificaciones............................................ 713
632. Objeto de la calificacin.................................................. 713
633. Principios rectores del proceso calificatorio................... 713
634. Listas de calificacin....................................................... 714
635. Reglamento de Calificacin............................................ 714
636. Perodo de calificacin.................................................... 717
637. Calificaciones de perodos diversos son indepen-
dientes entre s................................................................. 717

XLVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

638. Ponderacin de los mritos funcionarios y valo-


racin de desempeo....................................................... 718
639. Funcionarios no sujetos a calificacin............................ 718
640. Infracciones funcionarias y calificaciones...................... 720

II. PROCEDIMIENTO
641. Etapas de la calificacin.................................................. 720

1. LA PRECALIFICACIN
642. Concepto.................................................................... 720
643. Funcionario competente............................................ 720
644. Contenido de la precalificacin................................. 721
645. Plazo para precalificar............................................... 722
646. Notificacin de la precalificacin.............................. 722
647. Falta de notificacin de la precalificacin no
vicia el procedimiento............................................... 722
648. Observaciones a la precalificacin............................ 723
649. Anotaciones de mrito............................................... 723
650. Anotaciones de demrito........................................... 724

2. LA CALIFICACIN POR LA JUNTA


651. Concepto................................................................... 725
652. rganos competentes para practicar la califi-
cacin........................................................................ 725
653. Integracin de las juntas calificadoras....................... 725
654. Secretario de la Junta................................................ 726
655. Factores a considerar en la calificacin..................... 726
656. Obligacin de fundamentacin................................. 728
657. Facultades de la Junta para la calificacin................ 729
658. Publicidad y calificacin........................................... 729
659. Notificacin de la resolucin de la Junta................... 730

XLVII
ndice

Pg.

3. LA APELACIN
660. Concepto................................................................... 731
661. Plazo.......................................................................... 732
662. rganos competentes................................................ 732
663. Obligacin de fundamentacin................................. 732

4. RECLAMACIN ANTE CONTRALORA GE-


NERAL
664. Concepto................................................................... 733
665. rgano competente y plazo....................................... 733
666. Contenido del reclamo.............................................. 734
667. Efectos de la calificacin........................................... 736

III. EL ESCALAFN
668. Concepto......................................................................... 737
669. Confeccin de escalafn y criterio central de ubi-
cacin.............................................................................. 737
670. Criterios de desempate para ubicacin en escalafn....... 738
671. Ubicacin en escalafn para el caso de ascenso............. 739
672. Entrada en vigencia del escalafn................................... 739
673. Reclamo por ubicacin en el escalafn........................... 739

Seccin V. PROMOCIONES

I. ASPECTOS GENERALES
674. Fundamento..................................................................... 740
675. Efectos retroactivos al momento de producirse la
vacante............................................................................ 741
676. Inhabilidades para la promocin..................................... 741

II. MECANISMOS DE PROMOCIN


677. Enumeracin de los mecanismos de promocin............. 742

XLVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

1. PROMOCIN POR CONCURSO


678. Plantas sujetas a concurso......................................... 742
679. Modalidades o mecanismos de promocin in-
terno por concurso..................................................... 743

2. PROMOCIN POR ASCENSO


680. Concepto................................................................... 743
681. Plantas sujetas a ascenso........................................... 744
682. Requisitos para el ascenso......................................... 744
683. Fecha desde la cual se dispone el ascenso................ 744

III. RGIMEN DE CONCURSOS


684. Concepto......................................................................... 745

1. NORMAS COMUNES
685. Actas y antecedentes del concurso............................ 745
686. Valoracin de las circunstancias, caractersti-
cas o aptitudes de los participantes........................... 746
687. Evaluacin de los respectivos perfiles que de-
ban reunir los concursantes, su idoneidad y
antecedentes.............................................................. 746
688. Distincin entre requisitos y factores........................ 747
689. Reclamaciones ante la Contralora General.............. 747

2. NORMAS ESPECIALES Y TIPOS DE CON-


CURSO
690. Modalidades de concurso.......................................... 748

2.1. Concurso para provisin de cargos de planta


691. Aspectos generales.................................................... 749
692. Normativa aplicable.................................................. 749

XLIX
ndice

Pg.

693. Bases del concurso.................................................... 749


694. Correcciones al proceso concursal............................ 750
695. Evaluacin psicolgica.............................................. 750
696. Reserva de identidad................................................. 750
697. Comit de seleccin. Integracin.............................. 751
698. Declaracin de desierto............................................. 752
699. Exclusin de un concursante..................................... 752
700. Obligatoriedad de comunicar a los concur-
santes el resultado final del proceso.......................... 754
701. Obligacin de proveer el cargo vacante.................... 754
702. Concurso para proveer cargo a contrata.................... 754
703. Concurso para contratados a honorarios................... 755
704. Reclamacin ante la Contralora............................... 755

2.2. Concurso interno de promocin


705. Plantas sujetas a concurso......................................... 756
706. Normativa aplicable.................................................. 756
707. Comit de seleccin.................................................. 756
708. Bases del certamen.................................................... 758
709. Requisitos para ser participante idneo..................... 759
710. Participacin de funcionarios que gozan de
una licencia mdica................................................... 761
711. Participacin de funcionarios que se encuen-
tran haciendo uso de su feriado................................. 761
712. Procedimiento especial de multiconcursabilidad........... 762
713. Concurso para ascender a funcionarios a con-
trata............................................................................ 763

2.3. Concurso para provisin de cargos de jefes de de-


partamento y equivalentes
714. Fundamento............................................................... 763

L
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

715. Normativa aplicable.................................................. 763


716. Requisitos para ser participante idneo..................... 763

2.4. Concurso interno de promocin por encasillamiento


717. Proceso de encasillamiento....................................... 764
718. Concurso de encasillamiento. Normativa apli-
cable.......................................................................... 764
719. Participantes.............................................................. 765
720. Convocatoria del concurso........................................ 765
721. Postulacin en un solo acto....................................... 765
722. Provisin de los cargos vacantes............................... 766
723. Caso de producirse empate........................................ 766
724. Normas supletorias.................................................... 766
725. Personal de las plantas de administrativos y
auxiliares................................................................... 766

2.5. Concurso para proveer cargos de Alta Direccin


Pblica
726. Concurso para proveer cargos de Alta Direc-
cin Pblica............................................................... 766
727. Prohibicin de discriminacin arbitraria................... 767
728. Organismos encargados del proceso de selec-
cin............................................................................ 767
729. Carcter confidencial del proceso de seleccin.......... 768
730. Sistema de evaluacin............................................... 768
731. Confeccin de ternas cuaternas o quinas para
cargos de primer nivel jerrquico.............................. 768
732. Nombramiento o declaracin de desierto del
concurso para primer nivel jerrquico....................... 768
733. Comit de seleccin para cargos de segundo
nivel jerrquico.......................................................... 771

LI
ndice

Pg.

734. Confeccin de ternas cuaternas o quinas para


cargos de segundo nivel jerrquico........................... 771
735. Nombramiento o declaracin de desierto del
concurso para segundo nivel jerrquico.................... 772
736. Recurso de reclamacin ante el Consejo de
Alta Direccin........................................................... 772
737. Rectificacin o anulacin de un proceso de
seleccin de los directivos de segundo nivel
jerrquico................................................................... 773
738. Recurso de reclamacin ante la Contralora
General...................................................................... 773
739. Provisin transitoria de cargos de alta direccin....... 773

CAPTULO IV

DERECHOS FUNCIONARIOS

740. Clasificacin.................................................................... 775

I. DERECHOS DERIVADOS DE LA CARRERA FUN-


CIONARIA
741. Enumeracin................................................................... 776

1. DERECHO A LA FUNCIN
742. Alcances.................................................................... 776

2. DERECHO AL ASCENSO
743. Concepto................................................................... 777
744. Plantas sujetas a ascenso........................................... 778
745. Requisitos para el ascenso......................................... 778

LII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

3. DERECHO A CAPACITACIN
746. Fundamento............................................................... 779
747. Concepto de capacitacin.......................................... 780
748. Tipos de capacitacin................................................ 780
749. Normas aplicables..................................................... 780

III. DERECHOS PECUNIARIOS


750. Fundamento y enumeracin............................................ 781

1. DERECHO A REMUNERACIN
751. Fundamento............................................................... 782
752. Concepto de remuneracin........................................ 783
753. Momento desde el cual se devengan las re-
muneraciones............................................................. 784
754. Descuento de remuneraciones por atrasos y
ausencias al trabajo................................................... 784
755. Descuento de remuneraciones por el Contra-
lor General................................................................. 785
756. Momento hasta el cual se devengan las remu-
neraciones.................................................................. 785
757. Embargabilidad de las remuneraciones..................... 786

2. DERECHO A ASIGNACIONES
758. Contenido.................................................................. 786
759. Plazo de caducidad de las asignaciones.................... 789
760. Indemnizacin por aos de servicio.......................... 789
761. Propiedad del cargo por servicio militar................... 789

III. DERECHOS A PERMISOS Y FERIADOS


762. Enumeracin................................................................... 790

LIII
ndice

Pg.

1. FERIADO
763. Fundamento............................................................... 790
764. Concepto................................................................... 790
765. Solicitud de feriado................................................... 791
766. Requisito de un ao para acceder al feriado.............. 792
767. Duracin del feriado.................................................. 793
768. Feriado progresivo.................................................... 793
769. Acumulacin de feriado............................................ 794
770. Uso fraccionado del feriado...................................... 796
2. PERMISO
771. Concepto................................................................... 796
772. Caractersticas........................................................... 797
773. Clasificacin.............................................................. 797

IV. DERECHOS A PRESTACIONES MDICAS


774. Enumeracin................................................................... 798

1. LICENCIAS MDICAS
775. Concepto................................................................... 798
776. Plazo.......................................................................... 799
777. Efectos....................................................................... 799
778. Tramitacin de las licencias mdicas........................ 799
779. Aprobacin o rechazo de licencias mdicas.............. 800
780. Reclamo por rechazo de licencias mdicas............... 800
781. Pago de las licencias mdicas................................... 801
782. La licencia mdica no confiere inamovilidad
en el empleo.............................................................. 801
783. El trmino de servicios conlleva el trmino
del derecho a percibir subsidio por incapaci-
dad laboral................................................................. 802
784. Derecho a licencia mdica versus feriado legal.......... 802

LIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

2. DERECHO A DECLARACIN DE IRRECUPE-


RABILIDAD
785. Entidad competente................................................... 803

V. PRESTACIONES SOCIALES
786. Enumeracin................................................................... 803

1. DERECHO A PERCIBIR REMUNERACIN DE


FUNCIONARIO QUE FALLECE EN SERVICIO
ACTIVO
787. Contenido.................................................................. 804

2. DERECHO A TENER ASISTENCIA MDICA


EN CASO DE ACCIDENTE DEL TRABAJO
788. Contenido.................................................................. 804

3. DERECHO A PENSIN
789. Contenido.................................................................. 805

4. DERECHO A AFILIARSE A LOS SERVICIOS


DE BIENESTAR
790. Contenido.................................................................. 805

5. DERECHO A ASIGNACIONES FAMILIARES Y


MATERNAL
791. Contenido.................................................................. 805

VI. DERECHO A DEFENSA JUDICIAL


792. Contenido........................................................................ 806
793. El derecho a defensa no se extiende a los contra-
tos a honorarios............................................................... 807

LV
ndice

Pg.

794. El derecho a defensa no se extiende al delito de


denuncia calumniosa....................................................... 808

VII. DERECHO A VIVIENDA FISCAL


795. Requisitos para tener derecho a a vivienda fiscal........... 810

VIII. DERECHO A SOLICITAR PERMUTA DE LOS


CARGOS
796. Requisitos para tener derecho a solicitar permuta
de cargos......................................................................... 811

IX. PRESCRIPCIN DE DERECHOS ESTATUTARIOS


797. Duracin y cmputo........................................................ 811
798. El plazo se aplica a los beneficios estatutarios que
no constituyan asignaciones de aquellas seala-
das en el artculo 98........................................................ 812
799. Los derechos estatutarios del antiguo estatuto
administrativo (D.F.L. N 338/60) que no hayan
establecido un plazo especial de prescripcin, se
extinguen segn las
normas generales del Cdigo Civil................................. 812

CAPTULO V

OBLIGACIONES FUNCIONARIAS

800. Clasificacin.................................................................... 813

I. OBLIGACIONES PARA FUNCIONARIOS


1. DESEMPEAR PERSONALMENTE LAS FUN-
CIONES DEL CARGO
801. Contenido.................................................................. 813

LVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

2. CUMPLIMIENTO DE LOS OBJETIVOS DE LA


INSTITUCIN
802. Contenido.................................................................. 814

3. LABORES CON ESMERO, CORTESA, DEDI-


CACIN Y EFICIENCIA
803. Contenido.................................................................. 815
4. CUMPLIR LA JORNADA DE TRABAJO
804. Contenido.................................................................. 815
805. Determinacin de la hora de ingreso y trmi-
no de la jornada laboral............................................. 815
806. Todo el universo de funcionarios pblicos,
cualquiera sea su jerarqua, deben respetar
las normas sobre jornada laboral............................... 815
807. Jornada ordinaria de trabajo...................................... 816
808. Jornada extraordinaria de trabajo.............................. 816
809. Trabajo por turnos..................................................... 818
810. Turnos especiales...................................................... 820
811. Infraccin a la jornada, atrasos y ausencias
reiteradas................................................................... 820
5. CUMPLIR LAS DESTINACIONES Y LAS CO-
MISIONES DE SERVICIO
812. Contenido.................................................................. 821
6. OBEDECER LAS RDENES SUPERIORES
813. Contenido.................................................................. 825
814. Obediencia reflexiva.................................................. 826
7. OBSERVAR EL PRINCIPIO DE PROBIDAD
ADMINISTRATIVA
815. Contenido.................................................................. 827

LVII
ndice

Pg.

8. GUARDAR SECRETO
816. Contenido.................................................................. 828

9. VIDA SOCIAL ACORDE CON LA DIGNIDAD


DEL CARGO
817. Contenido.................................................................. 829

10. PROPORCIONAR DATOS


818. Contenido.................................................................. 829

11. OBLIGACIN DE DENUNCIAR


819. Contenido.................................................................. 829
820. Derechos del denunciante......................................... 830
821. Derechos del denunciante son de interpreta-
cin restringida.......................................................... 831
822. Requisitos generales de la denuncia.......................... 832
823. Requisito en relacin con la oportunidad.................. 832
824. Procedencia de la denuncia....................................... 833
825. Solicitud de reserva de identidad.............................. 833
826. Sancin por denuncias de mala fe............................. 834

12. RENDIR FIANZA


827. Contenido.................................................................. 835
828. Objeto de la obligacin. Resguardo del patri-
monio pblico............................................................ 836
829. Funcionarios sujetos a rendir fianza.......................... 836
830. Funcionarios exentos de rendir fianza....................... 837
831. Responsabilidad civil derivada de la prdida,
merma, hurto o deterioro de bienes del Esta-
do que un funcionario administre o custodie............ 837

LVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

13. JUSTIFICARSE DE LOS CARGOS QUE SE LE


FORMULEN CON PUBLICIDAD
832. Contenido.................................................................. 338

II. OBLIGACIONES DE LAS JEFATURAS

1. CONTROL JERRQUICO
833. Contenido.................................................................. 838

2. VELAR POR EL CUMPLIMIENTO DE LOS


PLANES Y DE LA APLICACIN DE LAS NOR-
MAS
834. Contenido.................................................................. 839

3. VELAR PARA QUE LAS CONDICIONES DE


TRABAJO PERMITAN UNA ACTUACIN
EFICIENTE DE LOS FUNCIONARIOS
835 Contenido.................................................................. 839

CAPTULO VI

PROHIBICIONES FUNCIONARIAS

836. Aspectos generales.......................................................... 841

I. ATRIBUCIONES FUERA DE SU COMPETENCIA


837. Contenido........................................................................ 841

II. FALTA DE IMPARCIALIDAD


838. Contenido........................................................................ 841

LIX
ndice

Pg.

III. ACCIONES CIVILES CONTRA EL ESTADO


839. Contenido........................................................................ 842

IV. INTERVENIR EN TRIBUNALES SIN COMUNICA-


CIN A LA JEFATURA
840. Contenido........................................................................ 842

V. TRAMITACIN INNECESARIA
841. Contenido........................................................................ 843

VI. ACEPTAR DONATIVOS


842. Contenido........................................................................ 843

VII. ACTIVIDAD PERSONAL


843. Contenido........................................................................ 844

VIII. ACTIVIDAD POLTICO-PARTIDISTA


844. Contenido........................................................................ 844

IX. ACTIVIDAD SINDICAL


845. Contenido........................................................................ 845
846. Organizar o pertenecer a sindicatos en el mbito
de la Administracin del Estado..................................... 845
847. Dirigir, promover o participar en huelgas, inte-
rrupcin o paralizacin de actividades, totales o
parciales y otros.............................................................. 848

X. SABOTAJE AL SERVICIO
848. Contenido........................................................................ 850

XI. SABOTAJE A INSTALACIONES PBLICAS O


PRIVADAS
849. Contenido........................................................................ 850

LX
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

XII. ATENTAR CONTRA LA DIGNIDAD FUNCIO-


NARIA
850. Contenido........................................................................ 850

CAPTULO VII

CONFLICTOS DE INTERESES

Seccin I. INHABILIDADES E INCOMPATIBILIDADES

851. Objeto.............................................................................. 853


852. Sistema preventivo.......................................................... 853
853. mbito de aplicacin...................................................... 854
854. Enumeracin................................................................... 854

I. INHABILIDADES DE INGRESO
855. Concepto......................................................................... 855

1. Contratos con un organismo de la


Administracin Pblica
856. Contenido.................................................................. 855

2. LITIGIOS PENDIENTES
857. Contenido.................................................................. 855

3. DERECHOS SOCIETARIOS
858. Contenido.................................................................. 855

4. INHABILIDAD DE MATRIMONIO O PAREN-


TESCO
859. Contenido.................................................................. 856

LXI
ndice

Pg.

5. CONDENAS POR CRIMEN O SIMPLE DELITO


860. Contenido.................................................................. 857

6. INHABILIDAD ESPECIAL POR SUSTANCIAS


ESTUPEFACIENTES SICOTRPICAS ILEGA-
LES
861. Contenido.................................................................. 858

7. INHABILIDAD ESPECIAL POR BONIFICA-


CIN POR RETIRO VOLUNTARIO
862. Contenido.................................................................. 859
863. Efectos de la designacin de una persona in-
hbil........................................................................... 859

II. INCOMPATIBILIDADES
864. Concepto......................................................................... 859
865. Alcances generales.......................................................... 859

1. INCOMPATIBILIDAD DE HORARIO O JOR-


NADA
866. Contenido.................................................................. 861

2. INCOMPATIBILIDAD DE ACTIVIDADES POR


FALTA DE IMPARCIALIDAD
867. Contenido.................................................................. 862

3. ACCIONES CIVILES CONTRA EL ESTADO


868. Contenido.................................................................. 862

4. PUERTA GIRATORIA
869. Contenido.................................................................. 862

LXII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

5. INCOMPATIBILIDAD ESPECIAL PREVISTA


EN LA LEY DE SOCIEDADES ANNIMAS
870. Contenido.................................................................. 863

6. INCOMPATIBILIDAD ENTRE EMPLEOS P-


BLICOS
871. Contenido.................................................................. 864
872. Excepciones a las incompatibilidades....................... 864

III. PROHIBICIONES O INHABILIDADES SOBREVI-


NIENTES
873. Concepto......................................................................... 865
874. Normas procedimentales................................................. 866

IV. INFRACCIN A LA PROBIDAD ADMINISTRA-


TIVA
875. Causales de infraccin a la probidad administra-
tiva................................................................................... 867

1. USO INDEBIDO DE INFORMACIN RESER-


VADA O PRIVILEGIADA
876. Contenido.................................................................. 867

2. FAVORECIMIENTO PERSONAL O DE TER-


CEROS
877. Contenido.................................................................. 867

3. EMPLEAR BIENES DE LA INSTITUCIN EN


PROVECHO PROPIO O DE TERCEROS
878. Contenido.................................................................. 868

LXIII
ndice

Pg.

4. OCUPAR TIEMPO DE LA JORNADA O UTILI-


ZAR PERSONAL EN BENEFICIO PROPIO O
PARA FINES AJENOS A LOS INSTITUCIONA-
LES
879. Contenido.................................................................. 868

5. SOLICITAR O ACEPTAR DONATIVOS, VEN-


TAJAS O PRIVILEGIOS
880. Contenido.................................................................. 868
881. Prohibicin de utilizar el millaje............................... 869

6. INTERVENIR EN ASUNTOS EN QUE SE TEN-


GA INTERS PERSONAL
882. Contenido.................................................................. 869
883. Deber de abstencin.................................................. 870

7. OMITIR O ELUDIR UNA PROPUESTA PBLI-


CA
884. Contenido.................................................................. 871

8. CONTRAVENIR DEBERES DE EFICIENCIA,


EFICACIA Y LEGALIDAD
885. Contenido.................................................................. 871

9. DENUNCIAS DE MALA FE
886. Contenido.................................................................. 871
887. Denuncias por acoso laboral..................................... 872

Seccin II. DECLARACIN DE INTERESES Y PATRIMONIO

888. Texto Constitucional....................................................... 872

LXIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

I. DECLARACIN DE INTERESES
889. Caractersticas de la declaracin de intereses................. 872
890. Personas obligadas a presentar declaracin de in-
tereses.............................................................................. 873
891. Contenido de la declaracin de intereses........................ 874
892. Actualizacin de la declaracin de intereses................... 876
893. Presentacin de la declaracin de intereses.................... 876

II. DECLARACIN DE PATRIMONIO


894. Aspectos generales.......................................................... 876
895. Personas obligadas a presentar declaracin de
patrimonio....................................................................... 877
896. Contenido de la declaracin de patrimonio..................... 878
897. Actualizacin de la declaracin de patrimonio............... 879
898. Presentacin de la declaracin de patrimonio................. 879
899. Normas comunes a declaraciones de intereses o
de patrimonio. Sanciones y procedimiento apli-
cable................................................................................ 879

CAPTULO IX

RESPONSABILIDAD ADMINISTRATIVA

Seccin I. ASPECTOS GENERALES

900. Formas de responsabilidad.............................................. 883


901. Mecanismos para hacer efectiva la responsabili-
dad administrativa........................................................... 885

I. PRINCIPIOS DE RESPONSABILIDAD ADMINIS-


TRATIVA

LXV
ndice

Pg.

II. MEDIDAS DISCIPLINARIAS


902. Concepto......................................................................... 908
903. Enumeracin................................................................... 908
904. Limitaciones constitucionales a la aplicacin de
sanciones disciplinarias................................................... 914

III. EXTINCIN DE LA RESPONSABILIDAD DISCI-


PLINARIA
905. Causales.......................................................................... 915
906. Interrupcin y suspensin de la prescripcin.................. 917

Seccin II. PROCEDIMIENTOS DISCIPLINARIOS

907. Enumeracin de los procedimientos disciplinarios........... 917


908. Caso especial de los funcionarios regidos por el
Cdigo del Trabajo.......................................................... 918

I. LA INVESTIGACIN SUMARIA
909. Etapas de la investigacin sumaria.................................. 918

1. INSTALACIN DEL INVESTIGADOR


910. Instruccin de investigacin sumaria y desig-
nacin de fiscal.......................................................... 919
911. Cese de funciones por aplicacin del artculo
160 del Cdigo Laboral............................................. 920
912. Cese de funciones por aplicacin del artculo
161 del Cdigo Laboral............................................. 920

2. ETAPA INDAGATORIA
913. Objetivo..................................................................... 921
914. Notificaciones............................................................ 921
915. Plazo de la investigacin........................................... 921

LXVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

916. Solicitud de diligencias probatorias.......................... 921


917. Elevacin de los autos a sumario administra-
tivo............................................................................. 922

3. ETAPA ACUSATORIA
918. Cargos y descargos.................................................... 922

4. INFORMACIN A LA AUTORIDAD SUPERIOR


919. Vista del fiscal........................................................... 923

5. ETAPA RESOLUTIVA
920. Dictamen del jefe superior........................................ 924

6. ETAPA DE IMPUGNACIN
921. Recursos administrativos.......................................... 925

II. EL SUMARIO ADMINISTRATIVO


922. Enumeracin de etapas del sumario administra-
tivo.................................................................................. 926

1. INSTALACIN O CONSTITUCIN DE LA
FISCALA
923. Instruccin de sumario. Autoridad competente.......... 927
924. Sumario administrativo dispuesto por una
autoridad incompetente............................................. 929
925. Imposibilidad de instruir sumario contra ex
funcionario................................................................ 929
926. Notificaciones............................................................ 929
927. Designacin de fiscal y constitucin de la
fiscala....................................................................... 931
928. Designacin de fiscal ad-hoc..................................... 932
929. Designacin de actuario............................................ 932

LXVII
ndice

Pg.

1.1. Recusaciones
930. Apercibimiento.......................................................... 933
931. Causales de recusacin.............................................. 933
932. Incidente de recusacin............................................. 934
933. Acumulacin de procesos sumariales....................... 935

2. INDAGATORIA
934. Objetivo..................................................................... 935
935. Declaracin del inculpado......................................... 936
936. Duracin de la investigacin..................................... 936
937. Prrroga de la etapa indagatoria por hasta 60
das............................................................................ 937
938. La etapa indagatoria es secreta hasta la for-
mulacin de cargos.................................................... 938
939. Medidas preventivas.................................................. 939
940. Plazos en el proceso sumarial................................... 940
941. Cierre de la investigacin.......................................... 941

3. ETAPA ACUSATORIA
942. Proposicin del fiscal................................................ 941

3.1. El sobreseimiento
943. Concepto................................................................... 941
944. Fundamento............................................................... 942
945. Autoridad competente............................................... 942
946. Efectos....................................................................... 943

3.2. Formulacin de cargos


947. Concepto................................................................... 943
948. Requisitos de la formulacin de cargos..................... 943
949. Descargos.................................................................. 945

LXVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

950. Solicitud de rendicin de prueba y diligen-


cias probatorias.......................................................... 946
951. Medios de prueba y valoracin de la prueba............. 947

4. ETAPA INFORMATIVA AL JEFE SUPERIOR


952. Vista fiscal................................................................. 948
953. Acceso a la vista fiscal.............................................. 949

5. ETAPA RESOLUTIVA
954. Actitudes del jefe superior........................................ 950

5.1. Reapertura del sumario


955. Concepto................................................................... 950
956. Efectos....................................................................... 951

5.2. Absolucin
957. Concepto................................................................... 951
958. Efectos....................................................................... 951

5.3. Aplicacin de medida disciplinaria


959. Alcances.................................................................... 951
960. Plazo.......................................................................... 952
961. Casos especiales de sobreseimiento.......................... 953

6. ETAPA DE RECLAMACIN
962. Recursos administrativos.......................................... 954
963. Cundo procede el recurso de apelacin................... 955
964. Fundamentacin y plazo de interposicin................. 955
965. Autoridad competente para afinar el procedi-
miento........................................................................ 957

LXIX
ndice

Pg.

966. Autoridad competente para aplicar la sancin


a rector de universidad estatal................................... 958
967. Autoridad competente para aplicar la sancin
cuando a la fecha de trmino del proceso el
empleado se encuentra desempeando fun-
ciones en otra plaza................................................... 958
968. Fundamentacin de las medidas disciplinarias........... 959
969. Efectos de las medidas disciplinarias........................ 959
970. Reapertura de un procedimiento ya afinado.............. 960
971. Modificacin de resolucin de trmino que
afin un sumario aplicando la medida disci-
plinaria de destitucin a funcionario, y que
fuera tomada razn.................................................... 960
972. Toma de razn de actos de trmino en los
procesos disciplinarios.............................................. 961
973. Reclamaciones ante la Contralora General.............. 961
974. Responsabilidad de fiscal.......................................... 963
975. Vicios de procedimiento y trascendencia pro-
cedimental................................................................. 963

III. SUMARIOS INSTRUIDOS POR CONTRALORA


976. Normativa aplicable a los procesos sumariales
incoados por Contralora................................................. 964
977. El sumario es secreto...................................................... 964
978. Plazo de la sustanciacin................................................ 964
979. No rigen plazos ni procedimientos especiales................ 964
980. Notificaciones................................................................. 965
981. Vicios no esenciales........................................................ 965

1. INSTALACIN DE LA FISCALA
982. Facultad de instruir sumario...................................... 965

LXX
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

983. Designacin de fiscal................................................. 966


984. Designacin de actuario............................................ 967
985. Designacin de fiscal ad-hoc..................................... 967
986. Denuncia a la justicia penal....................................... 967

2. ETAPA INDAGATORIA
987. Objeto........................................................................ 968
988. Incidente de recusacin............................................. 968

3. ETAPA ACUSATORIA
989. Objeto........................................................................ 969
990. Cargos........................................................................ 969
991. Descargos.................................................................. 969
992. Solicitud de diligencias probatorias.......................... 969
993. Vista fiscal................................................................. 970

4. ETAPA RESOLUTIVA
994. Objeto........................................................................ 970
995. Aprobacin de la vista fiscal y proposicin
de las medidas........................................................... 970
996. Observaciones a la vista fiscal. Ante el res-
pectivo Contralor....................................................... 971
997. Aprobacin del sumario y proposicin defini-
tiva de sanciones....................................................... 972
998. Absolucin o aplicacin de medida disci-
plinaria....................................................................... 972
999. No procede el recurso de reposicin......................... 972
1000. Sumarios administrativos tramitados por
las Contraloras Regionales. Normas espe-
ciales....................................................................... 974

LXXI
ndice

Pg.

IV. INVESTIGACIN SUMARIA POR USO Y CIRCU-


LACIN DE VEHCULOS FISCALES
1001. mbito de aplicacin funcional.................................... 975
1002. mbito de aplicacin orgnico..................................... 977
1003. Remisin de antecedentes a la Contralora................... 979
1004. Delegacin de facultades............................................... 979
1005. Sancin.......................................................................... 980

CAPTULO X

CESACIN DE FUNCIONES

1006. Causales legales de expiracin o cesacin de


funciones....................................................................... 981

I. ACEPTACIN DE RENUNCIA
1007. Alcances........................................................................ 982
1008. Retencin de la renuncia............................................... 983

II. JUBILACIN, PENSIN O RENTA VITALICIA


1009. Alcances........................................................................ 985

III. DECLARACIN DE VACANCIA


1010. Alcances........................................................................ 986
1011. Causales de declaracin de vacancia............................. 986

1. SALUD IRRECUPERABLE O INCOMPATIBLE


CON EL DESEMPEO DEL CARGO
1012. Anlisis................................................................... 986

LXXII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

2. PRDIDA SOBREVINIENTE DE ALGUNO DE


LOS REQUISITOS DE INGRESO A LA ADMI-
NISTRACIN DEL ESTADO
1013. Alcances.................................................................. 989

3. CALIFICACIN DEL FUNCIONARIO EN LIS-


TA DE ELIMINACIN O CONDICIONAL
1014. Alcances.................................................................. 989

4. NO PRESENTACIN DE LA RENUNCIA
1015. Alcances.................................................................. 990

IV. DESTITUCIN
1016. Causales de destitucin................................................. 991

V. SUPRESIN DEL EMPLEO


1017. Alcances........................................................................ 993
1018. Indemnizacin por supresin del empleo...................... 994
1019. Indemnizacin por cese de funciones para altos
directivos....................................................................... 996

VI. TRMINO DEL PERODO LEGAL


1020. Alcances........................................................................ 997

VII. FALLECIMIENTO
1021. Alcances........................................................................ 998

VIII. NORMAS COMUNES APLICABLES AL CESE


DE FUNCIONES
1022. Prolongacin indebida de funciones............................. 998

LXXIII
ndice

Pg.

1023. Prolongacin de funciones en servicio que no


pueda paralizarse sin grave dao o perjuicio................ 998
1024. Concurrencia de dos o ms causales............................. 999
1025. Trmino de servicios de un funcionario sin dar
cumplimiento a la normativa......................................... 999
1026. Cese de servicio fundado en una norma legal
determinada, opera con prescindencia de las
normas sobre inamovilidad en el empleo...................... 999

IX. LA REHABILITACIN ADMINISTRATIVA


1027. La rehabilitacin administrativa. Concepto.................. 1000
1028. Caractersticas de la rehabilitacin administrativa............ 1000
1029. Rehabilitacin de ex servidores del Poder Judicial........... 1002

BIBLIOGRAFA........................................................................... 1005

SPTIMA PARTE

RESPONSABILIDAD PATRIMONIAL DEL ESTADO

CAPTULO I

CONCEPTOS GENERALES

1030. Campo de afliccin de la responsabilidad patri-


monial del Estado.......................................................... 1007
1031. Responsabilidad por actos legislativos.......................... 1007
1032. Responsabilidad por actos jurisdiccionales................... 1008
1033. Indemnizacin por error judicial................................... 1008

LXXIV
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

1034. Coordinaciones normativas........................................... 1009


1035. Concepto....................................................................... 1009
1036. Caractersticas de la accin........................................... 1009
1037. Normas procesales relativas a la indemnizacin
de perjuicios.................................................................. 1010
1038. Requisitos para que proceda la indemnizacin............. 1010

CAPTULO II

RESPONSABILIDAD PATRIMONIAL
DEL ESTADO ADMINISTRADOR

1039. Texto Constitucional..................................................... 1013


1040. Teoras aplicables.......................................................... 1014

BIBLIOGRAFA........................................................................... 1019

OCTAVA PARTE

BIENES DEL ESTADO

CAPTULO I

REGULACIN DEL DOMINIO PBLICO

1041. Regulacin del dominio pblico. Modalidades............. 1021

I. EL DOMINIO PBLICO EN LA CONSTITUCIN


1042. Aspectos generales......................................................... 1021

LXXV
ndice

Pg.

1. DERECHO DE PROPIEDAD
1043. Texto Constitucional............................................... 1022
1044. Concepto de propiedad y bienes que com-
prende...................................................................... 1022
1045. Limitaciones............................................................ 1023
1046. Bloque constitucional.............................................. 1023
1047. Jurisprudencia......................................................... 1024

2. PROPIEDAD MINERA
1048. Caractersticas de la propiedad minera................... 1025

3. PROPIEDAD DE LAS AGUAS


1049. Texto Constitucional............................................... 1026

CAPTULO II

UTILIZACIN DEL DOMINIO PBLICO

1050. Texto Constitucional..................................................... 1029


1051. Utilizacin del dominio pblico. Modalidades............. 1030

Seccin I. USOS POR PARTE


DE LA ADMINISTRACIN

1052. Autoridad competente................................................... 1030


1053. Facultades de adquisicin, administracin y
disposicin..................................................................... 1031

I. ADQUISICIN
1054. Normativa aplicable...................................................... 1032
1055. Modalidades de adquisicin.......................................... 1032

LXXVI
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

II. ADMINISTRACIN
1056. Mecanismos de Administracin de los bienes
del Estado...................................................................... 1036

1. DESTINACIN
1057. Concepto................................................................. 1036
1058. Regulacin.............................................................. 1036

2. CONCESIONES
1059. Aspectos generales.................................................. 1038
1060. Requisitos de las concesiones................................. 1038
1061. Organismos excluidos de las concesiones.............. 1039
1062. Mecanismos de adjudicacin.................................. 1039
1063. Caractersticas de la concesin............................... 1039
1064. Causales de extincin.............................................. 1039

3. AFECTACIN
1065. Requisitos................................................................ 1040
1066. Desafectacin.......................................................... 1040

4. ARRENDAMIENTO
1067. Fundamento............................................................. 1040
1068. Requisitos................................................................ 1041
1069. Clusulas del contrato............................................. 1041
1070. Canon o renta de arrendamiento............................. 1042
1071. Pago de las rentas.................................................... 1042
1072. Retardo en el pago.................................................. 1043
1073. Clculo y recaudacin de la renta........................... 1043
1074. Plazo de arrendamiento........................................... 1043
1075. Desahucio................................................................ 1044
1076. Prrroga del contrato............................................... 1044

LXXVII
ndice

Pg.

1077. Cesin o transferencia del contrato......................... 1044


1078. Limitaciones a la administracin de bienes
nacionales de uso pblico....................................... 1045
1079. Concesiones y permisos de los bienes muni-
cipales o nacionales de uso pblico........................ 1045

III. DISPOSICIN
1080. Modalidades para la enajenacin.................................. 1046

1. VENTA O TRANSFERENCIA A TTULO ONEROSO


1081. Venta. Requisitos..................................................... 1046
1082. Regulacin de las playas......................................... 1047
1083. Bienes muebles destinados para la adminis-
tracin del Estado.................................................... 1048

2. TRANSFERENCIA A TTULO GRATUITO


1084. Requisitos................................................................ 1049

3. ENAJENACIN DE BIENES PRESCINDIBLES


SEGN EL DL N 1.056
1085. Enajenacin de bienes prescindibles....................... 1049
1086. Formas de enajenacin............................................ 1050
1087. Subasta pblica. Requisitos.................................... 1050
1088. Remate en un solo procedimiento........................... 1050
1089. Avisos...................................................................... 1051
1090. Tasacin.................................................................. 1051
1091. Monto de la adjudicacin........................................ 1051
1092. Restricciones normativas........................................ 1051
1093. Venta directa............................................................ 1051
1094. Comunicacin......................................................... 1052

LXXVIII
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

Seccin II. USO POR LOS PARTICULARES

I. USO COMN
1095. Concepto....................................................................... 1052
1096. Caractersticas............................................................... 1052
1097. Fundamentos................................................................. 1053

II. USOS PRIVATIVOS


1098. Concepto....................................................................... 1053
1099. Caractersticas............................................................... 1053
1100. Enumeracin................................................................. 1054

1. PERMISOS
1101. Concepto................................................................. 1054
1102. Caractersticas......................................................... 1054
1103. Enumeracin........................................................... 1055

1.1. Prstamo de uso


1104. Prstamo de uso de bienes municipales y
nacionales de uso pblico....................................... 1055

1.2. Derecho de aprovechamiento


1105. Las aguas................................................................. 1056
1106. Derecho de aprovechamiento. Concepto................ 1056
1107. Constitucin del derecho de aprovechamiento........... 1057

2. CONCESIONES
1108. Concepto................................................................. 1057
1109. Caractersticas......................................................... 1057
1110. Enumeracin........................................................... 1057

LXXIX
ndice

Pg.

2.1. Concesin de bienes municipales y nacionales de


uso pblico
1111. Concesin de bienes municipales y nacio-
nales de uso pblico................................................ 1058

2.2. Concesiones mineras


1112. Concesiones mineras. Concepto............................. 1059
1113. Sustancias objeto de concesin, derechos y
obligaciones............................................................ 1060
1114. Extincin de la concesin....................................... 1064
1115. Exploracin, explotacin o beneficio de
sustancias no susceptibles de concesin de
concesin................................................................. 1065

Seccin III. LIMITACIONES O RESTRICCIONES


AL DOMINIO DE LOS PARTICULARES

1116. Fundamento................................................................... 1066


1117. Enumeracin................................................................. 1067

I. SERVIDUMBRES ADMINISTRATIVAS
1118. Servidumbres administrativas....................................... 1067
1119. Procedimiento............................................................... 1067

II. EXPROPIACIN
1120. Texto Constitucional..................................................... 1068
1121. Concepto....................................................................... 1069
1122. Requisitos de la expropiacin....................................... 1070
1123. Procedimiento............................................................... 1070
1124. Reclamacin por acto expropiatorio. Concepto............ 1072
1125. Caractersticas............................................................... 1072

LXXX
Curso de Derecho Administrativo

Pg.

III. EL COMISO
1126. El comiso. Concepto..................................................... 1073
1127. El comiso y la prohibicin de confiscacin de
bienes en la Constitucin.............................................. 1073
1128. Aplicaciones normativas del comiso............................. 1074

BIBLIOGRAFA........................................................................... 1077

LXXXI
QUINTA PARTE

EL CONTROL DE LA ADMINISTRACIN

CAPTULO I

FUNDAMENTOS DEL CONTROL

I. CONCEPTOS GENERALES

476. Fundamento. El control es un elemento fundamental para la


vigencia del rgimen democrtico como forma poltica de Estado que
consagra el artculo 4 de la Carta Fundamental. Asimismo, de un punto
de vista constitucional el principio de control integra el Estado de Dere-
cho, que consagran los artculos 6 y 7 de la Carta Poltica.

En el orden jurdico administrativo, el principio del control recibe


un reconocimiento normativo en el artculo 11 de la LOC N 18.575 de
BGAE, segn el cual las autoridades y jefaturas, dentro del mbito de
su competencia y en los niveles que corresponda, ejercern un control
jerrquico permanente del funcionamiento de los organismos y de la
actuacin del personal de su dependencia.

477. Clasificacin del control. De un punto de vista doctrinal es


factible formular diversas tipologas o clasificaciones de los contratos
administrativos.

A. En atencin a su contenido. Segn su contenido o naturaleza,


es factible distinguir entre:

533
Quinta Parte - El Control de la Administracin

1. Control de juridicidad o normativo, vale decir, la adecuacin de


los actos administrativos al bloque de normatividad. Por ejem-
plo, la toma de razn por parte de la Contralora (Art. 99 CPR),
y el control del Tribunal Constitucional (Art. 93 CPR).

2. Control de gestin u operativo. Tambin conocido como con-


trol de auditora operativa o de las tres E: Eficacia, eficiencia
y economicidad.

Eficacia, dice relacin con el logro de los objetivos o metas


en los plazos previstos. Su parmetro es el tiempo.

Eficiencia, es el empleo ptimo de los recursos disponibles


atendidas las circunstancias de modo, lugar y entorno en
cuanto a la situacin de que se trata. Su parmetro es la op-
timizacin de recursos.

Economicidad. Los trminos y condiciones bajo los cuales


una entidad adquiere los recursos (no slo econmicos) ne-
cesarios para conseguir metas u objetivos, teniendo en cuen-
ta la calidad y cantidad de ello, y todo ello al ms bajo costo
alternativo. Su parmetro es el costo alternativo.

En nuestro sistema de Derecho Administrativo, el artculo 21 B de


la LOC N 10.336, entrega el control de mrito a la Administracin
activa.

Se materializa, por ejemplo, en la adjudicacin de las licitaciones,


ya que se debe seleccionar al concursante que oferte condiciones ms
ventajosas.

Tambin hay una aplicacin del control de gestin en el artculo 52


de la Ley de Administracin Financiera del Estado.

534
Curso de Derecho Administrativo

Otro ejemplo, por ltimo, aparece con el artculo 69 de la LOC de


Municipalidades que entrega al Consejo, la labor de evaluar los progra-
mas de inversin municipal.

B. Segn su oportunidad. De acuerdo a la oportunidad en que se


practica el control, podemos distinguir tres modalidades:

1. Control preventivo o ex ante. Opera antes de que el acto se eje-


cute, como la toma de razn (Art. 99 CPR). Tambin a travs
del control preventivo de juridicidad de decretos o resoluciones
presidenciales, previo requerimiento del Presidente al ser re-
presentados por inconstitucionalidad por parte de la Contralora
(Art. 93 N 9 CPR).

2. Control concomitante o coetneo. Se efecta a medida que el


acto se va ejecutando. Se da en la fiscalizacin de los contratos
de obra pblica.

3. Control represivo o ex post. Se efecta con posterioridad a que


el acto se haya producido. Ejemplo, el examen y juzgamiento
de cuentas que realiza la Contralora, el cual opera despus de
realizado el gasto.

C. Segn el rgano o sujeto que fiscaliza. En atencin al organis-


mo que desarrolla la funcin de control es factible distinguir:

1. Control Parlamentario o en sede poltica. A travs de la acu-


sacin constitucional, las comisiones investigadoras, y los an-
tecedentes que remite el Presidente en caso de los decretos de
emergencia econmica que represente la Contralora, materias
de las cuales conoce la Cmara de Diputados. Tambin las con-
tiendas de competencia de que conoce el Senado.

535
Quinta Parte - El Control de la Administracin

2. Control Administrativo. A travs de las funciones de fiscaliza-


cin que ejerce la Contralora General de la Repblica, las Su-
perintendencias y servicios fiscalizadores, en general, como la
Direccin del Trabajo.

3. Control en sede Jurisdiccional. Opera mediante acciones cons-


titucionales de reclamacin de nacionalidad (Art. 12 CPR), in-
demnizacin por error judicial (Art. 19 N 7 letra i CPR), de
amparo (Art. 20 CPR), y proteccin (Art. 21 CPR), o por la va
contenciosa ordinaria (Art. 38 inciso 2 CPR).

Tambin a travs del control constitucionalidad de decretos o reso-


luciones presidenciales de que conoce el Tribunal Constitucional (Art.
93 N 9 CPR), y de la fiscalizacin ejercida por el Tribunal de Libre
Competencia.

D. Segn la dependencia del control. Sobre la base de este criterio


podemos distinguir:

1. Control externo. Lo ejerce el rgano ajeno o independiente al


fiscalizado, como la Contralora General, la Direccin del Tra-
bajo, la Fiscala Nacional Econmica o las Superintendencias.
Esta modalidad opera de oficio o a peticin de parte.

2. Control interno. Se ejerce al interior del mismo rgano. Acor-


de al principio de jerarqua funcionarial o rgimen disciplinario
que opera al interior de los servicios (Art. 7 LOC N 18.575),
toda autoridad administrativa tiene la funcin de control interno
sobre sus subordinados (Art. 11 LOC N 18.575).

Esta modalidad opera de oficio, a travs de la obligacin que tie-


ne toda jefatura de velar permanentemente por el cumplimiento de los

536
Curso de Derecho Administrativo

planes y de la aplicacin de las normas dentro del mbito de sus atri-


buciones, o bien, mediante la interposicin de un recurso jerrquico o
gracioso, ante la autoridad que emiti un determinado acto administra-
tivo, con el objeto de impugnarlo (Arts. 10 LOC N 18.575 y 59 inciso
3 Ley N 19.880).

E. Segn el sector en que recae el control. Podemos distinguir dos


instancias:

1. Control sobre el sector pblico. Que opera al interior del propio


Servicio en virtud del principio de jerarqua, o por un rgano
externo dotado de facultades de control.

2. Control sobre el sector privado. Se proyecta al mbito de los


particulares.

Se presenta con la Direccin del Trabajo, el Tribunal de Libre Com-


petencia y algunas Superintendencias, que fiscalizan actividades desa-
rrolladas por particulares.

Tambin se presenta con el Ministerio de Justicia, al cual corres-


ponde la supervigilancia de las corporaciones y fundaciones (Art. 36,
Decreto N 110, de 1979, del Ministerio de Justicia329 Reglamento
sobre Concesiones de Personalidad Jurdica a Corporaciones y Fun-
daciones).

478. Principios del control. El control se encuentra informado por


tres principios: generalidad, expansividad y publicidad.


329
Publicado en el Diario Oficial de 20 de marzo de 1979.

537
Quinta Parte - El Control de la Administracin

A. Generalidad. Todo campo de la actividad administrativa se en-


cuentra sujeto a control.

B. Expansividad. Existe un sistema nacional de control expansivo


o difuso que se encuentra integrado por distintas modalidades y rga-
nos, principalmente por la Contralora General de la Repblica, el Tri-
bunal Constitucional, los Tribunales de Justicia, el Congreso Nacional,
las Superintendencias, y otros servicios dotados de facultades de fisca-
lizacin.

C. Publicidad. La funcin del control se encuentra sujeta tambin


el principio de publicidad normativizado en el artculo 8 inciso 2 de
la Constitucin, y en los artculos 13 inciso 3 de la LOC N 18.575, 16
inciso 2 de la Ley N 19.880, y 10 de la Ley N 20.205.

II. SERVICIOS VINCULADOS A LA FISCALIZACIN

479. Enumeracin. Dentro de los diversos servicios pblicos que


efectan una labor fiscalizadora, podemos destacar los siguientes:
A. La Direccin del Trabajo.

B. El Servicio de Impuestos Internos.

C. La Tesorera General de la Repblica.

D. El Servicio Nacional de Aduanas.

E. La Fiscala Nacional Econmica.

F. El Servicio Nacional de Pesca.

G. Las Superintendencias.

538
Curso de Derecho Administrativo

1. LA DIRECCIN DEL TRABAJO

480. Concepto. La Direccin del Trabajo es un servicio funcio-


nalmente descentralizado, sujeto a la supervigilancia del Ministerio
del Trabajo regulado por la Ley Orgnica de la Direccin del Trabajo,
D.F.L. N 2, de 1967, del Ministerio del Trabajo y Previsin Social
que dispone la reestructuracin y fija funciones de la Direccin del
Trabajo.

2. EL SERVICIO DE IMPUESTOS INTERNOS

481. Concepto. El Servicio de Impuestos Internos. Es un servicio


funcionalmente descentralizado, cuyo jefe superior es designado por el
Presidente de la Repblica, Ley Orgnica Decreto con Fuerza de Ley
N 7, de 1980, del Ministerio de Hacienda.

3. LA TESORERA GENERAL DE LA REPBLICA

482. Concepto. La Tesorera General de la Repblica. Es un


servicio pblico centralizado que depende del Ministerio de Hacienda
(D.F.L. N 1, de 1994, del Ministerio de Hacienda, sobre Estatuto Or-
gnico del Servicio de Tesoreras).

4. EL SERVICIO NACIONAL DE ADUANAS

483. Concepto. El Servicio Nacional de Aduanas. Es un servicio


pblico centralizado (Decreto con Fuerza de Ley N 329, de 1979, del
Ministerio de Hacienda, contiene la Ley Orgnica del Servicio Nacio-
nal de Aduanas).

539
Quinta Parte - El Control de la Administracin

5. LA FISCALA NACIONAL ECONMICA

484. Concepto. La Fiscala Nacional Econmica es un servicio


contemplado en el Ttulo II, del Decreto Ley N 211, de 1973330, sobre
Libre Competencia.

6. SERVICIO NACIONAL DE PESCA

485. Concepto. El artculo 25 del D.F.L. N 5, de 1983, del Minis-


terio de Economa, Fomento y Reconstruccin, que cre el Servicio Na-
cional de Pesca, le confiere a dicha entidad la potestad para ejecutar la
poltica pesquera nacional y fiscalizar su cumplimiento y, en especial,
velar por la debida aplicacin de las normas legales y reglamentarias
sobre pesca, caza martima y dems formas de explotacin de recursos
hidrobiolgicos, lo cual resulta armnico con diversos preceptos, espe-
cialmente con la letra a), del artculo 122, de la Ley N 18.892, sobre
Ley General de Pesca y Agricultura, que tambin le otorga la aludida
labor de supervisin, para los efectos de registrar naves cuando se pre-
suma fundadamente que existen hechos que importen una infraccin a
la normativa pesquera, tal como lo ha indicado la jurisprudencia admi-
nistrativa contenida en el Dictamen N 42.565, de 2008.

Segn el artculo 37 del citado D.F.L. N 5, de 1983, el personal del


Servicio Nacional de Pesca se rige por las normas de la Ley N 18.834.

7. LAS SUPERINTENDENCIAS

486. Concepto y caractersticas. Las superintendencias son r-


ganos funcionalmente descentralizados de control administrativo ex-
terno para el sector pblico y privado.


330
Cuyo texto refundido, coordinado y sistematizado fue fijado mediante el Decreto con Fuerza
de Ley N 1, de 2004, del Ministerio de Economa, Fomento y Reconstruccin.

540
Curso de Derecho Administrativo

Caractersticas de las Superintendencias:

A. Son servicios pblicos funcionalmente descentralizados.

B. Constituyen rganos de control administrativo externo para el


sector pblico y privado.

487. Enumeracin de las superintendencias.

A. Superintendencia de aduana. Prevista en el D.L. N 213,


como un rgano funcionalmente descentralizado, que fiscaliza el paso
de mercadera por las costas, fronteras y aeropuertos.

B. Superintendencia de Seguridad Social. La Ley N 19.345, que


aplica el rgimen de accidentes del trabajo y enfermedades profesio-
nales a los trabajadores del sector pblico, seala en su artculo 8 que
sin perjuicio de la facultades de la Contralora General de la Repblica,
corresponde exclusivamente a la Superintendencia de Seguridad Social
la interpretacin de la Ley N 16.744, impartir las instrucciones necesa-
rias para su aplicacin y fiscalizar la observancia de sus disposiciones.

Le corresponde fijar la interpretacin de la legislacin y reglamen-


tacin del Sistema, con carcter obligatorio para las AFP y sus filiales
(Art. 94 N 4 D.L. N 3.550).

C. Superintendencia de Bancos e Instituciones Financieras.


rgano funcionalmente descentralizado, de acuerdo a lo dispuesto en
el D.F.L. N 3, de 1997, del Ministerio de Hacienda, que fija el texto
refundido, sistematizado y concordado de la Ley General de Bancos,
D.L. N 1.907.

541
Quinta Parte - El Control de la Administracin

D. Superintendencia de Valores y Seguros. Fiscaliza a la Bolsa


de Comercio.

E. Superintendencia de Pensiones. De acuerdo al inciso 4 del


artculo 46 de la Ley N 20.255, sobre reforma previsional, la Superin-
tendencia de Pensiones es considerada para todos los efectos la suceso-
ra y continuadora legal de la Superintendencia de Administradoras de
Fondos de Pensiones, con todos sus derechos, obligaciones, funciones
y atribuciones.

F. Superintendencia de Electricidad y Combustibles. Segn los


artculos 1 y 2 de la Ley N 18.410, la Superintendencia de Electri-
cidad y Combustibles es un servicio funcionalmente descentralizado,
cuyo objeto es fiscalizar y supervigilar el cumplimiento de las dispo-
siciones legales y reglamentarias, y normas tcnicas sobre generacin,
produccin, almacenamiento, transporte y distribucin de combustibles
lquidos, gas y electricidad.

G. Superintendencia de servicios sanitarios. La Ley N 18.902,


que cre la Superintendencia de Servicios Sanitarios y determina sus
atribuciones, en artculos 2 y 4, precepta que corresponde a dicha
entidad fiscalizar a los prestadores de servicios sanitarios y el cumpli-
miento de las normas relativas a stos, por lo que en su carcter de r-
gano tcnico le compete la facultad de interpretar las disposiciones que
regulan la materia. A su vez, y atendido el carcter de organismo tcni-
co que posee la mencionada Superintendencia, el Decreto N 121, de
1991, del Ministerio de Obras Pblicas - Reglamento de Concesiones
de Servicios Sanitarios del D.F.L. N 382, del MOP, de 1988, Obras P-
blicas, que fij la Ley General de Servicios Sanitarios, en sus artculos
82 al 85 regula la obligacin de las empresas concesionarias de atender
las consultas y reclamos de los usuarios, sealando que en todo caso

542
Curso de Derecho Administrativo

stos podrn presentar a dicho Organismo reclamaciones relacionadas


con la prestacin de los servicios.

H. Superintendencia de Quiebras. Segn lo dispuesto en los in-


cisos 1 y 2 del artculo 7 de la Ley N 18.175, la Superintendencia
de Quiebras es una persona jurdica cuyo objeto es supervigilar y con-
trolar a los sndicos, constituye una institucin autnoma, de duracin
indefinida, que se relaciona con el Ejecutivo a travs del Ministerio de
Justicia y que se rige por la citada ley.

I. Superintendencia de Casinos. El artculo 35 de la Ley N 19.995,


prescribe que la Superintendencia de Casinos de Juego es un organis-
mo autnomo, con personalidad jurdica y patrimonio propio, que se
relaciona con el Presidente de la Repblica a travs del Ministerio de
Hacienda, al cual corresponder, de conformidad con el artculo 36 del
mismo texto legal, supervigilar y fiscalizar el cumplimiento de las dis-
posiciones legales, reglamentarias y tcnicas para la instalacin, ad-
ministracin y explotacin de los casinos de juego que operen en el
pas.

J. Superintendencia del Medio Ambiente. Conforme al artculo


segundo, en su artculo 1, de la Ley N 20.417331, se crea la Superinten-
dencia del Medio Ambiente como un servicio pblico funcionalmente
descentralizado, dotado de personalidad jurdica y patrimonio propio,
sometido a la supervigilancia del Presidente de la Repblica a travs del
Ministerio del Medio Ambiente.

331
Crea el Ministerio, el Servicio de Evaluacin Ambiental y la Superintendencia del Medio
Ambiente, publicada en el Diario Oficial de 26 enero de 2010.

543
CAPTULO II

EL CONTROL DE LA CONTRALORA
GENERAL DE LA REPBLICA

I. ASPECTOS GENERALES

488. Antecedentes. Los antecedentes ms remotos de la Contra-


lora General de la Repblica se encuentran en el Tribunal Mayor de
Cuentas que funcion entre 1820 y 1828.

Ahora bien, los orgenes inmediatos se encuentran en la Misin Ke-


mmerer, a consecuencia de la cual se crea mediante el D.F.L. N 400 bis
de 26 de marzo de 1927.

489. Concepto. Considerando el artculo 98 inciso 1 de la Carta, se


puede indicar que la Contralora General de la Repblica es un organis-
mo autnomo de rango constitucional que tiene como funciones ejercer
el control de la legalidad de los actos de la Administracin, fiscalizar
el ingreso y la inversin de los fondos del Fisco, de las municipalida-
des y de los dems organismos y servicios que determinen las leyes;
examinar y juzgar las cuentas de las personas que tengan a su cargo
bienes de esas entidades; llevar la contabilidad general de la Nacin,
y desempear las dems funciones que le encomiende la ley orgnica
constitucional respectiva.

La jurisprudencia administrativa ha sealado que la Contralora


General de la Repblica es un rgano constitucionalmente autnomo
que desempea diversas funciones que el Ordenamiento Jurdico le ha
encargado para el fortalecimiento del Estado de Derecho y que estn

545
Quinta Parte - El Control de la Administracin

destinadas a hacer respetar el principio de juridicidad, resguardar el


patrimonio pblico, velar por el cumplimiento del principio de probi-
dad administrativa y asegurar la transparencia de la informacin que
generan los rganos pblicos (Dictamen N 35.397, de 2007).

490. Caractersticas de la Contralora General. Al respecto, es


factible destacar las siguientes:

A. rgano autnomo constitucional. Es un servicio acentraliza-


do, ya que no est sometido a jerarqua ni supervigilancia del poder
central, y dotado de rango constitucional.

Esta autonoma se aprecia en tres reas:

B. Controla la actividad administrativa. Ello se desprende de los


artculos 98 inciso 1 de la Constitucin y 16 de la LOC N 10.336.

De acuerdo con este ltimo precepto: Los Servicios, Instituciones


Fiscales, Semifiscales, Organismos Autnomos, Empresas del Estado
y, en general, todos los Servicios Pblicos creados por ley, quedarn
sometidos a la fiscalizacin de la Contralora General de la Repblica,
sin perjuicio del control que ejerce la Superintendencia de Bancos so-
bre el Banco Central y el Banco del Estado de Chile, del que cumple la
Superintendencia de Compaas de Seguros, Sociedades Annimas y
Bolsas de Comercio sobre el Instituto de Seguros del Estado y la Caja
Reaseguradora de Chile y del que desarrolla la Superintendencia de
Seguridad Social sobre las instituciones y entidades sometidas actual-
mente a su fiscalizacin.

Tambin quedarn sujetas a la fiscalizacin de la Contralora Ge-


neral las empresas, sociedades o entidades pblicas o privadas en que

546
Curso de Derecho Administrativo

el Estado o sus empresas, sociedades o instituciones centralizadas o des-


centralizadas tengan aportes de capital mayoritario o en igual proporcin,
o, en las mismas condiciones, representacin o participacin, para los
efectos de cautelar el cumplimiento de los fines de estas empresas, socie-
dades o entidades, la regularidad de sus operaciones, hacer efectivas las
responsabilidades de sus directivos o empleados, y obtener la informa-
cin o antecedentes necesarios para formular un Balance Nacional.

La Superintendencia de Seguridad Social, la Superintendencia de


Bancos, la Superintendencia de Compaas de Seguros, Sociedades
Annimas y Bolsas de Comercio, la Sindicatura General de Quiebras,
y los dems Organismos del Estado que cumplan funciones de fiscali-
zacin, quedarn sujetos al control de la Contralora General de la Re-
pblica y debern observar las instrucciones, proporcionar los informes
y antecedentes que este Organismo le requiera para hacer efectiva la
fiscalizacin a que se refiere el inciso anterior.

C. Competencia restringida en asuntos de carcter litigioso o


sometidos a los Tribunales. En efecto, la Contralora tiene una com-
petencia restringida para emitir pronunciamientos respecto de asuntos
de carcter litigioso o sometidos a conocimiento de los Tribunales de
Justicia.

Ello se fundamenta en el principio constitucional de separacin de


funciones en armona con el propio artculo 6 inciso 3 de la Ley Org-
nica de dicha institucin y el artculo 4 inciso final de la Ley N 19.880.

Al respecto, la propia jurisprudencia administrativa (Dictamen


N 6.658, de 2003), ha determinado que el fundamento del artculo
6 de su ley, es evitar que ese Organismo entre a dictaminar acerca de
materias entregadas a la resolucin de los Tribunales de Justicia, a fin
de garantizar que no se interfiera en el ejercicio de las atribuciones que

547
Quinta Parte - El Control de la Administracin

privativamente competen a ese Poder del Estado, al cual corresponde el


conocimiento de todos los asuntos que se promuevan en el orden tem-
poral dentro del territorio de la Repblica, cualquiera sea su naturaleza
o la calidad de las personas que en ellas intervengan, conforme a lo
dispuesto en los artculos 73 de la Constitucin Poltica del Estado y 1,
5 y 12 del Cdigo Orgnico de Tribunales.

491. Requisitos, designacin del Contralor, inamovilidad y dura-


cin en el cargo. Conforme al artculo 98 inciso 2 de la Constitucin.

El Contralor General de la Repblica deber tener a lo menos


diez aos de ttulo de abogado, haber cumplido cuarenta aos de edad
y poseer las dems calidades necesarias para ser ciudadano con dere-
cho a sufragio. Ser designado por el Presidente de la Repblica con
acuerdo del Senado adoptado por los tres quintos de sus miembros en
ejercicio, por un perodo de ocho aos y no podr ser designado para
el perodo siguiente. Con todo, al cumplir 75 aos de edad cesar en
el cargo.

Requisitos para ser Contralor General de la Repblica:

A. Tener a lo menos diez aos de ttulo de abogado;

B. Haber cumplido cuarenta aos de edad, y

C. Poseer las dems calidades necesarias para ser ciudadano con


derecho a sufragio.

El Contralor es designado por el Presidente de la Repblica con


acuerdo del Senado adoptado por los tres quintos de sus miembros en
ejercicio (Arts. 98 inciso 2 y 32 N 9 CPR)

548
Curso de Derecho Administrativo

En cuanto a su duracin, sta se extiende por un perodo de ocho


aos y no podr ser designado para el perodo siguiente.

Sin perjuicio del perodo mximo de 8 aos, al cumplir 75 aos de


edad el Contralor cesa ipso iure en el cargo por el solo ministerio de la
Constitucin

II. FUNCIONES DE LA CONTRALORA

492. Funciones de la Contralora General. Las funciones se enun-


cian en el artculo 98 inciso 1 de la Constitucin.

Un organismo autnomo con el nombre de Contralora General


de la Repblica ejercer el control de la legalidad de los actos de la
Administracin, fiscalizar el ingreso y la inversin de los fondos del
Fisco, de las municipalidades y de los dems organismos y servicios
que determinen las leyes; examinar y juzgar las cuentas de las per-
sonas que tengan a su cargo bienes de esas entidades; llevar la conta-
bilidad general de la Nacin, y desempear las dems funciones que
le encomiende la ley orgnica constitucional respectiva.

A. Ejercer el control de legalidad de los actos de la Administracin.

B. Fiscalizar el ingreso y la inversin de los fondos del Fisco, de las


municipalidades y de los dems organismos y servicios que determinen
las leyes.

C. Examinar y juzgar las cuentas de las personas que tengan a su


cargo bienes de esas entidades.

D. Llevar la contabilidad general de la Nacin.

549
Quinta Parte - El Control de la Administracin

E. Desempear las dems funciones que le encomiende la ley org-


nica constitucional respectiva, que es la Ley N 10.336332.

1. CONTROL DE JURIDICIDAD DE LA ADMINISTRACIN

493. Introduccin. Control de juridicidad de los actos administra-


tivos, el cual se concreta en:

A. La toma de razn.

B. Los controles de reemplazo.

C. La emisin de dictmenes.

1.1. Funcin jurdica. Toma de razn

494. Texto Constitucional. Artculo 99 incisos 1, 2 y 3 de la


Constitucin consagra la toma de razn.

En el ejercicio de la funcin de control de legalidad, el Contralor


General tomar razn de los decretos y resoluciones que, en confor-
midad a la ley, deben tramitarse por la Contralora o representar la
ilegalidad de que puedan adolecer, pero deber darles curso cuando,
a pesar de su representacin, el Presidente de la Repblica insista con
la firma de todos sus Ministros, caso en el cual deber enviar copia de
los respectivos decretos a la Cmara de Diputados. En ningn caso
dar curso a los decretos de gastos que excedan el lmite sealado en
la Constitucin y remitir copia ntegra de los antecedentes a la misma
Cmara.


332
Publicada en el Diario Oficial de 16 de julio de 1964.

550
Curso de Derecho Administrativo

Corresponder, asimismo, al Contralor General de la Repblica


tomar razn de los decretos con fuerza de ley, debiendo representarlos
cuando ellos excedan o contravengan la ley delegatoria o sean contra-
rios a la Constitucin.

Si la representacin tuviere lugar con respecto a un decreto con


fuerza de ley, a un decreto promulgatorio de una ley o de una reforma
constitucional por apartarse del texto aprobado, o a un decreto o re-
solucin por ser contrario a la Constitucin, el Presidente de la Rep-
blica no tendr la facultad de insistir, y en caso de no conformarse con
la representacin de la Contralora deber remitir los antecedentes al
Tribunal Constitucional dentro del plazo de diez das, a fin de que ste
resuelva la controversia.

495. Caractersticas. La toma de razn es un control preventivo


de juridicidad, desarrollado por la Contralora General sobre los actos
administrativos que en conformidad a la ley deben someterse a este
trmite.

A. Es un control administrativo (Art. 1 de la LOC N 18.575).

B. Es un control de juridicidad, ya que incluye un anlisis de le-


galidad y constitucionalidad. En definitiva, vela por el cumplimiento de
los principios de supremaca constitucional, jerarqua normativa (Art.
6 CPR) y juridicidad (Art. 7 CPR).

C. Es un control externo.

D. Es un control preventivo o ex ante. Sin la toma de razn, por


regla general, el acto no puede producir sus efectos al no encontrarse
totalmente tramitado.

551
Quinta Parte - El Control de la Administracin

No obstante los actos que no estn sujetos a dicho trmite, igual-


mente estn afectos a control de legalidad por parte de la Contralora
General.

As, la circunstancia de que el trmite de registro consista en una


mera constancia o anotacin material del acto respectivo en los registros
de personal que este Organismo de Control lleva al efecto, no excluye,
bajo ningn punto de vista, el ejercicio de control de legalidad sobre esos
mismos actos, el que puede realizarse de un modo anterior, simultneo o
posterior al registro del acto de que se trate, todo ello, de conformidad a
las normas constitucionales y legales precedentemente citadas.

En efecto, es dable anotar que la circunstancia de que determina-


dos actos administrativos estn slo sometidos al trmite de registro,
en absoluto implica enervar o privar a este Organismo Contralor de
sus facultades para fiscalizar el cumplimiento de la ley por parte de los
rganos administrativos (Dictamen N 28.372, de 2003).

E. Es un control vinculante para la administracin.

El plazo es de 15 das, pero pueden prorrogarse por otros 15 das,


si existieren motivos graves y calificados, mediante resolucin fundada
(Art. 10 Ley N 10.336). Son corridos y no son fatales.

Excepcionalmente, en casos de urgencia y tratndose de los decretos


y resoluciones que conozca la Divisin de Vivienda y Urbanismo y Obras
pblicas y Transportes el trmino puede reducirse a 5 das, acorde a la Ley
N 16.391, orgnica de dicha Secretara de Estado (Art. 21 inciso 4).

Este rgimen excepcional corresponde slo a los actos administra-


tivos cuya juridicidad corresponda verificar a la Divisin VUOPT de la
Contralora, debiendo constar las razones que motivan la urgencia.

552
Curso de Derecho Administrativo

F. De acuerdo con la jurisprudencia administrativa la toma de razn


constituye una mera presuncin de legalidad de los actos adminis-
trativos de que se trate, y no impide que la Contralora modifique su
criterio si, con posterioridad, se comprueba que los mismos se emitie-
ron con defectos de legalidad, o fundados en antecedentes no pondera-
dos correctamente en su oportunidad o en supuestos irregulares, casos
en los cuales corresponde que la autoridad que los dict los deje sin
efecto, a fin de subsanar los vicios que inciden en su legalidad (criterio
contenido en Dictmenes Ns. 38.265, de 1988 y 32.507, de 2006, entre
otros, de la Contralora General).

496. Procedimiento. La toma de razn constituye un procedimien-


to regido exclusivamente por normativa constitucional y de ley orgni-
ca constitucional, no siendo aplicable la Ley N 19.880 de Bases sobre
Procedimiento Administrativo, por mandato expreso de su artculo 1
inciso 2.

Acorde a la jurisprudencia administrativa tampoco se aplican al


trmite de toma de razn los derechos y garantas contenidos en la
Ley N 19.880.

La Contralora puede asumir tres posibilidades.

A. Tomar razn. Por cuanto el decreto o resolucin se ajusta al


bloque de normatividad.

B. Cursar con alcance. Supone que el decreto o resolucin se ajus-


ta al bloque de normatividad, empero la Contralora detecta una defi-
ciencia que no dice relacin con una infraccin de ley que ameritara su
objecin, sino con aspectos formales o de interpretacin, por lo cual al
tomar razn efecta una precisin interpretativa a travs de un oficio, el
cual se entiende formar parte del acto para todos los efectos, a fin de que

553
Quinta Parte - El Control de la Administracin

se conozca el sentido que oficialmente se le ha dado y las circunstancias


que se estimaron para cursarlo333.

De acuerdo con la propia jurisprudencia administrativa, los alcan-


ces que formula la Contralora General al pronunciarse sobre la ju-
ridicidad de un acto administrativo, si bien no derivan de una norma
expresa, provienen de la necesidad que ha tenido de dejar constancia
de algn error formal o irrelevante de que puedan adolecer o de su
verdadero sentido cuando su redaccin es ambigua o pueda dar lugar a
varias y contradictorias interpretaciones, sin que estime del caso obje-
tarla o hacerla corregir, dentro de la facultad constitucional que posee
de tomar razn del mismo o de representarlo (Dictamen N 30.310,
de 1993).

En esta materia cobra relevancia el principio de interpretacin


conforme a la Constitucin consagrado implcitamente en el artculo
6 inciso 1, acorde al cual los actos pblicos gozan de una presun-
cin de constitucionalidad relativa o iuris tantum, esto es, que se en-
tienden dictados conforme a la Constitucin mientras no exista prueba
en contrario (Art. 6 inciso 1 CPR). Esta norma heurstica, conlleva
a aplicar el criterio de favor legitimatis, segn el cual ante dos o ms
sentidos de un precepto jurdico debe preferirse aquella interpretacin
que ms se ajuste al contenido normativo de la Constitucin formal
y de todo el bloque de constitucionalidad, evitando hasta donde fuere
posible la declaracin de inconstitucionalidad de la norma y su expulsin
del ordenamiento jurdico. Lo que el principio exige, en definitiva, es


333
Tambin existe la prctica constitucional del retiro de los decretos y resoluciones some-
tidos al trmite de toma de razn que corresponde a la Contralora General de la Repblica
con el objeto de subsanar irregularidades o practicar enmiendas omitiendo la emisin de un
dictamen.

554
Curso de Derecho Administrativo

una interpretacin armonizante de las normas infraconstitucionales a


la Constitucin334.

C. Representar el decreto o resolucin. La Contralora observa


el acto administrativo, travs de un oficio devolutorio, por considerarlo
contrario al bloque de normatividad.

En caso de representacin, el presidente puede insistir con la firma


de todos sus ministros, caso en el cual entregar copia del decreto a la
Cmara de Diputados.

La insistencia del Presidente no cabe respecto de:

1. Los decretos de gastos que excedan el lmite sealado en la


Constitucin, debiendo el contralor remitir copia ntegra de los
antecedentes a la Cmara de diputados (Arts. 32 N 22 CPR y
99 inc. 1 CPR).

2. Un decreto con fuerza de ley, cuando ello exceda o contraven-


gan la ley delegatoria, o sea, contrarios a la Constitucin, caso
en el cual el Presidente no tendr la facultad de insistir, y en
caso de no conformarse con la representacin de la Contralora
deber remitir los antecedentes al Tribunal Constitucional den-
tro del plazo de diez das, a fin de que ste resuelva la contro-
versia (Arts. 64 inciso 6 y 99 inc. 1 y 3 CPR).

334
Vase Balaguer Callejn, Mara Luisa: Interpretacin de la Constitucin y Orde-
namiento Jurdico, 1 edicin, Editorial Tecnos, Madrid, 1987; Garca de Enterra,
Eduardo: La Constitucin como Norma y el Tribunal Constitucional, 3 edicin 1983, reim-
presin 2001, Editorial Civitas, Madrid, 2001, p. 95.

555
Quinta Parte - El Control de la Administracin

3. Un decreto promulgatorio de una ley por apartarse del texto


aprobado, en que se aplica la misma solucin que en el caso
anterior (Art. 99 inc. 3 CPR).

4. Un decreto promulgatorio de una ley de reforma constitucional


por apartarse del texto aprobado (Art. 99 inc. 3 CPR) que sigue
la misma suerte, o

5. Un decreto o resolucin por ser contrario a la Constitucin, de


igual manera (Art. 99 inc. 3 CPR).

El artculo 11 de la Ley N 10.336, establece que de todos los decre-


tos o resoluciones que fueren observados por errores de forma, se dar
cuenta a la Secretara General de Gobierno para los efectos de que sta
los ponga en conocimiento del Presidente de la Repblica.

Agrega el artculo en comento, que el Secretario General de Go-


bierno deber hacer las representaciones que procedan a los respectivos
Ministerios o Servicios, a fin de que las faltas cometidas se consideren
en los antecedentes del funcionario a que le fueren imputables y se le
apliquen las medidas disciplinarias que correspondan, en su caso.

Finalmente, es necesario recordar la costumbre del retiro de los do-


cumentos ingresados a Contralora para su toma de razn, a iniciati-
va del respectivo Servicio, caso en el cual segn lo informado por dicha
Entidad Fiscalizadora mediante los dictmenes Ns. 43.406, de 2008, y
60.581, de 2009, entre otros, las enmiendas que se efecten a los actos
administrativos que han sido retirados del trmite de toma de razn y que
posteriormente son reingresados a dicha tramitacin en este Organismo
de Control, deben ser salvadas al margen de cada una de ellas mediante
timbre y media firma de la autoridad o ministro de fe competente, con el
objeto de velar por la integridad y autenticidad del mismo.

556
Curso de Derecho Administrativo

497. Exencin de toma de razn. La posibilidad de eximir un acto


administrativo de la toma de razn admite dos hiptesis:

A. Por el propio Contralor. La propia ley orgnica de la Contralo-


ra General entrega al Contralor, en su artculo 10, la facultad de eximir
de toma de razn a ciertos decretos y resoluciones que se refieran a
materias que no considere esenciales. Se concreta actualmente en la
Resolucin N 1.600, de 2008, de la Contralora General de la Rep-
blica335, que establece normas sobre exencin del trmite de toma de
razn.

Adems, con arreglo a lo previsto en el inciso 5 del artculo 10 de


la citada Ley N 10.336, la exencin podr ser concedida por plazos
determinados y dejada sin efecto por el Contralor de oficio o a peticin
del Presidente de la Repblica....

Cuando el Contralor General exime de toma de razn ejerce las po-


testades normativas que como rgano constitucional autnomo le corres-
ponden con el objeto de estar en condiciones de cumplir, la atribucin
constitucional privativa de control preventivo de legalidad, en forma
eficiente, y considerando, desde luego, para decidir entre una u otra al-
ternativa toma de razn o exencin, el carcter esencial de las materias
en que recaen los actos administrativos y los principios y valores que le
corresponde cautelar, cuales son, fundamentalmente, la vigencia del r-
gimen de Estado de Derecho (Arts. 6 y 7 CPR), en particular, los prin-
cipios que involucra en el mbito de la actividad administrativa, como el
de juridicidad (Art. 7 CPR), el de probidad (Art. 8 inciso 1 CPR), el
de transparencia (Art.13 inciso 2 LOC de BGAE) y los concernientes
a la proteccin de los derechos de los administrados (Art. 5 inciso 2
CPR) y de la integridad del patrimonio pblico (Art. 100 CPR).

335
Publicada en el Diario Oficial de 14 de diciembre de 1986.

557
Quinta Parte - El Control de la Administracin

B. Por la ley. No obstante, su artculo 5 precisa que las normas


establecidas en dicha resolucin rigen sin perjuicio de las disposicio-
nes legales que eximan de toma de razn a determinados servicios o
materias.

As, las resoluciones que dicten las municipalidades estn, acorde al


artculo 53 de la Ley N 18.695, Orgnica Constitucional de Municipa-
lidades, exentas del trmite de Toma de Razn, pero sujetas al trmite
de Registro, cuando afectan a funcionarios municipales.

La exencin de toma de razn no margina al acto de control, pues,


en todo caso, l queda sujeto al control de legalidad que puede ser ejer-
cido con posterioridad.

1.2. Controles de reemplazo

498. Concepto. A la Contralora corresponde tambin los contro-


les de reemplazo para los actos exentos de toma de razn. Tienen un
carcter ex post.

1.3. Emitir dictmenes

499. Concepto. A la Contralora corresponde tambin la funcin


jurdica de emitir dictmenes acerca de todas las materias de su com-
petencia, los que sern obligatorios para los funcionarios correspon-
dientes en el caso o casos concretos a que se refieran artculo 98 de la
Constitucin y de la LOC N 10.336, en sus artculos 5 y 6.

En este sentido, la jurisprudencia administrativa, ha sealado, me-


diante los Dictmenes Ns. 39.777, de 2003; 14.199, de 1996; 24.375,
de 1993 y 30.276, de 1986, que siendo la Contralora General el ente al

558
Curso de Derecho Administrativo

cual la Carta Fundamental y la legislacin encomiendan ejercer el con-


trol de la juridicidad de los actos de la administracin y, en tal virtud,
entre otras atribuciones, le otorgan la de emitir tales pronunciamientos
en derecho, la obligatoriedad de stos emana, en ltimo trmino, de la
norma interpretada y de los preceptos constitucionales y legales que
sustentan esas opiniones jurdicas, desde el momento que ese Organis-
mo de Control evacua un juicio declarativo al respecto.

La propia Contralora seala que un dictamen consiste en la opi-


nin jurdica o juicio que se emite o forma acerca de la correcta aplica-
cin de un cuerpo normativo (Dictamen N 61.817, de 2006).

El artculo 5 de la LOC N 10.336 previene, en su inciso 3, que en


los casos en que el Contralor informe a peticin de parte o de jefaturas
de Servicio o de otras autoridades, lo har por medio de dictmenes.

A su vez, el artculo 6 inciso 1 del mismo ordenamiento, seala


que corresponder exclusivamente al Contralor informar en derecho so-
bre los asuntos que all se indican, agregndose, en su inciso final, que
los dictmenes de la Contralora General sern los medios que podrn
hacerse valer como constitutivos de la jurisprudencia administrativa, en
las materias propias de su competencia.

Dictamen N 50.931, de 2005: los informes jurdicos emitidos


por este Organismo de Control son obligatorios para los entes some-
tidos a su fiscalizacin, razn por la cual su falta de acatamiento por
parte de stos implica una transgresin de lo dispuesto en los artculos
6, 7 y 9 de la Constitucin Poltica, y 1, 5, 6, 16 inciso segundo
y 19 de la citada Ley N 10.336, y el incumplimiento de deberes que
compromete las responsabilidades subsecuentes.

Cabe destacar que la fuerza vinculante que el ordenamiento jurdi-


co otorga a la jurisprudencia administrativa, promueve la uniformidad

559
Quinta Parte - El Control de la Administracin

de criterios, especialmente en la Administracin del Estado y, por ende,


la certeza jurdica, evitando con ello la disparidad en el tratamiento
jurdico de materias similares, contribuyendo tambin con ello a ga-
rantizar la igualdad ante la ley.

En el mismo sentido se ha pronunciado la doctrina (V., por ejemplo,


I. Arstica M., Notas sobre los dictmenes de la Contralora General
de la Repblica, XX Jornadas de Derecho Pblico, Valparaso, 1989,
t. 2, p. 546, y E. Soto K., Acerca de la obligatoriedad de los prece-
dentes en la actividad administrativa del Estado, Santiago, Revista
Chilena de Derecho, Vol. 26, N 2, 1999).

La interpretacin administrativa entregada a la jurisprudencia persi-


gue la uniformidad de criterios interpretativos.

Dictamen N 61.817, de 2006: Por su parte, la emisin de la


jurisprudencia administrativa permite la elaboracin de una doctrina
administrativa conformada por un sistema de precedentes obligatorios
y favorece la unidad del sistema normativo mediante su interpretacin
uniforme y consistente, donde cada decisin contribuye a orientar otras
mltiples decisiones posibles, haciendo que la regulacin aplicable a
los entes pblicos sea ms coherente, ntegra y estable.

De este modo, con la labor interpretativa de la Contralora General


se facilita que las declaraciones generales y abstractas de la norma-
tiva legal relacionada con la Administracin del Estado y con la tica
pblica se transformen, a travs de su aplicacin concreta, uniforme y
reiterada, en normas especficas de conducta, con lo que el Estado de
Derecho gana en eficacia, atribuyndole a la Constitucin y las normas
dictadas conforme a ella, un sentido y alcance concretos que van ms
all del tenor explcito del propio texto. De esta manera, la labor inter-
pretativa que realiza la Contralora complementa la labor normativa

560
Curso de Derecho Administrativo

que, en el mbito de sus potestades, llevan a cabo el Congreso Nacio-


nal y el Presidente de la Repblica.

Asimismo, el sistema jurdico basado en el precedente administra-


tivo esto es, la interpretacin uniforme de una misma regla jurdica
permite que la actuacin administrativa gane en previsibilidad, esto
es, afirma la legtima expectativa que tienen los ciudadanos de que la
Administracin tome decisiones que sean armnicas con los criterios
manifestados con anterioridad en situaciones equivalentes.

Precisamente por ello, un dictamen consiste en la opinin jurdica o


juicio que se emite o forma acerca de la correcta aplicacin de un cuer-
po normativo y es a esta Entidad Autnoma a la que, el Captulo X de la
Carta Fundamental y, en general, el ordenamiento normativo nacional,
han encomendado ejercer el control de juridicidad de los actos de la Ad-
ministracin, incluyendo por cierto el emitir pronunciamientos en derecho
con fuerza obligatoria y vinculante, los cuales son los medios que podrn
hacerse valer como constitutivos de la jurisprudencia administrativa.

No obstante, y tal como lo ha manifestado el Dictamen N 3.156, de


2002, entre otros, los pronunciamientos que emite la Contralora Gene-
ral pueden ser objeto de reconsideracin cuando se allegan a su respec-
to nuevos o mayores antecedentes que por diversas circunstancias no se
ponderaron inicialmente.

2. FISCALIZAR EL INGRESO Y LA INVERSIN DE LOS


RECURSOS PBLICOS

500. Alcances generales. Un segundo grupo de funciones consti-


tucionales de la Contralora dice relacin con la integridad del pa-
trimonio pblico que se verifica a travs del control de juridicidad y
fiscalizacin del debido ingreso e inversin de los recursos pblicos.

561
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Acorde al artculo 1 de la LOC N 10.336, la Contralora tiene por


objeto fiscalizar el debido ingreso e inversin de los fondos del Fisco,
de las Municipalidades, de la Beneficencia Pblica y de los otros Servi-
cios que determinen las leyes.

Conforme al artculo 52 de la Ley Orgnica de Administracin Fi-


nanciera del Estado, corresponde a la Contralora General de la Rep-
blica, en cuanto al control financiero del Estado, fiscalizar el cumpli-
miento de las disposiciones legales y reglamentarias que dicen relacin
con la administracin de los recursos del Estado y efectuar auditoras
para verificar la recaudacin, percepcin e inversin de sus ingresos y
de las entradas propias de los servicios pblicos.

As se desdobla en dos acciones:

A. Cuidar de la integracin legal del patrimonio del Estado,


es decir, que ingresen efectivamente los activos, en virtud del citado
artculo 1 de su Ley Orgnica.

B. Velar porque los egresos o inversin de tales recursos pblicos


se ajusten al principio de juridicidad.

De acuerdo al artculo 21 A, de la LOC N 10.336, este rgano Su-


perior de Control efecta auditoras, con el objeto de velar, entre otros
aspectos, por el resguardo del patrimonio pblico, conforme a lo cual,
entre otras acciones, procede fiscalizar la aplicacin de las disposiciones
relativas a la administracin financiera del Estado, particularmente, las
que se refieren a la ejecucin presupuestaria de los recursos pblicos;
examinar las operaciones efectuadas y la exactitud de los estados finan-
cieros, y comprobar la veracidad de la documentacin sustentatoria.

El artculo 25 de la mencionada LOC N 10.336 determina que La


Contralora General de la Repblica fiscalizar la correcta inversin de

562
Curso de Derecho Administrativo

los fondos pblicos que cualesquiera persona o instituciones de carcter


privado perciban por leyes permanentes a ttulo de subvencin o aporte
del Estado para una finalidad especfica y determinada. Esta fiscaliza-
cin tendr solamente por objeto establecer si se ha dado cumplimiento
a dicha finalidad.

Por ltimo, cabe recordar que acorde al artculo 6 de la LOC


N 10.336, a la Contralora General corresponde informar sobre cual-
quier asunto que se relacione o pueda relacionarse con la inversin o
compromiso de los fondos pblicos, siempre que se susciten dudas para
la correcta aplicacin de las leyes respectivas.

501. Jurisprudencia. La jurisprudencia administrativa ha sostenido


que, al utilizar la expresin fondos pblicos el artculo 25 de la
LOC N 10.336 extiende esta funcin no slo para fiscalizar la correcta
inversin de los fondos del Fisco, sino tambin de organismos pblicos
descentralizados que poseen personalidad jurdica y patrimonio propios
distintos al del Fisco, en ambos casos respecto de personas e instituciones
de carcter privado que perciban por leyes permanentes a ttulo de sub-
vencin o aporte del Estado para una finalidad especfica y determinada.

Se solicita a esta Contralora General un pronunciamiento ten-


diente a dilucidar si la labor de control que ejerce respecto de las sub-
venciones que el Fisco otorga a los establecimientos educacionales
regidos por el D.F.L. N 2, de 1996, de dicha Secretara de Estado, se
ha visto alterada con la modificacin introducida por Ley N 19.817 al
artculo 25 de Ley N 10.336, orgnica de esta Entidad Fiscalizadora.

Al respecto, el referido artculo 25, segn la modificacin que le


introdujera el nmero 5 del artculo 1 de Ley N 19.817, dispone que
la Contralora General de la Repblica fiscalizar la correcta inver-
sin de los fondos pblicos que cualesquiera persona o instituciones de

563
Quinta Parte - El Control de la Administracin

carcter privado perciban por leyes permanentes a ttulo de subven-


cin o aporte del Estado para una finalidad especfica y determinada.
Esta fiscalizacin tendr solamente por objeto establecer si se ha dado
cumplimiento a dicha finalidad.

Cabe hacer presente que con anterioridad a dicha reforma legal, el


aludido artculo 25 empleaba la expresin fondos fiscales en vez del
trmino fondos pblicos.

Como puede apreciarse, la modificacin referida ha tenido por ob-


jeto precisar que a la Contralora General le compete fiscalizar, para
los fines que seala, no slo la correcta inversin de los fondos que el
Fisco otorgue a ttulo de aporte o subvencin a cualquier persona o
institucin privada, en virtud de leyes permanentes, sino que tambin
los aportes o ayudas financieras que, fundados en normas de esa ndo-
le, efecten a personas o entidades particulares los organismos pbli-
cos que poseen personalidad jurdica y patrimonio propios distintos al
del Fisco.

Precisamente, en la historia fidedigna del establecimiento de la


norma, especialmente en la sesin N 63, de 2001, de la Cmara de Di-
putados, se dej constancia que la sustitucin de la expresin fondos
fiscales por fondos pblicos se debe a que existen hoy numero-
sas entidades con patrimonio propio que tienen fondos pblicos, pero
no necesariamente pertenecen al fisco y, por otra parte, muchas veces
estos dineros se asignan incluso a instituciones privadas, pudiendo vi-
gilar la Contralora General la inversin correcta de esos fondos
(Dictamen N 1.736, de 2003).

3. EXAMINAR Y JUZGAR LAS CUENTAS

502. Alcances generales. Acorde al artculo 1 de la LOC N 10.336


la Contralora tiene por objeto, tambin, entre sus funciones: verificar

564
Curso de Derecho Administrativo

el examen y juzgamiento de las cuentas que deben rendir las personas o


entidades que tengan a su cargo fondos o bienes de esas instituciones y
de los dems Servicios o entidades sometidos por ley a su fiscalizacin,
y la inspeccin de las oficinas correspondientes.

Esta funcin comprende dos fases:

A. Examinar las cuentas.

B. Juzgar las cuentas.

3.1. Examinar las cuentas

503. Rendicin de cuentas.

A. Personas obligadas a rendir cuenta. Deben rendir cuentas todo


funcionario, persona o entidad que reciba, custodie, pague, administre,
recaude o invierta rentas, fondos o bienes fiscales, municipales, de la
beneficencia y de los dems servicios que determinen las leyes (Art. 85
y Art. 1 LOC N 10.336).

Art. 53 LOC N 10.336. Se presume que son fondos fiscales, mu-


nicipales o de la beneficencia pblica, en su caso, los que los funcio-
narios recauden oficialmente, en el desempeo de sus obligaciones, a
cualquier ttulo y por cualquier motivo.

Se realiza por meses vencidos, salvo que la ley determine otra forma.

La no presentacin oportuna de la cuenta puede acarrear para el


funcionario infractor la suspensin indefinida del empleo, sin goce de
sueldo, medida que se aplica directamente por el Contralor.

565
Quinta Parte - El Control de la Administracin

B. Sancin por no rendicin de cuentas. Todo funcionario que


deba rendir cuenta y no lo hiciere dentro de los 2 meses siguientes
al ltimo da del perodo en que debe hacerlo ser castigado con
multa (sancin aplicada directamente por el Contralor) o arrestado
por el trmino de 1 ao (decretado por los tribunales a peticin del
Contralor).

El Contralor puede ordenar que se retengan remuneraciones, desahu-


cios o pensiones de funcionarios que no hayan rendido cuenta o cum-
plido reparos de la C.G.R. dentro de los plazos fijados por ley.

Si un funcionario es requerido por la C.G.R. y no presenta debida-


mente documentado el estado de la cuenta de los valores que tenga a su
cargo, se presumir que ha cometido sustraccin de dichos valores (Art.
85 LOC N 10.336).

Rendida la cuenta, sta debe ser examinada a fin de fiscalizar si las


rentas, fondos o bienes pblicos se han recibido con arreglo a la ley, si
en su inversin se ha dado cumplimiento a las disposiciones legales que
gobiernan el gasto y, finalmente, comprobar la veracidad y fidelidad de
las cuentas, la autenticidad de la documentacin y la exactitud de las
operaciones aritmticas y de contabilidad.

Este examen es realizado por la Divisin pertinente de la Contralo-


ra (Divisin de contabilidad, de municipalidades y de auditora admi-
nistrativa).

504. Examen de cuentas. Procedimiento.

A. Objeto del examen de cuentas. Acorde al artculo 95 de la LOC


N 10.336, el examen de cuentas tiene por objeto:

566
Curso de Derecho Administrativo

1. Fiscalizar la percepcin de las rentas del Fisco o de las dems


entidades sometidas a la fiscalizacin de la Contralora General
de la Repblica y la inversin de los fondos de esas corporacio-
nes, comprobando, en ambos casos, si se ha dado cumplimiento
a las disposiciones legales y reglamentarias que rigen su ingreso
y su aplicacin o gasto, y

2. Comprobar la veracidad y fidelidad de las cuentas, la autentici-


dad de la documentacin respectiva y la exactitud de las opera-
ciones aritmticas y de contabilidad.

Se considerar autntico slo el documento original, salvo que el


juez, en el juicio respectivo y por motivos fundados, reconozca este
mrito a otro medio de prueba. Fiscalizar la percepcin de las rentas.

Terminado el Examen de cuentas y prestada su conformidad se pon-


drn los antecedentes en conocimiento del Jefe de la Divisin respecti-
va, quien extender el correspondiente finiquito, declarndola definiti-
vamente aprobada. (Art. 106. LOC N 10.336).

B. Plazo del examen de cuentas. Toda cuenta debe ser examinada,


reparada o finiquitada en un plazo que no exceda de 1 ao, contado
desde la fecha de su recepcin por parte de la Contralora y vencido este
plazo cesa la responsabilidad del cuentadante y la que pueda afectar a
terceros, sin perjuicio de las medidas disciplinarias que corresponda por
el retardo al funcionario y de las responsabilidades civiles y penales que
siguen las reglas generales.

El plazo sealado comprende las etapas de rendicin y examen de


cuentas, pero no as el procedimiento del Juicio de Cuentas.

La Resolucin N 759, de 2003, de la Contralora General, Fija


Normas sobre Rendicin de Cuentas.

567
Quinta Parte - El Control de la Administracin

3.2. Juzgar las cuentas

505. Fundamento. La Contralora acta como tribunal de Cuentas,


ejerciendo una funcin jurisdiccional.

506. Caractersticas del Tribunal de Cuentas.

A. En primera instancia es un tribunal unipersonal. Integrado


por el Subcontralor General de la Repblica (Art. 113 inciso 1 LOC
N 10.336) y colegiado en segunda instancia, ya que integrado por el
Contralor General de la Repblica y dos abogados externos a la Contralo-
ra designados por Presidente de la Repblica (Art. 118 LOC N 10.336).

B. Es un tribunal sedentario. Tiene asiento en Santiago.

C. Falla conforme a derecho (Art. 22 inciso 8 Ley N 19.886).

D. Es un tribunal de doble instancia, ya que en contra de la senten-


cia procede el recurso de apelacin ante el Tribunal de alzada (Art. 118
LOC N 10.336).

E. No est sometido a la superintendencia directiva, correccional


y econmica de la Corte Suprema.

F. Es un tribunal especial.

G. Es un tribunal letrado, ya que tanto en primera como en segunda


instancia, el Subcontralor posee el ttulo de abogado (Arts. 98 inciso 2
CPR; 2 inciso 2 y 118 LOC N 10.336).

H. Es un tribunal permanente, ya que se encuentra en funciona-


miento permanente y estable.

568
Curso de Derecho Administrativo

507. El juicio de cuentas. Concepto. La jurisprudencia administra-


tiva en su Dictamen N 1.896, de 2001, seala que el juicio de cuentas
es un procedimiento contencioso especial de doble instancia que per-
sigue la responsabilidad civil de funcionarios o ex funcionarios, que
tengan a su cargo la tenencia, uso, custodia o administracin de bienes
del Estado, en resguardo del patrimonio estatal, hacindose efectiva
la responsabilidad extracontractual de aquellos, sea obligndolos a la
devolucin de una suma salida indebidamente del patrimonio estatal o
recuperar sumas que el Estado dej de percibir por negligencia funcio-
naria, debiendo concurrir los requisitos propios de la responsabilidad:
dao, hecho ilcito, relacin de causalidad entre uno y otro e imputa-
bilidad.

508. Caractersticas del Juicio de Cuentas.

A. Es un procedimiento contencioso.

B. Es un procedimiento de doble instancia. En primera instancia


acta como tribunal de cuentas el Subcontralor General (Art. 107 LOC
N 10.336).

En segunda instancia, el tribunal de cuentas est integrado por el


Contralor General, quien lo preside y por dos abogados que hayan des-
tacado en la actividad profesional o universitaria, los cuales son de-
signados por el Presidente de la Repblica, a propuesta en terna del
Contralor General (Art. 118 LOC N 10.336).

C. Tiene por objeto determinar y hacer efectiva la responsabilidad


civil extracontractual, entre otras, de las personas que hayan recibido
dineros de entidades sometidas a la fiscalizacin de la Contralora
General.

569
Quinta Parte - El Control de la Administracin

509. Procedimiento de Cuentas. Consta de tres grandes fases: dis-


cusin, sentencia e impugnacin.

A. Fase de discusin.

1. Demanda o reparo. Se establece el plazo de un ao de caducidad


para perseguir esta responsabilidad pecuniaria, lapso que se contabiliza
desde el momento en que el proceso disciplinario se encuentra totalmente
afinado, esto es, desde que se notifica al afectado la resolucin que pone
trmino a la investigacin realizada, segn se inform en el Dictamen
N 10.993, de 1995, de la Contralora General de la Repblica.

El Dictamen N 32.510, de 1999, seal que la responsabilidad pe-


cuniaria de ex funcionarios provenientes de hechos materia de un suma-
rio administrativo, puede perseguirse ante los Tribunales Ordinarios de
Justicia, a travs del Consejo de Defensa del Estado, o bien, mediante
la sustanciacin de un juicio de cuentas, esto ltimo cuando el servidor
haya perdido su condicin de tal como consecuencia de habrsele apli-
cado una medida expulsiva en el respectivo proceso sumarial.

La demanda se dirige por el Jefe de la Divisin respectiva o el Con-


tralor Regional ante el juez de primera instancia, que es el Subcontralor
General, quien dar traslado con todos los antecedentes y reparos al
cuentadante, o a la persona que rinde la cuenta y a todas las personas
que estime conveniente or (Arts. 107 bis LOC N 10.336).

Son parte del Juicio de Cuentas la persona o funcionario que rinde


la cuenta y el Fiscal de la C.G.R. que acta representando a la adminis-
tracin o al inters pblico (Art. 107 y 110 LOC N 10.336).

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa de este rgano de


Control, contenida en el Dictamen N 26.868, de 2007, la norma del

570
Curso de Derecho Administrativo

artculo 2317 del Cdigo del ramo, con arreglo a la cual la responsa-
bilidad civil extracontractual, derivada de un delito o cuasidelito civil,
que ha sido cometido por dos o ms personas, es de carcter solidaria,
pudiendo, en consecuencia, perseguirse la obligacin de perjuicios con-
tra los deudores solidarios conjuntamente, o contra cualquiera de ellos.

2. Notificaciones: En Santiago la notificacin del reparo, las senten-


cias de 1 y 2 instancia, se harn personalmente al cuentadante, sea por
los auditores de la C.G.R. o por el funcionario designado como ministro
de fe en su caso (Art. 108 inciso 1 LOC N 10.336).

En provincias las notificaciones se harn por intermedio del Inten-


dente o Gobernador respectivo, quien encomendar la gestin a cara-
bineros.

Los cuentadantes que residan en el extranjero sern notificados por


medio de Jefe del Servicio a que pertenezcan, quien remitir a la C.G.R.
dentro del plazo de 10 das, la certificacin de haber enviado la notifi-
cacin (Art. 113 inciso 4 LOC N 10.336).

Las dems resoluciones se entendern notificadas desde que se des-


pache el oficio por la C.G.R. al domicilio del cuentadante.

3. Contestacin del cuentadante. Formulado el reparo, el cuenta-


dante tiene plazo de 15 das para contestar, contados desde la notifica-
cin (Art. 109 inciso 1 LOC N 10.336), acompaando todos los docu-
mentos que estime conveniente (Art. 109 inciso 2 LOC N 10.336).

Si los reparos no son contestados dentro de plazo, el Juez de


Cuentas declarar la rebelda del cuentadante (Art. 109 inciso 3
LOC N 10.336).

571
Quinta Parte - El Control de la Administracin

4. Informe. Producida la contestacin o la rebelda, el Jefe de Di-


visin, dentro del plazo de 30 das, debe evacuar un informe sobre el
mrito del expediente y hecho ste, lo remitir al Fiscal de la C.G.R
pblico (Art. 110 LOC N 10.336).

5. Contestacin del fiscal. El Fiscal, dentro del plazo de 15 das,


debe emitir opinin sobre el mrito del proceso y hecho esto debe en-
viarlo al Juez de Cuentas (Art. 110 LOC N 10.336).

B. Fase de sentencia.

1. Sentencia. Concluido el trmite anterior, o rendidas las prue-


bas o hechas las diligencias para mejor resolver que el Juez
(Subcontralor) determine, el expediente queda en estado de
sentencia, para lo cual se tiene un plazo de 30 das contados
desde la ltima diligencia pblica (Art. 113 inciso 1 LOC
N 10.336).

2. Notificacin. La sentencia de primera instancia ser notificada a


todas las personas que les afecte, adems del Fiscal de la Con-
tralora General (Art. 113 inciso 2 LOC N 10.336).

3. Contenido de la sentencia. La sentencia puede absolver al cuen-


tadante o condenarlo a los reembolsos correspondientes.

Si la naturaleza de los hechos investigados, no procediere condenar


pecuniariamente al cuentadante, se podr juzgar el reparo como una
infraccin administrativa y aplicarle alguna medida disciplinaria con-
templada en el Estatuto Administrativo, con la limitacin de que el cas-
tigo no sea la expiracin de funciones. Igual facultad puede ejercer el
Contralor como juez de segunda instancia.

572
Curso de Derecho Administrativo

C. Fase de impugnacin.

1. Rendicin de prueba. En segunda instancia se puede rendir prue-


ba slo si no pudo rendirse en 1 instancia, o si versa sobre hechos
nuevos, en cuyo caso se abrir un T.P. especial que no podr exceder
de 10 das.

2. Recursos. Contra la sentencia de 2 instancia slo procede el re-


curso de revisin ante el tribunal de segunda instancia que est integra-
do por el Contralor General, quien lo preside y por dos abogados que
hayan destacado en la actividad profesional o universitaria, designados
por el Presidente de la Repblica, a propuesta en terna del propio Con-
tralor (Art. 118 LOC N 10.336).

Slo procede por las siguientes causales taxativas:

1. Falta de emplazamiento.

2. Error de hecho.

3. Nuevos antecedentes o circunstancias que puedan probarse con


documentos no considerados en la sentencia recurrida.

Este recurso de revisin tiene un plazo de 3 y 6 meses para su in-


terposicin.

El Contralor fallar el recurso con el mrito de los antecedentes


presentados o con los que de oficio ordene agregar, debiendo dictar
sentencia dentro del plazo de 30 das.

Dictada la sentencia condenatoria de trmino, el juez de primera


instancia requerir el reintegro de la cantidad sealada a reembolsar, la

573
Quinta Parte - El Control de la Administracin

que devenga inters penal mensual si no se satisface dentro de tercero


da de efectuado el requerimiento. Esto es sin perjuicio de las sanciones
administrativas y penales que procedan.

Si el reembolso no se hace dentro del trmino de un mes, el cuenta-


dante ser suspendido de su empleo por el Contralor, y si esta mora es
de 2 meses, se dispondr la separacin de su empleo.

La suspensin o separacin del empleo es sin perjuicio de que el


Contralor pueda ordenar se descuenten de las remuneraciones del cuen-
tadante condenado, las sumas sealadas en la sentencia.

4. LLEVAR LA CONTABILIDAD GENERAL DE LA NACIN

510. Alcances generales. Segn el artculo 63 de la Ley Orgnica


de Administracin Financiera del Estado, aprobada por Decreto Ley
N 1.263, de 1975336, el sistema de contabilidad gubernamental es
el conjunto de normas, principios y procedimientos tcnicos, dispuestos
para recopilar, medir, elaborar, controlar e informar todos los ingresos,
gastos, costos y otras operaciones del Estado.

De acuerdo con el artculo 66 de la Ley Orgnica de Administracin


Financiera de Estado, los registros y estados contables primarios que
determine el Contralor General y que informe sobre las operaciones
presupuestarias, de fondos y bienes, debern ser llevados por las uni-
dades de contabilidad adscritas a los respectivos servicios. El artculo
67 del mismo cuerpo legal encarga a dichas unidades de contabilidad
elevar a la jefatura superior de cada institucin los informes y estados
necesarios sobre la marcha econmico-financiera de las dependencias


336
Publicada en el Diario Oficial de 28 de noviembre de 1975.

574
Curso de Derecho Administrativo

del servicio, agregando su inciso segundo que ser competencia de la


Contralora General de la Repblica el control y la supervisin de las
unidades mencionadas en los incisos anteriores, con el fin de mantener
la coordinacin y uniformidad del sistema.

Como ha indicado la propia Contralora en su Oficio N 56.167, de


2007, la funcin de llevar la contabilidad de la Nacin qued radicada
en los distintos servicios.

Queda as en el mbito de la Contralora General acorde al artculo


65 de la Ley Orgnica de la Administracin Financiera del Estado slo
lo concerniente al establecimiento de los principios, las normas y
los procedimientos bsicos por los que se regir el sistema, lo cual se
materializa a travs de la dictacin de instrucciones.

Aparte de ello, la Entidad Fiscalizadora se limita a:

1. Consolidar la informacin contable de los servicios pblicos


pertinentes, es decir, verificar si sta se ajusta a la realidad.

2. Realizar, en ejercicio de sus funciones de fiscalizacin, la audi-


tora de los estados financieros que conforman la contabilidad
general de la Nacin.

Dictamen N 56.167, de 2007: Entiende este Organismo de


Control que, en tal virtud, la funcin de llevar la contabilidad de la
Nacin qued radicada en los distintos servicios, dejando en el mbito
de la Contralora General slo lo concerniente, segn lo reconoce el
artculo 65 de la Ley Orgnica de la Administracin Financiera del
Estado, al establecimiento de los principios, las normas y los procedi-
mientos bsicos por los que se regir el sistema. Aparte de ello, la Enti-
dad Fiscalizadora se limita a consolidar la informacin contable de los

575
Quinta Parte - El Control de la Administracin

servicios pblicos pertinentes y a realizar, en ejercicio de sus funciones


de fiscalizacin, la auditora de los estados financieros que conforman
la contabilidad general de la Nacin.

5. DEMS FUNCIONES QUE LE ENCOMIENDE LA LEY


ORGNICA CONSTITUCIONAL

511. Alcances generales. Entre las numerosas funciones podemos


mencionar las siguientes:

A. Vigilar el cumplimento de las disposiciones del Estatuto Admi-


nistrativo (Art. 1 inc. 1 LOC N 10.336).

B. Dictar instrucciones para los Servicios Pblicos sometidos a su


fiscalizacin (Art. 9 LOC N 10.336).

1. Instrucciones emitidas para el uso de vehculos fiscales (Oficio


Circular N 35.593, de 1995).

2. Instrucciones referidas a las elecciones municipales.

C. Llevar registros:

1. Recopilar y editar en forma oportuna y metdica todas las leyes,


reglamentos y decretos de inters general y permanente, con sus
ndices respectivos (Art. 26 inciso 2 LOC N 10.336).

2. Confeccionar y editar el boletn de jurisprudencia administrati-


va de la Contralora (Art. 26 inciso 2 LOC N 10.336).

3. Llevar el registro de los funcionarios y de la declaracin de inte-


reses, la nmina al da de los funcionarios separados o destitui-

576
Curso de Derecho Administrativo

dos administrativamente de cualquier empleo o cargo pblico


(Art. 38 letras b) y f) LOC N 10.336).

4. Registro de cauciones.

5. Llevar el registro de patrocinio de causas por trfico de estupe-


facientes. (Ley N 20.000).

D. Fiscalizar, en general, todos los Servicios Pblicos creados por


ley (Art. 16 LOC N 10.336).

E. Atender al cuidado y fomento de la Biblioteca del Servicio (Art.


26 inciso 1 LOC N 10.336).

F. Conocer las reclamaciones establecidas en diversos cuerpos le-


gales:

1. Acorde al artculo 160 del Estatuto Administrativo, los funcio-


narios tienen derecho a recurrir ante la Contralora General cuando se
hubieren producido vicios de legalidad que afectaren los derechos que
dicho texto legal les confiere.

Al respecto, y en armona con lo informado por el Dictamen N 62.250,


de 2009, a la Contralora slo le corresponde intervenir frente a recla-
mos en que se invoquen hechos determinados que pudieran significar
alguna infraccin legal o reglamentaria, requisitos que no se cumplen
tratndose de alegaciones de carcter genrico.

III. ORGANIZACIN, FUNCIONAMIENTO Y ATRIBUCIONES

512. Organizacin, el funcionamiento y las atribuciones. Artcu-


lo 99 inciso final de la Constitucin.

577
Quinta Parte - El Control de la Administracin

En lo dems, la organizacin, el funcionamiento y las atribuciones


de la Contralora General de la Repblica sern materia de una ley
orgnica constitucional.

De acuerdo a su Ley Orgnica, la Contralora se organiza en una


Contralora General que cuenta con un Subcontralor General, y se es-
tructura sobre la base de divisiones, y adems de Contraloras Regiona-
les, que operan como desconcentracin territorial.

El Subcontralor reemplazar al Contralor en los casos de ausencia


o vacancia y mientras se nombre, en este ltimo caso, al titular. Para
el desempeo de dicho cargo se requiere el ttulo de abogado (Art. 2
inciso 2, LOC N 10.336).

La Contralora est estructurada por los Departamentos Jurdico, de


Contabilidad y de Inspeccin General de Oficinas y Servicios Pblicos;
por la Fiscala; por los Subdepartamentos de Toma de Razn, de Regis-
tro de Empleados Pblicos, de Contabilidad Central, de Control de En-
tradas, de Control de Gastos, de Crdito Pblico y Bienes Nacionales, y
por la Secretara General (Art. 2 inciso 3, LOC N 10.336).

En virtud del artculo 24 de la LOC N 10.336, la Contralora Gene-


ral se desconcentra funcional y territorialmente a travs de Contraloras
Regionales (Res. N 411, de 2000, CGR337).

El personal de Contralora se rige por las normas de su ley orgnica


constitucional y, en lo no previsto por stas, por el Estatuto Administra-
tivo aprobado por Ley N 18.834. Ello, porque la Ley N 10.336 tiene


337
Resolucin N 411, de 2000, publicada en el Diario Oficial de 31 agosto de 2000, desconcen-
tra territorial y funcionalmente la Contralora General de la Repblica, mediante contraloras
regionales, excluida la Regin Metropolitana de Santiago.

578
Curso de Derecho Administrativo

algunas normas sobre la materia, entre ellas, el artculo 48 que alude


expresamente al estatuto indicado, tal como lo haca, en una disposicin
ms amplia, el artculo 3 de esa ley antes de la sustitucin ordenada por
Decreto Ley N 3.551, de 1980. La aplicacin supletoria del estatuto
significa que los servidores de este organismo deben regirse por el texto
estatutario de ms general aplicacin en la administracin del estado,
lo que determin su sometimiento al D.F.L. N 338, de 1960, durante
la vigencia de ste y que desde el 23 de septiembre de 1989, quedaron
afectos supletoriamente al nuevo estatuto aprobado por la Ley N 18.834
(Dictamen N 28.614, de 1989).

IV. PRINCIPIO DE LEGALIDAD DEL GASTO

513. Principio de legalidad del gasto. El artculo 100 de la Cons-


titucin Poltica de la Repblica consagra el principio de legalidad
presupuestaria, cuyo fin es salvaguardar la integridad del patrimonio
pblico:

Las Tesoreras del Estado no podrn efectuar ningn pago sino en


virtud de un decreto o resolucin expedido por autoridad competente,
en que se exprese la ley o la parte del presupuesto que autorice aquel
gasto. Los pagos se efectuarn considerando, adems, el orden cro-
nolgico establecido en ella y previa refrendacin presupuestaria del
documento que ordene el pago.

El principio de legalidad del gasto constituye una aplicacin del


principio constitucional de juridicidad (Art. 7 CPR) en el orden del
Derecho Pblico financiero, en armona con los artculos 32 N 20, 63
N 7, y 67, todos de la Carta Fundamental.

En efecto, los servicios pblicos deben actuar con estricta sujecin


a las atribuciones que la ley les confiere, y en el orden financiero, de-

579
Quinta Parte - El Control de la Administracin

ben atenerse a las disposiciones legales que regulan el gasto pblico,


de modo que todo egreso que se autorice debe precisar su fuente de
financiamiento. Los recursos financieros que estn a disposicin de los
entes del Estado deben destinarse exclusivamente al logro de sus obje-
tivos propios fijados tanto en la Carta Fundamental como en sus leyes
orgnicas y administrarse, por la normativa rectora de la administracin
financiera del estado Decreto Ley N 1.273, las leyes anuales de pre-
supuestos y los dems textos legales que regulan materias financieras.

En armona con el artculo 100 de la Constitucin y las normas


legales complementarias, el artculo 2 N 4, del Estatuto Orgnico del
Servicio de Tesoreras, cuyo texto refundido, coordinado, sistematizado
y actualizado fue fijado por el D.F.L. N 1, de 1994, del Ministerio de
Hacienda, contempla entre las funciones de ese servicio, efectuar el
pago de las obligaciones fiscales, y, en general, las de las entidades del
Sector Pblico que las leyes le encomienden.

Conforme al artculo 100 de la Norma Suprema, las Tesoreras del


Estado no pueden efectuar ningn pago si no dan cumplimiento a las
siguientes exigencias constitucionales:

A. En virtud de un decreto o resolucin expedido por autoridad


competente.

El artculo 56 primera oracin de la LOC N 10.336, determina que:


Todo pago de fondos pblicos que se efecte con cargo al Presupuesto
o a leyes especiales, se har por medio de decreto supremo o, cuando
una ley expresamente lo autorice, por resolucin, girado contra las res-
pectivas Tesoreras y expedido, ya directamente a la orden del acreedor
o de un empleado pagador.

B. El acto administrativo debe expresar la ley o la parte del pre-


supuesto que autorice aquel gasto.

580
Curso de Derecho Administrativo

A su vez, el artculo 4 de la Ley Orgnica de Administracin Fi-


nanciera del Estado, desarrolla este principio al sealar que: Todos los
ingresos que perciba el Estado debern reflejarse en un presupuesto
que se denominar del Sector Pblico, sin perjuicio de mantener su
carcter regional, sectorial o institucional. Adems, todos los gastos
del Estado debern estar contemplados en el presupuesto del Sector
Pblico. No obstante, los ingresos que recaude el Estado por va tribu-
taria, slo podrn ser asignados presupuestariamente de acuerdo a las
prioridades determinadas en el mismo presupuesto.

A su vez, el artculo 56 segunda oracin de la LOC N 10.336,


determina que Los decretos o resoluciones de pago debern preci-
samente indicar el tem del Presupuesto o la ley especial a que deben
imputarse. Lo dispuesto en el inciso anterior no se aplicar a los pagos
que la Ley Orgnica de Presupuestos excepta de dichos requisitos.

C. Los pagos deben efectuarse considerando, el orden cronolgico


establecido en dicha ley.

D. Los pagos deben efectuarse previa refrendacin presupuesta-


ria del documento que ordene el pago.

El artculo 55 de la Ley Orgnica de la Administracin Financiera


del Estado, establece que los ingresos y gastos de los servicios o enti-
dades del Estado, deben contar con el respaldo de la documentacin
original que justifique tales operaciones y que acredite el cumplimiento
de las leyes tributarias, de ejecucin presupuestaria y de cualquier otro
requisito que exijan los reglamentos o leyes especiales sobre la mate-
ria. No obstante, el mismo precepto dispone que en casos calificados
podrn aceptarse en subsidio de la documentacin original, copias o
fotocopias debidamente autentificadas por el ministro de fe o el funcio-
nario correspondiente.

581
Quinta Parte - El Control de la Administracin

La refrendacin es un trmite al cual estn sujetos todos los de-


cretos y resoluciones relacionados con presupuesto del sector pblico,
estn o no afectos a toma de razn. Acorde al artculo 13 inciso 1 de
la LOC N 10.336, El Contralor refrendar todos los bonos y otros
documentos de deuda pblica directa o indirecta que se emitan. Ningn
bono u otro documento de deuda pblica ser vlido sin la refrendacin
del Contralor o de otro funcionario o institucin que, a propuesta de l,
designe el Presidente de la Repblica.

Sin embargo, la refrendacin presupuestaria no es obligatoria res-


pecto de aquellos gastos que afecten tem excedibles como sucede con
resoluciones que autorizan devolucin de impuestos, bastando una cita
referencial de imputacin del gasto, porque el citado procedimiento de
control tiene por objeto evitar la formalizacin de gastos que no cuen-
ten con respectiva autorizacin presupuestaria o que se exceda el rubro
de gastos respectivo (Dictamen N 21.323, de 1980).

La Contralora tambin ha sealado (Dictamen N 5.995 de 1985),


en relacin a la refrendacin anticipada de pagars, que la deuda p-
blica supone la existencia de una obligacin financiera contrada por el
Estado, con arreglo al ordenamiento jurdico vigente, en relacin a un
tercero que tiene el carcter de acreedor, de manera tal que slo una vez
producida la constitucin de la deuda pblica, procedera la refrenda-
cin de los ttulos por parte del Contralor General.

514. Jurisprudencia. La jurisprudencia administrativa ha recono-


cido que en materia de contratos de obra pblica la exigencia prevista
en el artculo 2 del reglamento del MOP, en orden a que la administra-
cin debe haber sido dotada por ley de los fondos necesarios para rea-
lizar la obra, constituye aplicacin del principio de legalidad del gasto
que establece el artculo 100 de la Constitucin.

582
Curso de Derecho Administrativo

Dictamen N 57.288, de 2003: ...Es preciso destacar que la Ad-


ministracin debe haber sido dotada por ley de los fondos necesarios
para realizar la obra, conforme el citado artculo 2 del reglamento,
exigencia que en ltimo trmino es aplicacin del principio de legali-
dad del gasto que establece el artculo 89 de la Constitucin Poltica
de la Repblica....

Idntico razonamiento jurisprudencial se aprecia en otro dictamen


de la Contralora referido a un contrato administrativo de consultora,
caso en el cual la ausencia de la imputacin presupuestaria del gasto,
infringira las disposiciones presupuestarias vigentes en armona con el
mencionado artculo 100 de la Carta Fundamental.

...Al respecto, conviene aclarar que en el caso de que la Admi-


nistracin pactare con un consultor la realizacin de labores sin que
exista la imputacin presupuestaria del gasto que ello implica, dicha
convencin infringira las disposiciones presupuestarias vigentes.

Cabe citar en esta parte el artculo 89 de la Ley Suprema, que dis-


pone, en lo que interesa, que las Tesoreras del Estado no pueden efec-
tuar pago alguno sino en virtud de un decreto o resolucin expedido
por autoridad competente, en que se exprese la ley o parte del presu-
puesto que autorice aquel gasto... (Dictamen N 57.309, de 2003).

Asimismo, en el Dictamen N 43.308, de 2003, se ha sostenido


que:

Como es dable apreciar, el Servicio de Tesoreras para dar cabal


cumplimiento al cometido que le encomienda la normativa indicada, se
encuentra en el imperativo de verificar que los egresos respectivos se
ajusten a la ley debiendo para ese efecto examinar la documentacin
que sustenta tales desembolsos.

583
Quinta Parte - El Control de la Administracin

En este sentido, es dable considerar que este examen tiene por fina-
lidad, por una parte, que la Contralora General fiscalice la percepcin
de las rentas del Fisco o de las dems entidades sometidas a su control
y la inversin de esos fondos, comprobando, en ambos casos, si se ha
dado cumplimiento a las disposiciones legales y reglamentarias que
rigen su ingreso y su aplicacin o gasto, y por la otra, comprobar la
veracidad y fidelidad de las cuentas, la autenticidad de la documen-
tacin respectiva y la exactitud de las operaciones aritmticas y de
contabilidad, acorde con lo dispuesto en el artculo 95 de la citada
Ley N 10.336.

584
CAPTULO IV

EL CONTROL DEL TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

515. Introduccin. El captulo VIII de la Constitucin concentra


la mayor parte de nuestro Derecho Procesal Constitucional. Como
sostiene el profesor Nstor Sagus, esta rama del mundo jurdico se
sita en el derecho procesal, y atiende a los dispositivos (obviamente
jurdicos) procesales destinados a asegurar la supremaca constitucio-
nal. El derecho procesal constitucional es principalmente, el derecho
de la jurisdiccin constitucional, y tiene dos facetas claves: la magis-
tratura constitucional y los procesos constitucionales338. Como seala
el autor la normativa sobre jurisdiccin constitucional cumple un rol
instrumental, ya que viene a resguardar la vigencia y operatividad de
la Constitucin339, es decir, su validez y eficacia jurdica, que a fin de
cuentas viene a ser efectivo el Estado de Constitucional y Democrtico
de Derecho, proclamado fundamentalmente en los artculos 1, 4, 5, 6
y 7 de nuestra Ley Fundamental.

La existencia de un sistema de jurisdiccin constitucional es con-


secuencia del principio de supremaca material de la Constitucin340.

338
Sags, Nstor Pedro: Derecho Procesal Constitucional, tomo 1, Recurso extraordinario,
4 edicin, Editorial Astrea, Buenos Aires, 2002, pp. 4-5.
339
Como puede advertirse, el derecho procesal constitucional cumple un rol instrumental, en el
sentido de que le toca tutelar la vigencia y operatividad de la Constitucin, mediante la imple-
mentacin de la judicatura y de los remedios procesales pertinentes. Ese papel de herramienta
jurdica, pese a su apariencia terica de accesoriedad resulta, sin embargo, harto significativo
para la vigencia del Estado de derecho. Bien se ha dicho, en tal sentido, que todas las decla-
raciones constitucionales son ftiles, si no existen remedios jurdico-procesales que aseguren
su funcionamiento real. Sags, Nstor Pedro: Derecho Procesal Constitucional, tomo 1,
Recurso extraordinario, op. cit., p. 5.
340
Santamara Pastor, Juan Alfonso: Principios de Derecho Administrativo General,
tomo I, 1 edicin 2004, reimpresin 2006, Editorial Iustel, Madrid, 2006, pp. 216-223.

585
Quinta Parte - El Control de la Administracin

En efecto, el objetivo prioritario de la jurisdiccin constitucional es la


tutela del principio de supremaca material de la Carta Fundamental,
es decir, de su superioridad normativa sobre el resto de las disposicio-
nes que conforman el ordenamiento positivo. De ah que se trate de un
mecanismo de defensa ordinaria de la Constitucin.

El sistema de jurisdiccin constitucional chileno corresponde a un


modelo mixto, pero con marcada preeminencia del sistema concentra-
do o continental.

A fin de cuentas, el Derecho Procesal Constitucional est conforma-


do por aquellos preceptos de naturaleza adjetiva, ritual o procedimental,
que ejercitan las normas de Derecho Constitucional. As sucede, por
ejemplo, con las acciones constitucionales, que permiten hacer exigi-
bles los derechos de carcter sustantivo (amparo, proteccin, etc.), es-
tudiadas a propsito de las garantas jurisdiccionales en el tomo II de
esta obra.

Tal como lo ha sealado nuestro Tribunal Constitucional, la juris-


diccin constitucional se proyecta como una de las garantas bsicas del
Estado constitucional de Derecho341.

La jurisdiccin constitucional se proyecta as como una de las


garantas bsicas del Estado constitucional de Derecho. El poder p-
blico en todas sus manifestaciones Estado legislador, Estado admi-
nistrador y Estado juez debe someter su quehacer a la Constitucin.
La jurisdiccin constitucional debe asegurar que, efectivamente, todas
las autoridades pblicas sujeten sus actos (aqu quedan comprendidos,
entre otros, las leyes, las sentencias y los actos administrativos) a las


341
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 591, considerando N 8, de 11 de enero de
2007.

586
Curso de Derecho Administrativo

normas, valores y principios constitucionales, de modo que cada una


de las funciones estatales se desarrolle dentro de un mbito correcto y
de legtimo ejercicio de la funcin constitucional que les compete.

I. TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. ASPECTOS GENERALES

516. Antecedentes. El Tribunal Constitucional chileno se origina


durante la vigencia de la Carta de 1925, mediante la ley de reforma
constitucional N 17.284, de 1970342.

517. Concepto. El Tribunal Constitucional es un organis-


mo colegiado, con carcter autnomo y de rango constitucio-
nal, integrado por letrados y de nica instancia, que tiene por
objeto ejercer un control normativo de constitucionalidad de deter-
minados preceptos jurdicos, as como rgano de justicia poltica,
resolver conflictos entre poderes pblicos y pronunciarse sobre de-
terminadas inhabilidades constitucionales y legales, concepto que
se desprende de los artculos 92 y siguientes de la Constitucin343.

518. Caractersticas. Las principales caractersticas del Tribunal


Constitucional chileno son de acuerdo a la preceptiva fundamental y su
ley orgnica, las siguientes:

342
Publicada en el Diario Oficial de 23 de enero de 1970.
343
En doctrina comparada, para el profesor Favoreu un Tribunal Constitucional es una juris-
diccin creada para conocer especial y exclusivamente en materia de lo contencioso consti-
tucional, situada fuera del aparato jurisdiccional ordinario e independiente tanto de ste como
de los poderes pblicos. Favoreu, Luis: Los Tribunales Constitucionales, Editorial Ariel,
Barcelona, Espaa, p. 15.

587
Quinta Parte - El Control de la Administracin

A. Es un rgano jurisdiccional de rango constitucional. En efec-


to constituye un rgano jurisdiccional y no un organismo legislativo
negativo, ya que resuelve en virtud de un proceso y cuya sentencia tiene
valor de cosa juzgada.

Es una magistratura constitucional autnoma en cuanto recibe di-


rectamente de la Constitucin su estatus, su integracin y sus compe-
tencias esenciales, no estando subordinado a ningn otro organismo.

B. Es un tribunal especial, dotado de independencia, que se en-


cuentra fuera del Poder Judicial. Por tanto, no est sujeto a la super-
intendencia directiva, correccional y econmica de la Corte Suprema
(Arts. 79, Art. 84 inciso 1 CPR y Art. 1 LOC N 17.997 del Tribunal
Constitucional344).

C. Es un tribunal colegiado, ya que est conformado por diez miem-


bros, designados en la forma que indica la Constitucin (Art. 92 CPR).

D. Es un tribunal letrado, esto es, integrado exclusivamente por


abogados (Art. 92 CPR).

E. Es un tribunal permanente, ya que se encuentra en funciona-


miento permanente y estable.

F. Es un tribunal de nica instancia, por cuanto sus sentencias no


son susceptibles de apelacin (Arts. 83 CPR y 32 LOC N 17.997).

G. El fallo es con arreglo a Derecho. (Arts. 81 CPR y 31 LOC


N 17.997).


344
Publicada en el Diario Oficial de 19 de mayo de 1981.

588
Curso de Derecho Administrativo

H. Opera de acuerdo al principio dispositivo, ya que sus actua-


ciones son a peticin de parte (Art. 3 LOC N 17.997).

I. Es un tribunal sedentario, ya que tiene asiento en Santiago (Art.


16 LOC N 17.997).

J. Es un rgano contralor, ya que tiene a su cargo el control pre-


ventivo y represivo de constitucionalidad de leyes y determinados actos
administrativos (Art. 92 CPR).

519. Integracin. Art. 92 inciso 1 de la Constitucin.

Habr un Tribunal Constitucional integrado por diez miembros,


designados de la siguiente forma:

a) Tres designados por el Presidente de la Repblica.

b) Cuatro elegidos por el Congreso Nacional. Dos sern nom-


brados directamente por el Senado y dos sern previamente
propuestos por la Cmara de Diputados para su aprobacin o
rechazo por el Senado. Los nombramientos, o la propuesta en
su caso, se efectuarn en votaciones nicas y requerirn para
su aprobacin del voto favorable de los dos tercios de los sena-
dores o diputados en ejercicio, segn corresponda.

c) Tres elegidos por la Corte Suprema en una votacin secreta que se


celebrar en sesin especialmente convocada para tal efecto.

Son diez ministros:

A. Tres designados por el Presidente de la Repblica en armona


con el artculo 32 N 12 de la Constitucin.

589
Quinta Parte - El Control de la Administracin

B. Cuatro elegidos por el Congreso Nacional.

Dos son nombrados directamente por el Senado y dos sern pre-


viamente propuestos por la Cmara de Diputados para su aprobacin o
rechazo por el Senado. Los nombramientos, o la propuesta en su caso,
se efectuarn en votaciones nicas y requerirn para su aprobacin del
voto favorable de los dos tercios de los senadores o diputados en ejer-
cicio, segn corresponda.

C. Tres elegidos por la Corte Suprema en una votacin secreta


que se celebrar en sesin especialmente convocada para tal efecto,
acorde al Auto Acordado de la Corte Suprema que regula el nombra-
miento de los ministros titulares del Tribunal Constitucional por la
corte suprema345.

Los miembros del Tribunal debern elegir, de entre ellos, un Presi-


dente por simple mayora de votos. ste durar dos aos en sus funcio-
nes como tal y slo podr ser reelegido para el perodo siguiente (Art.
5 LOC N 17.997).

Los dems miembros del Tribunal tendrn la precedencia que este


mismo determine, pero el Ministro que se haya desempeado como
Presidente en el perodo anterior tendr la primera precedencia en el
siguiente (Art. 6 inc. 1 LOC N 17.997).

El Presidente ser subrogado por el Ministro que lo siga en el orden


de precedencia que se halle presente (Art. 6 inc. 2 LOC N 17.997).

El Tribunal designar un Secretario, que deber ser abogado,


quien, como Ministro de Fe Pblica, autorizar todas las providencias


345
Publicado en el Diario Oficial de 24 de marzo de 2006.

590
Curso de Derecho Administrativo

y dems actuaciones del Tribunal, desempear las dems funciones


que en tal carcter le correspondan y las que se le encomienden (Art. 9
LOC N 17.997).

520. Duracin, requisitos e impedimentos de los ministros. Art.


92 inciso 2 de la Constitucin.

Los miembros del Tribunal durarn nueve aos en sus cargos y


se renovarn por parcialidades cada tres. Debern tener a lo menos
quince aos de ttulo de abogado, haberse destacado en la actividad
profesional, universitaria o pblica, no podrn tener impedimento al-
guno que los inhabilite para desempear el cargo de juez, estarn so-
metidos a las normas de los artculos 58, 59 y 81, y no podrn ejercer
la profesin de abogado, incluyendo la judicatura, ni cualquier acto de
los establecidos en los incisos segundo y tercero del artculo 60.

Los miembros del Tribunal duran nueve aos en sus cargos y se


renuevan por parcialidades cada tres.

A. Debern tener a lo menos quince aos de ttulo de abogado.

B. Haberse destacado en la actividad profesional, universitaria o


pblica.

C. No podrn tener impedimento alguno que los inhabilite para


desempear el cargo de juez.

521. Inamovilidad de los miembros del Tribunal Constitucional.


Art. 92 inciso 3 de la Constitucin.

Los miembros del Tribunal Constitucional sern inamovibles y no


podrn ser reelegidos, salvo aquel que lo haya sido como reemplazante

591
Quinta Parte - El Control de la Administracin

y haya ejercido el cargo por un perodo menor a cinco aos. Cesarn


en sus funciones al cumplir 75 aos de edad.

Los miembros del Tribunal Constitucional son inamovibles y no


pueden ser reelegidos, salvo aquel que lo haya sido como reemplazante
y haya ejercido el cargo por un perodo menor a cinco aos.

Sin perjuicio de ello, cesan en sus funciones por las siguientes cau-
sales indicadas en el artculo 13 de la LOC, esto es:

1) Renuncia aceptada por el Tribunal;

2) Expiracin del plazo de su nombramiento;

3) Haber cumplido 75 aos de edad;

4) Impedimento que, de conformidad con las normas constitucio-


nales o legales pertinentes, inhabilite al miembro designado
para desempear el cargo, y

5) Incompatibilidad sobreviniente en conformidad con lo dis-


puesto en el inciso segundo del artculo 81 de la Constitucin
Poltica.

522. Reemplazo de un miembro del Tribunal Constitucional.


Art. 92 inciso 4 de la Constitucin.

En caso que un miembro del Tribunal Constitucional cese en su


cargo, se proceder a su reemplazo por quien corresponda, de acuerdo
con el inciso primero de este artculo y por el tiempo que falte para
completar el perodo del reemplazado.

592
Curso de Derecho Administrativo

En caso que un miembro del Tribunal Constitucional cese en su


cargo, se proceder a su reemplazo por quien corresponda, de acuerdo
con el inciso primero de este artculo y por el tiempo que falte para
completar el perodo del reemplazado.

Si cesare en el cargo algn Ministro, el Presidente del Tribunal co-


municar de inmediato este hecho al Presidente de la Repblica, a la
Corte Suprema, al Consejo de Seguridad Nacional o al Senado, segn
corresponda, para los efectos de su reemplazo (Art. 14 inciso 1 de la
LOC N 17.997).

523. Funcionamiento, qurum para sesionar, acuerdos y fallo.


Dispone el artculo 92 inciso 5 de la Carta Fundamental:

El Tribunal funcionar en pleno o dividido en dos salas. En el pri-


mer caso, el qurum para sesionar ser de, a lo menos, ocho miembros
y en el segundo de, a lo menos, cuatro. El Tribunal adoptar sus acuer-
dos por simple mayora, salvo los casos en que se exija un qurum
diferente y fallar de acuerdo a derecho. El Tribunal en pleno resolver
en definitiva las atribuciones indicadas en los nmeros 1, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 y 11 del artculo siguiente. Para el ejercicio de sus restantes
atribuciones, podr funcionar en pleno o en sala de acuerdo a lo que
disponga la ley orgnica constitucional respectiva.

A. El Tribunal funciona en pleno, es decir, con la totalidad de sus


miembros o bien dividido en dos salas.

B. El qurum para sesionar.

1. Es a lo menos de ocho miembros si funciona en pleno.

2. Es a lo menos de cuatro miembros si funciona en sala.

593
Quinta Parte - El Control de la Administracin

C. Los acuerdos se adoptan por la simple mayora, es decir, con el


cincuenta por ciento ms un voto.

D. El fallo es con arreglo a derecho.

Las sentencias del Tribunal debern cumplir, en lo pertinente, con


los requisitos indicados en los nmeros 1 a 6, inclusive, del artculo
170 de Cdigo del Procedimiento Civil (Art. 31 inc. 1).

Los Ministros que discrepen de la opinin mayoritaria del Tribunal


debern hacer constar en el fallo su disidencia (Art. 31 inc. 1).

524. Organizacin, funcionamiento y procedimientos, remune-


raciones y estatuto del personal y planta. Dispone el artculo 92 inci-
so 6 de la Carta Fundamental.

Una ley orgnica constitucional determinar su organizacin,


funcionamiento, procedimientos y fijar la planta, rgimen de remune-
raciones y estatuto de su persona.

A. Organizacin y funcionamiento. El Tribunal funcionar en la


capital de la Repblica o en el lugar que, excepcionalmente, el mismo
determine (Art. 16 inciso 1 de la LOC N 17.997).

Sus actuaciones son pblicas (Art. 4 LOC N 17.997).

Rige el principio de Inexcusabilidad (Art. 3 inc. 2 LOC


N 17.997).

Acorde a la LOC, el Tribunal celebra sesiones ordinarias o extraor-


dinarias.

594
Curso de Derecho Administrativo

1. Las sesiones ordinarias se celebrarn a lo menos una vez a la


semana, en los das y horas que fije el mismo Tribunal, y se suspendern
en el mes de febrero de cada ao (Art. 16 incisos 2 y 3 de la LOC).

2. Las sesiones extraordinarias se celebrarn cuando las convoque


el Presidente por propia iniciativa o a solicitud de dos o ms de sus
miembros (Art. 16 inciso 4 de la LOC).

El Tribunal designar un Secretario, que deber ser abogado,


quien, como Ministro de Fe Pblica, autorizar todas las providencias
y dems actuaciones del Tribunal, desempear las dems funciones
que en tal carcter le correspondan y las que se le encomienden (Art. 6
LOC N 17.997).

B. Planta. La Planta del Tribunal est constituida por los siguientes


cargos (Art. 74 inciso 1 LOC N 17.997).

Siete Ministros.

Un Secretario Abogado.

Un Relator Abogado.

Un Oficial Jefe de Presupuestos.

Un Oficial primero Administrativo.

Dos Oficiales Segundo.

Un Oficial de Sala.

Un Mayordomo.

595
Quinta Parte - El Control de la Administracin

El Tribunal podr acordar la contratacin a honorarios de las perso-


nas que requiera para su normal funcionamiento, dentro de sus disponi-
bilidades presupuestarias (Art. 74 inciso 2 LOC N 17.997).

C. Remuneracin. Hay que distinguir entre remuneracin de los


Ministros o del resto del personal de la Planta del Tribunal.

1. Remuneracin de los Ministros. La remuneracin mensual de cada


uno de los Ministros ser fijada una vez al ao mediante auto acor-
dado del Tribunal, que se publicar en el Diario Oficial, y regir
a contar del da primero del mes en que se adopte el acuerdo. La
remuneracin indicada no podr exceder a la establecida para el
grado II de la Escala de Sueldos del Poder Judicial, Escalafn del
Personal Superior, incluidas las asignaciones que correspondan al
cargo de Ministro (Art. 77 inciso 1 LOC N 17.997).

2. Remuneraciones del personal de la Planta del Tribunal, sern fija-


das por ste y no podrn ser superiores a las que correspondan al car-
go de sus similares de la Corte Suprema (Art. 78 LOC N 17.997).

D. Estatuto del Personal. En esta materia rigen, en primer trmi-


no, las disposiciones pertinentes de la LOC N 17.997, y en defecto
de stas, es decir, supletoriamente, son aplicables al personal las dis-
posiciones relativas al rgimen de empleados del Poder Judicial (Art.
88 LOC N 17.997).

Est prohibido a los funcionarios del Tribunal intervenir en toda


clase de actividades de ndole poltica, con la sola excepcin de la de
ejercitar el derecho a sufragio (Art. 85 LOC N 17.997).

Los funcionarios del Tribunal estarn sujetos a la autoridad inme-


diata del Secretario (Art. 86 LOC N 17.997).

596
Curso de Derecho Administrativo

II. FUNCIONES DEL TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

525. Clasificacin de las funciones del Tribunal Constitucional.


Podemos distinguir:

A. De acuerdo a la naturaleza de la funcin encontramos cinco


grupos de cometidos:

1. Funciones de control de juridicidad preventivo (Art. 93 N 1,


N 2, N 4, N 5 y N 6 CPR) y represivo (Art. 93 N 3 CPR).

2. Funciones de control de juridicidad represivo (Art. 93 N 1,


N 2, N 4, N 5 y N 6 CPR) y represivo (Art. 93 N 3 CPR).

3. Resolucin de conflictos entre el Presidente y el Congreso (Art.


93 N 12 CPR).

4. Justicia poltica o control de competencia sancionatoria (Art.


93 N 7 CPR).

5. Declarar inhabilidades inconstitucionales (Art. 93 N 8, N 9,


N 10, N 11, N 12 y N 13 CPR).

6. Informacin al Senado en los casos de inhabilidades de deter-


minados funcionarios pblicos (Art. 93 N 9 CPR).

B. Del punto de vista de su funcionamiento encontramos funcio-


nes ejercidas en pleno o en sala:

1. En pleno, constituye la regla general.

2. En sala, representa la excepcin.

597
Quinta Parte - El Control de la Administracin

526. Funciones relevantes para el sistema de control adminis-


trativo. A continuacin, slo nos referiremos a aquellas atribuciones
del Tribunal Constitucional que adquieren relevancia para el sistema de
control en el Derecho Administrativo.

En materia administrativa adquieren importancia las funciones de


control preventivo de constitucionalidad.

Recordemos que ste puede ser de dos tipos:

A. Control preventivo obligatorio de constitucionalidad.

1. Leyes orgnicas constitucionales (Art. 93 N 1 CPR).

2. Leyes interpretativas de la Constitucin (Art. 93 N 1 CPR).

3. Tratados internacionales, respecto de materias propias de ley


orgnica constitucional (Art. 93 N 1 CPR).

B. Control preventivo eventual de constitucionalidad.

1. Leyes de reforma constitucional (Art. 93 N 2 CPR).

2. Leyes de qurum calificado (Art. 93 N 2 CPR).

3. Leyes ordinarias (Art. 93 N 2 CPR).

4. Decretos con fuerza de ley (Art. 93 N 2 CPR).

5. Tratados internacionales em materias de propias de ley orgnica


constitucional (Art. 93 N 2 CPR).

598
Curso de Derecho Administrativo

6. Decreto o resolucin representados por inconstitucionalidad


por la Contralora General (Art. 93 N 2 CPR).

7. Cuestiones de constitucionalidad sobre convocatoria a un ple-


biscito.

8. Cuestiones de constitucionalidad cuando el Presidente de la Re-


pblica no promulgue una ley cuando deba hacerlo, promulgue
un texto diverso del que constitucionalmente corresponda o dic-
te un decreto inconstitucional.

El control de juridicidad del tribunal constitucional busca la de-


fensa de la Constitucin como norma suprema y la coherencia del siste-
ma normativo o de fuentes.

En esta materia, cobra relevancia el principio de interpretacin


conforme a la Constitucin (Art. 6 inciso 1 CPR), segn el cual ante
dos o ms sentidos de un precepto jurdico debe preferirse aquella inter-
pretacin que ms se ajuste al contenido normativo de la Constitucin
formal y de todo el bloque de constitucionalidad, evitando hasta donde
fuere posible la declaracin de inconstitucionalidad de la norma y su
expulsin del ordenamiento jurdico346. Esto se concreta en las denomi-
nadas sentencias interpretativas.

346
Vase un desarrollo doctrinal sobre este principio en Linares Quintana, Segundo: Tra-
tado de Interpretacin Constitucional, Editorial Abeledo-Perrot, Buenos Aires, 1998, pp.
583 y ss.; Hesse, Konrad: Escritos de Derecho Constitucional, traduccin de Pedro Cruz
Villaln, 2 edicin, Centro de Estudios Constitucionales, Madrid, 1992, p. 50; Jimnez
Campo, Javier: Derechos fundamentales. Concepto y garantas, Editorial Trotta, pp. 50-
51; Ulsera Canosa, Ral: Interpretacin Constitucional y Frmula Poltica, Editorial
Centro de Estudios Constitucionales, Madrid, 1988, pp. 201-202 y 206; Peralta, Ramn:
La interpretacin del ordenamiento jurdico conforme a la norma fundamental del Estado,
Universidad Complutense de Madrid, Madrid, 1994, pp. 43 y ss; y Garca de Ente-
rra, Eduardo: La Constitucin como Norma y el Tribunal Constitucional, 3 edicin 1983,
reimpresin 2001, Editorial Civitas, Madrid, 2001.

599
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Pasemos a analizar suscintamente aquel control que tiene inciden-


cia en actos administrativos.

1. DECRETOS CON FUERZA DE LEY

527. Los decretos con fuerza de ley. Art. 93 N 4 de la Constitu-


cin:

4 Resolver las cuestiones que se susciten sobre la constitucionali-


dad de un decreto con fuerza de ley;.

528. Legitimacin activa.

En el caso del nmero 4, la cuestin podr ser planteada por


el Presidente de la Repblica dentro del plazo de diez das cuando
la Contralora rechace por inconstitucional un decreto con fuerza de
ley. Tambin podr ser promovida por cualquiera de las Cmaras o
por una cuarta parte de sus miembros en ejercicio en caso de que la
Contralora hubiere tomado razn de un decreto con fuerza de ley que
se impugne de inconstitucional. Este requerimiento deber efectuarse
dentro del plazo de treinta das, contado desde la publicacin del res-
pectivo decreto con fuerza de ley.

El requerimiento puede ser planteado por:

1. El Presidente de la Repblica dentro del plazo de diez das


cuando la Contralora rechace por inconstitucional un decreto
con fuerza de ley.

2. Cualquiera de las Cmaras o por una cuarta parte de sus miem-


bros en ejercicio en caso de que la Contralora hubiere tomado

600
Curso de Derecho Administrativo

razn de un decreto con fuerza de ley que se impugne de in-


constitucional. Este requerimiento debe efectuarse dentro del
plazo de treinta das, contado desde la publicacin del respecti-
vo decreto con fuerza de ley.

2. DECRETOS PROMULGATORIOS DE LEY

529. Presidente de la Repblica no promulgue una ley cuando


deba hacerlo o promulgue un texto diverso del que constitucional-
mente corresponda. Precepta el artculo 93 N 8 de la Constitucin:

8 Resolver los reclamos en caso de que el Presidente de la Rep-


blica no promulgue una ley cuando deba hacerlo o promulgue un texto
diverso del que constitucionalmente corresponda;.

Dos hiptesis:

1. Presidente de la Repblica no promulgue una ley cuando deba


hacerlo.

2. o promulgue un texto diverso del que constitucionalmente co-


rresponda.

530. Legitimacin activa.

En los casos del nmero 8, la cuestin podr promoverse por


cualquiera de las Cmaras o por una cuarta parte de sus miembros en
ejercicio, dentro de los treinta das siguientes a la publicacin del texto
impugnado o dentro de los sesenta das siguientes a la fecha en que el
Presidente de la Repblica debi efectuar la promulgacin de la ley. Si
el Tribunal acogiera el reclamo, promulgar en su fallo la ley que no lo
haya sido o rectificar la promulgacin incorrecta.

601
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Por cualquiera de las Cmaras o por una cuarta parte de sus miem-
bros en ejercicio.

En ambos casos el plazo depender de la causal:

1. Dentro de los treinta das siguientes a la publicacin del texto


impugnado, para el caso de que el Presidente promulgara un
texto diverso del que constitucionalmente corresponda.

2. O dentro de los sesenta das siguientes a la fecha en que el Pre-


sidente de la Repblica debi efectuar la promulgacin de la
ley, y no la hubiera hecho.

3. POTESTAD REGLAMENTARIA DEL PRESIDENTE

531. Decreto o resolucin del Presidente de la Repblica que


la Contralora haya representado por estimarlo inconstitucional.
Precepta el artculo 93 N 9 de la Constitucin:

9 Resolver sobre la constitucionalidad de un decreto o resolucin


del Presidente de la Repblica que la Contralora General de la Re-
pblica haya representado por estimarlo inconstitucional, cuando sea
requerido por el Presidente en conformidad al artculo 99;.

En efecto, acorde al artculo 99 inciso 1 de la Constitucin, los


simples decretos y resoluciones presidenciales que la Contralora haya
representado por estimarlos inconstitucionales, a propsito del trmite
de toma de razn, pueden ser recurridos por el Presidente de la Repbli-
ca ante el Tribunal Constitucional, ya que no procede respecto de ellos
la insistencia.

602
Curso de Derecho Administrativo

4. INHABILIDADES DE DETERMINADOS FUNCIONA-


RIOS PBLICOS

532. Informacin al Senado en los casos de inhabilidades de de-


terminados funcionarios pblicos. Precepta el artculo 93 N 11 de
la Constitucin.

11 Informar al Senado en los casos a que se refiere el artculo 53


nmero 7) de esta Constitucin;

533. Legitimacin activa.

En el caso del nmero 11, el Tribunal slo podr conocer de la


materia a requerimiento del Senado.

El requerimiento corresponde exclusivamente al Senado.

5. CONTIENDAS DE COMPETENCIA

534. Contiendas de competencia entre autoridades polticas o ad-


ministrativas y tribunales de justicia. Precepta el artculo 93 N 12 de
la Constitucin:

12 Resolver las contiendas de competencia que se susciten entre


las autoridades polticas o administrativas y los tribunales de justicia,
que no correspondan al Senado;.

El Tribunal Constitucional conoce de las contiendas de competen-


cia que se susciten entre las autoridades polticas o administrativas y
los tribunales de justicia, que no correspondan al Senado, es decir, los
tribunales inferiores de justicia.

603
Quinta Parte - El Control de la Administracin

535. Legitimacin activa.

En el caso del nmero 12, el requerimiento deber ser deducido


por cualquiera de las autoridades o tribunales en conflicto.

El requerimiento puede ser deducido por cualquiera de las autori-


dades o tribunales en conflicto.

6. DECLARAR INHABILIDADES INCONSTITUCIONALES

536. Ministro de Estado. Precepta el artculo 93 N13 de la Cons-


titucin:

13 Resolver sobre las inhabilidades constitucionales o legales


que afecten a una persona para ser designada Ministro de Estado,
permanecer en dicho cargo o desempear simultneamente otras fun-
ciones;.

Recordemos que, de acuerdo a los artculos 34 de la Constitucin


y 40 inciso 1 de la LOC de BGAE N 18.575, para ser ser nombrado
Ministro de Estado se requiere ser chileno, tener cumplidos veintin
aos de edad y reunir los requisitos generales para el ingreso a la Ad-
ministracin Pblica.

537. Legitimacin activa. Hay accin pblica.

7. RESOLUCIN DE CONFLICTOS ENTRE EL PRESIDEN-


TE Y EL CONGRESO

538. Resolucin de conflictos entre el Presidente y el Congreso.


Precepta el artculo 93 N 16 de la Constitucin:

604
Curso de Derecho Administrativo

16 Resolver sobre la constitucionalidad de los decretos supre-


mos, cualquiera sea el vicio invocado, incluyendo aquellos que fue-
ren dictados en el ejercicio de la potestad reglamentaria autnoma del
Presidente de la Repblica cuando se refieran a materias que pudieran
estar reservadas a la ley por mandato del artculo 63.

539. Legitimacin activa.

En el caso del nmero 16, el Tribunal slo podr conocer de la


materia a requerimiento de cualquiera de las Cmaras efectuado den-
tro de los treinta das siguientes a la publicacin o notificacin del
texto impugnado. En el caso de vicios que no se refieran a decretos
que excedan la potestad reglamentaria autnoma del Presidente de la
Repblica tambin podr una cuarta parte de los miembros en ejercicio
deducir dicho requerimiento.

Puede deducir dicho requerimiento:

1. Cualquiera de las Cmaras, efectuado dentro de los treinta das


siguientes a la publicacin o notificacin del texto impugnado.

2. Una cuarta parte de los miembros en ejercicio de cualquiera de


las Cmaras, en el caso de vicios que no se refieran a decretos
que excedan la potestad reglamentaria autnoma del Presiden-
te de la Repblica.

De acuerdo a la propia jurisprudencia del Tribunal Constitucional,


el control de los decretos supremos se extiende tanto a los decretos
dictados en ejercicio de la potestad reglamentaria autnoma como a los
dictados en ejercicio de la potestad reglamentaria de ejecucin.

605
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Noveno: Que la Constitucin Poltica, al facultar al Tribunal


Constitucional para resolver sobre la constitucionalidad de los de-
cretos supremos, lo ha hecho en trminos amplios. As, el control se
extiende tanto a los decretos dictados en ejercicio de la potestad re-
glamentaria autnoma como a los dictados en ejercicio de la potestad
reglamentaria de ejecucin, sean stos de efectos generales o particu-
lares, y respecto a la causa que hace procedente el control, la Constitu-
cin seala de modo explcito que el Tribunal tiene competencia para
conocer de la cuestin de constitucionalidad cualquiera sea el vicio
invocado347.

540. Apreciacin de los hechos. Artculo 93 incisos penltimo y


final de la Constitucin:

El Tribunal Constitucional podr apreciar en conciencia los he-


chos cuando conozca de las atribuciones indicadas en los nmeros 10,
11 y 13, como, asimismo, cuando conozca de las causales de cesacin
en el cargo de parlamentario.

En los casos de los numerales 10, 13 y en el caso del numeral 2


cuando sea requerido por una parte, corresponder a una sala del Tri-
bunal pronunciarse sin ulterior recurso, de su admisibilidad.

El Tribunal Constitucional puede apreciar en conciencia los he-


chos, o sea, sujeto al sistema probatorio de libre conviccin, en los si-
guientes casos:

1. Cuando conozca de las atribuciones indicadas en los nmeros


10, 11 y 13,


347
Sentencia del Tribunal Constitucional , Rol N 740, de 18 de abril de 2008, considerando N 9.

606
Curso de Derecho Administrativo

2. Cuando conozca de las causales de cesacin en el cargo de par-


lamentario.

III. EFECTOS DE LAS RESOLUCIONES DEL TRIBUNAL


CONSTITUCIONAL

541. Efectos de las resoluciones del Tribunal Constitucional. So-


bre el particular el artculo 94 del Cdigo Fundamental:

Contra las resoluciones del Tribunal Constitucional no proceder


recurso alguno, sin perjuicio de que puede, el mismo Tribunal, confor-
me a la ley, rectificar los errores de hecho en que hubiere incurrido.

Las disposiciones que el Tribunal declare inconstitucionales no po-


drn convertirse en ley en el proyecto o decreto con fuerza de ley de
que se trate.

En el caso del N 16 del artculo 93, el decreto supremo impugnado


quedar sin efecto de pleno derecho, con el solo mrito de la sentencia
del Tribunal que acoja el reclamo. No obstante, el precepto declarado
inconstitucional en conformidad a lo dispuesto en los numerales 2, 4
7 del artculo 93, se entender derogado desde la publicacin en el
Diario Oficial de la sentencia que acoja el reclamo, la que no produci-
r efecto retroactivo.

Las sentencias que declaren la inconstitucionalidad de todo o parte


de una ley, de un decreto con fuerza de ley, de un decreto supremo o
auto acordado, en su caso, se publicarn en el Diario Oficial dentro de
los tres das siguientes a su dictacin.

A. La sentencias del Tribunal Constitucional son de nica ins-


tancia ya que no procede recurso alguno, sin perjuicio de que puede,

607
Quinta Parte - El Control de la Administracin

el mismo Tribunal, conforme a la ley, rectificar los errores de hecho en


que hubiere incurrido.

B. Las disposiciones que el Tribunal declare inconstitucionales


no podrn convertirse en ley en el proyecto o decreto con fuerza de
ley de que se trate.

En el caso del N 16 del artculo 93, el decreto supremo impugnado


quedar sin efecto de pleno derecho, con el solo mrito de la sentencia
del Tribunal que acoja el reclamo. No obstante, el precepto declarado
inconstitucional en conformidad a lo dispuesto en los Ns. 2, 4 7 del
artculo 93, se entender derogado desde la publicacin en el Diario
Oficial de la sentencia que acoja el reclamo, la que no producir efecto
retroactivo.

Las sentencias que declaren la inconstitucionalidad de todo o parte


de una ley, de un decreto con fuerza de ley, de un decreto supremo o
auto acordado, en su caso, se publicarn en el Diario Oficial dentro de
los tres das siguientes a su dictacin.

542. Jurisprudencia. Tribunal Constitucional, segn queda de ma-


nifiesto en la sentencia rol N 231, en cuyo considerando 7 ese Or-
ganismo seala que sus consideraciones estn circunscritas en forma
exclusiva a la eventual constitucionalidad o inconstitucionalidad de las
situaciones que ante l se deducen o plantean. Es ajena a sus atribu-
ciones toda consideracin sobre el mrito o demrito de las normas
que le corresponde conocer, por lo que no procede tener en cuenta o
incorporar a los fundamentos de sus resoluciones cualquier elemento
de ese carcter.

En el mismo sentido, el Tribunal Constitucional seala, en el consi-


derando 38 de su sentencia Rol N 325, que las alegaciones que en esa

608
Curso de Derecho Administrativo

oportunidad se hicieron valer miraban al mrito de la norma, lo que cla-


ramente excede la rbita de su competencia, ya que slo le corresponde
un examen jurdico de constitucionalidad del impugnado decreto, de-
biendo prescindir de cualquier consideracin o raciocinio factual.

como reiteradamente se ha declarado por esta sede, dichos jui-


cios de mrito, oportunidad o conveniencia, se encuentran radicados
en los rganos de los cuales emana la respectiva regulacin. No es en
consecuencia procedente que un requerimiento enderezado a que este
Tribunal se aboque a analizar y decidir ms all de su esfera de atribu-
ciones, que en esta materia importa slo un examen jurdico de consti-
tucionalidad del impugnado decreto, debiendo prescindir de cualquier
consideracin o raciocinio factual.

Al expresar que no es competente para pronunciarse sobre los fun-


damentos de mrito, oportunidad o conveniencia que haya tenido la
autoridad para dictar la norma respectiva, est reconociendo la potestad
de aqulla para buscar las frmulas normativas que le parezcan ms
convenientes para la realizacin del bien comn.

Idntico criterio ha sido sostenido en la sentencia Rol N 334, con-


siderando 23.

609
CAPTULO V

EL CONTROL JURISDICCIONAL

543. Introduccin. El sistema jurisdiccional chileno forma parte


tambin del diseo de control administrativo. A continuacin nos refe-
riremos, exclusivamente, al derecho a la accin y al recurso de protec-
cin.

I. DERECHO A LA ACCIN

544. Texto Constitucional. Precepta el artculo 19 N 3 inciso 1


de la Constitucin que:

La igual proteccin de la Ley en el ejercicio de sus derechos.

El derecho a la accin entendido como el derecho a la actividad


procesal, es decir, a acceder al sistema jurisdiccional para la tutela de
los derechos e intereses legtimos de la persona348. Esto se concreta en
la obligacin de proveer: la accin deducida debe ser admitida a trami-
tacin salvo que se incumplan los requisitos legales (Art. 254 CPC).

El derecho a la accin es el poder jurdico de impetrar la actividad


jurisdiccional. Es un mecanismo que nos entrega el legislador con el fin
de tutelar los derechos sustantivos garantizados constitucionalmente.

348
Tambin se reconoce este derecho en Soto Kloss, Eduardo: Derecho Administrativo. Ba-
ses Fundamentales, tomo II, El principio de juridicidad, 1 edicin, Editorial Jurdica de
Chile, Santiago, 1996.

611
Quinta Parte - El Control de la Administracin

545. Bloque constitucional. El derecho a la accin se concreta en


diversos instrumentos internacionales sobre derechos humanos, que
ratificados y vigentes constituyen un componente del sistema jurdico
constitucional interno: el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Po-
lticos en su artculo 14.1 dispone:

1. Todas las personas son iguales ante los tribunales y cortes de


justicia. Toda persona tendr derecho a ser oda pblicamente y con
las debidas garantas por un tribunal competente, independiente e
imparcial, establecido por la ley, en la substanciacin de cualquier
acusacin de carcter penal formulada contra ella o para la determi-
nacin de sus derechos u obligaciones de carcter civil. La prensa y
el pblico podrn ser excluidos de la totalidad o parte de los juicios
por consideraciones de moral, orden pblico o seguridad nacional
en una sociedad democrtica, o cuando lo exija el inters de la vida
privada de las partes o, en la medida estrictamente necesaria en opi-
nin del tribunal, cuando por circunstancias especiales del asunto
la publicidad pudiera perjudicar a los intereses de la justicia; pero
toda sentencia en materia penal o contenciosa ser pblica, excepto
en los casos en que el inters de menores de edad exija lo contrario,
o en las actuaciones referentes a pleitos matrimoniales o a la tutela
de menores.

A su turno, la Convencin Americana sobre Derechos Humanos,


denominada Pacto de San Jos de Costa Rica, en su artculo 8.1 pre-
cepta:

1. Toda persona tiene derecho a ser oda, con las debidas garan-
tas y dentro de un plazo razonable, por un juez o tribunal competente,
independiente e imparcial, establecido con anterioridad por la ley, en
la sustanciacin de cualquier acusacin penal formulada contra ella,

612
Curso de Derecho Administrativo

o para la determinacin de sus derechos y obligaciones de orden civil,


laboral, fiscal o de cualquier otro carcter349.

II. ACCIN DE PROTECCIN

546. Texto Constitucional. El artculo 20 del Cdigo Poltico con-


sagra la accin de proteccin.

El que por causa de actos u omisiones arbitrarios o ilegales sufra


privacin, perturbacin o amenaza en el legtimo ejercicio de los dere-
chos y garantas establecidos en el artculo 19, nmeros 1, 2, 3 inciso
cuarto, 4, 5, 6, 9 inciso final, 11, 12, 13, 15, 16 en lo relativo a
la libertad de trabajo y al derecho a su libre eleccin y libre contrata-
cin, y a lo establecido en el inciso cuarto, 19, 21, 22, 23, 24 y 25
podr ocurrir por s o por cualquiera a su nombre, a la Corte de Ape-
laciones respectiva, la que adoptar de inmediato las providencias que
juzgue necesarias para restablecer el imperio del derecho y asegurar la
debida proteccin del afectado, sin perjuicio de los dems derechos que
pueda hacer valer ante la autoridad o los tribunales correspondientes.

Proceder, tambin, el recurso de proteccin en el caso del N 8 del


artculo 19, cuando el derecho a vivir en un medio ambiente libre de


349
En la Declaracin Universal de Derechos Humanos, artculo 10, se lee: Toda persona tiene
derecho en condiciones de igualdad a ser oda pblicamente y con justicia por un tribunal inde-
pendiente e imparcial, para la determinacin de sus derechos y obligaciones o para el examen
de cualquier acusacin contra ella en materia penal. La Constitucin espaola de 1978, en su
artculo 24, prescribe, N 1: Todas las personas tienen derecho a obtener la tutela efectiva de
los jueces y tribunales en el ejercicio de sus derechos e intereses legtimos sin que, en ningn
caso, pueda producirse indefensin. Por su parte, la Constitucin italiana en su artculo 24,
seala: todos pueden actuar en juicio para tutelar sus propios derechos y legtimos intereses.
La defensa es un derecho inviolable en cualquier estado o grado del procedimiento. La Cons-
titucin alemana, en su artculo 19.4. prescribe: Toda persona cuyos derechos sean vulnerados
por el poder pblico podr recurrir a la va judicial. Si no hubiera otra jurisdiccin competente
para conocer el recurso, la va ser la de los tribunales ordinarios.

613
Quinta Parte - El Control de la Administracin

contaminacin sea afectado por un acto arbitrario e ilegal imputable a


una autoridad o persona determinada.

547. Concepto. En base a lo dispuesto por el artculo 20 de la Ley


Fundamental, entendemos que el recurso o accin de proteccin es una
accin procesal constitucional y cautelar, que tiene por objeto restable-
cer el imperio del derecho y asegurar la debida proteccin del afecta-
do, sin perjuicio de los dems derechos que pueda hacer valer ante la
autoridad o los tribunales correspondientes, cuando por causa de actos
u omisiones arbitrarios o ilegales sufra cualquier privacin, pertur-
bacin o amenaza en el legtimo ejercicio de los derechos y garantas
establecidas en el artculo 19 de la Constitucin que de acuerdo con el
Art. 20 de la misma sean susceptibles de ser recurridas de proteccin.

548. Caractersticas. La accin constitucional de proteccin pre-


senta diversas particularidades:

A. Accin constitucional. En efecto, el recurso de proteccin es


tambin una accin procesal y cautelar de los derechos constitucionales
positivados en el Art. 19 N 7 de la Ley Fundamental, esto es, la libertad
personal y seguridad individual, por tanto, de rango constitucional350.

La naturaleza cautelar de la accin de proteccin, concuerda con lo


ha declarado la Corte Suprema en su fallo de fecha 31 de mayo de 2006,
en la causa Rol N 1.717, del mismo ao, al expresar en el considerando
10, que:


350
En este mismo sentido vase Nogueira Humberto: Dogmtica Constitucional, Ediciones
Universidad de Talca, Talca, 1997, pp. 243-244; y Verdugo, Mario; Pfeffer, Emilio,
y Nogueira, Humberto: Derecho Constitucional, tomo I, 2 edicin, Editorial Jurdica de
Chile, Santiago, 1999, pp. 71 y 338.

614
Curso de Derecho Administrativo

...el amparo que asegura la accin constitucional deducida, no


es condicional, ni accesorio, no puede interrumpirse ni suspenderse
de modo alguno, puesto que el texto del precepto busca como objetivo
bsico poner pronto remedio, frente a los efectos que puede ocasionar,
a un derecho relevante y esencial de toda persona, un acto que prima
facie, puede reputarse como arbitrario o ilegal y que prive, perturbe o
amenace el legtimo ejercicio de tal derecho. Y desde esta perspectiva
el constituyente complet la idea estableciendo en la parte final del
inciso primero que el ejercicio irrestricto de la accin de proteccin lo
era sin perjuicio de los dems derechos que pueda hacer valer el afec-
tado, ante la autoridad o los tribunales correspondientes.

La jurisprudencia de los Tribunales de Justicia ha sentenciado reite-


radamente que asuntos que por su naturaleza son de lato conocimiento,
quedan al margen del recurso de proteccin por ser ajenos al objetivo
propio de esta accin cautelar. En este sentido, la Corte de Apelaciones
de Santiago ha concluido que:

la finalidad propia del recurso de proteccin es la de restablecer


la vigencia del derecho, reaccionando frente a una situacin anormal
y evidente que atenta contra alguna de las garantas que establece la
Constitucin. Se trata de una accin cautelar de origen constitucional
que protege a los individuos mediante ciertas providencias que evitan
que los efectos del acto arbitrario e ilegal que haya amagado un dere-
cho indiscutido y palmario, pero en ningn caso puede tener por objeto
la declaracin o constitucin de derechos en atencin a la naturaleza
de la misma institucin protectiva , a las circunstancias procesales
en que se desenvuelve el conflicto, ausencia de oportunidades adecua-
das para la produccin y crtica de la prueba y para un fallo debida-
mente informado y tranquilamente meditado, tambin a la finalidad del
llamado recurso de proteccin que es la adopcin de medidas de segu-
ridad y tutela, y finalmente, al llamado efecto de cosa juzgada formal

615
Quinta Parte - El Control de la Administracin

que tiene la sentencia que lo resuelve. Sentencias de fechas 5 de


septiembre de 1983 y 26 de marzo de 1984, recadas respectivamente
en los recursos de proteccin Ns. Ingreso Corte 114-83 y 14-84 351.

B. Informalidad. Carcter informal.

C. Unilateralidad. Da origen a un procedimiento informado por el


principio de unilateralidad procedimiento unilateral y no contencio-
so, no se emplaza a nadie, puesto que slo se pide la proteccin de una
garanta constitucional352.

D. Supletoriedad. Es una accin de carcter supletorio, ya que


existen otras acciones constitucionales ms especficas que tienden a
proteger aquellas garantas fundamentales no amparadas por el artculo
20 de la Constitucin, como son: la de nacionalidad, la de ciudadana,
la de amparo, la de indemnizacin por error judicial, la de amparo eco-
nmico, etc.

E. Objeto. El objeto que persigue el ejercicio de esta accin proce-


sal consiste en restablecer el imperio del derecho y asegurar la debida
proteccin del afectado, sin perjuicio de los dems derechos que pueda
hacer valer ante la autoridad o los tribunales correspondientes, cuando
por causa de actos u omisiones arbitrarios o ilegales sufra cualquier
privacin, perturbacin o amenaza en el legtimo ejercicio de aquellos
derechos reconocidos en el artculo 19 de la Constitucin que, de acuer-
do con el artculo 20 de la misma, sean susceptibles de ser recurridas
de proteccin.


351
Considerando 6 de sentencia de la lltma. Corte de Apelaciones de Santiago de 25 de mayo
de 1984, dictada en recurso de proteccin causa Rol N 77-84.

352
Sobre este punto vase Nogueira, Humberto: Dogmtica Constitucional, Ediciones Uni-
versidad de Talca, Talca, 1997, p. 244.

616
Curso de Derecho Administrativo

Conforme lo ha expresado la jurisprudencia de los Tribunales de


Justicia, tratndose de determinar si una actuacin administrativa se
ajusta o no a la ley, parece ser ciertamente de competencia de una ac-
cin que supone un estudio de lato conocimiento que excede el marco
propio de este recurso (Recurso de Proteccin, Rol N 2.767, de 2006,
Corte de Apelaciones de Santiago).

F. Titular de la accin. El sujeto activo de la accin son las perso-


nas naturales, morales y jurdicas, afectados por una accin u omisin
arbitraria o ilegal (directa) o por cualquiera a su nombre (indirecta).

Privacin: prohibicin de ejercer su derecho.

Perturbacin: goce trabado.

Amenaza: inminente posibilidad de que pueda ocurrir un acto que


perjudique.

G. Tribunal competente. El Auto Acordado de la Excma. Corte


Suprema de 27 de junio de 1992, que regula la tramitacin del recurso
de proteccin contemplado en el citado artculo 20 de la Constitucin
Poltica, dispone en su nmero 1 que ste se interpondr ante la Corte
de Apelaciones en cuya jurisdiccin se hubiere cometido el acto o incu-
rrido en la omisin arbitraria o ilegal que ocasione privacin, perturba-
cin o amenaza en el legtimo ejercicio de las garantas a que se refiere
el mencionado precepto constitucional.

H. Plazo. El Auto Acordado respectivo dispone, en su N 1, que


ste se interpondr dentro del plazo fatal de quince das corridos con-
tados desde la ejecucin del acto o la ocurrencia de la omisin o, segn
la naturaleza de stos, desde que se haya tenido noticias o conocimiento
cierto de los mismos, lo que se har constar en autos.

617
Quinta Parte - El Control de la Administracin

La Corte puede disponer orden de no innovar.

549. Requisitos.

A. Un derecho comprometido. Segn lo expresado por la juris-


prudencia de los Tribunales de Justicia, ...la arbitrariedad implica ca-
rencia de razonabilidad en el actuar u omitir, falta de proporcin entre
los motivos y el fin a alcanzar; ausencia de ajuste entre los medios
empleados y el objetivo a tener o aun inexistencia de los hechos que
fundamentan un actuar.... Por su parte, la ilegalidad se produce cuan-
do ...no se atiene a la normativa por la que debe regirse o cuando un
rgano ejerce atribuciones exclusivas en forma indebida contrariando
a la ley..., situaciones que en este caso no acontecen (Recurso de Pro-
teccin N 49-2007, Corte de Apelaciones de Concepcin).

B. Un inters.

C. Una calidad o titularidad de la accin.

D. Una capacidad procesal.

550. Derechos protegidos. En conformidad al Art. 20 de la Cons-


titucin, slo son susceptibles de proteccin las siguientes garantas
constitucionales que contiene el artculo 19 del mismo texto:

1. El derecho a la vida y a la integridad fsica y psquica de la


persona (Art. 19 N 1 CPR).

2. La igualdad ante la ley (Art. 19 N 2 CPR).

3. La legalidad del tribunal (Art. 19 N 3 inc. 4 CPR).

618
Curso de Derecho Administrativo

A pesar de la estricta redaccin empleada por el Art. 20, des-


de una interpretacin sistemtica y finalista del Texto Funda-
mental, estimamos que es tambin procedente esta accin con
respecto a las dems garantas que comprende el Art. 19 N 3,
puesto que se trata de una especificacin de la igualdad ante la
ley que s est resguardada por el recurso de proteccin.

4. El respeto y proteccin a la vida privada y pblica y a la honra


de la persona y su familia (Art. 19 N 4 CPR).

5. La inviolabilidad del hogar y de toda forma de comunicacin


privada (Art. 19 N 5 CPR).

6. La libertad de conciencia y de culto (Art. 19 N 6 CPR).

7. El derecho a vivir en un medio ambiente libre de contaminacin


(Art. 19 N 8 CPR).

8. El derecho a elegir el sistema de salud, sea estatal o privado


(Art. 19 N 9 inc. final CPR).

9. La libertad de enseanza (Art. 19 N 11 CPR).

10. La libertad de opinin e informacin (Art. 19 N 12 CPR).

11. El derecho de reunin (Art. 19 N 13 CPR).

12. El derecho de asociacin (Art. 19 N 15 CPR).

13. La libertad de trabajo y la libertad de afiliacin y desafiliacin


a entidades laborales (Art. 19 N 16 inc. 4 CPR).

619
Quinta Parte - El Control de la Administracin

14. El derecho de sindicacin (Art. 19 N 19 CPR).

15. El derecho a desarrollar cualquier actividad econmica (Art.


19 N 21 CPR).

16. La no discriminacin arbitraria en el trato que deben dar el


Estado y sus organismos en materia econmica (Art. 19 N 22
CPR).

17. La libertad para adquirir el dominio de toda clase de bienes


(Art. 19 N 23 CPR).

18. El derecho de propiedad (Art. 19 N 24 CPR).

19. La propiedad intelectual e industrial (Art. 19 N 25 CPR).

No procede, en consecuencia, recurrir de proteccin por el dere-


cho a:

1. La libertad personal y seguridad individual (Art. 19 N 7), que


puede ser accionada mediante el amparo constitucional;

2. El derecho a la proteccin de la salud (Art. 19 N 9);

3. El derecho a la educacin (Art. 19 N 10);

4. El derecho de peticin (Art. 19 N 14);

5. La igualdad ante las cargas pblicas (Art. 19 N 17), y

6. La no discriminacin econmica por parte del estado (Art. 19


N 20).

620
Curso de Derecho Administrativo

Adems, el derecho a la libertad empresarial cuenta con la accin


amparo econmico (Art. 19 N 21 de la Constitucin).

As, ha sostenido la Corte de Apelaciones de Santiago que:

quien recurre de proteccin debe proporcionar, pormenoriza-


damente, los elementos de juicio y dems antecedentes concretos que
demuestren de manera fehaciente cmo se ha producido la privacin,
perturbacin o amenaza en el legtimo ejercicio de la garanta que se
supone transgredida, y acreditar la relacin de causalidad existente
entre esta situacin y el acto recurrido...353.

Debe tenerse en consideracin que la reiterada jurisprudencia ju-


dicial ha manifestado que se encuentra: ...dentro de la rbita de las
atribuciones de la Contralora General de la Repblica la de emitir
dictmenes sobre las materias contempladas en el artculo 6 de su
Ley Orgnica, y tambin la de pronunciarse sobre la legalidad de las
resoluciones de los jefes de servicio, lo que descarta la ilegitimidad
de origen y sobre aqulla de ejercicio el recurso no seala exacta-
mente de qu forma se habra apartado la Contralora de la legalidad
vigente al pronunciarse, pero, sin duda no constituye arbitrariedad el
hecho de razonar y fundar una decisin, cual ha hecho el rgano con-
tralor, sin que, al respecto, la discrepancia manifestada por el recu-
rrente con la interpretacin del organismo autorizado, transforme en
ilegtimo el acto (Sentencia de la Corte de Apelaciones de Santiago
de 7 de noviembre de 2007, Rol N 3.212-07).

353
Considerando 6 de sentencia de la Iltma. Corte de Apelaciones de Santiago de 25 de mayo
de 1984, dictada en recurso de proteccin causa Rol N 77-84.

621
Quinta Parte - El Control de la Administracin

551. Procedimiento.

A. Informe. La Corte solicitar informe a la persona recurrida, ya


que conoce en cuenta de la admisibilidad de la accin.

B. Orden de no innovar. El actor puede solicitar.

C. Autos en relacin. La causa se agrega extraordinariamente a la ta-


bla, y slo se puede suspender la vista por una vez por motivo calificado.

D. Prueba. Apreciacin en conciencia.

Tribunal puede adoptar todas las medidas para el mejor acierto


del fallo.

E. Sentencia. La sentencia definitiva debe dictarse dentro de 15


das hbiles.

1. Si la sentencia acoge, dispondr las medidas en orden a reesta-


blecer el imperio del Derecho.

2. Si la sentencia rechaza, dispone el archivo del caso.

La sentencia produce cosa juzgada formal. La sentencia de protec-


cin genera slo cosa juzgada formal no material, en tanto, su conte-
nido puede ser modificado posteriormente en la sede ordinaria o de lato
conocimiento.

La jurisprudencia de los Tribunales de Justicia ha sentenciado reite-


radamente que asuntos que por su naturaleza son de lato conocimiento
quedan al margen del recurso de proteccin por ser ajenos al objetivo
propio de esta accin cautelar. En este sentido, la Corte de Apelaciones
de Santiago ha concluido que:

622
Curso de Derecho Administrativo

la finalidad propia del recurso de proteccin es la de restable-


cer la vigencia del derecho, reaccionando frente a una situacin anor-
mal y evidente que atenta contra alguna de las garantas que establece
la Constitucin. Se trata de una accin cautelar de origen constitu-
cional que protege a los individuos mediante ciertas providencias que
evitan que los efectos del acto arbitrario e ilegal que haya amagado
un derecho indiscutido y palmario, pero en ningn caso puede tener
por objeto la declaracin o constitucin de derechos en atencin a la
naturaleza de la misma institucin protectiva , a las circunstancias
procesales en que se desenvuelve el conflicto, ausencia de oportunida-
des adecuadas para la produccin y crtica de la prueba y para un fallo
debidamente informado y tranquilamente meditado, tambin a la fina-
lidad del llamado recurso de proteccin que es la adopcin de medidas
de seguridad y tutela, y finalmente, al llamado efecto de cosa juzgada
formal que tiene la sentencia que lo resuelve354.

No obstante, en sentencias de la Excma. Corte Suprema de fecha


2 de junio de 1981 y 28 de noviembre de 1983, las cuales sealaron
que la sentencia que rechaza una accin de proteccin produce cosa
juzgada material, en relacin a una proteccin que se interpone con
posterioridad y en la que se plantean los mismos fundamentos de hecho
y de derecho, concurriendo en este caso la triple identidad que exige el
artculo 177 del Cdigo de Procedimiento Civil, en la especie, identidad
legal de personas (los recurrentes y el recurrido son los mismos en am-
bos recursos), identidad de la cosa pedida e identidad de la causa de pe-
dir, esto es, el fundamento inmediato del derecho deducido en juicio.

354
Sentencias de fechas 5 de septiembre de 1983 y 26 de marzo de 1984, recadas respectiva-
mente en los recursos de proteccin Ns. Ingreso Corte 114-83 y 14-84.
As lo ha declarado la jurisprudencia judicial en el Considerando N 6 de sentencia de la
lltma. Corte de Apelaciones de Santiago de 25 de mayo de 1984, dictada en recurso de pro-
teccin causa Rol N 77-84.

623
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Asimismo, debe tenerse en consideracin lo expresado por esa Ilt-


ma. Corte en orden a que decidir sobre problemas de fondo, por la va
de esta accin cautelar, es exceder el marco propio de este recurso, que
como se ha dicho, pretende que en una gestin sumaria se reponga el
derecho quebrantado, cuando la vulneracin de la garanta constitucio-
nal invocada es manifiesta. ( Recurso de proteccin Rol N 242-87).

Adems, quien recurre de proteccin debe proporcionar, pormeno-


rizadamente, los elementos de juicio y dems antecedentes concretos
que demuestren de manera fehaciente cmo se ha producido la priva-
cin, perturbacin o amenaza en el legtimo ejercicio de la garanta que
se supone transgredida, y acreditar la relacin de causalidad existente
entre esta situacin y el acto recurrido355.

D. Apelacin. Conoce la Corte Suprema dentro de 24 horas.


355
As lo ha declarado la jurisprudencia judicial en el Considerando N 6 de sentencia de la
Iltma. Corte de Apelaciones de Santiago de 25 de mayo de 1984, dictada en recurso de pro-
teccin causa Rol N 77-84.

624
CAPTULO VI

EL CONTROL PARLAMENTARIO

I. ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DE LA CMARA DE DIPU-


TADOS

552. Enumeracin. El artculo 52 de la Constitucin contempla


dos grandes atribuciones exclusivas de la Cmara de Diputados, que
tienen incidencia en el control de la Administracin Pblica.

A. Fiscalizar los actos del gobierno (Art. 52 N 1 CPR).

B. Declarar si han o no lugar las acusaciones constitucionales for-


muladas por sus miembros (Art. 52 N 2 CPR).

1. FISCALIZAR LOS ACTOS DEL GOBIERNO

553. Texto Constitucional. Conforme al artculo 52 N1 de la


Constitucin, son atribuciones exclusivas de la Cmara de Diputados:

1) Fiscalizar los actos del Gobierno. Para ejercer esta atribucin


la Cmara puede:

La Cmara de Diputados ejerce esta funcin de control poltico


como rgano colegiado, sobre los rganos de la Administracin del Es-
tado previstos en el artculo 1 de la LOC N 18.575, con excepcin de
ciertos rganos autnomos constitucionales, que son:

1. La Contralora General de la Repblica.

625
Quinta Parte - El Control de la Administracin

2. El Banco Central.

3. Los Gobiernos Regionales.

4. Las Municipalidades.

Las funciones de fiscalizacin son tres:

A. Adoptar acuerdos o sugerir observaciones.

B. Citar a un Ministro de Estado.

C. Crear comisiones especiales investigadoras.

A. Adoptar acuerdos o sugerir observaciones. Conforme al ar-


tculo 52 N1 letra a) de la Constitucin, para fiscalizar los actos del
gobierno, la Cmara de diputados puede:

a) Adoptar acuerdos o sugerir observaciones, con el voto de la


mayora de los diputados presentes, los que se transmitirn por escrito
al Presidente de la Repblica, quien deber dar respuesta fundada por
medio del Ministro de Estado que corresponda, dentro de treinta das.

Sin perjuicio de lo anterior, cualquier diputado, con el voto favora-


ble de un tercio de los miembros presentes de la Cmara, podr solici-
tar determinados antecedentes al Gobierno.

El Presidente de la Repblica contestar fundadamente por inter-


medio del Ministro de Estado que corresponda, dentro del mismo plazo
sealado en el prrafo anterior.

En ningn caso los acuerdos, observaciones o solicitudes de antece-


dentes afectarn la responsabilidad poltica de los Ministros de Estado;.

626
Curso de Derecho Administrativo

1. Qurum y contenido. Adoptar acuerdos o sugerir observaciones


con el voto de la mayora de los diputados presentes, los que
se transmitirn por escrito al Presidente de la Repblica, quien
deber dar respuesta fundada por medio del Ministro de Estado
que corresponda, dentro de treinta das.

Sin perjuicio de lo anterior, cualquier diputado, con el voto fa-


vorable de un tercio de los miembros presentes de la Cmara,
podr solicitar determinados antecedentes al Gobierno.

El Presidente de la Repblica contestar fundadamente por in-


termedio del Ministro de Estado que corresponda, dentro del
mismo plazo sealado en el prrafo anterior.

2. Lmites. En ningn caso los acuerdos, observaciones o solicitu-


des de antecedentes afectarn la responsabilidad poltica de los
Ministros de Estado.

B. Citar a un Ministro de Estado. Conforme al artculo 52 N 1


letra b) de la Constitucin, para fiscalizar los actos del gobierno la C-
mara de diputados puede:

b) Citar a un Ministro de Estado, a peticin de a lo menos un


tercio de los diputados en ejercicio, a fin de formularle preguntas en
relacin con materias vinculadas al ejercicio de su cargo.

Con todo, un mismo Ministro no podr ser citado para este efecto
ms de tres veces dentro de un ao calendario, sin previo acuerdo de la
mayora absoluta de los diputados en ejercicio.

La asistencia del Ministro ser obligatoria y deber responder a


las preguntas y consultas que motiven su citacin, y.

627
Quinta Parte - El Control de la Administracin

1. Qurum y contenido. Citar a un Ministro de Estado, a peticin


de a lo menos un tercio de los diputados en ejercicio, a fin de
formularle preguntas en relacin con materias vinculadas al
ejercicio de su cargo.

2. Lmites. Con todo, un mismo Ministro no podr ser citado para


este efecto ms de tres veces dentro de un ao calendario, sin pre-
vio acuerdo de la mayora absoluta de los diputados en ejercicio.

3. La asistencia del Ministro es obligatoria y debe responder a las


preguntas y consultas que motiven su citacin.

C. Crear comisiones especiales investigadoras. Conforme al ar-


tculo 52 N1 letra c) de la Constitucin, para fiscalizar los actos del
gobierno la Cmara de diputados puede:

c) Crear comisiones especiales investigadoras a peticin de a lo


menos dos quintos de los diputados en ejercicio, con el objeto de reunir
informaciones relativas a determinados actos del Gobierno.

Las comisiones investigadoras, a peticin de un tercio de sus miem-


bros, podrn despachar citaciones y solicitar antecedentes.

Los Ministros de Estado, los dems funcionarios de la Administra-


cin y el personal de las empresas del Estado o de aqullas en que ste
tenga participacin mayoritaria, que sean citados por estas comisio-
nes, estarn obligados a comparecer y a suministrar los antecedentes y
las informaciones que se les soliciten.

No obstante, los Ministros de Estado no podrn ser citados ms de


tres veces a una misma comisin investigadora, sin previo acuerdo de
la mayora absoluta de sus miembros.

628
Curso de Derecho Administrativo

La ley orgnica constitucional del Congreso Nacional regular el fun-


cionamiento y las atribuciones de las comisiones investigadoras y la forma
de proteger los derechos de las personas citadas o mencionadas en ellas.

1. Qurum y contenido. El congreso puede crear comisiones es-


peciales investigadoras a peticin de a lo menos dos quintos de
los diputados en ejercicio, con el objeto de reunir informaciones
relativas a determinados actos del Gobierno.

Las comisiones investigadoras, a peticin de un tercio de sus


miembros, podrn despachar citaciones y solicitar antecedentes.

Los Ministros de Estado, los dems funcionarios de la Adminis-


tracin y el personal de las empresas del Estado o de aqullas en
que ste tenga participacin mayoritaria, que sean citados por
estas comisiones, estn obligados a comparecer y a suministrar
los antecedentes y las informaciones que se les soliciten.

2. Lmites. No obstante, los Ministros de Estado no podrn ser ci-


tados ms de tres veces a una misma comisin investigadora,
sin previo acuerdo de la mayora absoluta de sus miembros.

La ley orgnica constitucional del Congreso Nacional regular


el funcionamiento y las atribuciones de las comisiones inves-
tigadoras y la forma de proteger los derechos de las personas
citadas o mencionadas en ellas.

2. DECLARAR SI HAN O NO LUGAR LAS ACUSACIONES


CONSTITUCIONALES

554. Causales de acusacin. Conforme al artculo 52 N 2 de la


Constitucin, son atribuciones exclusivas de la Cmara de Diputados:

629
Quinta Parte - El Control de la Administracin

2) Declarar si han o no lugar las acusaciones que no menos de


diez ni ms de veinte de sus miembros formulen en contra de las si-
guientes personas:.

555. Qurum. Equivale a no menos de diez ni ms de veinte dipu-


tados.

A. Presidente de la Repblica. Conforme al artculo 52 N 2 letra


a) de la Constitucin:

a) Del Presidente de la Repblica, por actos de su administra-


cin que hayan comprometido gravemente el honor o la seguridad de
la Nacin, o infringido abiertamente la Constitucin o las leyes. Esta
acusacin podr interponerse mientras el Presidente est en funciones
y en los seis meses siguientes a su expiracin en el cargo. Durante este
ltimo tiempo no podr ausentarse de la Repblica sin acuerdo de la
Cmara;.

Por actos de su administracin que:

1. Hayan comprometido gravemente el honor o la seguridad de la


Nacin, o

2. Hayan infringido abiertamente la Constitucin o las leyes.

B. Ministros de Estado. Conforme al artculo 52 N 2 letra b) de


la Constitucin:

b) De los Ministros de Estado, por haber comprometido grave-


mente el honor o la seguridad de la Nacin, por infringir la Constitu-
cin o las leyes o haber dejado stas sin ejecucin, y por los delitos de
traicin, concusin, malversacin de fondos pblicos y soborno;.

630
Curso de Derecho Administrativo

Tres causales:

1. Por haber comprometido gravemente el honor o la seguridad de


la Nacin;

2. Por infringir la Constitucin o las leyes o haber dejado stas sin


ejecucin, y

3. Por los delitos de traicin, concusin, malversacin de fondos


pblicos y soborno.

C. Magistrados de los tribunales superiores de justicia y del


Contralor General de la Repblica. Conforme al artculo 52 N 2
letra c) de la Constitucin:

c) De los magistrados de los tribunales superiores de justicia y


del Contralor General de la Repblica, por notable abandono de sus
deberes;.

La causal nica es: Por notable abandono de sus deberes.

D. Generales o almirantes de las instituciones pertenecientes a


las Fuerzas de la Defensa Nacional. Conforme al artculo 52 N 2
letra d) de la Constitucin:

d) De los generales o almirantes de las instituciones pertenecien-


tes a las Fuerzas de la Defensa Nacional, por haber comprometido
gravemente el honor o la seguridad de la Nacin, y.

La causal nica consiste en: haber comprometido gravemente el


honor o la seguridad de la Nacin.

631
Quinta Parte - El Control de la Administracin

E. Intendentes y gobernadores. Conforme al artculo 52 N 2 letra


e) de la Constitucin:

e) De los intendentes y gobernadores, por infraccin de la Cons-


titucin y por los delitos de traicin, sedicin, malversacin de fondos
pblicos y concusin.

Comprende dos causales:

1. Por infraccin de la Constitucin, y

2. Por los delitos de traicin, sedicin, malversacin de fondos p-


blicos y concusin.

556. Normas procesales. Conforme al artculo 52 N 2 incisos 2,


3 y 4 de la Constitucin:

La acusacin se tramitar en conformidad a la ley orgnica cons-


titucional relativa al Congreso. Las acusaciones referidas en las letras
b), c), d) y e) podrn interponerse mientras el afectado est en funciones
o en los tres meses siguientes a la expiracin en su cargo. Interpuesta la
acusacin, el afectado no podr ausentarse del pas sin permiso de la
Cmara y no podr hacerlo en caso alguno si la acusacin ya estuviere
aprobada por ella.

Para declarar que ha lugar la acusacin en contra del Presidente


de la Repblica se necesitar el voto de la mayora de los diputados en
ejercicio.

En los dems casos se requerir el de la mayora de los diputados


presentes y el acusado quedar suspendido en sus funciones desde el

632
Curso de Derecho Administrativo

momento en que la Cmara declare que ha lugar la acusacin. La sus-


pensin cesar si el Senado desestimare la acusacin o si no se pronun-
ciare dentro de los treinta.

A. Plazo para la interposicin. En esta materia hay que distinguir


dos hiptesis:

1. La acusacin referida al Presidente puede interponerse mientras


est en funciones y en los seis meses siguientes a su expiracin
en el cargo. Durante este ltimo tiempo no podr ausentarse de
la Repblica sin acuerdo de la Cmara (52 N 2 letra a) CPR).

2. Las acusaciones referidas a en contra de las dems autoridades,


esto es, Ministros de Estado (letra b), magistrados y Contralor
General de la Repblica (letra c), generales o almirantes (letra d),
e intendentes y gobernadores (letra e), podrn interponerse mien-
tras el afectado est en funciones o en los tres meses siguientes a
la expiracin en su cargo Cmara (52 N 2 inciso 2 CPR).

Las acusaciones constitucionales se formularn siempre por escrito


y se tendrn por presentadas desde el momento en que se d cuenta de
ellas en la Cmara de Diputados, lo que deber hacerse en la sesin ms
prxima que sta celebre (Art. 37 LOC N 18.918).

En la misma sesin en que se d cuenta de una acusacin, la C-


mara de Diputados proceder a elegir, a la suerte y con exclusin de
los acusadores y de los miembros de la mesa, una comisin de cinco
diputados para que informe si procede o no la acusacin (Art. 38 LOC
N 18.918).

B. Efectos de la interposicin. Interpuesta la acusacin, el afecta-


do no puede ausentarse del pas sin permiso de la Cmara y no podr

633
Quinta Parte - El Control de la Administracin

hacerlo en caso alguno si la acusacin ya estuviere aprobada por ella


(52 N 2 inciso 2 CPR).

C. Comisin de estudio de la acusacin. El afectado con la acu-


sacin ser notificado, personalmente o por cdula por el secretario
de la Cmara de Diputados o por el funcionario que ste designe,
dentro de tercero da contado desde que se d cuenta de la acusacin.
En todo caso, se le entregar al afectado o a una persona adulta de su
domicilio o residencia copia ntegra de la acusacin (Art. 39 inciso 1
LOC N 18.918).

El afectado podr, dentro de dcimo da de notificado, concurrir a


la comisin a hacer su defensa personalmente o presentarla por escrito
(Art. 39 inciso 2 LOC N 18.918).

El secretario de la Cmara certificar todo lo obrado en el expe-


diente respectivo y comunicar estos hechos a la autoridad adminis-
trativa para los efectos de lo dispuesto en el inciso tercero del nmero
2) del artculo 48 de la Constitucin Poltica (Art. 39 inciso 3 LOC
N 18.918).

Si el afectado no asistiere a la sesin a que se le cite o no enviare


defensa escrita se proceder sin su defensa (Art. 40 LOC N 18.918).

D. Admisibilidad de la acusacin. En la ltima sesin que cele-


bre la Cmara para conocer de la acusacin, se votar su admisibilidad
(Art. 46 inciso 1 LOC N 18.918).

La referida sesin slo podr levantarse si se desecha la acusacin o


si sta se acepta. En este ltimo caso se nombrar una comisin de tres
diputados para que la formalice y prosiga ante el Senado (Art. 46 inciso
2 LOC N 18.918).

634
Curso de Derecho Administrativo

Respecto a los qurum el artculo 52 N 2 inciso 4 de la Constitu-


cin distingue dos reglas:

1. Para declarar que ha lugar la acusacin en contra del Presidente de la


Repblica se requiere de la mayora de los diputados en ejercicio.

2. Para declarar que ha lugar la acusacin en contra de las dems


autoridades se necesita la mayora de los diputados presentes.

Salvo el caso del Presidente, en caso de admitir la accin, el acu-


sado queda suspendido en sus funciones desde el momento en que la
Cmara declare que ha lugar la acusacin.

La suspensin cesar si el Senado desestima la acusacin o si no se


pronunciare dentro de los treinta das.

Aprobada la acusacin, la Cmara de Diputados deber comunicar


este hecho al Senado y al afectado, dentro de las veinticuatro horas
siguientes de concluida la sesin a que se refiere este artculo. Del oficio
correspondiente se dar cuenta en la sesin ms prxima que celebre el
Senado (Art. 46 inciso 3 LOC N 18.918).

3. OTRAS ATRIBUCIONES

557. Enumeracin. La enumeracin del artculo 52 no es taxativa,


ya que estn otras atribuciones constitucionales, dentro de las cuales
tambin se encuentran algunas que inciden en el sistema de control ju-
rdico-administrativo, como acontece con la de: Otorgar su acuerdo al
Presidente de la Repblica, para declarar el estado de catstrofe por un
perodo superior a un ao (Art. 41 inciso 2 CPR).

Otorgar su acuerdo al Presidente de la Repblica, para declarar el esta-


do de catstrofe por un perodo superior a un ao (Art. 41 inciso 2 CPR).

635
Quinta Parte - El Control de la Administracin

En efecto, el estado de catstrofe se formaliza mediante la emisin


de un decreto supremo firmado por el Presidente de la Repblica, ya
que no existe delegacin de firma en esta materia.

II. ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DEL SENADO

1. CONOCER DE LA ACUSACIN CONSTITUCIONAL

558. Texto Constitucional. Acorde al artculo 53 N 2 de la Cons-


titucin, corresponde al Senado:

1) Conocer de las acusaciones que la Cmara de Diputados enta-


ble con arreglo al artculo anterior.

El Senado resolver como jurado y se limitar a declarar si el acusado


es o no culpable del delito, infraccin o abuso de poder que se le imputa.

La declaracin de culpabilidad deber ser pronunciada por los dos


tercios de los senadores en ejercicio cuando se trate de una acusacin
en contra del Presidente de la Repblica, y por la mayora de los sena-
dores en ejercicio en los dems casos.

Por la declaracin de culpabilidad queda el acusado destituido de


su cargo, y no podr desempear ninguna funcin pblica, sea o no de
eleccin popular, por el trmino de cinco aos.

El funcionario declarado culpable ser juzgado de acuerdo a las


Leyes por el tribunal competente, tanto para la aplicacin de la pena
sealada al delito, si lo hubiere, cuanto para hacer efectiva la respon-
sabilidad civil por los daos y perjuicios causados al Estado o a par-
ticulares;.

636
Curso de Derecho Administrativo

Se trata de una funcin de naturaleza jurisdiccional, y que como


hemos sealado puede estar referida al Presidente de la Repblica, los
Ministros de Estado, el Contralor General de la Repblica, los Inten-
dentes y gobernadores.

A. Interposicin. Acorde al artculo 47 inciso 1 de la LOC del


Congreso, puesto en conocimiento del Senado el hecho de que la C-
mara de Diputados ha entablado acusacin constitucional, el primero
proceder a fijar el da en que comenzar a tratar de ella.

La fijacin del da se har en la misma sesin en que se d cuenta de


la acusacin. Si el Congreso estuviere en receso, esta determinacin la
har el presidente del Senado (Art. 47 inciso 2 LOC N 18.918).

En armona con el derecho al debido proceso (Art. 19 N 3 CPR) y


el principio de bilateralidad de la audiencia el artculo 49 de la LOC del
Congreso prescribe que: El Senado citar al acusado y a la comisin
de diputados designada para formalizar y proseguir la acusacin a cada
una de las sesiones que celebre para tratarla.

B. Formalizacin y discusin. Formalizarn la acusacin los Di-


putados miembros de la comisin especial. Si no concurren, se tendr
por formalizada con el oficio de la Cmara de Diputados (Art. 50 inciso
1 LOC N 18.918).

A continuacin hablar el acusado o se leer su defensa escrita. El


acusado podr ser representado por un abogado (Art. 50 inciso 2 LOC
N 18.918).

Los diputados miembros de la comisin especial tendrn derecho


a rplica, y el acusado, a dplica. Cumplido lo anterior, el presiden-

637
Quinta Parte - El Control de la Administracin

te anunciar que la acusacin se votar en la sesin especial siguiente


(Art. 50 inciso 3 LOC N 18.918).

C. Votacin y fallo. El senado resuelve como jurado, vale decir,


que falla en conciencia y se limita a declarar si el acusado es o no cul-
pable del delito, infraccin o abuso de poder que se le imputa (Art. 53
N 1 inciso 2 CPR).

Cada captulo de la acusacin se votar por separado. Se entiende


por captulo el conjunto de los hechos especficos que, a juicio de la
Cmara de Diputados, constituyan cada uno de los delitos, infraccio-
nes o abusos de poder que, segn la Constitucin Poltica, autorizan
para imponerla (Art. 51 LOC N 18.918).

La declaracin de culpabilidad debe ser pronunciada (Art. 53


N 1 inciso 3 CPR):

1. Por los dos tercios de los senadores en ejercicio cuando se trate


de una acusacin en contra del Presidente de la Repblica, y

2. Por la mayora de los senadores en ejercicio en los dems ca-


sos.

El resultado de la votacin se comunicar al acusado, a la Cmara


de Diputados y, segn corresponda, al Presidente de la Repblica, a la
Corte Suprema o al Contralor General de la Repblica (Art. 52 primera
oracin LOC N 18.918).

Por la declaracin de culpabilidad queda el acusado destituido de


su cargo, y no podr desempear ninguna funcin pblica, sea o no
de eleccin popular, por el trmino de cinco aos (Art. 53 N 1 inciso
4 CPR).

638
Curso de Derecho Administrativo

El funcionario declarado culpable ser juzgado de acuerdo a las


leyes por el tribunal competente, tanto para la aplicacin de la pena
sealada al delito, si lo hubiere, cuanto para hacer efectiva la responsa-
bilidad civil por los daos y perjuicios causados al Estado o a particula-
res (Art. 53 N 1 inciso 5 CPR). Lo que constituye una aplicacin del
principio de independencia del Poder Judicial consagrado en el artculo
76 inciso 1 del Cdigo Poltico.

En armona con el citado precepto constitucional, la LOC del Con-


greso precisa que para los efectos del proceso a que haya lugar, se re-
mitirn todos los antecedentes al tribunal ordinario competente (Art. 52
segunda oracin LOC N 18.918).

2. DESAFUERO DE MINISTROS DE ESTADO

559. Texto Constitucional. Acorde al artculo 53 N 2 de la Cons-


titucin, corresponde al Senado:

2) Decidir si ha o no lugar la admisin de las acciones judiciales


que cualquier persona pretenda iniciar en contra de algn Ministro de
Estado, con motivo de los perjuicios que pueda haber sufrido injusta-
mente por acto de ste en el desempeo de su cargo;.

Es una especie de desafuero para Ministros de Estado.

Requisitos:

A. Con motivo de los perjuicios que pueda haber sufrido injusta-


mente, es decir, con infraccin al ordenamiento jurdico.

B. Los perjuicios deben ser generados por acto de ste en el des-


empeo de su cargo.

639
Quinta Parte - El Control de la Administracin

3. CONTIENDAS DE COMPETENCIA

560. Texto Constitucional. Acorde al artculo 53 N 2 de la Cons-


titucin, corresponde al Senado:

3) Conocer de las contiendas de competencia que se susciten entre


las autoridades polticas o administrativas y los tribunales superiores
de justicia;.

El Senado conoce de las contiendas de competencia que se susciten


entre las autoridades polticas o administrativas y los tribunales supe-
riores de justicia, esto es, la Corte Suprema y las Cortes de Apelaciones.
A su turno, las contiendas que se generen entre tales autoridades y los
tribunales inferiores corresponden a la Corte Suprema, en conformidad
al artculo 82 de la Constitucin.

4. PRESTAR O NEGAR SU CONSENTIMIENTO AL PRESI-


DENTE

561. Texto Constitucional. Acorde al artculo 53 N 2 de la Cons-


titucin, corresponde al Senado:

5) Prestar o negar su consentimiento a los actos del Presidente


de la Repblica, en los casos en que la Constitucin o la Ley lo re-
quieran.

Si el Senado no se pronunciare dentro de treinta das despus de


pedida la urgencia por el Presidente de la Repblica, se tendr por
otorgado su asentimiento;

Este consentimiento puede referirse, evidentemente, a materias de


Derecho Administrativo.

640
Curso de Derecho Administrativo

5. DAR SU DICTAMEN AL PRESIDENTE DE LA REPBLI-


CA A SOLICITUD DE STE

562. Texto Constitucional. Acorde al artculo 53 N 2 de la Cons-


titucin, corresponde al Senado:

10) Dar su dictamen al Presidente de la Repblica en los casos en


que ste lo solicite.

El Senado, sus comisiones y sus dems rganos, incluidos los co-


mits parlamentarios si los hubiere, no podrn fiscalizar los actos del
gobierno ni de las entidades que de l dependan, ni adoptar acuerdos
que impliquen fiscalizacin.

La solicitud de dictamen puede referirse, evidentemente, a materias


de Derecho Administrativo.

El Senado no puede ejercer funciones fiscalizadoras sobre los actos


del gobierno.

641
Bibliografa

Balaguer Callejn, Mara Luisa: Interpretacin de la Consti-


tucin y Ordenamiento Jurdico, 1 edicin, Editorial Tecnos, Ma-
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Sags, Nstor Pedro: Derecho Procesal Constitucional, tomo 1,


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nal, en Anuario de filosofa jurdica y social, N 7, 1989.

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Cappelletti, Mauro: El control de constitucionalidad de las leyes


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643
Quinta Parte - El Control de la Administracin

Favoreu, Luis: Los Tribunales Constitucionales, Editorial Ariel,


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Editorial Iustel, Madrid, 2006.

644
sexta PARTE

LA FUNCIN PBLICA

CAPTULO I

BASES CONSTITUCIONALES
DE LA FUNCIN PBLICA

I. LA CARRERA FUNCIONARIA

563. Funcin pblica. La Convencin Interamericana contra la


corrupcin, en su artculo 1, define la funcin pblica como toda
actividad temporal o permanente, remunerada u honoraria, realizada
por una persona natural en nombre del Estado o al servicio del Estado
o de sus entidades, en cualquiera de sus niveles jerrquicos.

El artculo 29 del Cdigo Penal define empleado pblico como


aquel que desempee un cargo o funcin pblica, sea en la Adminis-
tracin Central o en instituciones o empresas semifiscales, municipales,
autnomas u organismos creados por el Estado o dependientes de l,
aunque no sean del nombramiento del Jefe de la Repblica ni reciban
sueldos del Estado. No obstar a esta calificacin el que el cargo sea
de eleccin popular.

La Convencin Interamericana contra la corrupcin, en su art-


culo 1, define Funcionario pblico, Oficial Gubernamental o Servidor
pblico, como cualquier funcionario o empleado del Estado o de sus
entidades, incluidos los que han sido seleccionados, designados o elec-

645
Sexta Parte - Funcin Pblica

tos para desempear actividades o funciones en nombre del Estado o al


servicio del Estado, en todos sus niveles jerrquicos.

564. Carrera funcionaria. Texto Constitucional. Conforme al ar-


tculo 38 inciso 1 de la Ley Fundamental:

Una ley orgnica constitucional determinar la organizacin b-


sica de la Administracin Pblica, garantizar la carrera funcionaria
y los principios de carcter tcnico y profesional en que deba fundarse,
asegurar tanto la igualdad de oportunidades de ingreso a ella como la
capacitacin y el perfeccionamiento de sus integrantes.

El artculo 45 inciso 1 de la LOC N 18.575, establece que el per-


sonal de los rganos y servicios pblicos estar sometido a un sistema
de carrera que proteja la dignidad de la funcin pblica y que guarde
conformidad con su carcter tcnico, profesional y jerarquizado.

A su vez, el artculo 43 inciso 1 de la referida Ley N 18.575, es-


tablece que la carrera funcionaria debe regularse en el Estatuto Admi-
nistrativo del personal de los organismos sealados en el inciso 1 del
artculo 21 de dicha ley orgnica constitucional, debiendo considerar
especialmente el ingreso, los deberes y derechos, la responsabilidad ad-
ministrativa y la cesacin de funciones, en conformidad con las bases
establecidas en el prrafo sobre Carrera Funcionaria y en el Ttulo III
de esta ley.

565. Concepto. El artculo 3 literal f) del Estatuto Administrativo


define la carrera funcionaria como un sistema integral de regulacin
del empleo pblico, aplicable al personal titular de planta, fundado
en principios jerrquicos, profesionales y tcnicos que garantiza la
igualdad de oportunidades para el ingreso, la dignidad de la funcin

646
Curso de Derecho Administrativo

pblica, la capacitacin y el ascenso, la estabilidad en el empleo, y


la objetividad en las calificaciones en funcin del mrito y de la an-
tigedad.

Tanto la jurisprudencia constitucional como administrativa, han re-


conocido que la carrera funcionaria constituye un derecho esencial o
fundamental.

As, la sentencia Rol N 239 del Tribunal Constitucional ha sealado


que: La denominada carrera funcionaria en la Administracin del Es-
tado, () es un derecho fundamental de los funcionarios pblicos.

Acorde a la jurisprudencia administrativa (Dictamen N 22.267, de


2006), en concordancia con el carcter de derecho fundamental de la
carrera funcionaria, cabe concluir que el alcance que deba darse a las
normas legales que la regulan, obliga a preferir aquel sentido que favo-
rezca su reconocimiento, por sobre aquellas interpretaciones que pue-
dan afectar o limitar tal garanta, tal como, por lo dems, se desprende
de la obligacin que se impone al Estado en el inciso cuarto del artculo
1 de la Carta Fundamental.

La jurisprudencia de la Contralora General de la Repblica ha se-


alado que los principios a que alude el artculo 38 de la Carta Fun-
damental al garantizar la carrera funcionaria, han sido legalizados por
la referida normativa orgnica constitucional, que junto con el citado
Estatuto Administrativo, se encarga, adems, de desarrollarlos, siendo
dable concluir que todos ellos y, especialmente, el principio de jerar-
qua, estn llamados a inspirar la carrera funcionaria por lo que deben
reflejarse y ser respetados por el legislador delegado al establecer o
modificar los requisitos especficos para el ingreso y promocin de los
cargos contemplados en la respectiva planta de personal del servicio de
que se trate (Dictamen N 7.318, de 2010).

647
Sexta Parte - Funcin Pblica

566. Aspectos que comprende la carrera funcionaria para los


integrantes de la Administracin Pblica.

La sentencia Rol N 239 del Tribunal Constitucional seala que356.

La denominada carrera funcionaria en la Administracin del


Estado, que es un derecho fundamental de los funcionarios pblicos,
implica para que sea operativa, segn lo dispone la propia Carta Fun-
damental, la estabilidad en la funcin o empleo; la promocin, es decir,
la posibilidad de ir ascendiendo, grado a grado, en ese cursus hono-
rium que es la carrera funcionaria, y que conlleva el derecho a que
se respeten las reglas del ascenso; la calificacin en el desempeo de
sus cargos, que hace posible la promocin; y la capacitacin y per-
feccionamiento, que permiten un mejor desempeo en la funcin, una
mejor calificacin funcionaria y la consecuencial posibilidad de pro-
mocin.

As, de lo dispuesto en el artculo 38 inciso 2 de la Constitucin


y la jurisprudencia constitucional, es factible mencionar, al menos, los
siguientes elementos:

A. Igualdad de oportunidades de ingreso a la Administracin


Pblica, en armona con los artculos 19 N 17 y 38 inciso 1 de la
Carta Poltica.

B. Capacitacin y perfeccionamiento. De acuerdo al artculo 19


de la LOC N 18.575 de BGAE la Administracin del Estado asegurar
la capacitacin y el perfeccionamiento de su personal, conducente a
obtener la formacin y los conocimientos necesarios para el desempeo
de la funcin pblica.

Sentencia del TC, de 28 de julio de 1998, considerando N 8.


356

648
Curso de Derecho Administrativo

C. Estabilidad en el empleo. Slo se podr cesar en el cargo por


propia voluntad del empleado o por otra causa legal basada en el des-
empeo deficiente, en la prdida de requisitos para ejercer la funcin,
en el incumplimiento de sus obligaciones o en la supresin del empleo,
salvo en los cargos de confianza exclusiva del Presidente de la Repbli-
ca o del jefe del servicio. (Art. 19 de la LOC N 18.575).

D. Sistema de promociones. Es la posibilidad de ir ascendiendo, gra-


do a grado mediante procedimientos tcnicos y objetivos como son el as-
censo, basado en la antigedad y las calificaciones, o bien, previo concur-
so interno, en armona con el artculo 45 inciso 3 de la LOC N 18.575.

II. RGIMEN JURDICO DEL PERSONAL DE LA ADMINIS-


TRACIN DEL ESTADO

567. Concepto institucional de Estatuto Administrativo. Conce-


bido en sentido amplio o institucional, el concepto de Estatuto Admi-
nistrativo no se identifica exclusivamente con la Ley N 18.834, sino
que abarca diversos cuerpos legales, que podemos sistematizar en base
a los siguientes puntos:

A. Estatutos Administrativos generales. En primer lugar, encon-


tramos los textos que se autodenominan Estatuto Administrativo. Son
la Ley N 18.834 y la Ley N 18.833.

De acuerdo a la jurisprudencia contralora, el Estatuto Administrati-


vo y el Estatuto administrativo para funcionarios municipales constitu-
yen textos de aplicacin general respecto del mbito de los empleados
pblicos a quienes rige, constituyndose en textos integradores de los
principios generales que inspiran el desarrollo de la funcin pblica
(Dictamen N 19.270, de 1999).

649
Sexta Parte - Funcin Pblica

La Ley N 18.834 constituye el Estatuto Administrativo de carcter


general, aplicable supletoriamente a todos los trabajadores que no ten-
gan un cuerpo estatutario especial (supletoriedad de primer grado).

B. Estatutos Administrativos especiales. De conformidad con el


artculo 43 inciso 2 de la LOC N 18.575 y el artculo 162, letra d), de
la Ley N 18.834, cuando las caractersticas de su ejercicio lo requieran,
podrn existir estatutos de carcter especial para determinadas profe-
siones o actividades.

A modo meramente ejemplar, podemos mencionar los siguientes:

1. Estatutos para el personal de las universidades estatales.

Estatuto de la Universidad de Chile, D.F.L. N 153, de


1989357.

Estatuto de la Universidad de Santiago de Chile, D.F.L.


N 149, de 1981.

Estatuto Orgnico de la Universidad Tecnolgica Metropo-


litana, D.F.L. N 2, de 1994, del Ministerio de Educacin.

2. Estatutos para el personal de las instituciones castrenses y de


seguridad pblica:

Estatuto del Personal de las Fuerzas Armadas, D.F.L. N 1,


de 1997, del Ministerio de Defensa Nacional.


357
Cuyo texto refundido, coordinado y sistematizado fue fijado por el Decreto con Fuerza de
Ley N 3, de 2006, del Ministerio de Educacin.

650
Curso de Derecho Administrativo

Estatuto del Personal de Carabineros de Chile, D.F.L. N 2


de 1968, del Ministerio de Defensa Nacional.

Estatuto del Personal de la Polica de Investigaciones de


Chile, D.F.L. N 1, de 1980, del Ministerio de Defensa Na-
cional.

3. Estatutos para el personal de los Ministerios o de sus servicios


dependientes.

Estatuto para el Personal del Ministerio de RR.EE., D.F.L.


N 33, de 1979, del Ministerio de RR.EE.

Estatuto del Personal Gendarmera de Chile, D.F.L. N 1.791,


de 1979, del Ministerio de Justicia.

4. Estatutos para el personal del rea de la salud pblica.

Estatuto de Atencin primaria de Salud Municipal, Ley


N 19.378.

Estatuto Mdico funcionario, Ley N 15.076.

5. Estatutos para el personal del rea de la educacin pblica.

Estatuto Docente, Ley N 19.070358.

No obstante, a los cuerpos estatutarios especiales se les puede apli-


car supletoriamente la Ley N 18.834, Estatuto Administrativo (suple-

358
Cuyo texto refundido, coordinado y sistematizado fue fijado por el D.F.L. N 1, de 1996, del
Ministerio de Educacin.

651
Sexta Parte - Funcin Pblica

toriedad de segundo grado), por disposicin legal expresa con los esta-
tutos que menciona el artculo 162 de la Ley N 18.834.

C. El propio Cdigo del Trabajo. Existen funcionarios que por


mandato legal son sometidos al Cdigo del Trabajo.

A modo meramente ejemplar, podemos mencionar los siguientes:

1. El personal de determinadas empresas pblicas del Estado,


como la Corfo, EFE, Enap, Enaer, Empresa Nacional de Aero-
nutica de Chile (Ley N 18.297).

2. En otros servicios descentralizados como Chiledeportes, hasta


el mximo de trabajadores que autorice la Ley de Presupues-
tos, no obstante que quedan regidos por el ttulo V de la Ley
N 18.834, en materia de responsabilidad administrativa (Art.
27 inciso 2 Ley N 19.712)

3. En servicios centralizados, como la Direccin de General de


Obras Pblicas, dependiente del Ministerio respectivo359.

4. Respecto de los funcionarios del Consejo para la Transparencia


(Ley N 20.285).

5. El personal de las Corporaciones de Asistencia Judicial creadas


por las Leyes N 17.995360 y N 18.632361.


359
Vase el Decreto N 603, de 2004, del Ministerio de Obras Pblicas, que contiene el Reglamento
Interno de los Trabajadores de la Direccin General de Obras Pblicas y sus Servicios Dependien-
tes, afectos al Cdigo del Trabajo, publicado en el Diario Oficial de 10 de diciembre de 2004.
360
Publicada en el Diario Oficial de 8 de mayo de 1981. Regiones Metropolitana, del Bo Bo y
de Valparaso. Decreto Supremo N 995, de Justicia. Decreto Supremo N 265 Reglamento
de la Corporacin.
361
Publicada en el Diario Oficial de 24 de julio de 1987. Regiones de Tarapac y Antofagasta.

652
Curso de Derecho Administrativo

En efecto, acorde a la propia jurisprudencia de la Contralora Ge-


neral, las disposiciones del cdigo laboral, en la medida que rigen a
determinados servidores del Estado, son normas estatutarias de derecho
pblico, que fijan los derechos y obligaciones.

Ello, por cuanto la circunstancia que determinados empleados de


instituciones estatales, carcter que invisten los municipios, estn afec-
tos en su relacin laboral a las normas del derecho privado, no significa
que pierdan su calidad de servidores pblicos, de modo que docentes
de establecimientos educacionales de los municipios, no obstante estar
afectos a esa preceptiva conforme Ley N 18.602, tienen la calidad de
servidores del Estado () en tal caso, el Cdigo del Trabajo constituye
el estatuto administrativo propio de ese personal (Dictamen N 6.456,
de 1991).

En este sentido, se debe agregar que las disposiciones del Cdigo


del Trabajo, en la medida que rigen a determinados servidores del Es-
tado, tienen el carcter de normas estatutarias de derecho pblico, que
fijan los derechos y obligaciones, que deben en la especie respetarse
(Dictamen N 49.757, de 2002).

D. El Cdigo Orgnico de Tribunales, ya que la jurisprudencia


administrativa ha manifestado en Dictmenes Ns. 21.611, de 1990
y 11.043, de 1998, entre otros, que los servidores dependientes de la
Administracin de Justicia, revisten la calidad de empleados pblicos
en atencin a la funcin que les corresponde cumplir, precisada en la
normativa contenida en el Cdigo Orgnico de Tribunales, cuerpo le-
gal que contiene sus deberes, obligaciones, su forma de nombramiento,
requisitos, inhabilidades e incompatibilidades, sus remuneraciones y
previsin, la expiracin de funciones, licencias y feriados, todo lo cual
configura un estatuto jurdico especial.

653
Sexta Parte - Funcin Pblica

Agrega dicha jurisprudencia que dicho ordenamiento especial se


complementa con la aplicacin de ciertos preceptos de la Ley N 18.834,
sobre Estatuto Administrativo, por tratarse ste de un cuerpo legal de
regulacin general para todos los funcionarios pertenecientes a las insti-
tuciones que integran la Administracin Pblica, ya sea en su totalidad,
o en algunas materias contenidas en l, en forma supletoria.

568. mbito de aplicacin del Estatuto Administrativo. El


artculo 1 del Estatuto Administrativo determina su mbito de apli-
cacin orgnico y funcional, esto es la regulacin normativa de las
relaciones laborales entre el Estado y el personal de los siguientes
organismos:

A. Ministerios.

B. Intendencias.

C. Gobernaciones, y

D. Los servicios pblicos centralizados y descentralizados, crea-


dos para el cumplimiento de la funcin administrativa.

Todas las cuales se regularn por las normas de la Ley N 18.834,


sobre Estatuto Administrativo, con las excepciones que establece el in-
ciso segundo del artculo 21 de la Ley N 18.575.

654
CAPTULO II

CARRERA FUNCIONARIA

SECCIN I. EL INGRESO

569. Igualdad en la admisin a empleos y cargos pblicos. El


artculo 19 N 17 de la Constitucin asegura a todas las personas:

La admisin a todas las funciones y empleos pblicos, sin otros


requisitos que los que impongan la Constitucin y las leyes;.

El artculo 25 letra c) del Pacto Internacional de Derechos Civiles y


Polticos dispone que:

Todos los ciudadanos gozarn, sin ninguna de las distinciones


mencionadas en el artculo 2, y sin restricciones indebidas, de los si-
guientes derechos y oportunidades:

()

c) Tener acceso, en condiciones generales de igualdad, a las fun-


ciones pblicas de su pas.

A su turno, el artculo 23 N 1 letra c) y N 2 de la Convencin


Americana sobre Derechos Humanos, denominada Pacto de San Jos
de Costa Rica, dispone:

1. Todos los ciudadanos deben gozar de los siguientes derechos y


oportunidades:

655
Sexta Parte - Funcin Pblica

()

c) de tener acceso, en condiciones generales de igualdad, a las fun-


ciones pblicas de su pas.

2. La Ley puede reglamentar el ejercicio de los derechos y oportu-


nidades a que se refiere el inciso anterior, exclusivamente por razones
de edad, nacionalidad, residencia, idioma, instruccin, capacidad civil
o mental, o condena, por juez competente, en proceso penal.

El artculo 19 N 17, de la Carta Fundamental abarca tanto las fun-


ciones como los cargos o empleos pblicos, lo que lo diferencia del
artculo 38 inciso 1, que est circunscrito slo a estos ltimos.

Por funciones pblicas entendemos aqullas desarrolladas por


organismos de rango constitucional, como el Congreso Nacional, el
Ministerio Pblico, la Contralora General de la Repblica, etc.

A su turno, los empleos pblicos son aquellos que se ejercen a


travs de rganos de inferior jerarqua, como los Ministerios, o los
servicios pblicos centralizados o descentralizados, etc.

Segn los artculos 19 N 17, 38 y 19 N 2 de la Constitucin y 16


inciso 2 de la Ley N 18.575, la Contralora General de la Repblica
ha dictaminado que el derecho a ser admitido a todas las funciones y
empleos pblicos y a participar en igualdad de condiciones en concursos
que permitan acceder a un cargo o funcin pblica o ser promovido den-
tro de un Servicio, tiene rango constitucional, sin que el legislador es-
tablezca prohibiciones, impedimentos o requisitos que permitan excluir
del goce de esos derechos a quienes hacen uso de licencia mdica.

De esta forma, es dable colegir, por una parte, que no habiendo


establecido el legislador expresamente una inhabilidad para participar

656
Curso de Derecho Administrativo

en concursos por encontrarse el funcionario haciendo uso de licencia


mdica, no resulta posible impedir por ese motivo el libre ejercicio del
derecho constitucional consagrado en el nmero 17, del artculo 19, de
la Constitucin, lo cual es sin perjuicio, por otra parte, a que en cum-
plimiento del mandato del artculo 5 de la Constitucin, los rganos
del Estado lleven a cabo las acciones tendientes a velar por la debida
proteccin de la salud a travs del correcto uso de la licencia mdica
de conformidad a la normativa vigente, lo que conlleva, en su caso,
hacer efectivas las responsabilidades en que pueda incurrir el funcio-
nario por causa de la infraccin a las normas legales y reglamentarias
que regulan el uso, otorgamiento o autorizacin del beneficio de que se
trata (Dictamen N 6.221, de 2007).

La jurisprudencia de la Contralora tambin ha concluido que la au-


toridad administrativa, al imponer requisitos de postulacin adicionales
en un concurso o convocado para proveer un cargo pblico, vulnera
las garantas individuales contempladas en el artculo 19, Ns. 2, inciso
segundo, y 17 de la Constitucin Poltica, que le impiden establecer
diferencias arbitrarias y aseguran la admisin a todas las funciones o
empleos pblicos, sin otras exigencias que las que impongan la Carta
Fundamental y las leyes, como asimismo, el principio de juridicidad
consagrado en los artculos 6 y 7 de la Ley Suprema.

Al respecto, la jurisprudencia administrativa de esta Contra-


lora General, contenida en los Dictmenes Ns 15.951, de 2001 y
48.870, de 2005, entre otros, ha concluido que la autoridad adminis-
trativa, al imponer requisitos de postulacin adicionales, vulnera las
garantas individuales contempladas en el artculo 19, Ns. 2, inciso
segundo, y 17 de la Constitucin Poltica, que le impiden establecer
diferencias arbitrarias y aseguran la admisin a todas las funciones o
empleos pblicos, sin otras exigencias que las que impongan la Carta
Fundamental y las leyes, como asimismo, el principio de juridicidad

657
Sexta Parte - Funcin Pblica

consagrado en los artculos 6 y 7 de la Ley Suprema (Dictamen


N 19.333, de 2008).

570. Igualdad de oportunidades de ingreso a la Administracin


Pblica, acorde al artculo 38 inciso 1. El artculo 19 N 17 debe ser
complementado con el artculo 38 inciso 1 de la Carta Constitucional.
Ambos preceptos vienen a concretar el deber asignado al Estado por el
artculo 1 inciso final de la Constitucin, en orden a asegurar igualdad
de oportunidades en la vida social.

Este precepto viene a concretar el deber asignado al Estado por el


artculo 1 inciso final de la Constitucin, en orden a asegurar igual-
dad de oportunidades en la vida social, en armona con el derecho a la
igualdad en la admisin a las funciones y cargos pblicos consagrado
en el artculo 19 N 17 de dicha Norma Suprema.

Como puede observarse, los artculos 19 N 17 y 38 inciso 1 de la


Carta Fundamental aseguran a toda persona el acceso a la condicin de
funcionario pblico, es decir, la constitucin del status funcionarial en
condiciones de igualdad362.

En definitiva, el principio constitucional de igualdad de oportuni-


dades de ingreso a la administracin pblica, se manifiesta en la toma
en consideracin estricta de las caractersticas de vala personal de los
aspirantes, con exclusin de otras consideraciones363.

Ahora bien, debemos recordar que la igualdad de oportunidades de


ingreso a la administracin pblica, prevista en el artculo 38 inciso 1


362
En trminos similares, la Constitucin espaola consagra este derecho en su artculo 103.3.

363
Santamara Pastor, Juan Alfonso: Principios de Derecho Administrativo General,
tomo I, 1 edicin 2004, reimpresin 2006, Editorial Iustel, Madrid, 2006, p. 767.

658
Curso de Derecho Administrativo

de la Constitucin se entiende referida a los cargos o empleos pbli-


cos, esto es, a aquellos que se ejercen a travs de rganos de inferior
jerarqua, como los Ministerios, o los servicios pblicos centralizados
o descentralizados, etc. El Estatuto Administrativo Ley N 18.834364
en su artculo 2 letra a) define cargo pblico como aqul que se con-
templa en las plantas o como empleos a contrata en las instituciones
sealadas en el artculo 1, a travs del cual se realiza una funcin
administrativa.

El artculo 17 inciso 3 del Estatuto Administrativo prohbe todo


acto de discriminacin que se traduzca en exclusiones o preferencias
basadas en motivos de raza, color, sexo, edad, estado civil, sindicacin,
religin, opinin poltica, ascendencia nacional u origen social, que
tengan por objeto anular o alterar la igualdad de oportunidades o trato
en el empleo.

Agrega el inciso 4 del mismo artculo 17 del Estatuto que las distin-
ciones, exclusiones o preferencias basadas en las calificaciones exigidas
para un empleo determinado no sern consideradas discriminacin.

571. Requisitos para el ingreso a la Administracin del Estado.


De acuerdo al artculo 16 inciso 1 de la LOC de BGAE, para ingresar
a la Administracin del Estado se deber cumplir con los requisitos ge-
nerales que determine el estatuto respectivo, y con los que establece su
ttulo II, adems de los exigidos para el cargo que se provea.

364
Publicada en el Diario Oficial de 23 de septiembre de 1989, cuyo texto refundido, coordinado
y sistematizado, fue fijado por el Decreto Supremo N 29, de 2004, del Ministerio de Hacien-
da, publicado en el Diario Oficial de 16 de marzo de 2005.

659
Sexta Parte - Funcin Pblica

Agrega su inciso 2 que todas las personas que cumplan con los
requisitos correspondientes tendrn el derecho de postular en igualdad
de condiciones a los empleos de la administracin del Estado, previo
concurso.

De la preceptiva legal de carcter orgnico-constitucional, se pue-


den distinguir, entonces, tres grupos de exigencias:

A. Requisitos generales que determine el Estatuto. El artculo 12


del Estatuto Administrativo, contenido en la Ley N 18.834365, establece
los requisitos generales de ingreso a la Administracin del Estado.

1. Ser ciudadano.

2. Haber cumplido con la ley de reclutamiento y movilizacin,


cuando fuere procedente.

3. Tener salud compatible con el desempeo del cargo.

4. No haber cesado en un cargo pblico como consecuencia de


haber obtenido una calificacin deficiente, o por medida disci-
plinaria, salvo que hayan transcurrido ms de cinco aos desde
la fecha de expiracin de funciones.

5. No estar inhabilitado para el ejercicio de funciones o cargos


pblicos, ni hallarse condenado por crimen o simple delito, en
relacin con el artculo 54 letra c) de la LOC N 18.575.


365
Publicada en el Diario Oficial de 23 de septiembre de 1989, cuyo texto refundido, coordinado
y sistematizado, fue fijado por el Decreto Supremo N 29, de 2004, del Ministerio de Hacien-
da, publicado en el Diario Oficial de 16 de marzo de 2005.

660
Curso de Derecho Administrativo

B. Requisitos del ttulo II de la LOC N 18.575. Referido al


artculo 44 de la LOC N 18.575, en cuanto exige que el ingreso a la Ad-
ministracin Pblica en calidad de titular se haga por concurso pblico
y la seleccin de los postulantes se efecte mediante procedimientos
tcnicos, imparciales e idneos que aseguren una apreciacin objetiva
de las aptitudes y mritos del postulante.

C. Requisitos especiales del cargo a que se postula, que depende-


rn de la naturaleza especfica del empleo.

572. Requisitos generales que determina el Estatuto Adminis-


trativo. Desarrollemos a continuacin estas exigencias legales de orden
general, que determina la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrati-
vo, para optar a todo cargo pblico:

A. Ser ciudadano. Esta exigencia supone, a su vez, cumplir con los


requisitos previstos en el artculo 13 inciso 1 de la Constitucin, esto
es, ser chileno, haber cumplido dieciocho aos de edad y no haber sido
condenado por delito que merezca pena aflictiva.

De acuerdo con el artculo 41 del Decreto Ley N 1.094, de 1975,


que establece normas sobre extranjeros en Chile, en relacin con el
Dictamen N 14.605, de 2010, la permanencia definitiva no otorga al
forneo la calidad de ciudadano chileno, sino solamente la residencia
indefinida en el pas, la cual se revocar si l se ausenta del pas por un
plazo ininterrumpido superior a un ao.

No obstante, en casos de excepcin determinados por la autoridad


llamada a hacer el nombramiento, podr designarse en empleos a con-
trata a extranjeros que posean conocimientos cientficos o de carcter
especial. Los respectivos decretos o resoluciones de la autoridad de-

661
Sexta Parte - Funcin Pblica

bern ser fundados, especificndose claramente la especialidad que se


requiere para el empleo y acompandose el certificado o ttulo del pos-
tulante.

En todo caso, en igualdad de condiciones, se preferir a los chilenos.

As, como lo ha confirmado la jurisprudencia administrativa, la Ley


N 18.834 contempla la posibilidad de que los extranjeros ingresen a
la Administracin del Estado, incorporacin que es excepcional y slo
en calidad de contratados, para lo cual ser requisito bsico, adems
de que se renan las dems exigencias que prescribe dicho texto es-
tatutario, que el respectivo decreto o resolucin de nombramiento se
encuentre debidamente fundado, esto es, se especifique claramente la
especialidad requerida para el cargo antecedentes que deben quedar
consignados en el acto administrativo que se dicte para estos efectos y,
adems, se acompae el certificado o ttulo del postulante. (Dictamen
N 26.339, de 2004).

B. Haber cumplido con la ley de reclutamiento y movilizacin.


Ello se entiende, cuando fuere procedente, conforme al Decreto Ley
N 2.306366.

C. Tener salud compatible con el desempeo del cargo. Constitu-


ye una razn de orden fisiolgico que ha recogido el legislador, en tanto,
un estado de salud incompatible con el cargo impedira un correcto des-
empeo de la funcin. De hecho, la declaracin de salud incompatible o
irrecuperable constituyen tambin causales de cesacin en el cargo, si el
funcionario ya hubiere asumido y l sobreviniere tales situaciones que
deben ser declaradas por la superioridad del Servicio respectivo.


366
Publicado en el Diario Oficial de 12 de septiembre de 1978.

662
Curso de Derecho Administrativo

D. Haber aprobado la educacin bsica y poseer el nivel educa-


cional o ttulo profesional o tcnico que por la naturaleza del em-
pleo exija la ley. Para ello debe estarse a la Ley General de Educacin
que regula la materia.

E. No haber cesado en un cargo pblico como consecuencia de


haber obtenido una calificacin deficiente, o por medida disciplina-
ria, salvo que hayan transcurrido ms de cinco aos desde la fecha de
expiracin de funciones.

Este requisito comprende dos hiptesis:

1. Cuando se trata de un empleado que ces en sus labores por


evaluacin deficiente, no se requiere para su eventual reingre-
so a la Administracin del Estado, de la dictacin de un decre-
to supremo de rehabilitacin, sino tan slo el transcurso del
plazo establecido en el artculo 12 letra e) de la Ley N 18.834,
ya que en este caso, el trmino de sus servicios no obedeci a
la imposicin de una sancin expulsiva (Dictamen N 19.639,
de 2009).

2. En el caso del cese por medida disciplinaria de destitucin, se


requiere de rehabilitacin administrativa.

F. No estar inhabilitado para el ejercicio de funciones o cargos


pblicos, ni hallarse condenado por crimen o simple delito. Este
requisito comprende dos hiptesis:

1. No estar inhabilitado para el ejercicio de funciones o cargos


pblicos. En esta materia, las inhabilidades genricas se en-
cuentran reguladas en la Ley N 18.575 y en el artculo 85 del
Estatuto Administrativo.

663
Sexta Parte - Funcin Pblica

2. No hallarse condenado por crimen o simple delito. De acuerdo con


la jurisprudencia administrativa, la omisin de antecedentes pron-
tuariales por haberse otorgado mediante sentencia ejecutoriada al-
gunos de los beneficios de la Ley N 18.216, produce efectos que
se extienden a cualquier exigencia de orden legal y administrativo
que afecte al beneficiado con dicha medida, relativo al hecho de
haber delinquido, haciendo desaparecer los resultados de la con-
dena, de manera que debe considerarse al favorecido como si no
hubiese sufrido condena alguna en lo referente al cumplimiento
de los requisitos de ingreso y permanencia en los Organismos del
Estado (Dictmenes Ns. 16.593, de 2004 y 36.773, de 2006).

El artculo 7 transitorio de la Ley N 19.882, sobre nueva poltica


de personal de los funcionarios que indica, facult al Presidente de la
Repblica para que mediante uno o ms decretos con fuerza de ley,
determinara respecto de cada organismo regido por Ley N 18.834, los
empleos que pasaran a tener la calidad de cargos de carrera, prevista
en el actual artculo 8 de este ltimo texto normativo.

573. Inicio de la carrera funcionaria. De acuerdo al artculo 6 del


Estatuto Administrativo, la carrera funcionaria se inicia con el ingreso en
calidad de titular a un cargo de la planta, y se extender hasta los cargos
de jerarqua inmediatamente inferior a los de exclusiva confianza.

SECCIN II. FORMAS DE PROVISIN


DE LOS EMPLEOS PBLICOS

574. Fundamento constitucional. El artculo 65 inciso 4 N 2 de


la Constitucin, determina que la creacin o supresin de cargos pbli-
cos constituye una materia de ley de iniciativa exclusiva del Presidente
de la Repblica:

664
Curso de Derecho Administrativo

2. Crear nuevos servicios pblicos o empleos rentados, sean fis-


cales, semifiscales, autnomos, o de las empresas del Estado; suprimir-
los y determinar sus funciones o atribuciones;.

En efecto, acorde a los artculos 63 N 14 y 65 N 2, de la Constitu-


cin, la creacin y supresin de empleos rentados en organismos fisca-
les, semifiscales, autnomos o de las empresas del Estado, es materia de
ley y de iniciativa exclusiva del Presidente de la Repblica.

575. Clasificacin de los cargos pblicos.

A. Segn si pertenecen o no a la planta. Atendiendo a si pertene-


cen o no a la planta, esto es, si los empleos se encuentran entre aquellos
asignados por la ley a cada institucin podemos distinguir entre:

1. Cargos de planta.

2. Cargos a contrata.

B. Segn si son o no de exclusiva confianza. Considerando si se


trata de cargos de exclusiva confianza es factible distinguir diversas
categoras de funcionarios pblicos:

1. Los cargos de exclusiva confianza y

2. Los cargos de carrera.

I. CARGOS PBLICOS. SEGN LA PERTENENCIA A LA


PLANTA

576. Enumeracin. Atendiendo a si el cargo pertenece a la planta


del Servicio, es factible distinguir dos modalidades de empleo pblico
que una persona puede servir.

665
Sexta Parte - Funcin Pblica

A. Cargos de planta.

B. Cargos a contrata.

Tambin abordaremos en este apartado, dos hiptesis ms:

A. Contratados a honorarios.

B. Funcionario de hecho.

1. Cargos de planta

577. Concepto. Cargo de planta es el conjunto de cargos perma-


nentes asignados por la ley a cada institucin, que se conformar de
acuerdo a lo establecido en el artculo 5 (Art. 3 letra b Estatuto).

La dotacin es el conjunto de personas naturales que actan por la


persona jurdica de la Administracin.

La planta, a su vez, es la ordenacin de cargos pblicos dentro del


mismo rgano prevista por la ley.

El escalafn es la lista ordenada de los funcionarios que desarrollan


funciones en el organismo, luego de la calificacin anual.

578. Caractersticas de los cargos de planta.

A. Son cargos permanentes asignados por la ley a cada institucin


(Art. 3 letra b Estatuto).

B. El encasillamiento procede slo respecto de funcionarios de


planta (Dictamen N 1.254, de 2005).

666
Curso de Derecho Administrativo

De acuerdo a la jurisprudencia administrativa, el encasillamiento


consiste en ubicar al personal de planta en las plazas de un nuevo
ordenamiento (Dictamen N 26.363, de 1994).

579. Clasificacin. Acorde al artculo 4 del Estatuto, las personas


que desempeen cargos de planta pueden tener la calidad de titulares,
suplentes o subrogantes.

A. Son titulares aquellos funcionarios que se nombran para ocu-


par en propiedad un cargo vacante (Art. 4 inciso 2 Estatuto).

Caractersticas:

1. Son funcionarios de carrera o bien de exclusiva confianza. Los


funcionarios titulares pueden serlo de carrera o de exclusiva
confianza.

2. Se ingresa por concurso pblico. Conforme al artculo 17 del


Estatuto Administrativo, el ingreso a los cargos de carrera en
calidad de titular se har por concurso pblico y proceder en el
ltimo grado de la planta respectiva, salvo que existan vacantes
de grados superiores a ste que no hubieren podido proveerse
mediante promociones.

3. Tienen la totalidad de los derechos funcionarios. Ello incluye,


por cierto, el fuero maternal.

B. Son suplentes aquellos funcionarios designados en esa cali-


dad en los cargos que se encuentren vacantes y en aquellos que por
cualquier circunstancia no sean desempeados por el titular, durante
un lapso no inferior a 15 das (Art. 4 inciso 3 Estatuto Adminis-
trativo).

667
Sexta Parte - Funcin Pblica

Caractersticas:

1. Mecanismo de reemplazo destinado a mantener continuidad de


la funcin pblica. De acuerdo a la jurisprudencia administrativa, la
subrogacin y la suplencia son mecanismos de reemplazo destinados a
mantener la continuidad de la funcin pblica y quienes as las desem-
pean, por regla general, no tienen derecho a percibir ningn beneficio
de los que corresponden al cargo que sirven en tales calidades (Dicta-
men N 72.825, de 2009).

La suplencia opera durante un lapso no inferior a 15 das (Art. 4


inciso 3 Estatuto).

2. No son funcionarios de carrera. El personal suplente se encuen-


tra al margen de la carrera funcionaria, debiendo sujetarse slo a las
normas del Ttulo I de la Ley N 18.834, especficamente al artculo 4,
incisos tercero a sptimo del indicado texto legal (Dictamen N 25.159,
de 2007).

La jurisprudencia administrativa contenida, entre otros, en los Dic-


tmenes Ns. 36.480, de 1997, y 24.232, de 2004, seala que la su-
plencia puede ser servida por un funcionario del servicio, en cuyo caso
tendr derecho a percibir las remuneraciones del cargo que suple si ste
se encuentra vacante, cuando el titular no goce de dicha remuneracin,
o cuando ste haga uso de licencia mdica, de lo contrario, nicamente
acceder a las rentas propias de la plaza de la que es titular.

3. Requiere un acto de designacin y puede recaer en persona que


no pertenezca a la Administracin. En efecto, de lo establecido en el
artculo 4 del Estatuto Administrativo, es posible concluir que la su-
plencia es una modalidad de desempeo de un cargo, esencialmente
transitoria, dispuesta a travs de un acto administrativo de designacin,

668
Curso de Derecho Administrativo

y que puede recaer en cualquier persona que cumpla con los requisitos
para asumir la plaza de que se trate, sea que pertenezca o no a la Ad-
ministracin del Estado, tal como lo ha reconocido la jurisprudencia
administrativa a travs de los Dictmenes Ns. 17.846, de 1996; 24.062,
de 1991 y 19.020, de 1990, entre otros, todos de esta Entidad Fiscali-
zadora.

4. No opera el fuero maternal. No cabe aplicar respecto de las em-


pleadas a contrata la jurisprudencia relativa al trmino de los servicios
de las funcionarias embarazadas que se desempean en calidad de su-
plentes de conformidad al citado artculo 4 del Estatuto Administrati-
vo, quienes, pese al fuero maternal de que puedan gozar, slo pueden
desempear el empleo mientras dure el impedimento del servidor titular
o se mantenga la vacancia de la plaza que ocupan.

En efecto, cabe recordar que en la suplencia, la autoridad que efec-


ta la designacin carece de atribuciones para disponer su prrroga,
porque, ya sea que aqulla opere por vacancia del cargo o por impe-
dimento del titular, el nombramiento en propiedad de un servidor o el
reintegro del impedido, determina que no haya en cualquiera de tales
casos cargo alguno que desempear, extinguindose de iure la suplen-
cia. Es ms, en la suplencia por vacancia de un cargo de planta, es la
propia ley la que prohbe que la misma se extienda a ms de seis meses,
careciendo absolutamente la autoridad de atribuciones para disponer
una eventual prrroga, restndole slo proveer el cargo con un titular
(Dictamen N 62.201, de 2006).

5. Pueden participar en concursos de promocin. Conforme al


Dictamen N 51.379, de 2008, las personas que se desempean como
suplentes, sirven una plaza de planta, que les otorga todas las facul-
tades, prerrogativas y derechos propios en razn de pertenecer a esa
dotacin permanente; dentro de las cuales debe comprenderse nece-

669
Sexta Parte - Funcin Pblica

sariamente, la posibilidad de ser considerado postulante idneo en


los certmenes de promocin respectivos, no obstando a aquello la
circunstancia de que el cargo que se ejerce como titular no cumpla
con la exigencia de ubicacin en los grados inferiores, ya que el cum-
plimiento de ese requisito debe verificarse en razn de la jerarqua del
empleo que se suple

Segn el artculo 4 inciso 3 del Estatuto, podrn formar parte de


concursos de promocin regidos por el artculo 53, de la Ley N 18.834,
los empleados que estn en posesin de los requisitos exigidos para el
cargo respectivo; que se encuentren calificados en lista de distincin o
buena y nombrados en los tres o cuatro grados inferiores al de la va-
cante convocada, segn el estamento al cual pertenezcan; razn por la
cual, se colige con claridad que cualquier servidor que ejerza un cargo
de planta podr concursar, siempre que cumpla con los otros requisitos
que la mencionada disposicin contempla. Dictmenes Ns. 44.557, de
2006, y 58.437, de 2008.

C. Son subrogantes aquellos funcionarios que entran a desem-


pear el empleo del titular o suplente por el solo ministerio de la ley,
cuando stos se encuentren impedidos de desempearlo por cualquier
causa (Art. 4 inciso 8 Estatuto).

Caractersticas:

1. Mecanismo de reemplazo destinado a mantener continuidad de


la funcin pbica. De acuerdo a la jurisprudencia administrativa, la su-
brogacin y la suplencia son mecanismos de reemplazo destinados a
mantener la continuidad de la funcin pblica y quienes as las desem-
pean, por regla general, no tienen derecho a percibir ningn beneficio
de los que corresponden al cargo que sirven en tales calidades (Dicta-
men N 72.825, de 2009).

670
Curso de Derecho Administrativo

2. Opera en ausencia de un titular o suplente. El artculo 79 del ci-


tado texto estatutario, previene que la subrogacin de un cargo procede
cuando no est desempeado efectivamente por el titular o suplente.

En efecto, como sealan los Dictmenes Ns. 2.436, de 1992 y


43.783, de 2009, la subrogacin opera cuando el funcionario titular se
encuentre impedido para desempear una labor inherente a su cargo,
como consecuencia de una situacin prevista por el legislador que ori-
gine tal impedimento.

3. Opera en forma automtica. Asume el funcionario de la unidad


que sigue en orden jerrquico. El artculo 80 del citado Estatuto, dispo-
ne que en los casos de subrogacin asumir las respectivas funciones,
por el solo ministerio de la ley, el funcionario de la misma unidad que
siga en el orden jerrquico, que rena los requisitos para el desempeo
del cargo.

Una excepcin a dicha regla general se contempla en el artculo 81


del Estatuto, al establecer que no obstante, la autoridad facultada para
efectuar el nombramiento podr determinar otro orden de subrogacin,
en dos casos:

a) En los cargos de exclusiva confianza, y

b) Cuando no existan en la unidad funcionarios que renan los


requisitos para desempear las labores correspondientes.

La subrogacin es un mecanismo de reemplazo destinado a mantener


la continuidad de la funcin pblica, que opera en forma automtica, por
el solo ministerio de la ley, no requiriendo, por ende, un acto formal de la
autoridad que disponga la designacin (Dictamen N 46.852, de 2006).

671
Sexta Parte - Funcin Pblica

580. Nombramiento como titular de un cargo no constituye de-


recho de propiedad. Acorde con los artculos 40 de la Ley N 18.575,
y 86 de la Ley N 18.834, todo servidor que ha ingresado a un cargo
pblico tiene derecho a permanecer en l en la medida que no concurra
una causa legal de expiracin de funciones.

En este contexto, la jurisprudencia de los Tribunales Superiores de


Justicia ha declarado que el nombramiento de un servidor pblico como
titular de un empleo no confiere el derecho de propiedad sobre l, ni pue-
de enmarcarse dentro de la concepcin patrimonial que involucra el do-
minio. As, dicha titularidad otorga el derecho a ejercer la funcin en tan-
to no exista una causal legal de expiracin de ella (Corte de Apelaciones
de Chilln, sentencia de 6 de febrero de 2003, Rol N 2.760. Confirmada
por la Excma. Corte Suprema el 11 de marzo de 2003, Rol N 708-03).

Del mismo modo, la jurisprudencia judicial ha puntualizado que,


en lo relativo a la garanta consagrada en el N 24 del artculo 19 de la
Carta Fundamental, no es posible concebir su privacin, perturbacin
o amenaza, tratndose de derechos y deberes que vinculan a los servi-
dores pblicos con los organismos de la Administracin. La funcin
pblica proviene de una relacin jurdica de naturaleza estatutaria y,
en consecuencia, el cargo a travs del cual se desempea participa de
tal carcter y constituye una clase de representacin del Estado que no
es posible incluir en el campo del derecho privado en el que la propie-
dad se inserta, y respecto del cual se establece la respectiva garanta
constitucional. (Corte de Apelaciones de Rancagua, sentencia de 17 de
febrero de 2003, Rol N 2.293. La Corte Suprema la confirm el 12 de
marzo de 2003, Rol N 847-03).

581. Plantas del personal. De acuerdo al artculo 5 del Estatuto


Administrativo, para los efectos de la carrera funcionaria, cada institu-
cin slo podr tener las siguientes plantas de personal:

672
Curso de Derecho Administrativo

A. De Directivos.

B. De Profesionales.

C. De Tcnicos.

D. De Administrativos.

E. De Auxiliares.

Conforme a la jurisprudencia administrativa quienes pertenecen a


la planta de administrativos no pueden realizar trabajos que por su na-
turaleza sean propios de funcionarios pertenecientes a otro estamento,
como es el caso de los auxiliares, que solamente pueden desarrollar ta-
reas de orden subalterno o de servicios menores (Dictamen N 52.685,
de 2003).

582. Principio un cargo, un grado. El artculo 9 del Estatuto


Administrativo establece el principio de que todo cargo pblico (sea
de planta o a contrata) necesariamente deber tener asignado un grado
de acuerdo con la importancia de la funcin que se desempee y, en
consecuencia, le corresponder el sueldo de ese grado y las dems re-
muneraciones a que tenga derecho el funcionario.

Este precepto tiene como fundamento el derecho esencial a una


justa retribucin, reconocido en el artculo 19 N 16 inciso 2 de la
Constitucin.

583. Empleo a prueba. El artculo 25 de la Ley N 18.834, sobre


Estatuto Administrativo, establece un sistema de empleo a prueba como
parte del proceso de seleccin para el ingreso a los cargos de carrera en

673
Sexta Parte - Funcin Pblica

calidad de titular, cuya aplicacin ser optativa para el jefe superior del
servicio respectivo.

A su vez, el inciso 2 de la norma antes indicada, dispone que el


perodo de prueba podr extenderse entre 3 y 6 meses, segn lo deter-
mine el jefe superior del servicio. Dentro de los 30 das anteriores al
trmino de estos plazos, deber efectuarse por parte del jefe superior
del servicio, previo informe del jefe directo, una evaluacin de desem-
peo del funcionario para proceder, si corresponde, al nombramiento en
calidad de titular.

Finalmente, el inciso 4 del mismo precepto expresa que si el resul-


tado de la evaluacin del desempeo fuere deficiente, el funcionario cesa-
r de pleno derecho en el empleo a prueba que estuviere ejerciendo.

584. Nombramiento irregular. El artculo 63 inciso 2 de la LOC


N 18.575, establece que incurre en responsabilidad administrativa todo
funcionario que hubiere intervenido en la tramitacin de un nombra-
miento irregular y que por negligencia inexcusable omitiere advertir el
vicio que lo invalida, tal como lo ha precisado la jurisprudencia admi-
nistrativa de esta Entidad de Control a travs de su Dictamen N 383,
de 2007, entre otros.

2. Empleo a contrata

585. Concepto. Acorde al artculo 3 letra c) del Estatuto Admi-


nistrativo empleo a contrata es aqul de carcter transitorio que se
consulta en la dotacin de una institucin.

Segn la jurisprudencia administrativa contenida en los Dict-


menes Ns. 19.920, de 2007 y 30.295, de 2008, entre otros, los empleos

674
Curso de Derecho Administrativo

a contrata son aquellos que tienen un carcter transitorio, cuya du-


racin mxima se extiende slo hasta el 31 de diciembre de cada ao,
de modo que quienes sirvan el cargo expirarn en sus funciones en esa
fecha, por el solo ministerio de la ley, salvo que hubiere sido propuesta
la prrroga con 30 das de anticipacin a lo menos.

586. Caractersticas del cargo o empleo a contrata.

A. Es esencialmente transitorio. La vigencia temporal de esta cla-


se de desempeo se determina por la jefatura superior del servicio en el
respectivo instrumento de nombramiento, vale decir, aqulla est supe-
ditada al tiempo fijado en la resolucin de designacin, con la limitante
que, segn lo dispuesto por la ley, no puede exceder del 31 de diciembre
de cada ao.

La Ilustrsima Corte de Apelaciones de Santiago, en recurso de


proteccin Rol N 2.632-96 (sentencia de 30 de octubre de 1996), ex-
presamente reconoci que los empleados a contrata tienen un ttulo
temporal y precario.

Por tratarse de empleos transitorios: Carecen de un grado especfi-


co propio, pues tienen asignado un grado de equivalencia a cargos de la
respectiva planta y les son aplicables las reglas sobre carrera funcionaria
y, por ende, se encuentran excluidos del rgimen jurdico de ascensos y
promociones (Dictmenes Ns. 35.867, de 1997 y 19.498, de 2003).

Luego, conviene precisar que acorde al artculo 146, letra f), del
mencionado Estatuto Administrativo, una de las causales de trmino de
funciones de los empleados corresponde al vencimiento del perodo le-
gal por el cual se han designado y que, segn el artculo 153, del citado
cuerpo normativo, el cumplimiento de ese plazo produce el inmediato
cese de las labores.

675
Sexta Parte - Funcin Pblica

En relacin con lo anterior, como lo ha establecido el Dictamen


N 5.924, de 2006, el goce de licencia mdica no impide que los servi-
cios de los funcionarios cesen por trmino del perodo legal por el cual
son nombrados o por el cumplimiento del plazo por el cual son con-
tratados, ni obliga a la Administracin a renovar su desempeo hasta
que finalice la licencia, porque el uso de esa franquicia mdica no les
confiere inamovilidad.

Las plazas a contrata son eminentemente transitorias, y si bien la


ley ha establecido para dichos cargos una duracin mxima hasta el 31
de diciembre de cada ao, ello no significa limitar a la Administracin
en cuanto a sus facultades para determinar un perodo menor, por lo
que ello puede hacerse vlidamente a travs de la fijacin de un plazo
distinto al indicado (Dictamen N 41.663 Bis, de 2001).

B. No se relacionan con la planta ni con la estructura orgnica


del Servicio. De acuerdo al Dictamen N 34.856, de 2003, los empleos
a contrata tienen una calidad esencialmente transitoria y no se relacio-
nan con su planta, ni con la estructura orgnica del Servicio, y quienes
sirven dichas plazas no forman parte de los ordenamientos permanentes
de personal, lo que significa que las condiciones del respectivo contrato
compete determinarlas a la autoridad administrativa dentro de la esfera
de sus atribuciones, ponderando al efecto las necesidades del Servicio.

C. El nmero de funcionarios a contrata de una institucin no po-


dr exceder de una cantidad equivalente al veinte por ciento del total
de los cargos de la planta de personal de sta (Art. 10 inc. 2 Estatuto).

D. El trmino del perodo por el cual se designa a un funcionario


a contrata, constituye una causal legal de expiracin de funciones; tanto
es as, que la legislacin estatutaria no obliga a la autoridad adminis-
trativa a notificar a los afectados la no renovacin de sus contratos, ya

676
Curso de Derecho Administrativo

que como el efecto de tal decisin, esto es, el cese del respectivo em-
pleado, se produce por mandato expreso de la ley, nadie puede alegar la
ignorancia de la consecuencia que se deriva de la falta de prrroga del
contrato de que se trate.

E. El trmino anticipado de una contrata, se materializa a travs


de un acto administrativo afecto a toma de razn.

F. Los cargos de planta o a contrata slo podrn corresponder a


funciones propias que deban realizar las instituciones referidas en el
artculo 1 del Estatuto Administrativo. Respecto de las dems activida-
des, aqullas debern procurar que su prestacin se efecte por el sector
privado (artculo 2 Estatuto Adm.).

G. Los funcionarios a contrata no pueden asumir funciones direc-


tivas, salvo las excepciones previstas por el legislador. Segn lo sos-
tenido por la jurisprudencia administrativa contenida en los Dictmenes
Ns. 22.406, de 2000 y 23.229, de 2004, debe manifestarse que quienes
sirven empleos a contrata, los cuales por su naturaleza son eminente-
mente transitorios y no se relacionan con la planta ni con la estructura
orgnica del servicio, slo pueden ejercer o subrogar un cargo de jefa-
tura cuando una norma legal lo autorice expresamente.

As, es factible desempear funciones de carcter directivo:

1. En virtud de la ley de presupuestos, a travs de glosas que auto-


ricen desempear funciones de carcter directivo que se asignen
o deleguen mediante resolucin fundada del Jefe del Organismo,
en la que debe precisarse, en cada caso, las referidas funciones.

2. En conformidad a determinadas leyes orgnicas de los servi-


cios. Por ejemplo, la Ley Orgnica de la Tesorera General de la

677
Sexta Parte - Funcin Pblica

Repblica D.F.L. N 1, de 1994, del Ministerio de Hacienda


seala en su artculo 14 inciso final, que el personal a contrata
del Servicio de Tesoreras podr desempear funciones de ca-
rcter directivo o de jefatura.

H. Opera el fuero maternal. Tratndose de designaciones a con-


trata, como es la de la especie, a diferencia de lo que sucede con la
suplencia de un cargo de planta prevista en el artculo 4 del Estatu-
to Administrativo, resulta improcedente poner fin a los servicios de la
funcionaria sujeta a fuero maternal, sin que previamente se requiera la
competente autorizacin judicial (Dictamen N 62.201, de 2006).

G. El goce de las licencias mdicas, incluidas aqullas generadas


por accidentes o enfermedades laborales, no confieren inamovilidad en
el empleo, por lo que es procedente el trmino del contrato por cual-
quier causal legal contemplada en el referido cuerpo estatutario, aun
cuando los funcionarios se encuentren gozando de tales permisos mdi-
cos (Dictamen N 9.119, de 2008).

587. Contratos de reemplazo. Acorde a la jurisprudencia adminis-


trativa, la designacin a contrata para efectuar un reemplazo slo tiene
de peculiar la especfica necesidad del servicio que mediante ella se
busca satisfacer y no constituye una forma o modalidad de vinculacin
estatutaria especial, original o diversa de la contrata consagrada en el
artculo 10 de la Ley N 18.834.

588. Niveles o grados remuneratorios del contratado. Con res-


pecto a eventuales aumentos de grado de funcionarios a contrata, de
conformidad a la jurisprudencia administrativa, compete a las autori-
dades administrativas determinar los niveles o grados remuneratorios

678
Curso de Derecho Administrativo

en que dispongan las contrataciones de personal en sus dependencias,


segn las necesidades del propio Servicio, sin que proceda que la Con-
tralora General les imparta instrucciones en ese aspecto o les ordene
determinados nombramientos, conforme al mrito de las personas o
conveniencia de stas (Dictamen N 24.319, de 2009).

En trminos similares, el Dictamen N 37.126, de 2009, seal que


los empleos a contrata, carecen de un grado especfico en la planta,
de modo tal que corresponde a la autoridad competente, al disponer la
contratacin, determinar, segn la importancia de las funciones, el gra-
do de asimilacin en el escalafn correspondiente.

Asimismo, en conformidad con el Dictamen N 26.295, de 2009,


que forma parte de las facultades de la autoridad respectiva, fijar, res-
pecto de cada contratacin, el grado al cual se asociar el empleo res-
pectivo, sin que corresponda a la Contralora General ponderar los mo-
tivos en que se fundamenta esa decisin.

Por ltimo, en lo relativo a la posibilidad de rebajar el grado de


una contrata, como expresan, entre otros, los Dictmenes Ns. 26.295,
37.126 y 49.816, todos de 2009, los empleos a contrata carecen de un
grado especfico de la planta, de modo tal que la autoridad respectiva,
al disponer la contratacin debe determinar, segn la importancia de las
funciones, un grado en el escalafn correspondiente, no pudiendo, por
ende, estimarse una ilegalidad la decisin de no mantener las condicio-
nes fijadas en un desempeo anterior.

589. Prrroga de una contrata. La ponderacin de los fundamentos


o razones estimados por la Jefatura de un servicio para prorrogar o no un
contrato, es una decisin que importa el ejercicio de una facultad que co-
rresponde a la autoridad administrativa (Dictamen N 5.305, de 2000).

679
Sexta Parte - Funcin Pblica

590. Vencimiento del plazo legal de una contrata no requiere


manifestacin decisin de no prorrogarla, ni razones tenidas en
consideracin para ello, ni prctica de notificacin. En los nombra-
mientos a contrata en que se ha establecido un plazo, el solo vencimien-
to de ste produce el trmino inmediato de los servicios del emplea-
do, por mandato expreso de la ley, sin que para ello sea necesaria una
manifestacin expresa de voluntad por parte de la autoridad, en orden
a sealar su decisin de no prorrogarla. Por ende, tampoco existe la
obligacin de explicitar las razones tenidas en consideracin para ello,
ni la de practicar algn tipo de notificacin, puesto que los 30 das de
antelacin a que alude el artculo 10 de la Ley N 18.834, constituyen el
lapso requerido para la prrroga y no para informar la no renovacin del
contrato (Dictmenes Ns. 10.953, de 2007 y 22.209, de 2003).

3. Contratos a honorarios

591. Concepto. La jurisprudencia administrativa define el contrato


a honorarios como un acto jurdico bilateral en virtud de la cual una
parte se obliga a prestar servicios especficos, por un tiempo deter-
minado en favor de otra, la que a su vez se obliga a pagar una cierta
cantidad de dinero por dichos servicios (Dictamen N 7.266, de 2005).

592. Fuentes legales. El sistema de contratacin a honorarios pue-


de tener diversas fuentes legales.

A. Una primera fuente de contratacin a honorarios est prevista en


el artculo 11 de la Ley N 18.834 sobre Estatuto Administrativo.

Esta norma permite contratar a honorarios, para atender labores ac-


cidentales y no habituales de la institucin, profesionales y tcnicos de
educacin superior o expertos en determinadas materias como asimis-

680
Curso de Derecho Administrativo

mo extranjeros con el ttulo correspondiente a la especialidad requerida


(Art. 11 inciso 1 Ley N 18.834). Tambin autoriza para contratar a ho-
norarios acorde normas generales, la prestacin de servicios para come-
tidos especficos (Art. 11 inciso 2 Ley N 18.834), caso en el cual slo
pueden encomendarse labores puntuales, claramente individualizadas y
determinadas en el tiempo.

B. Otro caso es el artculo 16 del Decreto Ley N 1.608, de 1976367,


reglamentado por el Decreto Supremo N 98, de 1991368, de Hacienda,
sobre prestacin de servicios personales de personas naturales, cuyo
artculo 2 inciso 2, permite contratar sobre la base de honorarios con-
sistentes en una suma alzada u otro sistema y por decreto supremo funda-
do del ministerio correspondiente, a profesionales, tcnicos o expertos,
de alta especializacin para labores que por su naturaleza, no sean sus-
ceptibles de asimilarse a posiciones de la escala nica de sueldos.

C. Una tercera posibilidad de contratacin a honorarios se presenta


en el Decreto Ley N 249, cuyo artculo 33 establece que los montos de
los honorarios que se contraten debern ajustarse a las rentas que fija la
Escala nica, de acuerdo con la posicin relativa que corresponda a la
funcin encomendada y/o a los requisitos exigidos para su desempeo,
segn su artculo 12 fija las siguientes posiciones relativas de cargos y
escalafones representativos.

D. Por ltimo, encontramos una modalidad de contratacin a hono-


rarios prevista por la Ley de Presupuestos a travs de glosas, que es-
tablecen modalidades de contratos que permiten prescindir de algunas
exigencias previstas en los otros cuerpos legales.


367
Publicada en el Diario Oficial de 7 de diciembre de 1976.

368
Publicado en el Diario Oficial de 19 de marzo de 1991.

681
Sexta Parte - Funcin Pblica

593. Caractersticas de la contratacin a honorarios, bajo el r-


gimen del artculo 11 del Estatuto Administrativo.

A. Son relaciones contractuales de derecho privado. De confor-


midad con el artculo 11 inciso final de la Ley N 18.834, las personas
contratadas a honorarios se rigen por las reglas que establezca el res-
pectivo contrato y no les son aplicables las disposiciones estatutarias
contenidas en dicho cuerpo legal.

En definitiva, slo son aplicables a estas convenciones, las normas


contenidas en el respectivo contrato, as como la normativa del Ttulo
XXIX, Libro IV del Cdigo Civil (artculos 2116 y siguientes), relati-
vas al mandato (Dictamen N 7.266, de 2005).

B. Los contratados a honorarios no son funcionarios pblicos.


La jurisprudencia administrativa ha informado que las personas contra-
tadas a honorarios se rigen por las reglas del contrato respectivo y no
les son aplicables las disposiciones del Estatuto Administrativo, por lo
que esos servidores no tienen la calidad de funcionarios pblicos (Dic-
tamen N 47.927, de 2006). Esto acarrea diversas consecuencias.

C. Como no tienen la calidad de funcionarios pblicos, carecen de


estabilidad en el empleo y de fuero maternal, tampoco se ven bene-
ficiadas por las normas de proteccin a la maternidad consagradas
en el Cdigo del Trabajo, pues stas slo son aplicables a los empleados
de planta o a contrata de la Administracin o, excepcionalmente, a los
contratados a honorarios, cuando ello se ha estipulado expresamente en
el respectivo convenio (Dictamen N 47.927, de 2006).

D. Como estas personas no poseen el carcter de funcionarios p-


blicos, no pueden afiliarse a las asociaciones de funcionarios a que se
refiere la Ley N 19.296 (Dictamen N 40.777 de 1995).

682
Curso de Derecho Administrativo

E. Tampoco tienen derecho a las compensaciones y beneficios que


otorga la Ley N 19.699 a los estudiantes de carreras tcnicas de nivel
superior (Dictamen N 17.538 de 2001).

F. Las personas contratadas a honorarios no pueden tener a su car-


go bienes fiscales, ya que carecen de responsabilidad administrativa.

G. Las personas contratadas a honorarios estn sujetos a pro-


bidad administrativa. Conforme lo ha reconocido la jurisprudencia
administrativa, a quienes prestan servicios en virtud de convenios a
honorarios tambin les afectan las normas relativas a la probidad ad-
ministrativa y, en particular, aquellas que regulan las inhabilidades de
ingreso, atendido el carcter de servidores estatales que stos tienen
(Dictmenes Ns. 140, de 2004; 7.266, de 2005, y 58.403, de 2007).

H. Atendida la regulacin civil del contrato, es improcedente efec-


tuar descuentos por previsin y salud en los estipendios que se pagan
a quienes se desempean sobre la base de honorarios, salvo acuerdo en
contrario (Dictamen N 30.091 de 1992).

I. Es improcedente pactar clusulas que modifiquen lo estable-


cido en las leyes previsionales, aun cuando ello fuere establecido en
beneficio del contratado, toda vez que ello implicara vulnerar lo dis-
puesto en el artculo 60 Ns. 4 y 14, en relacin con el artculo 62 inciso
4 N 6 de la Constitucin Poltica de la Repblica, que dispone que
toda la regulacin relativa al rgimen previsional y de seguridad social,
es materia de ley (Dictamen N 26.264 de 1985).

J. Las personas contratadas a honorarios no tienen los derechos


establecidos en el artculo 90 A de la Ley N 18.834, toda vez que
aqullos han sido establecidos exclusivamente en favor de los funcio-

683
Sexta Parte - Funcin Pblica

narios pblicos, tal como lo precis la jurisprudencia administrativa de


esta Entidad Fiscalizadora (Dictamen N 59.230, de 2007).

594. Reclamos por no pago de honorarios son asuntos litigiosos.


Sobre los reclamos por no pago de honorarios e incumplimiento a ca-
balidad de las obligaciones contractuales del Servicio, la jurisprudencia
administrativa seala que no resulta posible a Contralora General emi-
tir un pronunciamiento sobre estos puntos, pues el artculo 6 de la Ley
N 10.336, le impide intervenir en asuntos que por su naturaleza sean
propiamente de carcter litigioso (Dictamen N 56.375, de 2007).

Sobre las consultas relativas a precisar cules son los derechos de


una persona en virtud de su contratacin a honorarios por parte de un
Servicio, la jurisprudencia ha indicado que las prerrogativas que asis-
ten a las personas que prestan sus servicios especializados en esta con-
dicin no son sino las que se establecen en el contrato de honorarios
suscrito por l, y que consisten, bsicamente, en el derecho a exigir el
pago de sus honorarios como contraprestacin de las labores realizadas
(Dictmenes Ns. 11.862, de 1990 y 52.084, de 2007).

595. Contratacin de personas a honorarios con el carcter de


agentes pblicos. La Contralora General ha precisado mediante Dic-
tmenes Ns. 22.192, de 1996 y 18.549, de 1997, entre otros, que con-
templndose en una glosa de las leyes de presupuestos una modalidad
de contratacin a honorarios con caractersticas propias independiente
de las normas sobre contratacin a honorarios que se contemplan en la
Ley N 18.834, que permita contratar, sobre dicha base, a personas con
el carcter de agentes pblicos, stas deben ser consideradas funciona-
rios pblicos, ya que una interpretacin diferente implicara restringir
la calidad que la preceptiva legal confiere a las personas contratadas en
tales condiciones.

684
Curso de Derecho Administrativo

Agrega la jurisprudencia que la calidad de agentes pblicos, dice


relacin fundamentalmente, con la responsabilidad administrativa a
que deben quedar sujetas tales personas, quienes, en lo referente a sus
derechos y obligaciones, se encuentran sometidos, adems, al contrato
que han suscrito con la Administracin.

596. Contratacin de personas a honorarios durante extensos


perodos, no constituye empleo a contrata. No procede entender que
han servido empleos a contrata las personas a honorarios durante exten-
sos perodos en una reparticin pblica, a quienes se les ha encargado
atender, a travs de cometidos especficos, labores habituales del servi-
cio. Lo anterior, puesto que en el ordenamiento jurdico, y tal como lo
ha precisado la reiterada jurisprudencia administrativa, existe una clara
y manifiesta distincin entre la situacin en que se encuentra quien ocu-
pa un cargo pblico, sea que pertenezca a la dotacin de planta o se des-
empee como funcionario a contrata de un organismo estatal, y aquellas
personas que trabajan en el mbito pblico, recibiendo por sus servicios
el pago de honorarios, razn por la cual la asimilacin a una contrata,
slo resultara procedente en la medida que una norma de rango legal
as lo dispusiera (Dictamen N 20.045, de 2003).

4. Funcionario de hecho

597. Concepto. La jurisprudencia administrativa ha manifestado


que se reputa como funcionario de hecho, aquel que, no obstante,
carecer de la calidad funcionaria desde el punto de vista legal, se
validan sus actuaciones y tiene derecho a las remuneraciones que de-
rivan del ejercicio del cargo, por el tiempo efectivamente trabajado,
incluidos los estipendios inherentes al cargo (Dictamen N 16.963,
de 2007).

685
Sexta Parte - Funcin Pblica

598. Requisitos. Segn la jurisprudencia administrativa, contenida,


entre otros, en su Dictamen N 16.963, de 2007, para reconocer la cali-
dad de funcionario de facto, se deben reunir los siguientes requisitos:

A. Que la persona asuma el cargo antes de la toma de razn del


instrumento que la nombra o contrata.

B. Que exista en tramitacin un decreto o resolucin que la de-


signe.

C. Que con posterioridad se determine la ilegalidad del docu-


mento.

599. Consecuencias. Derecho a percibir retribucin. La juris-


prudencia administrativa contenida, entre otros, en los Dictmenes
Ns. 22.805, de 1993, 1.254, de 2005, 36.908, de 2005, y 16.963, de
2007, ha resuelto en forma invariable, que el funcionario de hecho debe
percibir retribucin por su labor, pues el desempeo de una funcin p-
blica tiene legalmente consultado el pago de una remuneracin, que es
la contraprestacin a que tiene derecho quien ejerce dichas funciones,
en virtud del principio retributivo, el que de vulnerarse originara un
enriquecimiento sin causa a favor de la Administracin, contraviniendo
el principio de equidad.

Conforme al citado Dictamen N 16.963, de 2007, cuando se ha


efectuado un pago errneo, se produce un enriquecimiento ilcito en
favor de los funcionarios que lo han recibido, por lo que surge la obli-
gacin de reintegrar las sumas mal percibidas, en la misma cantidad y
calidad, a objeto de saldar la obligacin que tienen con el Fisco.

Por esta razn, el Servicio debe determinar, en cada caso concreto,


el monto por la percepcin indebida de la remuneracin, el cual se debe

686
Curso de Derecho Administrativo

notificar al afectado, para que ste cancele lo adeudado o, en su defecto,


solicite acogerse a los beneficios establecidos en el artculo 67 de la
LOC N 10.336 y en la Resolucin N 118, de 1962, de este Organismo
de Control, esto es, condonacin total o parcial de la deuda o plazo para
su pago, de las sumas percibidas indebidamente por los funcionarios de
la Administracin del Estado.

II. CARGOS PBLICOS. SEGN EL CRITERIO DE EXCLU-


SIVA CONFIANZA

600. Enumeracin. Considerando si se trata de cargos de exclusi-


va confianza es factible distinguir diversas categoras de funcionarios
pblicos:

A. Los cargos de exclusiva confianza.

B. Los cargos de carrera.

Asimismo, incluiremos en el presente apartado, el anlisis de los


siguientes empleos:

A. Cargos de jefes de departamento y cargos de niveles de jefaturas


jerrquicos equivalentes.

B. Cargos de Alta Direccin Pblica.

1. Cargos de exclusiva confianza

601. Concepto. En conformidad al artculo 49 inciso 3 de la LOC


de BGAE, los funcionarios de exclusiva confianza son aquellos su-
jetos a la libre designacin y remocin del Presidente de la Repblica o
de la autoridad facultada para disponer el nombramiento.

687
Sexta Parte - Funcin Pblica

Tal como ha precisado la jurisprudencia administrativa (Dictamen


N 3.586, de 2006), para el ordenamiento jurdico constitucional y org-
nico constitucional, los cargos de exclusiva confianza tienen una natu-
raleza especial, consistente en la libre designacin y remocin por parte
de la autoridad facultada para disponer el nombramiento, de manera
que todo otro sistema de nombramiento o de remocin de una plaza
determinada, que limite la libertad de la autoridad para disponer una
u otra medida en relacin con ellos como acontece con los cargos de
Alta Direccin Pblica, escapa al rgimen de la exclusiva confianza.

602. Clasificacin. Los funcionarios de exclusiva confianza pueden


sistematizarse en dos grupos, stos son, aquellos contemplados en la
Constitucin, o bien, en fuentes de orden legal.

A. Contemplados en la Constitucin. La Constitucin contempla,


en su artculo 32 N 7 y N 8, diversos casos:

1. Los ministros de Estado.

2. Los subsecretarios.

3. Los intendentes.

4. Los gobernadores.

5. Los embajadores.

6. Los ministros diplomticos.

7. Los representantes ante organismos internacionales.

688
Curso de Derecho Administrativo

8. Adems de los casos previstos en los nmeros 7 y 8 del artculo


32 de la Carta Fundamental, la ley puede otorgar a determi-
nados empleos la calidad de cargos de exclusiva confianza del
Presidente de la Repblica.

B. Contemplados en la ley. El artculo 49 inciso 1 de la LOC


N 18.575 determina que, sin perjuicio de lo dispuesto en los Ns. 9 y 10
del artculo 32 de la Constitucin, la ley podr otorgar a determinados
empleos la calidad de cargos de la exclusiva confianza del Presidente de la
Repblica o de la autoridad facultada para efectuar el nombramiento.

El artculo 7 del Estatuto Administrativo seala diversos cargos


de exclusiva confianza del Presidente de la Repblica o de la autoridad
facultada efectuar el nombramiento:

a) Los cargos de la planta de la Presidencia de la Repblica.

b) En los Ministerios, los Secretarios Regionales Ministeriales y


los Jefes de Divisin o Jefaturas de niveles jerrquicos equiva-
lentes o superiores a dichas jefaturas, existentes en la estructura
ministerial, cualquiera sea su denominacin;

c) En los servicios pblicos, los jefes superiores de los servicios,


los subdirectores, los directores regionales o jefaturas de ni-
veles jerrquicos equivalentes o superiores a dichas jefaturas,
existentes en la estructura vigsima del servicio, cualquiera sea
su denominacin, como ocurre con el Director del Servicio de
Impuestos Internos o el Director de la Tesorera General de la
Repblica.

Se exceptan los rectores de las Instituciones de Educacin Supe-


rior de carcter estatal, los que se regirn por la Ley Orgnica Constitu-

689
Sexta Parte - Funcin Pblica

cional de Enseanza y los estatutos orgnicos propios de cada Institu-


cin (Art. 7 inciso 2 Estatuto Administrativo).

603. Caractersticas de los funcionarios de exclusiva confianza.

A. No tienen derecho a la estabilidad en el empleo. El Presidente


tiene la atribucin acorde al artculo 14 del Estatuto Administrativo
para nombrar y para remover a los funcionarios que la ley denomina
como de su exclusiva confianza.

El artculo 148 de la Ley N 18.834 dispone que, en los casos de


cargos de exclusiva confianza, la remocin se har efectiva por medio
de la peticin de renuncia que formular el Presidente de la Repblica
o la autoridad llamada a efectuar el nombramiento, agregando que si
sta no se presenta dentro de las cuarenta y ocho horas de requerida,
se declarar vacante el cargo, evento en el que operar dicha causal de
trmino del empleo, conforme a lo establecido en el artculo 146 letra
c), en relacin al artculo 150, letra d), del citado cuerpo legal.

La jurisprudencia administrativa en los Oficios Ns. 50.049, de 2004


y 58.799, de 2008, seala que quienes desempean plazas de exclusiva
confianza, no se encuentran amparados, en ningn caso, por el derecho
a la estabilidad en el empleo previsto en el artculo 89 del Estatuto
Administrativo, de modo que slo se mantendrn en sus respectivos
puestos si cuentan con la confianza de la autoridad correspondiente.

Conforme a lo anterior, la peticin de renuncia a quien ejerce un


cargo de exclusiva confianza, realizada por la autoridad respectiva,
constituye el ejercicio de una atribucin privativa que puede ser legal-
mente ejercida, sin sujecin a ninguna restriccin derivada de denun-
cias efectuadas al amparo de la indicada Ley N 20.205, puesto que

690
Curso de Derecho Administrativo

dicho cuerpo normativo no ha contemplado ninguna proteccin expresa


al respecto.

En mrito de lo precedentemente expuesto, cabe concluir que las


medidas especiales de proteccin establecidas en el artculo 90 A, letra
a), del Estatuto Administrativo, no impiden la remocin de los funcio-
narios que sirven cargos de exclusiva confianza, por causales distintas a
las que indica ese precepto.

Lo anterior, debe entenderse sin perjuicio de lo dictaminado en el


Oficio N 3.837, de 2001, en orden a advertir a las autoridades que sus
atribuciones respecto de los cargos de exclusiva confianza no pueden
ser ejercidas arbitrariamente o con desviacin de poder, cuestin que
deber determinarse a travs de las instancias y mecanismos correspon-
dientes.

La jurisprudencia administrativa ha sealado que los cargos de ex-


clusiva confianza tienen una naturaleza especial, consistente en la libre
designacin y remocin por parte de la autoridad facultada para dispo-
ner el nombramiento, de manera que todo otro sistema de nombramien-
to o de remocin de una plaza determinada, que limite la libertad de la
autoridad para disponer una u otra medida en relacin con ellos escapa
a dicho rgimen.

cargos de exclusiva confianza tienen una naturaleza especial,


consistente en la libre designacin y remocin por parte de la autori-
dad facultada para disponer el nombramiento, de manera que todo otro
sistema de nombramiento o de remocin de una plaza determinada,
que limite la libertad de la autoridad para disponer una u otra medida
en relacin con ellos como acontece con los cargos de Alta Direccin
Pblica, escapa al rgimen de la exclusiva confianza.

691
Sexta Parte - Funcin Pblica

No obsta a lo anterior, lo dispuesto en los artculos trigsimo quinto


y quincuagsimo octavo del referido texto normativo, toda vez que la
primera de las disposiciones citadas se refiere a la exclusiva confian-
za como una condicin que, adems de las otras que se indican en ese
precepto legal y en el artculo trigsimo sptimo de dicha ley, deben
reunir aquellas plazas que pasarn a integrar el nuevo Sistema de Alta
Direccin Pblica, y no pretende asignarle tal carcter a los empleos
que sean declarados como de Alta Direccin Pblica (Dictamen
N 3.586, de 2006).

B. No se les aplican las normas sobre designaciones de suplen-


tes o de contratados. No procede extender a los empleos de exclusiva
confianza las normas del Estatuto Administrativo sobre designaciones
de suplentes o de contratados, atendida la diversa naturaleza jurdica de
unos y otros (Dictamen N 36.915, de 2001).

604. Limitaciones. No obstante, la ley slo podr conferir dicha ca-


lidad a empleos que correspondan a los tres primeros niveles jerrqui-
cos del respectivo rgano o servicio. Uno de los niveles jerrquicos co-
rresponder, en el caso de los Ministerios, a los Secretarios Regionales
Ministeriales, y en el caso de los servicios pblicos, a los subdirectores
y a los directores regionales. Si el respectivo rgano o servicio no con-
tare con los cargos antes mencionados, la ley podr otorgar la calidad
de cargo de la exclusiva confianza, slo a los empleos que correspondan
a los dos primeros niveles jerrquicos. Para estos efectos, no se consi-
derarn los cargos a que se refieren las disposiciones constitucionales
citadas en el inciso precedente (Art. 4 inc. 2 LOC N 18.575).

Con todo, la ley podr tambin otorgar la calidad de cargo de la ex-


clusiva confianza a todos aquellos que conforman la planta de personal
de la Presidencia de la Repblica (Art. 4 inc. 3 LOC N 18.575).

692
Curso de Derecho Administrativo

2. Cargos de carrera

605. Alcances. Con respecto a los funcionarios de carrera, el ar-


tculo 43 inciso 1 de la LOC N 18.575, determina que el Estatuto
Administrativo del personal de los organismos sealados en el inciso
primero del artculo 21 de dicha LOC, regular la carrera funcionaria
y considerar especialmente el ingreso, los deberes y derechos, la res-
ponsabilidad administrativa y la cesacin de funciones, en conformidad
con las bases que se establecen en los artculos siguientes y en el Ttulo
III de esta ley.

606. Caractersticas de los funcionarios de carrera.

A. Tienen derecho a la estabilidad en el empleo.

B. Pueden ejercer adems de titulares, como suplentes o subro-


gantes, pero no como contratados, sin perjuicio de ser designados a
contrata y guardar su grado en el caso que fueran titulares.

3. Cargos de jefes de departamento y cargos de


niveles de jefaturas jerrquicos equivalentes

607. Reglas especiales. De acuerdo al artculo 8 inciso 1 del Esta-


tuto Administrativo, los cargos de jefes de departamento y los de nive-
les de jefaturas jerrquicos equivalentes de los ministerios y servicios
pblicos, sern de carrera y se sometern a las reglas especiales que se
pasan a expresar.

A. Provisin mediante concurso. La provisin de estos cargos se


har mediante concursos en los que podrn participar los funcionarios

693
Sexta Parte - Funcin Pblica

de planta y a contrata de todos los ministerios y servicios regidos por el


Estatuto Administrativo que:

1. Cumplan con los requisitos correspondientes.

2. Que se encuentren calificados en lista N 1, de distincin.

3. Que no estn afectos a las inhabilidades establecidas en el artcu-


lo 55.

4. En el caso de los empleos a contrata se requerir haberse des-


empeado en tal calidad, a lo menos, durante los tres aos pre-
vios al concurso.

B. Confeccin de terna. Como resultado del concurso, el comit


de seleccin propondr a la autoridad facultada para efectuar el nom-
bramiento, los nombres de, a lo menos, tres ni ms de cinco candi-
datos pertenecientes a la planta del ministerio o servicio que realice
el concurso, que hubieren obtenido los mejores puntajes respecto del
cargo a proveer. En el evento que no haya un nmero suficiente de
candidatos de planta idneos para completar dicha terna, sta se com-
pletar con los contratados y los pertenecientes a otras entidades, en
orden decreciente segn el puntaje obtenido. Para los efectos de estos
concursos, el comit de seleccin estar constituido de conformidad
al artculo 21 y sus integrantes debern tener un nivel jerrquico su-
perior a la vacante a proveer. Con todo, en los casos en que no se
rena el nmero de integrantes requerido, el jefe superior del servicio
solicitar al ministro del ramo que designe los funcionarios necesarios
para este efecto.

C. A falta de postulantes idneos, una vez aplicado el procedi-


miento anterior, deber llamarse a concurso pblico.

694
Curso de Derecho Administrativo

D. Duracin de tres aos prorrogable por una vez. La perma-


nencia en estos cargos de jefatura ser por un perodo de tres aos.
Al trmino del primer perodo trienal, el jefe superior de cada servicio
podr por una sola vez, previa evaluacin del desempeo del funciona-
rio, resolver la prrroga de su nombramiento por igual perodo o bien
llamar a concurso.

Los funcionarios permanecern en estos cargos mientras se encuen-


tren calificados en lista N 1, de distincin;

E. Posibilidad de reconcursar o reasumir su cargo de origen.


Los funcionarios nombrados en esta calidad, una vez concluido su pe-
rodo o eventual prrroga, podrn reconcursar o reasumir su cargo de
origen, cuando proceda, y

F. En lo no previsto en el presente artculo, estos concursos se regu-


larn, en lo que sea pertinente, por las normas del Prrafo 1 del Ttulo
II del Estatuto.

608. Norma de proteccin. Sin embargo, conforme a lo dispuesto


en el inciso final del artculo 7 transitorio de la Ley N 19.882, los
servidores que a la fecha de entrada en vigencia de las referidas mo-
dificaciones, se encontraren desempeando los indicados cargos que
pasaron a ser de carrera, conservarn el estatuto jurdico al que estaban
sujetos a la poca de su designacin, esto es, en lo que importa la condi-
cin de exclusiva confianza (Art. 8 inciso 1 Estatuto Administrativo).

Acorde al artculo 45 del Reglamento sobre concursos del Estatuto


Administrativo, los cargos de carrera de jefes de departamento y los de
niveles de jefaturas jerrquicos equivalentes del artculo 8 del Estatuto,
se proveern de conformidad con las normas de los artculos 46 y si-
guientes del citado Reglamento.

695
Sexta Parte - Funcin Pblica

4. Cargos de Alta Direccin Pblica

609. Sistema de Alta Direccin Pblica. De acuerdo al artculo 35


de la Ley N 19.882, se establece un Sistema de Alta Direccin Pblica,
al que estn sujetos determinados funcionarios de la exclusiva confian-
za de la autoridad competente que se sealarn, que desempeen cargos
de jefaturas en la direccin de rganos o servicios pblicos o en unida-
des organizativas de stos, y cuyas funciones sean predominantemente
de ejecucin de polticas pblicas y de provisin directa de servicios a
la comunidad. Para los efectos de esta ley estos funcionarios se deno-
minan altos directivos pblicos.

610. mbito de aplicacin orgnico. De acuerdo al artculo 35 de la


Ley N 19.882. El Sistema de Alta Direccin Pblica se aplica en servi-
cios pblicos regidos por el Ttulo II de la Ley N 18.575, es decir:

1. Los Ministerios.

2. Las Intendencias.

3. Las Gobernaciones.

4. Los servicios pblicos creados para el cumplimiento de la fun-


cin administrativa.

No obstante, de acuerdo al mismo artculo 35 de la Ley N 19.882,


se exceptan de la aplicacin del Sistema de Alta Direccin, los si-
guientes servicios:

1. Subsecretaras.

2. Presidencia de la Repblica.

696
Curso de Derecho Administrativo

3. Servicio Electoral.

4. Consejo de Defensa del Estado.

5. Casa de Moneda de Chile.

6. Direccin de Seguridad Pblica e Informaciones.

7. Direccin General de Relaciones Econmicas Internacionales.

8. Comit de Inversiones Extranjeras.

9. Corporacin de Fomento de la Produccin.

10. Superintendencia de Valores y Seguros.

11. Superintendencia de Bancos e Instituciones Financieras.

12. Servicio de Impuestos Internos.

13. Direccin de Presupuestos.

14. Gendarmera de Chile.

15. Servicio Nacional de Menores.

16. Direccin General de Obras Pblicas.

17. Direccin de Planeamiento del Ministerio de Obras Pblicas.

18. Oficina de Estudios y Polticas Agrarias.

697
Sexta Parte - Funcin Pblica

19. Superintendencia de Seguridad Social.

20. Direccin del Trabajo.

21. Fondo Nacional de Salud.

22. Comisin Nacional de Energa.

23. Instituto Nacional de Deportes de Chile.

24. Servicio Nacional de la Mujer.

25. Instituto Nacional de la Juventud.

26. Corporacin Nacional de Desarrollo Indgena.

27. Servicio Nacional del Adulto Mayor.

28. Comisin Nacional del Medio Ambiente.

29. Direccin Nacional del Servicio Civil.

30. Consejo Nacional de la Cultura y las Artes.

31. Instituciones de Educacin Superior de carcter estatal.

611. Normativa aplicable. Los cargos denominados de altos di-


rectivos pblicos se encuentran regulados primeramente por la Ley
N 19.882, y por aplicacin del artculo trigsimo noveno de la misma
norma, se rigen en forma supletoria por las normas de la Ley N 18.834,
sobre Estatuto Administrativo.

698
Curso de Derecho Administrativo

612. Caractersticas de los cargos de alta Direccin Pblica.

A. No se les aplica la carrera funcionaria prevista en el Estatuto


Administrativo. En concordancia con lo sealado en el Dictamen N
3.586, de 2006, de conformidad con las normas fijadas en el Ttulo VI
de Ley N 19.882, en las que se establece y regula el Sistema de Alta
Direccin Pblica, los cargos que lo integran estn sujetos, en lo que in-
teresa, a una normativa especial en materia de seleccin, nombramiento
y remocin, no siendo aplicable a su respecto, la carrera funcionaria
prevista en el Estatuto Administrativo.

B. Es aplicable a determinados Servicios especficos. El artculo


15 transitorio de la citada Ley N 19.882, facult al Presidente de la
Repblica, en los trminos que seala, mediante uno o ms decretos
con fuerza de ley, para determinar, respecto de los servicios afectos al
Sistema de Alta Direccin Pblica, todos los cargos que, en cada uno de
ellos, pasaran a tener la calidad de altos directivos pblicos.

As, por ejemplo, el D.F.L. N 42, de 2003, del Ministerio de Ha-


cienda369, determina para los siguientes servicios pblicos, dependien-
tes o relacionados con el Ministerio del Trabajo y Previsin Social, los
cargos que tendrn la calidad de altos directivos pblicos:

1. Direccin General de Crdito Prendario;

2. Servicio Nacional de Capacitacin y Empleo;

3. Instituto de Normalizacin Previsional, y

4. Superintendencia de Administradoras de Fondos de Pensiones.

369
Publicado en el Diario Oficial de 30 de enero de 2004.

699
Sexta Parte - Funcin Pblica

El artculo 15 transitorio de la citada Ley N 19.882, facult al Pre-


sidente de la Repblica para que, mediante uno o ms decretos con
fuerza de ley, determine todos los cargos de los servicios afectos al
Sistema de Alta Direccin Pblica, que tendrn la calidad de altos di-
rectivos pblicos a que se refiere el artculo trigsimo sptimo de ese
texto legal y que, segn este precepto, deben corresponder, entre otros,
al segundo nivel jerrquico del respectivo organismo370.

C. No son cargos de exclusiva confianza. En relacin con la natu-


raleza de los empleos de Alta Direccin Pblica, el Tribunal Constitu-
cional sostuvo en la sentencia Rol N 375, de 3 de junio de 2003, me-
diante la cual se pronunci acerca del proyecto de Ley N 19.882, que
los cargos del Sistema de Alta Direccin Pblica no son de la exclusiva
confianza de la autoridad facultada para efectuar el nombramiento.

Asimismo, la jurisprudencia administrativa ha confirmado el cri-


terio del Tribunal Constitucional, en orden a que estos cargos no son
de exclusiva confianza, sino que slo de aquellos cuyos nombra-
mientos estn sujetos a plazos legalmente establecidos (Dictamen
N 3.586, de 2006).

No obsta a lo anterior que tales cargos son de exclusiva confianza en


materia de remocin. El inciso 1 del artculo quincuagsimo octavo de

370
A modo de ejemplo, mediante el D.F.L. N 43, de 2003, del Ministerio de Hacienda, se
determinaron los cargos que tienen la calidad de altos directivos pblicos para la defensora
Penal Pblica y que, para el segundo nivel jerrquico, corresponden al Director Administrati-
vo Nacional y a los cinco Jefes de Unidad de la Defensora Nacional. A su vez, mediante los
Decretos Ns. 962, de 2008 y 309 y 671, de 2009, todos de la citada Secretara de Estado, se
especificaron los porcentajes de la asignacin de alta direccin pblica para las plazas de Je-
fes de Unidad de Evaluacin, Control y Reclamaciones; de Recursos Humanos; de Estudios;
de Administracin y Finanzas; y de Informtica y Estadstica, de esa reparticin.
Mediante el D.F.L. N 48, de 2003, del Ministerio de Hacienda, se determinaron los cargos
que tendran la calidad de altos directivos pblicos para la Caja de Previsin de la Defensa
Nacional.

700
Curso de Derecho Administrativo

la Ley N 19.882, prescribe que los altos directivos pblicos tienen, en


materia de remocin, la calidad de empleados de la exclusiva confianza
de la autoridad facultada para nombrarlos.

D. Son de dedicacin exclusiva. Acorde al artculo 66 inciso 1


de la Ley N 19.882, los cargos de altos directivos pblicos debern
desempearse con dedicacin exclusiva y estarn sujetos a las prohi-
biciones e incompatibilidades establecidas en el artculo 1 de la Ley
N 19.863, y les ser aplicable el artculo 8 de dicha ley.

E. Son incompatibles con cargos o funciones unipersonales di-


rectivos en partidos polticos. Acorde al artculo 66 inciso 2 de la
Ley N 19.882, las funciones de los altos directivos son incompatibles
con el ejercicio de cargos o funciones unipersonales en los rganos de
direccin en partidos polticos.

F. Estn sujetos a las normas sobre probidad administrativa.


Sin perjuicio las incompatibilidades y prohibiciones especiales que les
puedan afectar, los altos directivos pblicos estn sometidos a las nor-
mas legales generales que regulan la probidad administrativa (Art. 66
inciso 3 de la Ley N 19.882).

613. Responsabilidad de los altos directivos pblicos. El artculo


cuadragsimo de la Ley N 19.882 prescribe que los funcionarios que
sirven plazas de alta direccin pblica respondern por la gestin eficaz
y eficiente de sus funciones en el marco de las polticas pblicas y los
planes definidos por la superioridad, del seguimiento de las instruccio-
nes impartidas por sus superiores jerrquicos y de la ejecucin del con-
venio de desempeo que suscriban con la autoridad respectiva.

En la letra b) del artculo 2 del Decreto N 1.580, de 2006, del Mi-


nisterio de Hacienda, reglamento sobre la formulacin y funcionamien-

701
Sexta Parte - Funcin Pblica

to de estos acuerdos, se estipulan compromisos de gestin, los que se


traducen en metas anuales estratgicas y objetivos de resultados con
sus respectivos medios de verificacin y supuestos bsicos, para eva-
luar el desempeo de la gestin directiva en un perodo determinado,
todo lo cual se evala mediante el uso de los instrumentos de gestin
necesarios y pertinentes, definidos por la autoridad, debiendo en el caso
de las mencionadas convenciones supeditarse a las normas del citado
reglamento.

El artculo sexagsimo tercero de la citada Ley N 19.882, dispone


que quien sirva una plaza de alta direccin debe comunicar a su supe-
rior jerrquico a lo menos una vez al ao, y dentro de los dos meses
siguientes al trmino del mismo, el grado de cumplimiento de las me-
tas y los objetivos de la convencin en comento, correspondiendo a la
respectiva autoridad determinar los ajustes de stos o la evaluacin de
ellos una vez concluido el consecuente perodo anual y entregado el
aludido informe, para que, finalizado el trienio, se efecte la evaluacin
definitiva, de acuerdo a lo precisado por los artculos 7 y 19 del men-
cionado reglamento.

614. Suplencia especial para cargos de alta direccin pblica. El


artculo quincuagsimo noveno de la Ley N 19.882, dispone que de ha-
ber cargos de alta direccin vacantes, cualesquiera sea el nmero de los
que se encuentren en esta condicin, la autoridad facultada para hacer el
nombramiento podr proveerlos transitoria y provisionalmente, en tanto
se efecta el proceso de seleccin pertinente, con personas que cumplan
con los requisitos legales y los perfiles exigidos para desempearlos.
Estos nombramientos no podrn exceder de un perodo, improrrogable,
de un ao, contado desde la fecha de los mismos. Transcurrido este pe-
rodo, el cargo slo podr proveerse de conformidad con lo establecido
en los artculos cuadragsimo octavo y siguientes. Sin embargo, si los

702
Curso de Derecho Administrativo

nombramientos no han podido ser resueltos, stos podrn mantenerse


en tal calidad provisional previo informe positivo de la Direccin Na-
cional del Servicio Civil.

615. Derecho a goce de indemnizacin por cese anticipado de


funciones para los altos directivos pblicos. El inciso 1 del artculo
quincuagsimo octavo de la Ley N 19.882, establece que cuando el tr-
mino de funciones se produzca por peticin de renuncia, antes de finali-
zar el plazo de nombramiento o de su renovacin sealado en el inciso
segundo del artculo quincuagsimo sptimo de la Ley N 19.882, y
en la medida que no se trate de una causal derivada de su responsabili-
dad administrativa, civil o penal, o cuando dicho cese se origine por el
vencimiento del perodo sin que ste sea prorrogado, el alto directivo
tendr derecho a gozar de la indemnizacin prevista en el artculo 148
actual 154 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo.

Por otra parte, el mencionado artculo 154 de la Ley N 18.834,


dispone que el beneficio en comento ser equivalente al total de las re-
muneraciones devengadas en el ltimo mes, por cada ao de servicio en
la Institucin, con un mximo de seis, agregando que no ser imponible
ni constituir renta para ningn efecto legal.

La Contralora ha precisado mediante sus Dictmenes Ns. 32.502,


de 1990 y 56.817, de 2009, que respecto de los aos de servicio reque-
ridos por esta ltima norma no se distingue si ellos se realizaron o no en
forma continua, ni tampoco la calidad jurdica en que se desempearon,
de manera que para el cmputo de la referida indemnizacin es til todo
el tiempo servido en la Institucin, aun cuando existan perodos de in-
terrupcin funcionaria, y slo debe estarse a la condicin de empleado
pblico en el Organismo, sin que sea relevante si se ejerci como titular
o designado a contrata.

703
Sexta Parte - Funcin Pblica

616. Direccin Nacional del Servicio Civil. Concepto. Acorde


al artculo 26 de la Ley N 19.882 (artculo 1) la Direccin Nacio-
nal del Servicio Civil es un servicio pblico descentralizado, con
personalidad jurdica y patrimonio propio, que se relacionar con el
Presidente de la Repblica a travs del Ministerio de Hacienda y que
tendr por objeto la coordinacin, supervisin y perfeccionamiento
de las funciones de personal en los servicios de la administracin
civil del Estado.

617. Funciones. En conformidad al artculo 2 inciso 1, correspon-


de especialmente a la Direccin Nacional del Servicio Civil:

a) Participar en el diseo de las polticas de administracin de per-


sonal del sector pblico y colaborar con los servicios pblicos
en la aplicacin descentralizada de las mismas, en el marco del
proceso de modernizacin del Estado.

b) Promover reformas y medidas tendientes al mejoramiento de la


gestin del personal del sector pblico.

c) Prestar asesora en materias de personal a las autoridades de


gobierno, as como tambin a los subsecretarios y jefes de los
servicios no incluidos en el Sistema de Alta Direccin Pblica
en materias de personal de alto nivel.

d) Realizar las acciones necesarias para asegurar el eficiente y efi-


caz funcionamiento del Sistema de Alta Direccin Pblica.

e) Constituir y administrar un registro de los cargos de altos direc-


tivos pblicos que comprenda toda la informacin relevante de
los mismos.

704
Curso de Derecho Administrativo

f) Constituir y administrar un registro de la informacin indivi-


dual y funcionaria, incluidos los perfiles profesionales de las
personas que desempeen los cargos de directivos pblicos,
como asimismo de los convenios de desempeo suscritos por
ellos.

g) Realizar estudios sobre remuneraciones en los sectores pblico


y privado a efecto que sirvan de base para proponer las asig-
naciones de alta direccin pblica y funciones crticas, como
asimismo para la determinacin de las dems retribuciones eco-
nmicas en el mbito del sector pblico.

h) Facilitar y prestar oportunamente el debido e integral apoyo


administrativo y tcnico al Consejo de Alta Direccin Pblica
para el cabal cumplimiento de sus funciones.

i) Fomentar y apoyar la profesionalizacin y desarrollo de las uni-


dades de personal o recursos humanos de los ministerios y ser-
vicios.

j) Constituir una instancia de apoyo a la interlocucin con las or-


ganizaciones de funcionarios de los ministerios y servicios, en
cuanto al cumplimiento de normas legales y seguimiento de los
acuerdos que se suscriban con los mismos.

k) Fomentar el desarrollo de la cultura participativa con el fin de


mejorar las condiciones de trabajo de los funcionarios pblicos.

l) Incorporar en la proposicin de polticas de personal, variables


que eviten todo tipo de discriminacin, tales como, gnero,
tendencias sexuales, religin, tnicas, discapacidades fsicas y
otras de similar naturaleza.

705
Sexta Parte - Funcin Pblica

m) Constituir y administrar un registro de consultores externos es-


pecializados en servicios de asesora para procesos de seleccin
de personal.

n) Realizar diagnsticos y estudios acerca de temas propios de sus


funciones.

) Promover la implementacin de programas de induccin para


los funcionarios que ingresen a la administracin.

o) Administrar Fondos creados para ejecutar programas en el rea


laboral, tales como los relativos a becas, mejoramiento de los
ambientes laborales y de seguridad en el trabajo.

p) Realizar las tareas que el Ministro de Hacienda le encomiende


en el mbito del personal del sector pblico.

q) Ejecutar las dems funciones que le encomienden las leyes y los


reglamentos.

De acuerdo con el artculo 2 inciso 2, las facultades y funciones


antedichas, sern sin perjuicio de aquellas que corresponden a la Con-
tralora General de la Repblica.

618. Direccin superior, organizacin y administracin. De


acuerdo con el artculo 3, la direccin superior, la organizacin y la
administracin de la Direccin Nacional del Servicio Civil correspon-
den a un director de exclusiva confianza del Presidente de la Repblica,
quien ser el jefe superior del servicio y tendr la autoridad, atribucio-
nes y deberes inherentes a esa calidad. En conformidad con lo estable-
cido en el artculo 31 de la Ley N 18.575, el director, con sujecin a

706
Curso de Derecho Administrativo

la planta y la dotacin mxima, establecer su organizacin interna y


determinar las denominaciones y funciones que correspondan a cada
una de las unidades establecidas para el cumplimiento de las funciones
que le sean asignadas.

619. Obligacin de proporcionar informacin a la Direccin


Nacional. En conformidad al artculo 6, los organismos de la adminis-
tracin civil del Estado estarn obligados a proporcionar a la Direccin
Nacional la informacin relacionada con la implementacin de las po-
lticas de personal que sta les solicite.

620. Rgimen estatutario. En conformidad al artculo 8, el per-


sonal de la Direccin Nacional del Servicio Civil estar afecto a las
disposiciones del estatuto administrativo de los funcionarios pblicos.

621. Patrimonio. En conformidad al artculo 9, el Patrimonio de la


Direccin Nacional est formado por:

a) El aporte que se contemple anualmente en la Ley de Presupues-


tos.

b) Los recursos otorgados por leyes especiales.

c) Los bienes muebles e inmuebles, corporales e incorporales que


se le transfieran o adquiera a cualquier ttulo.

d) Los frutos de sus bienes.

e) Las donaciones que se le hagan y las herencias y legados que


acepte, lo que deber hacer con beneficio de inventario. Dichas

707
Sexta Parte - Funcin Pblica

donaciones y asignaciones hereditarias estarn exentas de toda


clase de impuestos y de todo gravamen o pago que les afecten.
Las donaciones no requerirn del trmite de insinuacin.

f) Los ingresos que perciba por los servicios que preste.

g) Los aportes de la cooperacin internacional que reciba a cual-


quier ttulo.

622. Consejo de Alta Direccin Pblica. En conformidad al ar-


tculo 42, se establece en la estructura de la Direccin Nacional del
Servicio Civil un Consejo de Alta Direccin Pblica.

623. Funciones del Consejo. En conformidad al artculo 42, co-


rresponden al Consejo las siguientes funciones:

a) Conducir y regular los procesos de seleccin de candidatos a


cargos de jefes superiores de servicio del sistema.

b) Resolver la contratacin de empresas especializadas en seleccin


de personal para asesorar o realizar todo o parte de las labores in-
volucradas en los procesos de seleccin, entre aqullas del regis-
tro que al efecto lleve la Direccin Nacional del Servicio Civil.

c) Revisar y aprobar los perfiles profesionales de los candidatos pro-


puestos por el ministro del ramo que correspondan al jefe de ser-
vicio que se requiera proveer, pudiendo para este efecto proponer
criterios generales a la Direccin Nacional del Servicio Civil.

d) Proponer al Presidente de la Repblica una nmina de entre 3


y 5 de los candidatos seleccionados en el proceso de seleccin
efectuado para la provisin de un cargo de jefe de servicio.

708
Curso de Derecho Administrativo

e) Participar en el Comit de Seleccin de directivos del segundo


nivel jerrquico, mediante la designacin de uno de sus inte-
grantes de la letra b) del artculo siguiente o de un profesional
experto de la nmina que al efecto deber elaborar. Estos profe-
sionales expertos debern tener reconocidas capacidades en las
reas de administracin de personal y/o polticas pblicas.

f) Conocer de los reclamos interpuestos por los participantes en los


procesos de seleccin del Sistema de Alta Direccin Pblica.

g) Proponer al Ministro de Hacienda los porcentajes de la Asigna-


cin de Alta Direccin Pblica para los jefes superiores de servi-
cio del Sistema, tomando en consideracin los antecedentes reca-
bados relativos a los niveles de tecnificacin y de responsabilidad
de las respectivas instituciones y los perfiles requeridos, as como
el conocimiento obtenido de las remuneraciones de mercado en
el sector pblico o privado para funciones afines o asimilables.

h) Proponer a la Direccin Nacional del Servicio Civil las medidas


y normas generales que juzgue necesarias para el mejor funcio-
namiento del Sistema de Alta Direccin Pblica y absolver las
consultas que la Direccin Nacional le efecte sobre la materia,
incluyendo entre stas las relacionadas con los convenios de
desempeo y su evaluacin.

i) Proponer el nombramiento y remocin del Secretario del Con-


sejo.

624. Integracin del Consejo. De acuerdo con el artculo 43 inciso


1 de la Ley N 19.882, el Consejo est integrado por:

a) El Director de la Direccin Nacional del Servicio Civil, que lo


presidir, y

709
Sexta Parte - Funcin Pblica

b) Cuatro Consejeros designados por el Presidente de la Repbli-


ca, ratificados por el Senado, los cuales durarn seis aos en sus
funciones.

Para el solo efecto de participar en el proceso de seleccin corres-


pondiente a un jefe de servicio y durante el tiempo que aqul dure, se
integrar el subsecretario del ramo, quien slo tendr derecho a voz
(Art. 43 inciso 2 Ley N 19.882).

El Consejo contar con un secretario que ser responsable de las


actas de sesiones. Para este efecto, la planta de la Direccin Nacional
del Servicio Civil contar con un cargo de exclusiva confianza, el que
ser provisto por el Director a proposicin del Consejo (Art. 43 inciso
3 Ley N 19.882).

625. Qurum para adoptar decisiones y para sesionar. El conse-


jo tomar sus decisiones por la mayora de sus miembros y en caso de
empate resolver su Presidente. El qurum mnimo para sesionar ser
de 3 miembros con derecho a voto (Art. 46 inciso 1 Ley N 19.882).

SECCIN III. LA CAPACITACIN

626. Fundamento. El artculo 38 inciso 1 de la Constitucin en-


comienda a una ley orgnica constitucional, la tarea de asegurar la
capacitacin y el perfeccionamiento de los integrantes de la Adminis-
tracin Pblica.

De acuerdo al artculo 19 de la LOC N 18.575 de BGAE la Admi-


nistracin del Estado asegurar la capacitacin y el perfeccionamiento
de su personal, conducente a obtener la formacin y los conocimientos
necesarios para el desempeo de la funcin pblica.

710
Curso de Derecho Administrativo

Luego, el artculo 48 inciso 1 de la LOC N 18.575 agrega que


la capacitacin y el perfeccionamiento en el desempeo de la funcin
pblica se realizarn mediante un sistema que propenda a estos fines, a
travs de programas nacionales, regionales o locales.

627. Concepto de capacitacin. El artculo 21 del Estatuto Admi-


nistrativoLey N 18.8314 define la capacitacin como el conjunto
de actividades permanentes, organizadas y sistemticas destinadas a
que los funcionarios desarrollen, complementen, perfeccionen o actua-
licen los conocimientos y destrezas necesarios para el eficiente desem-
peo de sus cargos o aptitudes funcionarias.

628. Tipos de capacitacin. El artculo 22 del Estatuto Administra-


tivo considera diversos tipos de capacitacin:

A. Capacitacin para el ascenso, que corresponde a aqulla que


habilita a los funcionarios para asumir cargos superiores.

B. Capacitacin de perfeccionamiento, que tiene por objeto me-


jorar el desempeo del funcionario en el cargo que ocupa.

C. Capacitacin voluntaria, que corresponde a aqulla de inters


para la institucin, y que no est ligada a un cargo determinado ni es
habilitante para el ascenso.

El artculo 28 del Ley N 18.834 seala que los estudios de educa-


cin superior no se considerarn actividades de capacitacin.

629. Normas aplicables. Las actividades de capacitacin podrn


llevarse a cabo mediante convenios con instituciones pblicas o priva-
das (Art. 48 inciso 2 de la LOC N 18.575).

711
Sexta Parte - Funcin Pblica

El artculo 29 inciso 2 de la Ley N 18.834, previene que los orga-


nismos de la Administracin del Estado que se rigen por ese texto esta-
tutario deben capacitar a su personal, pudiendo celebrar para tal efecto,
convenios con organismos pblicos o privados, nacionales, extranjeros
o internacionales.

La ley podr exigir como requisito de promocin o ascenso el haber


cumplido determinadas actividades de capacitacin o perfeccionamien-
to (Art. 48 inciso 3 de la LOC N 18.575).

La destinacin a los cursos de capacitacin y perfeccionamiento se


efectuar por orden de escalafn o por concurso, segn lo determine la
ley (Art. 48 inciso 4 de la LOC N 18.575).

Podrn otorgarse becas a los funcionarios pblicos para seguir cur-


sos relacionados con su capacitacin y perfeccionamiento (Art. 48 inci-
so 5 de la LOC N 18.575).

El presupuesto de la Nacin considerar globalmente o por orga-


nismo los recursos para los efectos previstos en este artculo (Art. 48
inciso 6 de la LOC N 18.575).

SECCIN IV. LAS CALIFICACIONES

I. ASPECTOS GENERALES

630. Concepto. La jurisprudencia administrativa seala que la cali-


ficacin es el acto por medio del cual un superior directo expresa su
opinin o juicio en forma escrita, sobre la calidad de las condiciones per-
sonales y profesionales de un subalterno, atendidas las exigencias y ca-
ractersticas del cargo y servir de base para el ascenso, desarrollo profe-
sional y permanencia en la institucin (Dictamen N 26.002, de 2006).

712
Curso de Derecho Administrativo

631. El sistema de calificaciones establecido en la Ley N 18.834,


tal como se expres en el Dictamen N 8.977, de 2002, est constituido
por una serie de actos y trmites determinados en dicho texto legal y
que tienen por finalidad la evaluacin de los servidores pblicos regi-
dos por ese ordenamiento y que, conforme a lo prescrito en el artculo
18 de la Ley N 19.880, constituye un procedimiento administrativo.

632. Objeto de la calificacin. El artculo 47 inciso 2 de la LOC


N 18.575, seala que la calificacin se considerar para el ascenso, la
eliminacin del servicio y los estmulos al funcionario, en la forma que
establezca la ley.

A su turno, el artculo 32 del Estatuto Administrativo determina


que: El sistema de calificacin tendr por objeto evaluar el desem-
peo y las aptitudes de cada funcionario, atendidas las exigencias y
caractersticas de su cargo, y servir de base para la promocin, los
estmulos y la eliminacin del servicio.

En definitiva, la calificacin puede servir de base para cuatro as-


pectos:

A. La capacitacin.

B. La promocin.

C. Los estmulos.

D. La eliminacin del servicio.

633. Principios rectores del proceso calificatorio. Todo proceso


calificatorio se encuentra presidido por los principios de imparcia-
lidad y objetividad, previstos en los artculos 45 inciso 2 y 47 de

713
Sexta Parte - Funcin Pblica

LOC N 18.575, Orgnica Constitucional de Bases Generales de la


Administracin del Estado.

634. Listas de calificacin. De acuerdo al artculo 33 de la Ley


N 8.834: Todos los funcionarios, incluido el personal a contrata, deben
ser calificados anualmente, en alguna de las siguientes listas:

A. Lista N 1, de Distincin.

B. Lista N 2, Buena.

C. Lista N 3, Condicional.

D. Lista N 4, de Eliminacin.

El Jefe Superior de la institucin ser personalmente responsable


del cumplimiento de este deber.

635. Reglamento de Calificacin. En conformidad al artculo 47


inciso 1 de la LOC N 18.575, para los efectos de la calificacin del
desempeo de los funcionarios pblicos, un reglamento establecer un
procedimiento de carcter general, que asegure su objetividad e impar-
cialidad, sin perjuicio de las reglamentaciones especiales que pudieran
dictarse de acuerdo con las caractersticas de determinados organismos
o servicios pblicos.

El Reglamento General de Calificaciones del personal afecto al Es-


tatuto Administrativo, est contenido en el Decreto N 1.825, de 1998,
de Interior, Publicado en el Diario Oficial. Sin perjuicio, del cual y en
conformidad a la citada normativa legal orgnica constitucional, exis-
ten numerosos reglamentos especiales dictados para servicios pblicos
en atencin a las particularidades propias de cada uno de ellos.

714
Curso de Derecho Administrativo

As podemos mencionar, a modo de ejemplo:

1. Reglamento Especial de Calificaciones para el personal de la


Direccin General de la Aeronutica Civil, Decreto N 108/04,
de Defensa [2] Publicado en el Diario Oficial de 31 de agosto de
2004.

2. Reglamento de Calificaciones para el Personal de la Subsecreta-


ra de Salud Decreto N 292, de 2002, del Ministerio de Salud.

3. Reglamento de Calificaciones del Personal perteneciente a la


Planta I y II de Gendarmera de Chile, del Ministerio de Justi-
cia. Decreto N 235, de 1982.

4. Reglamento de Calificaciones del personal de la Tesorera Ge-


neral de la Repblica. Decreto N 819, de 2001, del Ministerio
de Hacienda.

5. Reglamento de Calificaciones del Personal de la Polica de In-


vestigaciones de Chile. Decreto N 28, de 1981, del Ministerio
de Defensa Nacional.

6. Reglamento de Calificaciones del Personal de la Subsecretara


de Investigaciones de Chile. Decreto N 178, de 2007, del Mi-
nisterio de Defensa Nacional.

7. Reglamento de Calificaciones del Personal afecto al Estatuto


Administrativo de esa Secretara de Estado. Decreto N 1.467,
de 1998, del Ministerio de Obras Pblicas.

8. Reglamento General de Calificacin Acadmica Universidad de


Chile, contenido en el Decreto Universitario N 1.136, de 1999.

715
Sexta Parte - Funcin Pblica

9. Reglamento Especial de Calificaciones para el Personal del


Fondo Nacional de Salud. Decreto N 192, de 2002, del Minis-
terio de Salud.

10. Reglamento Especial de Calificaciones para el personal de la


Junta Nacional de Jardines Infantiles. Decreto N 453, de 1998,
del Ministerio de Educacin.

11. Reglamento Especial de Calificaciones para el personal del Ser-


vicio de impuestos Internos. Decreto N 964, de 2008, del Mi-
nisterio de Hacienda (D.O. 26 de agosto de 2008).

12. Reglamento especial de calificaciones para el personal del mi-


nisterio de obras pblicas, de sus servicios dependientes y del
instituto nacional de hidrulica, afecto al estatuto administra-
tivo, aprobado por Decreto N 1.467, de 1998, del MOP (publi-
cado en d.o. 24 octubre 1998).

13. Reglamento de Calificaciones del Personal Municipal, decreto


N 1.228, de 1992, del Ministerio del Interior.

14. Reglamento de Calificaciones para el Personal de la Subsecre-


tara de Economa, Fomento y Reconstruccin, Decreto N 267,
de 2001, del Ministerio del ramo.

15. Reglamento especial de calificaciones del personal de la Junta


de Aeronutica Civil, Decreto N 129, de 1999, del Ministerio
de Transportes (publicado en el D.O. de 16 octubre 1999).

16. Reglamento especial de calificaciones del personal del Instituto


Nacional de Deportes, Decreto N 53, de 2001, de la Secretara
General de Gobierno (promulgado el 8 de octubre de 2001).

716
Curso de Derecho Administrativo

17. Reglamento especial de calificaciones del personal de la Direc-


cin General de Crdito Prendario, Decreto N 97, de 1998, del
Ministerio del Trabajo y Previsin Social, (publicado en el D.O.
de 28 de octubre de 1998).

El proceso de calificaciones es un procedimiento reglado que tiene


por objeto evaluar el desempeo y aptitudes de cada funcionario, aten-
didas las exigencias y caractersticas de su cargo, que servir de base,
entre otras materias, para los estmulos y la eliminacin del Servicio.

636. Perodo de calificacin. De acuerdo al artculo 38 inciso 1 del


Estatuto Administrativo, por regla general La calificacin evaluar los
doce meses de desempeo funcionario comprendidos entre el 1 de sep-
tiembre de un ao y el 31 de agosto del ao siguiente, lo cual es reiterado
por el artculo 3 del Reglamento de Calificaciones del citado Estatuto.

Con todo, los reglamentos especiales propios de cada institucin


podrn establecer otras fechas de inicio y trmino del perodo anual de
desempeo (Art. 38 inciso 2 Ley N 18.834).

La calificacin slo puede considerar la actividad desarrollada por


el funcionario durante el respectivo perodo de calificaciones (Art. 3
Reglamento).

637. Calificaciones de perodos diversos son independientes en-


tre s. Para la jurisprudencia el proceso calificatorio tiene por objeto va-
lorar el desempeo laboral de un empleado por un lapso determinado.
Por tanto, las calificaciones correspondientes a perodos diversos son
independientes entre s. As, la autoridad competente no se encuentra
obligada a asignarle al funcionario un puntaje y ubicacin en una de-
terminada lista, en funcin de los resultados obtenidos en evaluaciones
anteriores (Dictamen N 54.947, de 2007).

717
Sexta Parte - Funcin Pblica

La jurisprudencia administrativa, ha manifestado, en su Dictamen


N 19.605, de 1996, entre otros, que la circunstancia que el funcionario
que realice la precalificacin tenga igual, o menor grado que el califi-
cado, no vicia el proceso calificatorio, siempre que dicho precalificador
cumpla las labores de jefe directo del funcionario evaluado.

638. Ponderacin de los mritos funcionarios y valoracin de


desempeo. La ponderacin de los mritos funcionarios y la valora-
cin de las condiciones de desempeo de un empleo es una facultad
exclusiva de las autoridades calificadoras respectivas, las que adoptan
sus decisiones soberanamente (Dictmenes Ns. 4.228, de 1995, 8.479,
de 2003, 3.3819, de 2003, 60.811, de 2005).

Rebaja de nota al factor criterio funcionario, no ha sido debidamen-


te fundada, ya que el hecho de que un funcionario se encuentre gozando
de licencia mdica debidamente extendida, como ocurre en el presente
caso, no faculta la rebaja de calificacin, pues el uso de cualquier dere-
cho consagrado por el estatuto administrativo no puede afectar la califi-
cacin de un funcionario regido por l, considerando que se trata de una
circunstancia que debe ponderarse en forma objetiva y que no afecta en
caso alguno el criterio funcionario de un empleado; adems, el certifi-
cado del facultativo tratante da cuenta que la enfermedad que afectaba a
la interesada no permita una postergacin del tratamiento, hecho ajeno
a la voluntad de la reclamante (Dictamen N 19.812, de 1988).

639. Funcionarios no sujetos a calificacin. No sern calificados:

A. Los funcionarios que por cualquier motivo hubieren desem-


peado efectivamente sus funciones por un lapso inferior a seis
meses, ya sea en forma continua o discontinua dentro del respectivo

718
Curso de Derecho Administrativo

perodo de calificaciones, caso en el cual conservarn la calificacin


del ao anterior (artculo 40 Estatuto y Art. 5 del Reglamento de
Calificaciones).

Conforme a la jurisprudencia administrativa, la ausencia de ano-


taciones de demrito en el perodo calificatorio no significa que se le
deba calificar en Lista 1, toda vez que aqullas constituyen slo uno
de los antecedentes que el rgano evaluador debe ponderar si es que
existen, pero no son los nicos elementos que posee dicho cuerpo
colegiado para asignar la calificacin final de un servidor (Dictamen
N 9.649, de 2006).

B. El Jefe Superior de la institucin, su subrogante legal, los


integrantes de la junta calificadora central, los delegados del per-
sonal y los dirigentes de las asociaciones de funcionarios, salvo que
los delegados y dirigentes antes mencionados lo solicitaren (Art. 5 del
Reglamento de Calificaciones).

Dichos funcionarios conservarn la ltima calificacin cuando co-


rresponda.

C. Las personas que dejan de ser funcionarios activos. Acorde


con lo previsto en los artculos 43 y siguientes de la Ley N 18.575,
32 y 51 del Estatuto Administrativo, y tal como lo ha indicado el
Dictamen N 49.089, de 2008, la finalidad del proceso de evaluacin
se vincula con el resguardo de la carrera funcionaria, por lo que se ex-
cluyen los servidores que pierden su condicin de empleados activos de
la institucin de que se trate, de manera que respecto de quienes cesan
encontrndose pendiente su evaluacin, debe entenderse que la ltima
calificacin vlida en la respectiva reparticin, es la que corresponde al
perodo anterior.

719
Sexta Parte - Funcin Pblica

640. Infracciones funcionarias y calificaciones. En armona con


el principio del non bis dem, el Estatuto establece que la infraccin de
una obligacin o deber funcionario que se establezca en virtud de una
investigacin sumaria o sumario administrativo, slo podr ser con-
siderada una vez en las calificaciones del funcionario (Art. 41 inciso
final Estatuto).

II. PROCEDIMIENTO

641. Etapas de la calificacin. El proceso de calificacin, contem-


pla cuatro etapas:

A. Precalificacin por el jefe directo.

B. Calificacin por la Junta Calificadora.

C. Apelacin ante el Jefe superior de la Institucin.

D. Reclamacin ante la Contralora General.

1. La precalificacin

642. Concepto. De acuerdo al artculo 18 letra a) del Reglamento


general de calificaciones se entiende por precalificacin la evalua-
cin previa realizada por el jefe directo del funcionario.

643. Funcionario competente. Acorde al artculo 41 inciso 2 del


Estatuto, los jefes sern responsables de las precalificaciones que
efecten, como asimismo, de la calificacin en la situacin prevista en
el inciso segundo del artculo 34. La forma en que lleven a cabo este
proceso deber considerarse para los efectos de su propia calificacin.

720
Curso de Derecho Administrativo

Se entiende por jefe directo el funcionario de quien depende en


forma inmediata la persona a calificar (Art. 41 Reglamento).

Por otra parte, el inciso 2 del artculo 21 del Reglamento de Cali-


ficaciones del Personal afecto al Estatuto Administrativo, prescribe que
si el funcionario a evaluar hubiere tenido ms de un jefe durante el res-
pectivo perodo de calificaciones, deber requerir informe de los otros
jefes directos con los cuales se hubiere desempeado el servidor, el que
deber ser considerado en la respectiva precalificacin.

De acuerdo al criterio contenido en los Dictmenes Ns. 51.161, de


2006, y 44.424, de 2009, la circunstancia que el servidor a quien co-
rresponde realizar la precalificacin tenga igual o menor grado, incluso,
que el calificado, no constituye un vicio de procedimiento del proceso,
siempre y cuando dicho empleado est cumpliendo las labores de jefe
directo del calificado, sin perjuicio de que la autoridad competente debe
adoptar las medidas necesarias tendientes a evitar la ocurrencia de tales
situaciones, pues afectan el principio de la jerarqua administrativa.

644. Contenido de la precalificacin. La precalificacin que reali-


za el jefe directo, estar constituida por los conceptos, notas, las cuales
debern ser debidamente fundamentadas, y antecedentes que ste de-
ber proporcionar por escrito, considerndose para este efecto las ano-
taciones efectuadas en la hoja de vida durante el respectivo perodo de
calificacin (Art.19 inc. 1 del Reglamento).

Los funcionarios precalificadores con el objeto de cumplir con di-


cha obligacin principal, conservando la debida garanta de los dere-
chos funcionarios, debern emitir dos informes de desempeo del per-
sonal de su dependencia en el respectivo perodo de calificaciones (Art.
19 inc. 2 del Reglamento).

721
Sexta Parte - Funcin Pblica

Tanto los informes de desempeo funcionario como los otros ins-


trumentos auxiliares servirn de antecedente relevante para la precalifi-
cacin (Art. 19 inc. 4 del Reglamento).

645. Plazo para precalificar. De acuerdo al artculo 20 inciso 1


del Reglamento: El jefe directo precalificar al personal de su depen-
dencia dentro del plazo de diez das a contar de la fecha en que le sean
entregadas las hojas de vida.

646. Notificacin de la precalificacin. Se encuentra regulada en


el artculo 20 inciso 1 del Reglamento:

A. En primer lugar la Notificacin se realiza en forma personal.


El jefe directo deber notificar personalmente la precalificacin, en el
plazo de dos das contado desde el vencimiento del trmino antes men-
cionado.

B. Subsidiariamente es posible notificar al funcionario median-


te carta certificada. Si el funcionario no fuere habido por dos das
consecutivos en su domicilio o en su lugar de trabajo, se lo notificar
por carta certificada, de lo cual deber dejarse constancia. En esta lti-
ma circunstancia, el funcionario se entender notificado cumplidos tres
das desde que la carta haya sido despachada. El jefe directo deber re-
mitir la precalificacin y los antecedentes correspondientes a la oficina
encargada del personal o la que haga sus veces.

647. Falta de notificacin de la precalificacin no vicia el proce-


dimiento. Segn lo determinado por el Dictamen N 51.667 de 2008,
de Contralora, no vicia el procedimiento calificatorio la falta de no-
tificacin de la precalificacin de manera previa a su envo a la Junta

722
Curso de Derecho Administrativo

Calificadora, toda vez que no existe norma legal que establezca dicho
trmite, de forma tal que esta actuacin slo puede sustentarse en una
determinacin de la autoridad, a fin de propender a la transparencia del
proceso calificatorio.

648. Observaciones a la precalificacin. El funcionario podr for-


mular observaciones a la precalificacin dentro del plazo de cinco das
contado desde su notificacin, las que debern ser elevadas a la oficina
encargada del personal o la que haga sus veces, para que las remita a la
respectiva Junta Calificadora, una vez constituida sta (Art. 20 inciso
1 del Reglamento).

649. Anotaciones de mrito. Son anotaciones de mrito aqullas


destinadas a dejar constancia de cualquier accin del empleado que
implique una conducta o desempeo funcionario destacado (Art. 42
inc. 1 Ley N 18.834).

Conforme a la jurisprudencia administrativa no procede la inter-


posicin de recurso jerrquico ante Contralora General en contra de
la decisin de la autoridad administrativa de no realizar una anotacin
de mrito en hoja de vida de funcionario del Servicio Nacional de Pes-
ca. Ello, porque los procesos calificatorios del personal del referido
servicio se rigen por la Ley N 18.834 y por el Decreto N 1.825, de
1998, del Ministerio de Interior, los cuales contienen procedimientos
formales respecto de las anotaciones de mrito y de demrito. As,
dado el carcter supletorio de la Ley N 19.880, la procedencia del
recurso jerrquico se encontrar condicionado a la mayor o menor
regulacin de una determinada materia, de manera que no resultar
procedente cuando se invoque respecto de procedimientos especiales
previstos en la ley que contemplen instancias particulares de revisin
(Dictamen N 47.984, de 2006).

723
Sexta Parte - Funcin Pblica

650. Anotaciones de demrito. Son anotaciones de demrito


aqullas destinadas a dejar constancia de cualquier accin u omisin
del empleado que implique una conducta o desempeo funcionario re-
prochable (Art. 43 inc. 1 Ley N 18.834).

Segn los artculos 43, 44 y 45 de la Ley N 18.834, las anotacio-


nes de demrito que se hayan efectuado dentro del perodo anual de
calificaciones, constituyen antecedentes de los que se deja constancia
en la hoja de vida del funcionario, al igual que de las solicitudes del
empleado destinadas a que se efecten o se dejen sin efecto las men-
cionadas anotaciones, antecedentes que la Junta Calificadora deber
considerar para adoptar sus resoluciones, ya que forman parte del pro-
cedimiento de evaluacin anual del desempeo de cada funcionario
(Dictamen N 44.050, de 2007).

El artculo 34 del Decreto N 1.825, de 1998, de Interior, establece


la oportunidad para interponer reclamos por anotaciones de demrito
ante la Contralora, la que proceder una vez practicada la notificacin
del fallo de la apelacin de la calificacin respectiva, toda vez que las
aludidas anotaciones y las solicitudes de que stas sean objeto forman
parte integrante del procedimiento de evaluacin anual del desempeo
de cada servidor pblico.

Por ltimo, debe recordarse que la jurisprudencia contenida en los


Dictmenes Ns. 13.185, de 2006, y 42.444, de 2009, entre otros, de la
Contralora, ha concluido que sta no tiene competencia para pronun-
ciarse acerca del contenido de las anotaciones de mrito y de demrito
que se hayan registrado en la hoja de vida de los funcionarios, corres-
pondiendo la facultad de determinar cules actuaciones o conductas
justifican anotaciones de tal ndole, a las respectivas jefaturas directas
de los servidores.

724
Curso de Derecho Administrativo

2. La calificacin por la Junta

651. Concepto. De acuerdo al artculo 18 letra b) del Reglamento


general de calificaciones se entiende por calificacin la evaluacin
efectuada por la Junta Calificadora que corresponda, teniendo como
base la precalificacin realizada por el jefe directo del funcionario, o
la evaluacin efectuada de conformidad al inciso final del artculo 29
de la Ley N 18.834.

652. rganos competentes para practicar la calificacin. Son las


Juntas Calificadoras Regionales y la Junta Calificadora Central.

A. Juntas Calificadoras Regionales: Tienen a su cargo la califi-


cacin del personal, siempre y cuando el nmero de funcionarios en la
regin sea igual o superior a 15 (Art. 35 inc. 2 Ley N 18.834).

B. Junta Calificadora Central: En la Regin Metropolitana y res-


pecto de las regiones cuando los funcionarios sea inferior a 15 (Art. 35
inc. 3 Ley N 18.834).

653. Integracin de las juntas calificadoras. Sobre esta materia


resulta necesario distinguir:

A. Las Juntas Calificadoras Regionales estn integradas por los tres


funcionarios de ms alto nivel jerrquico de la institucin en la respec-
tiva regin y por un representante del personal elegido por ste, segn
el estamento a calificar (Art. 35 inc. 4 Ley N 18.834).

B. La Junta Calificadora Central est compuesta, en cada institu-


cin, por los cinco funcionarios de ms alto nivel jerrquico, con excep-

725
Sexta Parte - Funcin Pblica

cin del Jefe Superior, y por un representante del personal elegido por
ste, segn el estamento a calificar (Art. 35 inc. 4 Ley N 18.834).

Ahora bien, si existiere ms de un funcionario en el nivel correspon-


diente, la Junta se integrar de acuerdo con el orden de antigedad, en
la forma que establece el artculo 51 (Art. 35 inc. 8 Ley N 18.834).

A su vez, el artculo 51 del Estatuto al cual reenva la norma cita-


da, determina en su inciso 2, que en caso de producirse un empate, los
funcionarios se ubicarn en el escalafn de acuerdo con su antigedad:
primero en el cargo, luego en el grado, despus en la institucin, a con-
tinuacin en la Administracin del Estado y, finalmente, en el caso de
mantenerse la concordancia, decidir el Jefe Superior de la institucin.

654. Secretario de la Junta. Segn el artculo 25 del Decreto


N 1.825, de 1998, la funcin de secretario de la Junta Calificadora la
debe desempear:

A. El Jefe de la respectiva unidad de personal o quien haga sus


veces.

B. A falta de ste, dicho puesto lo ejerce el funcionario designado


por la Junta (ello acaece, entonces, cuando el cargo no se encuentra
contemplado dentro de la estructura orgnica de la institucin).

655. Factores a considerar en la calificacin. La Junta Califica-


dora adoptar sus resoluciones teniendo en consideracin, necesaria-
mente, la precalificacin del funcionario hecha por su Jefe Directo, la
que estar constituida por los conceptos, notas y antecedentes que ste
deber proporcionar por escrito. Entre los antecedentes, se considerarn
las anotaciones de mrito o de demrito que se hayan efectuado dentro

726
Curso de Derecho Administrativo

del perodo anual de calificaciones, en la hoja de vida que llevar la


oficina encargada del personal para cada funcionario (Art. 41 inciso 1
Ley N 18.834).

Constituirn elementos bsicos del sistema de calificaciones la hoja


de vida y la hoja de calificacin (Art. 41 inciso 3 Ley N 18.834).

El artculo 47 inciso 1 de la LOC N 18.575, seala que se llevar


una hoja de vida por cada funcionario, en la cual se anotarn sus mritos
y deficiencias.

A su turno, el artculo 19 inciso 2 del Decreto N 1.825, de 1998,


previene que los funcionarios precalificadores, con el fin de cumplir
con dicha obligacin, conservando la debida garanta de los derechos
funcionarios, debern emitir dos informes de desempeo del personal
de su dependencia en el respectivo perodo de calificaciones, el pri-
mero comprendiendo desde el 1 de septiembre hasta el 31 de enero, y
el segundo, considerando el desempeo del funcionario desde el 1 de
febrero hasta el 30 de junio.

Agrega, en su inciso 3, que los informes de desempeo debern


ser notificados personalmente dentro de los diez das siguientes a la fe-
cha de cumplimiento del plazo del respectivo informe de desempeo.

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa, el plazo de diez


das para notificar los informes de desempeo a que alude el artculo 19
del Reglamento General de Calificaciones, es de das hbiles, por con-
siguiente, no deben considerarse para su cmputo los das sbados, do-
mingos y festivos. Ello, porque en lo no previsto por la Ley N 18.834,
en lo que se refiere al procedimiento calificatorio, rigen las normas de
la Ley N 19.880, cuyo Art. 25 seala que los plazos de das estableci-
dos en esta ley son de das hbiles. As, tratndose de procedimientos

727
Sexta Parte - Funcin Pblica

contemplados en disposiciones reglamentarias, como es el caso del


Dto. N 1.825-98 citado, la Ley N 19.880 rige en plenitud, incluso pro-
duciendo la derogacin de aquellos preceptos de dicho texto reglamen-
tario que sean incompatibles con las disposiciones de este cuerpo legal,
en virtud de la aplicacin del principio de jerarqua normativa.

656. Obligacin de fundamentacin. El artculo 46 inciso 1,


de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, en armona con
el artculo 29 inciso 1 del Reglamento de Calificaciones del personal
afecto a la Ley N 18.834, previenen que los acuerdos de la Junta Cali-
ficadora debern ser siempre fundados.

Esta exigencia ha sido interpretada por la jurisprudencia adminis-


trativa como la necesidad de que tales acuerdos deben enunciar los mo-
tivos, razones, causas especficas y circunstancias precisas que se han
considerado para asignar a un funcionario una determinada calificacin,
antecedentes que por s mismos deben conducir al resultado de la eva-
luacin verificada, debiendo existir, lgicamente, una concordancia en-
tre el fundamento emitido y las notas asignadas al empleado (Dictamen
N 20.902, de 1993).

La jurisprudencia ratifica que la fundamentacin de la calificacin


cumple con una doble finalidad. Por una parte, que el funcionario
pueda asumir adecuadamente su defensa por la va de interponer los
recursos pertinentes para impugnar su calificacin y no quede, en caso
contrario, en la indefensin y, por otra, que l pueda mejorar su com-
portamiento laboral en el siguiente perodo, especialmente en aquellos
aspectos que le han significado una disminucin de su evaluacin (Dic-
tmenes Ns. 22.049, de 2005 y 9.649, de 2006).

Asimismo, la obligacin de fundamentacin obedece al principio


de juridicidad que, en un concepto amplio y moderno, conlleva la exi-

728
Curso de Derecho Administrativo

gencia de que los actos administrativos tengan una motivacin y un


fundamento racional y no obedezcan al mero capricho de la autoridad
pues, en tal caso, resultaran arbitrarios y, por ende, ilegtimos (Dicta-
men N 49.415, de 2006).

657. Facultades de la Junta para la calificacin. De acuerdo con


la jurisprudencia administrativa, las Juntas Calificadoras estn dotadas
de amplias facultades en lo que se refiere a la evaluacin de los funcio-
narios, y antecedentes tales como, por ejemplo, el informe del precalifi-
cador o las anotaciones de mrito o de demrito, son slo algunos de los
elementos con que cuentan para llevar a cabo su anlisis (Dictmenes
Ns. 9.649, de 2006, y 56.411, de 2008).

658. Publicidad y calificacin. Considerando que el proceso de


evaluacin del desempeo funcionario que regula el Estatuto Adminis-
trativo, contempla entre sus etapas aqullas destinadas a formar la de-
cisin que, en primera instancia, debe adoptar la Junta Calificadora,
slo cabe colegir que las sesiones que celebran tales rganos colegiados
y, por ende, las deliberaciones y votaciones que en su interior se pro-
duzcan y que deben constar en las actas respectivas, constituyen
parte del procedimiento administrativo de una calificacin funciona-
ria (Dictamen N 39.268, de 2006).

La jurisprudencia administrativa ha sostenido que las actas en que


consten las deliberaciones; votaciones y acuerdos de las Juntas Califi-
cadoras, son pblicas desde la entrada en vigor del principio de publi-
cidad constitucional (Dictamen N 39.268, de 2006).

Ello se fundamenta en que, por una parte, el Estatuto Administrati-


vo no prev disposicin alguna que confiera a tales actas el carcter de
secretas, reservadas o confidenciales.

729
Sexta Parte - Funcin Pblica

Y, por otra, en que no existe una ley de qurum calificado que haya
declarado la reserva o secreto de tales actas.

Sin embargo, no resulta obligatorio que las actas en que consten


las deliberaciones, votaciones y acuerdos de las Juntas Calificadoras,
sean puestas en conocimiento del funcionario interesado al momento
de notificrsele su evaluacin, sino que slo la del respectivo acuerdo
y sus fundamentos, ya que una copia del acta respectiva slo puede
ser proporcionada a solicitud del servidor de que se trate (Dictamen
N 39.268, de 2006).

La Junta Calificadora al ejercer sus atribuciones como mximo


rgano evaluador, puede realizar una ponderacin distinta a aqulla
efectuada por el jefe precalificador, dado que la precalificacin es una
etapa previa a la calificacin propiamente tal y los conceptos, notas
o antecedentes que en ella se establecen no obligan al citado rgano
colegiado, la cual est habilitada para rever todos los antecedentes y
factores relativos a la situacin funcionaria que sean pertinentes y, en
virtud de ellos mantener, rebajar o subir las notas asignadas por el pre-
calificador en los distintos factores a evaluar, razn por la que se debe
sealar que no se advierte vicio de legalidad en la alegacin hecha valer
por la recurrente en este aspecto (Dictamen N 23.632, de 2006).

659. Notificacin de la resolucin de la Junta. Sobre esta materia


hay que distinguir tres situaciones:

A. En primer lugar la Notificacin se realiza en forma personal.


Los artculos 48 de la Ley N 18.834, y 31 del Decreto N 1.825, de
1998, establecen que la notificacin de la resolucin de la Junta Cali-
ficadora se practicar al empleado por el secretario de la Junta o por el
funcionario que sta designe, quien deber entregar al servidor copia

730
Curso de Derecho Administrativo

autorizada del acuerdo respectivo de la Junta Calificadora y exigir la


firma de aqul o dejar constancia de su negativa a firmar.

B. Subsidiariamente es posible notificar al funcionario median-


te carta certificada. De acuerdo al Dictamen N 17.370, de 2003, de
este rgano de Control, la comunicacin postal a travs del envo de
carta certificada ha sido aceptada por la jurisprudencia administrativa
en el proceso calificatorio como medio vlido de notificacin cuando
ella no ha podido realizarse en forma personal, como lo exige la nor-
mativa precedentemente citada, siempre que el funcionario no hubiere
sido habido por dos das consecutivos en su domicilio o en su lugar de
trabajo, recurriendo en este caso a la ritualidad aplicable al rgimen dis-
ciplinario que contempla el artculo 131 del Estatuto Administrativo.

C. Tambin es factible la notificacin tcita de la Ley N 19.880.


Segn el Dictamen N 1.755, de 2009, el sistema de calificaciones est
constituido por una serie de actos y trmites determinados en los cita-
dos Decretos Ns. 267, de 2001 y 1.825, de 1998, y en la Ley N 18.834,
y que, conforme al artculo 18 de la Ley N 19.880, constituye un pro-
cedimiento administrativo y, por ende, en la especie resulta aplicable
la notificacin tcita prevista en su artculo 47, conforme a la cual se
entender el acto debidamente notificado si el interesado a quien afec-
tare, hiciere cualquier gestin en el procedimiento que suponga necesa-
riamente su conocimiento.

3. La apelacin

660. Concepto. De acuerdo al artculo 18 letra c) del Reglamento


general de calificaciones se entiende por apelacin y reclamo: el
recurso con que cuenta el funcionario contra la resolucin de la Junta
Calificadora.

731
Sexta Parte - Funcin Pblica

661. Plazo. Todo funcionario tiene derecho a apelar de la califica-


cin de la Junta dentro de 5 das (Arts. 48 inciso 1 Ley N 18.834 y 32
inciso 2 Reglamento).

662. rganos competentes. De este recurso conoce (Arts. 48 inci-


so 1 Ley N 18.834 y 32 inciso 1 Reglamento):

A. El Subsecretario o

B. El Jefe Superior del Servicio.

Segn el criterio sostenido en el Dictamen N 90.918, de 1972, no


configura vicio de procedimiento en la calificacin de un funcionario,
el hecho que el presidente de la junta calificadora sea al mismo tiempo
por efecto de la subrogacin miembro del tribunal de alzada, por cuan-
to ese funcionario slo cumple disposiciones legales expresas. De esta
forma, su desempeo tiene como base dos ttulos o calidades jurdicas
distintas, como presidente slo concurre con su voto para que el rgano
colegiado de que forma parte adopte determinacin y como director
subrogante, rgano de alzada unipersonal, nicamente puede mantener
o subir el puntaje asignado, por lo que cabe desestimar el reclamo del
interesado en este punto.

663. Obligacin de fundamentacin. El artculo 33 inciso 2 del


Reglamento pertinente, establece que la resolucin que resuelve la ape-
lacin deber ser fundada, esto es, referida a los argumentos invocados
en la apelacin.

Al respecto, si bien la exigencia de fundar el fallo de la apelacin


no se contempla expresamente en el inciso segundo del artculo 48
de la citada Ley N 18.834, sta debe satisfacerse siempre, pues tal

732
Curso de Derecho Administrativo

imperativo se desprende del artculo 45, inciso segundo, de la Ley


N 18.575, que al prevenir que la carrera funcionaria se funda en el
mrito, la antigedad y la idoneidad de los servidores, impone a la au-
toridad, ante cualquier situacin que se relacione con alguno de esos
aspectos, la obligacin de fundar su actuacin, y como sta afecta
dicha carrera, debe estar debidamente fundada y obedecer a una razn
que la justifique, pues de lo contrario, se incurre en una arbitrariedad
(Dictamen N 7.880, de 2006).

Al decidir sobre la apelacin se deber tener a la vista la hoja de


vida, la precalificacin y la calificacin. Podr mantenerse o elevarse el
puntaje asignado por la Junta Calificadora, pero no rebajarse en caso al-
guno (Art. 48 inciso 2 Ley N 18.834 y Art. 33 del Decreto N 1.825).

Tal como en el caso de la calificacin, la resolucin que resuelve la


apelacin se entiende debidamente fundada cuando en ella se consignan
los motivos, razones, causas especficas y circunstancias precisas que
por s mismos han de conducir al resultado de la evaluacin, debiendo
existir lgicamente una concordancia entre el fundamento y las notas
asignadas (Dictamen N 43.490, de 2004 y N 23.632, de 2006).

4. Reclamacin ante Contralora General

664. Concepto. De acuerdo al artculo 18 letra c) del Reglamento


general de calificaciones se entiende por apelacin y reclamo: el re-
curso con que cuenta el funcionario contra la la evaluacin efectuada
de conformidad al inciso final del artculo 29 de la Ley N 18.834.

665. rgano competente y plazo. Practicada la notificacin, el


funcionario slo podr reclamar directamente a la Contralora General

733
Sexta Parte - Funcin Pblica

de la Repblica, de acuerdo con lo dispuesto en el artculo 160 del Es-


tatuto (Art. 49 inciso 2 Ley N 18.834).

En efecto, acorde al artculo 160 de la Ley N 18.834, la Contralora


est facultada para conocer y pronunciarse respecto de la regularidad de los
procesos calificatorios slo cuando en ellos se hubiere incurrido en vicios
de procedimiento que impliquen infraccin legal o reglamentaria, dentro
de 10 das hbiles desde que tuvieron conocimiento de la situacin.

Para impugnar un proceso de evaluacin ante la Contralora, es


menester dar cumplimiento a lo previsto en el artculo 49 de la men-
cionada Ley N 18.834. Dicho precepto establece que la reclamacin
a que se refiere el artculo 160 de ese cuerpo legal, slo debe interpo-
nerse una vez que el funcionario afectado ha sido notificado de la re-
solucin que falla el recurso de apelacin deducido contra la decisin
de la Junta Calificadora, en armona con lo dictaminado en el Oficio
N 13.421, de 2010.

La Contralora General de la Repblica no se pronuncia acerca de


la legalidad de los procedimientos de calificacin, sino slo a peticin
de la parte interesada, personalmente o representada por una asocia-
cin de funcionarios, cuando sta interpone el recurso especial de re-
clamacin contemplado en los artculos 49 y 160 de la Ley N 18.834,
sobre Estatuto Administrativo, respecto de los eventuales vicios de le-
galidad que pudieran afectar dicho proceso evaluatorio, una vez que el
subsecretario o el jefe superior del servicio haya resuelto el respectivo
recurso y se haya notificado al empleado el fallo de la apelacin (Dic-
tmenes Ns. 46.359, de 2003 y 35.841, de 2007).

666. Contenido del reclamo. De acuerdo con el criterio sostenido


en el Dictamen N 46.630, de 2008, la facultad de la Contralora Gene-

734
Curso de Derecho Administrativo

ral para revisar los procesos evaluatorios de los funcionarios pblicos


dice relacin con la posible existencia de arbitrariedades o vicios de
legalidad que pudieran presentarse en sus diferentes etapas, que con-
travinieran las leyes y reglamentos que rigen la materia, y no sobre el
mrito y desempeo de los servidores, todo ello en consideracin a que
la facultad evaluadora, es decir, la ponderacin del comportamiento y
eficiencia de los empleados se encuentra radicada en la Junta Califica-
dora respectiva sin perjuicio de las atribuciones que sobre esta materia
recaen en la jefatura superior del servicio.

Lo anterior, en atencin a que de acuerdo con los artculos 41 de


la Ley N 18.884 y 26 del precitado reglamento, son las Juntas Cali-
ficadoras las entidades en las cuales se encuentra radicada la facultad
evaluadora, gozando de plena libertad para adoptar su decisin, por lo
que si bien para ello deben tener a la vista tanto la precalificacin que
contiene los informes cuatrimestrales, como la hoja de vida funcionaria
que registra, entre otras, las anotaciones de mrito y/o de demrito que
pueden haber sido dispuestas a favor o en contra de la persona que se
evala, stos son slo antecedentes para que dicho rgano calificador
adopte su acuerdo.

La jurisprudencia seala que no existe impedimento legal para cali-


ficar desempeo de funcionario del servicio de gobierno interior, cuyo
proceso evaluatorio anterior se encuentra pendiente al haber acogido
Contralora el recurso que el afectado dedujo en su oportunidad. Ello,
porque acorde artculo 3 del Decreto N 1.229, de 1992, de interior, el
sistema de calificaciones tiene por objeto valorar la actividad desarro-
llada por un empleado durante un lapso determinado. As, las evalua-
ciones de los diversos perodos son independientes entre s y no obligan
a la autoridad competente a asignar al servidor un cierto puntaje y lis-
ta en relacin a los resultados obtenidos en calificaciones precedentes
(Dictamen N 14.129, de 1999).

735
Sexta Parte - Funcin Pblica

La jurisprudencia administrativa ha dictaminado que el hecho


de que un servidor ejerza legtimamente un derecho que la propia
Carta Fundamental le concede, como es el derecho de peticin, no
puede ser considerado una acto desleal hacia el Servicio en que se
desempea.

Desde este punto de vista, la presentacin de un reclamo ante la


Contralora General de la Repblica o ante el Ministerio de Salud,
corresponde nicamente al ejercicio de un derecho, que no puede ser
considerado como fundamento plausible para que la autoridad corres-
pondiente proceda a rebajar las calificaciones de la recurrente, lo cual
significa la aplicacin de una represalia ilcita por parte del Servicio
haca la funcionaria, por haber ejercido un derecho, lo que vicia su pro-
ceso calificatorio (Dictamen N 12.360, de 2007).

667. Efectos de la calificacin. Una vez afinado el proceso califica-


torio, se generan los siguientes efectos:

A. Desvinculacin de funcionario calificado en lista 4 o por se-


gundo ao consecutivo en lista 3. El funcionario calificado por reso-
lucin ejecutoriada en lista 4 o por dos aos consecutivos en lista 3,
deber retirarse del servicio dentro de los 15 das hbiles siguientes al
trmino de la calificacin. Si as no lo hiciere, se le declarar vacante el
empleo a contar desde el da siguiente a esa fecha. Se entender que la
resolucin queda ejecutoriada desde que venza el plazo para reclamar
o desde que sea notificada la resolucin de la Contralora General de
la Repblica que falle el reclamo (Arts. 50 Ley N 18.834 y 37 inc. 1
Decreto N 1.825).

Si un funcionario conserva la calificacin en lista 3, en virtud de lo


dispuesto en el artculo 35 de la Ley N 18.834, no se aplicar lo esta-

736
Curso de Derecho Administrativo

blecido en el inciso precedente, a menos que la falta de calificacin


se produzca en dos perodos consecutivos (Art. 37 inc. 2 Decreto
N 1.825).

B. Confeccin del Escalafn. Con el resultado de las calificaciones


ejecutoriadas, las instituciones confeccionarn un escalafn disponien-
do a los funcionarios de cada grado de la respectiva planta en orden
decreciente conforme al puntaje obtenido (Arts. 51 de la Ley N 18.834
y 38 inc. 1 N 1.825).

C. Calificacin del personal a contrata debe ser considerada


como uno de los antecedentes para resolver sobre la prrroga del
respectivo empleo (Art. 38 inc. final Decreto N 1.825).

III. EL ESCALAFN

668. Concepto. El escalafn es la lista ordenada de los funciona-


rios que desarrollan funciones en el organismo, luego de la calificacin
anual, en base al grado, antigedad y desempeo.

669. Confeccin de escalafn y criterio central de ubicacin. Al


respecto, el inciso 1 del artculo 51 de la Ley N 18.834, y 38 del
Decreto N 1.825 establecen que con el resultado de las calificacio-
nes ejecutoriadas, las instituciones confeccionarn un escalafn dis-
poniendo a los funcionarios de cada grado de la respectiva planta en
orden decreciente conforme al puntaje obtenido.

De esta forma, el precepto citado contiene el criterio central en base


al cual se debe ubicar a cada funcionario en el escalafn de mrito que
todas las instituciones deben confeccionar, a saber, el resultado de sus
calificaciones ejecutoriadas.

737
Sexta Parte - Funcin Pblica

En este sentido, la jurisprudencia administrativa, mediante los Dic-


tmenes Ns. 2.578, de 1996 y 15.117, de 1999, ha precisado que la
calificacin de los empleados no se encuentra afinada mientras la Con-
tralora General de la Repblica no emita un pronunciamiento sobre los
reclamos que en esa materia hayan presentado los afectados.

670. Criterios de desempate para ubicacin en escalafn. El in-


ciso 2 del artculo 51 establece los elementos a tener en cuenta para
resolver situaciones de empate, fijando como tales, en el orden en que
se mencionan, los siguientes:

A. La antigedad en el cargo. La antigedad se determinar por la


fecha consignada en los respectivos decretos o resoluciones de ascenso,
nombramiento, contratacin o encasillamiento de los funcionarios (Art.
38 inc. 3 Decreto N 1.825).

B. La antigedad en el grado.

C. La antigedad en la institucin. La jurisprudencia ha resuelto


mediante los Dictmenes Ns. 11.427, de 1991; 10.292 y 32.023, de
1992, entre otros, que para determinar la antigedad en la institucin
debe excluirse el desempeo funcionario en cualquier otro servicio u
organismo, pblico o privado, ya que el precepto no contempla excep-
ciones. Adems, agrega, que son tiles para tales efectos los servicios
de planta, a contrata o como suplente, en forma continua o ininterrum-
pida, cualquiera sea el rgimen jurdico al que se encuentren afectos los
calificados.

D. La antigedad en la Administracin del Estado. Para determi-


nar la antigedad en la Administracin del Estado, deben considerarse
los servicios prestados efectivamente en cualquiera reparticin pblica,
al margen del rgimen jurdico que sea aplicable a su personal, siempre

738
Curso de Derecho Administrativo

que ste le reconozca a la persona de que se trata la calidad de em-


pleado pblico, de manera que los servicios prestados en calidad de
titular, suplente, subrogante o a contrata, son computables para de-
terminar la pertinente antigedad (Dictmenes Ns. 28.200, de 1992
y 19.813, de 1993).

E. Finalmente, en caso de mantenerse la concordancia, la decisin


del Jefe Superior del servicio.

Como se indica en el Dictamen N 54.711, de 2004, cuando el legis-


lador ha establecido un procedimiento reglado a observar por determi-
nadas autoridades administrativas, en este caso, para dirimir empates de
calificaciones entre varios funcionarios, a tales autoridades les asiste la
obligacin de acatarlo y aplicarlo, sin que puedan alterar su contenido o
recurrir a reglas diversas a las establecidas al efecto, tal como pretende
la interesada.

671. Ubicacin en escalafn para el caso de ascenso. El inciso


3 del artculo 51 de la Ley N 18.834, y 38 del Reglamento determi-
nan que: El funcionario que ascienda pasar a ocupar, en el nuevo
grado, el ltimo lugar, hasta que una calificacin en ese nuevo grado,
por un desempeo no inferior a seis meses, determine una ubicacin
distinta.

672. Entrada en vigencia del escalafn. El artculo 52 inciso 1


del Estatuto determina que: El escalafn comenzar a regir a contar
desde el 1 de enero de cada ao y durar doce meses. El escalafn ser
pblico para los funcionarios de la respectiva institucin.

673. Reclamo por ubicacin en el escalafn. El artculo 52 inciso


2 del Estatuto prescribe que los funcionarios tendrn derecho a recla-

739
Sexta Parte - Funcin Pblica

mar de su ubicacin en el escalafn con arreglo al artculo 160 de este


Estatuto. El plazo para interponer este reclamo deber contarse desde
la fecha en que el escalafn est a disposicin de los funcionarios para
ser consultado.

SECCIN V. PROMOCIONES

I. ASPECTOS GENERALES

674. Fundamento. El derecho a ser promovido emana del derecho


a la carrera funcionaria consagrado en el artculo 38 inciso 1 de la
Carta Fundamental.

La Contralora General ha sostenido, entre otros, en el Dictamen


N 22.267, de 2006, que la carrera funcionaria es un derecho fundamen-
tal de los empleados de la Administracin del Estado, constituyendo un
deber de los servicios pblicos promover su materializacin efectiva,
siendo la promocin uno de sus pilares fundamentales.

Por su parte, el artculo 7 letra c, del Pacto Internacional de Dere-


chos Econmicos, Sociales y Culturales precepta:

Los Estados Partes en el presente Pacto reconocen el derecho de


toda persona al goce de condiciones de trabajo equitativas y satisfac-
torias que les aseguren en especial:

()

c) Igual oportunidad para todos de ser promovidos, dentro de su


trabajo, a la categora superior que le corresponda, sin ms considera-
ciones que los factores de tiempo.

740
Curso de Derecho Administrativo

675. Efectos retroactivos al momento de producirse la vacante.


El artculo 59 del Estatuto Administrativo, determina que el ascenso
regir a partir de la fecha en que se produzca la vacante.

La jurisprudencia administrativa contenida en los Dictmenes


Ns. 4.381 de 2002, y 55.146, de 2007, ha manifestado que por ficcin
legal, cualquiera sea la oportunidad en que se disponga la promocin,
sus efectos se retrotraen al momento de producirse la vacante, lo cual
obliga a atender para ello, al escalafn vigente en esa misma data, por-
que la poca en que se materializa el ascenso es un acto discrecional
de la autoridad llamada a disponerlo, dado que no se fij un plazo para
ello, ante lo cual el legislador seal la poca a contar de la cual rige
la provisin del cargo, asegurando la continuidad de la carrera funcio-
naria durante el lapso que medie entre la produccin de la vacante y la
promocin respectiva.

676. Inhabilidades para la promocin. Acorde al artculo 55 de la


Ley N 18.834, y 27 del Reglamento sobre Concursos del Estatuto Ad-
ministrativo, son inhbiles para ser promovidos los funcionarios que:

A. No hubieren sido calificados en lista de distincin o buena en


el perodo inmediatamente anterior.

B. No hubieren sido calificados durante dos perodos consecutivos.

C. Hubieren sido objeto de la medida disciplinaria de censura, ms


de una vez, en los doce meses anteriores de producida la vacante.

D. Hubieren sido sancionados con la medida disciplinaria de


multa en los doce meses anteriores de producida la vacante.

741
Sexta Parte - Funcin Pblica

Conforme lo manifestado en los Dictmenes Ns. 9.342, de 1992,


4.066, de 2000, y 42.304, de 2009, las inhabilidades para ser promovido
rigen desde la fecha de dictacin del decreto o resolucin que impone la
sancin y se extienden por el perodo que al efecto establece la ley.

II. MECANISMOS DE PROMOCIN

677. Enumeracin de los mecanismos de promocin. Sobre la


materia el artculo 45 inciso 3 de la LOC N 18.575 determina que
las promociones debern efectuarse, segn lo disponga el estatuto, por
concurso, al que se aplicarn las reglas previstas en el artculo anterior,
o por ascenso en el respectivo escalafn.

De esta forma, se establecen dos modalidades o mecanismos de


promocin interno:

A. Por concurso interno.

B. Por ascenso.

1. Promocin por concurso

678. Plantas sujetas a concurso. La promocin se efecta por con-


curso interno en las plantas de (Art. 53 Ley N 18.834):

A. Directivos de carrera.

B. Profesionales.

C. Fiscalizadores.

D. Tcnicos.

742
Curso de Derecho Administrativo

Lo anterior es sin perjuicio de normativas especiales. As, la promo-


cin de los funcionarios de las plantas de directivos de carrera y de pro-
fesionales de las Subsecretaras del Ministerio de Salud, entre otras,
se debe realizar por concursos internos, segn as lo previ la Ley N
19.937, de 2004371, y que entr a regir, acorde con lo establecido por
el artculo dcimo transitorio del referido texto legal, a partir del 23 de
junio del ao 2004. Dicho mandato se encuentra actualmente contenido
en el artculo 103 del D.F.L. N 1, de 2005, del Ministerio de Salud, que
fij el texto refundido, coordinado y sistematizado del Decreto Ley N
2.763, de 1979372.

679. Modalidades o mecanismos de promocin interno por con-


curso.

A. Concurso interno de promocin por encasillamiento.

B. Concurso interno de promocin.

2. Promocin por ascenso

680. Concepto. Acorde al artculo 54 de la Ley N18.834, el as-


censo es el derecho de un funcionario de acceder a un cargo vacante
de grado superior en la lnea jerrquica de la respectiva planta, suje-
tndose estrictamente al escalafn, sin perjuicio de lo dispuesto en el
artculo 56.

371
Publicada en el Diario Oficial de 24 de febrero de 2004.
372
Hasta antes de la entrada en vigor de ese sistema, el desarrollo de la carrera funcionaria
de los empleados del sector salud se encontraba regida por los artculos 48 y 49 de la Ley
N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, vigentes antes de las reformas que le introdujo la
Ley N 19.882, y que establecan que la forma normal de provisin de los cargos de carrera
funcionaria, como profesionales, fiscalizadores y tcnicos, era el ascenso.

743
Sexta Parte - Funcin Pblica

681. Plantas sujetas a ascenso. La promocin se efecta por ascenso


en el respectivo escalafn en las plantas de (Art. 53 Ley N 18.834):

A. Administrativos.

B. Auxiliares.

C. En las plantas equivalentes a las antes enumeradas.

682. Requisitos para el ascenso. Conforme a lo previsto en los


artculos 54 y 55 de la Ley N 18.834, y tal como sostiene la jurispru-
dencia administrativa en el Dictamen N 5.119, de 2000, el ascenso es
un derecho que slo asiste a quienes revisten la calidad de funcionarios
y que cumplen con los requisitos exigidos para esos efectos por el le-
gislador, es decir:

A. Que se encuentren en un lugar preferente en el respectivo es-


calafn, y

B. Que no estn afectados por inhabilidades para ascender.

683. Fecha desde la cual se dispone el ascenso. Conforme a la ju-


risprudencia administrativa, el ascenso debe disponerse desde la fecha
en que se origina la vacante y, por ende, sujetarse a la normativa y es-
calafn vigentes a la poca en que sta se produce, de modo que aqul
se efecta siguiendo el orden decreciente fijado en dicha escala, co-
menzando por el servidor que est en lugar preferente de la planta en
relacin a la plaza de grado superior disponible, siempre que cumpla
los requisitos legales y no le afecte alguna causal de inhabilidad para
ocuparla, derecho que asiste sucesivamente a los funcionarios que le

744
Curso de Derecho Administrativo

siguen en el estamento, tal como se ha sostenido en los Dictmenes


Ns. 5.119, de 2000, 4.381, de 2002 y 56.794, de 2004.

III. RGIMEN DE CONCURSOS

684. Concepto. Acorde al artculo 2 del Decreto N 69, de 2004,


del Ministerio de Hacienda, Reglamento de Concursos del Estatuto
Administrativo, el concurso consiste en un procedimiento tcnico y
objetivo aplicado a los postulantes del mismo, que contemplar la eva-
luacin de los antecedentes que se presenten y la aplicacin de otros
instrumentos de seleccin, segn se establezca, entre ellos, pruebas,
presentaciones o exposiciones de conocimiento y habilidad, test y en-
trevistas.

De acuerdo con lo sealado por la jurisprudencia administrativa,


entre otros, en su Dictamen N 29.696, de 2008, el Estatuto Adminis-
trativo y el Reglamento de Concursos del mismo, entregan a la autori-
dad administrativa la facultad de regular el procedimiento concursal a
travs de la dictacin de las bases que lo regirn, concluyendo que la
Administracin posee libertad para fijar el sistema a travs del cual se
evaluarn los requisitos y mritos de los postulantes, y las pautas para
el desenvolvimiento del mismo, pudiendo aqulla establecer las exi-
gencias, plazos y ponderaciones que estime pertinentes, siempre en el
marco de las disposiciones que contempla la citada Ley N 18.834 y el
mencionado reglamento.

1. NORMAS COMUNES

685. Actas y antecedentes del concurso. El artculo 6 inciso 2 del


Decreto N 69, de 2004, prev que las actas y todos los antecedentes de-
ben estar a disposicin de los concursantes durante el plazo establecido

745
Sexta Parte - Funcin Pblica

para la reclamacin, vale decir, aqul a que se refiere el artculo 160 de


la Ley N 18.834, lo que resulta concordante con el artculo 8 inciso 2
de la Constitucin Poltica y el artculo 10 de la Ley N 20.285, sobre
acceso a la informacin pblica, por cuanto toda persona tiene dere-
cho a solicitar y recibir informacin de cualquier rgano del Estado de
acuerdo a la normativa que regula esa materia.

Sin perjuicio de lo anterior, resulta necesario anotar que, tal como


sostiene la jurisprudencia administrativa, contenida, entre otros, en los
Dictmenes Ns. 34.332 y 44.511, ambos de 2009, la falta de informa-
cin a los participantes de un certamen no configura un vicio sustancial
que lo invalide.

686. Valoracin de las circunstancias, caractersticas o aptitu-


des de los participantes. Tal como lo seala el Dictamen N 46.715,
de 2008, de esta Entidad Fiscalizadora, en todo concurso se encuentra
implcito que la valoracin de las circunstancias, caractersticas o apti-
tudes de los participantes debe responder a las necesidades de las res-
pectivas plazas a proveer y, por ende, la fundamentacin de la decisin
de la autoridad debe decir relacin con la mayor idoneidad de quien
resulte seleccionado para el ejercicio del cargo.

687. Evaluacin de los respectivos perfiles que deban reunir los


concursantes, su idoneidad y antecedentes. La jurisprudencia admi-
nistrativa de la Contralora General, en los Dictmenes Ns. 56.229, de
2008 y 37.763, de 2009, entre otros, ha precisado que la evaluacin de
los respectivos perfiles que deban reunir los concursantes, su idonei-
dad y antecedentes, constituyen aspectos de mrito, cuya determinacin
compete a la Administracin activa y sobre los cuales no corresponde a
esa Entidad pronunciarse.

746
Curso de Derecho Administrativo

688. Distincin entre requisitos y factores. La jurisprudencia tam-


bin ha dictaminado que los conceptos de requisito y factor en rela-
cin con los certmenes, tienen una connotacin diversa, por cuanto el
primero est dado por las condiciones que, en forma objetiva y general,
la ley ordena cumplir para acceder a un cargo pblico; en cambio, los
factores constituyen los instrumentos de anlisis para realizar la eva-
luacin y ponderacin de los antecedentes, caractersticas, aptitudes u
otras circunstancias que se estimen pertinentes respecto de un postulan-
te que, previamente, acredit poseer las exigencias legales para la plaza
de que se trata, tal como se ha sostenido en los Dictmenes Ns. 48.870,
de 2005 y 13.123, de 2006.

689. Reclamaciones ante la Contralora General.

A. Facultades de Contralora. La jurisprudencia administrativa


contenida en el Dictamen N 12.158, de 2008, de Contralora, seala
que slo procede su intervencin respecto de irregularidades compro-
badas en el certamen o sobre infracciones en la aplicacin de las normas
que fijan los puntajes que deben asignarse a determinados documentos
de los oponentes.

B. Concursos en actual desarrollo. La propia Contralora General


ha sostenido que debe abstenerse de emitir un pronunciamiento res-
pecto a las alegaciones referidas a concursos en actual desarrollo en un
Servicio.

Lo anterior, por cuanto los concursos pblicos obedecen a un pro-


ceso que se encuentra reglado, y que contempla una serie de etapas, en
cada una de las cuales, eventualmente, se pueden cometer irregularida-
des. Si cada participante pudiera reclamar cada vez que, en su opinin,

747
Sexta Parte - Funcin Pblica

se ha cometido un vicio en alguna de las etapas del concurso, se produ-


ciran dilaciones innecesarias, entorpeciendo su normal desarrollo.

As pues, y a fin de dar pleno cumplimiento a los principios de


eficiencia y eficacia que, conforme a lo dispuesto en el artculo 3 de
la Ley N 18.575, Orgnica Constitucional de Bases Generales de la
Administracin del Estado, se encuentran obligados a observar los
rganos que la integran, la jurisprudencia emitida por dicha Entidad
Superior de Control ha concluido que el derecho que tienen los postu-
lantes para reclamar de la legalidad de un certamen, en el que han par-
ticipado, nace slo una vez finalizado ste y no durante su transcurso
(Dictamen N 18.079, de 2007).

2. NORMAS ESPECIALES Y TIPOS DE CONCURSO

690. Modalidades de concurso. De acuerdo al Reglamento sobre


Concursos del Estatuto Administrativo, podemos distinguir cuatro mo-
dalidades o tipos de certamen:

A. Concurso pblico de ingreso (Arts. 17 y ss. Ley N 18.834).

B. Concurso interno de promocin (Arts. 53 y ss. Ley N 18.834).

C. Concurso para provisin de cargos de jefes de departamento y


equivalentes (Arts. 8 y ss. Ley N 18.834).

D. Concurso interno de encasillamiento (Art. 15 Ley N 18.834).

E. Adems, existe el concurso para proveer cargos de Alta Direc-


cin Pblica (Ley N 19.882).

748
Curso de Derecho Administrativo

2.1. Concurso para provisin de cargos de planta

691. Aspectos generales. Acorde a la jurisprudencia administrati-


va, en materia de este tipo de certmenes, el concurso es un procedi-
miento tcnico utilizado para la seleccin del personal que se propon-
dr a la autoridad facultada para hacer el nombramiento, orientado a
proveer cargos de carrera en calidad de titular (Dictamen N 15.721,
de 2002).

692. Normativa aplicable. La regulacin aplicable al caso se en-


cuentra contenida en el prrafo 1, del Ttulo II (artculos 17 y siguien-
tes) de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, y en el Decreto
N 69, de 2004, del Ministerio de Hacienda, Reglamento sobre Con-
cursos de Seleccin de personal afecto a dicho texto estatutario, en su
Ttulo II, prrafo 1 (Arts. 10-17).

693. Bases del concurso. Atendido que el Estatuto Administrativo


no contiene reglas precisas en cuanto a la forma como deben desarro-
llarse los concursos para proveer empleos pblicos, la jurisprudencia
administrativa ha informado que, de acuerdo con el principio de libertad
de la autoridad administrativa, a sta le compete determinar las bases y
condiciones que delimitan dichos certmenes, y fijar el procedimiento
mediante el cual se evaluarn los requisitos y mrito de los postulantes,
pautas que, si bien pueden preestablecerse libremente y de acuerdo con
lo que se estime ms adecuado para el mejor desenvolvimiento del pro-
ceso, obligan a la autoridad que las fija a proceder con arreglo a ellas y
aplicarlas sin discriminacin en forma general a todos los candidatos,
debiendo, en todo caso, observarse las prescripciones establecidas en el
prrafo 1 del Ttulo II de Ley N 18.834, particularmente en sus artcu-
los 18, 19 y 20 (Dictamen N 1.783, de 2002).

749
Sexta Parte - Funcin Pblica

694. Correcciones al proceso concursal. Aun cuando las bases


de un certamen no contengan normas expresas sobre correcciones
al proceso, la jurisprudencia administrativa, entre otros, mediante el
Dictamen N 58.788, de 2008, ha aceptado que la Administracin las
realice, a fin de velar por una correcta decisin, debiendo solucionar
los errores que se detecten, y rectificar de oficio todas las disconfor-
midades que resulten evidentes, en resguardo de los principios de efi-
ciencia, eficacia e impulso de oficio del procedimiento que consagra
la Ley N 18.575.

695. Evaluacin psicolgica. De acuerdo a la jurisprudencia de la


Contralora, la autoridad administrativa puede considerar una evalua-
cin psicolgica a la que deban someterse los candidatos, con el fin de
determinar sus caractersticas y aptitudes personales para el cargo de
que se trate, atendido el principio de libertad que le asiste a la superio-
ridad en esta materia, en la medida que se establezca como uno de los
factores de ponderacin final y que se aplique sin discriminacin en
forma general a todos los participantes, observndose, en todo caso,
las prescripciones contenidas en los artculos 17 y siguientes del citado
Estatuto Administrativo (Dictamen N 12.158, de 2008).

696. Reserva de identidad. El artculo 19 inciso 1 del Estatuto,


seala que en los concursos la identidad de cada candidato se man-
tendr en secreto, para efectos de la evaluacin de las pruebas y otros
instrumentos de seleccin en que ello sea posible.

Conforme al Dictamen N 34.185, de 2009, de este rgano de Con-


trol, la divulgacin de un listado que indique los participantes que ha-
yan superado alguna de las etapas previas a la resolucin del respectivo
concurso podr ser fijada en las bases administrativas que lo regulen, de
conformidad a la libertad que posee la autoridad para determinarlas.

750
Curso de Derecho Administrativo

Asimismo, el artculo 6, inciso 2, del Reglamento sobre Concur-


sos del Estatuto Administrativo, prev que las actas y todos los antece-
dentes deben estar a disposicin de los concursantes durante el plazo
establecido para la reclamacin, vale decir, aqul a que se refiere el
artculo 160 de la Ley N 18.834.

A su turno, resulta preciso manifestar que segn lo previene el


artculo 8, inciso segundo, de la Constitucin Poltica de la Repblica,
son pblicos los actos y resoluciones de los rganos del Estado, as
como sus fundamentos y los procedimientos que utilicen, y slo una ley
de qurum calificado podr establecer la reserva o secreto de aqullos
o de stos, cuando la publicidad afectare el debido cumplimiento de las
funciones de dichos rganos, los derechos de las personas, la seguridad
de la Nacin o el inters social.

En armona con lo anterior, el artculo 10 de la Ley N 20.285, so-


bre acceso a la informacin pblica, dispone que toda persona tiene
derecho a solicitar y recibir informacin de cualquier rgano de la Ad-
ministracin del Estado, en la forma y condiciones que en ella misma
se establecen.

As, entonces, cumple con hacer presente a la interesada que no


existe impedimento para la publicacin de los resultados de las prue-
bas en comento, en la medida que ello se ajuste a lo estipulado en las
pautas del respectivo certamen o bien, a lo dispuesto en la normativa
reseada.

697. Comit de seleccin. Integracin. En conformidad al artcu-


lo 21 inciso 1 de la Ley N 18.834, en relacin con el artculo 29 del
Decreto N 69, de 2004, del Ministerio de Hacienda, el concurso ser
preparado y realizado por un Comit de Seleccin, conformado por:

751
Sexta Parte - Funcin Pblica

A. El jefe o encargado de personal.

B. Por quienes integran la junta central o regional, a que se refiere el


artculo 35 del Estatuto Administrativo, segn corresponda.

C. Por dos representantes del personal elegidos por ste.

La jurisprudencia administrativa ha reconocido que los comits de


seleccin no pueden verse impedidos de adoptar todas las decisiones
que, fundadamente, sean necesarias para el correcto desarrollo del con-
curso, lo que incluye, por cierto, las facultades de modificar el postulan-
te seleccionado cuando ello sea procedente, como ocurri en la especie,
y consecuentemente notificar los resultados de dichas actuaciones a los
interesados, actuacin que el servicio desarroll a travs de una comu-
nicacin escrita dirigida al solicitante mediante la cual se le informaba
del cambio (Dictamen N 57.871, de 2005).

La jurisprudencia administrativa tambin ha sealado que infringe


el principio de probidad administrativa que representantes del personal
que integran el comit de seleccin, participen al mismo tiempo como
postulantes en el certamen concursal, toda vez que se incurrira en la
conducta contemplada en los artculos 84 letra b), de la Ley N 18.834
y 62 N 6 de la Ley N 18.575

No obstante, dicho principio estara suficientemente resguardado


si el integrante del Comit de Seleccin afectado, se abstiene de in-
tervenir en la evaluacin de los postulantes a los cargos en que tena
inters(Dictamen N 13.372, de 2008).

No obstante ello, segn lo ha manifestado la jurisprudencia (Dic-


tmenes Ns. 1.327, de 2002; 7.662, de 2007 y 13.372, de 2008), ha
resuelto que el principio de probidad administrativa se encontrara su-

752
Curso de Derecho Administrativo

ficientemente resguardado en el evento que el funcionario implicado se


inhabilite para seguir integrando la comisin seleccionadora y partici-
par en la evaluacin de los postulantes al cargo que le interesa, caso en
el cual, la previa participacin del servidor no afectara la validez del
proceso concursal respectivo, presupuestos que se han cumplido en la
especie, por lo cual, resulta forzoso desestimar esta alegacin.

La jurisprudencia determina que el servidor que tenga intencin de


postular a un cargo que se concursa, debe manifestar de antemano dicha
voluntad y abstenerse de integrar el comit de seleccin al cual tocar
preparar sus bases, pues el no hacerlo le restara imparcialidad al proce-
so. (Dictamen N 60.137, de 2008).

Los Dictmenes Ns. 40.854 y 56.229, ambos de 2008, sealan que


no corresponde a la Contralora General pronunciarse sobre las deci-
siones adoptadas por la autoridad, cuando la peticin de revisin de un
concurso recae en materias relativas a las competencias de los candi-
datos, as, la evaluacin y fijacin de los respectivos perfiles que deban
reunir los concursantes, son aspectos de mrito, cuya determinacin
compete a la Administracin Activa, dentro del mbito de sus atribu-
ciones.

698. Declaracin de desierto. El artculo 21 inciso 5 de la Ley


N 18.834 permite declarar, en forma total o parcial, el concurso slo
por falta de postulantes idneos, entendindose que existe tal circuns-
tancia cuando ninguno alcance el puntaje mnimo definido para el res-
pectivo concurso.

699. Exclusin de un concursante. A travs del Dictamen N 57.871,


de 2005, la Contralora ha sealado que las comisiones no pueden ver-
se impedidas de adoptar todas las decisiones que, fundadamente, sean

753
Sexta Parte - Funcin Pblica

necesarias para el adecuado desarrollo del certamen, lo que incluye, por


cierto, la facultad para excluir a un concursante cuando ello sea proce-
dente, puesto que una persona que no reuna las exigencias estipuladas
en las pautas del mismo, no poda ser considerada en ste.

700. Obligatoriedad de comunicar a los concursantes el resulta-


do final del proceso. El inciso 2 del artculo 19 de la Ley N 18.834,
sobre Estatuto Administrativo, dispone que ser obligatorio comunicar
a los concursantes el resultado final del proceso.

Sin embargo, no constituye un vicio sustancial la falta de informa-


cin a los participantes el hecho que no pasen a una etapa posterior, no
obstante lo indicado en el artculo 19 de la Ley N 18.834, referido a
la obligatoriedad de comunicar a los concursantes el resultado final del
proceso (Dictamen N 53.797, de 2005).

701. Obligacin de proveer el cargo vacante. La jurisprudencia


administrativa, contenida en el Dictamen N 16.145, de 2008, entre
otros, ha concluido que una vez resuelto vlidamente un concurso se
crea, por una parte, el derecho de las personas que postularon para ser
seleccionadas y designadas, en su caso y, por otra, la obligacin de la
autoridad administrativa de proveer el cargo vacante con uno de los
oponentes al certamen.

702. Concurso para proveer cargo a contrata. Acorde con la ju-


risprudencia administrativa manifestada, entre otros, en los Dictmenes
Ns. 38.116, de 2004, 4.136 y 41.055, ambos de 2008, cuando se trata
de la provisin de cargos a contrata, la autoridad no est obligada a
efectuar procedimientos concursales para la seleccin de los servidores,
pero en el evento de que as lo haga, debe regirse por las pautas que ella
misma disponga para tales fines.

754
Curso de Derecho Administrativo

El concurso es un procedimiento utilizado para seleccionar perso-


nal, orientado a proveer cargos en calidad de titular, debiendo agregarse
que nada obsta, empero, a que se elija esa va para designar personal a
contrata regido por las mismas normas, en cuyo caso la autoridad debe
ceir su actuacin a idntica metodologa utilizada para los empleos de
planta, contenida en el prrafo 1, del Ttulo II, de la Ley N 18.834,
sobre Estatuto Administrativo, y en el Decreto N 69, de 2004, del Mi-
nisterio de Hacienda, Reglamento sobre Concursos del referido cuerpo
estatutario (Dictmenes Ns. 19.333, de 2008 y 5.861, de 2009).

703. Concurso para contratados a honorarios. Tratndose de


contrataciones de prestacin de servicios personales sobre la base de
honorarios, no es legalmente necesario convocar a un certamen, pero,
optndose por ste, la medida obedece a garantizar con la mayor trans-
parencia, la seleccin adecuada de la persona que preste los servicios
requeridos (Dictamen N 19.983 , de 2009).

704. Reclamacin ante la Contralora. El artculo 160 inciso 2


del Estatuto Administrativo, prev un recurso de reclamacin ante la
Contralora para personas que postulen a un concurso pblico.

Este recurso debe interponerse dentro del plazo de 10 das, contado


en la forma prevista en el artculo 160 inciso 1 del Estatuto, esto es,
desde que tuvieren conocimiento de la situacin, resolucin o actuacin
que dio lugar al vicio de que se reclama.

Los funcionarios deben alegar en un solo acto todos los eventuales


vicios de un proceso concursal, sin que resulte procedente la interpo-
sicin de mltiples presentaciones sucesivas, puesto que el derecho a
reclamo se extingue al momento de ingresar la primera de ellas (Dict-
menes Ns. 37.870, de 2007, 26.184 y 60.405, ambos de 2008).

755
Sexta Parte - Funcin Pblica

2.2. Concurso interno de promocin

705. Plantas sujetas a concurso. Acorde al artculo 53 de la Ley


N 18.834, la promocin se efecta por concurso interno en las siguien-
tes plantas:

A. Directivos de carrera.

B. Profesionales.

C. Fiscalizadores.

D. Tcnicos.

706. Normativa aplicable. La legislacin aplicable se encuentra en


los prrafos 1 y 5, del Ttulo II de la Ley N 18.834, en especial, en sus
artculos 53 y siguientes, y en el Decreto N 69, de 2004, del Ministerio
de Hacienda, Reglamento sobre Concursos de Seleccin de personal
afecto a dicho texto normativo, en su Ttulo III, artculos 26 a 44.

707. Comit de seleccin. De conformidad al el artculo 53 inciso


3 de la Ley N 18.834, en los concursos internos de promocin el co-
mit de seleccin estar integrado de conformidad a lo previsto en el
artculo 21 de ese mismo texto legal y, adems, por dos representantes
del personal elegidos por ste.

A su vez, los artculos 29 y siguientes del Reglamento de Concursos


del referido estatuto, establecen el procedimiento para la eleccin de los
representantes del personal que lo integrarn.

El artculo 30 del citado reglamento dispone que se debe difundir a


todos los empleados con derecho a participar en la respectiva eleccin,

756
Curso de Derecho Administrativo

por la va ms rpida y con la debida publicidad, una lista con los nom-
bres de los candidatos a representante del personal y, a su vez, el artculo
31 del mismo establece que el Jefe del Servicio convocar a elecciones
indicando el o los lugares donde se llevar a efecto la votacin.

El artculo 34 del aludido texto reglamentario, dispone que la ofici-


na de personal del Servicio o la que haga sus veces, con la presencia de
representantes de las asociaciones de funcionarios, es la encargada de
realizar el recuento de los votos emitidos y de comunicar su resultado
al personal, agregando que pueden asistir al escrutinio todos los funcio-
narios de la Institucin que lo deseen.

708. Bases del certamen. Los artculos 53 inciso 4 de la Ley


N 18.834 y 36 del Reglamento, establecen que las bases de los con-
cursos de promocin solamente deben considerar entre los factores la
capacitacin pertinente: la evaluacin del desempeo, la experiencia
calificada y la aptitud para el cargo, cada uno de los cuales deber pon-
derarse con un 25%.

En cada concurso estos factores podrn evaluarse simultnea o su-


cesivamente.

A su vez, el inciso 2 del artculo 36 del Reglamento, seala que


respecto de cada factor se podrn considerar subfactores, cuya ponde-
racin no puede ser inferior a un 20%.

Luego, el artculo 37 de ese texto reglamentario, indica lo que debe


entenderse por cada uno de los mencionados factores.

A. Capacitacin pertinente. Es aquella que la institucin defina


y establezca para estos efectos. El jefe superior del servicio deber

757
Sexta Parte - Funcin Pblica

solicitar un informe previo al Comit de Capacitacin de la institucin.


En diciembre de cada ao, el jefe superior del servicio informar a to-
dos los funcionarios las actividades que tendrn este carcter, las que
debern estar insertas en los procesos de modernizacin y mejoramien-
to institucional y proporcionar herramientas a los funcionarios para la
promocin. La comunicacin de las actividades de capacitacin deber
hacerse a travs de la pgina web institucional y cualquier otro medio
pertinente, siempre que asegure, respecto de todos los funcionarios, su
cabal conocimiento. El jefe superior de servicio podr considerar, fun-
dadamente, tambin otras actividades de capacitacin, sean efectuadas
al interior de la institucin o fuera de ella, siempre que contribuyan a
habilitar a los funcionarios para asumir cargos superiores.

B. Evaluacin del desempeo.

C. Experiencia calificada.

D. Aptitud para el cargo.

De acuerdo a lo sealado en los Dictmenes Ns. 29.696, de 2008, y


2.481, de 2009, el Estatuto y el Reglamento de Concursos, entregan a la
autoridad la facultad de regular el proceso concursal a travs de la dic-
tacin de las bases que lo regirn, concluyendo que sta posee libertad
para fijar el procedimiento a travs del cual se evaluarn los requisitos y
mritos de los postulantes, y pautas en general para el desenvolvimien-
to del certamen, pudiendo establecer los requisitos que estime pertinen-
tes, plazos y ponderacin de los diversos antecedentes, siempre en el
marco del respeto a las disposiciones que contempla la Ley N 18.834
y el reglamento mencionado.

La jurisprudencia administrativa ha sostenido que no corresponde


a la Contralora General pronunciarse sobre las decisiones adoptadas

758
Curso de Derecho Administrativo

por la autoridad administrativa, cuando la peticin de revisin recae en


materias relativas a los antecedentes o sobre la idoneidad de las compe-
tencias de los candidatos (Dictamen N 56.229, de 2008).

709. Requisitos para ser participante idneo. De acuerdo con los


artculos 53 inciso 5 de la Ley N 18.834, y 27 del Reglamento de
Concursos, en los respectivos concursos de promocin interno podrn
participar:

A. Los funcionarios de planta que cumplan.

B. Que estn en posesin de los requisitos exigidos para el desem-


peo del respectivo cargo. Tales requisitos se encuentran previstos en la
ley que fija la planta del respectivo Servicio.

C. Encontrarse calificado en lista N 1, de distincin, o en lista


N 2, buena.

D. Encontrarse nombrado en los tres grados inferiores al de la


vacante convocada, cuando los postulantes correspondan a la misma
planta y de los tres grados inferiores, cuando lo sean de una distinta.

La jurisprudencia contenida en los Dictmenes Ns. 9.662, de 2006


y 51.379, de 2008, entre otros, ha sealado que las personas que desem-
pean un cargo en calidad de suplentes sirven una plaza de planta con
todas las facultades, prerrogativas y derechos propios de aqulla, por lo
que, esos funcionarios se encuentran habilitados para participar en los
respectivos concursos de promocin que se efecten.

Tampoco configura una irregularidad el hecho de que un servidor


designado como suplente en el mismo cargo concursado haya postulado

759
Sexta Parte - Funcin Pblica

en el proceso de seleccin convocado para proveerlo con un titular, pues-


to que, si bien la finalidad de los certmenes de promocin es otorgar a
todo funcionario que rena los requisitos la posibilidad de ocupar un pues-
to vacante de grado superior al que desempea, de acuerdo con el criterio
expresado en los Dictmenes Ns. 38.897, de 2006 y 27.813, de 2009, un
empleado es promovido no solamente cuando obtiene un mejoramiento en
el grado asociado a su cargo, sino tambin cuando experimentan un cam-
bio favorable en sus condiciones de trabajo, obteniendo mayor estabilidad
en el empleo de que se trate, lo que acontecera en la especie, ya que el
ejercicio de una plaza en calidad de titular no se encuentra limitado a un
lapso de tiempo determinado como acontece con la suplencia.

As, los certmenes en estudio estn limitados a los servidores de


planta del respectivo servicio, que a la fecha del llamado se encuentren
nombrados en los tres grados inferiores en relacin al cargo vacante,
sea que se trate de postulantes del mismo estamento o de uno distinto.

En efecto, la jurisprudencia ha sostenido que contraviene el artculo


53 inciso 5 letra c) de la Ley N 18.834, que la autoridad administrati-
va, para proveer la plaza perteneciente al escalafn directivo, excluya
del concurso de promocin a los servidores de las plantas de directivos,
profesionales y tcnicos, restringiendo el mbito de postulantes slo a
la planta administrativa (Dictamen N 39.146, de 2008).

Sin embargo, el artculo 53 inciso 6 de la Ley N 18.834, determina


que, en el evento que el nmero de cargos provistos ubicados en grados
inferiores de la misma planta de la vacante convocada sea menor a 20,
podrn participar en el concurso los funcionarios nombrados en ella
hasta en los cuatro grados inferiores a aqul del cargo a proveer.

Segn la jurisprudencia administrativa para aplicar la excepcin


citada (que permite participar en concursos de promocin de los fun-

760
Curso de Derecho Administrativo

cionarios nombrados hasta en los 4 grados inferiores a aqul del cargo


a proveer siempre que el nmero de cargos provistos ubicados en gra-
dos inferiores de la misma planta de la vacante convocada sea menor
a 20 no se deben contar los grados provistos en toda la planta en que
se realiz el concurso, sino solamente los del estamento involucrado.
Adems, la preceptiva analizada, que es de excepcin y debe aplicar-
se restrictivamente, alude a cargos provistos en cargos inferiores de la
misma planta de la vacante convocada, sin limitarlos hasta un grado
determinado (Dictamen N 32.992, de 2008).

710. Participacin de funcionarios que gozan de una licencia


mdica. La jurisprudencia administrativa en su Dictamen N 58.871,
de 2005, los funcionarios que gozan de una licencia mdica, sea sta
comn, maternal o por enfermedad grave del hijo menor de un ao, no
pueden participar o continuar participando, segn sea el caso, en un
concurso de promocin que contenga etapas o instrumentos de evalua-
cin que importen el desarrollo de una actividad que vulnere el descan-
so que ordena el sealado beneficio, como sucedera, por ejemplo, con
las entrevistas personales, la rendicin de pruebas, exmenes sicolgi-
cos o el desarrollo de cursos de capacitacin insertos en un proceso de
seleccin para proveer un cargo de promocin.

711. Participacin de funcionarios que se encuentran haciendo


uso de su feriado. El citado Dictamen N 58.871, de 2005, tambin
ha sostenido que tratndose de la posibilidad de que participen en los
indicados certmenes los funcionarios que se encuentran haciendo uso
de su feriado, el cual, segn lo establece el artculo 102 del Estatuto
Administrativo, en lo que interesa, constituye el descanso a que tiene
derecho el funcionario, es menester expresar que, a diferencia de lo que
sucede con las licencias mdicas, no existe en el ordenamiento jurdico
disposicin alguna que impida a un servidor, durante el tiempo en que

761
Sexta Parte - Funcin Pblica

goza del indicado derecho, realizar una actividad como la participacin


en un concurso de promocin, aun cuando ste implique etapas o instru-
mentos de evaluacin que requieran su intervencin presencial, como
las pruebas, entrevistas, exmenes y cursos antes indicados.

712. Procedimiento especial de multiconcursabilidad, En los


concursos de promocin interna se puede adoptar el procedimiento es-
pecial de multiconcursabilidad regulado en el artculo 44 del Regla-
mento sobre Concursos del Estatuto.

La letra b.2. del artculo 1 del reglamento de concursos, define el


sistema de multiconcursabilidad como un mecanismo a travs del
cual las vacantes que se produzcan por efecto de la provisin de los
cargos conforme a los concursos internos de promocin pueden pro-
veerse acto seguido, como parte del mismo concurso y siguiendo idn-
ticas reglas.

Luego, el artculo 44, letra b, del citado Decreto N 69, prescribe


que los funcionarios, en un solo acto, deben postular a una o ms plan-
tas del servicio, sin especificar cargos o grados determinados dentro de
ellas. Sin embargo, stos podrn indicar la o las localidades a las cuales
no postulan.

La exigencia referida a la indicacin del lugar en que debern des-


empearse los postulantes, establecida en el artculo 35, letra a, del Re-
glamento, para el sistema de multiconcursabilidad, se satisface, en el
caso de los servicios regionalmente desconcentrados, mediante la indi-
cacin de, a lo menos, la regin en donde el postulante deber ejercer
las funciones propias del cargo en el evento de ser nombrado en l (Dic-
tamen N 33.600, de 2009).

762
Curso de Derecho Administrativo

713. Concurso para ascender a funcionarios a contrata. Con-


forme a la jurisprudencia administrativa, si bien la superioridad de un
Servicio tiene competencia para preestablecer libremente las pautas que
regirn un proceso concursal (ya que ste no tiene una regulacin en
la ley), tales pautas obligan a la autoridad que las ha fijado a proceder
conforme a ellas y aplicarlas en forma general a todos los concursantes
(Dictamen N 22.006, de 2007).

2.3. Concurso para provisin de cargos de jefes de departamen-


to y equivalentes

714. Fundamento. El artculo 8 de la Ley N 18.834, sobre Esta-


tuto Administrativo, establece que los cargos de jefes de departamento
y de los niveles de jefaturas jerrquicos equivalentes de los ministerios
y servicios pblicos, sern de carrera y se sometern a las reglas espe-
ciales que ese precepto seala, entre las cuales, la letra a) previene que
la provisin de tales empleos se har mediante concursos en los que
podrn participar los funcionarios de planta o a contrata de todos los
ministerios y servicios regidos por el Estatuto Administrativo que cum-
plan con los requisitos que all se establecen.

715. Normativa aplicable. La provisin de los cargos de jefes


de departamento debe hacerse conforme a lo previsto en el artculo
8 y el Prrafo 1 del Ttulo II de la Ley N 18.834, y en el Decreto
N 69, de 2004, del Ministerio de Hacienda, que establece el Re-
glamento sobre Concursos del Estatuto Administrativo, Ttulo IV,
artculos 45 a 50.

716. Requisitos para ser participante idneo. El artculo 8 letra


a) de la Ley N 18.834 dispone que podrn participar en ellos:

763
Sexta Parte - Funcin Pblica

A. Los funcionarios de planta y a contrata de todos los ministe-


rios y servicios regidos por el citado cuerpo estatutario, que reunan las
siguientes condiciones:

B. Que cumplan con los requisitos correspondientes;

C. Que se encuentren calificados en lista N 1, de distincin, y

D. Que no estn afectos a las inhabilidades establecidas en el


artculo 55 del Estatuto Administrativo.

2.4. Concurso interno de promocin por encasillamiento

717. Proceso de encasillamiento. El artculo 15 del Estatuto Admi-


nistrativo determina que, salvo disposicin en contrario, en los procesos
de encasillamiento del personal que se originen en la fijacin o modifi-
cacin de plantas de personal, se seguirn las normas siguientes:

Conforme a la letra a), los funcionarios de las plantas de directivos


de carrera, profesionales, fiscalizadores y tcnicos y en las equivalen-
tes a stas, se encasillarn en cargos de igual grado al que detentaban
a la fecha del encasillamiento, manteniendo el orden del escalafn de
mrito. Si en las nuevas plantas no existieren los grados que tenan los
funcionarios, por haber variado los grados de ingreso a ellas, stos se
encasillarn en el ltimo grado que se consulte en la nueva planta.

718. Concurso de encasillamiento. Normativa aplicable. La nor-


mativa aplicable para los certmenes internos, derivados de procesos
de encasillamiento del personal que se originen por la fijacin o modifi-
cacin de plantas de personal, est contemplada en el artculo 15 letras
b) a g) de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, y el prrafo

764
Curso de Derecho Administrativo

primero del Ttulo V artculos 56 a 61, del Decreto N 69, de 2004,


del Ministerio de Hacienda, que contiene el Reglamento sobre Concur-
sos de dicho texto legal.

719. Participantes. De acuerdo al artculo 15 letra b) del Estatuto


Administrativo, una vez practicado el mecanismo anterior, los cargos
que queden vacantes, se proveern previo concurso interno, en el que
podrn participar:

A. Los funcionarios de planta y a contrata que se hayan desem-


peado en esta calidad durante, a lo menos, 5 aos anteriores al enca-
sillamiento.

B. Que cumplan con los requisitos respectivos.

C. Estar calificados en lista N 1, de distincin, o en lista N 2,


buena.

720. Convocatoria del concurso. Letra c). En la convocatoria del


concurso, debern especificarse:

1. Los cargos;

2. Las funciones a desempear, y

3. La localidad en la que estar ubicada la vacante a encasillar.

721. Postulacin en un solo acto. d) Los funcionarios que opten


por concursar lo harn en un solo acto, a uno o ms cargos especfi-
cos, sealando la funcin, la localidad de ubicacin de los mismos y

765
Sexta Parte - Funcin Pblica

la prioridad en que postulan y les sern aplicables las inhabilidades del


artculo 55.

722. Provisin de los cargos vacantes. e) La provisin de los car-


gos vacantes de cada planta se efectuar en orden decreciente segn el
puntaje obtenido por los postulantes, procediendo, en primer trmino,
con el personal de planta que haya resultado seleccionado; si quedaren
vacantes, se proceder a encasillar a los funcionarios a contrata que
hayan participado, igualmente conforme al puntaje obtenido.

723. Caso de producirse empate. f) En caso de producirse empate,


los funcionarios sern designados conforme al resultado de la ltima
calificacin obtenida y en el evento de mantenerse esta igualdad, deci-
dir el jefe superior del respectivo servicio.

724. Normas supletorias. g) En lo no previsto en el presente ar-


tculo, estos concursos se regularn, en lo que sea pertinente, por las
normas del Prrafo 1 del Ttulo II; y

725. Personal de las plantas de administrativos y auxiliares. h)


Respecto del personal de las plantas de administrativos y auxiliares y
en las equivalentes a stas, el encasillamiento proceder de acuerdo al
escalafn de mrito.

2.5. Concurso para proveer cargos de Alta Direccin Pblica

726. Concurso para proveer cargos de Alta Direccin Pblica.


La seleccin de los altos directivos pblicos est regulada en el prrafo
3 del Ttulo VI de la Ley N 19.882. De acuerdo con el artculo cua-
dragsimo octavo, inciso 1, de la Ley N 19.882, para los efectos de

766
Curso de Derecho Administrativo

proveer las vacantes de cargos de alta direccin, el Consejo de Alta Di-


reccin Pblica, por intermedio de la Direccin Nacional del Servicio
Civil, convocar a un proceso de seleccin pblico abierto, de amplia
difusin, que se comunicar, a lo menos, mediante avisos publicados en
diarios de circulacin nacional, en medios electrnicos a travs de las
pginas web institucionales u otras que se creen y en el Diario Oficial.
En los anuncios se dar informacin suficiente, entre otros factores,
respecto de las funciones del cargo, el perfil profesional, las competen-
cias y aptitudes requeridas para desempearlo, el nivel referencial de
remuneraciones, el plazo para la postulacin y la forma en que debern
acreditarse los requisitos.

727. Prohibicin de discriminacin arbitraria. En aplicacin del


derecho fundamental a la igualdad de oportunidades de ingreso a la Ad-
ministracin Pblica, previsto en el artculo 38 inciso 1 de la Consti-
tucin, el artculo cuadragsimo octavo, inciso 2, de la Ley N 19.882,
prohbe todo acto de discriminacin que se traduzca en exclusiones o
preferencias basadas en motivos diferentes de los mritos, calificacio-
nes, competencias y aptitudes exigidas para el desempeo del respecti-
vo cargo. Agrega que: Todos los postulantes a un cargo participarn
en el proceso de seleccin conforme a procedimientos uniformes y en
igualdad de condiciones.

728. Organismos encargados del proceso de seleccin. Sobre el


organismo encargado del proceso de seleccin de los altos directivos
pblicos hay que distinguir:

A. Altos directivos pblicos correspondientes al primer nivel je-


rrquico: el proceso es conducido por el Consejo de Alta Direccin
Pblica.

767
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Altos directivos pblicos para cargos de segundo nivel jerrqui-


co: el proceso es conducido por un comit de seleccin.

729. Carcter confidencial del proceso de seleccin. El proceso


de seleccin tendr el carcter de confidencial, mantenindose en reser-
va la identidad de cada candidato. La Direccin Nacional del Servicio
Civil dispondr las medidas necesarias para garantizar esta condicin
(artculo quincuagsimo quinto Ley N 19.882).

730. Sistema de evaluacin. La seleccin ser un proceso tcnico


de evaluacin de los candidatos que incluir, entre otros aspectos, la
verificacin de los requisitos y la evaluacin de los factores de mrito y
de las competencias especficas.

La evaluacin se expresar en un sistema de puntajes (artculo quin-


cuagsimo tercero Ley N 19.882).

731. Confeccin de ternas, cuaternas o quinas para cargos de pri-


mer nivel jerrquico. El artculo quincuagsimo de la Ley N 19.882
ordena la conformacin de las nminas para altos directivos. Dispone
para aquellos que corresponden al primer nivel jerrquico, que el Con-
sejo de Alta Direccin Pblica entregar una nmina de entre tres y
cinco candidatos, junto a su evaluacin y los antecedentes de stos, sin
expresar preferencia por ninguno de ellos.

732. Nombramiento o declaracin de desierto del concurso para


primer nivel jerrquico. Confeccionada la nmina de los selecciona-
dos que postulan a cargos del primer nivel jerrquico el artculo quin-
cuagsimo primero, establece que el Presidente de la Repblica puede
(Art. quincuagsimo primero de la Ley N 19.882):

768
Curso de Derecho Administrativo

A. Nombrar a uno de los postulantes propuestos, o

B. Declarar desierto el proceso, caso en el que se realizar un nue-


vo procedimiento, agregando dicha norma que: Una misma persona no
podr ser incluida en ms de una nmina.

A este respecto, cabe manifestar que la Contralora ha dictaminado


en su Oficio N 68.813, de 2009, el genuino sentido de este ltimo pre-
cepto legal no puede ser otro que fijar una restriccin a las facultades
que posee el referido Consejo para elaborar la aludida lista, en orden
a impedir que se incluya en sta a personas que integraron la nmina
de un proceso de seleccin llevado a cabo previamente para el mismo
cargo.

En efecto, para arribar a tal conclusin debe considerarse, en primer


trmino, que el sealado artculo quincuagsimo primero establece la li-
mitacin antes anotada, precisamente, luego de reconocer la atribucin
presidencial de nombrar a alguno de los postulantes sugeridos, o bien,
prescindir de la totalidad de ellos, orden del cual cabe desprender que
dicha prohibicin guarda estrecha relacin con la provisin del mismo
empleo, para el caso que la mxima autoridad de la Nacin haya optado
por declarar desierto el concurso y, con posterioridad, se desarrolle otro
certamen para proveer idntica plaza.

Por lo dems, la inteligencia antes anotada resulta coherente con


la finalidad que puede colegirse de la norma antes citada, en cuanto a
que no resulta lgico insistir, para la provisin del mismo cargo, con un
candidato que ya fue descartado, en un proceso de seleccin anterior,
por el Presidente de la Repblica, para asumir ese empleo.

En ese orden de ideas, resulta til destacar que cuando el Jefe de


Estado resuelve que el procedimiento en cuestin se declarar desierto,

769
Sexta Parte - Funcin Pblica

est ejerciendo una facultad que denota un explcito rechazo a todos los
postulantes que fueron incorporados en la nmina de que se trata, por
lo que es una conclusin lgica que tales personas no pueden volver a
ser consideradas para la misma plaza en que ya han sido descartadas,
lo que, a su vez, proporciona un significado a la norma que la dota de
mayor eficacia.

En efecto, de aceptarse una interpretacin diversa, se generara,


eventualmente, una situacin ilgica, ya que frente a una objecin,
idnticas personas podran llegar a integrar, en sucesivas oportunida-
des, las listas para un mismo cargo y, consecuentemente, iguales veces
dichos procesos podran ser declarados desiertos, por lo que ante dicha
problemtica debe estarse en armona con lo resuelto por esta Entidad
de Control en el Dictamen N 32.521, de 2005, al criterio de hermenu-
tica en cuya virtud, frente a varios sentidos de un mismo precepto, se
debe preferir aqul que proporcione a la norma un efecto til.

En este mismo sentido, es posible aadir que si el significado del


impedimento en estudio hubiere sido evitar que un participante fuera
incluido en ms de una lista en los indicados procedimientos de selec-
cin, slo cuando stos fueren efectuados simultneamente para varias
plazas, la referida disposicin habra sido ubicada en el artculo quin-
cuagsimo de la ley en anlisis, que corresponde a la norma que ordena
la conformacin de las nminas para este tipo de cargos, de manera
que la conclusin expuesta en el presente oficio es coincidente con el
principio conforme al cual todo precepto jurdico debe interpretarse en
el contexto del resto de las disposiciones que conforman el cuerpo legal
en que se encuentra inserto.

As, si una persona pretende postular, coetneamente, a diversos


cargos de alta direccin pblica de primer nivel jerrquico, no se apre-
cian razones para restringir su concurrencia a una sola lista, dado que,

770
Curso de Derecho Administrativo

por una parte, la circunstancia de que la autoridad llamada a resolver el


certamen no lo considere para proveer una plaza determinada, no sig-
nifica necesariamente que no pueda, la misma autoridad, estimar que s
resulta idneo para desempear un empleo diverso y, por otra, porque
elegido en una de ellas, su opcin cesara en las dems.

733. Comit de seleccin para cargos de segundo nivel jerrqui-


co. El artculo quincuagsimo segundo, inciso 1, de la Ley N 19.882,
determina que el proceso de seleccin de los altos directivos pblicos
correspondientes al segundo nivel jerrquico, ser conducido por un
comit de seleccin que est integrado por:

A. un representante del jefe superior del servicio respectivo, que


deber ser funcionario de la planta directiva del mismo;

B. un representante del ministro del ramo, y

C. un miembro del Consejo de la Alta Direccin Pblica o un re-


presentante de ste elegido de una lista de profesionales, aprobada por
el propio consejo.

734. Confeccin de ternas, cuaternas o quinas para cargos de


segundo nivel jerrquico. El comit de seleccin propondr al jefe
superior del servicio respectivo una nmina de entre tres y cinco candi-
datos por cada cargo a proveer (Art. quincuagsimo primero, inc. 2 de
la Ley N 19.882).

El consejo y el comit de seleccin slo podrn incluir en la pro-


puesta de nombramiento que formulen a la autoridad competente, a
aquellos candidatos que hayan acreditado los requisitos exigidos para
el desempeo del cargo y que respondan al perfil profesional definido.

771
Sexta Parte - Funcin Pblica

Ambos organismos podrn entrevistar a los candidatos que as determi-


nen, segn el mbito que les corresponda (Art. quincuagsimo cuarto,
inciso 1, Ley N 19.882).

735. Nombramiento o declaracin de desierto del concurso para


segundo nivel jerrquico. Confeccionada la nmina de los selecciona-
dos, el jefe superior del servicio podr:

A. Nombrar a uno de los postulantes propuestos, o

B. Declarar desierto un concurso, caso en el cual se realizar un


nuevo proceso de seleccin (Art. quincuagsimo segundo, inciso 2,
Ley N 19.882).

736. Recurso de reclamacin ante el Consejo de Alta Direccin.


El artculo quincuagsimo sexto, inciso 1, de la Ley N 19.882, esta-
blece que los postulantes de un proceso de seleccin, una vez concluido
ste, tendrn derecho a reclamar ante el Consejo, cuando consideren
que se han producido vicios o irregularidades que afecten su partici-
pacin igualitaria conforme a las disposiciones de la presente ley. Para
estos efectos tendrn un plazo de cinco das contados desde el cierre
del proceso.

Presentado el recurso, dentro del plazo de diez das el consejo po-


dr (Art. quincuagsimo sexto, inciso 2, Ley N 19.882):

A. Desestimar el reclamo, o

B. Acogerlo, pudiendo, en este caso, corregir o repetir el procedi-


miento aplicado o anular el proceso de seleccin de un jefe superior de
servicio.

772
Curso de Derecho Administrativo

737. Rectificacin o anulacin de un proceso de seleccin de


los directivos de segundo nivel jerrquico. El Consejo de Alta Di-
reccin Pblica mediante acuerdo al que debern concurrir a lo menos
tres de los cuatro consejeros designados con ratificacin del Senado,
podr solicitar fundadamente a la Direccin Nacional del Servicio
Civil, la rectificacin o anulacin de un proceso de seleccin de los
directivos de segundo nivel jerrquico (Art. quincuagsimo sexto, in-
ciso 3, Ley N 19.882).

738. Recurso de reclamacin ante la Contralora General. El


artculo quincuagsimo sexto, inciso 4, de la Ley N 19.882, estable-
ce que slo una vez resuelto el recurso interpuesto ante el Consejo,
los interesados pueden acudir ante la Contralora General, de confor-
midad con el artculo 160 de la referida Ley N 18.834, para lo cual
tienen el trmino de diez das hbiles, contado desde que tuvieren
conocimiento de la situacin, resolucin o actuacin que dio lugar al
vicio que se alega.

La interposicin de los recursos de reclamacin ante el Consejo y


la Contralora no suspende el nombramiento resuelto por la autoridad
competente (Art. quincuagsimo sexto, inciso 5, Ley N 19.882).

739. Provisin transitoria de cargos de alta direccin. Segn el


artculo quincuagsimo noveno de la Ley N 19.882, de haber cargos
de alta direccin vacantes, cualesquiera sea el nmero de los que se
encuentren en esta condicin, la autoridad facultada para hacer el nom-
bramiento podr proveerlos transitoria y provisionalmente, en tanto se
efecta el proceso de seleccin pertinente, con personas que cumplan
con los requisitos legales y los perfiles exigidos para desempearlos.
Estos nombramientos no podrn exceder de un perodo, improrrogable,
de un ao, contado desde la fecha de los mismos. Transcurrido este pe-

773
Sexta Parte - Funcin Pblica

rodo el cargo slo podr proveerse de conformidad con lo establecido


en los artculos cuadragsimo octavo y siguientes. Sin embargo, si los
nombramientos no han podido ser resueltos, stos podrn mantenerse
en tal calidad provisional, previo informe positivo de la Direccin Na-
cional del Servicio Civil.

774
CAPTULO IV

DERECHOS FUNCIONARIOS

740. Clasificacin. De acuerdo a su contenido, podemos agrupar


los derechos funcionarios en las siguientes categoras:

A. Derechos derivados de la carrera funcionaria (Arts. 89 y ss.


Ley N 18.834).

B. Derechos pecuniarios (Arts. 93 y ss. Ley N 18.834).

C. Derecho a permisos y feriados (Arts. 97 y ss. Ley N 18.834).

D. Derecho a prestaciones mdicas (Arts. 111 y ss. Ley N 18.834).

E. Derecho a prestaciones sociales (Art. 89 inciso 2 Ley


N 18.834).

F. Derecho a defensa judicial (Art. 90 Ley N 18.834).

G. Derechos del funcionario denunciante (Arts. 90 A y 90 B Ley


N 18.834).

H. Derecho a vivienda fiscal (Art. 91 Ley N 18.834).

I. Derecho a solicitar permuta de los cargos (Art. 92 Ley


N 18.834).

775
Sexta Parte - Funcin Pblica

I. DERECHOS DERIVADOS DE LA CARRERA FUNCIONARIA

741. Enumeracin. Los artculos 89 y siguientes del Estatuto con-


templan los siguientes:

A. Estabilidad en el empleo.

B. Ascenso (Art. 53 Ley N 18.834).

C. Derecho a capacitacin (Art. 28 Ley N 18.834).

1. DERECHO A LA FUNCIN

742. Alcances. La jurisprudencia administrativa en sus Dictmenes


Ns. 40.661, de 2007 y 37.536, de 2008, entre otros, ha informado que
el derecho a la funcin de los empleados pblicos, previsto en el ar-
tculo 89 de la Ley N 18.834, es un principio que conlleva el legtimo
derecho de estos servidores a ejercer las labores propias del cargo para
el cual han sido nombrados, lo que implica que no pueden ser separados
de ellas, sin una causa legal que lo permita, y que tampoco la autoridad
administrativa puede legtimamente impedirles el desempeo de las
mismas en forma arbitraria.

En el mismo sentido, la jurisprudencia administrativa contenida en


el Dictamen N 41.429, de 2003, seala que todo funcionario goza del
derecho a la funcin, el cual consiste en que no puede ser alejado de
su cargo sino en virtud de alguna de las causales de expiracin de fun-
ciones que establece la referida Ley N 18.834, resultando pertinente
anotar que para la eficacia de la causal se requiere que la autoridad
competente, previo cumplimiento de las formalidades que procedan, la
materialice a travs de un acto administrativo afecto a tramitacin por
la Contralora General y transcrito al afectado.

776
Curso de Derecho Administrativo

Lo anterior no implica desconocer las facultades que se contemplan


en el artculo 73 del citado texto legal, de acuerdo con las cuales, la je-
fatura superior del servicio est facultada para destinar al personal de su
dependencia con la sola limitacin de que las funciones que deba cum-
plir el servidor sean las propias del cargo para el cual ha sido designado,
en un empleo de la misma institucin y jerarqua. As, tal atribucin
privativa le permite a la autoridad distribuir y ubicar al personal de su
dependencia, segn lo requieran las necesidades de la reparticin.

Adems, de acuerdo con los principios generales que informan la


gestin de los servicios pblicos, corresponde a las autoridades de la
Administracin, apreciar las circunstancias o razones que justifican la
adopcin de la medida de que se trata, permitiendo potenciar y reactivar
el quehacer de los funcionarios, siempre que ello no signifique alguna
arbitrariedad y que las funciones que debern llevar a cabo en su nuevo
empleo sean propias de aqul para el cual fueran designados.

Segn la jurisprudencia administrativa contenida en el Dictamen


N 41.429, de 2003, de este rgano Fiscalizador, todo funcionario goza
del derecho a la funcin, el cual consiste en que no puede ser alejado
de su cargo sino en virtud de alguna de las causales de expiracin de
funciones que establece la referida Ley N 18.834, resultando pertinen-
te anotar que para la eficacia de la causal se requiere que la autoridad
competente, previo cumplimiento de las formalidades que procedan, la
materialice a travs de un acto administrativo afecto a tramitacin por
la Contralora General y transcrito al afectado.

2. DERECHO AL ASCENSO

743. Concepto. Acorde al artculo 54 de la Ley N 18.834, el as-


censo es el derecho de un funcionario de acceder a un cargo vacante
de grado superior en la lnea jerrquica de la respectiva planta, suje-

777
Sexta Parte - Funcin Pblica

tndose estrictamente al escalafn, sin perjuicio de lo dispuesto en el


artculo 56.

744. Plantas sujetas a ascenso. La promocin se efecta por as-


censo en el respectivo escalafn en las plantas de (Art. 53 inciso 1 Ley
N 18.834):

A. Administrativos.

B. Auxiliares.

C. En las plantas equivalentes a las antes enumeradas.

As, de conformidad con el citado artculo 53 inciso 1 del Esta-


tuto Administrativo, la figura del ascenso opera slo respecto de los
funcionarios que conforman las plantas de servidores administrativos
y auxiliares de la Administracin del Estado. En efecto, la reiterada
jurisprudencia administrativa ha concluido que los empleos a contrata
son por esencia de carcter transitorio y los funcionarios que los sirven
en esta calidad carecen del derecho al ascenso (Dictmenes Ns. 9.287,
de 1990, 12.696, de 1993 y 19.874, de 2005).

745. Requisitos para el ascenso. Conforme a lo previsto en los ar-


tculos 54 y 55 de la Ley N 18.834, el ascenso es un derecho que slo
asiste a quienes revisten la calidad de funcionarios y que cumplen con
los requisitos exigidos para esos efectos por el legislador, es decir, que se
encuentren en un lugar preferente en el respectivo escalafn y que no estn
afectados por inhabilidades para ascender (Dictamen N 5.119, de 2000).

Tal como se expresara, entre otros, en el dictamen N 53.852, de


2005, la provisin de los empleos por la va del ascenso contemplada en

778
Curso de Derecho Administrativo

la Ley N 18.834, es una facultad que corresponde a la autoridad, quien


debe disponerla desde la fecha en que se produce la vacante, siendo
necesario agregar que el instante en que se materialice dicha medida no
est sometido a plazo alguno dentro del sistema de promociones.

A mayor abundamiento, y en conformidad con la jurisprudencia ad-


ministrativa contenida entre otros en los Dictmenes Ns. 56.794, de
2004 y 35.942, de 2009, el ascenso constituye una mera expectativa
para los servidores que slo se concreta en el momento en que la auto-
ridad dispone la promocin a travs del respectivo acto administrativo
que as lo ordene.

A mayor abundamiento, y en conformidad con la jurisprudencia ad-


ministrativa contenida entre otros en el Dictamen N 56.794, de 2004,
el ascenso constituye una mera expectativa para los servidores que slo
se concreta en el momento en que la autoridad dispone la promocin a
travs del respectivo acto administrativo que as lo ordene.

3. DERECHO A CAPACITACIN

746. Fundamento. El artculo 38 inciso 1 de la Constitucin enco-


mienda a una ley orgnica constitucional la tarea de asegurar la capa-
citacin y el perfeccionamiento de los integrantes de la Administracin
Pblica.

De acuerdo al artculo 19 de la LOC N 18.575 de BGAE, la Admi-


nistracin del Estado asegurar la capacitacin y el perfeccionamiento
de su personal, conducente a obtener la formacin y los conocimientos
necesarios para el desempeo de la funcin pblica.

Luego, el artculo 48 inciso 1 de la LOC N 18.575 agrega que


la capacitacin y el perfeccionamiento en el desempeo de la funcin

779
Sexta Parte - Funcin Pblica

pblica se realizarn mediante un sistema que propenda a estos fines, a


travs de programas nacionales, regionales o locales.

747. Concepto de capacitacin. El artculo 21 del Estatuto Admi-


nistrativo Ley N 18.8314 define la capacitacin como el conjunto
de actividades permanentes, organizadas y sistemticas destinadas a
que los funcionarios desarrollen, complementen, perfeccionen o actua-
licen los conocimientos y destrezas necesarios para el eficiente desem-
peo de sus cargos o aptitudes funcionarias.

748. Tipos de capacitacin. El artculo 22 del Estatuto Administra-


tivo considera diversos tipos de capacitacin:

A. Capacitacin para el ascenso, que corresponde a aquella que


habilita a los funcionarios para asumir cargos superiores.

B. Capacitacin de perfeccionamiento, que tiene por objeto me-


jorar el desempeo del funcionario en el cargo que ocupa.

C. Capacitacin voluntaria, que corresponde a aqulla de inters


para la institucin, y que no est ligada a un cargo determinado ni es
habilitante para el ascenso.

El artculo 28 de la Ley N 18.834 seala que los estudios de educa-


cin superior no se considerarn actividades de capacitacin.

749. Normas aplicables. Las actividades de capacitacin podrn


llevarse a cabo mediante convenios con instituciones pblicas o priva-
das (Art. 48 inciso 2 de la LOC N 18.575).

El artculo 29 inciso 2 de la Ley N 18.834, previene que los orga-


nismos de la Administracin del Estado que se rigen por ese texto esta-

780
Curso de Derecho Administrativo

tutario deben capacitar a su personal, pudiendo celebrar para tal efecto,


convenios con organismos pblicos o privados, nacionales, extranjeros
o internacionales.

La ley podr exigir como requisito de promocin o ascenso el haber


cumplido determinadas actividades de capacitacin o perfeccionamien-
to (Art. 48 inciso 3 de la LOC N 18.575).

La destinacin a los cursos de capacitacin y perfeccionamiento se


efectuar por orden de escalafn o por concurso, segn lo determine la
ley (Art. 48 inciso 4 de la LOC N 18.575).

Podrn otorgarse becas a los funcionarios pblicos para seguir cur-


sos relacionados con su capacitacin y perfeccionamiento (Art. 48 inci-
so 5 de la LOC N 18.575).

El presupuesto de la Nacin considerar globalmente o por orga-


nismo los recursos para los efectos previstos en este artculo (Art. 48
inciso 6 de la LOC N 18.575).

II. DERECHOS PECUNIARIOS

750. Fundamento y enumeracin. Acorde al artculo 93 de la Ley


N 18.834.

Los funcionarios tendrn derecho a percibir por sus servicios las


remuneraciones y dems asignaciones adicionales que establezca la
ley, en forma regular y completa.

As es factible distinguir entre:

A. Remuneracin, y

B. Asignaciones.

781
Sexta Parte - Funcin Pblica

1. DERECHO A REMUNERACIN

751. Fundamento. El inciso 2 del artculo 19 N 16 inciso 2 de


la Constitucin consagra el derecho fundamental a una justa retribu-
cin. El precepto determina que:

Toda persona tiene derecho a la libre contratacin y a la libre


eleccin del trabajo con una justa retribucin.

En trminos similares, el artculo 7 letra a), del Pacto Internacional


de Derechos Econmicos, Sociales y Culturales precepta:

Los Estados Partes en el presente Pacto reconocen el derecho de


toda persona al goce de condiciones de trabajo equitativas y satisfac-
torias que les aseguren en especial:

a) Una remuneracin que proporcione como mnimo a todos los


trabajadores:

i) Un salario equitativo e igual por trabajo, de igual valor, sin dis-


tinciones de ninguna especie; en particular; debe asegurarse a las mu-
jeres condiciones de trabajo no inferiores a las de los hombres, con
salario igual por trabajo igual;

ii) Condiciones de existencia dignas para ellos y para sus familias


conforme a las disposiciones del presente Pacto;.

En el mismo sentido, recordemos que el artculo 9 del Estatuto


Administrativo, consagra el principio un cargo un grado, consistente
en que todo cargo pblico (sea de planta o a contrata) necesariamente
debe tener asignado un grado de acuerdo con la importancia de la
funcin que se desempee y, en consecuencia, le corresponder el

782
Curso de Derecho Administrativo

sueldo de ese grado y las dems remuneraciones a que tenga derecho


el funcionario.

A su turno, el artculo 50 de la LOC N 18.575 determina que: Los


regmenes legales de remuneraciones podrn establecer sistemas o
modalidades que estimulen el ejercicio de determinadas funciones
por parte de los empleados o premien la idoneidad de su desempeo,
sin perjuicio de la aplicacin de las escalas generales de sueldos y del
principio de que a funciones anlogas, que importen responsabilidades
semejantes y se ejerzan en condiciones similares, se les asignen iguales
retribuciones y dems beneficios econmicos.

Asimismo, debemos recordar que en conformidad al artculo 63


N 4 de la Constitucin es materia de ley, de iniciativa exclusiva del
Presidente de la Repblica: fijar, modificar, conceder o aumentar remu-
neraciones, jubilaciones, pensiones, montepos, rentas y cualquier otra
clase de emolumentos, prstamos o beneficios al personal en servicio
o en retiro y a los beneficiarios de montepos, en su caso, de la admi-
nistracin pblica y dems organismos y entidades que menciona su
artculo 63 N 3, esto es, de las entidades semifiscales, autnomas, de
los gobiernos regionales o de las municipalidades.

752. Concepto de remuneracin. De acuerdo al artculo 3 letra


e) del Estatuto Administrativo, remuneracin es cualquier contra-
prestacin en dinero que el funcionario tenga derecho a percibir en
razn de su empleo o funcin, como, por ejemplo, sueldo, asignacin
de zona, asignacin profesional y otras.

La jurisprudencia administrativa, por su parte, ha sealado que


remuneracin, para un funcionario pblico, es cualquier contrapresta-
cin en dinero que el funcionario tenga derecho a percibir en razn de
su empleo o funcin, como el sueldo, asignacin de zona, asignacin
profesional y otras, enumeracin no taxativa, que permite incluir otros

783
Sexta Parte - Funcin Pblica

emolumentos que sean habituales y permanentes, excluyndose los be-


neficios de carcter eventual o accidental, como la asignacin familiar,
aguinaldos y horas extraordinarias, cuando no tienen el carcter de
permanentes y ciertos derechos estatutarios que constituyen beneficios
indemnizatorios, como los viticos y el bono de escolaridad. Las bo-
nificaciones o bonos asociados al desempeo individual, colectivo o
institucional son percibidos habitual y permanentemente y participan
del concepto de remuneracin pese a que se pagan en cuatro cuotas, ya
que el valor de cada una equivale al valor acumulado en el trimestre
respectivo, como resultado de la aplicacin mensual de esta asigna-
cin. (Dictamen N 42.204, de 2002).

753. Momento desde el cual se devengan las remuneraciones.


Al respecto, el artculo 94 inciso 1 del Estatuto Administrativo, dis-
pone, en lo pertinente, que las remuneraciones se devengarn desde el
da que el funcionario asuma el cargo y se pagarn por mensualidades
iguales y vencidas, tal como lo sealaron, entre otros, los Dictmenes
Ns. 23.493, de 1993, 29.724 y 54.302, de 2005, y 25.837, de 2006,
acotando, a su vez, que aquel elemento, de hecho, permite establecer
que efectivamente una persona ha pasado a ocupar la plaza en que ha
sido designada.

754. Descuento de remuneraciones por atrasos y ausencias al


trabajo. El artculo 72 inciso 1 del Estatuto Administrativo en concor-
dancia con el artculo 63 del Decreto N 3, de 1984, del Ministerio de
Salud, reglamento de Autorizacin de Licencias Mdicas, determina
que por el tiempo durante el cual no se hubiere efectivamente trabajado
no podrn percibirse remuneraciones, salvo las excepciones que all se
establecen.

Agrega la citada normativa del Estatuto, que mensualmente debe


descontarse por los pagadores, a requerimiento escrito del jefe inmedia-
to, el tiempo no trabajado por los empleados.

784
Curso de Derecho Administrativo

En este sentido, la reiterada jurisprudencia administrativa, conte-


nida, entre otros, en los Dictmenes Ns. 29.295, de 1991, 25.490, de
1992, y 7.259, de 2007, ha reconocido que es obligatorio para la Auto-
ridad ordenar que se realicen los descuentos de remuneraciones por
el perodo en que los funcionarios no cumplieron su jornada de trabajo,
por cuanto la infraccin que los hace procedentes origina un crdito en
favor del Fisco.

Atendido lo anteriormente expresado, y teniendo en especial con-


sideracin lo establecido en los artculos 64 y 72, del Estatuto Admi-
nistrativo, debe concluirse que es una obligacin especial de las auto-
ridades y jefaturas pertinentes ordenar los descuentos por el tiempo no
trabajado por los empleados.

Por otra parte, la interesada solicita que se le paguen sus remune-


raciones por todo el tiempo que dure su licencia mdica por accidente
del trabajo.

755. Descuento de remuneraciones por el Contralor General.


El Contralor puede ordenar que se descuenten de las remuneraciones
de los funcionarios de los Organismos y Servicios que controla, en las
condiciones que determine y adoptando los resguardos necesarios, las
sumas que el Fisco u otra institucin estatal deba pagar a terceros en
virtud de sentencia judicial, cuando se haga efectiva la responsabilidad
civil por actos realizados en el ejercicio de las funciones respectivas
(artculo 67 inciso 2 LOC N 10.336).

756. Momento hasta el cual se devengan las remuneraciones. De


conformidad al criterio contenido en el Dictamen N 46.647, de 2007,
de la Contralora, al ex funcionario slo le corresponde el pago de sus
estipendios hasta el da en que se produjo legalmente el cese de sus
funciones.

785
Sexta Parte - Funcin Pblica

En este mismo sentido, la jurisprudencia ha sealado que el derecho


a percibir las remuneraciones, slo se tiene mientras el afectado por
el accidente o enfermedad se mantenga ligado laboralmente con el
organismo pblico respectivo, ya que una vez que ha cesado en fun-
ciones desaparece la prestacin de servicios efectivos que justifica la
contraprestacin en dinero que constituye la remuneracin (Dictme-
nes Ns. 55.981, de 2006 y 46.647, de 2007).

757. Embargabilidad de las remuneraciones. El artculo 95 de la


Ley N 18.834, determina que: Las remuneraciones son embargables
hasta en un cincuenta por ciento, por resolucin judicial ejecutoria-
da dictada en juicio de alimentos o a requerimiento del Fisco o de la
institucin a que pertenezca el funcionario, para hacer efectiva la res-
ponsabilidad civil proveniente de los actos realizados por el funcionario
en contravencin a sus obligaciones estatutarias.

2. DERECHO A ASIGNACIONES

758. Contenido. De acuerdo con el artculo 93 del Estatuto Admi-


nistrativo, tendrn derecho a percibir las siguientes asignaciones:

A. Prdida de caja.

B. Movilizacin.

C. Horas extraordinarias. El derecho a percibir el pago por horas


extraordinarias, no deriva tan slo del cumplimiento de una jornada,
como ocurre con la renta asignada por el desempeo de un cargo dentro
del horario normal, sino que emana de la circunstancia de haber desem-
peado, por disposicin de la autoridad del servicio y en las condiciones
autorizadas por la ley, un trabajo efectivo fuera de la jornada normal, y

786
Curso de Derecho Administrativo

que ste no resulte posible, por razones de servicio, de compensar con


descanso complementario (Dictamen N 21.447, de 2003).

D. Cambio de residencia.

E. Vitico, pasajes u otros anlogos. Acorde al Dictamen N 22.378,


de 1995, el vitico es una asignacin a que tienen derecho los funcio-
narios pblicos que por motivos de ordenarse a su respecto una co-
misin de servicios o un cometido funcionario, deben trasladarse del
lugar habitual en donde ejercen sus funciones.

En lo que atae a la procedencia del pago de viticos, el artculo


98, letra e), del Estatuto Administrativo, establece el derecho a percibir
vitico, pasajes, u otros anlogos, cuando corresponda, en los casos de
comisin de servicios y de cometidos funcionarios, el que se encuentra
regulado en el D.F.L. N 262, de 1977, del Ministerio de Hacienda,
cuyo artculo 1 previene que los trabajadores del Sector Pblico que,
en su carcter de tales y por razones de servicio, deban ausentarse del
lugar de su desempeo habitual, dentro del territorio de la Repblica,
tendrn derecho a percibir un subsidio, que se denominar vitico, para
los gastos de alojamiento y alimentacin en que incurrieren, el que no
ser considerado sueldo para ningn efecto legal.

Acorde a lo dispuesto en la precitada norma, el supuesto bsico en el


que se sustenta la procedencia del beneficio econmico del vitico, dice
directa relacin con el hecho que los funcionarios designados en comi-
sin o cometido funcionario deban incurrir en gastos de alojamiento y
alimentacin; situacin en la que no se encontrara la recurrente, toda
vez que, por una parte, no debi pernoctar en los lugares a los cuales
concurri a desempear los cometidos, y por otro lado, la alimentacin
le fue proporcionada por el servicio (Dictamen N 37.281, de 2007).

787
Sexta Parte - Funcin Pblica

El pago de vitico debe tener en cuenta las expensas en que el fun-


cionario incurra con el objeto de desplazarse a una localidad diversa a la
de su desempeo habitual, o para pernoctar en ella, con ocasin del des-
empeo de un cometido funcionario, pero no considera el importe de
los gastos causados por aquellos que habitualmente debe efectuar para
trasladarse desde su residencia hasta la ciudad en que se encuentran
ubicadas las oficinas en que se desempea habitualmente (Dictamen
N 36.272, de 2002).

La omisin por parte de la autoridad administrativa de dar curso


regular y completo al acto administrativo que otorga determinados be-
neficios en este caso, la asignacin de vitico no es imputable al intere-
sado y en esa virtud, no es dable oponerle la prescripcin. Sustentar la
hiptesis contraria, significara castigar al recurrente por la inactividad
de la Administracin, lo que pugna con los principios de la equidad na-
tural, ya mencionados en los Dictmenes Ns. 27.738, de 1996, 5.181,
de 2002, y 60.697, de 2005.

F. Otras asignaciones contempladas en leyes especiales. Por


ejemplo, los artculos 72, 73 y 74 del D.L. N 2.763, de 1979, actual-
mente contenidos en los artculos 94, 95 y 96 del D.F.L. N 1, de 2005,
del Ministerio de Salud, texto refundido, coordinado y sistematizado
del Decreto Ley N 2.763, de 1979 y de las Leyes N 18.933 y N
18.469, contemplan una asignacin de turno para el personal regido
por el Estatuto Administrativo y afecto a la escala nica de sueldos,
que se desempea en sistemas de turnos rotativos debiendo encon-
trarse formalmente destinado a prestar servicios en puestos de trabajo
cuya jornada sea ininterrumpida, a travs de resoluciones anuales del
Director del Establecimiento de Salud correspondiente, manteniendo
el derecho a percibirla durante los perodos de ausencia con goce de
remuneraciones originados por permisos, licencias y feriado legal, sin
derecho a percibir horas extraordinarias por este concepto.

788
Curso de Derecho Administrativo

En este orden de ideas, cabe sealar que la asignacin de turno tiene


por objetivo otorgar una retribucin pecuniaria al personal que desem-
pea su jornada de trabajo en horarios total o parcialmente diferentes
de la jornada ordinaria, incluso en horario nocturno y en das sbado,
domingo y festivos, acorde con las necesidades de funcionamiento asis-
tencial ininterrumpido de los establecimientos de salud, y siempre que
se encuentren formalmente destinados a prestar servicios en esa calidad
en las unidades de trabajo mencionadas, a travs de resoluciones anua-
les del Director del Servicio de Salud correspondiente y se percibir
mientras el trabajador se encuentre en funciones e integre este sistema,
manteniendo el derecho a percibirla durante los perodos de ausencia
con goce de remuneraciones originados por permisos, licencias y feria-
do legal (Dictamen N 3.419, de 2007).

759. Plazo de caducidad de las asignaciones. El plazo de cadu-


cidad es de 6 meses desde que se hicieron exigibles (Art. 99 Ley
N 18.834).

760. Indemnizacin por aos de servicio. Segn lo establece el


Dictamen N 38.312, de 2007, el Estatuto Administrativo no tiene dis-
posicin alguna que contemple el derecho a indemnizacin por aos de
servicio.

761. Propiedad del cargo por servicio militar. De acuerdo con


el artculo 100 de la Ley N 18.834, el funcionario conservar la pro-
piedad de su cargo, sin derecho a remuneracin, mientras hiciere el
servicio militar o formare parte de las reservas nacionales movilizadas
o llamadas a instruccin.

Lo anterior no interrumpir la antigedad del funcionario para to-


dos los efectos legales.

789
Sexta Parte - Funcin Pblica

III. DERECHOS A PERMISOS Y FERIADOS

762. Enumeracin. Encontramos:

A. Permisos (Art. 102 Ley N 18.834).

B. Feriados (Art. 108 Ley N 18.834).

1. FERIADO

763. Fundamento. El artculo 7 letra d), del Pacto Internacional


de Derechos Econmicos, Sociales y Culturales reconoce el derecho
fundamental al descanso de los trabajadores:

Los Estados Partes en el presente Pacto reconocen el derecho de


toda persona al goce de condiciones de trabajo equitativas y satisfac-
torias que les aseguren en especial:

()

d) El descanso, el disfrute del tiempo libre, la limitacin razonable


de las horas de trabajo y las vacaciones peridicas pagadas, as como
la remuneracin de los das festivos.

764. Concepto. Se entiende por feriado el descanso a que tiene


derecho el funcionario, con el goce de todas las remuneraciones duran-
te el tiempo y bajo las condiciones que ms adelante se establecen (Art.
102 Ley N 18.834).

De acuerdo a la jurisprudencia contralora, la finalidad del feriado


es consagrar un perodo de descanso remunerado al trabajador para que

790
Curso de Derecho Administrativo

se recupere del desgaste que ha sufrido como consecuencia del trabajo


durante un ao de labores (Dictamen N 21.499, de 2009).

En efecto, la jurisprudencia administrativa de la Contralora Gene-


ral contenida en los Dictmenes Ns. 25.983, de 1968; 43.906, de 1973,
y 21.499, de 2009, ha sealado que el derecho en comento se relaciona
con la obtencin de un mximo rendimiento del empleado en el desem-
peo de su cargo, rendimiento que slo es posible obtener con el goce
de un descanso anual efectivo que tenga por objeto la recuperacin de
las energas y del desgaste sufrido en el desempeo de sus funciones.

765. Solicitud de feriado. Dispone el artculo 104 inciso 1 de la


Ley N 18.834, que el funcionario solicitar su feriado indicando la
fecha en que har uso de este derecho, el cual no podr en ningn caso
ser denegado discrecionalmente.

Segn la jurisprudencia administrativa, el feriado slo se puede so-


licitar mientras se tiene la calidad de funcionario, ya que al estar
establecido como un descanso remunerado, no puede concederse en
condiciones distintas a las que expresamente seala la ley.

Por ende, si no pudo hacerse uso de l, no procede que se le com-


pense en dinero ni se les otorgue una indemnizacin por ese rubro,
toda vez que dichas modalidades no estn contempladas en la Ley
N 18.834, sobre Estatuto Administrativo (Dictmenes Ns. 64.195, de
1973; 3.940, de 1993 y 25.592, de 2003, y 37.973, de 2004, entre otros,
de este rgano de Control).

En conformidad al artculo 102 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto


Administrativo, el feriado es el descanso a que tiene derecho el funcio-
nario, de lo que se infiere tal como lo ha informado la jurisprudencia

791
Sexta Parte - Funcin Pblica

de la Contralora General en los Dictmenes Ns. 14.573, de 1990, y


140, de 1998, entre otros que dicho beneficio aprovecha a los funcio-
narios regidos por ese cuerpo estatutario mientras invistan tal calidad,
de modo que cuando tales servidores cesan en sus funciones, pierden
el feriado pendiente que pudieren tener, porque han dejado de poseer la
condicin de tales, a menos que se reincorporen nuevamente a la admi-
nistracin en el respectivo ao, lo que les hace recuperar dicha calidad,
teniendo derecho, por ello, a todos los beneficios que ello implica.

La reiterada jurisprudencia contralora ha sostenido, entre otros, me-


diante los Dictmenes Ns. 27.961, de 1996, 140, de 1998, y 2.818,
de 2005, que el feriado es el descanso a que tiene derecho el funcio-
nario, de modo que slo aprovecha a quienes tienen esa condicin y
mientras la mantengan, por lo que si antes de gozar de ste, termina
su desempeo por cualquiera de las causas de expiracin de funciones
que contempla la ley, la facultad se extingue, y el interesado no puede
reclamar el derecho a hacer uso del beneficio ni tampoco puede exigir
una compensacin pecuniaria por l, toda vez que el mencionado esta-
tuto no lo permite.

766. Requisito de un ao para acceder al feriado. Por tanto, para


tener derecho a feriado, el funcionario deber tener ms de un ao de
servicio. El funcionario, desde el momento en que lo pide, es obligacin
para el jefe del servicio otorgarlo, salvo que no lo pueda hacer por la
naturaleza del buen servicio prestado (Art. 107 Ley N 18.834).

Los funcionarios que cumplen con la exigencia de contar con un


ao de servicios efectivos en una data prxima al trmino de un deter-
minado ao calendario, tienen derecho a hacer uso del feriado por ese
ao durante el perodo comprendido entre la fecha en que satisfacen
dicho requisito y el 31 de diciembre del mismo ao, aunque no quede
incluido en ese lapso todo el tiempo de duracin del beneficio, debiendo

792
Curso de Derecho Administrativo

la Superioridad del Servicio, por su parte, autorizarlos para ejercer el


derecho en esos precisos trminos, sin que se pueda postergar su goce
por la imposibilidad de que en ese evento el feriado quede compren-
dido dentro del ao calendario respectivo lo que determina, adems,
que sea improcedente su acumulacin con el perodo correspondiente al
ao siguiente (Dictmenes Ns. 38.434, de 1982, 4.688, de 1991, 768,
de 1993 y 18.710, de 1995).

767. Duracin del feriado. Acorde al artculo 103 inciso 1 del


Estatuto Administrativo, el feriado corresponder a cada ao calendario
y ser de:

A. 15 das hbiles para los funcionarios con menos de 15 aos de


servicios.

B. 20 das hbiles para los funcionarios con 15 o ms aos de ser-


vicio y menos de 20.

C. 25 das hbiles para los funcionarios con 20 o ms aos de ser-


vicio.

Para estos efectos, no se considerarn como das hbiles los sbados


y se computarn los aos trabajados como dependiente, en cualquier
calidad jurdica, sea en el sector pblico o privado (Art. 103 inc. 2 Ley
N 18.834).

El artculo 106 de la Ley N 18.834 establece un aumento de das


por la lejana del lugar.

768. Feriado progresivo. El artculo 103 inciso 2 de la Ley N 18.834,


sobre Estatuto Administrativo, dispone que para efectos del feriado de-

793
Sexta Parte - Funcin Pblica

ben computarse los aos trabajados como dependiente, en cualquier


calidad jurdica, sea en el sector pblico o privado.

Conforme al Dictamen N 29.665, de 2008, para conceder el benefi-


cio de feriado progresivo, slo son tiles los desempeos en los sectores
pblico o privado, efectuados en calidad de dependiente, carcter que
no poseen los trabajos remunerados sobre la base de honorarios, aun
cuando ellos se hayan prestado en forma regular y con un horario fijo.

769. Acumulacin de feriado. Segn el artculo 103 inciso 2 del


Estatuto Administrativo, el feriado corresponder a cada ao calendario,
debiendo hacerse efectivo, por ende, dentro de la respectiva anualidad,
de modo que si sta transcurre sin que el funcionario pueda disfrutar de
la franquicia, se extingue definitivamente la posibilidad de obtenerla, a
menos que medie la acumulacin con el ao siguiente, en los trminos
previstos en el artculo 104, inciso segundo, de la citada ley.

Agrega el artculo 104 inciso de la mencionada norma, que cuan-


do las necesidades del servicio as lo aconsejen, el jefe superior de la
institucin, el Secretario Regional Ministerial o el Director Regional
de servicios nacionales desconcentrados, segn corresponda, podr an-
ticipar o postergar la poca del feriado, a condicin de que ste quede
comprendido dentro del ao respectivo, salvo que el funcionario en este
caso pidiere, expresamente, hacer uso conjunto de su feriado con el que
corresponda al ao siguiente.

Segn se precisara en la jurisprudencia administrativa de Contralo-


ra, la acumulacin de feriado no es un derecho que el empleado pueda
ejercer a su sola voluntad, sino que se requiere necesariamente que el
funcionario haya solicitado hacer uso de su feriado durante el ao co-

794
Curso de Derecho Administrativo

rrespondiente, y ste haya sido anticipado o postergado por la autoridad


(Dictamen N 34.929, de 2008).

Por otra parte, es necesario sealar que la reiterada jurisprudencia


administrativa en sus Dictmenes Ns. 7.852, de 1985, 36.215, de 1996
y 1.350, de 2007, ha concluido que no procede la acumulacin de feria-
do cuando ha sido requerido nicamente porque el funcionario se vio
impedido de gozar de la franquicia, por habrsele otorgado una licencia
por enfermedad.

En cuanto a las vacaciones pendientes de ex servidores que no hi-


cieron uso de ellas, la jurisprudencia ha concluido que el derecho a
feriado slo se puede solicitar mientras se tiene la calidad de funcio-
nario, atendido que al estar establecido como un descanso remunerado,
no puede concederse en condiciones distintas a las que expresamente
seala la ley (Dictamen N 43.087, de 2008).

La jurisprudencia administrativa ha sealado en sus dictmenes


Ns. 140, de 1998, 40.873, de 2001 y 34.929, de 2008, entre otros, que
el artculo 107 de la Ley N 18.834, el cual establece que el funcionario
que ingrese a la Administracin del Estado no tendr derecho a hacer
uso de feriado en tanto no haya cumplido efectivamente un ao de ser-
vicio, rige respecto de quienes se incorporan por primera vez a un rga-
no administrativo, y no a aquellos que ingresan a l habiendo prestado
con anterioridad servicios como dependiente, situacin en la que se
encuentra el seor Seplveda Figueroa.

El artculo 107 de la Ley N 18.834, prescribe que el funcionario


que ingrese a la Administracin del Estado no tendr derecho a hacer
uso de feriado en tanto no haya cumplido efectivamente un ao de ser-
vicio.

795
Sexta Parte - Funcin Pblica

770. Uso fraccionado del feriado. De conformidad con el artculo


104 del aludido Estatuto Administrativo, los funcionarios podrn solici-
tar hacer uso del feriado en forma fraccionada, pero una de las fraccio-
nes no podr ser inferior a diez das.

As, conforme al Dictamen N 48.207, de 2007, los servidores su-


jetos al referido cuerpo estatutario pueden solicitar el derecho de que
se trata de manera parcial, con la limitacin de que al menos una de
las porciones sea igual o superior a diez das, de suerte tal que el resto
puede ser solicitado de una sola vez, para ser gozado de forma continua,
o volver a fraccionarlos con la modalidad que mejor parezca al trabaja-
dor, esto es, en das seguidos o discontinuos.

En lo que respecta a los funcionarios que cumplen labores en sis-


temas de turnos, stos estn obligados a solicitar su feriado fraccio-
nado por el nmero de das necesarios para abarcar el o los das que,
de acuerdo con la especial distribucin de su jornada, deban laborar en
la semana, debiendo considerarse para estos efectos que el da que se
pretende cubrir con el feriado comienza a las cero horas del mismo y
termina a las 24 horas, no pudiendo este derecho, como se seala, entre
otros, en el Dictamen N 48.207, de 2007, de esta Entidad de Control,
comprender los das intermedios, salvo que en atencin al turno respec-
tivo esos das no deba concurrir a trabajar, sin perjuicio de que corres-
ponde a la autoridad de la institucin respectiva autorizar el referido
fraccionamiento, el que, en todo caso, puede ser rechazado slo por
necesidades del servicio.

2. PERMISO

771. Concepto. Se entiende por permiso la ausencia transitoria


de la institucin por parte de un funcionario en los casos y condiciones
que se indican en la ley (Art. 108 inciso 1 Ley N 18.834).

796
Curso de Derecho Administrativo

772. Caractersticas. El otorgamiento de un permiso constituye


un acto discrecional por parte de la autoridad. Segn los Dictmenes
Ns. 21.646, de 2003 y 28.942, de 2004, la concesin de los permisos
administrativos no es obligatoria para la autoridad del Servicio, toda
vez que para su procedencia deben existir circunstancias especiales que
los justifiquen, las que deben ser ponderadas por la autoridad superior,
la que, adems, debe autorizarlos por resolucin fundada y con respeto
al principio de racionalidad.

En efecto, segn el criterio contenido, entre otros, en los Dictme-


nes Ns. 20.459 y 26.220, ambos de 2009, en el beneficio aludido se
distingue, por una parte, la prerrogativa del empleado en orden a de-
cidir si los solicita o no y, por la otra, la potestad de la superioridad
para resolver si los concede o deniega, por lo que la facultad del jefe
superior del organismo para rechazar o autorizar el permiso facultativo
est concebida por el legislador en funcin o segn las necesidades del
servicio respectivo, esto es, la oportunidad y continuidad a la que se
encuentra obligado.

Acorde al Oficio N 5.536, de 1985, de la Contralora, la apro-


bacin de acuerdos que impliquen el desarrollo de actividades rela-
cionadas con el rea de la salud, no implica la obligada concesin
de los permisos administrativos contemplados en la Ley N 15.076,
ya que su otorgamiento corresponde a una facultad de la jefatura
competente.

773. Clasificacin. Atendiendo a si el permiso confiere derecho a


remuneracin, es menester distinguir entre:

A. Permisos con goce de remuneraciones. Hasta por 6 das hbi-


les al ao (Art. 104 Ley N 18.834).

797
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Permisos sin goce de remuneraciones. Por motivos particu-


lares hasta por 6 meses en cada ao calendario. Para permanecer en el
extranjero hasta por 1 ao (Art. 105 ley N 18.834).

IV. DERECHOS A PRESTACIONES MDICAS

774. Enumeracin. Encontramos:

A. Licencias Mdicas (Art. 111 ley N 18.834).

B. Derecho a declaracin de irrecuperabilidad (Art. 112 Ley


N 18.834).

1. LICENCIAS MDICAS

775. Concepto. El artculo 1 del Decreto N 3, de 1984, del Minis-


terio de Salud, que aprob el Reglamento de Autorizacin de Licencias
Mdicas por las Comisiones de Medicina Preventiva e Invalidez e Ins-
tituciones de Salud Previsional, dispone que se entender por licencia
mdica el derecho que tiene el trabajador de ausentarse o reducir su
jornada de trabajo, durante un determinado lapso, en cumplimiento de
una indicacin profesional certificada por un mdico-cirujano, cirujano-
dentista o matrona, reconocida por su empleador en su caso, y autorizada
por la Comisin de Medicina Preventiva e Invalidez o Institucin de Sa-
lud Previsional, segn corresponda, durante cuya vigencia podr gozar
de subsidio de incapacidad laboral con cargo a la entidad de previsin,
institucin o fondo especial respectivo, o de la remuneracin regular de
su trabajo o de ambas en la proporcin que corresponda.

Refirindose el fundamento de este derecho, la jurisprudencia con-


tralora en su Dictamen N 21.499, de 2009, ha sostenido que el bene-

798
Curso de Derecho Administrativo

ficio en comento garantiza al funcionario la posibilidad de justificar


el no cumplimiento de la jornada laboral, ya sea en forma total o
parcial, sin dejar de percibir las remuneraciones por el perodo no tra-
bajado, cuando debe dedicarse al restablecimiento de su salud.

Asimismo, la jurisprudencia de la Contralora, contenida en los


Dictmenes Ns. 19.098, de 1984 y 44.065, de 2008, entre otros, ha
sealado que la finalidad de este derecho es que el funcionario se acoja
a reposo para el restablecimiento de su salud, recibiendo ntegramente
sus remuneraciones durante dicho lapso, constituyendo este beneficio
una de las prestaciones propias de la seguridad social.

776. Plazo. El artculo 11 del pertinente reglamento, dispone que


tratndose de trabajadores dependientes del sector pblico, el formula-
rio de licencia, con la certificacin mdica extendida en la forma sea-
lada en los artculos precedentes, deber ser presentado al empleador
dentro del plazo de tres das hbiles, contados desde la fecha de inicia-
cin de la licencia mdica.

777. Efectos. El artculo 17 del citado Decreto N 3, de 1984, del


Ministerio de Salud, establece que autorizada la licencia o transcurrido
los plazos que permitan tenerla por autorizada, sta constituye un do-
cumento oficial que justifica la ausencia del trabajador a sus labores o
la reduccin de su jornada de trabajo, cuando corresponda, durante un
determinado tiempo y puede o no dar derecho a percibir el subsidio o
remuneracin que proceda, segn el caso.

778. Tramitacin de las licencias mdicas. Segn se desprende


del Dictamen N 60.562, de 2008, la obligacin del Servicio, en orden
a tramitar la licencia mdica, slo existe mientras el afectado se man-

799
Sexta Parte - Funcin Pblica

tenga ligado laboralmente con el organismo pblico respectivo, lo que


no acontece una vez expirada la vigencia de un contrato, de modo que
no procede que la referida autoridad se haga responsable del pago de
dicha licencia.

779. Aprobacin o rechazo de licencias mdicas. De los artcu-


los 16, 29 y 55 del Decreto N 3, de 1984, del Ministerio de Salud, se
desprende que las Comisiones de Medicina Preventiva e Invalidez, la
Unidad de Licencias Mdicas o las Instituciones de Salud Previsional,
segn corresponda, son los organismos competentes para rechazar o
aprobar las licencias mdicas; reducir o ampliar el perodo de reposo
solicitado o cambiarlo de total a parcial y viceversa.

En ese mismo sentido, la jurisprudencia administrativa contenida en


el Dictamen N 7.259, de 2007, de este rgano de Control, entre otros,
ha manifestado que el empleador no tiene facultades para rechazar o in-
validar las licencias presentadas por sus trabajadores, porque, conforme
a la normativa citada, dicha competencia est radicada, exclusivamente
en las mencionadas instituciones, y a l slo le corresponde, despus de
recepcionarlas, completar su formulario y remitirlo para su autorizacin
a esos rganos de salud.

780. Reclamo por rechazo de licencias mdicas. El artculo 36


del Decreto N 3, de 1984, del Ministerio de Salud, expresa que del
pronunciamiento del profesional acreditado por la Institucin de Sa-
lud Previsional sobre la autorizacin, modificacin o rechazo de las
licencias mdicas, debe enviarse copia timbrada por correo certificado
a los domicilios registrados por el trabajador y su empleador, dentro
del plazo de dos das hbiles, contados desde la fecha del pronuncia-
miento.

800
Curso de Derecho Administrativo

Por su parte, el artculo 40 del precitado Reglamento agrega que es


competente para conocer de las reclamaciones en contra de ese pronun-
ciamiento, la Comisin de Medicina Preventiva e Invalidez correspon-
diente al domicilio que el cotizante haya fijado en el contrato, siendo
el plazo para interponer estos reclamos de quince das hbiles contados
desde la recepcin del pronunciamiento de la Institucin de Salud Pre-
visional a que se hace referencia en el antes aludido artculo 36.

781. Pago de las licencias mdicas. Al respecto, segn dispone el


inciso 2 del artculo 153 del D.F.L. N 1, de 2005, del Ministerio de
Salud, que fij el texto refundido, coordinado y sistematizado del
Decreto Ley N 2.763, de 1979, y de las Leyes Ns. 18.469 y 18.933,
el personal afecto a la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo,
tendr derecho, durante el goce de la licencia, a la mantencin del
total de sus remuneraciones y su pago corresponder al Servicio o
institucin empleadora, sin perjuicio de lo dispuesto en el artculo 12
de la Ley N 18.196.

Ahora bien, es dable manifestar que la Ley N 18.196 previene en


su artculo 12 que, respecto de los funcionarios regidos por la citada
Ley N 18.834 afiliados a una Institucin de Salud Previsional, que se
acojan a licencia mdica, dicha entidad deber pagar al servicio o ins-
titucin empleadora una suma equivalente al mnimo del subsidio por
incapacidad laboral que le hubiere correspondido al empleado de haber-
se encontrado ste afecto a las disposiciones del D.F.L. N 44, de 1978,
del Ministerio del Trabajo y Previsin Social, que fija normas para los
subsidios por incapacidad laboral de los trabajadores dependientes del
sector privado.

782. La licencia mdica no confiere inamovilidad en el em-


pleo. En efecto, como lo ha establecido el Dictamen N 9.119, de

801
Sexta Parte - Funcin Pblica

2008, entre otros, el goce de las licencias mdicas, incluidas aqu-


llas generadas por accidentes o enfermedades laborales, no confieren
inamovilidad en el empleo, por lo que es procedente el trmino de
una contrata por cualquier causal legal contemplada en el Estatuto
Administrativo, aun cuando los funcionarios se encuentren gozando
de tales permisos mdicos.

783. El trmino de servicios conlleva el trmino del derecho a


percibir subsidio por incapacidad laboral. Acorde con lo dispuesto
en el artculo 111 de la citada Ley N 18.834, y la jurisprudencia admi-
nistrativa contenida, entre otros, en el Dictamen N 60.562, de 2008,
si bien el personal afecto a ese ordenamiento debe recibir el total de
sus estipendios cuando se encuentra acogido a licencia mdica, dicho
derecho deja de existir cuando concurre alguna causal legal de cese de
funciones.

En efecto, tal como informa el Dictamen N 33.563, de 2009, entre


otros, la expiracin de servicios conlleva el trmino del derecho a perci-
bir cualquier tipo de beneficios, sean pecuniarios o de otra ndole, entre
los que se encuentra la licencia mdica.

784. Derecho a licencia mdica versus feriado legal. Por ltimo,


resta analizar que acontece en el caso de que un funcionario se encuen-
tre haciendo uso de feriado legal y durante dicho perodo presente una
licencia mdica.

Al respecto, tal como ha sostenido la jurisprudencia administrativa


de esta Entidad de Control, en su Oficio N 21.499, de 2009, que con-
forme al ordenamiento jurdico, tanto el feriado como la licencia mdi-
ca se garantizan plenamente a los funcionarios pblicos, no existiendo
norma alguna que seale que uno debe preferir al otro.

802
Curso de Derecho Administrativo

Sin perjuicio de lo sealado, cabe agregar que, tal como se ha preci-


sado en los Dictmenes Ns. 36.754, de 1997 y 21.499, de 2009, d este
origen, dado que el Estatuto Administrativo no ha contemplado una re-
gla expresa que prevea la suspensin del perodo destinado al descanso
del servidor por efecto de una enfermedad, que permita impetrar el uso
de una licencia mdica durante el goce de aqul, el criterio general apli-
cable en la materia es que el feriado legal corre ininterrumpidamente
una vez concedido, siendo imposible superponer durante su transcurso
una licencia mdica.

2. DERECHO A DECLARACIN DE IRRECUPERABILIDAD

785. Entidad competente. El artculo 112 del citado Estatuto Admi-


nistrativo prescribe que la declaracin de irrecuperabilidad de los funcio-
narios afiliados a una Administradora de Fondos de Pensiones ser resuel-
ta por la Comisin Mdica competente, en conformidad con las normas
legales que rigen a estos organismos, disposiciones a las que se sujetarn
los derechos que de tal declaracin emanan para el funcionario.

V. PRESTACIONES SOCIALES

786. Enumeracin. El artculo 89 inciso 2 del Estatuto Administrati-


vo, indica que los funcionarios tendrn derecho a gozar de todas las pres-
taciones y beneficios que contemplen los sistemas de previsin y bienestar
social en conformidad a la ley, y de proteccin a la maternidad, de acuerdo
a las disposiciones del Ttulo II del Libro II, del Cdigo del Trabajo.

As podemos enunciar los siguientes derechos:

A. Derecho a percibir remuneracin de funcionario que fallece en


servicio activo (Art. 114 Ley N 18.834).

803
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Derecho a tener asistencia mdica en caso de accidente del traba-


jo (Art. 115 Ley N 18.834).

C. Derecho a pensin (Art. 116 Ley N 18.834).

D. Derecho a afiliarse a los Servicios de Bienestar (Art. 117 Ley


N 18.834).

E. Derecho a asignaciones familiares y maternal (Art. 118 Ley


N 18.834).

F. Derecho a proteccin de la maternidad (C Trabajo).

1. DERECHO A PERCIBIR REMUNERACIN DE FUNCIO-


NARIO QUE FALLECE EN SERVICIO ACTIVO

787. Contenido. En caso de que un funcionario fallezca, el cnyuge


sobreviviente, los hijos o los padres, en el orden sealado, tendrn dere-
cho a percibir la remuneracin que a ste correspondiere, hasta el lti-
mo da del mes en que ocurriere el deceso (Art. 114 Ley N 18.834).

2. DERECHO A TENER ASISTENCIA MDICA EN CASO


DE ACCIDENTE DEL TRABAJO

788. Contenido. El funcionario que se accidentare en actos de ser-


vicio o se enfermare a consecuencia o con ocasin del desempeo de
sus funciones tendr derecho a obtener la asistencia mdica correspon-
diente hasta su total recuperacin (Art. 115 inc. 1 Ley N 18.834).

En este contexto, la Ley N 19.345, que aplica el rgimen de ac-


cidentes del trabajo y enfermedades profesionales a los trabajadores

804
Curso de Derecho Administrativo

del sector pblico, determina, en su artculo 8, que sin perjuicio de las


facultades de la Contralora General de la Repblica, corresponde a la
Superintendencia de Seguridad Social la interpretacin de ese texto le-
gal, impartir las instrucciones necesarias para su aplicacin y fiscalizar
la observancia de sus disposiciones.

3. DERECHO A PENSIN

789. Contenido. Si se declarare la irrecuperabilidad del funcionario


con motivo de un accidente en acto de servicio o por una enferme-
dad producida por el desempeo de sus funciones, ste tendr derecho,
cualquiera sea el tiempo servido, a una pensin equivalente a aquella
que hubiere percibido en las mismas circunstancias de encontrarse co-
tizando en el Instituto de Normalizacin Previsional (Art. 116 inc. 1
Ley N 18.834).

4. DERECHO A AFILIARSE A LOS SERVICIOS DE BIENES-


TAR

790. Contenido. Los funcionarios tendrn derecho a afiliarse a los


Servicios de Bienestar, en los casos y condiciones que establezcan sus
estatutos. Los organismos de la Administracin del Estado efectuarn
los aportes de bienestar respecto de cada funcionario, sin sobrepasar el
mximo legal de los mismos (Art. 117 inc. 1 Ley N 18.834).

5. DERECHO A ASIGNACIONES FAMILIARES Y MA-


TERNAL

791. Contenido. (Art. 118 Ley N 18.834). El sistema nico de


asignacin familiar se encuentra regulado en el D.F.L. N 150, de 1982,

805
Sexta Parte - Funcin Pblica

del Ministerio del Trabajo y Previsin Social y comprende la asigna-


cin familiar y la asignacin maternal.

Alcances

1. La asignacin familiar consiste en una suma de dinero que se


paga mensualmente al beneficiario que acredite tener uno o ms cau-
santes del beneficio a su cargo (cargas de familia) o bajo su dependen-
cia econmica y que tienen por objeto compensar el exceso de gastos
que significa la mantencin de las referidas cargas.

El derecho nace desde el momento en que se produce el hecho que


lo genera, pero slo se hace exigible una vez que se solicita el beneficio
y se acredita el cumplimiento de los requisitos.

2. La asignacin maternal consiste en una suma de dinero que se


paga mensualmente a la mujer trabajadora para s misma (se confunde
la calidad de beneficiario con la de causante) o por la cnyuge del tra-
bajador a favor de ste, siempre que viva a expensas de este ltimo y no
perciba rentas iguales o superiores al 50% del ingreso mnimo.

El derecho nace con el embarazo, pero slo se hace exigible a partir


del quinto mes. El beneficiario debe comprobar el estado de embarazo
y el control del mismo. El beneficio se extingue con el parto.

VI. DERECHO A DEFENSA JUDICIAL

792. Contenido. En conformidad al artculo 90 del Estatuto Admi-


nistrativo, los funcionarios tendrn derecho a ser defendidos y a exigir
que la institucin a que pertenezcan persiga la responsabilidad civil y
criminal de las personas que atenten contra su vida o su integridad cor-

806
Curso de Derecho Administrativo

poral, con motivo del desempeo de sus funciones, o que, por dicho
motivo, los injurien o calumnien en cualquier forma.

De manera que la norma citada exige tres requisitos copulativos


para que opere el derecho a defensa judicial:

A. Debe tratarse de funcionarios, sean de planta o a contrata.

B. Procede por los delitos que atenten contra su vida o su integri-


dad corporal, o de injurias o calumnias,

C. En ambos casos, los delitos deben ser cometidos en su contra


con motivo del desempeo de sus funciones.

793. El derecho a defensa no se extiende a los contratos a ho-


norarios. Acorde a la jurisprudencia administrativa, este derecho, si
bien tiene como propsito proteger a los empleados pblicos que, como
consecuencia del ejercicio de sus funciones, ven afectadas su integri-
dad fsica, su vida, o su honra al ser objeto de injurias o calumnias, no
obstante ello, esta Entidad de Control ha precisado, a travs de los Dic-
tmenes Ns. 46.080, de 2003, 49.547, de 2004 y 22.233, de 2006, que
aun cuando la situacin que afecte al servidor no sea precisamente de
aquellas que establece el citado artculo 90 del Estatuto Administrativo,
corresponde al servicio al que pertenece otorgarle la defensa que se
requiera, para evitar de esa manera que sufra personalmente las conse-
cuencias derivadas del ejercicio de la funcin pblica.

En efecto, la mencionada jurisprudencia arriba a dicha conclusin


puesto que, como esa prerrogativa se basa fundamentalmente en el he-
cho de que el funcionario acta en el marco de atribuciones que la ley le
asigna en el ejercicio de una funcin pblica, y su accionar se encuentra

807
Sexta Parte - Funcin Pblica

amparado por los principios de juridicidad y probidad administrativa,


todo acto realizado por ste, legtimamente, vale decir, dentro de su
competencia y con estricto apego al ordenamiento jurdico, representa
una actuacin propia del Estado y, por ende, amerita dicha proteccin.

Sin perjuicio de lo anterior, el aludido privilegio, segn los crite-


rios contenidos en los Dictmenes Ns. 47.283, de 2007 y 28.164, de
2008, no protege a aquellos que prestan sus servicios a la Administra-
cin sobre la base de convenios a honorarios, a menos que haya sido
contemplado en el respectivo contrato, por cuanto no revisten la calidad
de funcionarios pblicos; ni tampoco a los empleados pblicos que han
infringido sus obligaciones funcionarias, por lo que ese derecho, en este
ltimo caso, slo opera una vez finalizada la investigacin pertinente y
segn sus resultados, ya que de lo contrario, la autoridad estara ampa-
rando infracciones cometidas por sus empleados y, en cierta medida,
involucrndose en ellas.

794. El derecho a defensa no se extiende al delito de denuncia


calumniosa. Conforme a los citados pronunciamientos, corresponde a
dicha autoridad calificar si concurren en cada situacin las condiciones
requeridas para el ejercicio del derecho en comento, cuidando de no
desviar su verdadero sentido y fin.

Asimismo, corresponde agregar que resulta improcedente que la


institucin respectiva persiga la responsabilidad de terceros por actos
que no consistan en atentados en contra de la vida o la integridad cor-
poral de sus funcionarios, o en injurias o calumnias respecto de ellos,
sufridos con ocasin del desempeo de sus labores.

Enseguida, en cuanto a los delitos de injurias y calumnias a los que


se refiere el artculo 90 del Estatuto Administrativo, cabe sealar que

808
Curso de Derecho Administrativo

dichos ilcitos se encuentran previstos en los Prrafos 6 y 7 del Ttulo


VIII, del Libro II del Cdigo Penal, artculos 412 a 420, entre los crme-
nes y simples delitos contra las personas.

Distinta es la situacin del delito de denuncia calumniosa, tipificado


en el artculo 211 del Cdigo Penal, ubicado dentro del Prrafo 7, del
Ttulo IV, del Libro II de dicho cuerpo normativo, sobre los crmenes
y simples delitos contra la fe pblica, de las falsificaciones, del falso
testimonio y del perjurio.

Conforme al citado artculo 211, la acusacin o denuncia que hu-


biere sido declarada calumniosa por sentencia ejecutoriada, ser cas-
tigada como se indica, segn versare sobre un crimen, simple delito
o una falta, ilcito que para su configuracin requiere que se deduzca
una denuncia o querella, cuyo contenido sea sustancialmente falso,
atendido que el hecho delictivo imputado no existe o no le quepa
participacin a la persona sindicada, teniendo cabal conocimiento
el agente de dicha falsedad. (Garrido Montt, Mario, Derecho Penal.
Tomo IV. Parte Especial, Editorial Jurdica de Chile, 2000, pp. 105-
107 y 125-133).

Es dable agregar que esta figura tiene por objeto proteger la correcta
administracin de justicia, tal como los delitos de falso testimonio y de
presentacin en juicio de testigos o documentos falsos, diferencindose,
en consecuencia, de los tipos penales de injurias y calumnias, cuyo bien
jurdico protegido es el honor de las personas, tal como se ha anotado.

Conforme a lo sealado, la garanta de que gozan los servidores


consistente en que la institucin respectiva les brinde defensa y persiga
la responsabilidad civil y criminal de terceros que han atentado contra
su vida, integridad corporal u honor, en los supuestos antedichos, no
puede extenderse a la representacin de intereses de otra ndole o que

809
Sexta Parte - Funcin Pblica

no deriven directamente de las circunstancias especficas que ha esta-


blecido el precepto legal sobre la materia, ni ejercerse sin sujecin a las
condiciones que la jurisprudencia administrativa ha indicado (Dicta-
men N 49.785, de 2009).

VII. DERECHO A VIVIENDA FISCAL

795. Requisitos para tener derecho a vivienda fiscal. El artculo 91


inciso 1, de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo prescribe
que: El funcionario tendr derecho a ocupar con su familia, gratuita-
mente, la vivienda que exista en el lugar en que funcione la institucin,
cuando la naturaleza de sus labores sea la mantencin o vigilancia
permanente del recinto y est obligado a vivir en l.

As, para que pueda operar este derecho la jurisprudencia contralo-


ra, ha precisado, entre otros, en los Dictmenes Ns. 15.706, de 1990, y
19.197, de 1999, y 72.825, de 2009.

A. Es indispensable que exista en el lugar en que funciona la ins-


titucin una vivienda y,

B. Adems, que la naturaleza de las labores que desarrolla el


funcionario sea la mantencin o vigilancia permanente del recinto,
lo que conlleva la obligatoriedad de vivir en l, debiendo este beneficio
otorgarse mediante un acto formal de la autoridad respectiva.

Tal como lo han precisado los pronunciamientos de la Contralo-


ra General, el uso gratuito que se confiere al funcionario no conlleva
gratuidad para los consumos de agua, luz, gas, telfono u otros, que
deben ser solventados por quien los utiliza y aprovecha (Dictmenes
Ns. 15.706, de 1990, y 19.197, de 1999, y 72.825, de 2009).

810
Curso de Derecho Administrativo

A su vez, el inciso 2 del citado artculo 91 dispone que Aun en el


caso de que el funcionario no est obligado por sus funciones a habitar la
casa habitacin destinada al servicio, tendr derecho a que le sea cedida
para vivir con su familia. En este caso, pagar una renta equivalente al
diez por ciento del sueldo asignado al cargo, suma que le ser descontada
mensualmente. Este derecho podr ser exigido, sucesiva y excluyente-
mente, por los funcionarios que residan en la localidad respectiva, segn
su orden de jerarqua funcionaria. Sin embargo, una vez concedido no
podr ser dejado sin efecto en razn de la preferencia indicada.

VIII. DERECHO A SOLICITAR PERMUTA DE LOS CARGOS

796. Requisitos para tener derecho a solicitar permuta de car-


gos. De acuerdo con lo previsto en el artculo 92 de la Ley N 18.834, los
funcionarios tendrn derecho a solicitar la permuta de sus cargos, siem-
pre que no sean de exclusiva confianza, consistiendo sta en el cambio
voluntario de sus respectivos cargos entre dos funcionarios titulares de
igual grado de la respectiva planta, siempre que posean los requisitos
legales y reglamentarios para ocupar los respectivos empleos, y la acep-
tacin de las autoridades facultadas para hacer los nombramientos.

De esta manera, la solicitud por parte de dos empleados de igual


grado de permutar sus cargos se encuentra sujeta no slo al cumpli-
miento de ambos de los requisitos legales y reglamentarios para ocupar
los respectivos empleos, sino que, adems, a la aquiescencia por parte
de la autoridad administrativa facultada para disponer los nombramien-
tos (Dictamen N 27.376, de 2002).

IX. PRESCRIPCIN DE DERECHOS ESTATUTARIOS

797. Duracin y cmputo. El artculo 161 del Estatuto determina


que: Los derechos de los funcionarios consagrados por este Estatuto

811
Sexta Parte - Funcin Pblica

prescribirn en el plazo de dos aos contado desde la fecha en que se


hubieren hecho exigibles.

798. El plazo se aplica a los beneficios estatutarios que no cons-


tituyan asignaciones de aqullas sealadas en el artculo 98. La ju-
risprudencia administrativa contenida en los Dictmenes Ns. 29.636,
de 2001, y 53.816, de 2007, entre otros, ha resuelto que la prescripcin
de dos aos contemplada en el artculo 161 de la Ley N 18.834 se apli-
ca a todos los beneficios estatutarios que no constituyan asignaciones
de aqullas sealadas en el artculo 98 del mismo texto legal, en tanto
que estas ltimas prescriben en el plazo de 6 meses, segn lo indica el
aludido artculo 99 estatutario.

799. Los derechos estatutarios del antiguo estatuto administra-


tivo (D.F.L. N 338/60) que no hayan establecido un plazo especial
de prescripcin, se extinguen segn las normas generales del Cdi-
go Civil. Dictamen N 34.268, de 1978. cuando en ellos no se ha
dispuesto un plazo especial de prescripcin, se extinguen de acuerdo a
reglas generales del Cdigo Civil.

Dictamen N 42.734, de 2005. de acuerdo a la jurisprudencia


de este rgano de Control, contenida, entre otros, en el Dictamen
N 34.268, de 1978, los derechos estatutarios establecidos en el D.F.L.
N 338, de 1960, cuando en ellos no se ha dispuesto un plazo especial
de prescripcin, se extinguen de acuerdo a las normas generales del
Cdigo Civil.

812
CAPTULO V

OBLIGACIONES FUNCIONARIAS

800. Clasificacin. El Estatuto Administrativo contempla dos gru-


pos de deberes funcionarios:

A. Obligaciones para funcionarios.

B. Obligaciones para jefaturas.

Esta enumeracin tampoco es taxativa, ya que existen obliga-


ciones funcionarias en otros preceptos del Estatuto Administrativo,
como, por ejemplo, el deber de los funcionarios de prestar la colabo-
racin que les solicite el fiscal, previsto en el artculo 135 inciso 1 de
la Ley N 18.834.

I. OBLIGACIONES PARA FUNCIONARIOS

El artculo 61 del Estatuto Administrativo establece una enumera-


cin no taxativa de obligaciones funcionarias aplicables a todo funcio-
nario, sea de planta o a contrata:

1. Desempear personalmente las funciones


del cargo

801. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Desempear


personalmente las funciones del cargo en forma regular y continua, sin
perjuicio de las normas sobre delegacin (Art. 61 letra a) Estatuto A).

813
Sexta Parte - Funcin Pblica

Esta obligacin debe ser armonizada con los artculos 61 letra e) y


73 del Estatuto Administrativo y 46 de la Ley N 18.575.

A los funcionarios pblicos les asiste la obligacin de desempear


personalmente las labores propias de los empleos en los que fueron de-
signados o contratados, tareas que corresponde determinar, mediante la
correspondiente destinacin, al Jefe Superior de los propios organismos
de la Administracin del Estado, sin perjuicio, por cierto, de las delega-
ciones que sobre el particular hayan podido disponerse.

En ese contexto, las funciones que la ley ha entregado al Servicio


Nacional de Menores, y que puedan implicar la representacin de un
menor ante los Tribunales de Justicia, deben ser asignadas al funcio-
nario en particular por el propio Servicio, y slo en ese entendido el
desarrollo de tales tareas por parte de ese servidor, puede ser considera-
do como el desempeo de la funcin que deriva del cargo pblico que
aqul ocupa (Dictamen N 43.513, de 2006).

La frmula genrica de delegacin se encuentra en el artculo 41 de


la LOC N 18.575.

2. Cumplimiento de los objetivos de la institu-


cin

802. Contenido. Es obligacin de cada funcionario orientar el de-


sarrollo de sus funciones al cumplimiento de los objetivos de la insti-
tucin y a la mejor prestacin de los servicios que a sta correspondan
(Art. 61 letra a) Estatuto A).

Este deber materializa los principios de eficiencia y eficacia, segn


el cual las autoridades y funcionarios debern velar por la eficiente e
idnea administracin de los medios pblicos y por el debido cumpli-
miento de la funcin pblica (Art. 5 inciso 1 LOC de BGAE).

814
Curso de Derecho Administrativo

3. Labores con esmero, cortesa, dedicacin y


eficiencia

803. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Realizar sus


labores con esmero, cortesa, dedicacin y eficiencia, contribuyendo a
materializar los objetivos de la institucin (Art. 61 letra a) Estatuto A).

4. Cumplir la jornada de trabajo

804. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Cumplir la jor-


nada de trabajo y realizar los trabajos extraordinarios que ordene el
superior jerrquico (Art. 61 letra d) Estatuto A).

Los artculos 61 letra d) y 65 inciso 3 del Estatuto Administrativo


establecen la obligacin de todo funcionario de cumplir con la jornada
de trabajo y de desempear su cargo en forma permanente durante di-
cho perodo.

805. Determinacin de la hora de ingreso y trmino de la jorna-


da laboral. El artculo 31 de la Ley N 18.575, Orgnica Constitucio-
nal de Bases Generales de la Administracin del Estado, confiere a los
jefes superiores de los Servicios las facultades para dirigir, organizar y
administrar el correspondiente organismo, en razn de lo cual compete
a dichas autoridades fijar la hora de ingreso y de trmino de la jornada
laboral del personal de su dependencia, como se sostiene, entre otros,
en el Dictamen N 41.762, de 2006.

806. Todo el universo de funcionarios pblicos, cualquiera sea


su jerarqua, deben respetar las normas sobre jornada laboral. Del
anlisis de los artculos 61 letra d) 65 inciso 3 y 72 del Estatuto Ad-
ministrativo, se colige que todos los servidores, sin distincin alguna,

815
Sexta Parte - Funcin Pblica

estn sujetos al deber de cumplir con la jornada y el horario establecido


para el desempeo de su trabajo, tal como lo ha sealado esta Contra-
lora General, entre otros, a travs de su Dictamen N 37.579, de 2009,
el que, a su vez, precisa que todo el universo de funcionarios pblicos,
cualquiera sea la jerarqua que invistan, estn llamados a respetar las
normas sobre jornada laboral, no pudiendo existir empleados o grupos
de stos eximidos de algn sistema que pueda originar ventajas indebi-
das para ellos.

807. Jornada ordinaria de trabajo. El artculo 65 inciso 1 de la


Ley N 18.834, establece que la jornada de trabajo de los funcionarios
ser de cuarenta y cuatro horas semanales distribuidas de lunes a
viernes, no pudiendo exceder de nueve horas diarias.

808. Jornada extraordinaria de trabajo. El artculo 66 inciso 1


de la referida Ley N 18.834, establece que el jefe superior de la insti-
tucin, el Secretario Regional Ministerial o el Director Regional de los
servicios nacionales desconcentrados, segn corresponda, tiene la fa-
cultad para disponer trabajos extraordinarios a continuacin de la jor-
nada ordinaria, de noche o en das sbado, domingo y festivos, cuando
deban cumplirse tareas impostergables.

De acuerdo a la jurisprudencia administrativa, la forma normal de


cumplimiento de las funciones para las cuales son nombrados o con-
tratados los empleados, es mediante su desempeo permanente durante
la jornada ordinaria de trabajo y realizando las labores extraordinarias
que ordene el superior jerrquico a continuacin de sta, de noche o en
das sbado, domingo y festivos, cuando hayan de cumplirse tareas im-
postergables, de acuerdo a los artculos 61 letra d), 65 y 66 del Estatuto
Administrativo.

816
Curso de Derecho Administrativo

Ahora bien, todos los servidores, sin distincin alguna, estn su-
jetos al deber de cumplir con la jornada y el horario establecido para
el desempeo de su trabajo, los que, a su vez, precisaron que todo
el universo de funcionarios pblicos, cualquiera sea la jerarqua que
invistan, estn llamados a respetar las normas sobre jornada laboral,
no pudiendo existir empleados o grupos de stos eximidos de algn
sistema que verifique precisamente la observancia de dicha obliga-
cin de manera eficiente o que estn adscritos a uno que pueda origi-
nar ventajas indebidas para ellos (Dictmenes Ns. 58.472 y 58.526,
ambos de 2008).

El Estatuto Administrativo, al referirse a la forma cmo deben de-


sarrollarse las labores propias del cargo, exige que stas se ejecuten de
manera regular, continua o permanente, mediante el desempeo per-
sonal de las tareas encomendadas, ya sea durante la jornada ordinaria
de trabajo, o bien fuera de ella, cuando se dispongan trabajos extraor-
dinarios, sin admitir la posibilidad de imponer a los funcionarios la
obligacin de permanecer ubicables y disponibles, fuera de la jornada
ordinaria de trabajo, a fin de que eventualmente deban atender tareas
extraordinarias (Dictamen N 50.853, de 2005).

La jurisprudencia administrativa, mediante los Dictmenes Ns. 6.720,


de 2005 y 51.747, de 2008, ha sealado que las horas extraordinarias
deben autorizarse mediante actos administrativos exentos de toma de
razn, los que tienen que dictarse en forma previa a la realizacin de
aqullas, individualizando al personal que las desarrollar, el nme-
ro de horas a realizar y el perodo que comprenden stas, por lo que
slo las aprobadas en las condiciones referidas habilitan para obtener
el descanso complementario o el recargo en las remuneraciones, con
independencia de las horas de labores efectivas que registre el personal
en la Institucin.

817
Sexta Parte - Funcin Pblica

809. Trabajo por turnos. En conformidad al artculo 70 del Es-


tatuto, faculta al jefe superior de la institucin, al Secretario Regional
Ministerial o al Director Regional de servicios nacionales desconcen-
trados, segn corresponda, para ordenar los turnos pertinentes entre su
personal y fijar los descansos complementarios que correspondan.

Asimismo, de acuerdo a la jurisprudencia administrativa, la im-


plementacin de turnos entre el personal de un Servicio, es una fa-
cultad otorgada a la autoridad administrativa en directa relacin con
los principios de la servicialidad de la Administracin del Estado,
consagrado en el artculo 1 de la Constitucin, y de la continuidad y
regularidad de la funcin administrativa en la satisfaccin de las ne-
cesidades colectivas por los rganos que la integran, y de la eficiente
e idnea administracin de los medios pblicos por las autoridades
de stos, contemplados en los artculos 3 y 5 de la Ley N 18.575
(Dictamen N 38.119, de 2007).

Para la jurisprudencia el sistema de turnos corresponde a una es-


pecial modalidad de distribucin de la jornada de trabajo, en que los
empleados deben desarrollar de una manera personal y continua, en
un horario especial, las tareas que les impone el cargo que ocupan, y
que debe establecerse con pleno resguardo de las normas estatutarias
relativas a ella, lo que implica el respeto de los lmites a la duracin
de sta, dispuestos en el artculo 65 de la mencionada Ley N 18.834,
esto es, cuarenta y cuatro horas semanales, cuya distribucin no puede
exceder de nueve horas diarias, tal como se ha sostenido en los Dict-
menes Ns. 46.117, de 1999 y 50.853, de 2005.

En este sentido, los aludidos turnos pueden abarcar parte de la jor-


nada normal y significar, adems, el desempeo de labores en das sba-
do, domingo y festivos, o en horario nocturno, resultando til precisar
que nicamente pueden considerarse horas extraordinarias aquellas que

818
Curso de Derecho Administrativo

sobrepasen el nmero de las que el funcionario ha debido trabajar se-


gn su jornada ordinaria, por lo que si se realizan labores de noche o en
das inhbiles, con cargo a sta, en ese caso solamente tendr derecho
al pago de los recargos correspondientes, pues el estipendio por ese
tiempo trabajado ya estara comprendido en la remuneracin mensual,
segn se ha expresado por la jurisprudencia administrativa, mediante
los Dictmenes Ns. 43.856, de 1998 y 46.117, de 1999.

Ahora bien, en relacin con la materia, que la jurisprudencia ad-


ministrativa contenida en el Dictamen N 39.647, de 2008, entre otros,
seala que para justificar la existencia de turnos que obliguen a los ser-
vidores a permanecer ubicables y disponibles fuera de la jornada ordi-
naria para atender tareas extraordinarias, hay que distinguir entre los
rganos de la Administracin del Estado cuya normativa legal aplicable
les impone funciones propias que requieren ser desarrolladas en forma
permanente y durante las veinticuatro horas del da y, los servicios o
establecimientos que deben cumplir sus labores en una jornada ordina-
ria y diaria, a los cuales, de acuerdo con la preceptiva que los rige, les
corresponde atender emergencias o situaciones imposibles de prever,
que acaezcan a cualquier hora y durante los das sbados, domingos y
festivos.

En este contexto, resulta necesario indicar que tratndose de or-


ganismos o establecimientos a los cuales la ley les ha encomendado
atender emergencias o hechos imprevisibles, se les debe entender tci-
tamente reconocido por el legislador un sistema de turnos que permita,
al momento de ocurrir dichos imprevistos, contar con el personal nece-
sario para solucionar las situaciones de esa naturaleza y, de este modo,
cumplir con las funciones que legalmente les corresponda, cualquiera
que sea el da y la hora en que la necesidad se produzca, lo cual resulta
armnico con el criterio contenido en el Dictamen N 11.962, de 2006,
de este Organismo Contralor.

819
Sexta Parte - Funcin Pblica

810. Turnos especiales. Sin perjuicio de la hiptesis genrica pre-


vista en el Estatuto Administrativo, el legislador puede regular regme-
nes de turnos especiales. As, los artculos 94 y siguientes del D.F.L.
N 1, de 2005, del Ministerio de Salud, permiten a los Servicios de Sa-
lud, la implementacin de un sistema de turno integrado por cuatro o
tres funcionarios, quienes alternadamente cubren ese puesto de trabajo,
en jornadas de hasta doce horas, mediante turnos rotativos.

Adems, en la ley de presupuestos se expresar, respecto de cada


Servicio de Salud, el nmero mximo de funcionarios afectos a ese r-
gimen, los cuales sern formalmente destinados a ste, a travs de una
resolucin anual, por el Director del Establecimiento de Salud corres-
pondiente (Art. 96 D.F.L. N 1, de 2005).

811. Infraccin a la jornada, atrasos y ausencias reiteradas. El


artculo 72 del Estatuto, se refiere a las consecuencias jurdicas que aca-
rrea para el empleado tanto la inobservancia del cumplimiento efectivo
de la jornada prevista para el ejercicio de sus labores, como los atrasos
y ausencias reiteradas, sin causa justificada.

En conformidad a la jurisprudencia administrativa, los atrasos y au-


sencias reiteradas, a que alude el artculo 72 se refieren a situaciones
en que el funcionario infringe el deber de desempear el empleo en
forma permanente, ausentndose injustificadamente de sus labores en
ms de una oportunidad, circunstancia que se presenta en los casos en
que luego de abandonar sus funciones sin justificacin por un cierto
lapso, el empleado las reasume para, al cabo de un tiempo, volver a
cometer la misma infraccin (Dictamen N 12.602, de 1993).

Tambin constituyen infraccin al artculo 61 letra d), del referi-


do cuerpo estatutario, que contempla la obligacin de todo servidor de
cumplir con la jornada laboral.

820
Curso de Derecho Administrativo

5. Cumplir las destinaciones y las comisiones


de servicio

812. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Cumplir las


destinaciones y las comisiones de servicio que disponga la autoridad
competente (Art. 61 letra e) Estatuto A).

Comprende:

A. Destinaciones y

B.Comisiones de servicio.

A. Destinacin.

1. Funciones a desarrollar. Los funcionarios slo podrn ser des-


tinados a desempear funciones propias del cargo para el que han sido
designados dentro de la institucin correspondiente (Artculo 46, inciso
3, de la Ley N 18.575 y Art. 73 inciso 1 Ley N 18.834).

2. Autoridad competente. Las destinaciones debern ser ordenadas por


el jefe superior de la respectiva institucin (Art. 73 inciso 2 Ley N 18.834).

3. Lugar de la destinacin. La destinacin implica prestar servicios


en cualquiera localidad, en un empleo de la misma institucin y jerar-
qua (Art. 73 inciso 3 Ley N 18.834).

4. Excepcin a la destinacin. Segn el artculo 25 de la Ley


N 19.296, sobre Asociaciones de Funcionarios de la Administracin
del Estado, los directores de las referidas entidades gozarn de fuero,
esto es, de inamovilidad en sus cargos, desde la fecha de su eleccin y
hasta seis meses despus de haber cesado su mandato como tales, lapso

821
Sexta Parte - Funcin Pblica

durante el cual, no podrn ser trasladados de localidad o de la funcin


que desempearen, sin su autorizacin por escrito.

No procede destinacin de funcionaria desde el Servicio de


Traumatologa al Servicio de Ciruga del Complejo Asistencial San
Jos, puesto que no consta que sta haya sido dispuesta por el jefe
superior de la institucin como lo sealan los artculos 31 inciso 2
de la Ley N 18.575 y 61 letra e) del Estatuto Administrativo (Dic-
tamen N 50.890, de 2007).

De conformidad con la jurisprudencia administrativa contenida en


el Dictamen N 40.661, de 2007, corresponde a las autoridades de la
Administracin apreciar las circunstancias o razones que justifican la
adopcin de la medida de que se trata, permitiendo potenciar y reactivar
el quehacer de los funcionarios, siempre que ello no signifique alguna
arbitrariedad y que las labores que debern llevar a cabo sean propias
del cargo para el cual fueran designados, tal como ha acontecido en la
especie.

La jurisprudencia ha sealado que el ejercicio de potestades dis-


crecionales como la de destinacin, no puede significar arbitrarie-
dad, por lo que la autoridad debe fundamentar todas las decisiones que
adopte, pues, en tal caso, la necesidad jurdica en que se encuentra la
Administracin de motivar sus actos, adquiere una especial relevancia
(Dictmenes Ns. 46.934, de 2001; 16.741, de 2003, 30.307, de 2004,
y 58.420, de 2008).

Respecto al menoscabo econmico que sufrira un funcionario


como consecuencia de su destinacin, por cuanto le significara perder
ciertas asignaciones, cabe indicar que la facultad de establecer remune-
raciones implica la prerrogativa de determinar los requisitos que deben
reunirse para gozar de ellas, ya sea que consistan en la retribucin por

822
Curso de Derecho Administrativo

determinadas tareas, o por el reconocimiento de las especiales capa-


cidades o destrezas de los funcionarios, o bien en un estmulo por la
continuidad en el cargo, u otras conductas a premiar o incentivar a los
empleados, por ser favorables a los intereses del servicio (Dictamen
N 60.536, de 2008).

Tratndose de empleos de denominacin genrica, la jurisprudencia


ha concluido que no existe inconveniente en que opere la destinacin,
siempre que no se produzca una disminucin en la posicin jerrquica
y las funciones encomendadas digan relacin con el estamento al cual
pertenece la interesada (Dictamen N 36.550, de 2004).

De acuerdo al criterio contenido en los Dictmenes Ns. 30.307, de


2004 y 26.282, de 2009, la destinacin y el cambio de las tareas asigna-
das a un servidor son fundamentos suficientes para rebajar o suspender
una determinada asignacin, si el traslado se efecta a una unidad que
no tiene previsto el pago de un determinado incentivo o lo considera en
un monto menor.

B. Comisin de servicio.

1. Funciones a desarrollar. Los funcionarios pblicos podrn ser


designados en comisin de servicio para el desempeo de fun-
ciones ajenas al cargo (Art. 46 inciso 4 LOC N 18.575 y Art.
74 inciso 1 Ley N 18.834).

2. Autoridad competente. Las designaciones en comisin de servi-


cio podrn ser efectuadas:

Por el jefe superior de la respectiva institucin (Art. 74 in-


ciso 1 Ley N 18.834).

823
Sexta Parte - Funcin Pblica

Los Secretarios Regionales Ministeriales o por los Directores


Regionales de servicios nacionales desconcentrados, respec-
to del personal a su cargo y siempre que tengan lugar dentro
del territorio nacional (Art. 74 inciso 2 Ley N 18.834).

3. Lugar de la destinacin. en el mismo rgano o servicio pbli-


co o en otro distinto, tanto en el territorio nacional como en el
extranjero (Art. 46 inciso 4 LOC N 18.575 y Art. 74 inciso 1
Ley N 18.834).

4. Autoridad competente. Las designaciones en comisin de servi-


cio podrn ser efectuadas:

Por el jefe superior de la respectiva institucin (Art. 74 in-


ciso 1 Ley N 18.834).

Los Secretarios Regionales Ministeriales o por los Directores


Regionales de servicios nacionales desconcentrados, respec-
to del personal a su cargo y siempre que tengan lugar dentro
del territorio nacional (Art. 74 inciso 2 Ley N 18.834).

5. Limitacin. Las comisiones de servicio:

Sern esencialmente transitorias.

No podrn significar el desempeo de funciones de infe-


rior jerarqua a las del cargo, o ajenas a los conocimientos
que ste requiere o a la institucin (Arts. 46 inciso 4 LOC
N 18.575 y Art. 74 inciso 1 Ley N 18.834).

De acuerdo al criterio contenido en los Dictmenes Ns. 45.788, de


2007, y 17.923, de 1997, un funcionario que desarrolla una comisin

824
Curso de Derecho Administrativo

de servicios se encuentra vinculado estatutariamente a su institucin de


origen, por lo que no puede, por dicho perodo, considerrsele como
trabajador de planta o a contrata de la reparticin en que se desempea
con ocasin del cometido.

De este modo, cuando en las bases de un concurso se establece,


entre otros, el factor antigedad en el servicio, ste debe comprender
nicamente el lapso en que el participante ha desarrollado funciones
como integrante de la dotacin de la institucin, pues solamente con
el ingreso en calidad de titular o a contrata es que se produce la incor-
poracin formal en el organismo pblico, oportunidad a partir del cual
comienza a contarse el tiempo de permanencia en el mismo.

6. Obedecer las rdenes superiores

813. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Obedecer las


rdenes impartidas por el superior jerrquico (Art. 61 letra f) Esta-
tuto A).

Esta obligacin se materializa a travs de las instrucciones. Estas


fuentes normativas se fundan en el principio de jerarqua funcionarial
o potestad de mando de la superioridad de un servicio previsto en el
artculo 7 de la Ley N 18.575. Por lo que son vinculantes para los
funcionarios pblicos y su negativa puede ser objeto de responsabilidad
administrativa a travs de anotaciones de demrito o medidas discipli-
narias la obligacin funcionaria del artculo 61 letra f) del Estatuto Ad-
ministrativo (Dictmenes Ns. 5.902, de 2000; 10.479 de 2001; 12.154
de 2001, y 38.764, de 2006).

La jurisprudencia administrativa ha manifestado que los funciona-


rios pblicos se encuentran en la obligacin de cumplir las rdenes e

825
Sexta Parte - Funcin Pblica

instrucciones impartidas por la superioridad del Servicio y quien infrin-


ge esa obligacin puede ser objeto de anotaciones de demrito o me-
didas disciplinarias (Dictmenes Ns. 5.902, de 2000; 10.479, 12.154,
ambos de 2001 y 38.764, de 2006).

El incumplimiento de los sistemas de controles horarios fijados por


la autoridad, aun cuando el profesional funcionario desempee la jorna-
da habitual completa, constituye una infraccin a la obligacin preve-
nida en el artculo 61 letra f) del Estatuto Administrativo, esto es, obe-
decer las rdenes impartidas por el superior jerrquico, la cual puede
sancionarse, conforme el artculo 125 y siguientes del pertinente texto
legal, con el propsito de hacer efectiva la responsabilidad administrati-
va correspondiente (Dictmenes Ns. 15.458, de 1992; 47.959, de 1999;
19.550, de 2001 y 29.928, de 2005).

El hecho de que un funcionario no d cumplimiento a los controles


horarios fijados por la Superioridad, aun cuando desempee sus ser-
vicios dentro de su jornada, constituye una infraccin a la obligacin
dispuesta en el artculo 61 letra f) del Estatuto Administrativo, esto es,
no obedecer las rdenes impartidas por el superior jerrquico, cuya in-
observancia puede ser sancionada en conformidad a lo prescrito en los
artculos 119 y siguientes de dicho texto legal, para los fines de ha-
cer efectiva la responsabilidad administrativa que corresponda, salvo
excepciones legales contempladas, por ejemplo, en el artculo 72 del
citado cuerpo legal (Dictamen N 22.374, de 2004).

814. Obediencia reflexiva. Cuando el funcionario estima ilegal una


orden, debe representarla por escrito, conforme al procedimiento pre-
visto en el artculo 62 del mismo cuerpo legal.

1. Si el funcionario estimare ilegal una orden deber representar-


la por escrito.

826
Curso de Derecho Administrativo

2. Si el superior la reitera en igual forma, aqul deber cumplirla,


quedando exento de toda responsabilidad, la cual recaer por
entero en el superior que hubiere insistido en la orden.

Tanto el funcionario que represente la orden, como el superior que


la reitere, enviarn copia de las comunicaciones mencionadas a la je-
fatura superior correspondiente, dentro de los cinco das siguientes con-
tados desde la fecha de la ltima de estas comunicaciones.

7. Observar el principio de probidad adminis-


trativa

815. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Observar es-


trictamente el principio de probidad administrativa, que implica una
conducta funcionaria moralmente intachable y una entrega honesta y
leal al desempeo de su cargo, con preeminencia del inters pblico
sobre el privado (Art. 61 letra h) Estatuto A).

Este principio consta de dos elementos o componentes:

A. Conducta funcionaria moralmente intachable y una entrega


honesta y leal al desempeo de su cargo. Ello se mide a travs del
sistema de calificaciones a que estn sometidos los empleados pblicos,
como asimismo por el deber funcionario consistente en observar una
vida social acorde con la dignidad del cargo previsto en el artculo 61
letra j) del Estatuto Administrativo.

B. Preeminencia del inters pblico sobre el privado, por man-


dato del principio de servicialidad de la Administracin del Estado con-
sagrado en el artculo 1 inciso 4 de la Constitucin y en particular en
el artculo 3 de la LOC N 18.575, con arreglo al cual La Administra-
cin del Estado est al servicio de la persona humana; su finalidad es

827
Sexta Parte - Funcin Pblica

promover el bien comn atendiendo las necesidades pblicas en forma


continua y permanente y fomentando el desarrollo del pas a travs del
ejercicio de las atribuciones que le confiere la Constitucin y la ley, y
de la aprobacin, ejecucin y control de polticas, planes, programas y
acciones de alcance nacional, regional y comunal, en armona, por l-
timo, con lo dispuesto en su artculo 28, que determina como elemento
del servicio pblico, la satisfaccin de necesidades colectivas.

De acuerdo con el artculo 53 de la LOC N 18.575, el inters ge-


neral exige el empleo de medios idneos de diagnstico, decisin y
control, para concretar, dentro del orden jurdico, una gestin eficiente
y eficaz. Se expresa en diversas conductas:

1. En el recto y correcto ejercicio del poder pblico por parte de


las autoridades administrativas;

2. En lo razonable e imparcial de sus decisiones;

3. En la rectitud de ejecucin de las normas, planes, programas y


acciones;

4. En la integridad tica y profesional de la administracin de los


recursos pblicos que se gestionan;

5. En la expedicin en el cumplimiento de sus funciones legales, y

6. En el acceso ciudadano a la informacin administrativa, en con-


formidad a la ley.

8. Guardar secreto

816. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Guardar se-


creto en los asuntos que revistan el carcter de reservados en virtud de

828
Curso de Derecho Administrativo

la ley, del reglamento, de su naturaleza o por instrucciones especiales


(Art. 61 letra i) Estatuto A).

Esta obligacin debe concordarse con los artculos 8 inciso 2 de la


Constitucin y la Ley N 20.285. Una aplicacin concreta se presenta
en materia de sumarios administrativos, por cuanto conforme a la Ley
N 18.834, el sumario es secreto hasta la formulacin de cargos.

Conforme al artculo 61 letra j) de la Ley N 18.834, el servicio


que acceda a la informacin se encuentra obligado a guardar la debida
reserva de los datos personales de que conozca. (Dictamen N 41.280,
de 2006).

9. Vida social acorde con la dignidad del cargo

817. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Observar


una vida social acorde con la dignidad del cargo (Art. 61 letra j)
Estatuto A).

10. Proporcionar datos

818. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Proporcionar


con fidelidad y precisin los datos que la institucin le requiera rela-
tivos a situaciones personales o de familia, cuando ello sea de inters
para la Administracin, debiendo sta guardar debida reserva de los
mismos (Art. 61 letra a) Estatuto A).

11. Obligacin de denunciar

819. Contenido. Este imperativo comprende dos hiptesis (Art. 61


letra k) Ley N 18.834).

829
Sexta Parte - Funcin Pblica

A. Denunciar ante el Ministerio Pblico o ante la polica si no hu-


biere fiscala en el lugar en que el funcionario presta servicios, con la
debida prontitud, los crmenes o simples delitos.

Esta obligacin se encuentra prevista en el artculo 175 letra b) del


Cdigo Procesal Penal.

B. Denunciar a la autoridad competente los hechos de carcter


irregular, especialmente de aquellos que contravienen el principio de
probidad administrativa regulado por la Ley N 18.575.

En relacin con la hiptesis final de dicho precepto debemos recor-


dar que, acorde al artculo 62 N 9 de la Ley N 18.575, constituye una
infraccin al principio de probidad administrativa, efectuar denun-
cias de irregularidades o de faltas al principio de probidad de las que
haya afirmado tener conocimiento, sin fundamento y respecto de las
cuales se constatare su falsedad o el nimo deliberado de perjudicar al
denunciado.

Por ltimo, el artculo 125 letra d), del Estatuto Administrativo, sea-
la que constituye una causal de destitucin: efectuar denuncias de irre-
gularidades o de faltas al principio de probidad de las que haya afirmado
tener conocimiento, sin fundamento y respecto de las cuales se constatare
su falsedad o el nimo deliberado de perjudicar al denunciado.

820. Derechos del denunciante. Conforme al artculo 90 A inciso


1 del Estatuto Administrativo, los funcionarios que ejerzan las accio-
nes a que se refiere la letra k) del artculo 61 tendrn los siguientes
derechos:

A. No podrn ser objeto de las medidas disciplinarias de sus-


pensin del empleo o de destitucin, desde la fecha en que la autori-

830
Curso de Derecho Administrativo

dad reciba la denuncia y hasta la fecha en que se resuelva en definitiva


no tenerla por presentada o, en su caso, hasta noventa das despus de
haber terminado la investigacin sumaria o sumario, incoados a partir
de la citada denuncia.

B. No ser trasladados de localidad o de la funcin que desempe-


aren, sin su autorizacin por escrito, durante el lapso a que se refiere
la letra precedente.

C. No ser objeto de precalificacin anual, si el denunciado fuese


su superior jerrquico, durante el mismo lapso a que se refieren las
letras anteriores, salvo que expresamente la solicitare el denunciante.
Si no lo hiciere, regir su ltima calificacin para todos los efectos
legales.

Aceptada la denuncia por una autoridad competente, la formulacin


de ella ante otras autoridades no dar origen a la proteccin que estable-
ce este artculo (Art. 90 A, inciso 2 Ley N 18.834).

821. Derechos del denunciante son de interpretacin restringi-


da. Contralora General, a travs de sus Dictmenes Ns. 15.237, de
2008, y 59.230, de 2007, entre otros, se pronunci acerca de la inter-
pretacin restringida que debe darse a la normativa sobre derechos del
denunciante, sin que proceda extender su mbito de aplicacin a otras
hiptesis no contempladas expresamente por ella.

En este contexto, el catlogo de derechos de carcter protector que


el legislador consagr en forma expresa no puede extenderse a otras si-
tuaciones no previstas al efecto o interpretarse como clusulas abiertas
en las que puedan ser asimiladas otras circunstancias no contempladas
expresamente en dicha preceptiva estatutaria.

831
Sexta Parte - Funcin Pblica

822. Requisitos generales de la denuncia. El artculo 90 B incisos


1 y 2 del Estatuto Administrativo determina que la denuncia por in-
fraccin a la probidad debe ser fundada y cumplir los siguientes requi-
sitos generales de operatividad:

A. Identificacin y domicilio del denunciante.

B. La narracin circunstanciada de los hechos.

C. La individualizacin de quienes los hubieren cometido y de las


personas que los hubieren presenciado o que tuvieren noticia de ellos,
en cuanto le constare al denunciante.

D. Acompaar los antecedentes y documentos que le sirvan de fun-


damento, cuando ello sea posible.

La denuncia deber formularse por escrito y ser firmada por el de-


nunciante. Si ste no pudiere firmar, lo har un tercero a su ruego (Art.
90 A, inciso 2 Ley N 18.834).

Las denuncias que no cumplan con lo prescrito en los incisos pri-


mero y segundo precedentes se tendrn por no presentadas (Art. 90 A,
inciso 5 Ley N 18.834).

823. Requisito en relacin con la oportunidad. El artculo 61 le-


tra k) del Estatuto, establece el requisito de oportunidad necesario para
acogerse a los derechos del artculo 90 A del mismo:

A. Debida prontitud. No procede aplicar el Art. 90 A, letra a) de


la Ley N 18.834, cuando las denuncias se han formulado despus de
un largo tiempo de ocurridos los hechos en que se fundan y, adems, se

832
Curso de Derecho Administrativo

ha dejado transcurrir todo un proceso sumarial hasta que el mismo y su


resolucin sancionatoria se encontraban en Contralora para su examen
de legalidad, todo lo cual impide estimar que se haya dado cumplimien-
to a lo exigido por el Art. 61 letra k), en cuanto a efectuar tales denun-
cias con la debida prontitud, requisito esencial para que proceda el
derecho referido (Dictamen N 5.879, de 2009).

B. Sumarios en tramitacin. Finalmente, la proteccin, consis-


tente en no ser objeto de la medida disciplinaria de destitucin o de
suspensin del empleo durante cierto perodo, no procede tratndose de
sumarios que se encuentren en tramitacin a la fecha en que se efecta
la respectiva denuncia (Dictamen N 61.457, de 2008).

824. Procedencia de la denuncia. La autoridad que reciba la de-


nuncia tendr desde esa fecha un plazo de tres das hbiles para resol-
ver si la tendr por presentada. En caso que quien reciba la denuncia
carezca de competencia para resolver sobre dicha procedencia, tendr
un trmino de 24 horas para remitirla a la autoridad que considere com-
petente (Art. 90 A, inciso 6 Ley N 18.834).

Si habiendo transcurrido el trmino establecido en el inciso anterior,


la autoridad no se ha pronunciado sobre la procedencia de la denuncia,
entonces se tendr por presentada (Art. 90 A, inciso 7 Ley N 18.834).

825. Solicitud de reserva de identidad. El artculo 90 B del Esta-


tuto Administrativo, regula tambin la reserva de identidad, el cual es
un derecho adicional que no opera automticamente por la sola denun-
cia que formule el funcionario, sino que debe solicitarse en los trminos
que exigen los incisos 2 y 5 del citado artculo 90 B.

En la denuncia podr solicitarse que sean secretos, respecto de


terceros, la identidad del denunciante o los datos que permitan de-

833
Sexta Parte - Funcin Pblica

terminarla, as como la informacin, antecedentes y documentos que


entregue o indique con ocasin de la denuncia (Art. 90 A, inciso 3
Ley N 18.834).

Si el denunciante formulare la peticin del inciso precedente, que-


dar prohibida la divulgacin, en cualquier forma, de esta informacin.
La infraccin de esta obligacin dar lugar a las responsabilidades ad-
ministrativas que correspondan (Art. 90 A, inciso 4 Ley N 18.834).

Por tanto, los derechos previstos en el artculo 90 A del Estatuto


Administrativo operan con independencia del derecho a la reserva, ya
que este ltimo puede no ser solicitado, o bien, habiendo sido invoca-
do, no cumplir con las exigencias especiales previstas por el legislador
(Art. 90 B, inciso 3 Ley N 18.834).

No obstante lo anterior, si una denuncia no cumple con los requisi-


tos generales de operatividad (Art. 90 B incisos 1 y 3 Ley N 18.834),
no operarn los derechos del artculo 90 A, como tampoco el derecho a
reserva previsto en el artculo 90 B.

826. Sancin por denuncias de mala fe. En relacin con dichos


preceptos debemos tambin recordar que, acorde al artculo 62 N 9
de la Ley N 18.575, constituye una infraccin al principio de probi-
dad administrativa, efectuar denuncias de irregularidades o de faltas
al principio de probidad de las que haya afirmado tener conocimiento,
sin fundamento y respecto de las cuales se constatare su falsedad o el
nimo deliberado de perjudicar al denunciado.

Por ltimo, el artculo 125 letra d), del ya citado Estatuto Adminis-
trativo, seala que constituye una causal de destitucin: efectuar de-
nuncias de irregularidades o de faltas al principio de probidad de las

834
Curso de Derecho Administrativo

que haya afirmado tener conocimiento, sin fundamento y respecto de


las cuales se constatare su falsedad o el nimo deliberado de perjudicar
al denunciado.

Sobre esta materia debemos traer a colacin la prevencin del Tri-


bunal Constitucional, en los autos Rol N 799-07, sobre la materia373,
segn la cual () la autoridad llamada a determinar si se ha con-
travenido especialmente el principio de probidad administrativa y a
aplicar la sancin correspondiente debe justificar, explcitamente, en
la resolucin que la impone, la falta de fundamento que se imputa
a la denuncia aludiendo a los antecedentes que las leyes pertinentes
han establecido como requisitos para presentarla, particularmente el
artculo 90 B de la Ley N 18.834, () sobre Estatuto Administrativo,
y el artculo 88 B., que se aade a la Ley N 18.883, (). Todo lo an-
terior es sin perjuicio de la responsabilidad civil y penal a que pudiere
dar lugar la formulacin infundada y abusiva de denuncias, de acuerdo
a las reglas generales ().

En definitiva, la sancin de destitucin no opera porque se trate de


una infraccin al principio de probidad, ya que dicha circunstancia
por s sola no conlleva la aplicacin de una medida de destitucin,
sino porque el legislador ha establecido esta sancin directamente en la
enumeracin prevista en el artculo 125 del Estatuto Administrativo.

12. Rendir fianza

827. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Rendir fianza


cuando en razn de su cargo tenga la administracin y custodia de fondos o
bienes, de conformidad con la Ley Orgnica Constitucional de la Contralo-
ra General de la Repblica (Art. 61 letra l) Estatuto Administrativo).


373
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 799, considerando N 10 de 27 de junio de 2007.

835
Sexta Parte - Funcin Pblica

El artculo 68 inciso 1 de la LOC N 10.336, obliga a todo funcio-


nario que tenga a su cargo la recaudacin, administracin o custodia de
fondos o bienes del estado de cualquier naturaleza a rendir una caucin
para asegurar el correcto cumplimiento de sus deberes y obligaciones.

La obligacin de rendir fianza, segn lo dispone la letra I), del ar-


tculo 61 del Estatuto Administrativo, es independiente e irrelevante
para determinar la procedencia de conceder la asignacin por prdida
de caja, toda vez que la obligacin de rendir caucin es de carcter ge-
neral, que comprende no slo a quienes tienen manejo de dinero efecti-
vo, sino a todos los funcionarios que tienen a su cargo la recaudacin,
administracin o custodia de fondos o bienes del Estado de cualquier
naturaleza (Dictamen N 37.689, de 2008).

828. Objeto de la obligacin. Resguardo del patrimonio pblico.


La obligacin de rendir fianza de fidelidad funcionaria tiene por objeto
resguardar eficientemente el patrimonio del Estado, precaviendo even-
tuales perjuicios que pueda sufrir, como consecuencia de negligencia
o mala fe del funcionario, a quien, en razn de sus funciones, se le
ha entregado la recaudacin de fondos que lo conforman, mediante un
mecanismo que permite reparar a la brevedad el dao ocasionado (Dic-
tmenes Ns. 162, de 1992, y 29.536, de 2007).

829. Funcionarios sujetos a rendir fianza. La obligacin de rendir


fianza comprende no slo a los funcionarios que tienen manejo directo
de dinero efectivo, sino a todos los funcionarios que tienen a su cargo la
recaudacin, administracin o custodia de fondos o bienes del Estado
de cualquier naturaleza (Dictamen N 55.981, de 2006).

Esta obligacin se aplica tambin a los empleados encargados de


una caja chica, puesto que la expresin a todo funcionario que uti-
liza, significa que no hace distingo alguno. Las plizas de fianza referi-

836
Curso de Derecho Administrativo

das, deben ser de cargo exclusivo de tales dependientes, quienes deben


pagar el costo de la garanta que deben rendir, no procediendo entonces
la devolucin de las primas pagadas con tal fin, salvo que los descuen-
tos se hubieren efectuado indebidamente, esto es, con posterioridad al
trmino de las funciones por las que exista obligacin de rendir cau-
cin(Dictamen N 6.131, de 1991).

830. Funcionarios exentos de rendir fianza. Conforme a la jurispru-


dencia administrativa, los empleados del Instituto Antrtico chileno que
hacen uso permanente de equipos computacionales y otros de alto costo
de reposicin no estn obligados a rendir fianza de fidelidad funcionaria,
porque segn la Ley N 10.336 Art. 68 y el D.L. N 1.263-75 Art. 56, que
reglan esta materia, aquella obligacin corresponde a los funcionarios
que deben administrar, custodiar y recaudar fondos o bienes del estado
y conforme con el diccionario de la lengua de la real academia espa-
ola dichos vocablos significan, respectivamente, ordenar, disponer u
organizar la hacienda o los bienes, guardar con cuidado y vigilancia y
cobrar o percibir caudales o efectos. Por lo tanto, el manejo u operacin
de los equipos referidos y de otros similares no quedan comprendidos en
dichos conceptos. Adems, cuando el legislador ha estimado necesario
el rendimiento de caucin, lo ha declarado expresamente, como aconte-
ce con los conductores habituales de vehculos estatales contemplados
en el D.L. N 799, de 1974, artculo 7(Dictamen N 25.054, de 1989).

Las personas contratadas a honorarios no pueden tener a su cargo


bienes fiscales, ya que carecen de responsabilidad administrativa.

831. Responsabilidad civil derivada de la prdida, merma, hurto o


deterioro de bienes del Estado que un funcionario administre o custo-
die. El artculo 62 de la LOC N 10.336, establece que ningn funcionario
quedar libre de la responsabilidad civil derivada de la prdida, merma,
hurto o deterioro de los bienes del Estado que administre o custodie, mien-

837
Sexta Parte - Funcin Pblica

tras el Contralor no lo haya exonerado expresamente de dicha responsabili-


dad, al trmino del sumario que para estos efectos se incoare.

Al respecto, la jurisprudencia ha precisado mediante el Dictamen


N 15.483, de 2004, que el procedimiento que debe seguirse para deter-
minar la eventual responsabilidad civil que significa la prdida de los
bienes fiscales, cuando el perjuicio se relaciona con la infraccin de los
deberes funcionarios, comprobada en un proceso sumarial, es iniciar el
pertinente juicio de cuentas.

13. Justificarse de los cargos que se le formu-


len con publicidad

832. Contenido. Es obligacin de todo funcionario: Justificarse


ante el superior jerrquico de los cargos que se le formulen con publi-
cidad, dentro del plazo que ste le fije, atendidas las circunstancias del
caso (Art. 61 letra m) Estatuto A).

La jurisprudencia administrativa en los Dictmenes Ns. 11.023, de


2006, y 827, de 2008, ha manifestado que las disposiciones contenidas
en el Ttulo III, de la Ley N 18.575, que consagran y resguardan el
principio de probidad administrativa, deben ser observadas por todos
quienes ejercen alguna funcin pblica, cualquiera sea su naturaleza
o jerarqua, sin que el legislador distinga sobre las calidades en que se
sirven los empleos.

II. OBLIGACIONES DE LAS JEFATURAS

1. Control jerrquico

833. Contenido. La letra a) del artculo 64 del Estatuto Admi-


nistrativo, en armona con lo dispuesto en el artculo 11 de la LOC

838
Curso de Derecho Administrativo

N 18.575, establece como una de las obligaciones especiales de las


autoridades y jefaturas, el ejercer un control jerrquico permanente
del funcionamiento de los rganos y de las actuaciones del personal
de su dependencia.

El artculo 64 letra a), del Estatuto, dispone que es obligacin es-


pecial de la autoridad y jefatura ejercer un control jerrquico perma-
nente del funcionamiento de los rganos y de la actuacin del personal
de su dependencia, extendindose dicho control tanto a la eficiencia y
eficacia en el cumplimiento de los fines establecidos, como a la legali-
dad y oportunidad de las actuaciones.

2. Velar por el cumplimiento de los planes y


de la aplicacin de las normas

834. Contenido. El artculo 64 b) del Estatuto Administrativo, exi-


ge velar permanentemente por el cumplimiento de los planes y de la
aplicacin de las normas dentro del mbito de sus atribuciones, sin per-
juicio de las obligaciones propias del personal de su dependencia.

3. Velar para que las condiciones de trabajo


permitan una actuacin eficiente de los funcio-
narios

835. Contenido. A contrario sensu de lo preceptuado en las letras


a), b), c) y d) del artculo 61 del Estatuto Administrativo, para que los
funcionarios pblicos cumplan, entre otras, las obligaciones indicadas, el
empleador debe entregar las condiciones materiales, laborales y humanas
bsicas para desempear las labores especficas de la funcin y el cargo
para el cual fueron designados, para as, cumplir con el deber en que se

839
Sexta Parte - Funcin Pblica

encuentran las jefaturas, de velar en forma permanente para que las con-
diciones de trabajo permitan una actuacin eficiente de los funcionarios
de los rganos o servicios pblicos, segn lo dispone la letra c) del artcu-
lo 64 de la citada Ley N 18.834 (Dictamen N 28.477, de 2006).

840
CAPTULO VI

PROHIBICIONES FUNCIONARIAS

836. Aspectos generales. El artculo 84 contempla un catlogo, no


taxativo, de prohibiciones funcionarias genricas aplicables a todo em-
pleado pblico, ejerza o no una jefatura.

I. ATRIBUCIONES FUERA DE SU COMPETENCIA

837. Contenido. El artculo 84 letra a) de la Ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Ejercer facultades, atribuciones o representacin de
las que no est legalmente investido, o no le hayan sido delegadas.

Es una vulneracin al principio de juridicidad previsto en el artculo


7 de la Constitucin y el artculo 1 de la LOC N 18.575, uno de cuyos
elementos es actuar dentro de la esfera de su competencia.

II. FALTA DE IMPARCIALIDAD

838. Contenido. El artculo 84 letra b) de la Ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Intervenir, en razn de sus funciones, en asuntos en
que tengan inters l, su cnyuge, sus parientes consanguneos hasta
el tercer grado inclusive o por afinidad hasta el segundo grado, y las
personas ligadas a l por adopcin.

Es una contravencin a los principios de probidad administrativa


y de imparcialidad, previstos en el artculo 13 inciso 1 de la LOC de
BGAE y 16 de la Ley N 19.880. Este ltimo impone a los funcionarios
de la administracin en quienes se den algunas de las circunstancias de

841
Sexta Parte - Funcin Pblica

falta de imparcialidad sealadas en el artculo 12 de la Ley N 19.880,


el deber de abstencin en orden a no intervenir en el procedimiento
debiendo comunicar dicha situacin a su superior inmediato, quien re-
solver lo procedente.

La jurisprudencia administrativa ha dictaminado que infringe el


principio de probidad administrativa que representantes del personal
que integran el comit de seleccin, participen al mismo tiempo como
postulantes en un certamen concursal de promocin interna. toda vez
que se incurrira en la conducta contemplada en los artculos 84 letra b)
de la Ley N 18.834 y 62 N 6 de la Ley N 18.575.

No obstante, dicho principio estara suficientemente resguardado


si el integrante del Comit de Seleccin afectado, se abstiene de in-
tervenir en la evaluacin de los postulantes a los cargos en que tena
inters(Dictamen N 13.372, de 2008).

III. ACCIONES CIVILES CONTRA EL ESTADO

839. Contenido. El artculo 84 letra c) de la Ley N 18.834, pro-


hbe a todo funcionario: Actuar en juicio ejerciendo acciones civiles
en contra de los intereses del Estado o de las instituciones que de l
formen parte, salvo que se trate de un derecho que ataa directamente
al funcionario, a su cnyuge o a sus parientes hasta el tercer grado de
consanguinidad o por afinidad hasta el segundo grado y las personas
ligadas a l por adopcin.

IV. INTERVENIR EN TRIBUNALES SIN COMUNICACIN A


LA JEFATURA

840. Contenido. El artculo 84 letra d) de la Ley N 18.834, pro-


hbe a todo funcionario: Intervenir ante los tribunales de justicia como

842
Curso de Derecho Administrativo

parte, testigo o perito, respecto de hechos de que hubiere tomado co-


nocimiento en el ejercicio de sus funciones, o declarar en juicio en que
tenga inters el Estado o sus organismos, sin previa comunicacin a su
superior jerrquico.

La jurisprudencia contralora ha sostenido que no existe impedimen-


to para que un funcionario de Gendarmera de Chile desarrolle labores
particulares como perito externo para organismos pblicos y privados,
en la medida, por cierto, que no se vulneren las normas legales que
rigen las labores de los funcionarios de la Administracin del Estado
(Dictamen N 13.805, de 2009).

V. TRAMITACIN INNECESARIA

841. Contenido. El artculo 84 letra e) de la Ley N 18.834, prohbe a


todo funcionario: Someter a tramitacin innecesaria o dilacin los asun-
tos entregados a su conocimiento o resolucin, o exigir para estos efectos
documentos o requisitos no establecidos en las disposiciones vigentes.

Esta conducta puede constituir una infraccin al principio de probi-


dad administrativa, de acuerdo al artculo 62 N 7 de La LOC N 18.575,
cuando se traduzca en una contravencin a los deberes de eficiencia,
eficacia y legalidad que rigen el desempeo de los cargos pblicos, con
grave entorpecimiento del servicio o del ejercicio de los derechos ciu-
dadanos ante la Administracin.

VI. ACEPTAR DONATIVOS

842. Contenido. El artculo 84 letra f) de la Ley N 18.834, proh-


be a todo funcionario: Solicitar, hacerse prometer o aceptar donativos,
ventajas o privilegios de cualquier naturaleza para s o para terceros.

843
Sexta Parte - Funcin Pblica

Esta conducta constituye una contravencin al principio de probidad


administrativa, de acuerdo al artculo 62 N 5 de La LOC N 18.575.

Eventualmente podra constituir incluso un ilcito penal, como es el


delito de cohecho, sancionado por el Cdigo del ramo.

VII. ACTIVIDAD PERSONAL

843. Contenido. El artculo 84 letra g) de la Ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Ejecutar actividades, ocupar tiempo de la jornada de
trabajo o utilizar personal, material o informacin reservada o confiden-
cial del organismo para fines ajenos a los institucionales.

Esta conducta constituye una infraccin al principio de probidad


administrativa, de acuerdo al artculo 62 N 4 de La LOC N 18.575.

VIII. ACTIVIDAD POLTICO-PARTIDISTA

844. Contenido. El artculo 84 letra h) de la Ley N 18.834, pro-


hbe a todo funcionario: Realizar cualquier actividad poltica dentro de
la Administracin del Estado o usar su autoridad, cargo o bienes de la
institucin para fines ajenos a sus funciones.

Asimismo, el artculo 27 de la Ley N 19.884, sobre Transparencia,


Lmite y Control del Gasto Electoral, determina que Los funcionarios
pblicos no podrn realizar actividad poltica dentro del horario dedica-
do a la Administracin del Estado, ni usar su autoridad, cargo o bienes
de la institucin para fines ajenos a sus funciones.

En armona con tales disposiciones, la Contralora ha manifestado,


entre otros, mediante sus Oficios Ns. 30.157, de 2005, 18.205, de 2008,

844
Curso de Derecho Administrativo

y 48.097, de 2009 que imparten instrucciones con motivo de las elec-


ciones que indican, que los funcionarios, autoridades y jefaturas, cual-
quiera sea su jerarqua, y con independencia del estatuto jurdico que
los rija, en el desempeo de la respectiva funcin pblica, no pueden
realizar actividades de carcter poltico, tales como hacer proselitismo
o propaganda poltica, promover o intervenir en campaas, participar
en reuniones o proclamaciones para tales fines, entre otras, as como
tampoco usar para tales fines los recursos pblicos, ni los bienes fisca-
les, municipales o de otras entidades pblicas.

Conforme a las aludidas instrucciones, el servidor, en su calidad de


ciudadano, cuando acta al margen del desempeo de su cargo, fuera
de la jornada de trabajo y con recursos y bienes propios, puede ejer-
cer libremente sus derechos polticos consagrados en el artculo 13 de
la Constitucin Poltica, a excepcin del personal de ciertas entidades,
como el Servicio Electoral y las Fuerzas Armadas y Carabineros, al cual
le afectan limitaciones ms estrictas.

IX. ACTIVIDAD SINDICAL

845. Contenido. El artculo 84 letra i) de la Ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Organizar o pertenecer a sindicatos en el mbito de
la Administracin del Estado; dirigir, promover o participar en huelgas,
interrupcin o paralizacin de actividades, totales o parciales, en la re-
tencin indebida de personas o bienes, y en otros actos que perturben el
normal funcionamiento de los rganos de la Administracin del Estado.

Son dos hiptesis:

846. Organizar o pertenecer a sindicatos en el mbito de la Ad-


ministracin del Estado. El artculo 19 N 19 incisos 1 y 2 del Cdi-

845
Sexta Parte - Funcin Pblica

go Poltico asegura a todas las personas el derecho a la libertad sindical


individual:

El derecho de sindicarse en los casos y forma que seale la Ley.


La afiliacin sindical ser siempre voluntaria.

Las organizaciones sindicales gozarn de personalidad jurdica


por el solo hecho de registrar sus estatutos y actas constitutivas en la
forma que determine la Ley.

El derecho a la sindicacin se concreta en diversos instrumentos


internacionales sobre derechos humanos que ratificados y vigentes
constituyen un componente del derecho constitucional chileno. As, el
artculo 22 del Pacto Internacional de Derechos Civiles y Polticos con-
sagra expresamente el derecho a la libertad sindical positiva. En efecto,
dispone el precepto:

1. Toda persona tiene derecho a asociarse libremente con otras,


incluso el derecho a fundar sindicatos y afiliarse a ellos para la protec-
cin de sus intereses.

2. El ejercicio de tal derecho slo podr estar sujeto a las restric-


ciones previstas por la Ley que sean necesarias en una sociedad demo-
crtica, en inters de la seguridad nacional, de la seguridad pblica o
del orden pblico, o para proteger la salud o la moral pblicas o los
derechos y libertades de los dems. El presente artculo no impedir la
imposicin de restricciones legales al ejercicio de tal derecho cuando
se trate de miembros de las fuerzas armadas y de la polica.

Ninguna disposicin de este artculo autoriza a los Estados Par-


tes en el Convenio de la Organizacin Internacional del Trabajo de
1948 relativo a la libertad sindical y a la proteccin del derecho de

846
Curso de Derecho Administrativo

sindicacin a adoptar medidas legislativas que puedan menoscabar las


garantas previstas en l ni a aplicar la ley de tal manera que pueda
menoscabar esas garantas.

Asimismo, el Pacto Internacional de Derechos Econmicos, Socia-


les y Culturales, en su artculo 8 N 1, letras a), b) y c), consagra tam-
bin la libertad sindical en sus dimensiones positiva:

1. Los Estados Partes en el Presente Pacto se comprometen a ga-


rantizar:

a) El derecho de toda persona a fundar sindicatos y a afiliarse al de


su eleccin, con sujecin nicamente a los estatutos de la organizacin
correspondiente, para promover y proteger sus intereses econmicos y
sociales. No podrn imponerse otras restricciones al ejercicio de este
derecho que prescriba la Ley y que sean necesarias en una sociedad
democrtica en inters de la seguridad nacional o del orden pblico, o
para la proteccin de los derechos y libertades ajenos;

El artculo 212 y siguientes del Cdigo del Trabajo desarrollan el


derecho fundamental a libertad sindical individual en su manifestacin
positiva o derecho de sindicacin. As, conforme al artculo 212 del
Cdigo del Trabajo, son trabajadores con derecho a constituir, sin au-
torizacin previa, las organizaciones sindicales que estimen convenien-
tes, con la sola condicin de sujetarse a la ley y a los estatutos de las
mismas, los siguientes:

A. Los trabajadores del sector privado, sean dependientes o in-


dependientes.

B. Los trabajadores de las empresas del Estado cualquiera que


sea su naturaleza jurdica. Pueden ser civiles o comerciales, sociedades

847
Sexta Parte - Funcin Pblica

de responsabilidad limitada o sociedades annimas (abiertas o cerradas),


etc. Pueden ser empresas de propiedad exclusiva del estado o aqullas en
que ste tenga participacin, aportes o representacin (ej.: CODELCO,
ENAP, ENAMI, Banco del Estado, etc.). El artculo 217 agrega que in-
cluso los funcionarios de las empresas del Estado dependientes del Mi-
nisterio de Defensa Nacional o que se relacionen con el Gobierno a travs
de dicho Ministerio podrn constituir organizaciones sindicales.

A contrario sensu son trabajadores sin derecho a sindicacin:

A. Los funcionarios de la administracin del Estado centralizada


y descentralizada.

B. Cualquier otro trabajador del sector pblico (FF.AA., Carabi-


neros, etc.).

847. Dirigir, promover o participar en huelgas, interrupcin o


paralizacin de actividades, totales o parciales y otros. Al respecto,
precepta el artculo 19 N 16 inciso 6 de la Constitucin que:

No podrn declararse en huelga los funcionarios del Estado ni de


las municipalidades. Tampoco podrn hacerlo las personas que tra-
bajen en corporaciones o empresas, cualquiera que sea su naturale-
za, finalidad o funcin, que atiendan servicios de utilidad pblica o
cuya paralizacin cause grave dao a la salud, a la economa del pas,
al abastecimiento de la poblacin o a la seguridad nacional. La ley
establecer los procedimientos para determinar las corporaciones o
empresas cuyos trabajadores estarn sometidos a la prohibicin que
establece este inciso.

La huelga es en el contexto de nuestro ordenamiento jurdico toda


omisin colectiva de trabajo total o parcial, previamente acordada por

848
Curso de Derecho Administrativo

un conjunto de trabajadores sindicados o no para presionar al emplea-


dor, con el objeto de obtener una mejora en las condiciones comunes
de trabajo y de remuneracin374. El derecho fundamental a la huelga es
manifestacin del derecho al ejercicio de las funciones sindicales que, a
su vez, constituye un componente de la autonoma colectiva o sindical
prevista en el artculo 19 N 19 inciso 3 de la Carta Fundamental.

El artculo 19 N 16 inciso 6 de la Constitucin, establece tres hi-


ptesis de limitacin ordinaria al ejercicio del derecho fundamental a la
huelga, la primera de las cuales recoge el artculo 84 letra i), del Esta-
tuto Administrativo.

Cabe recordar que las disposiciones constitucionales y legales que


limitan la huelga para el caso de los funcionarios del sector pblico tienen
por objeto dar cumplimiento a los principios de regularidad y continuidad
con que los servicios pblicos deben satisfacer las necesidades colecti-
vas, normativizado en los artculos 3 y 28 de la LOC N 18.575.

En el caso de la participacin de los funcionarios en las paraliza-


ciones de actividades, cabe tener en cuenta que el artculo 66 inciso 1
del Estatuto Administrativo, prev que por el tiempo que no se hubiere
efectivamente trabajado no podrn recibirse remuneraciones a menos
que las ausencias obedezcan a algunas de las situaciones que el mismo
precepto enumera.

374
El profesor mexicano Mario de la Cueva seala que la huelga es el ejercicio de la facultad
legal de las mayoras obreras para suspender las labores en las empresas, previa observancia
de las formalidades legales, para obtener el equilibrio de los derechos o intereses colectivos
de trabajadores y patronos. De la Cueva, Mario: Derecho Mexicano del Trabajo, tomo
II, Mxico, 1926, citado en Gaete, Alfredo: Tratado de Derecho del Trabajo y Seguridad
Social, tomo III, Editorial Jurdica de Chile, Santiago, 1967, p. 133.

849
Sexta Parte - Funcin Pblica

Por consiguiente, de acuerdo con la jurisprudencia de la Contralo-


ra, cuando los empleados pblicos no desempean sus funciones por
haber adherido voluntariamente a huelgas, interrupciones o paraliza-
ciones de labores, corresponde que el valor del tiempo no trabajado por
tal motivo les sea descontado de sus remuneraciones, pues en tal evento
sus inasistencias tienen su origen en actividades en que la ley les ha
prohibido expresamente intervenir (Dictmenes Ns. 52.681 y 53.781,
ambos de 2004 y 58.845, de 2004).

X. SABOTAJE AL SERVICIO

848. Contenido. El artculo 84 letra j) de la Ley N 18.834, pro-


hbe a todo funcionario: Atentar contra los bienes de la institucin,
cometer actos que produzcan la destruccin de materiales, instru-
mentos o productos de trabajo o disminuyan su valor o causen su
deterioro.

XI. SABOTAJE A INSTALACIONES PBLICAS O PRIVADAS

849. Contenido. El artculo 84 letra k) de la Ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Incitar a destruir, inutilizar o interrumpir instalacio-
nes pblicas o privadas, o participar en hechos que las daen.

XII. ATENTAR CONTRA LA DIGNIDAD FUNCIONARIA

850. Contenido. El artculo 84 letra l) de la ley N 18.834, prohbe


a todo funcionario: Realizar cualquier acto atentatorio a la dignidad de
los dems funcionarios. Se considerar como una accin de este tipo
el acoso sexual, entendido segn los trminos del artculo 2, inciso
segundo, del Cdigo del Trabajo.

850
Curso de Derecho Administrativo

Tal como ha reconocido la jurisprudencia administrativa, segn lo


dispuesto en el artculo 84 letra l), del Estatuto Administrativo, en re-
lacin con el artculo 1 de la Constitucin Poltica de la Repblica,
estn proscritos en nuestro sistema jurdico los actos de hostigamiento
que atenten contra la dignidad de las personas, prohibicin cuya trans-
gresin compromete la responsabilidad administrativa del infractor y,
por ende, debe sancionarse previo el procedimiento sumarial corres-
pondiente (Dictamen N 15.405, de 2010).

851
CAPTULO VII

CONFLICTOS DE INTERESES

SECCIN I. INHABILIDADES E INCOMPATIBILIDADES

851. Objeto. Segn la jurisprudencia administrativa el estable-


cimiento de las normas sobre inhabilidades e incompatibilidades
administrativas pretende evitar una confrontacin de aquellas que
amenacen los intereses superiores del Estado, los que, aun de manera
indirecta, se ven comprometidos si la actividad privada incide o se
relaciona con el mbito de las labores especficas que desarrolla el
respectivo servidor o con las propias de la institucin de la Adminis-
tracin en que labora (Dictmenes Ns. 11.461, de 2006; 37.454 y
41.258, ambos de 2008).

De conformidad con lo anterior, para determinar la posible incom-


patibilidad que se consulta, en primer trmino, no ha de estarse a la
mera circunstancia de la autoridad o jerarqua del cargo que inviste la
funcionaria, como indica el ocurrente, sino que habr que evaluar si la
actuacin profesional privada se relaciona con el campo de influencias
de la funcin pblica que se sirve, a fin de determinar, especficamente,
si se configura un aprovechamiento indebido de tal posicin en la Ad-
ministracin (Dictamen N 14.658, de 2009).

852. Sistema preventivo. Para tratar los conflictos de intereses, el


ordenamiento jurdico adopt un criterio preventivo, existiendo una
vulneracin a dicho principio aunque el conflicto sea slo potencial, es
decir, sin esperar a que se produzca un resultado negativo (Dictamen
N 25.517, de 2004).

853
Sexta Parte - Funcin Pblica

853. mbito de aplicacin. En cuanto al mbito de aplicacin


subjetivo de las normas sobre conflictos de intereses, el principio de
probidad administrativa se aplica a quienes sean contratados a ho-
norarios, dado que a las normas de la Ley N 18.575 estn afectos
no slo los funcionarios de planta y a contrata de los organismos de la
administracin, sino tambin los contratados a honorarios, quienes al
desempearse para el estado en virtud de un contrato suscrito con un
organismo pblico, tienen la calidad de servidores estatales (Dictamen
N 25.517, de 2004).

Asimismo, el artculo 1 del D.F.L. N 149, de 1981, del Ministerio


de Educacin, Estatuto Orgnico de la Universidad de Santiago de Chi-
le, dispone que esa Institucin de Educacin Superior es una persona
jurdica de derecho pblico que, por mandato del artculo 1 de la ley
N 18.575, integra la Administracin del Estado. Adems, de acuerdo
a lo establecido en el artculo 32 de ese estatuto, su personal tiene la
calidad de empleado pblico, por consiguiente, a sus funcionarios les
resultan plenamente aplicables las disposiciones del Ttulo III de esta
ltima ley, que regulan el principio de la probidad administrativa, de
modo que, segn lo previsto en el artculo 52 de ese texto legal, los
acadmicos de aqulla, entre otros servidores, deben dar estricto cum-
plimiento al aludido principio, acorde el criterio sostenido a travs del
Dictamen N 8.233, de 2001, de este Organismo de Control.

854. Enumeracin. El ordenamiento jurdico-administrativo con-


templa tres mecanismos:

A. Inhabilidades.

B. Prohibiciones.

C. Incompatibilidades.

854
Curso de Derecho Administrativo

I. INHABILIDADES DE INGRESO

855. Concepto. Las inhabilidades son prohibiciones para ingresar


a un organismo de la Administracin del Estado.

Son inhabilidades de ingreso, que impiden que la persona sea nom-


brada, designada como funcionario o incluso que preste servicios a un
rgano de la Administracin.

Estn mencionadas, en forma no taxativa, por el artculo 54 de la


LOC N 18.575.

1. Contratos con un organismo de la Adminis-


tracin Pblica

856. Contenido. No pueden ingresar a la Administracin del Es-


tado: Las personas que tengan vigente o suscriban, por s o por terce-
ros, contratos o cauciones ascendentes a doscientas unidades tributarias
mensuales o ms, con el respectivo organismo de la Administracin
Pblica (Art. 54 letra a) LOC N 18.575).

2. Litigios pendientes

857. Contenido. Tampoco podrn hacerlo quienes tengan litigios


pendientes con la institucin de que se trata, a menos que se refieran
al ejercicio de derechos propios, de su cnyuge, hijos, adoptados o pa-
rientes hasta el tercer grado de consanguinidad y segundo de afinidad
inclusive (Art. 54 letra a) LOC N 18.575).

3. Derechos societarios

858. Contenido. Igual prohibicin regir respecto de los directores,


administradores, representantes y socios titulares del diez por ciento o

855
Sexta Parte - Funcin Pblica

ms de los derechos de cualquier clase de sociedad, cuando sta tenga


contratos o cauciones vigentes ascendentes a doscientas unidades tributa-
rias mensuales o ms, o litigios pendientes, con el organismo de la Admi-
nistracin a cuyo ingreso se postule (Art. 54 letra a) LOC N 18.575).

4. Inhabilidad de matrimonio o parentesco

859. Contenido. De acuerdo al artculo 54 letra b) de la LOC


N 18.575: Las personas que tengan la calidad de cnyuge, hijos,
adoptados o parientes hasta el tercer grado de consanguinidad y se-
gundo de afinidad inclusive respecto de las autoridades y de los funcio-
narios directivos del organismo de la administracin civil del Estado al
que postulan, hasta el nivel de jefe de departamento o su equivalente,
inclusive.

Esta norma debe ser armonizada con el artculo 85 del Estatuto Ad-
ministrativo, cuyo inciso 2 determina que para el caso que se produzca
algn vnculo matrimonial o por parentesco de los que all se indican,
entre empleados con dependencia jerrquica entre s, que el subalterno
debe ser destinado a otra funcin en que esa situacin no se produzca.

El Dictamen N 11.992, de 2009, declar que las normas sobre in-


habilidad de ingreso por relaciones de matrimonio o parentesco con
las autoridades o funcionarios directivos de un organismo, constituyen
prohibiciones estrictas en base a la presencia de elementos objetivos,
establecidas con el fin superior de prevenir la ocurrencia de algn con-
flicto de inters que afecte el principio de probidad que con ellas se res-
guarda, criterio que resulta aplicable, por cierto, a la determinacin de
sus excepciones, dado que se persigue perfeccionar el mismo objeto.

Por ltimo, cabe recordar que el artculo 4 de la Ley N 19.886,


a propsito de los requisitos para contratar con la Administracin del

856
Curso de Derecho Administrativo

Estado, prohbe a los rganos que la integran y a las empresas y corpo-


raciones del mismo o en que ste tenga participacin, suscribir contra-
tos administrativos de provisin de bienes o prestacin de servicios con
los funcionarios directivos del mismo rgano o empresa, con personas
unidas a ellos por los vnculos de parentesco descritos en el artculo 54
letra b) de la Ley N 18.575.

5. Condenas por crimen o simple delito

860. Contenido. Las personas que se hallen condenadas por crimen


o simple delito (Art. 54 letra c) LOC N 18.575).

El artculo 54 letra c) de la LOC N 18.575, establece entre los re-


quisitos necesarios para ingresar a la Administracin, el no haber sido
condenado por crimen o simple delito.

No obstante, el inciso 1 del artculo 29 de la Ley N 18.216, pre-


viene, que el otorgamiento por sentencia ejecutoriada de alguno de los
beneficios previstos en dicha normativa remisin condicional de la
pena, libertad vigilada o reclusin nocturna, a personas que no hayan
sido condenadas anteriormente por crimen o simple delito, tendr m-
rito suficiente para la omisin en los certificados de antecedentes, de
las anotaciones a que dio origen la condena.

Agrega el inciso 2 del citado artculo 29, que el cumplimiento sa-


tisfactorio de dichas medidas alternativas, tendr mrito suficiente para
la eliminacin definitiva, para todos los efectos legales y administra-
tivos, de tales antecedentes prontuariales.

En este sentido, y de acuerdo con lo manifestado, entre otros, por


los Dictmenes Ns. 16.593, de 2004 y 36.773, de 2006, la omisin

857
Sexta Parte - Funcin Pblica

de antecedentes prontuariales por haberse otorgado mediante sen-


tencia ejecutoriada algunos de los beneficios de la Ley N 18.216,
produce efectos que se extienden a cualquier exigencia de orden
legal y administrativo que afecte al beneficiado con dicha medida,
relativo al hecho de haber delinquido, haciendo desaparecer los re-
sultados de la condena, de manera que debe considerarse al favo-
recido como si no hubiese sufrido condena alguna en lo referente
al cumplimiento de los requisitos de ingreso y permanencia en los
Organismos del Estado.

Por otra parte, la jurisprudencia administrativa, contenida en el Dic-


tamen N 49.544, de 2008, entre otros, ha sealado que la inhabilidad
para el ingreso, en anlisis, resulta aplicable tambin a la permanen-
cia del empleado en la Administracin, puesto que a falta de reglas
especiales en relacin con dicho tpico, deben cumplirse los mismos
requisitos tanto en uno como en otro caso.

6. Inhabilidad especial por sustancias estupe-


facientes sicotrpicas ilegales

861. Contenido. El artculo 55 bis inciso 1 de la LOC N 18.575


seala que: No podr desempear las funciones de Subsecretario, jefe
superior de servicio ni directivo superior de un rgano u organismo de
la Administracin del Estado, hasta el grado de jefe de divisin o su
equivalente, el que tuviere dependencia de sustancias o drogas estupe-
facientes o sicotrpicas ilegales, a menos que justifique su consumo por
un tratamiento mdico.

Para asumir alguno de esos cargos, el interesado deber prestar una


declaracin jurada que acredite que no se encuentra afecto a esta causal
de inhabilidad (Art. 55 bis inciso 2 LOC N 18.575.

858
Curso de Derecho Administrativo

7. Inhabilidad especial por bonificacin por


retiro voluntario

862. Contenido. Prohibicin de ejercer cargos pblicos por el


plazo de cinco aos que le asiste a los ex funcionarios por haber acce-
dido a la bonificacin por retiro voluntario establecida en el artculo
primero transitorio de la ley N 20.209 y la eventual compatibilidad
para ejercer un cargo administrativo en los organismos pblicos vincu-
lados al sector salud.

863. Efectos de la designacin de una persona inhbil. Artculo


63 de la LOC N 18.575 determina que: La designacin de una persona
inhbil ser nula. La invalidacin no obligar a la restitucin de las re-
muneraciones percibidas por el inhbil, siempre que la inadvertencia de
la inhabilidad no le sea imputable.

La nulidad del nombramiento en ningn caso afectar la validez de


los actos realizados entre su designacin y la fecha en que quede firme
la declaracin de nulidad. Incurrir en responsabilidad administrativa
todo funcionario que hubiere intervenido en la tramitacin de un nom-
bramiento irregular y que por negligencia inexcusable omitiere advertir
el vicio que lo invalidaba.

II. INCOMPATIBILIDADES

864. Concepto. Las incompatibilidades para el ejercicio del cargo


o funcin pblica respecto de una persona.

865. Alcances generales. El principio general en este campo, es


la libertad de trabajo, consagrada en el artculo 19 N 16 de la Car-
ta Fundamental, as como el derecho a desarrollar cualquier actividad

859
Sexta Parte - Funcin Pblica

econmica, previsto en el artculo 19 N 21 inciso 1 del mismo Texto


Constitucional, en armona con los pactos internacionales de derechos
fundamentales.

Este principio se reafirma en materia funcionaria en el artculo 56


inciso 1 de la LOC N 18.575, el cual prescribe que. Todos los funcio-
narios tendrn derecho a ejercer libremente cualquier profesin, indus-
tria, comercio u oficio conciliable con su posicin en la Administracin
del Estado, siempre que con ello no se perturbe el fiel y oportuno cum-
plimiento de sus deberes funcionarios, sin perjuicio de las prohibicio-
nes o limitaciones establecidas por ley.

De manera que existen dos limitaciones o excepciones genricas al


principio de libertad de trabajo en materia funcionaria, sin perjuicio de
las prohibiciones y limitaciones especficas previstas por el legislador:

A. Que la actividad sea conciliable con la posicin del servidor en


la Administracin del Estado. La reiterada jurisprudencia administra-
tiva ha concluido que la libertad en el ejercicio profesional, industrial o
comercial que garantiza el precepto legal analizado, se encuentra limitada
por el amplio principio de probidad administrativa, el que impone a los
funcionarios pblicos el deber de evitar que sus prerrogativas o esferas
de influencia se proyecten en su actividad particular, aun cuando la posi-
bilidad de que se produzca un conflicto sea slo potencial, lo que puede
darse con facilidad cuando esa actividad incide o se relaciona directa o in-
directamente con el campo de las labores propias de la institucin a la cual
pertenecen los empleados o que sean propias de la unidad en que se des-
empean (Dictmenes Ns. 761 de 1999; 7.775 y 34.796, ambos de 2000;
27.760, de 2002; 11.461 y 21.732, ambos de 2006, y 15.183, de 2007).

B. Que no se perturbe el fiel y oportuno cumplimiento de los debe-


res funcionarios. En esta materia, el Dictamen N 18.019, de 2006, de la
Contralora, ha precisado la necesidad de que los funcionarios hagan uso

860
Curso de Derecho Administrativo

de los medios que reconoce el ordenamiento jurdico en caso de requerir


ausentarse de sus labores, dado que el ejercicio de actividades profesiona-
les privadas no puede abstraerlos o eximirlos del debido cumplimiento de
sus obligaciones, sin comprometer su responsabilidad administrativa.

C. Prohibiciones o limitaciones establecidas por ley. Como todo


derecho fundamental, la libertad de trabajo y el derecho a desarrollar
actividades empresariales, pueden ser limitados por el legislador.

En este contexto, debemos recordar que toda limitacin de los dere-


chos fundamentales debe observar el principio de reserva legal, garan-
ta normativa en virtud de la cual slo pueden ser regulados por la va de
los preceptos legales considerados en sentido estricto (Art. 63 CPR), en
tanto no opera la delegacin legislativa (Art. 67 inciso 2 CPR).

Asimismo, el legislador est limitado, adems, por la garanta del


contenido esencial de los derechos, prevista en el artculo 19 N 26 de
nuestra Carta Poltica al asegurar que: La seguridad de que los preceptos
legales que por mandato de la Constitucin regulen o complementen las
garantas que sta establece o que las limiten en los casos en que ella lo
autoriza, no podrn afectar los derechos en su esencia, ni imponer con-
diciones, tributos o requisitos que impidan su libre ejercicio

Las inhabilidades sobrevinientes estn mencionadas, en forma no


taxativa, por los artculos 56 de la LOC N 18.575 y 86 del Estatuto Ad-
ministrativo. A continuacin procederemos a analizarlas sucintamente.

1. Incompatibilidad de horario o jornada

866. Contenido. Estas actividades debern desarrollarse siempre


fuera de la jornada de trabajo y con recursos privados. Son incompatibles
con la funcin pblica las actividades particulares cuyo ejercicio deba

861
Sexta Parte - Funcin Pblica

realizarse en horarios que coincidan total o parcialmente con la jornada


de trabajo que se tenga asignada (Art. 56 inciso 2 LOC N 18.575).

2. Incompatibilidad de actividades por falta


de imparcialidad

867. Contenido. Asimismo, son incompatibles con el ejercicio de la


funcin pblica las actividades particulares de las autoridades o funciona-
rios que se refieran a materias especficas o casos concretos que deban ser
analizados, informados o resueltos por ellos o por el organismo o servicio
pblico a que pertenezcan (Art. 56 inciso 2 LOC N 18.575).

As, la jurisprudencia administrativa ha dictaminado que se configura


la incompatibilidad general prevista en el artculo 56 inciso 2 de la LOC
N 18.575, entre el desempeo de las funciones de Administrador Munici-
pal de un funcionario y la defensa judicial que ste asumi, en su calidad de
abogado, respecto del alcalde de la referida entidad edilicia, seguida ante el
Juzgado de Garanta de dicha ciudad (Dictamen N 8.057, de 2010).

3. Acciones civiles contra el Estado

868. Contenido. Son incompatibles la representacin de un tercero


en acciones civiles deducidas en contra de un organismo de la Adminis-
tracin del Estado, salvo que acten en favor de alguna de las personas
sealadas en la letra b) del artculo 54 o que medie disposicin especial de
ley que regule dicha representacin (Art. 56 inciso 2 LOC N 18.575).

4. Puerta giratoria

869. Contenido. Del mismo modo son incompatibles las activida-


des de las ex autoridades o ex funcionarios de una institucin fiscaliza-

862
Curso de Derecho Administrativo

dora que impliquen una relacin laboral con entidades del sector priva-
do sujetas a la fiscalizacin de ese organismo. Esta incompatibilidad se
mantendr hasta seis meses despus de haber expirado en funciones.

Incompatibilidades especiales (Art. 56 inciso 3 LOC N 18.575).

5. Incompatibilidad especial prevista en la Ley


de Sociedades Annimas

870. Contenido. Se contempla en el N 4 del Art. 35 en relacin


con el Art. 50 de Ley N 18.046, sobre sociedades annimas375, segn
la cual el empleado pblico no puede ser gerente de una sociedad
annima, en la medida que ejerza sobre ella funciones de fiscalizacin
o control directamente conforme con la ley:

Artculo N 4 del Art. 35: Los funcionarios fiscales, semifiscales,


de empresas u organismos del Estado y de empresas de administracin
autnoma en las que el Estado efecte aportes o tenga representantes
en su administracin, en relacin a las entidades sobre las cuales di-
chos funcionarios ejercen, directamente y de acuerdo con la ley, funcio-
nes de fiscalizacin o control.

Las personas que adquieran la calidad de funcionarios en los orga-


nismos o empresas pblicas indicadas, cesarn automticamente en el
cargo de director de una entidad fiscalizada o controlada.

Artculo 50: A los gerentes, a las personas que hagan sus veces y a
los ejecutivos principales, les sern aplicables las disposiciones de esta
ley referente a los directores en lo que sean compatibles con las respon-

375
Publicada en el Diario Oficial de 22 de octubre de 1981.

863
Sexta Parte - Funcin Pblica

sabilidades propias del cargo o funcin, y en especial, las contempladas


en los artculos 35, 36, 37, 41, 42, 43, 44, 45 y 46, segn el caso.

6. Incompatibilidad entre empleos pblicos

871. Contenido. De acuerdo al artculo 85 inciso 1 de la Ley


N 18.834: Todos los empleos a que se refiere el presente Estatuto
sern incompatibles entre s. Lo sern tambin con todo otro empleo o
toda otra funcin que se preste al Estado, aun cuando los empleados o
funcionarios de que se trate se encuentren regidos por normas distintas
de las contenidas en este Estatuto. Se incluyen en esta incompatibilidad
las funciones o cargos de eleccin popular.

Sin embargo, puede un empleado ser nombrado para un empleo in-


compatible, en cuyo caso, si asumiere el nuevo empleo, cesar por el solo
ministerio de la ley en el cargo anterior (Art. 85 inciso 1 Ley N 18.834).

Lo dispuesto en los incisos precedentes, ser aplicable a los cargos


de jornada parcial en los casos que, en conjunto, excedan de cuarenta y
cuatro horas semanales (Art. 85 inciso 1 Ley N 18.834).

872. Excepciones a las incompatibilidades. El artculo 87 del Esta-


tuto Administrativo, determina que no obstante lo dispuesto en el artculo
anterior, el desempeo de los cargos a que se refiere dicho cuerpo legal
ser compatible:

A. Con los cargos docentes de hasta un mximo de doce horas


semanales.

B. Con el ejercicio de funciones a honorarios, siempre que se


efecten fuera de la jornada ordinaria de trabajo.

864
Curso de Derecho Administrativo

C. Con el ejercicio de un mximo de dos cargos de miembro de


consejos o juntas directivas de organismos estatales.

D. Con la calidad de subrogante, suplente o a contrata.

Interpretando el artculo 87 letra d) del Estatuto, la jurispruden-


cia administrativa ha sealado que los servidores regidos por la Ley
N 18.834, que desempean un empleo en calidad de titulares, se en-
cuentran habilitados para servir, en el mismo organismo incluso, otro
empleo en calidad de contratados, en cuyo evento mantendrn la plaza
de que son titulares (Dictamen N 55.929, de 2006).

E. Con los cargos que tengan la calidad de exclusiva confianza y


con aquellos cuyo nombramiento sea por plazos legalmente determi-
nados.

F. Con los cargos de directivos superiores de los establecimientos


de educacin superior del Estado, entendindose por tales los que se-
alan los estatutos orgnicos de cada uno de ellos.

III. PROHIBICIONES: INHABILIDADES SOBREVINIENTES

873. Concepto. Las prohibiciones son inhabilidades sobrevinien-


tes, es decir, prohibiciones para el ejercicio del cargo o funcin pblica
respecto de una persona que ya se ha incorporado a un organismo de
la Administracin del Estado.

El artculo 64 de la LOC N 18.575, regula el conflicto jurdico que


se origina cuando a una persona ya incorporada a un organismo de la
Administracin del Estado, le sobreviene alguna de las inhabilidades de
ingreso indicadas en el artculo 54 de ese texto legal, disponiendo que el
funcionario afectado deber declararlas a su superior dentro de los diez
das siguientes a su configuracin y, en dicho acto, presentar su renun-

865
Sexta Parte - Funcin Pblica

cia al cargo o funcin, salvo que la circunstancia en cuestin derivare


de la designacin posterior de un directivo superior, caso en el cual el
subalterno debe ser destinado a una unidad en que no exista entre ellos
una relacin de jerarqua.

De este modo, la citada preceptiva, en forma excepcional, libera al


servidor de la obligacin de renunciar al cargo, pero en su reemplazo
dispone la obligacin de ser destinado por la autoridad a otra dependen-
cia, cuando la inhabilidad sobreviene a causa de la designacin poste-
rior de la persona con quien mantiene el vnculo, en un cargo directivo
superior, esto es, hasta el nivel de jefe de departamento o su equivalente
tal como se ha reconocido por la jurisprudencia administrativa, entre
otros, mediante los Dictmenes Ns. 2.801, de 2005, 47.463, de 2006 y
46.392, de 2003.

Los profesionales funcionarios, ya sea que se rijan por las Leyes


Ns. 15.076 y 19.664, o desempeen sus cargos segn el estatuto ad-
ministrativo, que accedan a una plaza de alta direccin pblica en un
servicio de salud, cesan por el solo ministerio de la ley en el cargo ante-
rior al asumir este ltimo, puesto que los empleos que integran el nuevo
sistema son cargos regidos por la Ley N 18.834, pero que, por expresa
disposicin del artculo quincuagsimo sptimo de la Ley N 19.882, ya
no gozan de la compatibilidad sealada en la letra e) del artculo 87, del
referido texto estatutario (Dictamen N 3.586, de 2006).

874. Normas procedimentales. El artculo 64 de la Ley N 18.575,


establece que las inhabilidades sobrevinientes debern ser declaradas
por el funcionario afectado a su superior jerrquico dentro de los diez
das siguientes a la configuracin de alguna de las causales sealadas
en el artculo 54 de dicho cuerpo legal, debiendo presentar en el mismo
acto la renuncia a su cargo o funcin, salvo en el caso que se indica.

866
Curso de Derecho Administrativo

IV. INFRACCIN A LA PROBIDAD ADMINISTRATIVA

875. Causales de infraccin a la probidad administrativa. El ar-


tculo 62 de la LOC N 18.575, contempla una enumeracin no taxativa
de causales que infringen, especialmente, el principio de probidad ad-
ministrativa.

En efecto, tal como ha sealado la jurisprudencia contralora, el ar-


tculo 62 de la Ley N 18.575, dispone que contravienen especialmen-
te el referido principio las conductas que enumera, precepto del cual
fluye que el legislador no limit a un nmero determinado las acciones
funcionarias que lo infringen, sino que, por su intermedio, nicamente
se limit a destacar las que no pueden dejar de considerarse una trasgre-
sin al mismo (Dictamen N 30.733, de 2000).

1. Uso indebido de informacin reservada o


privilegiada

876. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad


administrativa: Usar en beneficio propio o de terceros la informacin
reservada o privilegiada a que se tuviere acceso en razn de la funcin
pblica que se desempea (Art. 62 N 1 LOC N 18.575).

2. Favorecimiento personal o de terceros

877. Contenido. Trfico de influencia. Infringe especialmente el


principio de probidad administrativa: Hacer valer indebidamente la
posicin funcionaria para influir sobre una persona con el objeto de
conseguir un beneficio directo o indirecto para s o para un tercero
(Art. 62 N 2 LOC N 18.575).

867
Sexta Parte - Funcin Pblica

3. Emplear bienes de la institucin en prove-


cho propio o de terceros

878. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad admi-


nistrativa: Emplear, bajo cualquier forma, dinero o bienes de la institucin,
en provecho propio o de terceros (Art. 62 N 3 LOC N 18.575).

Esta conducta constituye adems, una prohibicin que el Estatuto


Administrativo impone a todo funcionario, de acuerdo a su artculo 84
letra g).

4. Ocupar tiempo de la jornada o utilizar per-


sonal en beneficio propio o para fines ajenos a
los institucionales

879. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad


administrativa: Ejecutar actividades, ocupar tiempo de la jornada de
trabajo o utilizar personal o recursos del organismo en beneficio pro-
pio o para fines ajenos a los institucionales (Art. 62 N 4 LOC N
18.575).

5. Solicitar o aceptar donativos, ventajas o


privilegios

880. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad


administrativa: Solicitar, hacerse prometer o aceptar, en razn del car-
go o funcin, para s o para terceros, donativos, ventajas o privilegios
de cualquier naturaleza (Art. 62 N 5 LOC N 18.575).

Recordemos, que acorde al principio de gratuidad previsto en el


artculo 6 de la Ley N 19.880, en el procedimiento administrativo,
por regla general las actuaciones que deban practicar los rganos de

868
Curso de Derecho Administrativo

la Administracin del Estado son gratuitas para los interesados, salvo


disposicin legal en contrario.

Esta conducta, por lo dems, es una prohibicin que el Estatuto


Administrativo impone a todo funcionario, de acuerdo a su artculo 84
letra f).

Se exceptan de esta prohibicin (Art. 62 N 5 inciso 2 LOC


N 18.575).

A. Los donativos oficiales y protocolares.

B. Los donativos que autoriza la costumbre como manifestacio-


nes de cortesa y buena educacin.

881. Prohibicin de utilizar el millaje. El millaje u otro beneficio


similar que otorguen las lneas areas por vuelos nacionales o interna-
cionales a los que viajen como autoridades o funcionarios, y que sean
financiados con recursos pblicos, no podrn ser utilizados en activida-
des o viajes particulares (Art. 62 N 5 inciso 3 LOC N 18.575).

6. Intervenir en asuntos en que se tenga inte-


rs personal

882. Contenido. El artculo 62 N 6 de la LOC N 18.575, entre


las conductas que contravienen especialmente el principio de probidad
administrativa, establece el hecho que un servidor intervenga en razn
de sus funciones en asuntos en que posea inters personal o en que lo
tengan el cnyuge, hijos, adoptados o parientes hasta el tercer grado de
consanguinidad y segundo de afinidad inclusive, asimismo, participar
en decisiones en que exista cualquier circunstancia que le reste impar-
cialidad.

869
Sexta Parte - Funcin Pblica

Esta conducta se prohbe, en similares trminos, a todo funcionario


en el artculo 84 letra b) de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Adminis-
trativo.

Tal como se ha precisado por la jurisprudencia, entre otros, median-


te el Dictamen N 46.002, de 2001, de esta Entidad Fiscalizadora, el
objetivo de la indicada normativa no es otro que el de impedir que se
involucren no slo en la resolucin sino tambin en el examen o estudio
de determinados asuntos o materias, aquellos funcionarios que puedan
verse afectados por un conflicto de intereses en el ejercicio de su em-
pleo o funcin, en virtud de circunstancias que objetivamente puedan
alterar la imparcialidad con que stos deben ejercerse.

Recordemos que la jurisprudencia administrativa ha dictaminado


que infringe el principio de probidad administrativa que representantes
del personal que integran el comit de seleccin, participen al mismo
tiempo como postulantes en un certamen concursal de promocin inter-
na, toda vez que se incurrira en la conducta contemplada en los artcu-
los 84 letra b), de la Ley N 18.834 y 62 N 6 de la LOC N 18.575.

No obstante, dicho principio estara suficientemente resguardado


si el integrante del Comit de Seleccin afectado, se abstiene de in-
tervenir en la evaluacin de los postulantes a los cargos en que tena
inters(Dictamen N 13.372, de 2008).

883. Deber de abstencin. Ahora bien, en la medida que el intere-


sado se vea afectado por la situacin descrita, debe dar estricto cumpli-
miento al principio de abstencin, e inhibirse de participar en el citado
proyecto, asistindole, adems, el deber de poner en conocimiento de
su superior jerrquico la implicancia que le afecta, segn se dispone en
el inciso final del citado artculo 62 N 6, de la LOC N 18.575, y acor-
de lo precisado mediante el Dictamen N 56.326, de 2004.

870
Curso de Derecho Administrativo

7. Omitir o eludir una propuesta pblica

884. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad


administrativa: Omitir o eludir la propuesta pblica en los casos que la
ley la disponga (Art. 62 N 7 LOC N 18.575).

Recordemos que la propuesta pblica se define en trminos genri-


cos por la Ley de Compras Pblicas N 19.886 como un procedimien-
to administrativo de carcter concursal mediante el cual la Adminis-
tracin realiza un llamado pblico, convocando a los interesados para
que, sujetndose a las bases fijadas, formulen propuestas, de entre las
cuales seleccionar y aceptar la ms conveniente.

8. Contravenir deberes de eficiencia, eficacia


y legalidad

885. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad


administrativa: Contravenir los deberes de eficiencia, eficacia y legali-
dad que rigen el desempeo de los cargos pblicos, con grave entorpe-
cimiento del servicio o del ejercicio de los derechos ciudadanos ante la
Administracin (Art. 62 N 8 LOC N 18.575).

9. Denuncias de mala fe

886. Contenido. Infringe especialmente el principio de probidad ad-


ministrativa: Efectuar denuncias de irregularidades o de faltas al princi-
pio probidad de las que haya afirmado tener conocimiento, sin fundamen-
to y respecto de las cuales se constatare su falsedad o el nimo deliberado
de perjudicar al denunciado (Art. 62 N 9 LOC N 18.575).

Acorde a la jurisprudencia administrativa contenida en los Dictmenes


Ns. 10.664, de 1995 y 19.064, de 2002, no corresponde a Contralora pon-
derar y pronunciarse respecto de los motivos concretos que tuvo en consi-

871
Sexta Parte - Funcin Pblica

deracin la Superioridad respectiva para optar, en este caso, por disponer la


cesacin de funciones de un funcionario por salud incompatible.

887. Denuncias por acoso laboral. De acuerdo a lo indicado por


la jurisprudencia administrativa, la existencia de situaciones de acoso
laboral es un aspecto que debe ser analizado en las instancias judicia-
les pertinentes o mediante la instruccin de un procedimiento sumarial,
con el objeto de precisar si de ello derivan infracciones administrativas
(Dictamen N 19.327, de 2008).

SECCIN II. DECLARACIN DE INTERESES Y PATRIMONIO

888. Texto Constitucional. El artculo 8 incisos 3 y 4 de la Cons-


titucin Poltica de la Repblica determina que:

El Presidente de la Repblica, los Ministros de Estado, los dipu-


tados y senadores, y las dems autoridades y funcionarios que una ley
orgnica constitucional seale, debern declarar sus intereses y patri-
monio en forma pblica.

Dicha ley determinar los casos y las condiciones en que esas au-
toridades delegarn a terceros la administracin de aquellos bienes y
obligaciones que supongan conflicto de inters en el ejercicio de su fun-
cin pblica. Asimismo, podr considerar otras medidas apropiadas
para resolverlos y, en situaciones calificadas, disponer la enajenacin
de todo o parte de esos bienes.

I. DECLARACIN DE INTERESES

889. Caractersticas de la declaracin de intereses.

A. Opera con carcter preventivo. Permite fiscalizar que no se


produzcan conflictos de intereses.

872
Curso de Derecho Administrativo

B. Se fundamenta en los principios de transparencia e imparcia-


lidad (Art. 8 CPR).

C. La declaracin de intereses es pblica (Arts. 8 inciso 3 CPR y


59 LOC N 18.575).

890. Personas obligadas a presentar declaracin de intereses. El


artculo 57 incisos 1 y 2 de la LOC N 18.575, establecen las personas
que debern presentar una declaracin de intereses:

A. El Presidente de la Repblica.

B. Los Ministros de Estado.

C. Los Subsecretarios.

D. Los Intendentes y Gobernadores.

E. Los Secretarios Regionales Ministeriales.

F. Los Jefes Superiores de Servicio, los Embajadores.

G. Los Consejeros del Consejo de Defensa del Estado.

H. El Contralor General de la Repblica.

I. Los oficiales generales y oficiales superiores de las Fuerzas Ar-


madas y niveles jerrquicos equivalentes de las Fuerzas de Orden y
Seguridad Pblica.

J. Los Alcaldes, Concejales y Consejeros Regionales.

873
Sexta Parte - Funcin Pblica

K. Las dems autoridades y funcionarios directivos, profesionales,


tcnicos y fiscalizadores de la Administracin del Estado que se desem-
peen hasta el nivel de jefe de departamento o su equivalente.

La obligacin de presentar declaracin de intereses regir indepen-


dientemente de la declaracin de patrimonio que leyes especiales im-
pongan a esas autoridades y funcionarios (Arts. 57 inciso 3 de la LOC
N 18.575).

Por ltimo, cabe recordar que la Constitucin tambin agrega a los


diputados y senadores (Art. 8 CPR).

891. Contenido de la declaracin de intereses. De acuerdo al


artculo 58 de la LOC N 18.575, la declaracin de intereses debe
contener la individualizacin de las actividades profesionales y eco-
nmicas en que participe la autoridad o el funcionario.

A. Actividades profesionales. De acuerdo con el artculo 3 del


Reglamento para la declaracin de intereses, aprobado por Decreto
N 99, de 2000, del Ministerio Secretara General de la Presidencia376,
se entiende por actividad profesional el ejercicio o desempeo por
parte de la autoridad o funcionario, de toda profesin u oficio, sea o no
remunerado, cualquiera sea la naturaleza jurdica de la contratacin y
la persona, natural o jurdica, a quien se presten esos servicios.

De acuerdo con el artculo 3 del Reglamento, se reputan tambin


actividades profesionales, las colaboraciones o aportes que los llama-
dos a confeccionar la declaracin realicen respecto de corporaciones,


376
Publicado en el Diario Oficial de 28 de junio de 2000. Recordemos que, en conformidad al
artculo 60 de la LOC N 18.575: Un reglamento establecer los requisitos de las declara-
ciones de intereses y contendr las dems normas necesarias para dar cumplimiento a las
disposiciones de este prrafo.

874
Curso de Derecho Administrativo

fundaciones, asociaciones gremiales u otras personas jurdicas sin fi-


nes de lucro, siempre que cumplan con los siguientes requisitos:

a)Que se trate de aportes o colaboraciones frecuentes.

En tal sentido, tendrn la calidad de frecuentes las efectuadas en


ms de tres ocasiones durante el ao calendario anterior a la fecha en
que debe confeccionarse la declaracin o su actualizacin.

b)Que sean realizados en razn o con predominio de sus conoci-


mientos, aptitudes o experiencia profesional.

B. Actividades econmicas. De acuerdo con el artculo 3 del Re-


glamento, se entiende por actividad econmica el ejercicio o desarro-
llo por parte de la autoridad o funcionario, de toda industria, comercio
u otra actividad que produzca o pueda producir renta o beneficios eco-
nmicos, incluyendo toda participacin en personas jurdicas con o sin
fines de lucro.

Agrega el artculo 6 del Reglamento que la declaracin de inte-


reses deber contener una relacin detallada de las actividades antes
mencionadas.

De esta forma, deben ser incluidos los siguientes datos:

a) Tratndose de servicios prestados a personas jurdicas con fi-


nes de lucro o de participaciones en stas, se deber indicar
el nombre y tipo de la sociedad o asociacin; su actividad; la
antigedad de la relacin o participacin; la calidad o naturale-
za de sta, sea que se participe o no en la administracin; y la
naturaleza y entidad de lo aportado, indicando capital, trabajo y
montos, segn corresponda.

875
Sexta Parte - Funcin Pblica

b) Tratndose de servicios prestados a personas jurdicas sin fi-


nes de lucro o de participaciones en stas, se deber indicar el
nombre y tipo de organizacin; la antigedad de la relacin y la
calidad o naturaleza de sta.

c) Tratndose de las colaboraciones o aportes a que se refiere


el artculo 4, deber indicarse el nombre y tipo de la persona
jurdica sin fines de lucro favorecida y la forma que asume la
colaboracin o aporte.

892. Actualizacin de la declaracin de intereses. En conformi-


dad al artculo 59 inciso 1 de la LOC N 18.575: La declaracin ser
pblica y deber actualizarse cada cuatro aos, y cada vez que ocurra
un hecho relevante que la modifique.

893. Presentacin de la declaracin de intereses. Esta declaracin


deber ser presentada, dentro del plazo de treinta das contado desde la
fecha de asuncin del cargo (Art. 57 inciso 1 de la LOC N 18.575).

Se presentar en tres ejemplares, que sern autentificados al momen-


to de su recepcin por el ministro de fe del rgano u organismo a que
pertenezca el declarante o, en su defecto, ante notario. Uno de ellos ser
remitido a la Contralora General de la Repblica o a la Contralora Re-
gional, segn corresponda, para su custodia, archivo y consulta, otro se
depositar en la oficina de personal del rgano u organismo que los reciba
y otro se devolver al interesado (Art. 59 inciso 2 LOC N 18.575).

II. DECLARACIN DE PATRIMONIO

894. Aspectos generales.

A. Tiene un contenido patrimonial.

876
Curso de Derecho Administrativo

B. Permite constituir un principio de prueba para configurar el


delito penal de enriquecimiento ilcito, en sede criminal.

C. La declaracin de patrimonio es pblica para quienes hagan


uso legtimo. Acorde el considerando 31 de la sentencia N 460, del
Tribunal Constitucional emitida con ocasin del control de constitucio-
nalidad de la Ley N 20.088, que estableci la obligacin que nos ocupa
al incorporar en la Ley N 18.575, se seala que la alusin al conoci-
miento y consulta pblica en forma irrestricta de las declaraciones en
estudio debe ser entendida en el sentido que, el acceso por terceros a
esa informacin, ha de serlo para las finalidades legtimas que la nue-
va normativa persigue, circunstancia esencial que exige, de todos los
rganos del Estado involucrados por tales disposiciones, interpretarlas
y aplicarlas con el objetivo sealado.

Conforme al Dictamen N 12.672, de 2007, no le corresponde a la


Contralora General publicitar o difundir el contenido de las citadas de-
claraciones, ya que slo se encuentra facultada para permitir, a solicitud
expresa de un interesado, la consulta de una o ms declaraciones, debien-
do enmarcarse en lo prescrito en el artculo 19, N 4, de la Carta Funda-
mental, precepto que asegura a todas las personas el respeto y proteccin
de la vida privada la Contralora General, y se encuentra, por tanto, impe-
dida para incorporar en su pgina web las mencionadas declaraciones.

895. Personas obligadas a presentar declaracin de patrimonio.


En conformidad al artculo 60 A de la LOC N 18.575, debern hacer
una declaracin de patrimonio:

A. Las personas sealadas en el artculo 57 de la LOC N 18.575.

B. Todos los directores que representen al Estado en las empresas


a que se refieren los incisos tercero y quinto del artculo 37 de la Ley
N 18.046, sobre Sociedades Annimas.

877
Sexta Parte - Funcin Pblica

Por ltimo, cabe recordar que la Constitucin tambin agrega a los


diputados y senadores (Art. 8 CPR).

896. Contenido de la declaracin de patrimonio. De acuerdo al


artculo 60 C de la LOC N 18.575, la declaracin de patrimonio debe
contener:

A. La individualizacin de los siguientes bienes:

a) Inmuebles del declarante, indicando las prohibiciones, hipote-


cas, embargos, litigios, usufructos, fideicomisos y dems grav-
menes que les afecten, con mencin de las respectivas inscrip-
ciones.

b) Vehculos motorizados, indicando su inscripcin.

c) Valores del declarante a que se refiere el inciso primero del


artculo 3 de la Ley N 18.045, sea que se transen en Chile o
en el extranjero.

d) Derechos que le corresponden en comunidades o en sociedades


constituidas en Chile o en el extranjero.

B. Una enunciacin del pasivo, si es superior a cien unidades


tributarias mensuales.

La declaracin de patrimonio comprender tambin los bienes del


cnyuge de las personas declarantes, siempre que estn casados bajo
el rgimen de sociedad conyugal. No obstante, si el cnyuge es mujer,
no se considerarn los bienes que sta administre de conformidad a los
artculos 150, 166 y 167 del Cdigo Civil (Art. 60 B LOC N 18.575).

878
Curso de Derecho Administrativo

897. Actualizacin de la declaracin de patrimonio. De acuerdo


al artculo 60 D inciso 1 de la LOC N 18.575: La declaracin de pa-
trimonio ser pblica y deber actualizarse cada cuatro aos y cada vez
que el declarante sea nombrado en un nuevo cargo.

Sin perjuicio de lo anterior, al concluir sus funciones el declarante


tambin deber actualizarla (Art. 60 D inciso 2 LOC N 18.575).

898. Presentacin de la declaracin de patrimonio. Esta decla-


racin deber ser presentada, dentro de los treinta das siguientes a la
asuncin en el cargo o la ocurrencia de algunos de los hechos que obli-
gan a actualizarla, ante el Contralor General de la Repblica o el Con-
tralor Regional respectivo, quien la mantendr para su consulta (Art. 60
D inciso 3 de la LOC N 18.575).

899. Normas comunes a declaraciones de intereses o de patri-


monio. Sanciones y procedimiento aplicable.

A. Sancin aplicable por no presentacin oportuna de las de-


claraciones de intereses o de patrimonio. De acuerdo al artculo 65
inciso 1 de la LOC N 18.575: La no presentacin oportuna de la de-
claracin de intereses o de patrimonio ser sancionada con multa de
diez a treinta unidades tributarias mensuales, aplicables a la autoridad
o funcionario infractor. Transcurridos treinta das desde que la decla-
racin fuere exigible, se presumir incumplimiento del infractor y ser
aplicable lo dispuesto en los incisos siguientes.

B. Autoridad competente. La multa ser impuesta administrativa-


mente, por resolucin del jefe superior del servicio o de quien haga sus
veces. Si el infractor fuere el jefe del servicio, la impondr el superior
jerrquico que corresponda, o en su defecto, el ministro a cargo de la
Secretara de Estado mediante el cual el servicio se encuentra sometido

879
Sexta Parte - Funcin Pblica

a la supervigilancia del Presidente de la Repblica. La resolucin que


imponga la multa tendr mrito ejecutivo y ser impugnable en la forma
y plazo prescritos por el artculo 68 (Art. 65 inciso 2 LOC N18.575).

C. Plazo para presentar declaracin omitida. No obstante lo se-


alado en el inciso anterior, el infractor tendr el plazo fatal de diez
das, contado desde la notificacin de la resolucin de multa, para pre-
sentar la declaracin omitida. Si as lo hiciere, la multa se rebajar a
la mitad. Si el funcionario se muestra contumaz en la omisin, esta
circunstancia ser tenida en cuenta para los efectos de su calificacin
y se le aplicarn las sanciones disciplinarias correspondientes (Art. 65
inciso 3 LOC N 18.575).

D. Sancin aplicable por falta de actualizacin de declaracin


de intereses o de patrimonio. El incumplimiento de la obligacin de
actualizar la declaracin de intereses o de patrimonio se sancionar con
multa de cinco a quince unidades tributarias mensuales y, en lo dems,
se regir por lo dispuesto en los incisos segundo y tercero de este art-
culo (Art. 65 inciso 4 LOC N 18.575).

E. Responsabilidad de jefaturas. El jefe de personal o quien, en


razn de sus funciones, debi haber advertido oportunamente la omi-
sin de una declaracin o de su renovacin y no lo hizo, incurrir en
responsabilidad administrativa (Art. 65 inciso 5 LOC N 18.575).

F. Inclusin de datos relevantes inexactos y/o omisin de infor-


macin relevante. El artculo 66 de la LOC N 18.575 establece que:
La inclusin a sabiendas de datos relevantes inexactos y la omisin
inexcusable de informacin relevante requerida por la ley en la decla-
racin de intereses o en la de patrimonio sern tenidas en cuenta para
los efectos de las calificaciones y se sancionarn disciplinariamente con
multa de diez a treinta unidades tributarias mensuales.

880
Curso de Derecho Administrativo

G. Recurso de reclamacin ante la Corte de Apelaciones. El ar-


tculo 68 de la LOC N 18.575, establece que: Las resoluciones que
impongan las multas contempladas en el artculo 65, sern reclamables
ante la Corte de Apelaciones con jurisdiccin en el lugar en que debi
presentarse la declaracin. La reclamacin deber ser fundada, estar
acompaada de los documentos probatorios en que se base y ser pre-
sentada dentro de quinto da de notificada la resolucin. La reclamacin
ser interpuesta ante la autoridad que dict la resolucin, la que dentro
de los dos das hbiles siguientes deber enviar a la Corte de Apelacio-
nes todos los antecedentes del caso. La Corte de Apelaciones resolver
en cuenta, sin esperar la comparecencia del reclamante, dentro de los
seis das hbiles siguientes de recibidos por la secretara del tribunal los
antecedentes o aquellos otros que mande agregar de oficio. La resolu-
cin de la Corte de Apelaciones no ser susceptible de recurso alguno.

881
CAPTULO IX

RESPONSABILIDAD ADMINISTRATIVA

SECCIN I. ASPECTOS GENERALES

900. Formas de responsabilidad. Recordemos que, en trminos


generales, nuestro ordenamiento jurdico contempla cuatro formas de
responsabilidad377, las cuales son aplicables tambin al mbito de la
actuacin de los funcionarios pblicos:

A. La responsabilidad civil, por los daos y perjuicios ocasiona-


dos al Estado o a un particular, a consecuencia de una conducta de un
funcionario, la que se concreta en la indemnizacin de perjuicios.

En materia administrativa es perseguida mediante un Juicio de


Cuentas, o bien, mediante un procedimiento contencioso ordinario.

Recordemos que el Contralor puede ordenar que se descuenten de


las remuneraciones de los funcionarios de los Organismos y Servicios
que controla, en las condiciones que determine y adoptando los res-
guardos necesarios, las sumas que el Fisco u otra institucin estatal
deba pagar a terceros en virtud de sentencia judicial, cuando se haga
efectiva la responsabilidad civil por actos realizados en el ejercicio de
las funciones respectivas (artculo 67 inciso 2 LOC N 10.336).

377
La Carta Poltica Espaola recoge explcitamente el principio de responsabilidad en su
artculo 9.3.

883
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. La responsabilidad penal, constituida por la comisin de un


hecho delictivo cometido por un servidor pblico en el ejercicio de sus
funciones, y que se concreta en una sancin privativa o restrictiva de la
libertad ambulatoria, y que en casos muy calificados puede llegar a la
pena de muerte.

Dicha responsabilidad recae slo en las personas naturales y no en


el Estado (Art. 76 CPR).

Por otra parte, debemos recordar la configuracin de diversos figu-


ras delictivas destinadas a perseguir la responsabilidad penal que afecta
a los empleados pblicos que incurren en un delito o cuasidelito de tal
naturaleza en el desempeo de su cargo acorde al Ttulo IV del Cdigo
Penal (Arts. 220 y ss.), como son: usurpacin de atribuciones, prevari-
cacin, malversacin de caudales pblicos, defraudacin, infidelidad en
la custodia de documentos y cohecho (activo o pasivo).

Por ltimo, debemos tambin reiterar que los funcionarios pblicos


tienen la obligacin de denunciar los delitos de que tengan conocimien-
to en el ejercicio de sus funciones, por mandato de los artculos 175
letra b) del Cdigo Procesal Penal y 61 letra k) y del Estatuto Adminis-
trativo.

C. La responsabilidad administrativa, por contravenir los debe-


res que el legislador impone a todo funcionario en el ejercicio de su car-
go, o bien, por infringir el principio de probidad administrativa. Estas
conductas se concretan en distintos grados de sancin. Amonestacin
verbal, amonestacin por escrito, peticin de renuncia y destitucin del
cargo (Arts. 119 y ss., Ley N 18.834).

El profesor Santa Mara Pastor seala que se entiende por respon-


sabilidad disciplinaria la que se ocasiona por la vulneracin de las

884
Curso de Derecho Administrativo

obligaciones propias del status funcionarial y que es exigida y sancio-


nada por la propia Administracin de que depende el funcionario378.

D. La responsabilidad poltica, reservada a las autoridades pol-


ticas y administrativas que determina la Carta Fundamental y por las
conductas que especfica y taxativamente seala en cada caso, la cual
se hace efectiva mediante una acusacin constitucional (Arts. 36, 48
N 2 y 49 N 1 CPR).

901. Mecanismos para hacer efectiva la responsabilidad admi-


nistrativa. Existen bsicamente dos sistemas:

A. El proceso de calificacin.

B. Los procesos disciplinarios.

La accin disciplinaria es, de acuerdo con la jurisprudencia admi-


nistrativa, la facultad de la Administracin del Estado de perseguir la
responsabilidad administrativa del servidor pblico que ha infringido
sus deberes funcionarios (Dictamen N 42.304, de 2009).

I. PRINCIPIOS DE RESPONSABILIDAD ADMINISTRATIVA

A. Principio de debido proceso. Precepta el artculo 19 N 3 inci-


so 5 de la Norma Fundamental que: Toda sentencia de un rgano que
ejerza jurisdiccin debe fundarse en un proceso previo legalmente tra-
mitado. Corresponder al legislador establecer siempre las garantas
de un procedimiento y una investigacin racionales y justos.

378
Santamara Pastor, Juan Alfonso: Principios de Derecho Administrativo General,
tomo I, 1 edicin 2004, reimpresin 2006, Editorial Iustel, Madrid, 2006, p. 803.

885
Sexta Parte - Funcin Pblica

En materia de tratados encontramos el Pacto Internacional de Dere-


chos Civiles y Polticos, que en su artculo 14.3 dispone:

3. Durante el proceso, toda persona acusada de un delito tendr


derecho, en plena igualdad, a las siguientes garantas mnimas:

a) A ser informada sin demora, en un idioma que comprenda y en


forma detallada, de la naturaleza y causas de la acusacin formulada
contra ella;

b) A disponer del tiempo y de los medios adecuados para la prepa-


racin de su defensa y a comunicarse con un defensor de su eleccin;

c) A ser juzgada sin dilaciones indebidas;

d) A hallarse presente en el proceso y a defenderse personalmente


o ser asistida por un defensor de su eleccin; a ser informada, si no
tuviera defensor, del derecho que le asiste a tenerlo y, siempre que el
inters de la justicia lo exija, a que se le nombre defensor de oficio,
gratuitamente, si careciere de medios suficientes para pagarlo;

e) A interrogar o hacer interrogar a los testigos de cargo y a ob-


tener la comparecencia de los testigos de descargo y que stos sean
interrogados en las mismas condiciones que los testigos de cargo;

f) A ser asistida gratuitamente por un intrprete, si no comprende o


no habla el idioma empleado en el tribunal;

g) A no ser obligada a declarar contra s misma ni a confesarse


culpable.

A su turno, la Convencin Americana sobre Derechos Humanos, deno-


minada Pacto de San Jos de Costa Rica, en su artculo 8.2, precepta:

886
Curso de Derecho Administrativo

2. Toda persona inculpada de delito tiene derecho a que se presu-


ma su inocencia mientras no se establezca legalmente su culpabilidad.
Durante el proceso, toda persona tiene derecho, en plena igualdad, a
las siguientes garantas mnimas:

a) derecho del inculpado de ser asistido gratuitamente por el tra-


ductor o intrprete, si no comprende o no habla el idioma del juzgado
o tribunal;

b) comunicacin previa y detallada al inculpado de la acusacin


formulada;

c) concesin al inculpado del tiempo y de los medios adecuados


para la preparacin de su defensa;

d) derecho del inculpado de defenderse personalmente o de ser


asistido por un defensor de su eleccin y de comunicarse libre y priva-
damente con su defensor;

e) derecho irrenunciable de ser asistido por un defensor proporcio-


nado por el Estado, remunerado o no segn la legislacin interna, si el
inculpado no se defendiere por s mismo ni nombrare defensor dentro
del plazo establecido por la ley;

f) derecho de la defensa de interrogar a los testigos presentes en


el tribunal y de obtener la comparecencia, como testigos o peritos, de
otras personas que puedan arrojar luz sobre los hechos;

g) derecho a no ser obligado a declarar contra s mismo ni a decla-


rarse culpable, y

h) derecho de recurrir del fallo ante juez o tribunal superior..

887
Sexta Parte - Funcin Pblica

Este principio se encuentra reiterado en materia de responsabili-


dad administrativa por el artculo 15 de la Ley N 18.575, Orgnica
Constitucional de Bases Generales de la Administracin del Estado, al
disponer que en el ejercicio de la potestad disciplinaria se asegurar
el derecho a un racional y justo procedimiento.

En efecto, precepta el artculo 19 N 3 inciso 2 de la Constitucin


que: Toda persona tiene derecho a defensa jurdica en la forma que
la ley seale y ninguna autoridad o individuo podr impedir, restringir
o perturbar la debida intervencin del letrado si hubiere sido requeri-
da. Tratndose de los integrantes de las Fuerzas Armadas y de Orden
y Seguridad Pblica, este derecho se regir, en lo concerniente a lo
administrativo y disciplinario, por las normas pertinentes de sus res-
pectivos estatutos.

Sobre este principio, los Dictmenes Ns. 34.323 y 38.401, ambos


de 2009, han informado que si bien los sumarios administrativos son
procedimientos reglados por la Ley N 18.834, en los cuales no caben
otros trmites o instancias que los previstos en la normativa pertinente
de ese cuerpo legal, ella misma contempla los elementos necesarios
para configurar un debido proceso y asegurar una adecuada defensa de
los inculpados, toda vez que en ellas se establecen, entre otros aspectos,
las autoridades llamadas a conocerlos; los plazos dentro de los cuales
deben realizarse las actuaciones; las formalidades de las notificaciones
que deben efectuarse a los servidores; la formulacin de cargos y su
debido emplazamiento; la amplia admisibilidad de medios de prueba;
la prctica de diligencias probatorias solicitadas por los afectados, si
lo estiman pertinente, y los medios de defensa de que aqullos pueden
hacer uso, tales como la presentacin de descargos y la interposicin de
los recursos que procedan, los cuales, segn consta, fueron hechos valer
por los afectados.

888
Curso de Derecho Administrativo

La jurisprudencia administrativa contenida en el Dictamen N 18.520,


de 2009, de la Contralora General, precisa que el principio que nos
ocupa se expresa en dos condiciones bsicas: el derecho a presentar
descargos que desvirten la responsabilidad que el investigador atribu-
ye al imputado en los hechos y, posteriormente, el de interponer recur-
sos para oponerse a la resolucin que le aplica una sancin.

En relacin con lo anterior, y conforme al criterio sostenido en el


dictamen recin citado, as como en los Oficios Ns. 28.936, de 2008
y 41.725, de 2009, tambin de este origen, cumple con manifestar que
aun cuando son admisibles procedimientos disciplinarios especiales,
establecidos en disposiciones reglamentarias como es el caso del Re-
glamento de Sumarios antes citado , que regulen esos procesos de una
manera diversa a como lo hace el Estatuto Administrativo, aprobado por
la Ley N 18.834, que, por cierto, contempla el derecho a impugnar una
medida disciplinaria, aqullos deben siempre respetar las normas bsicas
del debido proceso y, en consecuencia, asegurar al afectado la posibilidad
de interponer un recurso contra la resolucin que lo sanciona.

En el mismo sentido, y de acuerdo a lo sealado, entre otros, en el


Dictamen N 42.639, de 2007, de esta Contralora General, tratndo-
se de procedimientos establecidos en disposiciones reglamentarias,
como es el caso del citado Decreto N 1, de 1982, rige en plenitud la
Ley N 19.880, de Bases de los Procedimientos que Rigen los Actos
de los rganos de la Administracin del Estado, la cual, segn seala su
artculo primero, tiene carcter supletorio, produciendo incluso la de-
rogacin de aquellos preceptos reglamentarios que sean incompatibles
con las disposiciones de este cuerpo legal.

Pues bien, de los principios previstos en la citada Ley N 19.880,


como de la regulacin que sta hace del derecho de los afectados a recla-
mar de los actos de la Administracin Publica, especialmente en sus ar-
tculos 4, 15, 41, inciso cuarto y 59, se desprende tambin la obligacin

889
Sexta Parte - Funcin Pblica

de garantizar al inculpado en un sumario administrativo la posibilidad de


recurrir en contra la resolucin que le aplica una medida disciplinaria.

De este modo, en conformidad con lo expuesto, es dable concluir


que los casos como el de la especie, en que por aplicacin del citado
artculo 52 del referido Decreto N 1, de 1982, con posterioridad al
sobreseimiento o a la absolucin de un inculpado mediante resolucin
exenta, se modifica dicha determinacin por la autoridad administrativa
en el documento que afina el proceso, optando por aplicarle una medida
disciplinaria, sin que se conceda al afectado la instancia para impugnar-
la, privndole por tanto de su derecho a defensa, resultan contrarios a la
citada garanta del artculo 19 de la Constitucin Poltica y a lo dispues-
to en la Ley N 19.880 (Dictamen N 24.808, de 2010).

B. Principio de legalidad. Conforme al principio de legalidad no


pueden aplicarse otras sanciones administrativas que las contempladas
expresamente por el legislador, de conformidad con los preceptos que
las establecen y por las causales que en ellos se sealan.

El artculo 19 N 3 incisos 7 y 8 de la Constitucin, positivizan el


principio nula poena nula crimen sin lege, sealando que:

Ningn delito se castigar con otra pena que la que seale una
ley promulgada con anterioridad a su perpetracin, a menos que una
nueva ley favorezca al afectado.

Ninguna ley podr establecer penas sin que la conducta que se san-
ciona est expresamente descrita en ella;379.


379
La Constitucin de Ecuador, en su artculo 24.1 determina que, a nadie se le aplicar una
sancin no prevista en la Constitucin o la ley. Tampoco se podr juzgar a una persona sino con-
forme a las leyes preexistentes, con observancia del trmite propio de cada procedimiento.

890
Curso de Derecho Administrativo

Tambin los tratados sobre derechos esenciales reconocen estos


principios: el artculo 15 del Pacto Internacional de Derechos Civiles y
Polticos y el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Polticos en su
artculo 14. 3, 4, 5 y 7.

El artculo 15 del Pacto Internacional de Derechos Civiles y Polti-


cos precepta:

1. Nadie ser condenado por actos u omisiones que en el momento


de cometerse no fueren delictivos segn el derecho nacional o interna-
cional. Tampoco se impondr pena ms grave que la aplicable en el
momento de la comisin del delito. Si con posterioridad a la comisin
del delito la Ley dispone la imposicin de una pena ms leve, el delin-
cuente se beneficiar de ello.

2. Nada de lo dispuesto en este artculo se opondr al juicio ni a la


condena de una persona por actos u omisiones que, en el momento de
cometerse, fueran delictivos segn los principios generales del derecho
reconocidos por la comunidad internacional.

A su turno, el artculo 9 de la Convencin Americana de Derechos


Humanos, consagra el principio de legalidad e irretroactividad, en los
siguientes trminos:

Nadie puede ser condenado por acciones u omisiones que en el


momento de cometerse no fueran delictivos segn el derecho aplicable.
Tampoco se puede imponer pena ms grave que la aplicable en el mo-
mento de la comisin del delito. Si con posterioridad a la comisin del
delito la Ley dispone la imposicin de una pena ms leve, el delincuen-
te se beneficiar de ello.

El Tribunal Constitucional ha reconocido la extensin del principio


de legalidad penal a otras ramas del derecho, entre ellas, al Derecho

891
Sexta Parte - Funcin Pblica

Administrativo Sancionador, destacando que los principios de legalidad


y de tipicidad, no se identifican, sino que el segundo tiene un contenido
propio como modo de realizacin del primero.

Agrega que la legalidad se cumple con la previsin de los delitos e


infracciones y de las sanciones en la ley, pero la tipicidad requiere de
algo ms, que es la precisa definicin de la conducta que la ley conside-
ra reprochable, garantizndose as el principio constitucional de seguri-
dad jurdica y haciendo realidad, junto a la exigencia de una ley previa,
la de una ley cierta.

9. Que, los principios inspiradores del orden penal contemplados


en la Constitucin Poltica de la Repblica han de aplicarse, por regla
general, al derecho administrativo sancionador, puesto que ambos son
manifestaciones del ius puniendi propio del Estado;

10. Que, entre ellos, es necesario destacar los principios de legali-


dad y de tipicidad, los cuales no se identifican, sino que el segundo tiene
un contenido propio como modo de realizacin del primero. La legalidad
se cumple con la previsin de los delitos e infracciones y de las sanciones
en la ley, pero la tipicidad requiere de algo ms, que es la precisa defi-
nicin de la conducta que la ley considera reprochable, garantizndose
as el principio constitucional de seguridad jurdica y haciendo realidad,
junto a la exigencia de una ley previa, la de una ley cierta;

11. Que, en este sentido, ambos principios se encuentran consa-


grados en los incisos sptimo y octavo del N 3 del artculo 19, de
la Carta Fundamental, de acuerdo con los cuales Ningn delito se
castigar con otra pena que la que seale una ley promulgada con an-
terioridad a su perpetracin, a menos que una nueva ley favorezca al
afectado, y Ninguna ley podr establecer penas sin que la conducta
que se sanciona est expresamente descrita en ella.;

892
Curso de Derecho Administrativo

12. Que, de esta forma, la Constitucin precisa de manera clara


que corresponde a la ley y slo a ella establecer al menos el ncleo
esencial de las conductas que se sancionan, materia que es as, de ex-
clusiva y excluyente reserva legal, en trminos tales, que no procede a
su respecto ni siquiera la delegacin de facultades legislativas al Pre-
sidente de la Repblica, en conformidad con lo que dispone el artculo
61, inciso segundo, de la Constitucin Poltica;

Segn una de sus numerosas definiciones, las leyes penales


380

en blanco son aquellas leyes que solamente contienen una conmina-


cin penal y que respecto del contenido prohibitivo remiten a leyes,
reglamentos e incluso actos administrativos, que se han promulgado
autnomamente en otro tiempo o lugar. De acuerdo con ello hay que
distinguir entre norma sancionatoria y norma complementaria. El tipo
de la ley en blanco slo se forma con la norma complementaria (Hans-
Heinrich Jescheck: Tratado de Derecho Penal, Parte General, Volumen
primero, Ed. Bosch, Barcelona, 1978, pg. 150). En consecuencia, las
leyes penales en blanco no cumplen con el doble presupuesto de la ley
penal conocido genricamente como el principio de la legalidad o, de-
limitadamente, como reserva legal: la descripcin de una hiptesis de
hecho y la consecuencia jurdica para el evento de que tal hiptesis se
cumpla. En otros trminos, la conducta punible y la pena que se le apli-
ca. Como lo afirma el profesor Enrique Cury, la tradicional frmula
acuada por Feuerbach nullum crimen nulla poena sine lege ( no
hay delito ni pena sin ley) incluye dos frmulas diferentes en un solo
enunciado, el que desde el punto de vista de sus consecuencias dispo-
ne dos sentidos. Ni el hecho puede ser considerado delito si no existe
una ley que le confiera tal carcter, ni una pena puede serle impuesta
si no existe una ley que se la atribuya. (Enrique Cury: La ley penal en
blanco, Ed. Temis, Bogot, 1988, pg.7).

380
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 468, de 9 de noviembre de 2006.

893
Sexta Parte - Funcin Pblica

Segundo.- Que la relacin entre las leyes penales en blanco y el


principio de la legalidad de la ley penal descrito, presenta diversas
alternativas a la luz de las clasificaciones que la doctrina ha formu-
lado. Una lnea doctrinal dominante seala que las leyes incomple-
tas denominadas en blanco son incompatibles con el principio de la
legalidad de la ley penal, si el complemento relativo a la descripcin
de la conducta punible no se encuentra remitido expresamente a otra
norma de igual rango, lo que la doctrina denomina leyes penales en
blanco impropias o normas de reenvo (Eduardo Novoa), y si la
conducta no est descrita claramente. Si el complemento descriptor
de la conducta punible se encuentra en una norma infralegal, regla-
mento o instruccin, y si la descripcin resulta genrica, imprecisa o
parcial, aun cuando cumpla con aquel presupuesto relativo al rango
de la norma, la ley penal en blanco vulnerara el principio de la le-
galidad de la ley penal, con todas las consecuencias jurdicas que su
aplicacin acarreara. La doctrina las denomina leyes penales en
blanco propias y, cuando la descripcin de la conducta punible est
entregada a un juez, leyes penales en blanco abiertas. La doctri-
na tambin distingue entre distintos mbitos materiales de remisin,
segn la instancia normativa en la que se ha originado la norma que
contiene el complemento y si ella pertenece o no al mbito penal, in-
dependientemente de su rango. (Respecto de estas clasificaciones de
las leyes penales en blanco, ver el trabajo de Dulce Mara Santana
Vega: El concepto de ley penal en blanco,Editorial Ad-Hoc, Buenos
Aires, 2000, pgs. 27 y siguientes).

Tercero.- Que en la lnea doctrinal expuesta, esto es, que tanto las
leyes penales en blanco propias como abiertas vulneran el principio de
la legalidad de la ley penal, se ubica la proposicin que la Comisin
de Estudios de la Nueva Constitucin Poltica aprob como artculo
19, N 3 , inciso final, en el anteproyecto entregado a la Junta de Go-
bierno el 18 de octubre de 1978: Ninguna ley podr establecer penas

894
Curso de Derecho Administrativo

sin que la conducta que se pretende sancionar est expresa y completa-


mente descrita en ella. Esta formulacin la propuso el profesor Ral
Bertelsen, argumentando que con ella no quepan reglamentos ni dis-
posiciones emanadas del Gobierno para desarrollar la ley penal, ya
que ella debe bastarse a s misma y si no se basta a s misma, no hay
delito ni pena. (Opinin que consta en las Actas Oficiales de la Comi-
sin de Estudios de la Nueva Constitucin, sesin 399 del 12 de julio
de 1978). Despus de la opinin coincidente del Consejo de Estado, en
cuyas actas qued constancia del sentido prohibitivo que el precepto
as redactado tena para la existencia de las leyes penales en blanco, la
Junta de Gobierno elimin la palabra completamente, dejando slo
la expresin expresamente. No existen evidencias de historia fidedig-
na de esta modificacin, que permitan aclarar su significado.

Cuarto.- Que el texto definitivo del artculo 19, N 3, inciso final, de


la Constitucin Poltica, subsistente hasta la actualidad, ha producido
variadas interpretaciones sobre su alcance, tanto en la doctrina como
en la jurisprudencia, prevaleciendo aquella que sostiene la permisi-
vidad de las leyes penales en blanco en nuestro orden jurdico. Este
criterio est basado en el sentido que se atribuye a la supresin de la
expresin completamente, ya mencionada en el acpite anterior, y
en el carcter atenuador asignado a la solitaria subsistencia de la ex-
presin expresamente frente a los requisitos que predominantemente
la doctrina atribuye a la legalidad de la ley penal. En el lenguaje de la
sistemtica penal, se ha sostenido que el sealado precepto constitucio-
nal consagr el principio de la tipicidad de la ley penal, estableciendo
la obligacin de que sta, junto con la determinacin de la sancin
prevista, contenga la descripcin del ncleo central de la conducta
punible merecedora de aqulla. Esta misma Magistratura seal, en
sentencia Rol N 24,de fecha 4 de diciembre de 1985, lo siguiente: Es
evidente que la modificacin introducida por la H. Junta de Gobierno
tuvo por objeto suprimir la exigencia de que la ley penal se baste en

895
Sexta Parte - Funcin Pblica

todo sentido a s misma y que, por el contrario, estim que era sufi-
ciente que la ley tipificara en lo esencial la conducta delictual, la que
podra ser desarrollada o precisada en aspectos no esenciales por otra
norma emanada de una instancia distinta de la legislativa.. La Corte
Suprema, en fallo Rol N 4.790-2002, de fecha 16 de julio de 2002,
declar: Que la exigencia establecida por el constituyente en el inciso
final del artculo 19, N 3, de la Carta Fundamental, pareciera que pre-
tende excluir constitucionalmente las denominadas, en doctrina, leyes
penales en blanco, en que la determinacin de las conductas punibles
queda, en ocasiones, entregada a los organismos o autoridades admi-
nistrativas, encontrndose relacionadas con la potestad reglamentaria.
Sin embargo, el anlisis de las Actas de la Comisin de Estudios de la
Nueva Constitucin lleva a la conclusin que lo que se incorpor al
precepto constitucional es el llamado principio de la tipicidad y, por
lo mismo, no consagra una prohibicin absoluta a la existencia de las
leyes penales en blanco.

Quinto.- Que la interpretacin sobre el alcance del inciso final


del nmero 3 del artculo 19 descrita, no es unnime en la doctrina
ni en la jurisprudencia chilenas, en las que se presentan matices y
diferencias. El profesor Alfredo Etcheberry estima que la exclusin de
la expresin completamente no altera sustancialmente el espritu
vigente al incluir el precepto, consistente en consagrar la legalidad
de la norma penal en su amplitud, esto es, reserva y tipicidad. Al re-
cordar que la formulacin del anteproyecto sealaba que ninguna
ley podr establecer penas sin que la conducta que se sanciona est
expresamente descrita en ella, el tratadista seala: Las palabras
claves, por cierto, son las dos ltimas, ya que aparentemente se esta-
blece una prohibicin absoluta de disociar la descripcin de la con-
ducta (tipificacin) por un lado, y la imposicin de la pena por
otro: ambas deberan brotar directamente de la ley penal. Al parecer
tal fue el propsito que inspir el precepto, segn las actas de la

896
Curso de Derecho Administrativo

Comisin Redactora del Anteproyecto de Constitucin. Y es de hacer


notar que eso no vari por la circunstancia (cuya razn se ignora
a ciencia cierta) de que la exigencia primitiva de una descripcin
completa y expresa de la conducta se haya reducido a requerir una
descripcin expresa. En efecto, la prohibicin de disociar conducta
descrita y pena establecida proviene segn se ha dicho, de los
dos ltimos vocablos: en ella, que no fueron alterados.. Concluye el
autor admitiendo que con el texto constitucional comentado podra
aceptarse la validez de leyes en blanco propias, siempre que fueran
parcialmente en blanco, y no totalmente.. Por su parte, el profesor
Enrique Cury, al referirse a las exigencias relativas de las leyes pe-
nales en blanco e indicar las determinantes de la descripcin de la
conducta sancionada, sostiene que incluso si se hubiese conservado
la redaccin primitiva del precepto constitucional, las leyes penales
en blanco no hubieran quedado proscritas del ordenamiento jurdico,
no obstante el propsito manifestado de sus redactores en tal sentido.
Esto porque, como se ha visto, el tipo penal no slo contiene la des-
cripcin de una conducta, sino otras referencias (las circunstancias)
que, aunque exgenas a ella, concurren a determinar su punibilidad;
ms an, en algunos casos la imposicin de la pena puede encontrar-
se condicionada por factores que ni siquiera integran el tipo (condi-
ciones objetivas de punibilidad, excusas legales absolutorias, obst-
culos procesales) (Ob. cit., pg.74).

Sexto.- Que, segn lo expuesto, la confrontacin abstracta entre


la disposicin constitucional que establece la legalidad de la ley penal
en el artculo 19, N 3, inciso final, del Cdigo Poltico, con las deno-
minadas leyes penales en blanco, depende de la ubicacin que stas
tengan en las diversas clasificaciones que la doctrina les atribuye se-
gn las condiciones mnimas que aqullas debieran cumplir y que la
jurisprudencia ha incorporado en sus resoluciones. Bajo tal criterio,
estn permitidas por nuestro ordenamiento constitucional las llamadas

897
Sexta Parte - Funcin Pblica

leyes penales en blanco impropias o de reenvo, o sea, aqullas cuya


remisin para la descripcin de la conducta punible se encuentra en
otra ley o en norma originada en la instancia legislativa, penal o no.
Estn permitidas, tambin, aqullas cuyo destino de remisin se en-
cuentra establecido expresamente en la ley, aun cuando sea una norma
no originada en la instancia legislativa, y en la que se describa el n-
cleo central de la conducta punible. El primer grupo de las permitidas
se ajustan a la exigencia del rango legal de la remisin; el segundo, a
las exigencias de la tipicidad.

Acorde a la jurisprudencia administrativa, tratndose de sanciones


administrativas rige plenamente el principio de irretroactividad de la
ley, consagrado en el artculo 19, N 3, inciso 7, de la Constitucin,
en orden a que nadie puede ser castigado con otra sancin que la que
seale una ley promulgada con anterioridad a la perpetracin del hecho,
a menos que la nueva ley favorezca al afectado.

Resulta menester sealar que en la situacin en comento no


se aplica el nuevo plazo de prescripcin dispuesto por Ley N 19.653,
que modific el artculo 158 del Estatuto administrativo, aumentando
dicho trmino de dos aos a cuatro aos, pues aqul no concurre res-
pecto de las faltas cometidas con anterioridad al 14 de diciembre de
1999, fecha de publicacin, de la indicada Ley N 19.653. Lo anterior,
por cuanto en materia de sanciones administrativas rige plenamente
el principio de irretroactividad de la ley, consagrado en el artculo
19, N 3, inciso sptimo, de la Constitucin Poltica de la Repblica,
en orden a que nadie puede ser castigado con otra sancin que la que
seale una ley promulgada con anterioridad a la perpetracin del
hecho, a menos que la nueva ley favorezca al afectado... (Dictamen
N 33.768, de 2005).

898
Curso de Derecho Administrativo

B. Principio de tipicidad. Desde la perspectiva del Derecho Admi-


nistrativo, la tipicidad es la descripcin legal de una conducta espec-
fica a la que se conectar una sancin administrativa381.

Como hemos sealado, el principio de legalidad impone el de tici-


pidad, esto es, la necesidad de tipificacin de las infracciones adminis-
trativas382.

No obstante, y a diferencia del ordenamiento penal, en el Derecho


Administrativo sancionador, el principio de tipicidad se encuentra ate-
nuado. En efecto, la tipificacin de infracciones se formula a partir de la
transgresin de los deberes, obligaciones y prohibiciones funcionarias,
sin perjuicio de la existencia de un catlogo de infracciones al principio
de probidad administrativa383.

En efecto, segn el criterio contenido en los Dictmenes Ns. 8.281,


de 2001 y 58.851, de 2004, el aludido principio de tipicidad no ha sido
consagrado de manera general en materia de responsabilidad admi-
nistrativa, dado que el ejercicio de la potestad punitiva del superior
jerrquico de un servicio, o la cautela del correcto desempeo de los
funcionarios, no se expresa a travs de un catlogo de conductas ilci-
tas, sino que por intermedio de un catlogo de deberes, prohibiciones y
obligaciones.

381
Garca de Enterra, Eduardo y Fernndez, Toms Ramn: Curso de Derecho
Administrativo, tomo II, Editorial Civitas, Madrid, 2000, p. 179.
382
La Carta Poltica de Ecuador en su artculo 24.1, determina que: Nadie podr ser juzgado
por un acto u omisin que al momento de cometerse no est legalmente tipificado como
infraccin penal, administrativa o de otra naturaleza.
383
A diferencia del Derecho Penal, la tipificacin de las infracciones administrativas no ha
sido consagrada de manera general en materia disciplinaria, de algn modo se expresa en la
enumeracin de deberes, obligaciones y prohibiciones que contiene el Estatuto Administra-
tivo y en las causales que infringen especialmente el principio de probidad administrativa,
previstas en el artculo 62 de la Ley N 18.575. Celis, Gabriel y Barra, Nancy: Manual
de responsabilidad administrativa, Editorial PuntoLex, Santiago, 2009, p. 17.

899
Sexta Parte - Funcin Pblica

C. Principio pro inculpado. El artculo 19 N 3 inciso 7 de la


Constitucin, seala que:

Ningn delito se castigar con otra pena que la que seale una
ley promulgada con anterioridad a su perpetracin, a menos que una
nueva ley favorezca al afectado.

El principio consiste en la posibilidad de aplicar una ley posterior


ms benigna, lo que ha sido confirmado en materia administrativa, bajo
el concepto de irretroactividad de las normas sancionadoras384, confor-
me al cual slo pueden aplicarse aquellas sanciones que estaban vi-
gentes al momento de cometerse la falta investigada, a menos que sta
tenga asignada una sancin menor de acuerdo con la nueva legislacin,
en cuyo caso corresponder aplicar precisamente la sancin ms be-
nigna o favorable al funcionario, aun cuando haya sido establecida con
posterioridad, aplicndose por excepcin en forma retroactiva (Dict-
menes Ns. 45.905 de 1976, 20.991 de 1984, 25.961 de 2000 y 3.858
de 2001).

Adems, se debe destacar que, segn lo informado en el Dictamen


N 6.926, de 2001, la mayor o menor benignidad de una nueva nor-
mativa no depende exclusiva y necesariamente de la penalidad que se
imponga, sino que ella puede provenir de otros factores o modalidades
que impliquen para el funcionario infractor una situacin ms favorable
o gravosa, como es la reduccin o ampliacin de los plazos de prescrip-
cin de la accin respectiva, toda vez que ellos determinan el perodo


384
Este principio est recogido, como irretroactividad de las disposiciones sancionadoras no
favorables o restrictivas de derechos individuales, en el artculo 9.3 de la Constitucin Es-
paola. A su turno, la Carta Poltica de Ecuador en su artculo 24.2 seala que: En caso de
conflicto entre dos leyes que contengan sanciones, se aplicar la menos rigurosa, aun cuando
su promulgacin fuere posterior a la infraccin; y en caso de duda, la norma que contenga
sanciones se aplicar en el sentido ms favorable al encausado.

900
Curso de Derecho Administrativo

durante el cual es posible perseguir su responsabilidad (tambin en Dic-


tamen N 38.075 de 2002).

D. Principio non bis in dem. Este principio emana del artculo


19 N 3 de la Constitucin. Adems, la Convencin Americana sobre
Derechos Humanos, denominada Pacto de San Jos de Costa Rica, en
su artculo 8.4, lo reconoce expresamente sealando que:

El inculpado absuelto por una sentencia firme no podr ser some-


tido a nuevo juicio por los mismos hechos385.

El artculo 41 inciso final de la Ley N 18.834 consagra el principio


de non bis in dem o prohibicin de doble incriminacin: La infrac-
cin de una obligacin o deber funcionario que se establezca en virtud
de una investigacin sumaria o sumario administrativo, slo podr ser
considerada una vez en las calificaciones del funcionario.

De acuerdo a la jurisprudencia administrativa es improcedente apli-


car a inculpados dos sanciones administrativas, ya que a cada afectado,
por la totalidad de las imputaciones, slo puede aplicarse una medida
disciplinaria (Dictamen N 21.815 de 1983).

El proceso calificatorio y el sumario administrativo persiguen finali-


dades distintas: evaluar el desempeo funcionario y establecer responsa-
bilidades por faltas cometidas, aplicando las sanciones correspondientes;
por ello un funcionario puede ser sancionado disciplinariamente y expe-
rimentar una rebaja en su calificacin, por los mismos hechos; pero stos
slo pueden ser ponderados una vez en sus calificaciones, ya sea cuando
acaecieron o cuando se sancionaron (Dictamen N 33.849 de 1993).

385
En trminos muy similares la Carta Fundamental de Ecuador determina, en su artculo 24.16
que: Nadie podr ser juzgado ms de una vez por la misma causa.

901
Sexta Parte - Funcin Pblica

El proceso evaluatorio y el procedimiento persiguen fines distintos:


calificar el desempeo funcionario, el primero, y establecer responsabi-
lidades por faltas cometidas, aplicando las sanciones correspondientes,
el segundo as, a un empleado puede aplicrsele una medida discipli-
naria y rebajrsele su calificacin por los mismos hechos, con la nica
limitacin que stos slo es posible considerarlos una vez en su evalua-
cin, sea cuando ocurrieron, como en el caso en estudio, o al sancionar
al infractor(Dictamen N 16.879 de 1994).

Finalmente, cabe sealar que el principio de non bis in idem no


impide que una accin u omisin constitutiva de una infraccin admi-
nistrativa, pueda generar adems de una responsabilidad disciplinaria
una sancin civil y/o penal, ya que la naturaleza de las sanciones es
diversa.

Lo anterior, a su vez, es sin perjuicio del principio de independencia


de las responsabilidades, ya que no necesariamente la comisin de una
contravencin disciplinaria, configura un ilcito penal, lo cual debe de-
terminarse en un procedimiento separado e independiente. Por ltimo,
debemos recalcar que tampoco una infraccin administrativa, genera
necesariamente daos y perjuicios.

E. Principio de proporcionalidad de las sanciones. Se refiere a la


relacin de equidad que debe existir entre la gravedad de la infraccin
y la medida disciplinaria a aplicar, basada, por cierto, en el mrito del
proceso386.


386
Este principio se encuentra reconocido de forma explcita por el artculo 24.3 de la Consti-
tucin de Ecuador: Las leyes establecern la debida proporcionalidad entre infracciones y
sanciones.

902
Curso de Derecho Administrativo

El artculo 121 inciso final del Estatuto Administrativo consagra el


principio de proporcionalidad de las medidas disciplinarias a aplicar
y seala que la medida disciplinaria se aplicar tomando en cuenta
la gravedad de la falta cometida y las circunstancias agravantes o ate-
nuantes que arroje el mrito de los antecedentes, en armona con lo
previsto en los artculos 19 N 3 y 18 inciso 2 de la Constitucin y de
la LOC N 18.575, respectivamente.

Acorde con la preceptiva indicada, es dable advertir que la potestad


sancionadora debe ser ejercida teniendo presente el principio de racio-
nalidad, objetividad y proporcionalidad que debe gobernar la decisin
para que sta sea justa (Dictamen N 45.364, de 2009).

La Contralora General, entre otros, a travs del Dictamen N 17.746,


de 2009, ha manifestado que la comprobacin de una conducta repro-
chable por parte del inculpado justifica la aplicacin de una medida dis-
ciplinaria, sin perjuicio de lo cual, sta no puede ser desproporcionada,
por cuanto impide que se configure un procedimiento racional y justo,
como lo exige el artculo 18, inciso segundo, de la Ley N 18.575, uno
de cuyos componentes es la proporcionalidad entre los hechos reprocha-
bles en que incurre el servidor y la sancin que se le impone por ello.

Sobre reclamos en materia de proporcionalidad, la jurisprudencia


administrativa ha manifestado que la ponderacin de los hechos que
constituyen las faltas que son materia del procedimiento disciplinario,
y la determinacin del grado de responsabilidad administrativa que en
ellos le cabe a los imputados, son materias que, segn se desprende
de los artculos 140 y 141 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Admi-
nistrativo, se han entregado, de manera primaria, a los rganos de la
Administracin activa, correspondindole a la Contralora General,
en todo caso, objetar la decisin del Servicio si del examen de los an-
tecedentes sumariales se aprecia alguna infraccin al debido proceso,

903
Sexta Parte - Funcin Pblica

a la normativa legal o reglamentaria que regula la materia, o bien, si se


observa alguna decisin de carcter arbitrario (Dictamen N 63.941,
de 2009).

Ahora bien, acorde a la jurisprudencia administrativa cuando la ley


asigna una medida disciplinaria especfica para determinada infraccin,
la autoridad administrativa se encuentra en el imperativo de disponerla,
no pudiendo ejercer las atribuciones privativas que le permiten determi-
nar aquella que, a su juicio, merecera el comportamiento anmalo ob-
servado por la afectada, ni menos ponderar circunstancias que eventual-
mente podran aminorar su responsabilidad funcionaria. En este mismo
orden de ideas, conviene precisar que si bien el inciso final del artculo
121 de Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, establece que las
medidas disciplinarias se aplicarn tomando en cuenta la gravedad de
la falta y las circunstancias atenuantes o agravantes que arroje el mrito
de los antecedentes, tal disposicin slo rige para las infracciones que
pueden ser sancionadas con cualquiera de las medidas que en dicho
precepto se sealan, pero no respecto de aquellas faltas administrativas
que slo pueden ser castigadas con una sancin especfica fijada por la
ley(Dictamen N 16.879 de 1994).

F. Principio de independencia de las responsabilidades. El


artculo 15 inciso 1 de la LOC N 18.575, consagra el principio de in-
dependencia de responsabilidades, y establece que el personal de la
Administracin del Estado estar sujeto a responsabilidad administra-
tiva sin perjuicio de la responsabilidad penal y civil que pueda afectar-
les, siendo reiterado por el artculo 120 del Estatuto Administrativo.

Se reconoce, entonces, la autonoma del ilcito administrativo fren-


te a la apreciacin de la magistratura penal, y viceversa, esto es, la in-
dependencia de la infraccin penal en relacin con la contravencin
disciplinaria.

904
Curso de Derecho Administrativo

El artculo 20 del Cdigo Penal, refuerza tambin este principio


jurdico, al sealar que no se reputan penas, ente otras, la separacin
de los empleos pblicos acordada por las autoridades en uso de sus
atribuciones, ni las multas y dems correcciones que los superiores
impongan a sus subordinados y administrados en uso de su jurisdiccin
disciplinal o atribuciones gubernativas.

Efectos: conforme al artculo 120 inciso 1 del Estatuto Adminis-


trativo, la sancin administrativa es independiente de la responsabilidad
civil y penal y, en consecuencia, las actuaciones o resoluciones referidas
a sta, tales como el archivo provisional, la aplicacin del principio de
oportunidad, la suspensin condicional del procedimiento, los acuerdos
reparatorios, la condena, el sobreseimiento o la absolucin judicial no
excluyen la posibilidad de aplicar al funcionario una medida discipli-
naria en razn de los mismos hechos, en armona con la jurisprudencia
administrativa (Dictamen N 33.896, de 2009).

Al respecto, la jurisprudencia contralora ha sostenido invariable-


mente que conforme el principio de independencia de responsabilida-
des, la administrativa es diversa de la civil y penal, por lo que uno y
otro tipo obedecen a fundamentaciones y circunstancias dismiles y la
finalidad de una u otra es diferente, dado que cada una posee distinta
configuracin jurdica. La responsabilidad y la sancin derivan de una
infraccin a normas, cuyas motivaciones y propsitos son distintos; en
la responsabilidad civil es el perjuicio e indemnizacin del dao; en la
penal, la ocurrencia de un acto u omisin que la ley configura como de-
lito y lo sanciona; en la responsabilidad administrativa, una infraccin
a las obligaciones funcionarias que involucran un castigo, el que res-
ponde al inters publico concretado mediante la accin de la adminis-
tracin, y que, adems, a esta ltima la regulan normas especiales, las
que, al contravenirse, originan sanciones administrativas; no obstante,
sta deriva del ejercicio de la potestad disciplinaria, como elemento de

905
Sexta Parte - Funcin Pblica

la potestad jerrquica (Dictmenes Ns. 15.587, de 1999, 311, de 2000


y 22.258, de 2001).

Excepcin: Si se le sancionare con la medida de destitucin como


consecuencia exclusiva de hechos que revisten caracteres de delito y en
el proceso criminal hubiere sido absuelto o sobresedo definitivamente
por no constituir delito los hechos denunciados, el funcionario deber
ser reincorporado a la institucin en el cargo que desempeaba a la
fecha de la destitucin o en otro de igual jerarqua. En este caso, con-
servar todos sus derechos y beneficios legales y previsionales, como si
hubiere estado en actividad (Art. 120 inciso 1 Ley N 18.834).

En los dems casos de sobreseimiento definitivo o sentencia abso-


lutoria, podr pedir la reapertura del sumario administrativo y, si en ste
tambin se le absolviere, proceder la reincorporacin (Art. 120 inciso
2 Ley N 18.834).

Efectivamente, la generalidad de los casos implica que el intere-


sado debe solicitar al servicio la reapertura del sumario que determin
su destitucin la cual es facultativa para la autoridad administrativa,
como nica va para obtener la reincorporacin, en la medida que la
ponderacin de los antecedentes permita sobreseerlo definitivamente en
ste (Dictmenes Ns. 23.810, de 1995 y 8.281, de 2001).

Si no fuese posible llevar a la prctica la reincorporacin en el plazo


de 6 meses, contado desde la absolucin administrativa, el empleado
tendr derecho a exigir, como nica indemnizacin por los daos y per-
juicios que la medida disciplinaria le hubiere irrogado, el pago de la
remuneracin que le habra correspondido percibir en su cargo durante
el tiempo que hubiere permanecido alejado de la Administracin, hasta
un mximo de tres aos (Art. 120 inciso 3 Ley N 18.834).

906
Curso de Derecho Administrativo

No procede reincorporar a funcionario a la reparticin de la cual fue


alejado tras aplicrsele la medida disciplinaria de destitucin, acorde al
inciso 1 del artculo 120 del Estatuto Administrativo. Ello, porque esa
norma exige como requisito esencial para la reincorporacin al Servi-
cio, el haber sido absuelto o sobresedo definitivamente en el proceso
criminal seguido por los mismos hechos por los cuales fue sancionado
administrativamente, por no constituir delito los hechos denunciados,
circunstancia que no se produce cuando en ninguno de los consideran-
dos de la sentencia judicial correspondiente se establece, como funda-
mento de la resolucin, que los hechos denunciados no constituiran
delito (Dictamen N 19.029, de 2007).

G. Principio de inexcusabilidad y principio conclusivo. Acorde


al artculo 14 inciso 1 de la Ley N 19.880, la Administracin est
obligada a dictar resolucin expresa en todos los procedimientos y a
notificarla, cualquiera que sea su forma de iniciacin.

El inciso 2 agrega que, requerido un rgano de la Administracin


para intervenir en un asunto que no sea de su competencia, enviar de
inmediato los antecedentes a la autoridad que deba conocer segn el
ordenamiento jurdico, informando de ello al interesado.

Este principio resulta aplicable, a todo procedimiento disciplina-


rio, y debe ser armonizado con el principio conclusivo previsto en el
artculo 8 de la Ley N 19.880, en conformidad con el cual, todo el
procedimiento administrativo est destinado a que la Administracin
dicte un acto decisorio que se pronuncie sobre la cuestin de fondo y en
el cual exprese su voluntad.

En este sentido, de acuerdo a la jurisprudencia administrativa, cons-


tituye una infraccin al principio conclusivo que la resolucin final en
un sumario administrativo omita pronunciarse sobre la relacin proce-

907
Sexta Parte - Funcin Pblica

sal de un inculpado respecto del cual el fiscal propuso su sobreseimien-


to, ya que en el acto administrativo de trmino de un proceso sumarial,
la autoridad debe pronunciarse respecto de todos quienes resulten im-
plicados en ste (Dictamen N 39.144, de 2008).

II. MEDIDAS DISCIPLINARIAS

902. Concepto. Las medidas disciplinarias son los medios que la


ley contempla para sancionar al funcionario que infringe su rgimen
de obligaciones, entre las cuales la autoridad con potestad sancionado-
ra puede optar al trmino de un proceso formal destinado a establecer
su responsabilidad administrativa387.

903. Enumeracin. Los artculos 122 a 125 del Estatuto Adminis-


trativo, establecen las medidas disciplinarias que pueden aplicarse a un
funcionario o incluso a un ex funcionario (segn fuere el caso) en virtud
de un procedimiento disciplinario. stas son: la censura, la multa, la
suspensin y la destitucin.

A. Censura. De acuerdo al artculo 122 del Estatuto Administrati-


vo, consiste en la reprensin por escrito que se hace al funcionario,
de la cual se dejar constancia en su hoja de vida, mediante una ano-
tacin de demrito de dos puntos en el factor de calificacin corres-
pondiente.

Alcances: Se trata de una reprensin, esto es, una reprimenda que


se formula por escrito dejando constancia en su hoja de vida, mediante
una anotacin de demrito de dos puntos en el factor de calificacin
correspondiente o pertinente.


387
Celis, Gabriel y Barra, Nancy: Manual de responsabilidad administrativa, op. cit., p. 22.

908
Curso de Derecho Administrativo

B. Multa. Segn el artculo 123 del Estatuto Administrativo, con-


siste en la privacin de un porcentaje de la remuneracin mensual, la
que no podr ser inferior a un 5% ni superior a un 20% de sta. El
funcionario, en todo caso, mantendr su obligacin de servir el cargo.

Alcances:

1. Aplicacin de la multa. Las penas de multa deben materializarse


descontando el porcentaje que corresponda de cualquier contrapresta-
cin de dinero que el empleado castigado tenga derecho a percibir en
razn de su empleo o funcin, como, por ejemplo, sueldo, asignacin
de zona, asignacin profesional y otros, por una sola mensualidad (Dic-
tamen N 8.776, de 1992).

El Dictamen N 29.179, de 1997, determina que la sancin en co-


mento debe aplicarse por una sola vez afectando en una nica opor-
tunidad la remuneracin mensual del sumariado. Esto, por cuanto la
Ley N 18.834 al definir la medida disciplinaria de multa no menciona
en parte alguna la posibilidad de imponerla en cuotas.

2. Clculo del monto. Sobre la aplicacin de las multas, el Dictamen


N 35.175, de 2003, precis que el monto especfico a cancelar se calcula
sobre la base de todos los emolumentos que los servidores reciben en ra-
zn del cargo que ejercen, los que, acorde al Oficio N 28.137, de 1977,
son aquellos que perciban a la fecha en que la resolucin sancionatoria
quede totalmente tramitada, esto es, notificada a los sancionados.

3. El pago de la multa debe enterarse por medio de un descuento rea-


lizado por el servicio en el cual se desempean, para lo cual la sancin
deber necesariamente ser comunicada al funcionario habilitado del or-
ganismo respectivo, a fin de privarlos de la parte de las remuneraciones
que corresponda, sin perjuicio de que los afectados puedan proceder al
pago directo de la suma calculada segn los criterios expuestos.

909
Sexta Parte - Funcin Pblica

Finalmente, es dable aadir, segn lo expresado por los dictme-


nes Ns. 6.597, de 1996 y 29.179, de 1997, de la Contralora, que la
multa deber aplicarse en una nica oportunidad, esto, por cuanto el
referido artculo 123 del Estatuto Administrativo, al definir la medida
disciplinaria no contempla en parte alguna la posibilidad de imponerla
en cuotas.

3. Constancia en la hoja de vida. Se dejar constancia en la hoja de


vida del funcionario de la multa impuesta, mediante una anotacin de
demrito en el factor de calificacin correspondiente, de acuerdo a la
siguiente escala:

1. Si no excede del 10%, la anotacin ser de 2 puntos.

2. Si es superior al 10% y no excede del 15%, la anotacin ser de


3 puntos.

3. Si es superior al 15%, la anotacin ser de 4 puntos.

En cuanto a la rebaja del puntaje, cabe tener presente que debe rea-
lizarse en el puntaje ponderado del factor correspondiente y no en las
notas. Ello, porque si bien es irrelevante realizar la rebaja de puntaje
en un factor u otro, luego de la ponderacin del promedio aritmti-
co de las notas de cada subfactor, la tesis de efectuar dicha deduccin
directamente del indicado promedio antes de aplicar el coeficiente de
ponderacin, puede significar para el servidor, por imposicin de una
sancin disciplinaria no expulsiva, quedar ubicado en una lista diversa
de la que le correspondera sin dicha medida, pudiendo ello implicar,
en algunos casos, la desvinculacin del servidor al ubicarse en lista 4, o
por segundo ao consecutivo en lista 3. Lo anterior importara otorgar
a las anotaciones de demrito por aplicacin de medidas disciplinarias
consecuencias que exceden los efectos de stas, lo que no corresponde,

910
Curso de Derecho Administrativo

pues la rebaja de puntaje es slo una consecuencia de la imposicin de


aqullas y, consecuencialmente, no puede tener un efecto mayor que la
propia sancin administrativa (dictmenes Ns. 30.151 y 41.286, am-
bos de 2001).

Con todo, cabe precisar que el proceso calificatorio y el sumario


administrativo persiguen finalidades distintas: evaluar el desempeo
funcionario y establecer responsabilidades por faltas cometidas, apli-
cando las sanciones correspondientes; por ello, un funcionario puede
ser sancionado disciplinariamente y experimentar una rebaja en su cali-
ficacin, por los mismos hechos; pero stos slo pueden ser ponderados
una vez en sus calificaciones, ya sea cuando acaecieron o cuando se
sancionaron, tal como se indic en el Dictamen N 33.849 de 1993.

C. Suspensin. Conforme al artculo 124 del Estatuto Administra-


tivo, consiste en la privacin temporal del empleo con goce de un 50
a un 70% de las remuneraciones y sin poder hacer uso de los derechos
y prerrogativas inherentes al cargo.

Alcances:

1. Aplicacin de multa mpide gozar de ciertos beneficios estatutarios.


Al respecto, resulta til puntualizar que la suspensin del empleo implica
una interrupcin, por el lapso que indica, de los efectos del vnculo exis-
tente entre la Administracin y el funcionario afectado por esa medida
disciplinaria, circunstancia que lo inhabilita, durante dicho perodo, para
ejercer los derechos que emanan del desempeo de su empleo y de su
condicin de funcionario pblico, lo que lleva a sostener, por ende, que se
encuentra privado de gozar de ciertos beneficios estatutarios.

2. Aplicacin de multa no impide seguir cotizando. Sin perjuicio de


lo anterior, por aplicacin directa del artculo 19 N 18 de la Constitu-

911
Sexta Parte - Funcin Pblica

cin Poltica, el Dictamen N 30.012, de 2000, concluy que la medida


disciplinaria de suspensin del empleo no impide al trabajador seguir
cotizando, le permite mantener su afiliacin a los respectivos fondos de
pensiones y de salud y, por lo mismo, conservar su derecho a las pres-
taciones propias de esos regmenes.

3. Constancia en la hoja de vida. Se dejar constancia en la hoja de


vida del funcionario mediante una anotacin de demrito de 6 puntos en
el factor correspondiente.

D. Destitucin. De acuerdo al artculo 125 inciso 1 del Estatuto


Administrativo, es la decisin de la autoridad facultada para hacer el
nombramiento de poner trmino a los servicios de un funcionario.

Alcances:

1. Causales. Acorde al Art. 125 inciso 2 del Estatuto: La medida


disciplinaria de destitucin proceder slo cuando los hechos constitu-
tivos de la infraccin vulneren gravemente el principio de probidad ad-
ministrativa, y en los siguientes casos, que luego se pasan a indicar.

2. Efecto de inhabilitacin. Sobre esta materia es necesario tener


presente lo dispuesto en el artculo 38, letra f), de la LOC N 10.336,
el que establece que la Contralora General se encuentra impedida de
dar curso a cualquier nombramiento recado en alguna persona que
haya sido separada o destituida administrativamente de cualquier em-
pleo o cargo pblico, a menos que intervenga decreto supremo de
rehabilitacin.

3. El fuero maternal no impide aplicar la destitucin, tal como se


seal en el Dictamen N 11.938, de 2000, al expresar que la circuns-
tancia de que uno de los afectados goce de fuero maternal, no incide

912
Curso de Derecho Administrativo

en la procedencia de la medida sealada, porque los ceses de servicios


que dispone la ley operan con prescindencia de las normas de inamo-
vilidad en el empleo contenidas en textos estatutarios o normas lega-
les generales o especiales, dado que las disposiciones sobre estabilidad
slo juegan en relacin con la eventual facultad de poner trmino a fun-
ciones, pero no caben en los casos en que la ley ordena el alejamiento
del funcionario, como ocurre tratndose de la aplicacin de un castigo
expulsivo.

4. No procede reincorporar a funcionario a la reparticin de la


cual fue alejado tras aplicrsele la medida disciplinaria de destitucin,
acorde al inciso 1 del artculo 120 del Estatuto Administrativo. Ello,
porque esa norma exige como requisito esencial para la reincorpora-
cin al Servicio, el haber sido absuelto o sobresedo definitivamente
en el proceso criminal seguido por los mismos hechos por los cuales
fue sancionado administrativamente, por no constituir delito los hechos
denunciados, circunstancia que no se produce cuando en ninguno de
los considerandos de la sentencia judicial correspondiente se estable-
ce, como fundamento de la resolucin, que los hechos denunciados no
constituiran delito (Dictamen N 19.029, de 2007).

5. Los funcionarios de Instituciones que contemplan contratos por


el Cdigo del Trabajo, son considerados funcionarios pblicos, pero
para efectos de su relacin laboral se les aplica el Cdigo del Trabajo
(y su Reglamento de Orden, Higiene y Seguridad en algunos casos). Lo
anterior ha sido sealado por la jurisprudencia de la CGR (Dictmenes
Ns. 22.100-1998, 7.945-2001, 30.018-1993). Es por esta razn que re-
sulta ajustado a derecho que tras un proceso sumarial se los sancione
con la medida de naturaleza expulsiva sealada en su estatuto laboral
(Cdigo del Trabajo en algunos casos, reglamento de orden, higiene y
seguridad en otros), la que en el caso del Cdigo del Trabajo es termi-
nacin de su contrato de trabajo sin derecho a indemnizacin.

913
Sexta Parte - Funcin Pblica

Sin embargo, en el caso del Instituto Nacional de Deportes hay que


hacer un tratamiento diferente. Dado que la Ley del Deporte seala en
su artculo 27 que para efectos de responsabilidad administrativa se les
aplica el Ttulo V del Estatuto Administrativo, debe aplicrseles las me-
didas disciplinarias sealadas en dicho ttulo, por lo que en el caso de
ser expulsiva corresponde aplicar destitucin (Dictmenes Ns. 19.556-
2006, 30.349-2008).

904. Limitaciones constitucionales a la aplicacin de sancio-


nes disciplinarias. El artculo 19 N 7 letra h) de la Constitucin
prohbe la sancin de prdida de los derechos previsionales. Dispo-
ne la norma que:

No podr aplicarse como sancin la prdida de los derechos pre-


visionales,.

En tal sentido, se prohbe constitucionalmente toda sancin, sea de


carcter disciplinaria o penal, consistente en la prdida de prerrogativas
de seguridad social como las licencias mdicas u otros beneficios pre-
visionales.

En este contexto, se dict la Ley N 17.902, que derog todas las


disposiciones legales que establecan la prdida de los derechos previ-
sionales.

En relacin con ello, el Dictamen N 22.112, de 2003, precis que


ninguna sancin, sea de carcter disciplinaria o penal, involucra la pri-
vacin de las prerrogativas de seguridad social, entre las que se cuentan
las licencias mdicas, protegidas incluso por el artculo 19, N 18 de la
Carta Fundamental.

914
Curso de Derecho Administrativo

III. EXTINCIN DE LA RESPONSABILIDAD DISCIPLINARIA

905. Causales. El artculo 157 del Estatuto Administrativo, contem-


pla cuatro causales de extincin de la responsabilidad administrativa.

A. Por muerte. En este caso, la multa cuyo pago o aplicacin se en-


contrare pendiente a la fecha de fallecimiento del funcionario, quedar
sin efecto (Art. 157 letra a) Ley N 18.834).

Se ha sostenido por la Contralora General de la Repblica, en su


Dictamen N 27.789, de 1992, que con el deceso de un empleado se ex-
tingui su responsabilidad administrativa, por ser ella eminentemente
personal.

B. Por haber cesado en sus funciones. Esta causal opera sin per-
juicio de lo dispuesto en el artculo 147 del Estatuto Administrativo,
cuyo inciso final previene que si se encontrare en tramitacin un suma-
rio administrativo en el que estuviere involucrado un funcionario, y ste
cesare en sus funciones, el procedimiento debe continuarse hasta su
normal trmino, anotndose en su hoja de vida la sancin que el mrito
del sumario determine (Art. 157 letra b) Ley N 18.834).

De acuerdo con la jurisprudencia contralora, la expresin sumario


administrativo empleada por el aludido artculo 147 de la Ley N 18.834
es genrica e incluye a la investigacin sumaria, porque el fin de esa
norma es evitar que un funcionario publico infractor de sus deberes
funcionarios eluda las consecuencias de su conducta mediante el aleja-
miento del servicio (Dictamen N 6.036, de 1994)

C. Por el cumplimiento de la sancin (Art. 157 letra c) Ley


N 18.834).

915
Sexta Parte - Funcin Pblica

D. Por prescripcin de la accin disciplinaria (Art. 157 letra d)


Ley N 18.834). El artculo 158 inciso 1 de la Ley N 18.834, sobre
Estatuto Administrativo, seala que: la accin disciplinaria de la Ad-
ministracin contra el funcionario, prescribir en cuatro aos conta-
dos desde el da en que ste hubiere incurrido en la accin u omisin
que le da origen.

Conforme a la jurisprudencia administrativa, el plazo previsto para


la prescripcin de la accin disciplinaria no resulta aplicable a las in-
habilidades para ser promovido, que prev el artculo 55 del Estatuto
Administrativo, en tanto stas no dan lugar al ejercicio de esa accin,
sino que son algunas de las consecuencias que la ley prev una vez que
se ha hecho efectiva la responsabilidad administrativa mediante la apli-
cacin de la sancin respectiva por la autoridad a la que corresponde el
ejercicio de la potestad disciplinaria.

En efecto, la ley exige para hacer procedente la aplicacin de las re-


feridas inhabilidades que los funcionarios hayan sido sancionados con
las medidas disciplinarias a que la norma alude, por lo que, sin perjuicio
de la extincin de la responsabilidad administrativa como consecuencia
del cumplimiento de la medida disciplinaria, esta sancin, aplicada en
el perodo de doce meses que antecede a la vacancia del cargo de que
se trata, configura una inhabilidad temporal para ser promovido en los
trminos del citado artculo 55 del Estatuto Administrativo (Dictamen
N 42.304, de 2009).

Cabe destacar, adems que recientemente la jurisprudencia con-


tralora ha concluido que los organismos de la Administracin no slo
pueden, sino que deben declarar de oficio la prescripcin de la accin
disciplinaria, dictando al efecto el acto administrativo que corresponda,
en todos aquellos casos en que de los antecedentes del procedimiento
sumarial aparezca que ha transcurrido el plazo sealado por la ley para

916
Curso de Derecho Administrativo

hacer efectiva la responsabilidad administrativa sin que el funcionario


haya sido sancionado (Dictamen N 34.407, de 2008).

906. Interrupcin y suspensin de la prescripcin. El artculo


159 del citado texto normativo, dispone que la prescripcin de la ac-
cin disciplinaria se interrumpe, perdindose el tiempo transcurrido,
si el funcionario incurriere nuevamente en falta administrativa, y se
suspende desde que se formulen cargos en el sumario o investigacin
sumaria respectiva.

Agrega el inciso 2, que si el proceso administrativo se paraliza por


ms de dos aos, o transcurren dos calificaciones funcionarias sin que
haya sido sancionado el funcionario afectado, continuar corriendo el
plazo de la prescripcin como si no se hubiere interrumpido.

Sobre esta materia, la Contralora ha sostenido que en el caso que


los cargos fueran formulados en diferentes ocasiones a lo largo del
procedimiento, son los primeros los que producen el efecto suspensi-
vo de la prescripcin, de acuerdo a lo expresado por la jurisprudencia
de esta Entidad de Control, contenida en los Dictmenes Ns. 7.806,
de 1997 y 6.926, de 2001, sealando este ltimo pronunciamiento
que sus eventuales reformulaciones, en la medida que se refieran a las
mismas faltas, no restan valor suspensivo a la primera formulacin de
los mismos.

SECCIN II. PROCEDIMIENTOS DISCIPLINARIOS

907. Enumeracin de los procedimientos disciplinarios. El Esta-


tuto Administrativo contempla dos procedimientos disciplinarios desti-
nados a perseguir la responsabilidad funcionaria: El artculo 119 inciso
2 del Estatuto prescribe que:

917
Sexta Parte - Funcin Pblica

Los funcionarios incurrirn en responsabilidad administrativa


cuando la infraccin a sus deberes y obligaciones fuere susceptible de
la aplicacin de una medida disciplinaria, la que deber ser acreditada
mediante investigacin sumaria o sumario administrativo.

Sin perjuicio, de ello existen otros procedimientos sancionatorios


previstos en otros cuerpos normativos, por lo que, en definitiva, pueden
sistematizarse en los siguientes:

A. La Investigacin Sumaria (Arts. 126 y ss. Ley N 18.834).

B. El Sumario Administrativo (Arts. 129 y ss. Ley N 18.834).

C. Sumarios instruidos por la Contralora General de la Repblica


(Ley N 10.336 y Res. N 236, de 1998, de CGR).

D. Investigacin Sumaria por infraccin a normas de uso de vehcu-


los fiscales (D.L. N 799, de 1974).

908. Caso especial de los funcionarios regidos por el Cdigo del


Trabajo. Tratndose de servidores del estado sujetos al rgimen jur-
dico del Cdigo del Trabajo, la tipificacin de una causal que suponga
poner trmino al respectivo convenio laboral, debe ser establecida a
travs de una breve investigacin sumaria, la que no requiere sujetar-
se a las formalidades estatutarias de un proceso administrativo formal,
sino que basta con que se formulen cargos al afectado y se le otorgue
la oportunidad de defenderse, satisfaciendo as principios generales del
derecho (Dictamen N 44.361, de 1998).

I. LA INVESTIGACIN SUMARIA

909. Etapas de la investigacin sumaria. La investigacin suma-


ria comprende las siguientes etapas:

918
Curso de Derecho Administrativo

A. Instalacin del investigador.

B. Etapa Indagatoria.

C. Etapa Acusatoria.

D. Informacin a la autoridad superior.

E. Etapa Resolutiva.

F. Etapa de impugnacin.

1. Instalacin del investigador

910. Instruccin de investigacin sumaria y designacin de fis-


cal. Se inicia mediante una resolucin exenta que ordena la instruc-
cin de una investigacin sumaria (Art. 126 inciso 1 Ley N 18.834):

1. Directamente, al tomar conocimiento de algn hecho que ame-


rite investigacin.

2. Como consecuencia de una denuncia que se le formula.

Esta resolucin puede emanar:

1. Del jefe superior de la institucin;

2. El Secretario Regional Ministerial, o

3. El Director Regional de servicios nacionales desconcentrados,


segn corresponda.

919
Sexta Parte - Funcin Pblica

En la misma resolucin que da inicio a la investigacin sumaria se


designa para tal efecto a un funcionario que actuar como investigador
(Art. 126 inciso 1 Ley N 18.834).

La jurisprudencia de la Contralora General, contenida, entre otros,


en sus Dictmenes Ns. 7.528, de 1993, 21.651, de 1996, y 34.964, de
2005, ha precisado que la instruccin de iniciar una investigacin su-
maria constituye una manifestacin de la facultad sancionatoria de que
estn investidas las jefaturas competentes de los servicios pblicos.

911. Cese de funciones por aplicacin del artculo 160 del Cdi-
go Laboral. Requiere investigacin sumaria previa. La jurispruden-
cia administrativa ha concluido, en los Dictmenes Ns. 6.304 de 1993
y 7.598 de 2002, entre otros, que en el evento que se invoquen una o
ms de las causales indicadas en el artculo 160 del citado Cdigo del
Trabajo, para concluir la relacin laboral con un trabajador, es impres-
cindible que se establezca la existencia de las mismas a travs de una
breve investigacin sumaria, la que no requiere sujetarse a las formali-
dades estatutarias de un proceso administrativo formal, bastando para
ello que se oiga al acusado, se acredite la causal de cese de funciones, se
formulen cargos al afectado y se le otorgue la oportunidad de defender-
se, para satisfacer, de esta forma, los principios generales del derecho.

912. Cese de funciones por aplicacin del artculo 161 del Cdigo
Laboral. No requiere investigacin sumaria previa. Recordemos que
existen diversos funcionarios pblicos regidos por el Cdigo del Trabajo,
los cuales por tanto, pueden ser desvinculados, entre otras, por aplicacin
de las causales de necesidades de la empresa o de desahucio.

Al respecto, segn lo ha manifestado la jurisprudencia administra-


tiva contenida en el dictamen N 48.874, de 2005, la aplicacin del

920
Curso de Derecho Administrativo

artculo 161 del Cdigo Laboral, faculta al empleador para disponer el


cese de funciones, basndose nicamente en una apreciacin objetiva,
tanto de las condiciones de la empresa, como en las del trabajador, sin
que sea necesario una breve investigacin sumaria realizada previa-
mente.

2. Etapa Indagatoria

913. Objetivo. Esta etapa tiene por objeto verificar la existencia de


los hechos, la individualizacin de los responsables y su participacin,
si los hubiere (Art. 126 inciso 1 Ley N 18.834).

914. Notificaciones. Las notificaciones que se realicen durante la


investigacin sumaria debern hacerse personalmente. Si el funciona-
rio no fuere habido por dos das consecutivos en su domicilio o en su
lugar de trabajo, se lo notificar por carta certificada, de lo cual deber
dejarse constancia. En ambos casos se deber dejar copia ntegra de la
resolucin respectiva. En esta ltima circunstancia, el funcionario se
entender notificado cumplidos tres das desde que la carta haya sido
despachada (Art. 126 inciso 1 Ley N 18.834).

915. Plazo de la investigacin. Segn lo dispuesto en el artculo 126


inciso 3 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, y en armo-
na con los Dictmenes Ns. 4.243, de 1990, 24.718, de 2007, y 2.905, de
2010, el plazo para realizar la investigacin sumaria no puede exceder de
cinco das, de manera que, si en dicho perodo no es posible dar trmino a
aqulla, deber elevarse el proceso a sumario administrativo.

916. Solicitud de diligencias probatorias. En el evento de que el


inculpado solicite rendir prueba, el investigador sealar un plazo para

921
Sexta Parte - Funcin Pblica

rendirla que no exceder de 3 das. En el evento de solicitar el in-


culpado rendir prueba sobre los hechos materia del procedimiento, el
investigador sealar un plazo para rendirla, el cual no podr exceder
de tres das (Art. 126 inciso 4 Ley N 18.834).

La facultad de rendir prueba por parte del inculpado en un proceso


administrativo, establecida en los artculos 126, inciso cuarto y 138,
inciso segundo, de la Ley N 18.834, es un derecho establecido en favor
del imputado, por lo que formulada esa peticin, al fiscal slo le corres-
ponde proveerla y fijar el trmino dentro del cual debern producirse las
diligencias probatorias, con sujecin al plazo mximo sealado en esas
disposiciones, segn corresponda, pero no est facultado para evaluar la
procedencia o improcedencia de la rendicin de prueba y su correlativa
recepcin, tal como lo ha expresado la jurisprudencia administrativa
contenida, entre otros, en el Dictamen N 18.108, de 2002.

917. Elevacin de los autos a sumario administrativo. Si en el


transcurso de la investigacin se constata que los hechos revisten una
mayor gravedad se pondr trmino a este procedimiento y se dispondr,
por la autoridad competente, que la investigacin prosiga mediante un
sumario administrativo (Art. 127 Ley N 18.834).

Si la naturaleza de los hechos denunciados o su gravedad as lo


exigiere, a juicio de la institucin, el Secretario Regional Ministerial
o el Director Regional de servicios nacionales desconcentrados, segn
corresponda, se dispondr la instruccin de un sumario administrativo
(Art. 128 Ley N 18.834).

3. Etapa Acusatoria

918. Cargos y descargos. Si se formulan cargos el afectado debe


responder dentro de dos das a contar de la fecha de notificacin de la

922
Curso de Derecho Administrativo

resolucin. Al trmino del sealado plazo se formularn cargos, si


procedieren, debiendo el afectado responder los mismos en un plazo de
dos das, a contar de la fecha de notificacin de stos (Art. 126 inciso
3, segunda oracin Ley N 18.834).

4. Informacin a la autoridad superior

919. Vista del fiscal. Vencido el plazo sealado, el investigador


proceder a emitir una vista o informe en el trmino de dos das, en el
cual se contendr la relacin de los hechos, los fundamentos y conclu-
siones a que se hubiere llegado, formulando la proposicin que estima-
re procedente (Art. 126 inciso 5 Ley N 18.834).

Este informe contiene:

A. Relacin de los hechos, los fundamentos y conclusiones a que


se hubiere llegado.

B. Formula la proposicin que estimare procedente, en la cual ca-


ben tres posibilidades:

1. Sobresee, si por ejemplo, de los antecedentes reunidos en el proceso


sumarial no se acredita fundadamente la responsabilidad del inculpado.

Tambin es factible dictar sobreseimiento porque, aunque exista


mrito para perseguir responsabilidades administrativas, debido a que
las personas presuntamente involucradas se encontraban desvinculadas
del servicio al momento de la instruccin de investigacin sumaria.

El sobreseimiento presupone que no hubo imputacin de cargos; en


cambio, la absolucin supone que al inculpado se le formularon cargos
durante el procedimiento.

923
Sexta Parte - Funcin Pblica

Slo resulta legalmente procedente afinar el sobreseimiento del


afectado a travs de un documento de trmino formal, que por regla
general acorde con la Resolucin N 1.600, de 2008, de la Contralora
General de la Repblica se encuentra exento del trmite de toma de
razn, salvo que sea ordenado instruir por la propia Contralora.

2. Absuelve.

3. Propone aplicacin de medida administrativa.

4. Eleva los autos a sumario administrativo.

5. Etapa Resolutiva

920. Dictamen del jefe superior. Como resultado de una investiga-


cin sumaria no podr aplicarse la sancin de destitucin, sin perjuicio
de los casos contemplados en el presente Estatuto (Art. 126 inciso 6
Ley N 18.834).

Por tanto, la regla general es que en virtud de una investigacin


sumaria, se aplique una medida disiciplinaria no expulsiva, salvo las
situaciones de excepcin que admite el Estatuto Administrativo.

Estos casos a que se refiere la norma en comento son los de atrasos


y ausencias injustificadas, que se sancionan con la destitucin previa
investigacin sumaria, de conformidad con el artculo 72 inciso final de
la Ley N 18.834.

Sin perjuicio de lo anterior, cabe hacer presente que la jurispruden-


cia contralora, contenida en Dictmenes Ns. 16.622, de 1985, 35.083,
de 1990 y 9.926 de 1993, entre otros, ha determinado que si bien las
ausencias reiteradas deben castigarse con la medida disciplinaria de

924
Curso de Derecho Administrativo

destitucin, conforme a lo preceptuado en el artculo 72, inciso final, de


la Ley N 18.834, la autoridad administrativa puede en estas situacio-
nes imponer una sancin inferior, o incluso absolver, pero en tal caso
la resolucin que afine la investigacin debe ser fundada, consignando
en sus vistos o considerandos las razones por las cuales dicha autoridad
considera atendible adoptar esa determinacin.

6. Etapa de impugnacin

921. Recursos administrativos. Conocido el informe o vista, la


autoridad que orden la investigacin sumaria dictar la resolucin res-
pectiva en el plazo de dos das, la cual ser notificada al afectado.

En armona con el principio de impugnabilidad de los actos admi-


nistrativos (Arts. 10 LOC N 18.575, y 15 Ley N 19.880) el inculpado
puede interponer:

A. Recurso de reposicin en el trmino de dos das, ante quien


emiti la resolucin, apelando en subsidio para ante el jefe superior de
la institucin (artculo 126 inciso 7 primera oracin Ley N 18.834).

B. La apelacin slo proceder en caso que la medida haya sido


aplicada por otra autoridad (artculo 126 inciso 7 primera oracin Ley
N 18.834).

Tal recurso slo procede tratndose de organismos que tengan su-


perior jerrquico, lo cual se da exclusivamente respecto de servicios
centralizados.

Conforme a la jurisprudencia, por tratarse de un organismo des-


centralizado, la jefatura del SII carece de superior jerrquico, y en tales
condiciones, no es admisible ese recurso (Dictamen N 801 de 2004).

925
Sexta Parte - Funcin Pblica

Tambin el Dictamen N 38.215, de 2001, seala que cuando las


autoridades administrativas imponen medidas disciplinarias en virtud
de una delegacin de facultades del jefe superior del servicio, como en
este caso, los afectados no pueden deducir el eventual recurso de apela-
cin que ante esta ltima autoridad pueda existir, atendido que aquellas
jefaturas, al suscribir los documentos que aplican las sanciones, estn
representando a la autoridad mxima de la institucin, entendindose
que quien las impone es esta ltima a travs de un delegado.

El plazo para resolver la reposicin o el recurso de apelacin,


cuando corresponda, ser en ambos casos de dos das (Art. 126 inciso
8 Ley N 18.834).

Slo resulta legalmente procedente afinar el procedimiento de in-


vestigacin sumaria a travs de una resolucin de trmino formal que,
acorde con la Resolucin N 1.600, de 2008, de la Contralora General
de la Repblica, se encuentra afecta a toma de razn y sometida tam-
bin al trmite de registro.

II. EL SUMARIO ADMINISTRATIVO

922. Enumeracin de etapas del sumario administrativo. El su-


mario comprende las siguientes fases:

A. Instalacin de la Fiscala.

B. Etapa Indagatoria.

C. Etapa Acusatoria.

D. Etapa Informativa al Jefe Superior.

926
Curso de Derecho Administrativo

E. Etapa Resolutiva.

F. Etapa de Reclamacin.

1. Instalacin o constitucin de la Fiscala

923. Instruccin de sumario. Autoridad competente. Existen dos


entidades competentes para la instruccin de un sumario administrati-
vo: la propia superioridad del Servicio, y luego, la Contralora General
de la Repblica.

A. La superioridad del Servicio. Es la propia superioridad la que


inicia el procedimiento, en virtud de que en ella reside la potestad dis-
ciplinaria, lo que se materializa a travs de una resolucin exenta de
toma de razn.

1. Directamente, al tomar conocimiento de algn hecho que ame-


rite investigacin. En efecto, tal como indica la jurisprudencia
administrativa contenida en el Dictamen N 59.631, de 2009,
entre otros, la orden de iniciar un sumario administrativo cons-
tituye una manifestacin de la potestad disciplinaria de que
estn investidas las jefaturas competentes de los organismos
pblicos. De este modo, la atribucin en comento se encuentra
radicada en el jefe superior de la institucin a la que perteneca
el afectado, correspondindole a ste adoptar una determina-
cin sobre el ejercicio de la misma.

2. Como consecuencia de una denuncia que se le formula.

3. A requerimiento de Contralora. Tambin la motivacin o im-


pulso que da origen al procedimiento disciplinario, est impl-
cita en algn oficio de Contralora. Por ejemplo, un oficio de-

927
Sexta Parte - Funcin Pblica

volutorio, de un acto administrativo sometido a toma de razn,


o un oficio de informe de alguna unidad fiscalizadora, como
Auditora Administrativa.

La autoridad facultada para ello, se encuentra prevista en el artculo


129 inciso 1 de la Ley N 18.834.

El sumario administrativo se ordenar por el jefe superior de la


institucin, el Secretario Regional Ministerial o el Director Regional
de servicios nacionales desconcentrados, segn corresponda, mediante
resolucin, en la cual designar al fiscal que estar a cargo del mismo.
El fiscal deber tener igual o mayor grado o jerarqua que el funciona-
rio que aparezca involucrado en los hechos.

Puede ser:

1. El jefe superior de la institucin.

2. El Secretario Regional Ministerial.

3. El Director Regional de servicios nacionales desconcentrados.

B. La Contralora General de la Repblica. En efecto, el ar-


tculo 133 de la LOC N 10.336, establece la prerrogativa del Contralor
General o cualquier otro funcionario de esa Entidad de Fiscalizacin
especialmente facultado por aqul, para ordenar, si se estima necesario,
la instruccin de sumarios administrativos.

Segn se desprende de los Dictmenes Ns. 28.137, de 1977 y


58.346, de 2004, tratndose de funcionarios titulares de una reparticin
que se encuentren en otro servicio, manteniendo su cargo en propiedad,
ser la reparticin en donde ocurrieron las irregularidades la que deber
investigar los hechos por medio del proceso sumarial correspondiente,

928
Curso de Derecho Administrativo

y esa misma entidad emitir y tramitar la resolucin que determine la


sancin que corresponda.

Lo anterior, por cierto, es sin perjuicio de que la materializacin del


castigo se haga mediante una resolucin de la autoridad correspondien-
te al servicio en que actualmente se desempee el inculpado, cuando
ste haya mantenido la calidad de funcionario pblico sin solucin de
continuidad o interrupcin de funciones, acorde a lo dictaminado en el
Oficio N 58.346, entre otros, de esta Contralora General.

924. Sumario administrativo dispuesto por una autoridad in-


competente. Segn lo seala la jurisprudencia administrativa de la
Contralora, contenida en sus Dictmenes Ns. 2.680, de 1999 y 21.046,
de 2005, el hecho de que un sumario administrativo lo disponga una
autoridad incompetente no afecta la validez del proceso, por cuanto no
es un vicio esencial, toda vez que no constituye un elemento decisivo
en los resultados del procedimiento disciplinario.

925. Imposibilidad de instruir sumario contra ex funciona-


rio. Acorde con el criterio contenido, entre otros, en los Dictmenes
Ns. 22.993, de 1990, y 43.792, de 2009, cabe sealar que atendido lo dis-
puesto en el artculo 157 letra b) del Estatuto Administrativo, en relacin
con el inciso final del artculo 147 del mismo cuerpo legal, no es posible
instruir un sumario administrativo con posterioridad a la desvinculacin
del funcionario, quien desde el cese ya no inviste tal calidad.

926. Notificaciones.

A. Primera regla. Se aplica la notificacin personal. Las notifi-


caciones que se realicen en el proceso debern hacerse personalmente
(Art. 131 inciso 1 Ley N 18.834).

929
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Segunda regla. En subsidio se aplica la notificacin por cdula.


Si el funcionario no fuere habido por dos das consecutivos en su domi-
cilio o en su lugar de trabajo, se lo notificar por carta certificada, de lo
cual deber dejarse constancia. En ambos casos se deber entregar copia
ntegra de la resolucin respectiva (Art. 131 inciso 1 Ley N 18.834).

Los funcionarios citados a declarar ante el fiscal debern fijar en su


primera comparecencia un domicilio dentro del radio urbano en que la
fiscala ejerza sus funciones. Si no dieren cumplimiento a esta obliga-
cin se harn las notificaciones por carta certificada al domicilio regis-
trado en la institucin, y en caso de no contarse con tal informacin, en
la oficina del afectado (Art. 131 inciso 2 Ley N 18.834).

El funcionario se entender notificado cumplidos tres das desde


que la carta haya sido despachada (Art. 131 inciso 3 Ley N 18.834).

De acuerdo al Dictamen N 3.124, de 2009, la falta de notificacin


en un sumario, producida al ser devuelta por correos la carta certificada
pertinente, sin llegar a destino y sin que se cumplieran previamente las
formalidades del artculo 131 de la Ley N 18.834, configura un vicio
esencial del proceso. Ello, porque la notificacin es un trmite esencial,
cuya omisin coloca al inculpado en un estado de eventual indefensin
al impedirle tomar conocimiento de las actuaciones que le afectan e in-
terponer, si lo estima conveniente, los recursos legales que le franquea
el ordenamiento estatutario vigente. El concepto de domicilio para fines
de la notificacin corresponde a aquel que fija el funcionario citado a
declarar en su primera comparecencia, dentro del radio urbano donde la
fiscala ejerza sus funciones y, en el evento que no diere cumplimiento a
esa obligacin, debern realizarse las notificaciones en el domicilio que
registra en la institucin en caso de no contarse con esa informacin,
en la oficina del afectado, todo ello conforme al inciso 2 del precepto
aludido.

930
Curso de Derecho Administrativo

927. Designacin de fiscal y constitucin de la fiscala. El su-


mario est a cargo del fiscal que es designado por alguna de las auto-
ridades que ordena la sustanciacin del procedimiento sumarial, en la
misma resolucin que orden instruir el sumario (Art. 129 inciso 1
Ley N 18.834) y se le notifica personalmente.

Se le exige tener igual o superior grado que la persona que va a ser


objeto del sumario (Art. 129 inciso 1 Ley N 18.834).

De acuerdo al Dictamen N 9.499, de 2009, el nombramiento de


un servidor pblico como investigador o fiscal de un proceso sumarial
por parte de la autoridad a quien corresponde la potestad disciplinaria,
configura un cometido funcionario cuya observancia es obligatoria de
conformidad a lo dispuesto en el artculo 61, de la Ley N 18.834, de
tal suerte que su incumplimiento puede comprometer la responsabili-
dad administrativa del funcionario designado, tal como se ha precisa-
do por este rgano de Control mediante el Oficio N 46.540, de 2003.
Todo ello, a menos que opere alguna de las causales de implicancia o
recusacin contempladas en la aludida ley y as lo declare la autoridad
respectiva.

Si durante la investigacin de los hechos surgen personas involu-


cradas de mayor grado que el fiscal, se debe dar aviso y ser reem-
plazado: Si designado el fiscal, apareciere involucrado en los hechos
investigados un funcionario de mayor grado o jerarqua, continuar
aqul sustanciando el procedimiento hasta que disponga el cierre de la
investigacin (Art. 129 inciso 2 Ley N 18.834).

De acuerdo al inciso 2 del citado artculo 129, el fiscal cuyo grado


jerrquico sea inferior al del o los funcionarios que aparecieren invo-
lucrados, slo se encuentra inhabilitado para continuar sustanciando el
proceso despus del cierre de la investigacin.

931
Sexta Parte - Funcin Pblica

No existe impedimento legal para que mdico grado 4, contratado,


del servicio mdico legal, se desempee como fiscal en un sumario
en que el investigado posee grado 4, directivo, de planta. Ello, porque
por expresa disposicin del Art. 129 de la Ley N 18.834, el fiscal debe
tener igual o mayor grado o jerarqua que el funcionario investigado,
careciendo de relevancia para ello, que el interesado tenga la calidad de
contratado y el sumariado de planta, ya que, ambos poseen el mismo
grado (Dictamen N 14.425, de 2004).

La resolucin de designacin del fiscal debe ser notificada. El fiscal


debe aceptar el cargo y, posteriormente, ste designar a un actuario que
debe ponerse a su disposicin. (Art. 130). Este actuario podr ser fun-
cionario de cualquier institucin de la Administracin del Estado (Art.
124 Ley N 18.834).

928. Designacin de fiscal ad-hoc. Si hubiere que realizar di-


ligencias fuera de la ciudad en que se est instruyendo el sumario,
el fiscal podr requerir a la autoridad que orden la instruccin del
sumario la designacin de un fiscal ad-hoc (Art. 130 inciso 2 Ley
N 18.834).

929. Designacin de Actuario. Al igual que en la investigacin


sumaria, tambin en el sumario el investigador debe designar un actua-
rio, quien es el ministro de fe que certifica las actuaciones del fiscal las
cuales deben ser firmadas por ambos: La resolucin a que se refiere el
artculo anterior ser notificada al fiscal, quien designar un actuario,
el que se entender en comisin de servicio para todos los efectos le-
gales. El actuario podr ser funcionario de cualquier institucin de la
Administracin del Estado regida por este Estatuto, tendr la calidad
de ministro de fe y certificar todas las actuaciones del sumario (Art.
130 inciso 1 Ley N 18.834).

932
Curso de Derecho Administrativo

La participacin tanto del fiscal como del actuario de este sumario


es obligatoria, salvo causal de inhabilidad que puedan invocar (Art. 127
Ley N 18.834).

El fiscal y el actuario deben ser siempre funcionarios, sea de plan-


ta, contrata o suplente. Nunca puede ser designado como tal una per-
sona contratada a honorarios.

Segn lo establece la jurisprudencia administrativa contenida, en-


tre otros, en el Dictamen N 2.466, de 2008, solamente se otorga la
proteccin contemplada en el artculo 90 A de la Ley N 18.834, a los
servidores que se rijan por dicho cuerpo normativo que denuncien irre-
gularidades y faltas al principio de probidad, lo cual no acontece en este
caso, toda vez que el recurrente no ostenta la calidad de funcionario
pblico.

1.1. Recusaciones

930. Apercibimiento. Los funcionarios citados a declarar por pri-


mera vez ante el fiscal, en calidad de inculpados, sern apercibidos para
que dentro del segundo da formulen las causales de implicancia o recu-
sacin en contra del fiscal o del actuario (Art. 132 Ley N 18.834).

La omisin del trmite de apercibimiento para recusar al fiscal no


reviste el carcter de actuacin esencial (Dictamen N 3.737, de 1999).

931. Causales de recusacin. Son causales taxativas de recusacin,


para los efectos de hacer efectivas los casos de implicancia o recusacin
en contra del fiscal o actuario las siguientes (Art. 133 Ley N 18.834):

A. Tener el fiscal o el actuario inters directo o indirecto en los he-


chos que se investigan.

933
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Tener amistad ntima o enemistad manifiesta con cualquiera de


los inculpados.

C. Tener parentesco de consanguinidad hasta el tercer grado y de


afinidad hasta el segundo, inclusive, o de adopcin con alguno de los
inculpados.

Estas razones las puede invocar tanto el fiscal como el actuario para
inhibirse de seguir sustanciando el sumario.

Acorde a la jurisprudencia administrativa, las causales que inhabi-


litan a un funcionario para actuar como fiscal son de derecho estricto,
por lo que no cabe hacerlas extensivas a otras situaciones que no estn
expresamente descritas en la ley (Dictmenes Ns. 14.835, de 1993,
13.112 de 2001, 31.025, de 2005 y 9.499, de 2009).

As, una instruccin no puede considerarse una causal de implican-


cia, puesto que una interpretacin en tal sentido significara vulnerar el
principio de jerarqua normativa que estructura nuestro ordenamiento
jurdico (Dictamen N 9.499, de 2009).

932. Incidente de recusacin. Formulada la recusacin, el fiscal o


el actuario, segn corresponda, dejarn de intervenir, salvo en lo relati-
vo a actividades que no puedan paralizarse sin comprometer el xito de
la investigacin (Arts. 133, 134 Ley N 18.834).

La solicitud de recusacin ser resuelta en el plazo de dos das por


el fiscal respecto del actuario y por la autoridad que orden el sumario
respecto del fiscal. En caso de ser acogida se designar un nuevo fiscal
o actuario.

El fiscal o el actuario podrn declararse implicados por algunas de las


causales mencionadas en el artculo 133 o por algn otro hecho que a su

934
Curso de Derecho Administrativo

juicio les reste imparcialidad. En este caso resolver la autoridad que or-
den el sumario en el mismo plazo indicado anteriormente, en lo relativo
al fiscal y ste respecto del actuario (Art. 134 inciso 3 Ley N 18.834).

Ahora bien, los hechos que el propio instructor puede aducir como
causales de implicancia deben referirse, exclusivamente, a la carencia
de la neutralidad necesaria para conducir objetivamente la investiga-
cin a la luz de las exigencias del debido proceso (Dictamen N 9.499,
de 2009).

Cada vez que se nombre un nuevo fiscal o actuario se notificar al


sumariado para los efectos sealados en el artculo 132.

933. Acumulacin de procesos sumariales. La normativa con-


tenida en la Ley N 18.834, no obliga a la autoridad a disponer la
tramitacin conjunta de distintos procesos sumariales, ni aun cuando
en ellos exista identidad de hechos, lo cual resulta armnico con el
criterio contenido en el Dictamen N 10.817, de 1981, de la Contra-
lora General.

2. Indagatoria

934. Objetivo. El objetivo de la etapa indagatoria es acreditar he-


chos que tipifiquen infracciones administrativas y, adems, determinar
o individualizar a los eventuales inculpados en los hechos y el grado de
participacin como, asimismo, determinar si concurren circunstancias
agravantes o atenuantes a la responsabilidad administrativa.

El fiscal tiene amplias facultades para proceder, puede aceptar


incluso las medidas de suspensin o destinacin transitoria (Art. 135
inciso 1 Ley N 18.834).

935
Sexta Parte - Funcin Pblica

Si durante esta etapa indagatoria el fiscal determina la existencia de


hechos que constituyen delito est obligado a hacer la respectiva denun-
cia a los Tribunales Ordinarios de Justicia. (Art. 1 Ley N 18.834).

935. Declaracin del inculpado. La declaracin del inculpado


constituye un trmite esencial, cuya omisin infringe la legalidad del
proceso afectando el derecho a defensa (Dictmenes Ns. 2.680 y 3.737,
ambos de 1999 y N 30.973, de 2008).

No obstante, segn el criterio contenido en el Dictamen N 30.973,


de 2008, la falta de declaracin de un inculpado no es un vicio de ca-
rcter esencial cuando previamente se le haya citado de conformidad a
las normas que regulan la materia, por cuanto la inobservancia de estas
reglas afectan la legalidad del procedimiento sumarial.

El citado artculo 135 inciso 1 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto


Administrativo, establece el deber de los funcionarios de prestar la co-
laboracin que les solicite el fiscal, quien, tal como indica el Dictamen
N 19.892, de 2009, dentro de las amplias facultades que posee para
realizar la investigacin, puede concurrir al domicilio del servidor para
tomar la declaracin respectiva, aun cuando se encuentre gozando de
licencia mdica, siempre que sea posible atendido a su estado de salud
y no perturbe la recuperacin de ste.

936. Duracin de la investigacin. La extensin o trmino de la


investigacin de los hechos es de 20 das que correran desde que se
instala la fiscala (son das hbiles): La investigacin de los hechos
deber realizarse en el plazo de veinte das al trmino de los cuales
se declarar cerrada la investigacin y se formularn cargos al o los
afectados o se solicitar el sobreseimiento, para lo cual habr un plazo
de tres das (Art. 135 inciso 2 Ley N 18.834).

936
Curso de Derecho Administrativo

937. Prrroga de la etapa indagatoria por hasta 60 das. En ca-


sos calificados, al existir diligencias pendientes decretadas oportuna-
mente y no cumplidas por fuerza mayor, se podr prorrogar el plazo de
instruccin del sumario hasta completar sesenta das, resolviendo sobre
ello el jefe superior de la institucin, el Secretario Regional Ministerial
o el Director Regional de servicios nacionales desconcentrados, segn
corresponda (Art. 135 inciso final Ley N 18.834).

Los requisitos para decretar la ampliacin son dos:

A. Que existan diligencias pendientes decretadas oportunamente, y

B. Que dichas diligencias no hayan sido cumplidas por fuerza


mayor.

De dicha solicitud resuelven las mismas autoridades dotadas de po-


testad para iniciar el procedimiento sumarial.

Para que la resolucin que otorga el trmino probatorio produzca


efecto, es necesario que el inculpado sea notificado de tal hecho, ya sea
personalmente o por carta certificada, de acuerdo con lo preceptuado en
el inciso primero del artculo 131 del mencionado texto estatutario. Lo
anterior, por lo dems, se encuentra en plena armona con lo prescrito en
el artculo 45 de la Ley N 19.880, sobre Bases de los Procedimientos
Administrativos, conforme al cual los actos administrativos de efec-
tos individuales debern ser notificados a los interesados (Dictamen
N 55.290, de 2006).

Si vence el plazo de instruccin del sumario y ste an no se en-


cuentra afinado, la autoridad que procedi a incoarlo debe revisarlo
y tomar las medidas para hacer efectiva la responsabilidad del fiscal:
Vencidos los plazos de instruccin de un sumario y no estando ste afi-

937
Sexta Parte - Funcin Pblica

nado, la autoridad que lo orden deber revisarlo, adoptar las medidas


tendientes a agilizarlo y determinar la responsabilidad del fiscal (Art.
143 Ley N 18.834).

938. La etapa indagatoria es secreta hasta la formulacin de


cargos (Art. 137 inciso 2 Ley N 18.834). No resulta aplicable el prin-
cipio de publicidad de la Ley N 19.880 (Art. 16) al sumario adminis-
trativo regulado por la Ley N 18.834, ya que este ltimo constituye un
procedimiento de naturaleza especial y que ha regulado en detalle la
defensa de los inculpados.

El sumario administrativo se encuentra expresamente regulado en


los artculos 122 y siguientes de la Ley N 18.834, constituyendo un
procedimiento de naturaleza especial, a cuyo respecto, segn lo seala-
do, las disposiciones de la aludida Ley N 19.880, slo pueden aplicarse
con carcter supletorio, esto es, en aquellas materias no reguladas en
aqul.

En este sentido, cabe destacar que el inciso 2 del artculo 131 de


Ley N 18.834, expresamente dispone que el sumario administrativo
ser secreto hasta la fecha de formulacin de cargos, oportunidad en la
cual dejar de serlo para el inculpado y para el abogado que asumiere
su defensa, por lo que, en la especie, no cabe la aplicacin supletoria
de la mencionada Ley N 19.880, ya que la materia de que se trata,
esto es, la defensa de los inculpados en un procedimiento disciplinario
por parte de terceros, se encuentra regulada en el citado precepto legal,
conforme al cual aqulla puede ser asumida por un abogado (Dictamen
N 1.896 de 2005).

Ahora bien, de acuerdo a lo expresado en el Dictamen N 1.603,


de 2010, la eventual violacin del artculo 137 inciso 2 de la Ley
N 18.834, que establece el aludido deber de secreto del sumario, no

938
Curso de Derecho Administrativo

constituye un vicio que acarree la nulidad del proceso, dado que no es


una circunstancia que influya de manera decisiva en el resultado del
procedimiento disciplinario ni vulnera el derecho a la defensa del san-
cionado, todo lo cual, por cierto, es sin perjuicio de la facultad de la
autoridad de ponderar los hechos expuestos y, si procediere determinar
las eventuales responsabilidades que se deriven de aquella supuesta in-
fraccin.

939. Medidas preventivas. Acorde al artculo 136 inciso 1 del


Estatuto:

En el curso de un sumario administrativo el fiscal podr suspen-


der de sus funciones o destinar transitoriamente a otro cargo dentro
de la misma institucin y ciudad, al o a los inculpados como medida
preventiva.

As, acorde al precepto citado el fiscal puede disponer, alternativa-


mente una de las siguientes medidas preventivas:

A. Destinacin transitoria: Medida adoptada por el fiscal que tie-


ne por objeto alejar temporalmente al inculpado de su empleo habitual
dentro de la misma institucin o ciudad (Art. 130 Ley N 18.834).

La destinacin del funcionario debe operar dentro de la misma


institucin o ciudad (Art. 136 inciso 1 Ley N 18.834).

B. Suspensin preventiva: Tiene por objeto alejar temporalmen-


te al empleado del ejercicio de toda funcin pblica.

Estas dos medidas son de carcter transitorio. En efecto, de acuerdo


al artculo 136 inciso 2 de la Ley N 18.834 la medida adoptada ter-
minar al dictarse el sobreseimiento, que ser notificado personalmente

939
Sexta Parte - Funcin Pblica

y por escrito por el actuario, o al emitirse el dictamen del fiscal, segn


corresponda.

En caso de que el fiscal proponga en su dictamen la medida de des-


titucin, podr decretar que se mantenga la suspensin preventiva o
la destinacin transitoria, las que cesarn automticamente si la reso-
lucin recada en el sumario, o en alguno de los recursos que se inter-
ponga conforme al artculo 141, absuelve al inculpado o le aplica una
medida disciplinaria distinta de la destitucin. Cuando la medida pro-
rrogada sea la suspensin preventiva, el inculpado quedar privado del
cincuenta por ciento de sus remuneraciones, que tendr derecho a per-
cibir retroactivamente si en definitiva fuere absuelto o se le aplicara una
sancin inferior a la destitucin (Art. 136 inciso 3 Ley N 18.834).

El inciso 1 del artculo 136 de la Ley N 18.834, faculta al fiscal para


suspender de sus funciones a un inculpado en un procedimiento discipli-
nario, sin que dicha medida, tal como expresa el Dictamen N 16.567, de
1993, y 5.740, de 2009, permita privar al afectado de parte alguna de
sus remuneraciones.

Sin embargo, conviene tener presente que el inciso 3 del aludido


precepto estatutario prev que, en caso de que el fiscal proponga en su
dictamen la destitucin, podr decretar que se mantenga la suspensin
preventiva ya dispuesta, quedando el inculpado, en ese caso, privado
del cincuenta por ciento de sus remuneraciones, que tendr derecho a
percibir retroactivamente si en definitiva fuere absuelto o se le aplicara
una sancin inferior a la destitucin.

940. Plazos en el proceso sumarial. Segn el Dictamen N 12.798,


de 2007, el transcurso de los plazos establecidos en un procedimiento
sumarial sin que se hayan verificado las diligencias o actuaciones a que
la Administracin es obligada, no se traduce en la nulidad de los pro-

940
Curso de Derecho Administrativo

cedimientos, pues el transcurso del tiempo no es causal de ineficacia


de los actos administrativos, sino que una circunstancia a considerar
como motivo para adoptar medidas de mejoras procedimentales o para
determinar las responsabilidades que deban asumir los funcionarios en-
cargados de la tramitacin del respectivo expediente sumarial.

941. Cierre de la investigacin. Esta etapa termina con una reso-


lucin exenta que declara agotada la investigacin y dispone el cierre
del sumario.

La omisin del trmite de de cierre del sumario no reviste el carc-


ter de actuacin esencial (Dictamen N 3.737, de 1999).

3. Etapa Acusatoria

942. Proposicin del fiscal. Acorde al artculo 135 inciso 2 del


Estatuto, una vez cerrado el sumario el fiscal termina con la etapa de
investigacin y puede proponer:

A. El sobreseimiento, o

B. La formulacin de cargos.

3.1. El sobreseimiento.

943. Concepto. El sobreseimiento es aquella decisin adoptada


por la autoridad administrativa en un procedimiento disciplinario, de-
terminando, en caso que de los antecedentes reunidos en el proceso
sumarial no se acredite fundadamente la responsabilidad administra-
tiva del inculpado, o bien, porque aunque exista mrito para perseguir
responsabilidades administrativas las personas presuntamente involu-

941
Sexta Parte - Funcin Pblica

cradas se encontraban desvinculadas del servicio al momento de la


instruccin de la investigacin.

944. Fundamento. El sobreseimiento procede en dos casos388:

A. Si de los antecedentes reunidos en el proceso sumarial no se


acredita fundadamente la responsabilidad administrativa del inculpa-
do.

B. Si aunque exista mrito para perseguir responsabilidades admi-


nistrativas, las personas presuntamente involucradas se encontraban
desvinculadas del servicio al momento de la instruccin de investi-
gacin.

El sobreseimiento presupone que no hubo imputacin de cargos; en


cambio, la absolucin supone que al inculpado se le formularon cargos
durante el procedimiento (Dictamen N 5.687, de 2000).

945. Autoridad competente. De acuerdo al artculo 137 inciso 1


de la Ley N 18.834.

En el evento de proponer el fiscal el sobreseimiento se enviarn


los antecedentes al jefe superior de la institucin, el Secretario Regio-
nal Ministerial o el Director Regional de servicios nacionales descon-
centrados, en su caso, quien estar facultado para aprobar o rechazar
tal proposicin. En el caso de rechazarla, dispondr que se complete la
investigacin dentro del plazo de cinco das.


388
Celis, Gabriel y Barra, Nancy: Manual de responsabilidad administrativa, op. cit.

942
Curso de Derecho Administrativo

Las autoridades facultadas para el dictar el sobreseimiento son:

1. El jefe superior de la institucin;

2. El Secretario Regional Ministerial, o

3. El Director Regional de servicios nacionales desconcentrados.

946. Efectos.

A. Dictado el sobreseimiento, se entiende que nunca hubo infrac-


cin administrativa, en virtud del principio de inocencia previsto en el
artculo 19 N 3 de la Constitucin.

B. La medida preventiva de suspensin o destinacin transitoria ter-


mina por el solo ministerio de la ley al dictarse el sobreseimiento, que
ser notificado personalmente y por escrito por el actuario (Art. 136
inciso 2 Ley N 18.834).

3.2. Formulacin de cargos

947. Concepto. La formulacin de cargos es aquella decisin


adoptada por la autoridad administrativa en un procedimiento disci-
plinario, determinando, en caso que de los antecedentes reunidos en el
proceso sumarial se acredite fundadamente, la existencia de los hechos
irregulares as como la participacin del o los inculpados.

948. Requisitos de la formulacin de cargos. Para que proceda la


formulacin de cargos:

A. Debe estar acreditada la existencia de los hechos.

943
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Debe estar acreditada la participacin del o los inculpados.

Los cargos deben estar referidos a hechos concretos, precisos y


verificados que impliquen una infraccin de medidas disciplinarias, lo
cual comprende tambin el derecho a la defensa material, previsto en el
artculo 19 N 3 de la Constitucin.

De conformidad a lo manifestado por la jurisprudencia adminis-


trativa contenida, entre otros, en los Dictmenes Ns. 54.131 de 2007
y 44.597, de 2008, los cargos que se formulen en el proceso deben ser
concretos y precisos y, necesariamente, contener el detalle de los hechos
constitutivos de la infraccin que se le imputa al inculpado y la forma
como ellos han afectado los deberes que establecen las normas legales
que se han vulnerado, de modo de permitirle asumir adecuadamente su
defensa y, a su vez, el Servicio pueda fundadamente determinar, si fuere
procedente, la aplicacin de la sancin que en derecho amerite la falta
en que se ha incurrido.

La notificacin de formulacin de cargos (Art. 131 Ley N 18.834)


es un trmite de carcter esencial, ya que la falta de notificacin im-
pide el derecho a la defensa vulnerando el principio de bilateralidad
de la audiencia previsto en el Art. 19 N 3 de la Constitucin (Dict-
menes Ns 2.680 y 3.737, ambos de 1999, y 39.118 y 41.366, ambos
de 2004).

A partir de la formulacin de cargos el sumario deja de ser secreto


para el inculpado y para el abogado que asumiere su defensa (Art. 131
Ley N 18.834), entrando a operar el principio de publicidad en armo-
na con el artculo 8 inciso 2 de la Constitucin.

La jurisprudencia ha sealado que no procede que la fiscala suma-


riante formule cargos y proponga, en el mismo acto, la sancin que, a su

944
Curso de Derecho Administrativo

juicio, merece el afectado, ya que ello importa tanto un prejuzgamiento


de las actuaciones del servidor , desde el instante que an no han podido
ejercer su derecho a defensa, como una transgresin de los principios
de objetividad y de imparcialidad que debe observar el investigador
(Dictmenes Ns. 16.313, de 1991 y 752, de 2002 y 7.708, de 2007).
En efecto, acorde al artculo 133 de la Ley N 18.834, la proposicin de
absolucin o sancin debe efectuarse en la vista fiscal respectiva.

En efecto, segn el artculo 138 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto


Administrativo, le asiste al afectado el derecho a contestar los cargos
que se le formulen y slo una vez que as lo haya hecho o vencido el
plazo que se le concede para hacerlo, el fiscal se encuentra, conforme al
artculo 139 del mismo texto legal, facultado para proponer al jefe supe-
rior del servicio la medida disciplinaria que estima procedente aplicar.

A su vez, la jurisprudencia ha dictaminado que procede notifica-


cin de sumario administrativo, encontrndose funcionaria con licencia
mdica. Ello, por cuanto el artculo 131 del Estatuto Administrativo,
indica que las notificaciones que se realicen en el proceso debern ha-
cerse personalmente y si el funcionario no fuere habido por dos das
consecutivos en su domicilio o en su lugar de trabajo, se notificar por
carta certificada en el domicilio que el empleado registre en el servicio,
considerando que el funcionario se encuentra notificado al tercer da
desde que la carta fue despachada por correos. Por lo anterior, la licen-
cia mdica slo permite al funcionario ausentarse o reducir su jornada
de trabajo, manteniendo su calidad de servidor pblico como el resto de
sus derechos y obligaciones, siendo ineficaz para impedir la notifica-
cin (Dictamen N 46.355, de 2008).

949. Descargos. El inculpado tiene un plazo de 5 das prorrogables


por otros 5 das cuando as lo ha solicitado el afectado, contados desde
la notificacin de los cargos, para presentar sus descargos, defensas y

945
Sexta Parte - Funcin Pblica

solicitar o presentar pruebas pudiendo consultar el expediente personal-


mente o por medio de su abogado (Art. 138 inciso 1 Ley N 18.834).

Adems, tiene un plazo de 2 das para formular causales de inhabi-


lidad que a su juicio pudieren afectar al fiscal o al ministro de fe.

950. Solicitud de rendicin de prueba y diligencias probatorias.


El inculpado tiene el derecho a solicitar al fiscal la rendicin de prueba
y/o de diligencias probatorias adicionales, al momento de presentar sus
descargos. Esta solicitud admite tres alcances (Art. 138 inciso 2 Ley
N 18.834).

1. Es un derecho del inculpado. Cuando el inculpado solicita la rea-


lizacin de ciertas diligencias probatorias, el fiscal est obligado a ac-
ceder debiendo ordenar un trmino probatorio que no puede exceder
en total de 20 das (Art. 138 inciso 2 Ley N 18.834).

Segn el criterio contenido en los Dictmenes Ns. 25.594, de 1993


y 34.010, de 2005, si bien la rendicin de prueba que contempla el art-
culo 138 de la Ley N 18.834, es un derecho que el legislador estableci
a favor del inculpado para su debida defensa en los sumarios adminis-
trativos, respecto a la peticin que se formule en tal sentido, al fiscal
slo le corresponde proveerla y fijar el trmino dentro del cual debern
producirse las diligencias solicitadas, que no podr exceder de veinte
das, para luego cerrar la investigacin cuando estime que ha aportado
todos los elementos de prueba que apoyen la respectiva resolucin de la
autoridad, tal como ha ocurrido en el proceso en examen.

2. Se solicita en el escrito de descargos. La oportunidad procesal


para efectuarlas es en el escrito de descargos, que viene a materializar
la defensa del inculpado, sin perjuicio que en l se pueden hacer valer
todos los medios que sean necesarios para su defensa.

946
Curso de Derecho Administrativo

De acuerdo con el Dictamen N 38.374, de 2008, no resulta admisi-


ble que, recin en el escrito de reposicin con apelacin subsidiaria en
contra de la medida aplicada, se haya solicitado la realizacin de una
serie de diligencias probatorias.

3. Corresponde al fiscal realizar las diligencias solicitadas. De


acuerdo con el Dictamen N 3.965, de 1994, el inculpado y su abogado
pueden, conforme a la Ley N 18.834, presentar pruebas o solicitar al
fiscal actuaciones necesarias para la defensa, acompaar documentos
o puntos para interrogar testigos y requerir careos, pero corresponde al
fiscal exclusivamente, realizar las diligencias, no siendo posible que el
afectado o su representante interroguen y contrainterroguen a los testi-
gos como procede en los juicios civiles y criminales.

951. Medios de prueba y valoracin de la prueba. No existiendo


norma expresa en el Estatuto Administrativo, por aplicacin supletoria
del artculo 35 de la Ley de Procedimiento Administrativo, en materia
de medios de prueba, se admite cualquier medio probatorio admisi-
ble en derecho.

En base al mismo razonamiento y normativa, la valoracin de la


prueba en los procedimientos sumariales se efecta en conciencia, esto
es, bajo el sistema de la libre conviccin.

En efecto, la jurisprudencia administrativa ha dictaminado que los


sumarios administrativos son procesos reglados, previstos en la Ley
N 18.834, que determina debidamente su tramitacin, por lo que res-
pecto de stos, ante la inexistencia o falta de claridad de una regulacin
especial que rija una materia, como sucede con las actuaciones relacio-
nadas con la prueba, corresponde aplicar la Ley N 19.880, en carcter
de supletoria, de acuerdo a lo dispuesto en el artculo 1 de la misma.

947
Sexta Parte - Funcin Pblica

En concordancia con lo expresado, debe estarse a lo establecido en


el artculo 35 del ltimo texto legal citado, que seala que los hechos
relevantes para la decisin de un procedimiento, pueden acreditarse
por cualquier medio probatorio admisible en derecho, aprecindose
en conciencia, en razn de lo cual este Organismo de Fiscalizacin no
advierte irregularidades en la valoracin de la prueba efectuada por la
fiscala administrativa en el sumario en cuestin, y que luego sirvi
de antecedente para la decisin adoptada al efecto por la autoridad
(Dictamen N 69.157, de 2009).

4. Etapa Informativa al Jefe Superior

952. Vista fiscal. La vista fiscal es aquel acto administrativo me-


diante el cual el fiscal investigador propone a la autoridad correspon-
diente las sanciones que estimare procedente aplicar o la absolucin de
uno o ms de los inculpados.

La vista debe contener:

la individualizacin del o los inculpados, la relacin de los he-


chos investigados y la forma como se ha llegado a comprobarlos, la
participacin y grado de culpabilidad que les hubiere correspondido
a los sumariados, a la anotacin de las circunstancias atenuantes o
agravantes, y la proposicin a la autoridad correspondiente de las san-
ciones que estimare procedente aplicar o de la absolucin de uno o ms
de los inculpados (artculo 139 inciso 2 Ley N 18.834).

A. La individualizacin del o los inculpados.

B. La relacin de los hechos investigados y la forma como se ha


llegado a comprobarlos.

948
Curso de Derecho Administrativo

C. La participacin y grado de culpabilidad que les hubiere corres-


pondido a los sumariados, a la anotacin de las circunstancias atenuan-
tes o agravantes.

D. La proposicin a la autoridad correspondiente de las sanciones


que estimare procedente aplicar o de la absolucin de uno o ms de los
inculpados.

La omisin de alguna de estas menciones constituye, segn la juris-


prudencia un vicio que incide en la legalidad del procedimiento.

Segn el Dictamen N 13.338, de 2000, la potestad sancionatoria


est radicada en la autoridad administrativa y no en el fiscal suma-
riante, quien en su vista o informe efecta una proposicin de sancin,
no vinculante para aqulla, susceptible de ser modificada por la supe-
rioridad del respectivo servicio, en base a un criterio de racionalidad,
esto es, que la sancin impuesta sea proporcionada a la gravedad de la
falta que se imputa.

953. Acceso a la vista fiscal. La jurisprudencia administrativa, en


su Dictamen N 15.643, de 2007, concluy que corresponde entregar a
funcionario inculpado o a su abogado, copia de la vista del fiscal emi-
tida en sumario administrativo seguido en su contra, acorde artculos
137 de la Ley N 18.834 y 13 de la Ley N 18.575. Ello, porque para
cumplir con el principio del debido proceso y el derecho a la defensa
jurdica establecidos en los artculos 19 N 3 de la Constitucin y 18
de la Ley N 18.575, en los sumarios administrativos se deben cumplir
exigencias bsicas tales como: notificacin, declaracin del imputado,
posibilidad de aportar pruebas y de interponer los recursos legales que
corresponda, vale decir, asegurar una adecuada defensa de los inculpa-
dos. El derecho de stos a conocer los antecedentes del sumario respec-
tivo, significa otorgarles facilidades con el fin de obtener un adecuado

949
Sexta Parte - Funcin Pblica

conocimiento del expediente, para lo que se requiere se les proporcio-


nen a sus expensas, copias de piezas o documentos que rolan en el su-
mario, siempre que, en tales procedimientos se haya puesto trmino a
la fase indagatoria.

5. Etapa Resolutiva

954. Actitudes del jefe superior. El artculo 140 inciso 1 del Es-
tatuto seala que:

Emitido el dictamen, el fiscal elevar los antecedentes del sumario


al jefe superior de la institucin, el Secretario Regional Ministerial o
el Director Regional de servicios nacionales desconcentrados, segn el
caso, quien resolver en el plazo de cinco das, dictando al efecto una re-
solucin en la cual absolver al inculpado o aplicar la medida discipli-
naria, en su caso. Tratndose de la medida de destitucin, los anteceden-
tes se elevarn a la autoridad facultada para hacer el nombramiento.

Evacuada la vista o informe del fiscal, el jefe superior puede asu-


mir cualquiera de las siguientes actitudes:

A. Ordenar la reapertura del sumario por encontrarse incompleta la


etapa indagatoria.

B. Absolver al inculpado.

C. Aplicar una medida disciplinaria (Art. 134 Ley N 18.834).

5.1. Reapertura del sumario

955. Concepto. La reapertura es aquella decisin adoptada por


la autoridad administrativa en un procedimiento disciplinario, deter-

950
Curso de Derecho Administrativo

minando ordenando nuevas diligencias, si as lo estimare necesario de


acuerdo a los antecedentes del proceso.

956. Efectos. Opera sin perjuicio de que el o los inculpados hayan


solicitado rendir pruebas al momento de formular sus descargos.

En efecto, la autoridad puede ordenar nuevas diligencias, si as lo


estimare necesario de acuerdo a los antecedentes del proceso, debiendo
acto seguido proceder nuevamente al cierre de la investigacin.

5.2. Absolucin

957. Concepto. La absolucin es aquella decisin adoptada por la


autoridad administrativa en un procedimiento disciplinario, determi-
nando que, no obstante haberse formulado cargos, no se renen ante-
cedentes que acrediten la responsabilidad disciplinaria del inculpado.

Se dispone cuando, no obstante haberse formulado cargos, no se


renen antecedentes que acrediten la responsabilidad disciplinaria del
inculpado.

958. Efectos. Dictada la absolucin, se entiende que nunca hubo


infraccin administrativa, en virtud del principio de inocencia previsto
en el artculo 19 N 3 de la Constitucin.

5.3. Aplicacin de medida disciplinaria

959. Alcances. Si se renen antecedentes que acrediten la respon-


sabilidad administrativa del inculpado, la autoridad procede a dictar un
acto administrativo sancionatorio.

951
Sexta Parte - Funcin Pblica

960. Plazo. La resolucin de trmino, sea absolucin o sancin,


debe dictarse dentro de cinco das, contados desde la fecha de la vista
del fiscal.

De acuerdo a la jurisprudencia administrativa en los procesos disci-


plinarios slo debe someterse al control preventivo de legalidad de este
Organismo, el acto terminal que contiene la sancin que en definitiva
se impone a los inculpados, el que debe dictarse luego que la autori-
dad competente ha fallado los recursos que procedan o han vencido los
plazos que establece la ley para interponerlos, si ellos no se hubieren
deducido.

Para estos efectos, es menester dictar una resolucin exenta del tr-
mite de toma de razn, que constituye una diligencia interna del proce-
so, evacuada en una etapa previa al afinamiento del mismo, que deter-
mina la medida disciplinaria que esa Superioridad considera procedente
aplicar, a objeto de que el afectado interponga una vez notificado de
aqulla, los recursos legales a que hubiere lugar (Dictamen N 10.755,
de 2005).

Las medidas disciplinarias aplicadas a los inculpados, debern ser


notificadas al tenor de lo dispuesto en el inciso 1 del artculo 125 de
Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, teniendo presente para
estos fines que las notificaciones que se realicen durante un proceso
sumarial debern hacerse personalmente y, si no fuese posible llevarlas
a cabo de este modo, podr efectuarse la diligencia mediante carta cer-
tificada, previas las bsquedas por dos das consecutivos, en sus domi-
cilios o en sus lugares de trabajo, segn corresponda, de lo cual deber
dejarse expresa constancia en el expediente respectivo.

La resolucin que aplica una medida disciplinaria no est sometida


al trmite de toma de razn, pero debe ser notificada, lo cual constitu-

952
Curso de Derecho Administrativo

ye un trmite fundamental o esencial del proceso sumarial cuya omisin


configura un vicio de legalidad que afecta la validez del procedimiento,
pues vulnera el derecho fundamental a la defensa del inculpado.

En cambio, tratndose del acto administrativo que aplica la sancin


disciplinaria, una vez tomado razn, si bien ste debe ser notificado
a la respectiva funcionaria, dejando constancia en el expediente de la
realizacin de esta diligencia, puesto que esa actuacin tiene por objeto
afinar completamente la tramitacin del respectivo acto sancionatorio,
hacindolo entrar en vigencia, la omisin de dicho trmite no afecta la
validez del acto, toda vez que en aquellos casos la medida disciplinaria
no es susceptible de ulterior recurso.

La medida a aplicar por la autoridad superior no necesariamente debe


ser la misma que la propuesta por el fiscal (Art. 134 Ley N 18.834).

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa, resulta plenamente


vlido que un empleado que haya sido objeto de una anotacin de dem-
rito, pueda ser tambin sancionado con una medida disciplinaria por el
mismo hecho que dio origen a aqulla (Dictamen N 38.275, de 1998).

961. Casos especiales de sobreseimiento. Por ltimo, debemos


precisar que los procedimientos disciplinarios instruidos por la Polica
de Investigaciones de Chile, se encuentran regulados por la normati-
va especial contenida en el Decreto N 1, de 1982, del Ministerio de
Defensa Nacional, Subsecretara de Investigaciones, que aprueba el
Reglamento de Sumarios e Investigaciones Sumarias de esa entidad
policial, en el cual se establece que las medidas disciplinarias slo son
aplicables a funcionarios en actividad, motivo por el cual, en caso de
aparecer comprometida la responsabilidad administrativa de un ex fun-
cionario en los hechos investigados, corresponde disponer su sobresei-

953
Sexta Parte - Funcin Pblica

miento, fundado exclusivamente en la circunstancia de haber dejado de


pertenecer a la Institucin. En caso de existir, adems, responsabilidad
pecuniaria derivada de los hechos investigados, sta podr perseguirse
ante los tribunales de justicia, a travs del Consejo de Defensa del Esta-
do (Dictamen N 406, de 2006).

6. Etapa de Reclamacin

962. Recursos administrativos. En armona con el principio de


impugnabilidad de los actos administrativos previsto en los artculos
10 de la LOC N 18.575, y 15 de la Ley N 19.880, el artculo 141
inciso 2 del Estatuto seala que en contra de la resolucin que ordene
la aplicacin de una medida disciplinaria, proceden los siguientes re-
cursos:

A. De reposicin, ante la misma autoridad que la hubiere dictado, y

B. De apelacin ante el superior jerrquico de quien impuso la me-


dida disciplinaria.

El recurso de reposicin procede siempre, no as el de apelacin,


ya que ste necesita de un superior jerrquico, como veremos a conti-
nuacin389.


389
Lo anterior es sin perjuicio que en determinados procedimientos especiales no exista repo-
sicin, sino derechamente recurso de apelacin, sucede con el artculo 24 del Reglamento
de Sumarios Administrativos e Investigaciones Sumarias de la Polica de Investigaciones de
Chile, aprobado por Decreto N 1, de 1982, del Ministerio de Defensa Nacional. Tambin
el caso de los sumarios instruidos por Contralora, en que no existe ni siquiera el recurso de
reposicin (Resolucin N 236, de 1998, CGR).

954
Curso de Derecho Administrativo

963. Cundo procede el recurso de apelacin. Sobre esta mate-


ria resulta necesario distinguir si se trata de un servicio centralizado o
descentralizado.

A. Tratndose de servicios descentralizados, la jefatura carece de


superior jerrquico, atendido lo cual la jurisprudencia administrativa ha
dictaminado que falla el supuesto necesario para la procedencia de la
apelacin (Dictmenes Ns. 30.095, de 1992; 30.984, de 1993, y 801,
de 1994).

Cuando la medida disciplinaria ha sido impuesta por una autoridad


administrativa haciendo uso de facultades delegadas por el jefe superior
del servicio, no procede la apelacin, puesto que la citada autoridad al
ejercer las facultades objeto de la delegacin est representando a la su-
perioridad mxima de la institucin, por lo que se entiende que es esta
ltima quien sanciona (Dictamen N 60.754, de 2005).

B. A contrario sensu, tratndose de servicios centralizados, la ju-


risprudencia administrativa ha dictaminado que procede el recurso de
apelacin.

El recurso de apelacin slo podr interponerse con el carcter de


subsidiario de la solicitud de reposicin y para el caso que sta no sea
acogida.

964. Fundamentacin y plazo de interposicin. Los recursos de-


bern ser fundados e interponerse en el plazo de cinco das, contado
desde la notificacin, y debern ser fallados dentro de los cinco das
siguientes (artculo 135 inciso 2 del Estatuto).

Tratndose de servidores del estado sujetos al rgimen jurdico


del cdigo del trabajo, la tipificacin de una causal que suponga poner

955
Sexta Parte - Funcin Pblica

trmino al respectivo convenio laboral, debe ser establecida a travs de


una breve investigacin sumaria, la que no requiere sujetarse a las for-
malidades estatutarias de un proceso administrativo formal, bastando
que se oiga al acusado, se acredite la causal de cese de funciones, se
formulen cargos al afectado y se le otorgue la oportunidad de defender-
se. en este caso, si bien para acreditar causal de caducidad del contrato
de trabajo, dicha entidad realiz breve investigacin sumaria, en ella no
consta que se hayan formulado cargos al afectado y se haya otorgado
a ste la oportunidad de defenderse, infringiendo uno de los principios
generales bsicos del derecho, esto es, el del debido proceso (Dict-
menes Ns. 19.572, de 2000 y 47.717, de 2003).

Tampoco corresponde que el fiscal sumariante resuelva un recurso


de reposicin, confirmando una medida disciplinaria, en circunstancias
que, una vez resuelto ste por quien corresponde, se debe aplicar la
sancin, documento que es el que se somete al examen de legalidad
(Dictamen N 45.422, de 2007).

De acuerdo con la jurisprudencia, la medida de destitucin aplicada


a un funcionario por el Subsecretario de Educacin, en virtud de las
facultades delegadas por el titular de la cartera, debe entenderse im-
puesta por el Ministro de Educacin, por lo tanto, procede que sea el
presidente de la Repblica, y no el ministro, en su carcter de superior
jerrquico de este ltimo, quien conozca y resuelva el recurso de alza-
da. Ello, porque segn los artculos 33 de la Constitucin Poltica y los
artculos 22, 23 y 40 de la Ley N 18.575, los ministros de estado se
encuentran subordinados jerrquicamente al primer mandatario y son
de su exclusiva confianza, por ende, la Ley N 18.834 radica la facultad
de sancionar en determinadas autoridades, sin desmedro de las atribu-
ciones del superior jerrquico que corresponda, que en este caso es el
Jefe del Estado (Dictamen N 46.001, de 2005).

956
Curso de Derecho Administrativo

La notificacin de la resolucin interna que acoge o rechaza el re-


curso de apelacin, no constituye un trmite esencial, as como tampo-
co la de reposicin en el caso de los organismos descentralizados (ya
que no hay segunda instancia).

Por ltimo, cabe recordar que en materia de recursos opera la refor-


natio in pellus, es decir, que resulta posible elevar la sancin impuesta
originalmente.

965. Autoridad competente para afinar el procedimiento. Acor-


de al artculo 140 inciso 1 del Estatuto Administrativo es menester
distinguir:

A. Tratndose de absolucin o medidas no expulsivas, correspon-


de aplicar la sancin al jefe superior de la institucin, el Secretario
Regional Ministerial o el Director Regional de servicios nacionales
desconcentrados, segn el caso.

1. La resolucin de trmino que dispone la absolucin o el sobre-


seimiento, se encuentra exenta del trmite de toma de razn,
salvo que el procedimiento disciplinario haya sido instruido u
ordenado instruir por la Contralora General de la Repblica
(Res. N 1.600 CGR).

2. La resolucin que afina el sumario administrativo y aprueba la


aplicacin de la medida disciplinaria, sea o no expulsiva, est
sometida al control preventivo de juridicidad mediante el trmi-
te de toma de razn (Res. N 1.600 CGR).

B. Tratndose de la medida de destitucin, corresponde aplicar la


sancin a la autoridad facultada para hacer el nombramiento.

957
Sexta Parte - Funcin Pblica

La sancin de destitucin debe imponerla la autoridad facultada


para hacer el nombramiento, conforme a los artculos 125 y 134 de
la Ley N 18.834, sin desmedro de la delegacin que pueda haberse
ordenado de aquella atribucin de sancionar (Dictamen N 4.158,
de 1992).

966. Autoridad competente para aplicar la sancin a rector


de universidad estatal. Conforme al Dictamen N 481, de 1999, si
bien, las universidades estatales gozan de autonoma respecto del poder
central, y no se encuentran sujetas al igual que los dems organismos
descentralizados, a un vnculo directo de subordinacin o dependen-
cia respecto del Jefe de Estado, ello no puede ser obstculo para que
se pueda hacer efectiva la responsabilidad administrativa de su rector,
ya que conforme el ordenamiento constitucional vigente, en el primer
mandatario reside la plenitud de la potestad disciplinaria, sin que exista
en el estatuto de dicha casa de estudios superiores una autoridad que ex-
presamente se encuentre facultada para resolver sobre la aplicacin de
sanciones administrativas al rector, quien tiene la calidad de jefe supe-
rior de Servicio, siendo competente el jefe de Estado para pronunciarse
respecto de ello mediante la dictacin del respectivo decreto supremo.

967. Autoridad competente para aplicar la sancin cuando a la


fecha de trmino del proceso el empleado se encuentra desempe-
ando funciones en otra plaza. Con respecto a la autoridad compe-
tente para aplicar la sancin a un funcionario sujeto a un sumario ad-
ministrativo, cuando a la fecha de trmino del proceso el empleado se
encuentra desempeando funciones en otra plaza, cabe manifestar que,
en el evento que ste mantenga su calidad funcionaria sin solucin de
continuidad, debe ser castigado disciplinariamente por la jefatura de la
reparticin que ha incoado el proceso, a quien corresponde determinar
en definitiva la medida disciplinaria que debe imponerse al afectado,

958
Curso de Derecho Administrativo

no obstante lo cual, el castigo se materializar mediante una resolucin


de la superioridad de la entidad en la que actualmente se desempea,
no pudiendo sta modificar lo resuelto por la del primer organismo, tal
como se ha reconocido por la jurisprudencia administrativa (Dictme-
nes Ns. 58.346, de 2004 y 24.271, de 1992 y 11.910, de 2009).

968. Fundamentacin de las medidas disciplinarias. La jurispru-


dencia administrativa sostiene que la motivacin, en general, consiste
en la exposicin de los argumentos racionales que justifican lo resuelto,
que deben contar con ptimos grados de certeza que permitan eliminar
cualquier ejercicio arbitrario de la potestad en juego, y esta motivacin
significa, entre otros aspectos, que el sentenciador debe fundamentar
suficientemente el cmo ha llegado a la conviccin de que los hechos
se han sucedido (Dictamen N 12.798, de 2007).

969. Efectos de las medidas disciplinarias. Segn el criterio con-


tenido, entre otros, en el Dictamen N 49.994, de 2000, las medidas dis-
ciplinarias surten efectos desde la data en que se notifique a la afectada
la total tramitacin del decreto o resolucin que las ordena aplicar.

En el mismo sentido, la jurisprudencia administrativa (Dictamen


N 58.860, de 2008) ha sealado que los actos afectos a control previo
de legalidad, como ocurre con las resoluciones de trmino que aplican
medidas administrativas, slo producen sus efectos una vez que hayan
sido tomados de razn y debidamente comunicados mediante su noti-
ficacin.

Por ltimo, debemos sealar que de acuerdo al criterio contenido en


el Dictamen N 38.453, de 2009, entre otros, de la Contralora General,
la notificacin de la resolucin de trmino del sumario es procedente
slo con posterioridad a la toma de razn de dicho acto administrativo.

959
Sexta Parte - Funcin Pblica

970. Reapertura de un procedimiento ya afinado. De acuerdo


con los Dictmenes Ns. 38.108, de 2002, 54.707, de 2004, 63.941, de
2009, entre otros, la facultad para ordenar la reapertura de un procedi-
miento disciplinario ya afinado, se encuentra radicada en la autoridad
sancionadora, a quien corresponde determinar si nuevos elementos re-
visten la condicin de hechos no conocidos ni ponderados en el ex-
pediente sumarial, y calificar si son de tal entidad que puedan alterar
sustancialmente lo resuelto en autos.

En este mismo sentido, la jurisprudencia administrativa ha soste-


nido que la facultad de ordenar la reapertura de una investigacin ya
afinada se encuentra radicada en la autoridad sancionadora, debiendo
solicitarla el afectado directamente ante sta, la que deber resolver si
existe o no mrito suficiente para disponerla, lo que slo tendr lugar si
se acredita en forma fehaciente que, al momento de aplicar la sancin,
se incurri en un error de hecho esencial o bien, que se aleguen nuevos
hechos, no ponderados en el curso del proceso, siempre que stos sean
de tal entidad, que alteraran sustancialmente lo resuelto por la autori-
dad sancionadora. No obstante es menester precisar que, en todo caso,
la reapertura no significa necesariamente la modificacin de la sancin
administrativa ya impuesta (Dictamen N 18.674, de 2005).

971. Modificacin de resolucin de trmino que afin un suma-


rio aplicando la medida disciplinaria de destitucin a funcionario,
y que fuera tomada razn. No corresponde que un Servicio modifique
una resolucin de trmino que afin un sumario aplicando la medida
disciplinaria de destitucin a funcionario, y que fuera tomada razn en
su oportunidad, reemplazndola por una de suspensin del empleo por
el lapso de 30 das, con goce del 50 por ciento de su remuneracin
mensual. ello, porque la medida disciplinaria impuesta a un determi-
nado servidor no puede ser modificada una vez tomado razn el acto

960
Curso de Derecho Administrativo

que la materializa, salvo que, previa reapertura del proceso sumarial, se


acredite que se incurri en un vicio de legalidad o que existen nuevos
hechos no conocidos en el proceso, lo que no ocurre en este caso. Lo
anterior, porque si bien existi dicha reapertura, la autoridad slo ha
procedido a ponderar de una manera diversa los mismos acontecimien-
tos (Dictamen N 5.946, de 2006).

972. Toma de razn de actos de trmino en los procesos disci-


plinarios. La funcin de la Contralora General, en lo que dice relacin
con la toma de razn de las resoluciones que dan trmino al proceso
sumarial o investigacin sumaria, consiste en velar porque se respeten
las normas legales y constitucionales aplicables a los funcionarios p-
blicos, particularmente en trminos de verificar si la garanta constitu-
cional del debido proceso ha sido suficientemente salvaguardada (Dic-
tamen N 67.637, de 2009).

La jurisprudencia administrativa tambin ha dictaminado, entre


otros, en el Oficio N 58.706, de 2009, que la ponderacin de los hechos
que constituyen las faltas que son materia del procedimiento discipli-
nario, y la determinacin del grado de responsabilidad administrativa
que en ellos le cabe a los imputados, son materias que, segn se des-
prende de los artculos 140 y 141 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto
Administrativo, se han entregado, de manera primaria, a los rganos de
la Administracin activa, correspondindole a la Contralora General,
en todo caso, objetar la decisin del Servicio si del examen de los an-
tecedentes sumariales se aprecia alguna infraccin al debido proceso,
a la normativa legal o reglamentaria que regula la materia, o bien si se
observa alguna decisin de carcter arbitrario.

973. Reclamaciones ante la Contralora General. De un punto de


vista procesal, la Contralora General no constituye instancia en mate-

961
Sexta Parte - Funcin Pblica

ria de procedimientos disciplinarios (sean sumarios administrativos o


investigaciones sumarias)390.

Por tanto:

A. Slo se puede recurrir en virtud del derecho de peticin. La


jurisprudencia administrativa ha dictaminado que los sumarios admi-
nistrativos e investigaciones sumarias son procesos especficamente
reglados por la Ley N 18.834, Estatuto Administrativo, de manera que
respecto de ellos no caben otros trmites o instancias que las previstas
en la normativa pertinente de ese cuerpo legal, la cual no contempla
la interposicin de recurso alguno ante esta Contralora General. Con
todo, es necesario destacar que al efectuar el control de legalidad del
acto administrativo sancionatorio, podrn considerarse las alegaciones
contenidas en los escritos que ingresen los interesados en relacin con
dicha materia, pero slo como una extensin de la garanta constitu-
cional consagrada en el artculo 19 N 14 de la Carta Fundamental,
que asegura a todas las personas el derecho de efectuar peticiones a la
autoridad, sobre cualquier asunto de inters pblico o privado, sin otra
limitacin que la de proceder en trminos respetuosos y convenientes
(Dictamen N 27.957, de 2004).

B. No es aplicable el recurso de reclamacin del artculo 160


del Estatuto Administrativo. Por ltimo, la Contralora tambin ha
sealado que los sumarios administrativos constituyen procedimientos
reglados previstos en la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo,
la que determina debidamente su tramitacin y permite a los afectados
hacer valer sus planteamientos en las diversas instancias contempla-


390
Lo anterior es sin perjuicio de excepciones establecidas en procedimientos disciplinarios
especiales, como prev, por ejemplo, el artculo 53 del Reglamento de Sumarios Administra-
tivos e investigaciones Sumarias para la Polica de Investigaciones de Chile, el cual establece
un recurso de reclamacin ante la Contralora.

962
Curso de Derecho Administrativo

das al efecto, las cuales tienen por finalidad garantizar una adecuada
defensa, con miras a configurar un debido proceso. Por ende, respecto
de ellos no caben otros trmites o instancias que los previstos en la nor-
mativa pertinente de ese cuerpo legal los que en materia de recursos
estn previstos en su artculo 141, sin que sea dable hacerle extensivo el
reclamo que se contempla en el artculo 160 del mencionado texto esta-
tutario, como se ha sealado, entre otros, en los Dictmenes Ns. 36.814,
de 2005 y 40.883, de 2008.

974. Responsabilidad de fiscal. Sobre esta materia, la jurispru-


dencia administrativa ha sealado que la excesiva demora en tramitar
un sumario puede comprometer la responsabilidad administrativa del
fiscal, al tenor del artculo 143 del Estatuto Administrativo. Adems,
constituye un deber de la autoridad cumplir cabal y oportunamente con
la normativa legal y reglamentaria en materia de procedimientos disci-
plinarios, de manera que debe adoptar las medidas que sean necesarias
con el objeto que el proceso sumarial se resuelva en tiempo y forma
(Dictamen N 58.463 de 2009).

975. Vicios de procedimiento y trascendencia procedimental. En


armona con el principio de trascendencia procedimental previsto en el
artculo 13 inciso 2 de la Ley N 19.880, el artculo 144 del Estatuto
Administrativo determina que: Los vicios de procedimiento no afec-
tarn la legalidad de la resolucin que aplique la medida disciplinaria,
cuando incidan en trmites que no tengan una influencia decisiva en los
resultados del sumario.

A su vez, en virtud del principio de no formalizacin previsto en


el articulo 13 inciso 1 de la Ley N 19.880, el citado precepto es-
tatutario resulta aplicable igualmente a las investigaciones sumarias,
dado por una parte, la simplicidad procedimental que caracteriza este

963
Sexta Parte - Funcin Pblica

tipo de procesos disciplinarios, y por otra, su finalidad comn con los


procedimientos sumariales en cuanto medios idneos con que cuenta la
autoridad para hacer efectiva la responsabilidad funcionaria.

III. SUMARIOS INSTRUIDOS POR CONTRALORA

976. Normativa aplicable a los procesos sumariales incoados


por Contralora. De conformidad con lo previsto en la resolucin
N 236, de 1998, CGR, sobre Reglamento de Sumarios instruidos por
la Contralora General de la Repblica, y de lo establecido, adems, en
la Ley N 10.336, por lo que se trata de un procedimiento especial y
reglado, respecto del cual la jurisprudencia uniforme de ese Organismo
ha resuelto que no es posible recurrir de reposicin.

El artculo 134 inciso 1 de la LOC N 10.336 prescribe que los


sumarios administrativos sern el medio formal de establecer hechos
sujetos a una investigacin.

977. El sumario es secreto. De acuerdo al artculo 135 de la LOC


N 10.336 los sumarios instruidos por la Contralora sern secretos y
el funcionario que d informaciones sobre ellos ser sancionado hasta
con la destitucin.

978. Plazo de la sustanciacin. El plazo de la sustanciacin del


sumario no podr exceder de noventa das y, una vez terminado, el su-
mario y las conclusiones sern pblicos (Art. 136 LOC N 10.336).

979. No rigen plazos ni procedimientos especiales. No regirn


para la sustanciacin de estos sumarios plazos ni procedimientos espe-
ciales, aparte de las reglas generales que preceden, teniendo en cuenta
que la rapidez, discrecin e imparcialidad debern ser los factores prin-

964
Curso de Derecho Administrativo

cipales que los investigadores observarn al sustanciar sumarios admi-


nistrativos (Art. 137 LOC N 10.336).

980. Notificaciones. El artculo 3 inciso 1 de la Resolucin N 236,


de 1998, determina que las notificaciones que se realicen en el sumario
se harn personalmente. Si el funcionario no fuere habido por dos das
consecutivos en su domicilio o en su lugar de trabajo, se le notificar
por carta certificada, de lo cual deber dejarse constancia en el respec-
tivo expediente. En ambos casos, se deber entregar copia ntegra de la
resolucin correspondiente.

Los funcionarios citados a declarar ante el fiscal debern fijar, en


su primera comparecencia, un domicilio dentro del radio urbano del
lugar en que la fiscala ejerza sus funciones. Si no diere cumplimiento
a esta obligacin, se practicarn las notificaciones por carta certificada,
al domicilio registrado en la institucin y, en caso de no contarse con
tal informacin, en la oficina del afectado (Art. 3 inciso 2 Resolucin
N 236, de 1998).

El funcionario se entender notificado transcurridos tres das desde


que la carta haya sido despachada (Art. 3 inciso 3 Resolucin N 236,
de 1998).

981. Vicios no esenciales. La inobservancia de las normas del Regla-


mento de Sumarios instruidos por la Contralora, en lo que respecta a pla-
zos y realizacin de trmites no esenciales, no afectar la validez de las
actuaciones sumariales (Art. 31 inciso 1 Resolucin N 236, de 1998).

1. Instalacin de la fiscala

982. Facultad de instruir sumario. El artculo 133 de la LOC


N 10.336 y 3 de la Resolucin N 236, de 1998, determinan que

965
Sexta Parte - Funcin Pblica

puede ordenar, cuando lo estime necesario, la instruccin de sumarios


administrativos:

A. El Contralor, o

B. Cualquier otro funcionario de la Contralora especialmente fa-


cultado por aqul.

En relacin con ello, el artculo 21 A de la LOC N 10.336, la Con-


tralora General efecta auditoras, con el objeto de velar por el cum-
plimiento de las normas jurdicas, el resguardo del patrimonio pblico
y la probidad administrativa, conforme a lo cual, entre otras acciones,
procede a verificar el cumplimiento de la preceptiva estatutaria aplica-
ble a los funcionarios pblicos, de acuerdo a los planes y programas
previamente establecidos, tal como ha concluido la jurisprudencia ad-
ministrativa en el Oficio N 60.136, de 2008.

Sin embargo, de acuerdo al citado Dictamen N 60.136, de 2008, la


facultad de la Contralora General para instruir un procedimiento dis-
ciplinario en un servicio, posee un carcter discrecional, conforme a
planes y programas previamente elaborados, que abarcan las materias
ms relevantes en un estricto orden de prioridades segn su trascenden-
cia jurdica, econmica y social, cuya preparacin y desarrollo requiere
de significativos recursos humanos, financieros y materiales, y, por otra,
que en la especie, no se han aportado elementos que ameriten, en esta
oportunidad, el ejercicio de la misma por este Ente de Control, se ha
determinado no acceder a la peticin del solicitante.

983. Designacin de fiscal. El artculo 3 de la Resolucin N 236,


de 1998, determina que el sumario se iniciar mediante una resolucin
que individualice al fiscal e indique los hechos que lo motivan.

966
Curso de Derecho Administrativo

El artculo 134 inciso 2 de la LOC N 10.336 prescribe que los


sumarios se tramitarn por escrito, agregando, unas a otras, las asevera-
ciones que se hagan y que debern llevar la firma de los funcionarios o
personas declarantes y la del delegado.

Al respectivo expediente se agregarn, si los hubiere, los documen-


tos o piezas que sirvan de fundamento o parte de prueba de los hechos
(Art. 134 inciso 3 LOC N 10.336).

Igualmente, se agregarn las piezas o documentos que el fiscal or-


dene de oficio agregar. Agotada la investigacin, por los medios ms
directos y pertinentes, se cerrar el sumario, previos los careos y ratifi-
caciones a que hubiere lugar (Art. 134 inciso 4 LOC N 10.336).

984. Designacin de actuario. En estos sumarios, por lo general,


se requerir de actuario, salvo que el fiscal no lo considere necesario
(Art. 9 inciso 1 Resolucin N 236, de 1998).

985. Designacin de fiscal ad hoc. El Jefe de la Divisin respecti-


va, o el Contralor Regional en su caso, podrn designar, a peticin del
instructor, un fiscal ad hoc para la realizacin de determinadas diligen-
cias o actuaciones en un sumario (Art. 9 inciso 2 Resolucin N 236,
de 1998).

986. Denuncia a la justicia penal. De acuerdo al artculo 139


inciso 1 de la LOC N 10.336, si de cualquiera investigacin, exa-
men o revisin que practique la Contralora, resultare que se ha co-
metido malversacin de fondos pblicos, soborno, cohecho u otro
delito semejante, se pasarn los antecedentes a la autoridad judicial
competente.

967
Sexta Parte - Funcin Pblica

2. Etapa indagatoria

987. Objeto. La etapa indagatoria tendr por objeto establecer


la existencia de los hechos materia del sumario y la participacin de
los funcionarios que aparezcan comprometidos en ellos (Art. 11 inciso
2 de la Resolucin N 236, de 1998).

988. Incidente de recusacin. Conforme al artculo 14 de la Reso-


lucin N 236, de 1998, los funcionarios citados a declarar por primera
vez ante el fiscal, respecto de los cuales existan presunciones fundadas
para estimar que han tenido una participacin directa en los hechos ma-
teria del sumario, sern apercibidos para que dentro del segundo da
formulen las causales de recusacin en contra del fiscal o del actuario
si lo hubiere.

Slo se considerarn causales de recusacin, para los efectos sea-


lados en el artculo anterior, tener el fiscal o el actuario, en su caso (Art.
15 de la Resolucin N 236, de 1998):

A. Inters directo o indirecto en los hechos que se investigan.

B. Amistad ntima o enemistad manifiesta con cualquiera de los in-


volucrados o afectados, y

C. Parentesco de consanguinidad hasta el tercer grado y de afinidad


hasta el segundo, inclusive, o de adopcin con alguno de los involucra-
dos o afectados.

Formulada la recusacin, el fiscal o el actuario, segn corresponda,


dejarn de intervenir, salvo en lo relativo a diligencias que no puedan
paralizarse sin comprometer el xito de la investigacin (Art. 16 inciso
1 de la Resolucin N 236, de 1998).

968
Curso de Derecho Administrativo

3. Etapa acusatoria

989. Objeto. En la etapa acusatoria, el fiscal sealar mediante


los cargos respectivos, la conducta del funcionario que estima consti-
tutiva de una infraccin de carcter administrativa, permitindole for-
mular las alegaciones que estime conducentes a su defensa (Art. 11
inciso 3 de la Resolucin N 236, de 1998).

990. Cargos. De acuerdo al artculo 19 de la Resolucin N 236,


de 1998, si el fiscal encontrare mrito suficiente, proceder a formular
cargos a los inculpados, quienes podrn tomar conocimiento del proce-
so, personalmente o a travs de mandatarios, y solicitar copias de los
documentos o fojas del mismo que sean pertinentes para su defensa, a
su costa.

Agrega el artculo 134 inciso 5 de la LOC N 10.336 que, de los


cargos que resultaren del sumario se dar conocimiento personal e in-
dividualmente al funcionario o funcionarios afectados, estampando en
el expediente las respectivas declaraciones o descargos y agregando las
piezas documentales que se presenten o entreguen por dichos funcio-
narios.

991. Descargos. De acuerdo al artculo 21 de la Resolucin N 236,


de 1998, el inculpado tendr un plazo de cinco das hbiles, contado
desde la fecha de notificacin de los cargos, para formular sus des-
cargos y defensas, el que podr ser prorrogado por el fiscal por otros
cinco das.

992. Solicitud de diligencias probatorias. Conforme al artculo 22


de la Resolucin N 236, de 1998, en el escrito de contestacin de car-
gos el inculpado podr acompaar todos los antecedentes y documentos

969
Sexta Parte - Funcin Pblica

en que fundamente su defensa y solicitar la realizacin de diligencias


probatorias. El Fiscal dispondr la recepcin de las pruebas ofrecidas y
el cumplimiento de las diligencias solicitadas, para lo cual deber fijar
un perodo probatorio no superior a diez das, notificando de ello al
inculpado. Sin embargo, podr rechazar, mediante resolucin fundada,
diligencias que no fueren conducentes al esclarecimiento de los hechos.
De esta resolucin podr reclamarse ante las mismas jefaturas a que
alude el artculo 25, dentro de segundo da.

Lo anterior es sin perjuicio de las medidas para mejor resolver


que disponga el fiscal.

993. Vista fiscal. El artculo 134 inciso 6 de la LOC N 10.336,


determina que una vez presentados los descargos o vencido el plazo
otorgado al efecto sin que el inculpado los hubiere presentado, se dic-
tar por el investigador una vista fiscal en que se consignen en forma
clara y precisa:

A. Los hechos establecidos y

B. La responsabilidad que se derive del sumario.

4. Etapa resolutiva

994. Objeto. La etapa resolutiva es aquella fase del sumario que


tiene por objeto determinar el sobreseimiento, absolucin o sancin
que se propondr a la autoridad correspondiente (Art. 11 inciso 4 de
la Resolucin N 236, de 1998).

995. Aprobacin de la vista fiscal y proposicin de las medidas.


De acuerdo al artculo 134 inciso 7 de la LOC N 10.336, el expe-

970
Curso de Derecho Administrativo

diente, con su respectiva vista fiscal, se elevar al Departamento de


Inspeccin, para que se adopten o propongan las medidas definitivas
que procedan.

En el mismo sentido, el artculo 25 de la Resolucin N 236, de


1998, determina que la vista fiscal se elevar al Jefe de la Divisin res-
pectiva o al Jefe de la Unidad de Auditora e Inspeccin de las Contra-
loras Regionales, quienes dentro del plazo de cinco das, contado desde
la recepcin de los antecedentes, la aprobarn y emitirn su opinin
respecto de las medidas que, a su juicio, corresponda adoptar, sean ellas
absolutorias o sancionadoras.

En esta misma oportunidad, dichas Jefaturas podrn disponer la re-


apertura del sumario si estimaren incompleta la investigacin, fijando
un plazo para tal efecto.

996. Observacionesa la vista fiscal. Ante el respectivo Contra-


lor. De acuerdo al artculo 26 de la Resolucin N 236, de 1998, la
vista fiscal aprobada y la opinin consiguiente se pondrn en conoci-
miento de los inculpados para que, si lo estiman conveniente, formulen
sus observaciones por escrito ante el Contralor General o el Contralor
Regional, segn corresponda, dentro del plazo de cinco das hbiles,
prorrogables por igual perodo, para lo cual el expediente estar a su
disposicin.

Cuando se trate de sumarios instruidos por el nivel central de la


Contralora, las observaciones a la vista fiscal y el proceso correspon-
diente sern analizados por una Unidad diferente de aquella que tuvo a
su cargo la sustanciacin del mismo. Una vez efectuado el anlisis de
rigor, dicha unidad preparar el proyecto de resolucin respectivo y lo
elevar al Contralor General, junto con el expediente, para su conoci-
miento y decisin (Art. 27 Resolucin N 236 CGR).

971
Sexta Parte - Funcin Pblica

997. Aprobacin del sumario y proposicin definitiva de sancio-


nes. En la resolucin que apruebe el sumario se propondr a la autoridad
que detente la potestad disciplinaria, las sanciones que, en definitiva, se
estimen procedentes respecto de los funcionarios comprometidos, o la
absolucin de los mismos (Art. 28 inc. 1 Resolucin N 236 CGR).

Se dar conocimiento a cada uno de los afectados tanto del hecho de


haberse dictado la resolucin aludida como de lo propuesto en su caso
particular (Art. 28 inc. 2 Resolucin N 236 CGR).

De esta forma, en este tipo de procedimientos, y a diferencia de aque-


llos regulados en el Estatuto Administrativo, no hay una resolucin inter-
na previa del Servicio, sino que una resolucin exenta de la Contralora
aprobando el sumario y proponiendo a la autoridad la medida a aplicar.

998. Absolucin o aplicacin de medida disciplinaria. Segn lo


dispone el artculo 140 inciso 1 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto
Administrativo, en armona con el artculo 28 inciso 1 de la Resolu-
cin N 236, de 1998, de CGR, y los Dictmenes Ns. 8.361, de 1994, y
29.307 del mismo origen, corresponde a la superioridad del Servicio la
facultad de determinar la absolucin o la aplicacin de alguna medida
disciplinaria respecto del personal de su dependencia.

999. No procede el recurso de reposicin. Los Dictmenes Ns. 9.486


y 23.824, ambos de 2003, 7.390, de 2006 y 8.947, de 2008, entre otros,
han establecido la improcedencia de interponer el recurso de reposicin
previsto en el artculo 10 de la Ley N 18.575, contra las resoluciones
de la autoridad que aplica las medidas propuestas, con ocasin de suma-
rios administrativos incoados por la Contralora General, toda vez que
dicha autoridad administrativa debe ceirse a las normas de tramitacin
contenidas en la preceptiva ya indicada.

972
Curso de Derecho Administrativo

Sostiene, la referida jurisprudencia, que la normativa que regula la


instruccin de los sumarios administrativos instruidos por la Contralo-
ra General, prev la existencia de distintas etapas, destinadas al anlisis
de las circunstancias que dan origen al procedimiento correspondiente,
as como de oportunidades para la formulacin de las defensas y ale-
gaciones del funcionario sometido al mismo, y que otorgan una amplia
admisibilidad de medios de prueba y de instrumentos para su impug-
nacin, de manera que el Contralor General de la Repblica, al dictar
la resolucin que propone las sanciones respectivas, tiene en cuenta la
globalidad de los antecedentes reunidos durante su curso, los cuales
han sido obtenidos y aportados con entera observancia del principio de
bilateralidad de la audiencia y sometidos a la posibilidad de ser impug-
nados por los involucrados en el proceso.

Aade que la estructura misma del proceso, asegura el derecho a


defensa del inculpado y promueve el agotamiento de la investigacin,
con la finalidad de acreditar los hechos y la participacin, de manera de
otorgar al juzgador una visin completa e imparcial de dichos aspectos,
circunstancia que impide agregar un trmite no previsto en su regla-
mentacin especial.

Por ltimo, los Dictmenes Ns. 14.459 de 2001, 3.559, de 2004 y


9.494 de 2007, entre otros, de esta Entidad Fiscalizadora, han precisado
que el recurso de reposicin previsto en el artculo 10 de la citada Ley
N 18.575, constituye un resguardo mnimo establecido con el objeto
de garantizar que las personas no queden desprotegidas frente a las re-
soluciones de la autoridad administrativa que puedan afectarlas, pero
que no cabe su aplicacin cuando se trata de procedimientos reglados
por la ley en los cuales, como ocurre en la especie, se han contemplado
medios especficos de impugnacin.

De acuerdo al criterio contenido, entre otros, en los Dictmenes


Ns. 7.390, de 2006 y 8.947, de 2008, los sumarios administrativos que

973
Sexta Parte - Funcin Pblica

se sustancian conforme a los artculos 131 y siguientes de la Ley


N 10.336 y a las normas establecidas en la Resolucin N 236, de 1998
Reglamento de Sumarios Instruidos por la Contralora General de la
Repblica, son procedimientos respecto de los cuales no caben otros
trmites que aquellos previstos expresamente por el ordenamiento ju-
rdico, el cual no ha contemplado la interposicin de un recurso de
reconsideracin en contra de las decisiones que durante su instruccin
adopte el fiscal y en que los inculpados planteen alegaciones de fondo.

1000. Sumarios administrativos tramitados por las Contralo-


ras Regionales. Normas especiales. Conforme al artculo 32 de la
Resolucin N 236, de 1998, los sumarios administrativos tramitados
por las Contraloras Regionales se regirn por las normas precedentes,
salvo en lo relativo a:

A. Las medidas disciplinarias no expulsivas, el sobreseimiento o


la absolucin a que den lugar estos procedimientos, sern propuestos
por el Jefe titular de la Unidad de Auditora e Inspeccin o, en su defec-
to, por quien deba subrogar al Contralor Regional. De la proposicin de
la medida disciplinaria se notificar al inculpado, quien tendr el pla-
zo de cinco das hbiles, prorrogable por igual perodo, para formular
observaciones ante el respectivo Contralor Regional quien decidir en
definitiva.

Consignado lo anterior, es dable indicar que de acuerdo al artculo


32, letra a), del referido Reglamento, el nico trmite contemplado en
el caso de proponerse medidas disciplinarias no expulsivas por parte del
Jefe Titular de la Unidad de Auditora e Inspeccin o, en su defecto, por
quien deba subrogar al Contralor Regional, consiste en la formulacin de
observaciones ante el respectivo Contralor Regional quien decidir en
definitiva, razn por la cual no resultan procedentes otros recursos no es-
tablecidos en el ordenamiento jurdico (Dictamen N 33.421, de 2001).

974
Curso de Derecho Administrativo

B. Las medidas disciplinarias expulsivas sern propuestas por el


Contralor Regional al Contralor General. Esta proposicin se notificar
al inculpado, quien tendr el plazo de cinco das hbiles, prorrogable
por igual perodo, para formular observaciones ante el Contralor Ge-
neral, quien decidir sobre la proposicin definitiva, que se har a la
autoridad correspondiente.

C. Tratndose de sumarios incoados en contra de ms de un fun-


cionario, en los que se propongan medidas expulsivas y otras que no
tengan dicho carcter, la decisin ser tomada siempre por el Contralor
General. En consecuencia, el Contralor Regional no se pronunciar en
la forma prevista en la letra a) y remitir el expediente a la Oficina Cen-
tral, sin perjuicio de que pueda emitir su opinin al respecto.

IV. INVESTIGACIN SUMARIA POR USO Y CIRCULACIN


DE VEHCULOS FISCALES

1001. mbito de aplicacin funcional. En cuanto al mbito de


fiscalizacin relativo a los vehculos, el D.L. N 799, de 1974, sobre
uso y circulacin de vehculos estatales391, seala que las normas en
l contenidas rigen respecto de los vehculos de propiedad fiscal, se-
mifiscal, de organismos de administracin autnoma o descentralizada
y empresas del Estado, cualquiera que fuere su estatuto legal; de las
Municipalidades y de las empresas, sociedades o entidades pblicas o
privadas en que el Estado o sus empresas, sociedades o instituciones
centralizadas o descentralizadas tengan aportes de capital, representa-
cin o participacin.

391
Publicado en el Diario Oficial de 19 de diciembre de 1974.

975
Sexta Parte - Funcin Pblica

En general, el mbito en el cual la Contralora ejerce las atribucio-


nes de que se encuentra investida en relacin con esta ltima materia,
est determinado por el artculo 16 de la LOC N 10.336. Adems exis-
te sobre la materia un manual de procedimientos disciplinarios emana-
do del Departamento de Inspeccin de la Divisin de Municipalidades
de la Contralora General de la Repblica.

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa, la conduccin de


un vehculo municipal por un funcionario previamente autorizado y
que, en el cumplimiento de un cometido funcionario, sufre un acciden-
te de trnsito no constituye una infraccin a la normativa sobre uso y
circulacin de vehculos estatales, contenida en el citado Decreto Ley
N 799, de 1974.

En tales condiciones, la municipalidad, de acuerdo al mrito de los


antecedentes con que cuenta, deber determinar la procedencia de ini-
ciar un procedimiento disciplinario en conformidad con la normativa
contenida en la Ley N 18.883, Estatuto Administrativo para Funcio-
narios Municipales, sin perjuicio de arbitrar las medidas tendientes a
resarcir el dao ocasionado al respectivo vehculo municipal (Dictamen
N 56.842, de 2008).

Asimismo, de acuerdo al Dictamen N 22.016, de 2007, la conduc-


cin de un vehculo fiscal por un funcionario previamente autorizado,
pero con su licencia de conducir vencida, no constituye una infraccin
a la normativa sobre uso y circulacin de vehculos estatales, conte-
nida en el D.L. N 799, de 1974. No obstante, la falta de renovacin
del permiso para conducir constituye un impedimento para conducir
vehculos, desde la fecha de vencimiento de la licencia y mientras no se
verifique dicha renovacin. Por ende, si se da la situacin indicada, el
servicio debe iniciar un procedimiento disciplinario conforme al Esta-
tuto Administrativo, para establecer las responsabilidades derivadas de

976
Curso de Derecho Administrativo

los hechos denunciados, y adoptar las medidas tendientes a resarcir el


dao ocasionado al respectivo vehculo estatal, si procede.

Los trabajadores de la empresa de servicios sanitarios de Antofa-


gasta S.A. estn plenamente sometidos a las normas del D.L. N 799,
de 1974 (Dictamen N 8.776, de 1984).

El Dictamen N 46.649, de 2009, seala a propsito de un suma-


rio que fue instruido y afinado por un Servicio Pblico, pero en que se
investigaron, entre otros hechos, eventuales contravenciones al D.L. N
799 que no obstante que el artculo 11 del D.L. N 799, de 1974, radica
exclusivamente en la Contralora General, la potestad fiscalizadora y
sancionadora de las infracciones que se originen en el uso indebido de
vehculos fiscales, conforme a lo preceptuado en el artculo 5 de la Ley
N 18.575 que consagra los principios de eficacia y eficiencia y con
el objeto de no desgastar a la Administracin en la reiteracin de todo
lo obrado en el aludido sumario administrativo, disponiendo la instruc-
cin de otro proceso disciplinario cuyos resultados, conforme al mrito
de los antecedentes acompaados, podran conducir a la aplicacin de
una medida disciplinaria como la que se propone en relacin con todos
los hechos que se investigaron, la Contralora General estima que no
resulta procedente ordenar, por esta vez, el procedimiento disciplinario
originado en la infraccin al D.L. N 799, de 1974, que se denuncia.

1002. mbito de aplicacin orgnico. Existen algunos servicios


pblicos cuyos funcionarios se encuentran excluidos de la aplicacin de
las normas sobre uso y circulacin de vehculos estatales establecidas
en el D.L. N 799, de 1974.

A. El Instituto de Investigaciones Agropecuarias, excluido por el


D.L. N 3.277, de 1980.

977
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. El Instituto Nacional de Capacitacin Profesional excluido


por la Ley N 18.194.

C. A las empresas portuarias creadas por Ley N 19.542 (Art. 1),


porque el artculo 2 de esa ley, les ha conferido el carcter de empresas
del estado con patrimonio propio y personalidad jurdica de derecho
pblico.

Por otra parte, diversas disposiciones de dicha ley consagran la au-


tonoma de que gozan las empresas portuarias, la que es mayor, incluso,
a la de otras empresas estatales. esto se corrobora con la circunstancia
que la misma Ley N 19.542 establece algunas excepciones al aludido
atributo, como ocurre con el rgimen de fiscalizacin a que estn so-
metidas. dentro del carcter de autnomas las empresas referidas se
rigen por el cuerpo legal citado, y en lo no contemplado en este ltimo,
por las reglas del derecho privado, en particular, aqullas relativas a las
sociedades annimas abiertas en lo pertinente y salvo las excepciones
referidas, no les son aplicables las disposiciones generales o especiales
de las empresas del estado(D.L. N 2.571, de 1999).

Las personas contratadas a honorarios estn legalmente inhabi-


litadas para conducir vehculos estatales; salvo que una norma de rango
legal se los permita, en virtud de lo dispuesto en el artculo 2 del Decreto
Ley N 799, de 1974, que establece que slo tendrn derecho a usar los
vehculos para el desempeo de las funciones inherentes a sus cargos,
los funcionarios de los servicios pblicos, lo que obliga a concluir que
tanto la conduccin como el uso de esos bienes slo pueden corresponder
a quienes tengan la calidad de funcionarios de las respectivas entidades
(Dictmenes Ns. 14.825, de 1996, 22.379, de 1999, y 46.248, de 2004).

Los funcionarios de la Universidad de Chile, porque para garan-


tizar el desempeo de funciones relacionadas con conduccin de ve-

978
Curso de Derecho Administrativo

hculos fiscales stos se rigen por el decreto universitario N 449, de


1975 que aprueba el reglamento sobre vehculos motorizados, aten-
dido lo dispuesto en D.F.L. N 71, de Educacin, por lo tanto, no les
son aplicables las disposiciones del D.L. N 799, de 1974 (Dictamen
N 23.122, de 1991).

De acuerdo al Oficio Circular N 35.593, de 1995, de la Contralora


General, las investigaciones sumarias por infraccin al D.L. N 799, de
1974, deben sujetarse al procedimiento de la Ley N 18.834.

1003. Remisin de antecedentes a la Contralora. Si tras el cierre


de las indagaciones, el fiscal concluye que todo o parte de los hechos
investigados se habran verificado, corresponde, en virtud del artculo
11 del D.L. N 799, remitir los antecedentes a la Contralora General
de la Repblica.

El proceso sumarial se rige por el D.L. N 799, de 1974, que fija


normas que regulan el uso y circulacin de vehculos estatales, en con-
formidad con lo dispuesto en dicho cuerpo legal y en Oficio N 35.593,
de 1995, modificado por el N 41.103, de 1998, ambos de ese Organis-
mo.

Pues bien, conforme a lo dispuesto en el artculo 11 inciso 4 del


D.L. N 799, de 1974, y oficios antes individualizados, corresponde ex-
clusivamente a la Contralora General hacer efectiva la responsabilidad
administrativa derivada de infracciones a ese cuerpo legal, aplicando
las sanciones que correspondan, previa investigacin sumaria incoada
con tal fin.

1004. Delegacin de facultades. El artculo 11 inciso 5 del D.L.


N 799, permite al Contralor General de la Repblica, en casos califi-

979
Sexta Parte - Funcin Pblica

cados y atendidas las circunstancias del hecho, delegar en el respectivo


Servicio las facultades para hacer efectiva la responsabilidad adminis-
trativa que se deriva de las infracciones a ese cuerpo normativo y para
aplicar las sanciones que correspondan, sin que ello impida el ejercicio
de las facultades fiscalizadoras de ese Organismo de Control.

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa, en el evento de


encontrarse avanzada la investigacin iniciada por un servicio pblico
en casos que digan relacin con la infraccin a las normas sobre uso y
circulacin de vehculos fiscales, es procedente que ste solicite a la
Contralora General, expresamente, la delegacin de facultades pres-
crita en el citado artculo 11 del D.L. N 799, de 1974, con el objeto de
continuar con la sustanciacin de dicho procedimiento, puesto que slo
ese Organismo Fiscalizador puede sustanciar vlidamente investigacio-
nes sumarias tendientes a acreditar la responsabilidad administrativa
derivada de las infracciones al citado D.L. N 799, de 1974 (Dictamen
N 32.719 , de 2005).

1005. Sancin. Cabe manifestar, adems, que la sancin impuesta


por Contralora, surte sus efectos desde la fecha de notificacin al encau-
sado, correspondiendo al Servicio slo practicar dicho trmite, informan-
do posteriormente a esta Contralora de su cumplimiento, tal como se
sealara mediante Oficios Ns. 46.227, de 2004 y 60.783, de 2004.

980
Curso de Derecho Administrativo

CAPTULO X

CESACIN DE FUNCIONES

1006. Causales legales de expiracin o cesacin de funciones. La


proteccin del trabajo prevista en el artculo 19 N 16 inciso 1 de la
Constitucin, conlleva tambin la consagracin del principio de estabi-
lidad laboral, el cual se encuentra normativizado tanto en el Cdigo del
Trabajo, como tambin en la LOC N 18.575 de Bases Generales de la
Administracin del Estado y en el Estatuto Administrativo.

Ahora bien, precisamente por aplicacin del principio de estabili-


dad en el empleo que consagra el artculo 46 de la LOC de Bases, el
artculo 146 del Estatuto Administrativo, contempla diversas causales o
hiptesis de extincin del status funcionarial, es decir, de la condicin
de funcionario pblico. Son las siguientes:

A. La aceptacin de la renuncia.

B. La obtencin de jubilacin, pensin o renta vitalicia en un rgi-


men previsional.

C. La declaracin de vacancia.

D. La destitucin.

E. La supresin del empleo.

F. El trmino del perodo legal por el cual se es designado.

G. El fallecimiento.

981
Sexta Parte - Funcin Pblica

I. ACEPTACIN DE RENUNCIA

1007. Alcances. El artculo 146 letra a) de la Ley N 18.834, dis-


pone que el empleado cesar en el empleo, en el caso de aceptacin
de renuncia.

El inciso 2 del artculo 19 N16 de la Constitucin determina que:

Toda persona tiene derecho a la libre contratacin y a la libre


eleccin del trabajo con una justa retribucin.

El citado inciso constitucional consagra el derecho a la libertad de


eleccin de un trabajo, vale decir, a optar en forma libre y espontnea
por una determinada actividad laboral, facultad que implica consecuen-
temente la opcin de cada persona de mantener o cambiar de oficio, lo
cual se traduce en el derecho a la renuncia voluntaria contemplado en el
artculo 147 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo.

En conformidad al artculo 147 inciso 1 del Estatuto Administra-


tivo, la renuncia es el acto en virtud del cual el funcionario mani-
fiesta a la autoridad que lo nombr la voluntad de hacer dejacin de
su cargo.

La renuncia deber presentarse por escrito y no producir efecto


sino desde la fecha en que quede totalmente tramitado el decreto o
resolucin que la acepte, a menos que en la renuncia se indicare una
fecha determinada y as lo disponga la autoridad (Art. 147 inciso 2
Ley N 18.834).

De acuerdo al criterio contenido en la jurisprudencia de la Contra-


lora General, particularmente en los Dictmenes Ns. 75.821, de 1976;
48.520, de 1998 y 14.911, de 1999, y 44.480, de 2005, la renuncia a un

982
Curso de Derecho Administrativo

cargo pblico es un acto administrativo complejo que requiere para su


perfeccionamiento de la manifestacin de voluntad del empleado de
abandonarlo, libremente expresada, vale decir, exenta de todo vicio, y
de la aceptacin de ella por parte de la autoridad competente. Por ello,
esta causal se denomina aceptacin de renuncia. De esta manera, un
dimisionario est impedido de alejarse de sus funciones mientras no se
produzca tal aceptacin, bajo apercibimiento de incurrir en responsabi-
lidad administrativa por abandono de funciones.

1008. Retencin de la renuncia. La renuncia slo puede ser rete-


nida por la autoridad cumplindose dos requisitos (Art. 147 inciso 3
Ley N 18.834):

A. Cuando el funcionario se encontrare sometido a sumario admi-


nistrativo, y

B. Del cual emanen antecedentes serios de que pueda ser alejado de


la institucin por aplicacin de la medida disciplinaria de destitucin.

En este caso, la aceptacin de la renuncia no podr retenerse por


un lapso superior a treinta das contados desde su presentacin, aun
cuando no se hubiere resuelto sobre la aplicacin de la medida discipli-
naria (Art. 147 inciso 3 Ley N 18.834).

La Contralora General de la Repblica ha dictaminado que no re-


sulta admisible que la autoridad administrativa disponga la retencin
de la renuncia voluntaria por parte de un funcionario, si no existe nor-
ma legal que contemple dicha atribucin, ya que ello constituye una
limitacin al ejercicio mismo de dicha decisin, la cual constituye una
emanacin del derecho a la libre contratacin y eleccin de trabajo con-
sagrado en el artculo 19 N 16 de la Constitucin, y por otra, de los

983
Sexta Parte - Funcin Pblica

derechos surgidos con ocasin de la asimilacin que la normativa trans-


crita hace con la institucin del retiro temporal para el otorgamiento
de la pensin de retiro que procediere.

As, cualquier medida tendiente a la limitacin de los derechos


indicados por parte de la autoridad a travs de la referida retencin,
constituye una vulneracin al principio de juridicidad establecido en los
artculos 6 y 7 de la Constitucin.

Dictamen N 9.907, de 2007: dada la circunstancia de que la


retencin de la renuncia es una limitacin, por una parte, del ejerci-
cio mismo de la renuncia voluntaria por parte del funcionario que la
presenta, cuya decisin en ese sentido constituye una emanacin del
derecho a la libre contratacin y eleccin de trabajo consagrado en el
artculo 19 N 16 de la Constitucin Poltica, y por otra, de los dere-
chos surgidos con ocasin de la asimilacin que la normativa transcri-
ta hace con la institucin del retiro temporal para el otorgamiento de
la pensin de retiro que procediere no resulta admisible que la autori-
dad respectiva disponga la retencin en comento si una norma legal no
contempla dicha atribucin.

As, cualquier medida tendiente a la limitacin de los derechos in-


dicados por parte de la autoridad a travs de la referida retencin,
constituye una vulneracin al principio de juridicidad establecido en
los artculos 6 y 7 de la citada Constitucin.

Si se encontrare en tramitacin un sumario administrativo en el que


estuviere involucrado un funcionario, y ste cesare en sus funciones, el
procedimiento deber continuarse hasta su normal trmino, anotndo-
se en su hoja de vida la sancin que el mrito del sumario determine
(Art. 147 inciso 4 Ley N 18.834).

984
Curso de Derecho Administrativo

Segn ha interpretado la jurisprudencia contralora, la expresin


cesare en sus funciones que utiliza el artculo 147 inciso 4 del Es-
tatuto Administrativo, es genrica y, por ende, debe entenderse que
comprende cualquier causal de expiracin de funciones que se produz-
ca encontrndose pendiente la tramitacin de un proceso disciplinario
(Dictamen N 13.640, de 1992).

II. JUBILACIN, PENSIN O RENTA VITALICIA

1009. Alcances. El artculo 146 letra b) de la Ley N 18.834, dis-


pone que el empleado cesar en el empleo, en el caso de obtencin
de jubilacin, pensin o renta vitalicia en un rgimen previsional, en
relacin al respectivo cargo pblico.

Por su parte, el artculo 149 del mismo ordenamiento estatutario,


establece que el funcionario que jubile, se pensione u obtenga una ren-
ta vitalicia en un rgimen previsional, en relacin al respectivo cargo
pblico, cesar en el desempeo de sus funciones a contar del da en
que, segn las normas pertinentes, deba empezar a recibir la pensin
respectiva.

1. Pensin de jubilacin. El Dictamen N 13.673, de 2007, dispone


que la fecha inicial de la pensin debe fijarse, por disposicin del in-
ciso 1 del artculo 125 del D.F.L. N 338, de 1960, al da primero del
mes siguiente a la data en que el acto administrativo respectivo quede
totalmente tramitado, cesando de esta manera en el desempeo de sus
funciones el interesado.

A continuacin la parte final del mismo precepto, modificada por el


artculo 6 del D.L. N 3.537, de 1981, indica que el decreto correspon-
diente se entender totalmente tramitado desde el momento en que le

985
Sexta Parte - Funcin Pblica

sea notificado al respectivo Jefe de Servicio, debiendo esta comunica-


cin efectuarse con, a lo menos, 5 das de anticipacin a la data a partir
de la cual debe pagarse la respectiva jubilacin.

III. DECLARACIN DE VACANCIA

1010. Alcances. El artculo 146 letra c) de la Ley N 18.834, dis-


pone que el empleado cesar en el empleo, en el caso de declararse
vacante el cargo.

1011. Causales de declaracin de vacancia. Estas causales se en-


cuentran enumeradas en el artculo 150 del Estatuto Administrativo:

A. Salud irrecuperable o incompatible con el desempeo del cargo


(Arts. 151 y 152 inciso 2 Ley N 18.834).

B. Prdida sobreviniente de alguno de los requisitos de ingreso a la


Administracin del Estado.

C. Calificacin del funcionario en lista de Eliminacin o Condicio-


nal (Art. 50 Ley N 18.834).

D. Por no presentacin de la renuncia (Art. 148, inciso final Ley


N 18.834).

1. Salud irrecuperable o incompatible con el


desempeo del cargo.

1012. Anlisis. Esta causal se descompone a su vez en dos hipte-


sis: Salud irrecuperable o incompatible con el desempeo del cargo.

986
Curso de Derecho Administrativo

A. Salud incompatible. El artculo 151 del Estatuto Administrativo


determina que el jefe superior del servicio podr considerar como salud
incompatible con el desempeo del cargo, haber hecho uso de licencia
mdica en un lapso continuo o discontinuo superior a seis meses en los
ltimos dos aos, sin mediar declaracin de salud irrecuperable.

Alcances sobre esta causal:

1. La declaracin de incompatibilidad compete jefe superior del


servicio. Conforme a lo concluido por la jurisprudencia administrativa
en los Dictmenes Ns. 34.071, de 2004 y 11.618, de 2007, compete al
jefe superior del servicio calificar si el uso de licencia mdica durante el
lapso indicado implica tener salud incompatible con el desempeo del
empleo, sin que corresponda a Contralora revisar los fundamentos que
hubiere tenido en cuenta la autoridad para adoptar su decisin en cada
caso particular.

2. La salud incompatible no es de las causales imputables al tra-


bajador, y no constituye aplicacin de una medida disciplinaria. El
Dictamen N 38.312, de 2007, ha concluido que el cese de funciones
por declaracin de vacancia por salud incompatible, no es de aquellas
causales imputables al trabajador, ni tampoco constituye la aplicacin
de una medida disciplinaria, de modo que la interesada tiene derecho a
impetrar el subsidio de cesanta, y a percibirlo en la medida que cumpla
las exigencias que para tal efecto establece la normativa jurdica prece-
dentemente citada.

Por ltimo, la jurisprudencia administrativa, contenida entre otros, en


los Dictmenes Ns 52.506, de 2006 y 46.213, de 2007, ha precisado que
resulta improcedente declarar la vacancia de un cargo por la causal de
salud incompatible con el cargo, prevista en el comentado artculo 148,
cuando se ha presentado ante la Administradora de Fondos de Pensiones

987
Sexta Parte - Funcin Pblica

una solicitud de declaracin de invalidez, pues omitir tal situacin evi-


dencia una violacin al derecho fundamental a la seguridad social.

B. Salud irrecuperable. El artculo 152 inciso 1 del Estatuto Ad-


ministrativo previene, en lo que interesa, que si se hubiere declarado
irrecuperable la salud de un funcionario, ste deber retirarse de la
Administracin dentro del plazo de seis meses, contado desde la fecha
en que se le notifique la resolucin por la cual se declare su irrecupe-
rabilidad, sealando su inciso 2 que a contar de la fecha de aquella
notificacin y durante el referido plazo el funcionario no estar obliga-
do a trabajar y gozar de todas las remuneraciones correspondientes a
su empleo, las que sern de cargo del empleador, razn por la cual la
jurisprudencia administrativa seala que no corresponde computar ese
trmino desde la declaracin de vacancia del cargo.

Alcances sobre esta causal:

1. La determinacin de irrecuperabilidad compete a las Comisiones


de Medicina Preventiva e Invalidez. En efecto, como lo han sealado
los Dictmenes Ns. 25.464, de 2004 y 20.172, de 2006, a la Contralora
General tampoco le corresponde pronunciarse acerca de las determina-
ciones que adopten las Comisiones de Medicina Preventiva e Invalidez
respecto de determinados funcionarios, toda vez que por tratarse de ma-
terias de orden mdico, slo a ellas les compete su resolucin.

2. La notificacin de la irrecuperabilidad es mediante carta cer-


tificada o personalmente. En relacin con esta norma, la jurispruden-
cia administrativa, contenida en el Dictamen N 41.389 de 1996, entre
otros, ha concluido que la notificacin de la resolucin que declara a un
funcionario con salud irrecuperable debe practicarse mediante la trans-
cripcin que el Jefe Superior del Servicio haga llegar al empleado una
vez que la autoridad mdica le haya comunicado esa determinacin.

988
Curso de Derecho Administrativo

Ahora bien, de acuerdo con el criterio contenido en el Dictamen


N 34.493, de 2008, como en el artculo 152 del Estatuto no se indica
la forma en que debe notificarse la irrecuperabilidad, debe aplicarse,
de modo supletorio, la Ley N 19.880, que indica en sus artculos 45 y
siguientes que los actos de efectos individuales como el de la especie,
debern ser notificados a los interesados mediante carta certificada o
personalmente.

2. Prdida sobreviniente de alguno de los re-


quisitos de ingreso a la Administracin del Esta-
do

1013. Alcances. De acuerdo al artculo 16 inciso 1 de la LOC


N 18.575, para ingresar a la Administracin del Estado se deber cum-
plir con los requisitos generales que determine el estatuto respectivo, y
con los que establece su Ttulo II, adems de los exigidos para el cargo
que se provea.

Recordemos que el artculo 12 del Estatuto Administrativo, de-


termina los requisitos generales para ingresar a la Administracin del
Estado.

3. Calificacin del funcionario en lista de Eli-


minacin o Condicional

1014. Alcances. El artculo 50 inciso 1 de la Ley N 18.834, deter-


mina que el funcionario calificado por resolucin ejecutoriada en lista
4 o por dos aos consecutivos en lista 3, deber retirarse del servicio
dentro de los 15 das hbiles siguientes al trmino de la calificacin. Si
as no lo hiciere, se le declarar vacante el empleo a contar desde el da
siguiente a esa fecha.

989
Sexta Parte - Funcin Pblica

Se entender que la resolucin queda ejecutoriada:

A. Desde que venza el plazo para reclamar, si no se present re-


curso ante la Contralora, o si ste se interpuesto fuera del plazo de 10
das que prev el artculo 160 del Estatuto Administrativo.

B. Desde que sea notificada la resolucin de la Contralora Ge-


neral de la Repblica que falla el reclamo.

Si un funcionario conserva la calificacin en lista 3, en virtud de


lo dispuesto en el artculo 40, no se aplicar lo establecido en el inciso
precedente, a menos que la falta de calificacin se produzca en dos pe-
rodos consecutivos (Art. 50 inciso 1 de la Ley N 18.834).

De acuerdo con la jurisprudencia administrativa contenida, entre


otros, en Dictmenes Ns. 12.692, de 1996 y 30.018, de 2004, el goce
de licencia por salud irrecuperable no confiere inamovilidad al emplea-
do, pudiendo ste ser alejado de su cargo antes del vencimiento del
plazo de seis meses sealado, cuando concurra alguna causal legal de
expiracin de funciones, como es la declaracin de vacancia por califi-
cacin en lista 4, de eliminacin.

4. No presentacin de la renuncia

1015. Alcances. En los casos de cargos de exclusiva confianza, la


remocin se har efectiva por medio de la peticin de renuncia que for-
mular el Presidente de la Repblica o la autoridad llamada a efectuar
el nombramiento. (Art. 148 inciso 1 Ley N 18.834).

Si la renuncia no se presenta dentro de las cuarenta y ocho horas


de requerida, se declarar vacante el cargo (Art. 148 inciso final Ley
N 18.834).

990
Curso de Derecho Administrativo

IV. DESTITUCIN

1016. Causales de destitucin. El artculo 146 letra d) de la Ley


N 18.834, dispone que el empleado cesar en el empleo, en el caso de
destitucin.

Sobre este particular, el Estatuto Administrativo en el artculo 119


y siguientes establece las normas para hacer efectiva la responsabilidad
administrativa de los funcionarios pblicos.

A. Vulneracin grave al principio de probidad administrativa.


En primer lugar, el artculo 125 inciso 2 del Estatuto Administrativo
reserva la medida disciplinaria de destitucin para el caso de que los
hechos constitutivos de la infraccin vulneren gravemente el principio
de probidad administrativa.

En este contexto, debemos recordar que atendido que las actuacio-


nes de un funcionario que puedan implicar una vulneracin del referido
principio de probidad son mltiples, la calificacin de la gravedad de
la infraccin compete a la Administracin activa, tal como expresa el
Dictamen N 52.603, de 2009, de la Contralora.

Ratifica lo anterior, el hecho de que el legislador slo ha determi-


nado las actuaciones que contravienen especialmente aquella directriz
de desempeo, sin evaluar la gravedad de cada conducta, razn por la
cual la calificacin efectuada por una Autoridad en el sentido de que la
conducta se considere como grave, configura de esa manera la hip-
tesis del inciso 2 del artculo 125 de la Ley N 18.834, que permite, tal
como indica el citado Dictamen N 52.603, de 2009, aplicar la medida
disciplinaria de destitucin.

Lo anterior, no significa entonces que la autoridad se encuentra en


el imperativo de aplicar dicha medida expulsiva.

991
Sexta Parte - Funcin Pblica

B. Causales especficas. A continuacin, el artculo 125 inciso 3


del Estatuto Administrativo, enumera causales a las cuales se asocia
especficamente la sancin de destitucin:

a) Ausentarse de la institucin por ms de tres das consecutivos,


sin causa justificada.

b) Infringir las disposiciones de las letras i), j) y k) del artculo 84


de este Estatuto.

c) Infringir lo dispuesto en la letra l) del artculo 78.

d) Condena por crimen o simple delito.

e) Efectuar denuncias de irregularidades o de faltas al principio


de probidad de las que haya afirmado tener conocimiento, sin
fundamento y respecto de las cuales se constatare su falsedad o
el nimo deliberado de perjudicar al denunciado.

f) Los dems casos contemplados en el Estatuto Administrativo o


leyes especiales.

Atrasos y ausencias reiterados sin causa justificada (Art. 72


inciso 3 Ley N 18.834).

No declarar una inhabilidad sobreviniente (Art. 64 de la


LOC N 18.575).

Funcionario que, sin expresa autorizacin de la Contralora


General, abriere una cuenta bancaria a su nombre con fon-
dos pblicos, segn el artculo 54 de la LOC N 10.336.

992
Curso de Derecho Administrativo

C. Ponderacin por parte del Servicio. Finalmente, por aplicacin


del principio de proporcionalidad consagrado en el artculo 121 del Es-
tatuto Administrativo, la autoridad puede disponer la aplicacin de una
medida de destitucin de acuerdo a la ponderacin de las circunstancias
atenuantes y agravantes que arroje el respectivo proceso disciplinario.

V. SUPRESIN DEL EMPLEO

1017. Alcances. El artculo 146 letra e) de la Ley N 18.834, dis-


pone que el empleado cesar en el cargo, en el caso de supresin del
empleo.

Acorde a los artculos 63 N 14 y 65 N 2, de la Constitucin, la


creacin y supresin de empleos rentados en organismos fiscales, semi-
fiscales, autnomos o de las empresas del Estado, es materia de ley y de
iniciativa exclusiva del Presidente de la Repblica.

El Tribunal Constitucional se pronunci sobre el artculo 65 N 2 de


la Constitucin, reconocindole a la Universidad de Chile su autonoma
y la facultad de crear y suprimir cargos en virtud del artculo 12, letra
h), de su Estatuto Orgnico, contenido en el D.F.L. N 153, de 1981,
del Ministerio de Educacin, y declarando que la norma sealada no
produce efectos contrarios a la Constitucin.

En el considerando decimoquinto del mismo fallo, se expresa que


lo dispuesto en el artculo 32 de la Ley N 18.575, sobre Bases Gene-
rales de la Administracin del Estado, segn el cual las instituciones de
educacin superior de carcter estatal podrn, adems, establecer en su
organizacin facultades, escuelas, institutos, centros de estudios y otras
estructuras necesarias para el cumplimiento de sus fines especficos,
las faculta para crear nuevas plantas de funcionarios y, consecuente-

993
Sexta Parte - Funcin Pblica

mente, para suprimir los cargos que en ellas se sirven, lo que, segn el
considerando decimonoveno, se ve respaldado por la potestad que, en
esta materia, se les reconoce a los rectores en los respectivos estatutos
orgnicos.

De lo precedentemente manifestado aparece que la facultad en exa-


men no slo est contenida en el decreto con fuerza de ley que contem-
pla el estatuto orgnico de la citada Universidad de Santiago de Chi-
le, ya que ella tambin encuentra su fundamento en normas orgnicas
constitucionales.

debe concluirse que no resulta contrario a la Constitucin que


el legislador confiera atribuciones de reestructuracin orgnica a la
autoridad de que se trata, atendidas las particulares caractersticas de
autonoma que exige la administracin de la Universidad de Chile, y
que la eventual supresin de empleos que ella ocasione ha tenido sufi-
ciente origen en la voluntad del legislador, por lo que debe estimarse
que, en caso de aplicarse en la gestin pendiente el precepto contenido
en la letra h) del artculo 12 del Decreto con Fuerza de Ley N 153, de
1981, ya transcrito, no producir efectos contrarios a la Constitucin
y as se declarar392.

En idntico sentido la jurisprudencia administrativa ha sostenido


que la potestad de que gozan las Entidades de Educacin Superior para
aprobar las plantas y sus respectivas plazas, comprende tambin la de
suprimir cargos. Lo contrario, impedira la adecuacin de los estamentos
a las necesidades de la institucin. Adems, la atribucin de los rectores
emana no slo de normas contempladas en sus respectivos decretos con
fuerza de ley, sino que tiene su origen en la autonoma universitaria que
el legislador, a travs de normas orgnicas constitucionales, ha recono-


392
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 523, considerando N 39, de 2006.

994
Curso de Derecho Administrativo

cido a las universidades, atendida la especial naturaleza de la funcin


que ellas desempean.

Dictamen N 45.873, de 2007: la facultad que posee el Rector


de la Universidad de Atacama para disponer la supresin de determi-
nados cargos, emana de la propia normativa que regula a dicha Casa
de Estudios, por lo que su reconocimiento no se ha efectuado en virtud
de la aplicacin de disposiciones que rigen a la Universidad de Chile,
como lo entienden los peticionarios.

No altera lo sealado, lo indicado por los ocurrentes, en orden a


que la potestad para crear y suprimir cargos, no puede ser entregada a
la autoridad universitaria a travs de normas contenidas en un decreto
con fuerza de ley, ya que ello slo debera ser realizado por medio de
una ley, de acuerdo a lo dispuesto en los artculos 63, N 14, y 65,
N 2, de la Constitucin Poltica.

En efecto, tal como lo ha precisado la jurisprudencia administrati-


va, la atribucin que los rectores de las Entidades de Educacin Supe-
rior poseen para disponer la supresin de determinados empleos, ema-
na no slo de normas contempladas en decretos con fuerza de ley, sino
que, en ltimo trmino, ella tiene su origen en la autonoma universita-
ria que el legislador y a travs de normas orgnicas constitucionales,
ha reconocido a las universidades atendida la especial naturaleza de la
funcin que ellas desempean.

1018. Indemnizacin por supresin del empleo. En los casos de


supresin del empleo por procesos de reestructuracin o fusin, los
funcionarios de planta que cesaren en sus cargos a consecuencia de
no ser encasillados en las nuevas plantas y que no cumplieren con los
requisitos para acogerse a jubilacin, tendrn derecho a gozar de una
indemnizacin equivalente al total de las remuneraciones devengadas

995
Sexta Parte - Funcin Pblica

en el ltimo mes, por cada ao de servicio en la institucin, con un


mximo de seis. Dicha indemnizacin no ser imponible ni constituir
renta para ningn efecto legal (Art. 154 Ley N 18.834).

As, para acceder al beneficio, se deben cumplir dos requisitos co-


pulativos (Dictamen N 13.196, de 2010):

A. Cesar en el cargo a consecuencia de no ser encasillado en la


nueva planta, y

B. No reunir los requisitos para jubilarse.

Al respecto, la jurisprudencia administrativa ha sealado, entre


otros, en su Dictamen N 60.042, de 2009, que la indemnizacin en
comento no tiene un carcter remuneratorio, sino que corresponde a un
beneficio de seguridad social, por lo que resulta aplicable el plazo de
prescripcin dispuesto en el artculo 161 de la Ley N 18.834, esto es,
dos aos contados desde que se hizo exigible el derecho.

La jurisprudencia administrativa de la Contralora General, conte-


nida en los Dictmenes Ns. 38.136, de 2007 y 14.276, de 2008, entre
otros, ha concluido que atendido que no todos los procesos de reestruc-
turacin importan necesariamente la creacin de nuevas plantas, sino
que en muchos casos slo se procede a eliminar o fusionar unidades,
con las consiguientes supresiones de cargos, la indemnizacin en co-
mento puede beneficiar tambin a los empleados que se vean afectados
por este tipo de situaciones, aunque no haya operado un proceso de
encasillamiento, como ocurri en la especie.

1019. Indemnizacin por cese de funciones para altos directi-


vos. El inciso 2 artculo quincuagsimo octavo de la Ley N 19.882,
previene que cuando el cese de funciones se produzca por peticin de

996
Curso de Derecho Administrativo

renuncia, antes de concluir el plazo de nombramiento o de su renova-


cin, y no concurra una causal derivada de su responsabilidad adminis-
trativa, civil o penal, o cuando dicho cese se produzca por trmino del
perodo de nombramiento sin que ste sea renovado, el alto directivo
tendr derecho a gozar de la indemnizacin contemplada en el artculo
154 de la Ley N 18.834, sobre Estatuto Administrativo.

VI. TRMINO DEL PERODO LEGAL

1020. Alcances. Acorde a los artculos 146 letra f) y 153 de la Ley


N 18.834, sobre Estatuto Administrativo, una de las causales de cesa-
cin de los servidores corresponde al vencimiento del perodo por el
cual se ha sido nombrado o designado.

Al respecto, el artculo 153 inciso 1 del citado cuerpo legal, deter-


mina que el trmino del perodo legal por el cual es nombrado el fun-
cionario, o el cumplimiento del plazo por el cual es contratado, produce
la inmediata cesacin de sus funciones.

Con todo, el empleado continuar ejercindolas, con los mismos


derechos y prerrogativas que los funcionarios en servicio activo, si fue-
re notificado, previamente y por escrito, de encontrarse en tramitacin
el decreto o resolucin que renueva su nombramiento o contrato (Art.
153 inc. 2 Ley N 18.834).

La jurisprudencia de este Organismo Contralor, contenida en los


Dictmenes Ns. 3.432, de 2007 y 64.111, de 2009, entre otros, ha ex-
puesto que corresponde a la autoridad administrativa determinar la pro-
cedencia de la prrroga de un contrato y su duracin, situacin que
produce la inmediata cesacin de funciones, no existiendo obligacin
legal de la autoridad de mantenerlo en su cargo ni de indemnizarlo a
causa del cese.

997
Sexta Parte - Funcin Pblica

VII. FALLECIMIENTO

1021. Alcances. Por ltimo, el artculo 146 letra g) del Estatuto


Administrativo, contempla el fallecimiento como casual de extincin
del status funcionarial.

VIII. NORMAS COMUNES APLICABLES AL CESE DE FUN-


CIONES

1022. Prolongacin indebida de funciones. De acuerdo al artculo


155 del Estatuto Administrativo: El empleado que prolongare indebida-
mente sus funciones no podr reincorporarse a la Administracin, sin
perjuicio de la responsabilidad penal en que pudiera incurrir. En este
caso, la autoridad correspondiente comunicar el hecho a la Contralora
General de la Repblica.

1023. Prolongacin de funciones en servicio que no pueda para-


lizarse sin grave dao o perjuicio. De acuerdo con el artculo 156 del
Estatuto Administrativo: Sin perjuicio de la hiptesis de prolongacin
de funciones prevista en el artculo 155, el empleado podr continuar
actuando, aun cuando sus funciones hubieren terminado legalmente,
si se tratare de rgano o servicio que no pueda paralizarse sin grave
dao o perjuicio y no se presentare oportunamente la persona que debe
reemplazarlo. En tal evento, la autoridad correspondiente comunicar
inmediatamente lo ocurrido a la Contralora general de la Repblica y
adoptar las medidas pertinentes para dar solucin a la situacin produ-
cida, en un plazo no mayor de treinta das.

El empleado que en virtud de lo establecido en el inciso precedente


prolongare su desempeo, tendr todas las obligaciones, responsabilidades,
derechos y deberes inherentes al cargo (Art. 156 inc. 2 Ley N 18.834).

998
Curso de Derecho Administrativo

1024. Concurrencia de dos o ms causales. En caso de verificarse


dos o ms causales legales de expiracin o cesacin de funciones: la
jurisprudencia administrativa siempre ha entendido que opera aquella
que cronolgicamente se verific primero.

As, en relacin con la aplicacin de la medida disciplinaria de des-


titucin, con posterioridad a la declaracin de vacancia del cargo por
salud incompatible, la jurisprudencia de la Contralora General ha sea-
lado que, si bien en estos casos la sancin de destitucin no constituy
la causal de cese de labores del servidor de que se trate, sta produce
igualmente todos sus dems efectos, incluyendo la prohibicin de re-
incorporarse a la Administracin Pblica, hasta 5 aos despus de la
fecha de expiracin de funciones (Dictmenes Ns. 33.914, de 1998 y
15.119, de 2003).

1025. Trmino de servicios de un funcionario sin dar cumpli-


miento a la normativa. Segn la jurisprudencia administrativa con-
tenida, entre otros, en los Dictmenes Ns. 11.039, de 2002 y 54.556,
de 2009, ambos de la Contralora, la circunstancia de que la autoridad
ponga fin a los servicios de un funcionario sin dar cumplimiento a la
normativa que rige la materia, y que ello haya determinado que el afec-
tado no haya servido efectivamente su empleo durante ese lapso, tal
como ocurri en el caso en estudio, obedece a una determinacin de la
superioridad, no imputable al trabajador, constituyendo una situacin
de fuerza mayor.

1026. Cese de servicio fundado en una norma legal determina-


da, opera con prescindencia de las normas sobre inamovilidad en el
empleo. En armona con el Dictamen N 15.438, de 1995, los ceses de
servicios fundamentados en una norma legal determinada, operan con
prescindencia de las normas sobre inamovilidad en el empleo de textos

999
Sexta Parte - Funcin Pblica

estatutarios o en otros cuerpos legales, generales o especiales, pues las


normas de estabilidad slo proceden en relacin con la eventual facultad
de la autoridad de poner trmino a las funciones de un servidor, pero no
tienen cabida en los casos en que la ley ordene el alejamiento del cargo.

IX. LA REHABILITACIN ADMINISTRATIVA

1027. La rehabilitacin administrativa. Concepto. De acuerdo a la


Jurisprudencia Administrativa la rehabilitacin es un trmite adminis-
trativo cuyo nico objetivo es restituir el requisito de idoneidad moral a
un empleado pblico desvinculado de la Administracin del Estado por
aplicacin de una sancin de carcter expulsivo, prerrogativa que, en
todo caso, corresponde ejercerla privativa y discrecionalmente al Presi-
dente de la Repblica, lo que, en todo caso, debe requerirse a travs del
Ministerio de que depende o con el que se relaciona el Servicio o Institu-
cin al que perteneca el afectado (Dictamen N 30.523, de 2006).

1028. Caractersticas de la rehabilitacin administrativa.

A. Facultad privativa y discrecional del Presidente de la Repbli-


ca que, en todo caso, debe requerirse a travs del Ministerio del que de-
pende o con el que se relaciona el Servicio o Institucin al que perteneca
el afectado, la cual se materializa a travs del decreto de rehabilitacin
previsto en el artculo 38 letra f), de la Ley N 10.336, Orgnica de la
Contralora, sujeto a toma de razn (Res. N 1.600) que materializa la
potestad reglamentaria autnoma (Dictamen N 22.139, de 2003)393.


393
Vase el Decreto Supremo N 43, de 2000, del Minsegpres, que delega en el Ministro Secre-
tario General de la Presidencia de la Repblica la facultad de suscribir, bajo la frmula Por
orden del Presidente de la Repblica, los decretos supremos que dispongan Rehabilitacio-
nes Administrativas en favor de ex funcionarios pblicos que hayan cesado en su cargo, a
consecuencia de la aplicacin de una medida disciplinaria.

1000
Curso de Derecho Administrativo

Conforme a la jurisprudencia administrativa, la rehabilitacin de


quienes han sido separados o destituidos administrativamente de un
empleo pblico sea cual fuere el rgimen jurdico que rega esa pla-
za, puede ser solicitada y concedida en cualquier momento, atendido
que la letra f) del artculo 38 de la Ley N 10.336 no contiene trmino
alguno al respecto y, en caso de ser otorgada facultad que ejerce pri-
vativa y discrecionalmente el Presidente de la Repblica, elimina el
impedimento de reingreso del respectivo ex servidor, debiendo ste,
en todo caso, satisfacer los requisitos establecidos en el estatuto legal
del empleo al que pretende acceder, como sucede, por ejemplo, con el
plazo que exigen las Leyes Ns. 18.834 y 18.883 para incorporarse a
un cargo regulado por alguno de esos textos normativos (Dictamen N
4.592, de 2007).

B. El beneficio de la rehabilitacin debe requerirse a travs del


Ministerio de que depende o con el que se relaciona el organismo al
que perteneca el afectado (Dictmenes Ns. 18.667 y 25.067, ambos de
2001 y 30.523, de 2006).

C. La rehabilitacin puede ser dispuesta en cualquier momento,


pues la Ley N 10.336 no exige un plazo para tal efecto.

No obstante, para ocupar los cargos referidos en el Estatuto Admi-


nistrativo o por el Estatuto Administrativo para Funcionarios Munici-
pales, es necesario que el plazo de cinco aos, contado desde la fecha
de expiracin de funciones, se haya cumplido, luego de lo cual recin el
solicitante podr ser nombrado en el respectivo cargo y reincorporarse,
en armona con el artculo 12, letra e) de la Ley N 18.834 y el artculo
10 letra e) de la Ley N 18.833.

Si el cargo que se pretende ocupar corresponde a uno regido por


el Estatuto Administrativo o por el Estatuto Administrativo para Fun-

1001
Sexta Parte - Funcin Pblica

cionarios Municipales, es necesario tener en consideracin que las dis-


posiciones de dichos textos antes aludidas exigen como requisito de
ingreso a una de esas plazas en el evento ya anotado y de manera
independiente del trmite de la rehabilitacin, el transcurso de ms de
cinco aos contado desde la fecha de expiracin de funciones, por lo
que ser necesario para ocupar esas plazas y no para dictar el decreto
rehabilitatorio que dicho plazo haya concluido, luego de lo cual recin
entonces el afectado podr ser nombrado en el respectivo cargo (Dicta-
men N 4.592, de 2007).

Diversa, en cambio, es la situacin del rehabilitado que aspira a ac-


ceder a un cargo cuyo estatuto como acontece con el Cdigo del Tra-
bajo no establece un impedimento temporal para ocuparlo en el evento
de haber sido afectado con una medida de destitucin o de separacin
en un empleo pblico, caso en el cual el interesado, una vez obtenida la
rehabilitacin, puede, inmediatamente, ser contratado o nombrado bajo
esa preceptiva. (Dictamen N 4.592, de 2007).

D. La rehabilitacin no exime al ex funcionario favorecido de


cumplir los restantes requisitos de ingreso a la Administracin, como
tampoco confiere el derecho a reclamar la reincorporacin como obli-
gatoria, siendo una facultad privativa de la autoridad llamada a efectuar
el nombramiento, el aceptar o rechazar la solicitud (Dictamen N 3.300,
de 2004).

1029. Rehabilitacin de ex servidores del Poder Judicial. Acorde


al Dictamen N 17.178 2006, y en relacin con el plazo que debe espe-
rar un ex servidor sumariado del Poder Judicial para postular al reingre-
so al mismo, ha sostenido que no existiendo en el Cdigo Orgnico de
Tribunales una norma que establezca el plazo que debe transcurrir para
que un ex servidor del Poder Judicial, removido por aplicacin de una
medida disciplinaria, pueda reingresar al mismo, es dable concluir que

1002
Curso de Derecho Administrativo

en estos casos debe aplicarse lo dispuesto por el artculo 12, letra e) de


Ley N 18.834, precepto en el que se ordena que deben transcurrir ms
de cinco aos desde la fecha de expiracin de funciones.

Por otra parte, y en torno a la consulta referente al organismo o


autoridad que debe pronunciarse respecto de la rehabilitacin, cabe se-
alar que la rehabilitacin que podra disponer el Jefe de Estado frente
a solicitudes efectuadas por ex servidores del Poder Judicial, deben
contar con el parecer afirmativo de la Corte Suprema (Dictmenes
Ns. 63.310, de 1969; 9.401, de 1980 y 13.113, de 2006).

Sin perjuicio de lo anterior, resulta menester recordar en torno a


la materia de que se trata que la jurisprudencia administrativa en sus
Dictmenes Ns. 10.595, de 1974, 41.315, de 1980 y 42.248, de 2005,
entre otros, ha manifestado que los empleados del Poder Judicial que no
gozan de inamovilidad, y que acrediten fehacientemente que la remo-
cin de su cargo no tuvo como fundamento la comisin de un hecho de
carcter delictivo, pueden ingresar a cualquier reparticin pblica, sin
necesidad de cumplir con otros requisitos especiales que los propios del
empleo en que pretenda incorporarse.

Por el contrario, cuando la remocin est fundada en la comisin de


un hecho delictuoso por parte del servidor, los Dictmenes Ns. 63.150,
de 1967; 9.401, de 1980, entre otros, han concluido que dicha medida
se equipara a la destitucin o separacin disciplinaria, y en este evento,
el afectado se encuentra impedido de reingresar a la Administracin P-
blica, de conformidad con lo dispuesto en el artculo 38, letra f), de Ley
N 10.336, que impide a esta Entidad de Control, en trminos amplios,
cursar un nombramiento recado en personas que hayan sido separadas
o destituidas administrativamente de cualquier empleo o cargo pblico,
a menos que intervenga, como lo establece expresamente el citado pre-
cepto decreto supremo de rehabilitacin.

1003
Bibliografa

Barra, Nancy: Probidad Administrativa, 3 edicin, Editorial Lexis-


Nexis, Santiago, 2008.

Barra, Nancy y Celis, Gabriel: Estatuto Administrativo Interpreta-


do, Coordinado y Comentado, Editorial LegalPublishing, Santiago,
2009.

Celis, Gabriel y Barra, Nancy: Manual de responsabilidad admi-


nistrativa, Editorial PuntoLex, Santiago, 2009.

Chamorro Bernal, Francisco: La Tutela Judicial Efectiva, Edi-


torial Bosch, Madrid, 1994.

Ferrajoli, Luigi: Derecho y Razn. Teora del Garantismo Penal.


Editorial Trotta. Madrid, 1995.

Nieto, Alejandro: Derecho Administrativo Sancionador, Editorial


Tecnos, Madrid, 1993.

Santamara Pastor, Juan Alfonso: Principios de Derecho Ad-


ministrativo General, tomo I, 1 edicin 2004, reimpresin 2006,
Editorial Iustel, Madrid, 2006.

Garca de Enterra, Eduardo y Fernndez, Toms Ramn:


Curso de Derecho Administrativo, tomo I, 13 edicin, Editorial
Civitas, Madrid, 2000.

1005
SPTIMA PARTE

RESPONSABILIDAD PATRIMONIAL DEL ESTADO

CAPTULO I

CONCEPTOS GENERALES

1030. Campo de afliccin de la responsabilidad patrimonial del


Estado. En atencin a la naturaleza de los actos emanados de algn
rgano del Estado, podemos distinguir tres tipos de responsabilidad pa-
trimonial:

A. Responsabilidad por actos legislativos.

B. Responsabilidad por actos jurisdiccionales.

C. Responsabilidad por actos administrativos.

1031. Responsabilidad por actos legislativos. Se pueden dar tres


hiptesis394.

A. La ley puede prever indemnizacin por los daos que sta


cause. Por ejemplo:

1. Una modificacin de la planta de funcionarios.

2. Materias agrcolas.

394
Vase Ziga, Francisco: Responsabilidad patrimonial del Estado legislador, Editorial
LexisNexis, Santiago, 2005.

1007
Sptima Parte - Responsabilidad Patrimonial del Estado

B. La ley puede dar un plazo para adecuarse a la nueva norma.


En este caso, no habr derecho a indemnizacin.

C. La ley no establece ni indemnizacin ni plazo de adecuacin,


por las medidas que produzca.

1032. Responsabilidad por actos jurisdiccionales. En materia de


jurisdiccin criminal el propio constituyente ha establecido una accin
de indemnizacin por error judicial.

1033. Indemnizacin por error judicial. Texto Constitucional.


El artculo 19 N 7 letra i) de la Constitucin establece una accin cons-
titucional de indemnizacin de perjuicios por error judicial. Seala el
precepto que:

Una vez dictado sobreseimiento definitivo o sentencia absoluto-


ria, el que hubiere sido sometido a proceso o condenado en cualquier
instancia por resolucin que la Corte Suprema declare injustificada-
mente errnea o arbitraria, tendr derecho a ser indemnizado por el
Estado de los perjuicios patrimoniales y morales que haya sufrido. La
indemnizacin ser determinada judicialmente en procedimiento breve
y sumario y en l la prueba se apreciar en conciencia.

A su turno, el artculo 14 N 6 del Pacto Internacional de Derechos


Civiles y Polticos dispone:

6. Cuando una sentencia condenatoria firme haya sido ulterior-


mente revocada, o el condenado haya sido indultado por haberse pro-
ducido o descubierto un hecho plenamente probatorio de la comisin
de un error judicial, la persona que haya sufrido una pena como re-
sultado de tal sentencia deber ser indemnizada, conforme a la ley, a

1008
Curso de Derecho Administrativo

menos que se demuestre que le es imputable en todo o en parte el no


haberse revelado oportunamente el hecho desconocido.

Asimismo, el artculo 10 de la Convencin Americana de Derechos


Humanos consagra el derecho a indemnizacin en los siguientes trminos:

Toda persona tiene derecho a ser indemnizada conforme a la Ley en


caso de haber sido condenada en sentencia firme por error judicial.

1034. Coordinaciones normativas. El Auto Acordado de la Corte


Suprema que reglamenta el procedimiento de la accin indemnizatoria
que concede la letra i) del N 7 del Art. 19 de la Constitucin Poltica
del Estado (de 11 de agosto de 1983).

1035. Concepto. En conformidad a lo preceptuado en el artculo 19


N 7 letra i) del Cdigo Fundamental, la indemnizacin por error judi-
cial se puede conceptuar como aquella accin procesal constitucional
y cautelar, que tiene por objeto obtener la indemnizacin de los perjui-
cios patrimoniales y morales ocasionados por una sentencia criminal
injustificadamente errnea o arbitraria.

1036. Caractersticas de la accin.

A. Objeto. Obtener la indemnizacin por el Estado de los perjui-


cios patrimoniales y morales ocasionados por una sentencia criminal
injustificadamente errnea o arbitraria. Por tanto, el demandado es el
fisco de chile.

B. Titular de la accin. Persona natural sometida a proceso o con-


denada en cualquier instancia por resolucin que la Corte Suprema de-
clare injustificadamente errnea o arbitraria.

1009
Sptima Parte - Responsabilidad Patrimonial del Estado

C. Tribunal competente. La Corte suprema, que para estos efec-


tos conoce en pleno (Auto Acordado), es decir, con la totalidad de sus
ministros.

El demandante debe presentar su solicitud a la Corte Suprema, acom-


paando copias autorizadas de las resoluciones que correspondan.

1037. Normas procesales relativas a la indemnizacin de per-


juicios.

A. Procedimiento breve y sumario. Se tramita conforme al proce-


dimiento sumario del artculo 680 del Cdigo de Procedimiento Civil.

B. Apreciacin de la prueba en conciencia. La Corte Suprema


procede como jurado en la apreciacin de los hechos, o sea, acorde al
sistema probatorio de libre conviccin.

C. Plazo de caducidad. El demandante debe accionar dentro de


los 6 meses siguientes a la fecha en que qued ejecutoriada la sentencia
absolutoria o el auto de sobreseimiento definitivo.

D. El demandante debe solicitar que la Corte Suprema declare in-


justificadamente errnea o arbitraria la sentencia condenatoria o el auto
de procesamiento que lo afect.

1038. Requisitos para que proceda la indemnizacin.

A. Condena criminal injustificadamente errnea o arbitraria.


el titular debe haber sido absuelto por sentencia de primera o segunda
instancia o dictada por la corte suprema, o sobresedo definitivamente
conforme al Cdigo Procesal Penal, todo ello en la misma causa en que
fue encargado reo o condenado.

1010
Curso de Derecho Administrativo

B. Sobreseimiento definitivo o sentencia absolutoria.

C. Declaracin de la Corte Suprema, de que la sentencia conde-


natoria fue injustificadamente errnea o arbitraria.

Lo anteriormente explicado, es sin perjuicio de la eventual respon-


sabilidad penal del magistrado, si incurriere en un delito, conforme lo
previene el artculo 79 de la Constitucin Poltica.

1011
CAPTULO II

RESPONSABILIDAD PATRIMONIAL
DEL ESTADO ADMINISTRADOR

1039. Texto Constitucional. El artculo 38 inciso 2 de la Consti-


tucin consagra una accin procesal constitucional para hacer efectiva
la responsabilidad patrimonial del Estado administrador. Dispone el
precepto:

Cualquier persona que sea lesionada en sus derechos por la Ad-


ministracin del Estado, de sus organismos o de las municipalidades,
podr reclamar ante los tribunales que determine la ley, sin perjuicio
de la responsabilidad que pudiere afectar al funcionario que hubiese
causado el dao395.

El artculo 4 de la LOC de BGAE dispone que el Estado ser


responsable por los daos que causen los rganos de la Administracin
en el ejercicio de sus funciones.

A su turno, el artculo 42 de la misma norma precepta que los


rganos de la Administracin sern responsables del dao que causen
por falta de servicio.

1. Titular de la accin. Cualquier persona.

395
La Ley Fundamental de Bonn determina en su artculo 19.4 que: Toda persona cuyos dere-
chos sean vulnerados por el poder pblico, podr recurrir a la va judicial. Si no hubiese otra
jurisdiccin competente para conocer el recurso, la va ser la de los tribunales ordinarios. No
queda afectado el artculo 10, apartado 2, segunda frase..

1013
Sptima Parte - Responsabilidad Patrimonial del Estado

2. Tribunal competente. Tribunales ordinarios. En efecto, acorde a


lo dictaminado en el oficio N 41.429, de 2004, de la Contralora Ge-
neral, dicha responsabilidad puede ser perseguida por los particulares
afectados ante los tribunales de justicia, los cuales sealarn la exis-
tencia, naturaleza o extensin de los daos respectivos mediante una
sentencia definitiva con efecto de cosa juzgada.

1040. Teoras aplicables. La doctrina iusadministrativa chilena ha


adoptado tres teoras doctrinales:

A. Doctrina clsica.

B. Responsabilidad objetiva.

C. Responsabilidad subjetiva.

A. Doctrina clsica. Una primera postura doctrinal parte de los pre-


supuestos ineludibles a toda responsabilidad: dao, causalidad y actua-
cin de la Administracin, a los cuales agregan el llamado factor de
imputacin396, que justificara, segn ellos, imponer a la Administracin
la obligacin de indemnizar el perjuicio sufrido por el particular. Seran
factores de imputacin el enriquecimiento sin causa, la desigual repar-
ticin de las cargas pblicas, la equidad, el Estado de Derecho, el riesgo
administrativo calificado por el juez a posteriori, el principio de la in-
demnidad del patrimonio del administrado, etctera397.


396
Caldera, Hugo: Manual de Derecho Administrativo, Editorial Jurdica de Chile, Santiago
1979, p. 551.

397
En el mismo sentido, Abrevaya, Alejandra: La Responsabilidad Extracontractual del Es-
tado, Editorial LexisNexis-Abeledo Perrot, Buenos Aires, 2003, p. 96.

1014
Curso de Derecho Administrativo

En consecuencia, los requisitos son:

1. Un dao.

2. Actuacin de la Administracin.

3. Relacin causal.

4. Factor de imputacin.

Esta doctrina ha sido aplicada por nuestra jurisprudencia, v.gr., en el


fallo Galletu con Fisco de Chile398, en el cual se conden a este ltimo,
teniendo como sustento (...) la equidad y a la justicia.

B. Responsabilidad objetiva. Una segunda posicin en la dogm-


tica, sostiene que la RPA tiene fuente exclusiva en el artculo 38 inciso
2, que concibe un diseo de responsabilidad patrimonial objetiva del
Estado administrador.

En esta lnea interpretativa la expresin lesin que emplea el art-


culo 38 inciso 2 de nuestra Constitucin, siguiendo la doctrina espa-
ola399, se considera como el dao respecto del cual la vctima no se
encuentra en el deber jurdico de soportar.

En este contexto, la Administracin comprometera su responsabili-


dad para el caso de verificarse los siguientes requisitos:

1. Un dao o lesin sufrido por un particular.

398
RDJ, Tomo LXXXI (1984), parte II, seccin 5, pgs. 181 y ss.
399
Garca de Enterra, Eduardo y Fernndez, Toms Ramn: Curso de Derecho
Administrativo, tomo I, 13 edicin, Editorial Civitas, Madrid, 2000, p. 371.

1015
Sptima Parte - Responsabilidad Patrimonial del Estado

2. Actuacin de la Administracin, sin importar si sea normal o


anormal.

3. Relacin causal de la lesin con la actuacin normal o anormal


de la Administracin.

Este camino ha sido seguido por nuestra jurisprudencia; as, por


ejemplo, el fallo Rodrguez Guaita con SAG400 seal que:

tal como lo establece el artculo 38 de nuestra Carta Funda-


mental, el que consagra el principio general de que todo dao ocasio-
nado por la Administracin y que provenga de alguna accin u omisin
emanada de alguno de sus rganos debe ser indemnizado.

C. Responsabilidad subjetiva. Falta de servicio. Una tercera pos-


tura sostiene que la RPA debe ser determinada por la ley y no por la
Constitucin artculos 6 y 7 de la CPR, razn por la cual entienden
que el artculo 42 de la LOCBGAE determina la responsabilidad patri-
monial por la funcin admnistrativa al exigir la ocurrencia de falta de
servicio; de tal suerte que sin ella no habra responsabilidad pblica.

En consecuencia, se requiere:

1. Un dao o lesin sufrido por un particular.

2. Actuacin de la Administracin, consistente en la falta de servi-


cio.

3. Relacin de causalidad entre la lesin con la actuacin (falta de


servicio) de la Administracin.


400
GJ, 173, CA de Santiago, 8 noviembre de 1994.

1016
Curso de Derecho Administrativo

As se ha resuelto, por ejemplo, en el fallo Figueroa Gallardo y otra


con Fisco de Chile401:

Que (...) los artculos 6 y 7 de la Carta Poltica imponen a los


rganos del Estado el deber de observar en su accionar el principio
de legalidad que enuncian esas disposiciones y prescriben (...) que la
contravencin de sus disposiciones generar las responsabilidades que
determine la ley (...) Que los preceptos constitucionales relaciona-
dos en el motivo anterior, al reconocer el principio de la responsabi-
lidad del Estado, no establecen cul es la naturaleza de sta, sino se
remiten a la ley para determinarla, lo que hacen los artculos 4 y 44 de
la Ley Orgnica Constitucional N 18.575, al sealar, (...) en especial,
(...) que los rganos de la Administracin sern responsables del dao
que causen por falta de servicio.

En el caso Quintana, Elia y otros con Fisco de Chile402, que se re-


fiere a la demanda intentada por la propietaria de un predio respecto
del cual el Director del SAG dicta una resolucin restringiendo el uso
del suelo actuacin perfectamente lcita, la Corte de Apelaciones de
Santiago, aplicando la doctrina subjetiva de la falta de servicio, sostuvo
que no haba responsabilidad alguna por parte del Fisco de Chile, pues
no se haba verificado en la especie falta de servicio. En cambio, la CS,
aplicando la segunda teora, sostuvo que la actora al sufrir una lesin
patrimonial ligada causalmente a una actuacin de la Administracin,
s era responsable.

401
Sentencia de la Corte Suprema, de 8 de mayo de 2002, Rol N 3.427-2001. Publicada en
RDCDE, N 7, 2002, pp. 47 y ss.
402
RDJ XCVIII, N 1. CS, 23 de enero de 2001.

1017
Bibliografa

Abrevaya, Alejandra: La Responsabilidad Extracontractual del Es-


tado, Editorial LexisNexisAbeledo Perrot, Buenos Aires, 2003.

Bordal Salamanca, Andrs y Ferrada Brquez, Juan


Carlos: Estudios de Justicia Administrativa, Editorial LexisNexis,
Santiago, 2008.

Caldera, Hugo: Manual de Derecho Administrativo, Editorial Jur-


dica de Chile, Santiago, 1979.

Cordero vega, Luis: La Responsabilidad de la Administracin


del Estado. Bases para una Sistematizacin, Editorial LexisNexis,
Santiago, 2003.

Garca de Enterra, Eduardo y Fernndez, Toms Ramn:


Curso de Derecho Administrativo, tomo I, 13 edicin, Editorial
Civitas, Madrid, 2000.

Garca de Enterra, Eduardo y Fernndez, Toms Ramn:


Curso de Derecho Administrativo, tomo II, Editorial Civitas, Ma-
drid, 2000.

Sanhueza, Ricardo: Responsabilidad patrimonial del Estado admi-


nistrador chileno, Editorial LexisNexis, Santiago, 2003.

Ziga, Francisco: Responsabilidad patrimonial del Estado legisla-


dor, Editorial LexisNexis, Santiago, 2005.

1019
OCTAVA PARTE

BIENES DEL ESTADO

CAPTULO I

REGULACIN DEL DOMINIO PBLICO

1041. Regulacin del dominio pblico. Modalidades.

A. El dominio pblico en la Constitucin.

B. El dominio pblico en el Cdigo Civil.

I. EL DOMINIO PBLICO EN LA CONSTITUCIN

1042. Aspectos generales. El artculo 19 N 24 de la carta Fundamen-


tal regula el dominio pbico, sobre la base de la siguiente estructura:

A. Derecho de propiedad (Art. 19 N 24 inc. 1 y 2 CPR).

B. Reclamacin por acto expropiatorio (Art. 19 N 24 inc. 3, 4 y


5 CPR).

C. Derecho de propiedad minera (Art. 19 N 24 inc. 6, 7, 8, 9 y


10 CPR).

D. Derecho de propiedad sobre las aguas (Art. 19 N 24 inc. 11 CPR).

1021
Octava Parte - Bienes del Estado

1. DERECHO DE PROPIEDAD

1043. Texto Constitucional. Artculo 19 N 24 incisos 1 y 2 de


la Carta Fundamental:

El derecho de propiedad en sus diversas especies sobre toda clase


de bienes corporales e incorporales.

Slo la Ley puede establecer el modo de adquirir la propiedad, de


usar, gozar y disponer de ella y las limitaciones y obligaciones que de-
riven de su funcin social. sta comprende cuanto exijan los intereses
generales de la Nacin, la seguridad nacional, la utilidad y la salubri-
dad pblicas y la conservacin del patrimonio ambiental.

1044. Concepto de propiedad y bienes que comprende. El artculo


582 inciso 1 del Cdigo Civil define el dominio o propiedad como un
derecho real para usar y gozar arbitrariamente de una cosa no siendo
contra dominio o derecho ajeno. A su turno, el artculo 583 agrega que:
Sobre las cosas incorporales hay tambin una especie de propiedad.

Para el ordenamiento constitucional el concepto de propiedad sobre-


pasa la concepcin del Derecho Civil que lo trata como un derecho real
patrimonial (Art. 754 CC). La propiedad se encuentra tutelada a nivel
legal por la accin reivindicatoria del artculo 889 del Cdigo Civil, cuyo
objetivo es recuperar la posesin de una cosa por parte del dueo. El domi-
nio comprende tres atributos: facultad de uso, de goce y de disposicin.

Al tenor de la Constitucin y el Cdigo Civil el derecho de propie-


dad comprende toda clase de bienes:

A. Los bienes corporales, esto es, aquellos que tienen un ser real
y pueden ser percibidos por los sentidos.

1022
Curso de Derecho Administrativo

B. Los bienes incorporales, esto es, aquellos que consisten en


meros derechos.

El artculo 19 N 24 inciso 2 entrega a la reserva legal el estable-


cimiento de los modos de adquirir el dominio, lo cual se concreta en
el artculo 588 del Cdigo Civil, tales son la ocupacin, la accesin, la
tradicin, la sucesin por causa de muerte y la prescripcin, a todos los
cuales cabe agregar la ley; como tambin lo relativo a las facultades
del dominio y sus limitaciones.

1045. Limitaciones ordinarias al ejercicio del derecho de propie-


dad son, de acuerdo al artculo 19 N 24 inciso 2 de la Carta Funda-
mental:

A. Los intereses generales de la Nacin.

B. La seguridad nacional.

C. La utilidad y salubridad pblicas.

D. La conservacin del patrimonio ambiental.

1046. Bloque constitucional. El derecho a la propiedad privada se


concreta en diversos instrumentos internacionales sobre derechos hu-
manos que ratificados y vigentes constituyen un componente del siste-
ma normativo de rango constitucional. As, el artculo 21 de la Conven-
cin Americana sobre Derechos Humanos, denominada Pacto de San
Jos de Costa Rica dispone:

1. Toda persona tiene derecho al uso y goce de sus bienes. La Ley


puede subordinar tal uso y goce al inters social.

1023
Octava Parte - Bienes del Estado

2. Ninguna persona puede ser privada de sus bienes, excepto me-


diante el pago de indemnizacin justa, por razones de utilidad pblica
o de inters social y en los casos y segn las formas establecidas por
la Ley.

3. Tanto la usura como cualquier otra forma de explotacin del


hombre por el hombre, deben ser prohibidas por la Ley.

1047. Jurisprudencia. Sobre la potestad reglamentaria de ejecu-


cin en relacin con la delimitacin del dominio el Tribunal Constitu-
cional ha sostenido:

Vigesimoprimero. Que la regulacin legislativa del ejercicio del


derecho de propiedad se halla, en variados aspectos, sometida al prin-
cipio de reserva y dominio legal, en el sentido dual o copulativo que
ha sido explicado, es decir, tanto en sus disposiciones comunes o ge-
nerales, previstas en los artculos 32 N 8, 60 y 19 N 26 de la Cons-
titucin, como en sus preceptos especficos. As sucede, por ejemplo,
a propsito del establecimiento de las limitaciones y obligaciones del
dominio, derivadas de la funcin social que le es intrnseca, de acuerdo
a lo mandado en el artculo 19 N 24 inciso segundo de ella. En efecto,
la disposicin recin aludida, concerniente a la propiedad, precepta
que Slo la ley puede establecer (. . .) las limitaciones y obligaciones
que deriven de su funcin social, mencionando, en seguida, las cinco
causales genricas, pero taxativas, invocando una o ms de las cuales
el legislador se halla habilitado para imponer tales delimitaciones o
restricciones por el motivo advertido;

Vigesimosegundo. Que, obviamente, donde la Carta Fundamental


ha previsto el doble principio de reserva y dominio legal descrito, lo ha
hecho con la deliberada voluntad de fortalecer o reforzar la exigencia

1024
Curso de Derecho Administrativo

que conlleva ese principio, excluyendo, o restringiendo, cualquier in-


jerencia de la potestad reglamentaria en la materia. En consecuencia
y con anlogo sentido de estricto rigor deber ser interpretada y apli-
cada la norma general de la Constitucin que contempla tal potestad
reglamentaria de ejecucin, porque no puede ser regulado a travs de
ella cuanto, reiterada y claramente, el Poder Constituyente ha confia-
do, con cualidad privativa e indelegable, al dominio de la ley;

Vigesimotercero. Que la potestad reglamentaria, en su especie o


modalidad de ejecucin de los preceptos legales, es la nica que resul-
ta procedente invocar en relacin con las limitaciones y obligaciones
intrnsecas a la funcin social del dominio. Sin embargo, menester es
precisar que ella puede ser convocada por el legislador, o ejercida por
el Presidente de la Repblica, nada ms que para reglar cuestiones
de detalle, de relevancia secundaria o adjetiva, cercanas a situaciones
casusticas o cambiantes, respecto de todas las cuales la generalidad,
abstraccin, carcter innovador y bsico de la ley impiden o vuelven
difcil regular. Tal intervencin reglamentaria, por consiguiente, puede
desenvolverse vlidamente slo en funcin de las pormenorizaciones
que la ejecucin de la ley exige para ser llevada a la prctica;403.

2. PROPIEDAD MINERA

1048. Caractersticas de la propiedad minera. El inciso 6 del


artculo 19 N 24 de la Constitucin precepta:

El Estado tiene el dominio absoluto, exclusivo, inalienable e im-


prescriptible de todas las minas, comprendindose en stas las cova-
deras, las arenas metalferas, los salares, los depsitos de carbn e

403
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 370, considerando N 23, de 9 de abril de
2003.

1025
Octava Parte - Bienes del Estado

hidrocarburos y las dems sustancias fsiles, con excepcin de las arci-


llas superficiales, no obstante la propiedad de las personas naturales o
jurdicas sobre los terrenos en cuyas entraas estuvieren situadas. Los
predios superficiales estarn sujetos a las obligaciones y limitaciones
que la Ley seale para facilitar la exploracin, la explotacin y el be-
neficio de dichas minas.

El Estado tiene el dominio absoluto, exclusivo, inalienable e im-


prescriptible de todas las minas.

Las minas comprenden:

A. Las covaderas,

B. Las arenas metalferas,

C. Los salares,

D. Los depsitos de carbn e hidrocarburos y

E. Las dems sustancias fsiles, con excepcin de las arcillas su-


perficiales.

3. PROPIEDAD DE LAS AGUAS

1049. Texto Constitucional. El inciso 11 del artculo 19 N 24 de


la Constitucin precepta:

Los derechos de los particulares sobre las aguas, reconocidos o


constituidos en conformidad a la Ley, otorgan a sus titulares la propie-
dad sobre ellos.

1026
Curso de Derecho Administrativo

Segn lo disponen los artculos 9 inciso 1 del Cdigo Sanitario


y 596 Cdigo Civil, todas las aguas del territorio nacional son bienes
nacionales de uso pblico, es decir, que su uso y goce pertenece a la
nacin toda, no siendo susceptibles de apropiacin privada.

1027
CAPTULO II

UTILIZACIN DEL DOMINIO PBLICO

1050. Texto Constitucional. De acuerdo con el artculo 63 N 10


de la Constitucin, son materias de ley:

10) Las que fijen las normas sobre enajenacin de bienes del Esta-
do o de las municipalidades y sobre su arrendamiento o concesin;.

Este precepto entrega a la reserva legal la enajenacin, arrenda-


miento o concesin de los bienes del Estado, que el artculo 589 C-
digo Civil denomina bienes nacionales y define como aqullos cuyo
dominio pertenece a la nacin toda. Tambin respecto de los bienes
municipales.

Adems, la jurisprudencia del Tribunal Constitucional ha senten-


ciado que se trata de una materia propia de ley ordinaria.

4.- Que, en efecto, los primeros artculos sealados en el consi-


derando anterior son disposiciones de ley ordinaria, ya que ellos con-
tienen normas relativas a la enajenacin, arrendamiento o concesin
de bienes de las municipalidades que el Constituyente ha reservado al
dominio de la ley comn, por mandato especial del artculo 60, N 10,
de la Constitucin... 404.

El Decreto Ley N 1.939, del Ministerio de Tierras y Colonizacin,


de 5 de octubre de 1977405, establece normas sobre adquisicin, admi-
nistracin y disposicin de bienes del estado.


404
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 50, considerando N 4, de 29 de febrero de 1980.

405
Publicado en el Diario Oficial de 10 de noviembre de 1977.

1029
Octava Parte - Bienes del Estado

1051. Utilizacin del dominio pblico. Modalidades.

A. Usos por parte de la Administracin.

B. Uso por los particulares: Uso comn y usos privativos.

SECCIN I. USOS POR PARTE DE LA ADMINISTRACIN

1052. Autoridad competente. En esta materia resulta necesario


distinguir si se trata de bienes fiscales o de bienes nacionales de uso
pblico.

A. Administracin y disposicin de los bienes fiscales del Estado.


Al respecto, cabe sealar que el artculo 1 inciso 1 del Decreto Ley
N 1.939, establece que las facultades de adquisicin, administracin y
disposicin sobre los bienes del Estado o fiscales que corresponden al
Presidente de la Repblica, las ejercer por intermedio del Ministerio
de Bienes Nacionales, sin perjuicio de las excepciones legales.

El artculo 589 del Cdigo Civil establece que: Los bienes nacio-
nales cuyo uso no pertenece generalmente a los habitantes, se llaman
bienes del Estado o bienes fiscales.

B. Administracin y disposicin de los bienes nacionales de uso


pblico. En conformidad a los artculos 5 letra c) y 63 letra f) de la Ley
N 18.695 Orgnica Constitucional de Municipalidades406, la autoridad
edilicia tiene la atribucin de administrar los bienes nacionales de uso
pblico de la comuna.


406
Publicada en el Diario Oficial de 31 de marzo de 1988; cuyo texto refundido, coordinado y
sistematizado, fue fijado por el Decreto con Fuerza de Ley N 1, de 2006, del Ministerio del
Interior, publicado en el Diario Oficial de 26 de julio de 2006.

1030
Curso de Derecho Administrativo

El artculo 589 del Cdigo Civil define a los bienes nacionales de


uso pblico como aquellos cuyo uso pertenece a todos los habitantes
de la nacin.

De acuerdo a la jurisprudencia administrativa, no se advierten fun-


damentos jurdicos para sostener que un municipio pueda verse privado
de la administracin de los bienes nacionales de uso pblico; por la cir-
cunstancia de que en la va pblica de que se trata se estn desarrollan-
do obras concesionadas por el Ministerio de Obras Pblicas (Dictamen
N 33.563, de 2008).

Asimismo, el artculo 34 de la LOC N 18.695, determina que los


bienes inmuebles municipales slo podrn ser enajenados, gravados o
arrendados en caso de necesidad o utilidad manifiesta.

De acuerdo al artculo 65 letra e) de la LOC N 18.695, el Alcalde


requiere el acuerdo del Consejo para adquirir, enajenar, gravar, arren-
dar por un plazo superior a cuatro aos o traspasar a cualquier ttulo,
el dominio o mera tenencia de bienes inmuebles municipales o donar
bienes muebles.

Ley de concesiones.

1053. Facultades de adquisicin, administracin y disposi-


cin. Al respecto, cabe sealar que el artculo 1, inciso 1, del D.L.
N 1.939, establece que las facultades de adquisicin, administracin y
disposicin sobre los bienes del Estado o fiscales que corresponden al
Presidente de la Repblica, las ejercer por intermedio del Ministerio
de Bienes Nacionales, sin perjuicio de las excepciones legales.

A. Adquisicin.

1031
Octava Parte - Bienes del Estado

B. Administracin.

C. Disposicin.

I. Adquisicin

1054. Normativa aplicable. Segn el artculo 26 del D.L. N 1.939,


la adquisicin del dominio de bienes por el Estado se someter:

A. A las normas del derecho comn;

B. A las especiales del ttulo II del Decreto Ley N 1.939, y

C. A las dems que contemplen normas especiales.

1055. Modalidades de adquisicin. De acuerdo con los artculos


27 y siguientes del D.L. N 1.939, la adquisicin del dominio de bienes
por el Estado puede operar sobre la base de diversos sistemas.

A. Accesin. Segn el artculo 27 del D.L. N 1.939. Los terrenos


que dejaren de estar permanentemente y en forma definitiva cubiertos
por las aguas del mar, de un ro o lago, como consecuencia de obras
ejecutadas con fondos del Estado, se incorporarn a su dominio.

B. Compraventa. El artculo 29 inciso 1 del D.L. N 1.939, deter-


mina que: Sin perjuicio de las excepciones legales, la compra de bienes
races que efecte el Fisco se realizar a travs del Ministerio, previo
estudio de los ttulos de dominio del inmueble y del cumplimiento de
los requisitos que se sealan en los artculos siguientes.

Las instituciones interesadas en la adquisicin de un inmueble acom-


paarn a su solicitud un preinforme acerca de los ttulos de dominio

1032
Curso de Derecho Administrativo

de la propiedad y un proyecto de la escritura pblica que corresponda.


Sin perjuicio de lo anterior, adjuntarn los documentos y certificados
que comprueben la idoneidad de los respectivos ttulos a fin de que el
Ministerio se pronuncie en definitiva (Art. 29 inc. 1 D.L. N 1.939).

El artculo 29 inciso 2 del D.L. N 1.939, determina que: El Servi-


cio interesado en la compra de un bien raz, deber ser autorizado pre-
viamente por el Ministerio del cual depende, y el gasto que se origine
se imputar al tem respectivo del Presupuesto del Servicio correspon-
diente.

C. Permuta. El artculo 34 del D.L. N 1.939, determina que: El


Presidente de la Repblica, a travs del Ministerio podr, en casos cali-
ficados y cumplindose las exigencias del artculo 30 del D.L. N 1.939,
permutar un bien raz fiscal por un inmueble de otro dueo.

Tanto la permuta como la compraventa se regirn, en todo lo no


previsto en las disposiciones anteriores, por las normas contenidas en el
Cdigo Civil (Art. 35 D.L. N 1.939).

D. Donaciones. Las donaciones al Fisco pueden ser hechas por r-


ganos descentralizados o autnomos, o bien, por particulares.

1. Donaciones de rganos descentralizados o autnomos. Confor-


me al artculo 36 del D.L. N 1.939, se autoriza a las Municipalidades,
a las Instituciones y Empresas del Estado y, en general, a todas las per-
sonas jurdicas en que el Estado tenga aporte de capital, participacin o
representacin, para donar toda clase de bienes al Fisco.

2. Donaciones de particulares. De acuerdo con el artculo 37 inciso


1 del D.L. N 1.939: La donacin de bienes que se haga al Fisco por
cualquier institucin o persona ser aceptada mediante una resolucin

1033
Octava Parte - Bienes del Estado

de la Direccin, sin perjuicio de lo dispuesto en leyes especiales. Estas


donaciones estarn exentas de toda clase de impuestos y no requerirn
del trmite de la insinuacin.

Tratndose de bienes races, corresponder a la Direccin estudiar y


calificar los ttulos de dominio del donante y redactar la escritura pblica
de donacin que ser suscrita, en representacin del Fisco, por el Director
o por el funcionario que ste designe (Art. 37 inc. 2 D.L. N 1.939).

Las donaciones que se hagan al Fisco debern ser puras y simples


(Art. 38 inc. 1 D.L. N 1.939).

Podrn, sin embargo, aceptarse en determinados casos donaciones


modales, siempre que la modalidad consista en aplicar el bien a la sa-
tisfaccin de una necesidad pblica determinada (Art. 38 inc. 2 D.L.
N 1.939).

Las personas que ofrezcan donar bienes races al Fisco, slo debern
acompaar los ttulos que obren en su poder o, en su defecto, indicarn
la inscripcin de dominio del inmueble. Corresponder a la Direccin
solicitar copias de las inscripciones y dems documentos que se requie-
ran para el estudio de los ttulos (Art. 38 inc. 2 D.L. N 1.939).

E. Expropiaciones. El artculo 42 inciso 1 del D.L. N 1.939, de-


clara de utilidad pblica y autoriza al Presidente de la Repblica para
expropiar, a travs del Ministerio, los inmuebles situados dentro del
radio urbano de las ciudades o pueblos que, por su ubicacin, cabida y
deslindes, sean indispensables para la instalacin y funcionamiento de
organismos estatales, y de la administracin civil.

La facultad que confiere el inciso anterior slo podr ejercerse en


casos de imprescindible necesidad, y mediante decreto supremo funda-

1034
Curso de Derecho Administrativo

do, el que expresar con exactitud las razones que justifiquen la expro-
piacin. sta se someter a las disposiciones constitucionales y legales
pertinentes (Art. 47 inc. 2 D.L. N 1.939).

F. Herencias. El artculo 42 inciso 1 del D.L. N 1.939 determina


que: Los derechos sucesorios del Fisco se regularn por las normas de
la legislacin comn y por las especiales de este prrafo.

Normas especiales:

1. Herencia yacente. Cualquier persona puede poner en conoci-


miento del Servicio la existencia de derechos hereditarios que le co-
rrespondan al Fisco, as como de cualquier clase de bienes que, per-
tenecindole, no tuviere de ellos conocimiento, o que se encontraren
indebidamente en poder de terceros (Art. 42 inc. 2 D.L. N 1.939).

2. Galardn para el denunciante. El denunciante que cumpliere los


requisitos que ms adelante se sealan, tendr derecho a un galardn
equivalente al 30% del valor lquido de los bienes respectivos (Art. 42
inc. 2 D.L. N 1.939).

3. Denuncias. Las denuncias a que se refiere el artculo 42 se pre-


sentarn en la Oficina de Partes del Ministerio, que para estos efectos,
atender durante toda la jornada de trabajo. Se pondr cargo de da y
hora y se registrar en un libro de denuncias por estricto orden de recep-
cin (Art. 48 inc. 1 D.L. N 1.939).

Se tendr como primer denunciante a quien primero presente la de-


nuncia en los lugares sealados en el artculo anterior, acompaando
todos los datos y antecedentes en que se funden los derechos del Fisco
sobre los bienes denunciados, y cumplindose con los dems requisitos
legales y reglamentarios (Art. 49 inc. 1 D.L. N 1.939).

1035
Octava Parte - Bienes del Estado

II. Administracin

1056. Mecanismos de Administracin de los bienes del Estado.


Prescribe el artculo 55 del D.L. N 1.939, que en relacin con su admi-
nistracin, los bienes del Estado podrn ser objeto de:

A. Destinaciones.

B. Concesiones de uso.

C. Afectaciones.

D. Arrendamientos.

1. Destinacin

1057. Concepto. El artculo 56 inciso 1 del decreto ley citado,


establece, que: Mediante la destinacin se asigna, a travs del Minis-
terio, uno o ms bienes del Estado a la institucin que los solicita, con
el objeto de que los emplee en el cumplimiento de sus fines propios.

1058. Regulacin.

A. Las destinaciones slo se dispondrn en favor de los servicios


y entidades que conforman la Administracin del Estado, el Poder Judi-
cial, los servicios dependientes del Congreso Nacional y la Contralora
General de la Repblica (Art. 56 inc. 2 D.L. N 1.939).

Conforme lo ha reconocido la jurisprudencia administrativa, la des-


tinacin prevista en el artculo 56 est concebida en relacin con los
servicios centralizados, porque stos, por no tener personalidad jurdica

1036
Curso de Derecho Administrativo

propia, deben emplear para su normal funcionamiento, los bienes per-


tenecientes al fisco, siendo aplicable, en cambio, respecto de los entes
autnomos el rgimen de concesin previsto en el artculo 57, norma
que se refiere expresamente a las instituciones estatales con patrimonio
distinto del fisco y a las personas jurdicas de derecho pblico, men-
cin esta ltima que debe estimarse referida a los entes que gozan de
personalidad jurdica (Dictamen N 39.896, de 1995).

B. Todos los gastos que provengan de reparaciones, conservacin,


ejecucin de obras y pagos de servicios tales como agua potable, alcan-
tarillado, electricidad, telfono, gas, contribuciones y otros a que estn
afectos los bienes destinados, sern de cargo exclusivo de los destinata-
rios (Art. 56 inc. 3 D.L. N 1.939).

C. Los bienes destinados debern ser empleados exclusivamente


en el objeto para el cual se solicitaron. Si por cualquier motivo dejaren
de utilizarse en dicho objeto, debern ser puestos de inmediato a dispo-
sicin del Ministerio de Bienes Nacionales para su debida administra-
cin. El Ministerio fiscalizar el empleo debido que se d a estos bienes,
pudiendo poner trmino a la destinacin cada vez que las circunstancias
as lo aconsejen (Art. 56 inc. 4 D.L. N 1.939).

De la normativa recin expuesta se desprende, en primer trmino,


que la potestad para destinar bienes fiscales a un determinado uso est
radicada en el Ministerio de Bienes Nacionales, salvo que dicha potes-
tad haya sido entregada o corresponda a otros rganos de la Adminis-
tracin del Estado.

Asimismo, aparece que el acto de destinacin tiene por finalidad


reservar los bienes fiscales a un uso determinado que sea acorde con los
fines propios del rgano pblico, el que implica, a su vez, la adminis-
tracin del bien por el destinatario, en los trminos y bajo las condicio-

1037
Octava Parte - Bienes del Estado

nes que establece el referido artculo. La destinacin no es, entonces,


un mero acto de control o el requisito formal para su inscripcin en
el catastro de bienes fiscales responsabilidad del Ministerio de Bienes
Nacionales, sino que es el acto por el cual se constituye la asignacin
de un bien fiscal para un determinado y especfico uso, el que implica,
adems, un nuevo y definido rgimen de administracin.

Consecuentemente, los bienes fiscales cualquiera haya sido la for-


ma por la que fueron adquiridos para que se entiendan asignados a de-
terminado servicio o entidad pblica, debern ser objeto de un acto de
destinacin. Para el caso en que no cuenten con una regulacin especial
que establezca el rgano competente, o el procedimiento para la dicta-
cin de tal acto, ste se ajustar a las formalidades que se establecen en
el artculo 56 del Decreto Ley N 1.939, citado (Dictamen N 70.748,
de 2009).

2. Concesiones

1059. Aspectos generales. La destinacin del artculo 56 del D.L.


N 1.939, est concebida en relacin con los servicios centralizados,
que por no tener personalidad jurdica propia, deben emplear para su
funcionamiento los bienes del fisco.

Respecto de los organismos descentralizados, es aplicable el r-


gimen de concesin de inmuebles fiscales del artculo 57 del texto
aludido, referido a las instituciones estatales con patrimonio distinto
del fisco y a las personas jurdicas de derecho pblico (Dictamen
N 31.072, de 2001).

1060. Requisitos de las concesiones. Conforme al artculo 57 in-


ciso 1, el Ministerio de Bienes Nacionales podr otorgar concesiones

1038
Curso de Derecho Administrativo

sobre bienes fiscales, con un fin preestablecido y en las condiciones


que para cada caso se determine a personas jurdicas de nacionalidad
chilena.

1061. Organismos excluidos de las concesiones. En ningn caso


el Ministerio podr adjudicar en concesin bienes cuya administracin
est entregada a la competencia de otro Ministerio, servicio pblico,
municipio o empresa pblica u otro organismo integrante de la admi-
nistracin del Estado (Art. 57 inc. 2 D.L. N 1.939).

1062. Mecanismos de adjudicacin. Las concesiones podrn adju-


dicarse a travs de (Art. 58):

A. Licitacin pblica o privada, nacional o internacional, o

B. Directamente, en casos debidamente fundados.

1063. Caractersticas de la concesin.

Las concesiones se otorgarn a ttulo oneroso (Artculo 61 inciso


1 D.L. N 1.939).

La concesin durar el plazo convenido o aquel que se establez-


ca en las bases de licitacin, los que no podrn exceder de 50 aos
(Artculo 62 D.L. N 1.939).

1064. Causales de extincin. Conforme al artculo 62 C, la conce-


sin se extingue por las siguientes causales:

1. Cumplimiento del plazo.

1039
Octava Parte - Bienes del Estado

2. Mutuo acuerdo entre el Ministerio y el concesionario. El Minis-


terio slo podr concurrir al acuerdo si los acreedores que ten-
gan constituida a su favor la prenda establecida en el artculo 62
B consintieren en alzarla o aceptaren previamente, y por escrito,
dicha extincin anticipada.

3. Incumplimiento grave de las obligaciones del concesionario.

4. Ocurrencia de algn hecho o circunstancia que haga imposible


usar o gozar del bien para el objeto de la concesin, y

5. Las dems causales que se estipulen en las bases de licitacin o


en el contrato de concesin respectivo.

3. Afectacin

1065. Requisitos. El artculo 64 inciso 1 del Decreto Ley N 1.939,


de 1977 determina que: Por decreto dictado a travs del Ministerio po-
drn afectarse bienes inmuebles fiscales al uso pblico.

1066. Desafectacin. Requisitos. El artculo 64 inciso 2 del D.L.


N 1.939, de 1977, en lo que interesa, previene que por razones fun-
dadas, pueden desafectarse de su calidad de uso pblico determinados
inmuebles.

4. Arrendamiento

1067. Fundamento. Conforme al artculo 66 del D.L. N 1.939. El


uso y goce de bienes del Estado slo se conceder a particulares me-
diante los respectivos contratos de arrendamiento, salvo las excepcio-

1040
Curso de Derecho Administrativo

nes legales. Estos contratos se regirn especialmente por lo dispuesto


en esta ley.

1068. Requisitos. Conforme al artculo 67 inciso 1 del D.L. N 1.939.

A. El arrendamiento debe disponerse mediante resolucin o de-


creto.

En casos calificados y siempre que las circunstancias lo aconsejen,


el decreto o resolucin dispondr la suscripcin de un instrumento se-
parado que contendr las clusulas del contrato.

B. El acto administrativo debe contener las clusulas del contrato.

C. El contrato se perfecciona por el solo hecho de transcurrir quin-


ce das de su notificacin al arrendatario sin que ste haya formulado
reparos.

1069. Clusulas del contrato. Conforme al artculo 68 inciso 1


del D.L. N 1.939.

A. Clusulas esenciales, tcitas o legales.

1. En todo contrato de arrendamiento se entendern incorporados,


sin necesidad de mencin expresa, todos los derechos, obliga-
ciones y prohibiciones establecidos en este prrafo y sus Regla-
mentos.

2. En estos contratos se entender implcitamente reconocida por


el arrendatario la facultad del arrendador de poner trmino an-
ticipado al contrato en la forma, en los casos y dems circuns-

1041
Octava Parte - Bienes del Estado

tancias a que se refieren los artculos siguientes (Art. 68 inciso


1 del D.L. N 1.939).

B. Clusulas accesorias o accidentales. Conforme al artculo 68 in-


ciso 1 del D.L. N 1.939. En todo contrato de arrendamiento se podr in-
sertar cualquiera otra clusula que se estime conveniente al inters fiscal.

1070. Canon o renta de arrendamiento. Conforme al artculo 69


del D.L. N 1.939.

Renta mnima. Artculo 69 incisos 1 y 2. Hay que distinguir:

A. Bienes inmuebles. La renta anual mnima que podr fijarse en


el arrendamiento de bienes races fiscales no podr ser inferior al 8%
del avalo vigente para el pago del impuesto territorial.

Establecida en la forma anterior, la renta de los bienes races se


reajustar automticamente desde el momento en que empiecen a
regir los reavalos que afecten a la propiedad, aplicndose siempre el
porcentaje prefijado sobre el nuevo avalo (Art. 69 inc. 2).

B. Bienes muebles. Respeto de los bienes muebles, se determinar


la renta anual a base del valor comercial fijado por la Direccin, no
pudiendo ser inferior a un 10% de ste. En casos calificados o para
regiones, reas o zonas determinadas y por decreto fundado, podrn
fijarse rentas inferiores.

1071. Pago de las rentas. Conforme al artculo 69 inciso 3 del


D.L. N 1.939. El pago de las rentas de arrendamiento se estipular por
perodos anticipados y se efectuar dentro de los cinco primeros das de
cada uno de ellos en el lugar que fije el decreto, resolucin o contrato.

1042
Curso de Derecho Administrativo

1072. Retardo en el pago. Conforme al artculo 70 inciso 1 del


D.L. N 1.939. Si el arrendatario no pagare puntualmente la renta fijada,
se considerar en mora para todos los efectos legales, sin necesidad de
requerimiento judicial.

Por todo el tiempo que dure el retardo, el arrendatario pagar las


rentas insolutas reajustadas en la misma proporcin en que haya varia-
do el ndice de Precios al Consumidor entre el mes calendario anterior
a aqul en que debi realizarse el pago, y el mes calendario anterior en
que ste efectivamente se efecte, y abonar el inters penal que fije el
contrato (Art. 70 inc. 2 D.L. N 1.939).

Gendarmera carece de facultades para dar en arriendo un inmue-


ble que le ha sido destinado para cumplimiento de sus fines, porque la
administracin de bienes fiscales que corresponde al Presidente de la
Repblica, se ejerce por intermedio del Ministerio de Bienes Naciona-
les, conforme al artculo 1 del D.L. N 1.939, de 1977, y el contrato
de arrendamiento constituye una de las formas de administracin de
tales bienes. Adems, destinacin efectuada conforme D.L. N 1.939-
77 artculo 56, slo autoriza a entidad favorecida con ella para usar los
bienes en finalidades propias del servicio, pero no para administrarlos
(Dictamen N 23.599, de 1985).

1073. Clculo y recaudacin de la renta. Conforme al artculo 74


del D.L. N 1.939. Las rentas de arrendamiento de inmuebles fiscales
a que se refiere la presente ley, sern calculadas y recaudadas por el
Ministerio de Bienes Nacionales, en uso de sus facultades de adminis-
tracin, ingresando dichas rentas, as como sus respectivos reajustes e
intereses, al presupuesto de ese Ministerio.

1074. Plazo de arrendamiento. Conforme al artculo 75 D.L.


N 1.939. Por regla general, el plazo de arrendamiento de los bienes

1043
Octava Parte - Bienes del Estado

races fiscales no podr estipularse por perodos superiores a cinco


aos, tratndose de inmuebles urbanos, ni por perodos mayores de 10
aos, si fueren rurales.

No obstante, el Presidente de la Repblica podr arrendar los bie-


nes races del Estado por un plazo de hasta 20 aos, cuando se den
en arrendamiento a instituciones educacionales, de beneficencia u otras
personas y entidades pblicas o jurdicas que las destinen a objetivos de
inters nacional o regional.

1075. Desahucio. Conforme al artculo 76 D.L. N 1.939. En todo


caso, el Fisco deber reservarse el derecho de poner trmino anticipado,
en forma administrativa y sin responsabilidad para l, a todo contrato de
arrendamiento, previo aviso de un perodo completo de pago.

El arrendatario no podr oponerse al desahucio ni alegar plazo al-


guno a su favor.

La restitucin se efectuar en la forma establecida en el inciso final


del artculo 80.

1076. Prrroga del contrato. Conforme al artculo 77 D.L. N 1.939.


Antes del vencimiento del plazo por el que se hubiere concedido en
arrendamiento un inmueble fiscal, podr la Direccin acordar la pr-
rroga del respectivo contrato por el trmino necesario para perfeccio-
nar la compra de la propiedad. Lo anterior representa una facultad del
Servicio que ste ejercer cuando proceda y por un plazo que no podr
exceder de seis meses.

1077. Cesin o transferencia del contrato. Conforme al artculo


78 D.L. N 1.939. No podrn cederse o transferirse a ttulo alguno los

1044
Curso de Derecho Administrativo

contratos de arrendamiento de bienes fiscales ni introducirse mejoras,


ni transferirse las mismas sin autorizacin previa de la Direccin.

Artculo 79 D.L. N 1.939. Ningn arrendatario podr destinar la


propiedad fiscal arrendada al negocio de bebidas alcohlicas, a casas de
juego o cualquier otro objeto inmoral o ilcito.

Artculo 82 D.L. N 1.939. Con excepcin de las propiedades a que


se refiere el artculo 41 de esta ley, se podrn dar en arrendamiento los
dems inmuebles que el Fisco adquiera por expropiacin, hasta que se
destinen al fin para el que fueron expropiados.

Estos arrendamientos se estipularn por perodos de un mes y en lo


dems se regirn por este texto legal.

1078. Limitaciones a la administracin de bienes nacionales de


uso pblico. En conformidad a los artculos 5 letra c) y 63 letra f), de
la Ley N 18.695 Orgnica Constitucional de Municipalidades, la auto-
ridad edilicia tiene la atribucin de administrar los bienes nacionales de
uso pblico de la comuna.

Al respecto, la jurisprudencia administrativa contenida, entre otros,


en el Dictamen N 33.488, de 1998, ha sealado que los actos que
se dicten o ejecuten en el ejercicio de tal atribucin de administracin
en ningn caso pueden significar un menoscabo grave al uso comn o
general del bien que pertenece a todos los habitantes de la nacin, de
manera que tratndose de un espacio destinado al trnsito peatonal y
vehicular, ste no puede verse obstaculizado por tales actuaciones.

1079. Concesiones y permisos de los bienes municipales o nacio-


nales de uso pblico. El inciso 1 del artculo 36 de la LOC N 18.695,

1045
Octava Parte - Bienes del Estado

establece que los bienes municipales o nacionales de uso pblico, incluido


su subsuelo, que administre la entidad edilicia, podrn ser objeto de con-
cesiones y permisos. Agrega el inciso tercero que las concesiones darn
derecho al uso preferente del bien concedido en las condiciones que fije
la municipalidad. Sin embargo, sta podr darles trmino en cualquier
momento, cuando sobrevenga un menoscabo o detrimento grave al uso
comn o cuando concurran otras razones de inters pblico.

Adems, el artculo 65, letra j), del mismo texto legal, dispone que
el alcalde requerir el acuerdo del concejo municipal para otorgar con-
cesiones municipales, renovarlas y ponerles trmino.

III. Disposicin

1080. Modalidades para la enajenacin. El artculo 83 del D.L.


N 1.939, determina que:

A. Por regla general: Los bienes del Estado slo podrn enajenarse
a ttulo oneroso.

B. Excepcionalmente podrn transferirse a ttulo gratuito, siem-


pre que se cumplan los requisitos establecidos en el Prrafo II de este
Ttulo.

1. Venta o transferencia a ttulo oneroso

1081. Venta. Requisitos. Conforme al artculo 84 del D.L. N 1.939.


El Presidente de la Repblica, a travs del Ministerio, podr vender
directamente, como asimismo mediante subasta o propuesta pblica o
privada, los bienes fiscales que no sean imprescindibles para el cum-

1046
Curso de Derecho Administrativo

plimiento de los fines del Estado, a personas naturales o jurdicas de


derecho pblico o privado.

La decisin constituye una facultad discrecional del Presidente de


la Repblica, pero debe cumplir con determinados requisitos:

A. Decreto supremo, expedido a travs del Ministerio de Bienes


Nacionales.

B. Mediante subasta o propuesta pblica o privada.

C. Tratarse de bienes fiscales que no sean imprescindibles para el


cumplimiento de los fines del Estado.

1082. Regulacin de las playas. Las playas, en su calidad de bie-


nes nacionales de uso pblico, quedan sujetas a D.L. N 1.939, pero
slo respecto de las normas que expresamente dicho cuerpo legal les
hace aplicables, a diferencia de los terrenos fiscales que quedan ntegra-
mente sometidos al mismo (Dictamen N 3.684, de 1981).

A. Precio de la venta. El artculo 85 inciso 1 del D.L. N 1.939


determina que: El precio de venta de los bienes fscales no podr ser
inferior a su valor comercial, que ser fijado por una Comisin Especial
de Enajenaciones, previa tasacin que deber practicar la Direccin de
Tierras y Bienes Nacionales.

B. Modalidad de pago. El precio se pagar (Art. 85 inciso 1 ora-


cin final. D.L. N 1.939):

1. Al contado, o

2. En el plazo que se estipule.

1047
Octava Parte - Bienes del Estado

Reajuste en caso de pago diferido. En este ltimo caso, el saldo se


reajustar de acuerdo a la variacin que experimente el ndice de Pre-
cios al Consumidor determinado por el Instituto Nacional de Estadsti-
cas entre el mes anterior a aqul en que se celebre el contrato respectivo
y el mes anterior al de su pago efectivo, y devengar los intereses que
se pacten. No obstante, el comprador podr pagar anticipadamente el
saldo con los reajustes e intereses devengados hasta entonces (Art. 85
inciso 2 D.L. N 1.939).

C. Garantas. Se podrn, adems, fijar las condiciones y moda-


lidades que se estimen adecuadas para cautelar el inters fiscal. Las
respectivas escrituras de venta sern redactadas por la Direccin, sin
perjuicio de lo dispuesto en el D.L. N 965, de 1975 (Art. 85 inciso 3
D.L. N 1.939).

D. Composicin de la Comisin. La composicin de la Comisin a


que se refiere este artculo ser fijada por el Presidente de la Repblica,
a proposicin del Ministerio (Art. 85 inciso 4 D.L. N 1.939).

1083. Bienes muebles destinados para la administracin del Es-


tado. Los bienes muebles destinados para la administracin del Estado,
se podrn adquirir, sin perjuicio de las excepciones legales, a travs de
la Direccin de Aprovisionamiento del Estado y mediante las donacio-
nes y herencias de que trata el Ttulo II del D.L. N 1.939.

Conforme a la jurisprudencia administrativa, la Comisin Nacio-


nal de Energa puede donar bienes muebles a la referida Asociacin
de Funcionarios en tanto concurran los supuestos que prev el referido
artculo 24 del D.L. N 1.939, de 1977 y a travs del procedimiento
contemplado en dicho precepto, debiendo adoptarse los resguardos ne-
cesarios para que el principio de probidad no sea afectado (Dictamen
N 20.390, de 2006).

1048
Curso de Derecho Administrativo

2. Transferencia a ttulo gratuito

1084. Requisitos. Conforme al artculo 87 del Decreto Ley N 1.939:


El Presidente de la Repblica, por intermedio del Ministerio de Tierras y
Colonizacin, podr transferir inmuebles fiscales en forma gratuita a las
entidades sealadas en el artculo 61 del Decreto Ley N 1.939.

A. Estas transferencias se efectuarn por motivos fundados.

B. El inmueble no podr enajenarse antes de cinco aos contados


desde la respectiva inscripcin de dominio en favor de la beneficiaria,
salvo autorizacin del Ministerio.

Estas transferencias estarn exentas de toda clase de impuesto.

C. Si dentro del plazo sealado en este artculo, la adquirente no


utilizare el inmueble para sus fines propios, acreditada administra-
tivamente la infraccin, el Fisco recuperar el dominio, mediante el
procedimiento contemplado en el artculo 80, bastando el decreto que
as lo declare para practicar las inscripciones que correspondiere en el
Conservador de Bienes Races respectivo, cancelndose, asimismo, la
inscripcin de dominio de la entidad beneficiaria.

3. Enajenacin de bienes prescindibles segn


el D.L. N 1.056

1085. Enajenacin de bienes prescindibles. El artculo 8 inciso


1 del D.L. N 1.056, de 1975407, autoriza la enajenacin de toda clase
de activos, muebles o inmuebles, corporales o incorporales, del Fisco

407
Publicado en el Diario Oficial de 7 de junio de 1975.

1049
Octava Parte - Bienes del Estado

y de las Instituciones o empresas descentralizadas del sector pblico,


que no sean imprescindibles para el cumplimiento de fines de la entidad
respectiva.

Las ventas a que se refiere el inciso anterior, inclusive en lo que dice


relacin con los bienes fiscales destinados en favor de los servicios y
entidades que conforman la Administracin del Estado, sern dispues-
tas (Art. 8 inciso 2 del D.L. N 1.056):

A. Por resolucin del Jefe Superior del organismo correspondiente

B. Previa autorizacin del Ministerio del ramo. Tratndose de la


enajenacin de bienes inmuebles fiscales se requerir de la autorizacin
previa del Ministro de Hacienda.

1086. Formas de enajenacin.

A. Por regla general es mediante subasta pblica.

B. Excepcionalmente es mediante venta directa.

1087. Subasta pblica. Requisitos. El artculo 9 inciso 1 del


D.L. N 1.056. Las enajenaciones debern hacerse a ttulo oneroso y,
en subasta pblica o llamndose a propuesta pblica.

A. A ttulo oneroso y

B. En subasta pblica o llamndose a propuesta pblica.

1088. Remate en un solo procedimiento. Dos o ms organismos


podrn acordar efectuar en un solo procedimiento el remate de las espe-
cies respectivas (Art. 9 inciso 2 del D.L. N 1.056).

1050
Curso de Derecho Administrativo

1089. Avisos. Tanto a las subastas como a los llamados a propuesta


debe darse adecuada publicidad y entre el primer aviso y a la fecha del
remate o del trmino del plazo para presentar las propuestas, deben me-
diar a lo menos 30 das (Art. 9 inciso 3 del D.L. N 1.056).

1090. Tasacin. El artculo 10 del D.L. N 1.056. Los bienes que se


vayan a enajenar debern ser tasados previamente.

1091. Monto de la adjudicacin. En las licitaciones que se lleven a


efecto, los bienes muebles no podrn ser adjudicados por un valor infe-
rior al 80% de la tasacin respectiva y los bienes inmuebles por menos
del 90% de la tasacin.

1092. Restricciones normativas. El artculo 11 del D.L. N 1.056,


determina que: En los casos en que se resuelva hacer uso de la autoriza-
cin otorgada en el artculo 8 del presente decreto ley, no se aplicar a
las respectivas enajenaciones ninguna disposicin legal o reglamentaria
que establezca modalidades o procedimientos distintos a los indicados
en este prrafo, ya sea respecto de las enajenaciones mismas o del des-
tino del producto de ellas.

1093. Venta directa. El artculo 14 del D.L. N 1.056, determina


que: Por decreto supremo fundado del Ministerio de Hacienda, el que
deber llevar adems la firma del Ministro del ramo respectivo, podr
eliminarse el requisito de subasta o propuesta pblica para la enajena-
con de determinados bienes. En tal caso, en el mismo decreto se fijar
el procedimiento y modalidades a que deber ajustarse la enajenacin
pertinente.

Podr eliminarse el requisito de subasta o propuesta pblica para la


enajenacon de determinados bienes. Requisitos:

1051
Octava Parte - Bienes del Estado

A. Decreto supremo fundado del Ministerio de Hacienda.

B. El decreto deber llevar adems la firma del Ministro del ramo


respectivo.

C. En el mismo decreto se fijar el procedimiento y modalidades


a que deber ajustarse la enajenacin pertinente.

1094. Comunicacin. Conforme al artculo 15 del D.L. N 1.056.


Las bajas y enajenaciones que se efecten en conformidad con lo pre-
visto en los artculos anteriores, debern ser comunicadas a la Direc-
cin de Tierras y Bienes Nacionales y a la Contralora General de la
Repblica.

SECCIN II. USO POR LOS PARTICULARES

I. USO COMN

1095. Concepto. Por uso comn entendemos aquel poder o facul-


tad o derecho que toda persona natural o jurdica tiene para servirse
del dominio pblico de acuerdo con su destino.

1096. Caractersticas. Se trata de un uso que rene diversas parti-


cularidades:

A. Es annimo, por cuanto no est individualizada la persona del


usuario, puesto que son todos los habitantes.

B. Es colectivo, ya que el bien puede usarse conjuntamente.

C. Es normal, esto es, limitado al objeto lcito para el cual existe


el bien.

1052
Curso de Derecho Administrativo

D. Es pasajero, en relacin a que su la utilizacin del bien no es


permanente o continua.

E. Es personalsimo, ya que no puede tranferirse, transmitirse, ce-


derse, ni extinguirse por prescripcin.

F. Es nico, por cuanto no admite categoras, es decir, la existencia


de usos comunes especiales.

G. Sin un trmino o plazo fijo de duracin, ya que persiste mien-


tras exista el bien nacional de uso pblico.

1097. Fundamentos. El inciso 2 del artculo 19 del Decreto Ley


N 1.939, de 1977 seala que: Los bienes races del Estado no po-
drn ser ocupados si no mediare una autorizacin, concesin o contrato
originado en conformidad a esta ley o de otras disposiciones legales
especiales.

II. USOS PRIVATIVOS

1098. Concepto. Por uso privativo entendemos aquel derecho o


facultad que una persona natural o jurdica individualizada adquiere
sobre un bien pblico con carcter de cierta permanencia y que debe
resultar de un acto de autoridad.

1099. Caractersticas. Se trata de un uso que rene diversas parti-


cularidades:

A. Emana de una autoridad competente, es decir, que procede de


un acto de autoridad. Se requiere la mediacin o autorizacin mediante
el correspondiente acto administrativo.

1053
Octava Parte - Bienes del Estado

B. Individualizacin del usuario. A diferencia del uso comn, el


usuario se encuentra individualizado.

C. Exclusividad. Se trata de un uso exclusivo para su titular, a di-


ferencia del uso comn que es colectivo.

D. Permanente. Este uso tiene una permanencia en la exclusi-


vidad.

1100. Enumeracin. Dentro de los usos privativos de bienes nacio-


nales de uso pblico que contempla el Derecho Pblico chileno, pode-
mos destacar las siguientes:

A. Permisos.

B. Concesiones.

1. Permisos

1101. Concepto. El permiso es un acto administrativo en virtud del


cual se otorga un uso privativo de un bien nacional de uso pblico o de
un bien fiscal de modo precario.

1102. Caractersticas. Se caracteriza por:

A. Ser un acto administrativo unilateral. La jurisprudencia con-


tralora, contenida, entre otros, en el Dictamen N 56.771, de 2003, ha
manifestado que el permiso de ocupacin de un bien nacional de uso
pblico es un acto jurdico unilateral precario, de modo que solicitado,
su otorgamiento, modificacin y trmino requiere exclusivamente la
concurrencia de la voluntad de la autoridad administrativa.

1054
Curso de Derecho Administrativo

B. Se otorga un uso privativo de un bien nacional de uso pblico


o de un bien fiscal.

1103. Enumeracin. Encontramos diversas manifestaciones en


nuestro ordenamiento jurdico-administrativo.

A. Prstamo de uso de bienes municipales y nacionales de uso p-


blico (Art. 5 letra c) LOC N 18.695).

B. Derecho de aprovechamiento (Art. 5 C de Aguas).

1.1. Prstamo de uso

1104. Prstamo de uso de bienes municipales y nacionales de uso


pblico. Recordemos que el artculo 5 letra c) de la LOC N 18.695,
entrega a los municipios la administracin de los bienes municipales y
nacionales de uso pblico existentes en la comuna, lo que los habilita
para traspasar a cualquier ttulo la mera tenencia de bienes inmuebles
municipales, para lo que el alcalde requiere el acuerdo del concejo mu-
nicipal.

Dicha facultad comprende, por cierto, la de entregarlos en comoda-


to, en la medida que el comodatario colabore con la entidad edilicia en
el cumplimiento de alguna funcin o atribucin municipal (Dictamen
N 66.995, de 2009).

El inciso 2 del citado artculo 36 de la Ley N 18.695, determina


que los permisos que pueden otorgar los municipios en los bienes muni-
cipales o nacionales de uso pblico son esencialmente precarios y pue-
den ser modificados o dejados sin efecto sin derecho a indemnizacin,
siendo atribucin del alcalde, segn el artculo 63 letra g), del mismo
texto legal, el otorgarlos, renovarlos y ponerles trmino.

1055
Octava Parte - Bienes del Estado

De acuerdo con la jurisprudencia contralora contenida en los Dic-


tmenes Ns. 24.942, de 2003 y 27.970, de 2004, la concesin o el
permiso que un municipio otorga sobre un bien nacional de uso pblico
constituye un rgimen jurdico especial de derecho pblico, a travs del
cual el titular de esa concesin o permiso obtiene un derecho de uso de
ese bien, el que deja de estar destinado al uso pblico en la parte perti-
nente y se entrega al uso particular, en los trminos establecidos en la
respectiva concesin o permiso.

1.2. Derecho de aprovechamiento

1105. Las aguas. En este sentido, el artculo 5 del Cdigo de


Aguas408 precisa que las aguas son bienes nacionales de uso pblico y
se otorga a los particulares el derecho de aprovechamiento de ellas, en
conformidad a las disposiciones del presente Cdigo.

1106. Derecho de aprovechamiento. Concepto. El artculo 6 in-


ciso 1 del citado Cdigo define el derecho de aprovechamiento como
un derecho real que recae sobre las aguas y consiste en el uso y goce
de ellas, con los requisitos y en conformidad con las reglas que pres-
cribe este Cdigo. El inciso 2 de este ltimo precepto prev que el
derecho de aprovechamiento sobre las aguas es de dominio de su titular,
quien puede usar, gozar y disponer de l en conformidad a la ley. As,
se trata de un derecho privado de naturaleza esencialmente patrimonial,
que otorga a su titular la facultad de usar y gozar de los bienes muebles
sobre el cual recae.


408
Decreto con Fuerza de Ley N 1.122, de 1981, del Ministerio de Justicia.

1056
Curso de Derecho Administrativo

1107. Constitucin del derecho de aprovechamiento. El artculo


20 del mismo Cdigo precisa que el derecho de aprovechamiento se
constituye originariamente por acto de autoridad. La posesin de los
derechos as constituidos se adquiere por la competente inscripcin.
As, el derecho de aprovechamiento se solicita a la Direccin Gene-
ral de Aguas y concluye cuando el funcionario competente dicta una
resolucin, constituyendo el derecho conforme a la potestad reglada
entregada a la Administracin, la cual debe reducirse a escritura pblica
e inscribirse en el Registro de Aguas del Conservador de Bienes Races
correspondiente.

2. Concesiones

1108. Concepto. La concesin es un acto administrativo en virtud


del cual se otorga un uso privativo de un bien nacional de uso pblico
o de un bien fiscal.

1109. Caractersticas. Se caracteriza por:

A. Ser un acto administrativo unilateral.

B. Se otorga un uso privativo de un bien nacional de uso pblico


o de un bien fiscal.

1110. Enumeracin. Encontramos diversas manifestaciones en


nuestro ordenamiento jurdico-administrativo.

A. Concesin de bienes municipales y nacionales de uso pblico


(Art. 36 inciso 1 LOC N 18.695).

B. Concesiones mineras (Art. 2 LOC N 18.097).

1057
Octava Parte - Bienes del Estado

2.1. Concesin de bienes municipales y nacionales de uso p-


blico

1111. Concesin de bienes municipales y nacionales de uso p-


blico. Sobre el particular, cabe indicar, en primer lugar, que el artculo
36 inciso 1 de la Ley N 18.695, Orgnica Constitucional de Muni-
cipalidades, establece que los bienes municipales o nacionales de uso
pblico, incluido su subsuelo, que administre la entidad edilicia, podrn
ser objeto de concesiones y permisos.

Agrega el inciso tercero que las concesiones darn derecho al uso


preferente del bien concedido en las condiciones que fije la municipa-
lidad. Sin embargo, sta podr darles trmino en cualquier momento,
cuando sobrevenga un menoscabo o detrimento grave al uso comn o
cuando concurran otras razones de inters pblico.

Adems, el artculo 65, letra j), del mismo texto legal, dispone que
el alcalde requerir el acuerdo del concejo municipal para otorgar con-
cesiones municipales, renovarlas y ponerles trmino.

En este contexto normativo, cabe recordar que la jurisprudencia ad-


ministrativa ha manifestado que, por regla general, no procede modifi-
car por mutuo acuerdo de las partes un contrato de concesin municipal
suscrito con un particular, por cuanto dicho convenio se adjudic por
propuesta pblica y las bases de licitacin, una vez abiertas las ofertas,
as como la convencin suscrita al respecto, son inmodificables. Lo an-
terior encuentra su fundamento en que dicho procedimiento est regido
por dos principios fundamentales, que son el de estricta sujecin a las
bases y el de igualdad de los oferentes, los que son de orden pblico y
no admiten excepcin alguna, salvo la ocurrencia de un caso fortuito o
fuerza mayor que afectare por igual a todos los oferentes o que en las
propias bases y dems documentos de la licitacin se hubieren previsto

1058
Curso de Derecho Administrativo

expresamente situaciones excepcionales que as lo permitan (aplica criterio


contenido en los Dictmenes Ns. 14.564, de 1998 y 3.686, de 2003).

Tratndose de derechos municipales cuya tasa no se encuentra fija-


da por la ley, como sucede precisamente con el derecho de ocupacin
de un bien nacional de uso pblico, la misma ser determinada por el
respectivo municipio mediante ordenanza local (Dictamen N 57.748,
de 2008).

El artculo 46 del D.L. N 3.063, de 1979, prescribe que las Munici-


palidades en cuyo territorio jurisdiccional existan balnearios, percibirn
los derechos que se paguen por las concesiones de uso y goce de las
playas ubicadas en dichos balnearios.

2.2. Concesiones mineras

1112. Concesiones mineras. Concepto. Los incisos 7, 8, 9 y 10


del artculo 19 N 24 de la Constitucin desarrollan las bases jurdico-
normativas de las concesiones mineras.

El artculo 2 de la LOC sobre Concesiones Mineras, N 18.097409


dispone que las concesiones mineras son derechos reales e inmuebles;
distintos e independientes del dominio del predio superficial, aunque
tengan un mismo dueo; oponibles al Estado y a cualquier persona;
transferibles y transmisibles; susceptibles de hipoteca y otros derechos
reales y, en general, de todo acto o contrato; y que se rigen por las mis-
mas leyes civiles que los dems inmuebles, salvo en lo que contraren
disposiciones de esta ley o del Cdigo de Minera.

409
Publicada en el Diario Oficial de 21 de enero de 1982.

1059
Octava Parte - Bienes del Estado

1113. Sustancias objeto de concesin, derechos y obligaciones.


El inciso 7, del artculo 19 N 24 de la Constitucin determina que:

Corresponde a la Ley determinar qu sustancias de aqullas a que


se refiere el inciso precedente, exceptuados los hidrocarburos lquidos
o gaseosos, pueden ser objeto de concesiones de exploracin o de ex-
plotacin. Dichas concesiones se constituirn siempre por resolucin
judicial y tendrn la duracin, conferirn los derechos e impondrn las
obligaciones que la Ley exprese, la que tendr el carcter de orgnica
constitucional. La concesin minera obliga al dueo a desarrollar la
actividad necesaria para satisfacer el inters pblico que justifica su
otorgamiento. Su rgimen de amparo ser establecido por dicha Ley,
tender directa o indirectamente a obtener el cumplimiento de esa obli-
gacin y contemplar causales de caducidad para el caso de incumpli-
miento o de simple extincin del dominio sobre la concesin. En todo
caso, dichas causales y sus efectos deben estar establecidos al momen-
to de otorgarse la concesin.

Las concesiones mineras pueden ser de explotacin o de explora-


cin (Art. 19 N 24 inciso 7 CPR y Art. 1 LOC N 18.097). La Cons-
titucin entrega al dominio legal (Art. 63 CPR) la determinacin de las
sustancias que pueden ser objeto de tales concesiones.

Segn el artculo 3 inciso 2 de la LOC N 18.097, son concesi-


bles, y respecto de ellas cualquier interesado podr constituir concesin
minera:

A. todas las sustancias minerales metlicas y no metlicas y,

Las sustancias minerales concesibles contenidas en desmontes, es-


corias o relaves, abandonadas por su dueo, son susceptibles de conce-
sin minera junto con las dems sustancias minerales concesibles que

1060
Curso de Derecho Administrativo

pudieren existir en la extensin territorial respectiva (Art. 3 inciso 3


LOC N 18.097).

No se consideran sustancias minerales las arcillas superficiales, las


salinas artificiales, las arenas, rocas y dems materiales aplicables di-
rectamente a la construccin, todas las cuales se rigen por el derecho
comn o por las normas especiales que a su respecto dicte el Cdigo de
Minera (Art. 3 inciso 5 LOC N 18.097).

b. En general, toda sustancia fsil, en cualquier forma en que natu-


ralmente se presenten, incluyndose las existentes en el subsuelo de las
aguas martimas sometidas a la jurisdiccin nacional que tengan acceso
por tneles desde tierra.

No son susceptibles de concesin minera (Art. 3 inciso 4 LOC


N 18.097):

A. Los hidrocarburos lquidos o gaseosos.

B. El litio.

C. Los yacimientos de cualquier especie existentes en las aguas


martimas sometidas a la jurisdiccin nacional.

D. Los yacimientos de cualquier especie situados, en todo o en


parte, en zonas que conforme a la ley, se determinen como de impor-
tancia para la seguridad nacional con efectos mineros, sin perjuicio
de las concesiones mineras vlidamente constituidas con anterioridad a
la correspondiente declaracin de no concesibilidad o de importancia
para la seguridad nacional.

Las concesiones mineras se constituirn siempre por resolucin


judicial de los tribunales ordinarios de justicia, en procedimiento segui-

1061
Octava Parte - Bienes del Estado

do ante ellos y sin intervencin decisoria alguna o de otra autoridad o


persona (Art. 5 LOC N 18.097).

El artculo 10 de la LOC N 18.097 establece los derechos exclusi-


vos del concesionario de exploracin:

A. Hacer libremente calicatas y otras labores de exploracin mi-


nera, salvo la observancia de los reglamentos de polica y seguridad y
lo dispuesto en los artculos 7 y 8 de la ley;

B. Iniciar el procedimiento judicial para constituir concesin de ex-


plotacin, dentro de los lmites y plazo de duracin de la concesin de
exploracin, cuyo ejercicio le dar derecho preferente para constituirla
aun despus de la extincin de esta ltima, en la forma que determine
el Cdigo de Minera;

C. Hacer suyos los minerales concesibles que necesite extraer con


motivo de las labores de exploracin e investigacin, y

D. Ser indemnizado, en caso de expropiacin, por el dao patrimo-


nial que efectivamente se le haya causado.

El artculo 11 de la LOC N 18.097 establece los derechos exclusi-


vos del concesionario de explotacin:

A. Explorar y explotar libremente las minas sobre las cuales recae


su concesin y a realizar todas las acciones que conduzcan a esos obje-
tivos, salvo la observancia de los reglamentos de polica y seguridad y
lo dispuesto en los artculos 7 y 8;

B. Hacerse dueo de todas las sustancias minerales que extraiga


y que sean concesibles a la fecha de quedar judicialmente constituida,
comprendidas dentro de los lmites de su concesin, y

1062
Curso de Derecho Administrativo

C. Ser indemnizado, en caso de expropiacin de la concesin, por


el dao patrimonial que efectivamente se le haya causado, que consiste
en el valor comercial de las facultades de iniciar y continuar la extrac-
cin y apropiacin de las sustancias que son objeto de la concesin. A
falta de acuerdo, el valor de dicho dao ser fijado por el juez, previo
dictamen de peritos.

Los peritos, para los efectos de la determinacin del monto de la


indemnizacin, establecern el valor comercial de la concesin, cal-
culando, sobre la base de las reservas de sustancias concedidas que el
expropiado demuestre, el valor presente de los flujos netos de caja de
la concesin.

Respecto de las obligaciones de los concesionarios se encuentran


reguladas entre los artculos 12 a 16 de la LOC N 18.097:

A. El artculo 12 de la LOC N 18.097 impone el pago anual y an-


ticipado de una patente a beneficio fiscal, en la forma y por el monto
que determine el Cdigo de Minera.

B. El artculo 14 seala que el concesionario minero est obligado a


indemnizar el dao que cause al propietario del terreno superficial o a
otros concesionarios con ocasin de los trabajos que ejecute, con arre-
glo a los procedimientos y normas que establezca el Cdigo de Minera.
Podr exigrsele que rinda caucin previa para responder por el valor de
las indemnizaciones, de conformidad a ese Cdigo.

C. El artculo 15 establece que todo concesionario minero, en cuan-


to tal, tiene la obligacin de sujetarse a las normas relativas al derecho
del Estado de primera opcin de compra, al precio y modalidad habi-
tuales del mercado, de los productos minerales que la LOC N 18.097
declare de valor estratgico por contener determinadas sustancias en
presencia significativa.

1063
Octava Parte - Bienes del Estado

D. Segn el artculo 13 el concesionario de exploracin no puede


establecer explotacin, sin perjuicio de lo dispuesto en el nmero 3 del
artculo 10.

Con respecto a la duracin de las concesiones el artculo 17 de la


LOC N 18.097 establece que la concesin de exploracin no podr
tener una duracin superior a cuatro aos; y la de explotacin tendr
una duracin indefinida.

1114. Extincin de la concesin. Los incisos 8 y 9 del artculo 19


N 24 de la Constitucin determinan que:

Ser de competencia exclusiva de los tribunales ordinarios de jus-


ticia declarar la extincin de tales concesiones. Las controversias que
se produzcan respecto de la caducidad o extincin del dominio sobre
la concesin sern resueltas por ellos; y en caso de caducidad, el afec-
tado podr requerir de la justicia la declaracin de subsistencia de su
derecho .

El dominio del titular sobre su concesin minera est protegido por


la garanta constitucional de que trata este nmero.

El artculo 18 de la LOC seala las causales de caducidad de las


concesiones mineras, extinguindose el dominio de los titulares sobre
ellas:

A. Por resolucin judicial que declare terreno franco, si no hubiere


postores en el remate pblico del procedimiento judicial originado por
el no pago de la patente, y

B. Por no requerir el concesionario la inscripcin de su conce-


sin en el plazo que seale el Cdigo de Minera.

1064
Curso de Derecho Administrativo

C. Por renuncia de su titular, conforme a la ley.

La concesin de exploracin caduca, adems, por infraccin a lo


dispuesto en el artculo 13, esto es, por establecer explotacin.

1115. Exploracin, explotacin o beneficio de sustancias no sus-


ceptibles de concesin. El inciso 10, del artculo 19 N 24 de la Cons-
titucin determina que:

La exploracin, la explotacin o el beneficio de los yacimientos


que contengan sustancias no susceptibles de concesin, podrn ejecu-
tarse directamente por el Estado o por sus empresas, o por medio de
concesiones administrativas o de contratos especiales de operacin,
con los requisitos y bajo las condiciones que el Presidente de la Rep-
blica fije, para cada caso, por decreto supremo. Esta norma se aplicar
tambin a los yacimientos de cualquier especie existentes en las aguas
martimas sometidas a la jurisdiccin nacional y a los situados, en todo
o en parte, en zonas que, conforme a la Ley, se determinen como de
importancia para la seguridad nacional. El Presidente de la Repblica
podr poner trmino, en cualquier tiempo, sin expresin de causa y con
la indemnizacin que corresponda, a las concesiones administrativas
o a los contratos de operacin relativos a explotaciones ubicadas en
zonas declaradas de importancia para la seguridad nacional.

La exploracin, explotacin o beneficio de sustancias no suscepti-


bles de concesin puede ejecutarse:

A. Directamente por el Estado.

B. Por empresas del Estado como ENAP, ENAMI, etc.

C. Por medio de concesiones administrativas.

1065
Octava Parte - Bienes del Estado

D. Por medio de contratos de concesin, que son regulados en el


Decreto Ley N 1.089410, cuyo artculo 1 faculta a la Empresa Nacional
del Petrleo para suscribir en representacin del Estado de Chile, con-
tratos de operacin con el objeto de explorar y explotar yacimientos de
hidrocarburos, contratos que se regirn por las normas de dicho cuerpo
legal. Su artculo 2 define el contrato de operacin como aqul en
virtud del cual una persona llamada contratista se obliga a realizar
para la Empresa Nacional del Petrleo las actividades correspondien-
tes a las fases de exploracin y explotacin de yacimientos de hidro-
carburos y las que fueren complementarias de aqullas, dentro del rea
territorial sealada en el contrato.

SECCIN III. LIMITACIONES O RESTRICCIONES


AL DOMINIO DE LOS PARTICULARES

1116. Fundamento. Como todo derecho fundamental, la propiedad


o dominio de los particulares puede ser limitado por el legislador.

De manera que dicha limitacin debe operar sobre la base del prin-
cipio de reserva legal, garanta normativa, en virtud de la cual dicho
derecho slo puede ser regulado por la va de los preceptos legales con-
siderados en sentido estricto (Art. 63 CPR), en tanto no opera la delega-
cin legislativa (Art. 67 inciso 2 CPR).

Asimismo, el legislador est limitado adems por la garanta del


contenido esencial de los derechos, prevista en el artculo 19 N 26
de nuestra Carta Poltica, en orden a que los preceptos legales que por
mandato de la Constitucin limiten los derechos fundamentales en los
casos en que ella lo autoriza, no podrn afectar tales derechos en su


410
Publicado en el Diario Oficial de 9 de julio de 1975.

1066
Curso de Derecho Administrativo

esencia, ni imponer condiciones, tributos o requisitos que impidan su


libre ejercicio.

1117. Enumeracin. Dentro de las limitaciones o restricciones al


dominio de los particulares que contempla el Derecho Pblico chileno,
podemos destacar las siguientes:

A. Las servidumbres administrativas.

B. La expropiacin.

C. El comiso.

I. SERVIDUMBRES ADMINISTRATIVAS

1118. Servidumbres administrativas. De acuerdo al artculo 13


inciso 1 del D.L. N 1.939, que establece normas sobre adquisicin,
administracin y disposicin de bienes del Estado, los propietarios de
terrenos colindantes con playas de mar, ros o lagos, debern facilitar
gratuitamente el acceso a stos, para fines tursticos y de pesca, cuando
no existan otras vas o caminos pblicos al efecto.

1119. Procedimiento.

A. Autoridad competente. La fijacin de las correspondientes vas


de acceso la efectuar el Intendente Regional, a travs de la Direc-
cin, previa audiencia de los propietarios, arrendatarios o tenedores
de los terrenos y, si no se produjere acuerdo o aqullos no asistieren a
la audiencia, el Intendente Regional las determinar prudencialmente,
evitando causar daos innecesarios a los afectados (Art. 13 inc. 2 D.L.
N 1.939).

1067
Octava Parte - Bienes del Estado

B. Reclamacin. De esta determinacin podr reclamarse a los


Tribunales Ordinarios de Justicia dentro del plazo de 10 das contados
desde la notificacin de la resolucin de la Direccin, los que resolve-
rn con la sola audiencia del Intendente y de los afectados (Art. 13 inc.
2 D.L. N 1.939).

De acuerdo con el inciso 5 del artculo 24 del Decreto Ley N 1.939,


de 1977, los bienes muebles deteriorados o destruidos que no se pue-
dan reparar y los que, ofrecidos en remate, no se hubieren enajenado
por no existir inters en adquirirlos, podrn ser dados de baja sin ena-
jenacin. Agrega, asimismo, en su inciso 6 que las especies a que se
refiere el inciso anterior, o los residuos de ellas, podrn ser donados a
otras instituciones del Estado, entidades gremiales, Juntas de Vecinos,
Centros de Madres, y a cualesquiera otras entidades similares que, sin
nimo de lucro, persigan fines de inters social, incluso a pobladores y
campesinos, en casos calificados.

Sobre la materia, la jurisprudencia administrativa ha sostenido que


no corresponde donar a los beneficiarios del Patronato Nacional de
Reos aquellos bienes muebles adquiridos con fondos presupuestarios,
por cuanto no se encuentran dentro de aquellas personas o entidades
susceptibles de recibir las donaciones de dichos bienes muebles del Es-
tado (Dictamen N 60.846, de 2008).

II. EXPROPIACIN

1120. Texto Constitucional. Los incisos 3, 4 y 5 del artculo 19


N 24 de la Ley Suprema disponen:

Nadie puede, en caso alguno, ser privado de su propiedad, del


bien sobre que recae o de alguno de los atributos o facultes esenciales
del dominio, sino en virtud de Ley general o especial que autorice la

1068
Curso de Derecho Administrativo

expropiacin por causa de utilidad pblica o de inters nacional, cali-


ficada por el legislador. El expropiado podr reclamar de la legalidad
del acto expropiatorio ante los tribunales ordinarios y tendr siempre
derecho a indemnizacin por el dao patrimonial efectivamente causa-
do, la que se fijar de comn acuerdo o en sentencia dictada conforme
a derecho por dichos tribunales.

A falta de acuerdo, la indemnizacin deber ser pagada en dinero


efectivo al contado.

La toma de posesin material del bien expropiado tendr lugar pre-


vio pago del total de la indemnizacin, la que, a falta de acuerdo, ser
determinada provisionalmente por peritos en la forma que seale la
Ley. En caso de reclamo acerca de la procedencia de la expropiacin,
el juez podr, con el mrito de los antecedentes que se invoquen, decre-
tar la suspensin de la toma de posesin.

1121. Concepto. La expropiacin es un acto jurdico administra-


tivo unilateral mediante el cual el Estado priva a una persona de su
propiedad o de alguno de los atributos o facultades esenciales del do-
minio en virtud de ley general o especial que la autorice por causa de
utilidad pblica o de inters nacional, calificada por el legislador con
sujecin a un procedimiento legal determinado y con pago previo de
indemnizacin por el dao patrimonial efectivamente causado. Consti-
tuye un modo de adquirir el dominio por la sola voluntad de la ley que
tambin hace las veces del ttulo.

El acto de expropiacin se materializa a travs de un decreto su-


premo sujeto por regla general a toma de razn. Cuando se trata de una
entidad desconcentrada o descentralizada se realiza por resolucin del
Jefe Superior del Servicio.

1069
Octava Parte - Bienes del Estado

La contrapartida del acto de expropiacin es el pago de la indemni-


zacin, sino mediare al pago existira una confiscacin o un despojo.

1122. Requisitos de la expropiacin son, en conformidad al artcu-


lo 19 N 24 inciso 2 de la Ley Suprema, los siguientes:

A. Ley general o especial que autorice la expropiacin, la cual


constituye el modo de adquirir y el ttulo traslaticio de dominio.

B. Por causa de utilidad pblica o de inters nacional, calificada


por el legislador, situacin que presenta diversos ejemplos:

1. La LOC de Procedimiento de Expropiaciones, D.L. N 2.186 de


1978411.

2. El Decreto Ley N 1.939, de 1977, que establece Normas sobre


Adquisicin, Administracin y Disposicin del Bienes del Esta-
do412, en su artculo 41 declara de utilidad pblica los inmuebles
situados dentro del radio urbano de las ciudades o pueblos, que
por su ubicacin, cabida y deslindes, sean indispensables para
la instalacin y funcionamiento de organismos estatales, y de
la administracin civil, y autoriza al Presidente de la Repblica
para expropiarlos en los casos y condiciones que la misma nor-
mativa seala.

3. La ley general de urbanismo y construcciones, Decreto Ley


N 2.552, de 1979413.

411
Publicado en el Diario Oficial de 9 junio de 1978.
412
Publicado en el Diario Oficial de 10 de noviembre de 1977.
413
Publicado en el Diario Oficial de 2 de febrero de 1979.

1070
Curso de Derecho Administrativo

Tal expropiacin conlleva una accin procesal constitucional de re-


clamacin destinada a subsanar el dao patrimonial experimentado por
el particular.

1123. Procedimiento. El artculo 1 del Decreto Ley N 2.186, dis-


pone que, sin perjuicio de lo prescrito por el artculo 19, N 24, de la
Constitucin Poltica de la Repblica, toda expropiacin por causa de
utilidad pblica o de inters social o nacional, cualquiera que sea la ley
que la autorice o la institucin que la decrete, se sujetar al procedi-
miento establecido en dicho texto.

En especial, sus Ttulos I, II, III, IV y V regulan, respectivamente,


los actos preparatorios y la determinacin provisional de la indemniza-
cin; el acto expropiatorio y sus efectos inmediatos; la fijacin definiti-
va de la indemnizacin; el pago de la indemnizacin y sus efectos; y la
toma de posesin del bien expropiado y la inscripcin del acto expro-
piatorio, etapas que estn sujetas a la publicidad establecida por la ley.

A su turno, el artculo 6 previene que el Presidente de la Repblica


dispondr la expropiacin por decreto supremo y, en el caso de las en-
tidades pblicas desconcentradas o descentralizadas, se har mediante
resolucin de stas, previo acuerdo adoptado en conformidad a las nor-
mas legales por las que se rijan.

El monto provisional de la expropiacin se determinar por la comi-


sin especial que establece el artculo 4 del mencionado decreto ley.

A su turno, la indemnizacin definitiva se fijar:

1. De comn acuerdo, ya que el expropiante y el expropiado po-


drn convenir el monto de aqulla, su forma y plazo de pago,
incluso la dacin en pago de bienes determinados.

1071
Octava Parte - Bienes del Estado

2. Por el tribunal competente en su caso, a falta de acuerdo.

1124. Reclamacin por acto expropiatorio. Concepto de la recla-


macin por expropiacin. Es aquella accin procesal constitucional y
cautelar que tiene por objeto reclamar por la legalidad del acto expro-
piatorio, o bien, por el monto fijado para la indemnizacin respectiva.

1125. Caractersticas.

A. Accin constitucional.

B. Objeto. Reclamar por la legalidad del acto expropiatorio, o bien,


por el monto fijado para la indemnizacin respectiva.

C. Titular de la accin.

D. Tribunal competente. Son los tribunales ordinarios.

Causales de reclamacin:

1. Solicitar que se deje sin efecto la expropiacin por faltar la cau-


sa de utilidad pblica.

2. Que se expropie totalmente el bien.

3. Que se disponga una expropiacin distinta de la dispuesta.

4. Que se modifique el acto expropiatorio porque la forma de pago


no se ajusta a la ley.

Ha precisado el Tribunal Constitucional que:

1072
Curso de Derecho Administrativo

en doctrina se distingue el ejercicio de la potestad expropiato-


ria, cuya consecuencia es la expropiacin, de la va de hecho. En esta
ltima hay un apoderamiento puramente fctico de bienes privados por
la administracin, sin que medie declaracin expresa ni procedimiento
expropiatorio alguno

la expropiacin, por definicin, es un acto con caracteres de uni-


lateralidad por parte de la Administracin, es decir, uno que no viene
precedido ni justificado en conducta alguna del expropiado. Se expropia
por utilidad pblica o por el inters general; no como consecuencia de
alguna obligacin particular que pesa sobre el administrado, ni como
producto de alguna sancin que se pretenda imponer al mismo414.

III. EL COMISO

1126. El comiso. Concepto. El comiso o decomiso, es una sancin


administrativa ejercida en virtud de la potestad sancionatoria de la Ad-
ministracin, que consiste en incautar o privar del dominio de un bien
particular de carcter mueble sin derecho a indemnizacin.

1127. El comiso y la prohibicin de confiscacin de bienes en la


Constitucin. El artculo 19 N 7 letra g) de la Constitucin prohbe la
pena confiscacin de bienes. Dispone el precepto que:

No podr imponerse la pena de confiscacin de bienes, sin perjui-


cio del comiso en los casos establecidos por las leyes; pero dicha pena
ser procedente respecto de las asociaciones ilcitas;.

414
Sentencia del Tribunal Constitucional, Rol N 541, considerando 10, de 26 de diciembre
de 2006.

1073
Octava Parte - Bienes del Estado

La confiscacin es una sancin que consiste en la prdida de parte


del patrimonio de una persona.

Por regla general, la pena de confiscacin de bienes se prohbe


constitucionalmente, sin perjuicio del comiso o retencin de las espe-
cies que fueron objeto del delito por parte del rgano jurisdiccional.

La excepcin se establece en materia penal, para el caso de los par-


tcipes del delito de asociacin ilcita sancionado por el artculo 292
del Cdigo Penal que lo tipifica como toda asociacin formada con el
objeto de atentar contra el orden social, contra las buenas costumbres,
contra las personas o las propiedades.

1128. Aplicaciones normativas del comiso. El comiso se encuen-


tra contemplado en numerosas disposiciones legales.

A. Cdigo Sanitario. El artculo 174 del Cdigo Sanitario estable-


ce que la infraccin de cualquiera de las normas de ese cuerpo legal o de
sus reglamentos y de las resoluciones que dicte la autoridad sanitaria,
como es la Resolucin Exenta N 70, de 2006, del Instituto de Salud
Pblica, salvo las disposiciones que tengan una sancin especial, ser
castigada con multa ascendente a los montos que indica.

El inciso 2 del mencionado artculo agrega que las infracciones


antes sealadas podrn ser castigadas, adems, con las sanciones de
clausura, cancelacin de la autorizacin de funcionamiento o de los
permisos concedidos, paralizacin de obras y con el comiso, destruc-
cin y desnaturalizacin de productos, todo ello cuando proceda.

B. Ley de Alcoholes. Asimismo, procede recordar que las sanciones


previstas en el artculo 43 de la Ley N 19.925 cuyo artculo prime-
ro aprob la Ley sobre Expendio y Consumo de Bebidas Alcohlicas

1074
Curso de Derecho Administrativo

para el expendio clandestino de esta clase de bebidas, son la multa, el


comiso, la clausura y la prisin, en las condiciones que se indican.

C. Ley de Caza. El artculo 30 inciso 1 letra b), de la Ley N 4.601


Ley de Caza, dispone que se sancionar con prisin en su grado
medio a mximo, con multa de tres a cincuenta unidades tributarias
mensuales y comiso de las armas o instrumentos de caza o captura, a
quienes comerciaren indebidamente con especies de las sealadas en el
inciso 2 del artculo 22.

D. Ley sobre proteccin agrcola. El artculo 35 del Decreto Ley


N 3.557, de 1980, que establece disposiciones sobre proteccin agr-
cola, dispone que mediante resolucin exenta, publicada en el Diario
Oficial y fundada en razones tcnicas o sanitarias, el Servicio podr
regular, restringir o prohibir la fabricacin, importacin, distribucin,
venta y aplicacin de plaguicidas, disponer los avisos de prevencin
que sean necesarios en las aplicaciones por medios areos o terrestres
y ordenar el comiso de plaguicidas que se consideren inconvenientes o
peligrosos.

1075
Bibliografa

Montt, Santiago: El Dominio Pblico, Estudio de su rgimen espe-


cial de proteccin y utilizacin, 2 edicin, Editorial LegalPublis-
hing, Santiago, 2010.

1077

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