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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Desafios e Sonhos

É curioso aperceber-mo-nos que a nossa disponibilidade financeira tem muita influência na forma como encaramos as coisas - se formos pessoas minimamente responsáveis. Agora que temos ambos salário, já não nos privamos de tanta coisa como há dois anos atrás mas, ao mesmo tempo, tentamos sempre fazer um exercício de contrabalanço ponderando "se antes conseguíamos viver gastando X, por que é que agora não havemos de conseguir viver gasto Y"? Ou seja, não quer dizer que se gaste apenas o "X" que antes se gastava, porque isso é sempre difícil, afinal somos seres em constante evolução e desenvolvimento e só o facto de termos de trabalhar acarreta determinadas despesas que antes disso não tínhamos - assim de repente consigo lembrar-me das deslocações por exemplo. Mas também não temos, só porque já temos possibilidade de o fazer, de gastar "Z" (que equivaleria a todo o montante que temos disponível), podemos perfeitamente encontrar um meio-termo, um equilíbrio que vá ao encontro das nossas ambições, metas e objectivos. Daí ter referido que em vez de gastar X que era o mínimo dos mínimos indispensável à sobrevivência e gastar Z que seria tudo o que temos possibilidade de gastar (ex.: todo o nosso ordenado), podemos decidir gastar Y que seria um pouco mais do que o mínimo - porque precisaremos dada a evolução de vida e porque merecemos - mas menos do que o máximo - se houver essa possibilidade.


Eu sei bem - muito bem - o que custa poupar. Não temos pais que possam ajudar-me, nem padrinhos, nem nada. Não temos ordenados por aí além, temos de pagar nós todas as nossas despesas, não temos casa própria, não temos nada "grátis" e tudo custa dinheiro. A vida está cara mas com muito foco e dedicação, tudo é possível. Nós casámos (igreja, registo e festa), pagando nós o nosso casamento, dentro das nossas possibilidades, quando eu não tinha ordenado e só o homem trabalhava. E foi possível sabem como? Com adequação do que se deseja ao que se pode, com muita contenção, com redução máxima de despesas e com recurso às poupanças de anos. Casar, para nós não foi só um dia único, a celebração do nosso amor e uma festa bonita, casar, para nós foi um grande desafio, uma conquista conjunta, um processo e uma construção partilhados que no final valeram cada esforço. Foi uma aprendizagem e uma lição que acreditamos termos capacidade de aplicar para o resto da nossa vida. No nosso caso o casamento foi o maior desafio até agora, antes tinha sido irmos morar juntos (apesar de tudo) e se Deus quiser um dia será ter a nossa própria casa e aumentar a nossa família mas só cada um pode determinar o que pode servir de exercício ou treino para realizar um sonho, por mais que possa parecer impossível.

Para mim é muito importante lembrar-mo-nos de onde vimos, do que já passámos e do que conseguimos até agora. Olhar para trás pode ser uma grande escola quando o objectivo é nos motivarmos e respondermos à questão que não deixa de nos martelar a cabeça: "será que sou capaz?". Não é fácil, não é nada fácil e há dias/momentos em que só apetece desistir mas o esforço um dia vai compensar, só posso acreditar nisso. Para mim, essa é parte da magia do meu dia de casamento: perceber que toda a nossa luta, os nossos esforços e a nossa motivação tinham resultado em algo muito além do melhor que tínhamos sido capazes de imaginar. E tinha-mo-lo conseguido juntos. Não há maior riqueza que isso, partilhado com aqueles que nos são mais queridos.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Remuneração justa




Ora aí está uma questão tão subjectiva e, arrisco-me a dizer até, pessoal!
Nunca sentiram que estão confortáveis com o vosso salário mas, quando têm conhecimento do de outra pessoa começam a não o achar assim tão justo?!
Não é que seja possível comparar tão linearmente assim as coisas. Cada qual na sua função, integrada ou não num determinado organismo, com o seu peso próprio e todos com o seu valor. Isso nem se põe em causa!
A verdade é que cada um é como é, tem as suas preferências, gastos e despesas. E à partida adequará o seu estilo de vida à sua capacidade financeira. Eu não sou excepção. Se hoje, que tenho um salário, atribuo um determinado peso ou importância a um valor, há um ano e meio atrás, quando somente o G. trabalhava, atribuía um completamente diferente. Essa mudança de "abordagem" eu sinto-a imenso! Lembro-me frequentemente de quando estávamos a organizar o nosso casamento e - não se trata de parecer exagerado ou não o preço - tudo parecia custar muito mais do que devia. Hoje sei que a minha perspectiva mudou porque se nessa altura eu achava 20€ demasiado caro para um par de sapatos, hoje já não sinto o mesmo. Ou melhor, se nessa altura, gastar 20€ só de uma vez me custava imenso, hoje já não é bem assim.

Nunca sentiram que - nunca colocando as pessoas ou a sua importância em causa! - aquela pessoa, para o que faz é muito mais bem paga do que outra? Nunca se compararam ao colega do lado ou ao amigo próximo. Eu sei que não é saudável levar as comparações à risca e nem é possível na maior parte dos casos mas acredito que as possibilidades de comparação que nos surgem também servem para nos fazer adequar as nossas expectativas quanto à nossa realidade. Isto é, se calhar até temos expectativas muito modestas, não somos ambiciosos e deixamo-nos acomodar com o que temos. Ou então, pelo contrário, temos as nossas expectativas tão altas que não se adequam minimamente ao que é justo, adequado ou possível...sem consciência do desfasamento.

quarta-feira, 16 de maio de 2018


Armados em Sandy & Júnior

Um primo nosso está prestes a fazer anos e, morando ele do outro lado do Atlântico, a nossa maneira de participar do seu dia especial, foi fazermos um vídeo para lhe enviarmos de surpresa. A filha pediu a colaboração de cada um dos primos para organizar uma brincadeira que o surpreendesse e cada um ficou de enviar um vídeo em que lhe desejasse os parabéns. 


Nós decidimos ousar e além do vídeo, inventámos uma canção!!! Mal escrevo isto só me dá vontade de rir da nossa figura. É que não estão bem a ver. Andámos a protelar a coisa porque não tínhamos nada definido além da ideia de gravarmos uma música mas só na véspera do prazo estipulado para entrega é que nos sentámos e debruçámos naquilo. Num par de horas decidimos a música, inventámos a letra que lhe dedicaríamos, ensaiámos (não se pode bem chamar àquilo um ensaio mas pronto) e gravámos. Está um tanto ou quanto ridículo mas foi o que conseguimos e a intenção é a melhor. Só espero que divirta quem vir aquilo!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A espera e a paciência

Saber esperar é das virtudes que mais admiro. A mim custa-me muito esperar sem desesperar, sem perder a calma ou a paciência e sei que nos últimos tempos (talvez anos) a vida tem-me dado lições para que eu aprenda a lidar com a espera necessária. Eu sou aquele tipo de pessoa que quer tudo para ontem, que sofre por antecipação e antevê o pior quando não há previsão, que fica seriamente tentada a desistir de algo só para não ter de esperar e que por vezes tem de se conter arduamente para não comprometer um objectivo pela pressa e ansiedade de o atingir. Construo castelos no ar com aquilo que sonho, desejo e objectivo. A incerteza tira-me o sossego e custa-me horrores viver com sem um prazo, sem uma meta concreta. 
Mas tenho aprendido que quando o nosso sonho é maior, não há volta a dar, há muita coisa incerta, muita coisa que nem nos passa pela cabeça irá acontecer quando menos esperamos mas se mantivermos o foco naquele propósito, naquele fim e desejo que tanto queremos, só podemos conformar-nos e esperar que chegue o momento. Tendo feito o que está ao nosso alcance para o concretizar, só podemos esperar e confiar que, ainda que se tenha de esperar, o nosso sonho realizar-se-á. A espera é longa e há momentos em que chega a ser dolorosa porque nos atormentam as dúvidas e as inseguranças. Mas hoje vejo a espera como necessária, sei que o é em determinados casos. E confio que essa é resultado de um bem maior. Por isso aprendi que a espera, encarada como necessária para atingir o nosso objectivo, é boa. Porque depois dela virá algo muito maior e melhor.
Não me considero uma pessoa que saiba ou goste (haverá alguém que goste?!) de esperar mas o tempo e a vida ensinaram-me que a espera faz parte e muitas vezes, sendo um "meio" necessário para atingir "um fim" é uma coisa boa.


Esperar, acreditar, confiar e (continuar a) sonhar.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Mulher: carreira ou família

Hoje em dia não há muita alternativa para a maioria do comum mortal: ou se decide ser esposa e mãe (jovem), ou se decide apostar tudo na carreira. 
Infelizmente hoje já não acredito que seja possível conseguir-se ambas as coisas simultaneamente. Na verdade já me conformei que não tenho possibilidade de ter as duas coisas. Acho que as mulheres ou se dedicam à constituição de família ou à profissão ou carreira que queremos prosseguir. Não acredito que seja possível hoje se fazer de outra forma.


Se decidirmos estudar antes de pensar em construir a nossa própria família, já não se começa a trabalhar muito cedo. Ou se tem a sorte de encontrar o emprego ideal assim que entramos no mundo do trabalho, ou temos de trabalhar para viver e aceitamos o primeiro mais ou menos sensato que consigamos e é aí que começamos. Se assim for e já tivermos todas as condições (homem principalmente mas o resto que cada um ache importante, sei lá, carro, casa, viagens, o que seja) reunidas para sermos pais (partindo do princípio que o queremos ser, obviamente!) não podemos engravidar logo que começamos a trabalhar, afinal, hoje em dia os contratos de trabalho são a termo certo, na melhor das circunstâncias de um ano, e não creio que qualquer pessoa decida ser mãe logo no seu primeiro ano de trabalho. Aí, já temos de esperar pelo menos outro...não há volta a dar: engravidar ainda é um problema para as entidades laborais que ainda não conseguiram descobrir que há mecanismos especificamente pensados para colmatar estas necessidades particulares.
Assim, se uma mulher que está há pouco tempo num trabalho decide engravidar, já pode contar com alguns olhares reprovadores e com a insatisfação do empregador à partida, porque afinal já lhe foi arranjar um problema! Por este motivo, se calhar protela-se o desejo de ter filhos por um ou dois anos mais. Mas, fazendo-o ou não, já se sabe também que naquele interregno da gravidez/baixa a mulher não terá oportunidade de crescer ou evoluir profissionalmente, salvo raras excepções, ou seja. Ou se decide a ter um filho ou se decide a ter uma carreira, não há muita conjugação possível, a meu ver. Mas elucidem-me se eu estiver a ver isto tudo muito mal mas para uma mulher ser uma "profissional bem sucedida" não será, à partida, mãe jovem. Então é muito simples (e injusto): temos de escolher.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Dia da Mãe dividido


Para nós, infelizmente, nem sempre é fácil estarmos com ambas as famílias em dias festivos. Além de termos as famílias distantes, a família do homem é reticente e muito pouco flexível na questão da celebração de dias especiais - tem de ser tudo à sua maneira e não há margem para grandes alterações ao que "sempre foi assim". 

Este ano (o sexto que passamos juntos) foi finalmente diferente! A minha mãe agora que tem namorado disse-nos que ele iria almoçar com a mãe dele e irmã e que se quiséssemos podíamos juntar-nos a eles. Se não nos sentíssemos confortáveis (não conhecíamos nenhuma das pessoas, além do namorado dela), poderíamos ir só os dois com ela, almoçar a algum lado ou passear, o que fosse. Nós não tínhamos plano concreto e a minha mãe é sempre tão indecisa, ou melhor, nunca decide nada, e chegámos à conclusão que não fazia sentido não irmos com o namorado dela sem ter uma alternativa concreta. Assim sendo, juntá-mo-nos a eles.
Isto porque a minha sogra convidou-nos para irmos a casa dela lanchar. Eu achei até estranho mas como costumamos lá lanchar ultimamente e não almoçar ou jantar, pareceu-me natural e até facilitou a organização do dia. 

Ontem assim foi: fomos almoçar com a minha mãe e a família do namorado e lanchar com a família da mãe do marido. 
Foi a primeira vez que me recordo de ter passado o dia com o meu homem e com as nossas duas famílias, sem termos de nos separar para isso, por capricho deste ou daquele. Quando estávamos em casa da minha sogra ela por fim confessou que tinha decidido que este ano o almoço deveria ser com a minha mãe e não com ela porque no ano passado a minha mãe "deixou" que estivéssemos os dois em casa dela e o dia fosse como ela determinou. Por esse motivo, por ter achado que tinha sido um gesto louvável da minha mãe, quis que este ano fosse a vez dela. Eu não sabia de nada disto até ela nos ter dito ali, naquele momento e penso que ele também não tinha sido esclarecido nestes detalhes quando a mãe lhe disse para irmos lanchar.
Se por um lado ainda me custa que ela se sinta no direito de determinar ser assim ou assado por este ou aquele motivo, tenho de dar a mão à palmatória e, - apesar de ter feito questão de o dizer para que todos soubessem que foi por ela permitir e por ela achar que devia ser assim - agradecer que pelo menos uma vez ela tenha consciência do que a rodeia, que somos dois, que ambos temos família e não só um e que não demos de nos separar mas sim dividir estando com todos sempre que possível. Finalmente um dia de festa sem drama e sem nos termos de separar. Um passo de cada vez! Para mim isto já foi uma vitória.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Fé e confiança nos nossos sonhos


A concretização de um plano começa pela decisão que tomamos de acreditar que ele é possível acontecer. Sem a fé a confiança de que se realizará não acredito que se consiga fazer o necessário e sossegar o coração durante o caminho até que se torne realidade aquele plano ou projecto que tanto desejamos. 
Não é fácil manter-mo-nos positivos apesar de tudo o que nos acontece e do que o tempo exige de nós para que seja possível aquilo que com que sonhamos mas se não nos mantermos crentes e confiantes da sua concretização de acordo com o nosso desejo, além de darmos em maluquinhos, só atraímos energias menos positivas. E ninguém quer nada disso quando se fala de construir sonhos e concretizar planos. Por isso, não há solução senão acreditar e pensar positivo, por mais difícil (ou até impossível) que pareça.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Festas de crianças

No fim-de-semana fomos à festa de aniversário de uma das filhas de um amigo nosso. Resultado? Eram só crianças por todo o lado, a sua grande maioria com menos de 5 anos - uns mais amorosos que outros - e pais esmerados por todo o recinto. Sendo nós o único casal sem filhos a apresentar-se ao convite, é claro que não deixámos de ser inquiridos sobre os nossos planos mais íntimos e pessoais relativos à procriação "agora que já se casaram"!


Desconfortos à parte, não posso deixar de admitir que sai de lá com vontade de ter uma daquelas criaturinhas irresistíveis só para mim/nós ♥

Jantares de amigos

Véspera de feriado a meio da semana 
Desculpa ideal para um jantar lá por casa com aqueles amigos especiais


É engraçado constatar que no último ano, desde que nos mudámos para a casa onde estamos agora, temos recebido muito mais vezes aqueles que nos são queridos em casa, para jantar, para almoçar, para lanchar, para o que quer que seja, com uma mesa no meio como pretexto.

A casa onde estávamos antes permitia-nos, dadas as suas características, receber muita gente porque tinha muitos quartos/camas e isso deixava-me muito contente porque muitas vezes enchemos a casa, qual hostel amador. Mas não tinha uma coisa que esta agora tem e nós começámos a valorizar muito mais: uma sala ampla e espaçosa onde podemos ter uma mesa extensível e juntar muita gente em alegre convívio. Apesar de esta casa ser bem mais pequena (é metade do tamanho da outra) que a anterior, ensinou-nos que isso não é o mais importante.

Hoje valorizamos muito mais uma sala que possa ter uma área de refeição maior e uma zona de estar mais confortável do que alguma vez pensámos valorizar, e muito mais do que vários quartos de dormir, afinal quem quiser vir tem lugar na mesma.

Esta foi uma das muitas coisas que aprendemos com a mudança de um T4 para um T2 e somos muito agradecidos por toda a aprendizagem que esta nos trouxe. Nem tudo corre de acordo com a nossa vontade ou os nossos planos e a escolha de uma casa onde morar não foge a essa realidade (muito pelo contrário, é do que é mais difícil encontrar tal como imaginámos) mas é muito interessante dar-mo-nos conta que tudo isso, mesmo o que menos desejamos ou o que é contra a nossa vontade, nos traz tanta aprendizagem e crescimento.

domingo, 22 de abril de 2018

Fé nos nossos sonhos


Colocando todos os nossos desejos mais queridos nas mãos de Deus e confiando que Ele é o melhor para os guardar até que se tornem realidade. Bom domingo!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

PAZ(coa)

Este ano, como já é costume nas épocas festivas, na Páscoa, a minha sogra pretendia que nós nos adaptássemos ao que eles decidiram sozinhos, sem se importarem com a nossa vontade nem com o facto de também eu ter família. Já no dia do Pai, determinou como, quando e com quem era e nós "só tivemos de" concordar. Eu imagino se o meu pai também morasse cá: tinha de separar-me do meu marido para ele estar com o pai dele e eu com o meu! Faz todo o sentido! (NOT!)


Nós decidimos que faríamos o convite para irem a nossa casa - quer a família dele, quer a minha (que mora cá) e quem quisesse ia, quem não quisesse estava à vontade para não ir também. Já o tínhamos feito num Natal para evitar situações desagradáveis - a minha sogra convida-nos para ir a casa dela nas festas mas não quer saber que eu também tenha cá a minha mãe e não seja justo ser ela a determinar que estamos em casa dela em determinado momento. Se quer impor e sabe que tenho a minha mãe também e sendo que se conhecessem, parece-me natural que incluísse a minha mãe também no convite para ela não ter de passar só a época festiva em causa*. Se não quer, porque tem todo o direito a isso, receber a minha mãe na casa dela, pode aceitar o nosso convite e solução e vir a nossa casa passar a dita festa. Mas não, que a filha quer ir a casa dela, que talvez seja o último Natal lá, que vejamos bem e consideremos... Enfim!

Apesar de termos proposto que fossem a nossa casa, ela disse que não iria, para irmos à dela, "nem que fosse só lanchar" se quiséssemos. Eu já estava por tudo e como a minha mãe me tinha falado de talvez passar o fim-de-semana da Páscoa fora, eu até já tinha dito ao homem que faríamos a vontade à mãe dele e, olha, íamos.
Mas a minha mãe e o namorado insistiram tanto para que fôssemos com eles conhecer um lugar novo (que eu já há algum tempo estava para visitar), já tinham casa e assim podíamos partilhar gastos e ser mais em conta as "férias" que nós acabámos por ceder e na quinta-feira decidimos que na sexta viajávamos com eles. Assim muito francamente confesso que não soube bem a Páscoa, por ter sido mais "turístico", e não foi a situação ideal porque afinal fomos com a minha mãe e o namorado mas  sabem que mais? Foi um sossego!


Por mim, dadas as quezílias do costume associadas a estas datas, desaparecia sempre, só com o meu marido, para fazermos o que bem nos apetecesse, e não queria mais saber de nada nem mais ninguém. Não é que não valorize o tempo passado em família e/ou amigos mais próximos mas quando estas situações tornam épocas que deveriam ser de alegria, união e tranquilidade em disputas egoístas, não me peçam para participar. Até me dá a volta ao estômago. E assim foi a nossa Páscoa, passá-mo-la juntos, na nossa (muito própria) comunhão e até levámos connosco os gatos (pela primeira vez). Foi diferente. Mas foi bom. As pessoas esquecem-se que as suas atitudes trazem consequências e a família dele é sempre tão intransigente e tem assumido posições tão diferentes daquilo com que nos identificamos que só tem como consequência estarmos cada vez mais afastados deles... Estar em família não deveria ter nada a ver com disputas ou bolhas egocêntricas sem sentido. E muito menos deveríamos ter de nos "proteger" deste tipo de coisas.


*como aliás já quase aconteceu no primeiro Natal em que fiquei cá: a minha mãe estava sozinha e a minha sogra queria que lá fossemos (eu e o meu marido) passar esse dia mas não queria que a minha mãe nos acompanhasse. A solução? Eu fiquei sozinha com a minha mãe e o meu marido foi ter com eles sem mim.


Apesar de já vir tarde, desejo sinceramente que tenham tido uma:

sábado, 17 de março de 2018

Mantra dos desejos

Vamos atrair boas energias, vamos captar pensamentos positivos. Vamos acreditar e tentar absorver aquilo que nos faz felizes, o que nos motiva e queremos ver acontecer. Vamos concentrar energias no que mais desejamos e acreditar que o mundo conspirará a nosso favor para aquilo que tanto querermos vir até nós ou acontecer realmente. Vamos conseguir entender os sinais que o Universo e tudo o que nos rodeia nos manda para que entendamos se estamos no caminho certo.

Cada vez acredito mais que, apesar de termos de ter os nossos objectivos e desejos e devermos sempre lutar para que se concretizem, aprendi com a experiência, que muitas vezes, quando as coisas não acontecem como gostaríamos e no momento em que queríamos que acontecessem, é porque " não tinham de ser". Ou porque dessa forma permitiram outras muito boas que não estavam nos nossos planos ou que de outra maneira não aconteceriam ou porque nós aprendemos com aquilo uma lição preciosa... Ou porque nós mais tarde percebemos que se não fosse aquele "imprevisto" que aconteceu e aquele aborrecimento que tanto nos transtornou os planos e desejos mais acalorados, não teríamos chegado ao lugar onde estamos agora e que é tão mais "rico" que não trocariam por nada aquele percurso improvisado.


Que tudo se alinhe e o que tiver de ser aconteça. 
Que consigamos perceber se e quando é o momento e a oportunidade. 
Que Deus nos guie e ilumine sempre o caminho que temos de percorrer. Que Ele nos acompanhe sempre.

quarta-feira, 14 de março de 2018

O pai dos meus filhos


Imaginar-te, com um bebé rechonchudinho e de olhos curiosos ao colo, ou melhor, imaginar-te com um nosso bebé no colo, enche-me desmesuradamente o coração de vontade de ter filhos contigo.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Divisão de tarefas

Para mim, dividir tarefas não quer necessariamente dizer que temos ambos de fazer tudo. Há coisas que, por minha natureza, gosto mais de fazer ou tenho mais facilidade ou aptidão e por isso gosto/ quero e não me importo de fazer (quase) sempre eu, e o inverso também!
É o que me faz mais sentido. Se eu não me importo, faço mais facilmente e com maior vontade alguma coisa, por que é que temos de fazê-la ambos? Lá em casa, há coisas que dividimos e vamos alternando mas há outras que estão a cargo de cada um. Não por que se convencionou mas porque é o que faz sentido e estamos de acordo nisso. Por exemplo, nunca tenho de me preocupar em ir pôr o lixo à rua mas ele nunca põe a roupa a lavar ou secar. Não quer isto dizer que não possamos fazer a "tarefa do outro" se necessário for! Quer dizer apenas que distribuímos assim as nossas obrigações.


Como é que é desse lado?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Que futuro? Que solução?

Duas pessoas, um sonho comum. Uma casa própria. Nada de luxuoso, nada de exagerado, a concretização do sonho de ter um lar ao qual possam chamar “seu”.

Preços elevados, dois salários médios e quase nenhuma possibilidade.
Os rendimentos disponíveis não são suficientes para um empréstimo a 30/40 anos, no valor de 190.000€.
Pergunta: qual é a alternativa? Arrendar a vida inteira?
Estamos a falar de dois ordenados, no valor global de cerca de 1.700€ mensais. Sem encargos fixos. Sem nenhum crédito pessoal, automóvel, férias ou outro. Estamos a falar disto apenas. Refiro-me a um estilo de vida o mais poupado possível, sem saídas para comer fora, sem férias, sem compras ou gastos reflectidos e ponderados três mil vezes, de poupança ao máximo!


Resposta: Não há capacidade financeira. Fim da linha. Não há mais nada a fazer.


Mas como é que se pode conceber um futuro, uma sociedade assim? Em que aqueles que se pretende que sejam o futuro, que tudo investiram na formação, sejam compensados com salários demasiado baixos para os preços de tudo – desde a alimentação ao alojamento?
Isto é tão injusto e tão frustrante. Que raio de futuro é que temos? Como é que é possível haver tanta especulação nos preços das casas? Sou só eu que o vejo como um bem essencial? Atenção, não estou a falar de uma casa com piscina, suite e etc.!!! O que está em causa é uma casa modesta, capaz de satisfazer as necessidades de uma nova família (duas pessoas) que pretende crescer!
E ousar ter filhos? Pensar no encargo que isso acarreta, nas responsabilidades e na perspectiva de estagnação (quando não degradação) das condições - os rendimentos não aumentam, os encargos avultam-se. É asfixiante antever um futuro assim.

Não consigo ser optimista tendo diante dos meus olhos este cenário. Que raio de esperança há nisto? Que raio de futuro podemos almejar? Não me conformo. Não é justo. Isto não é vida para ninguém (quem fala de uma casa, fala de um emprego, de um propósito profissional que implique um investimento avultado, de uma viagem de sonho, etc. etc., seja qual for o objectivo de vida de cada um). Que sufoco!


Só quem viva com os pés fora da Terra é que precisa que venham estudos ou relatórios dizê-lo... mas se dúvidas houvessem... mais aqui.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Primeiro aniversário de casamento

(Já passou imenso tempo mas venho agora partilhar o nosso primeiro aniversário de casamento...)

No nosso primeiro aniversário de casamento quisemos fugir. Tivemos a sorte de ter um feriado a prolongar-nos esse fim-de-semana e por isso pudemos ir passá-lo fora. Não queríamos que fosse um sítio que já conhecêssemos, nem que fosse muito longe para não perdermos imenso tempo na viagem, queríamos algo especial e com SPA mas não muito caro. Depois de alguma pesquisa decidimos conhecer a terra mais massacrada deste verão com a tragédia dos incêndios.
Saímos de manhã cedo de casa, deixámos os gatos ao cuidado da minha mãe e fizemo-nos à estrada. De caminho, saímos no Carregado e parámos no CAMPERA para as primeiras compras de Natal e conseguimos tratar de algumas prendas muito especiais a preços bem simpáticos. Já começava bem! Almoçámos por ali e chegámos ao nosso destino quando o sol estava prestes a pôr-se. Instalámo-nos e fomos ao SPA. O jantar foi num dos poucos restaurantes dali, a TABERNA DO FERRADOR, típico, acolhedor e uma agradável surpresa.
No dia seguinte saímos para passear pelos arredores depois do pequeno-almoço. Fomos visitar a Ponte Filipina e ficámos maravilhados. Tivemos sorte com o tempo, esteve sol e seco, apesar do frio. Almoçámos com vista privilegiada para o Mondego e passámos a tarde a passear pela zona sem horas nem obrigações, paciente e pacificamente - Praia do Mosteiro vale a pena visitar. 
Fizemos a sesta, acordámos só para comer, fomos para a água até ficarmos com a pele murcha e só mudaria o facto de não haver ninguém do hotel a controlar (embora isto devesse era partir da consciência e educação de cada um) a utilização do SPA porque eram só gritos e gargalhadas altas e atirar-se para a piscina e não respeitar regras nenhumas de utilização ou mínimo bom senso.
No último dia fomos ao mercado pela manhã e, depois, enchemo-nos de coragem e voltámos a vestir as roupas do casamento para tirarmos umas fotografias junto à piscina, com vista para o Rio (valeu-nos o calor do sol da hora de almoço porque estava um gelo!). E voltámos para casa com tempo para fazer a viagem com calma e regressar calmamente à rotina. 


Aqueles dias foram uma lufada de ar fresco, um balão de oxigénio de que precisávamos imenso. Fomos para longe de tudo e todos e conseguimos encontrar paz e sossego. Voltámos a casa verdadeiramente revigorados.
Assim foram as nossas bodas de papel!

P.s. Perdi a cabeça e consegui oferecer um relógio ao homem. Já tinha oferecido relógios antes mas este foi "o" relógio. Andei que tempos à procura do "tal", fiz pesquisa de mercado, encomendei com semanas de antecedência e andei a escondê-lo até chegar o dia de lho entregar. A cara dele valeu tudo, ficou maravilhado com o que lhe passei para as mãos e parecia um rapazito que nem conseguia acreditar no que os olhos viam. Felizmente ele adorou! E nada me podia ter deixado mais feliz que isso. Além dessa, a outra prenda que consegui preparar foi uma série de testemunhos de amigos que estiveram presentes no nosso dia sobre o mesmo e acabou por resultar numa recordação especial, que guardaremos com todo o carinho.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Filhos


Sempre disse que não queria ter filhos. Mais que isso, sempre achei que não tinha capacidade para ser mãe, nem condições, por isso não queria ter filhos. Não sei são coisas da minha cabeça... Tive conversas infindáveis com o meu marido quando ainda éramos namorados sobre isso. Sempre fomos muito honestos em relação a tudo e muito francos um com o outro, sem reservas, sem segredos ou omissões em relação a nada. Mais que isso, partilhamos opiniões e estamos de acordo, caso contrário nada faria sentido estarmos juntos. 


Mas eu sinto que de há uns meses para cá me sinto diferente em relação a não querer ter filhos. Não sei se é o boom de grávidas e bebés por todo o lado que está a mexer comigo, se é por sempre ter tido como calcanhar de Aquiles nesta questão o facto de imaginar o homem da minha vida com um bebé e saber que ele se deliciaria porque tem uma ternura incrível por bebés ou se é por estar a ver os anos passar e saber que, sendo o meu marido mais velho que eu, não faz sentido para nós, a ter filhos, tê-los muito tarde (ser pais "velhos") ou se é saber que, a ter filhos, queremos ter mais que um e isso obriga a que tenhamos de começar a fazer por isso cedo...

Não sei, muito francamente, se será algo só passageiro, se é sugestão ou não. Mas ultimamente tenho pensado em ter filhos. E não sei a que conclusão chegar quanto a isso. Confio que se for para sermos pais e termos filhos como desejamos, eles virão. Mas já estou a escrever "termos filhos como desejamos" quando sempre disse que não teria filhos!!! 
Sendo franca comigo mesma, sempre disse que não sabia se queria ser mãe/ter filhos mas ao mesmo tempo sempre disse que não gostaria de ter só um (se tivesse) e outras coisas que tais, o que já dá a entender que ponderava isso. Nunca fui verdadeiramente radical quanto a isso...


Só não quero que "ter filhos" seja o "passo seguinte" e que venham porque sem eles não faria sentido para nós porque essa nunca foi a nossa linha de pensamento. A mim basta-me o meu marido, o homem que é o melhor presente que Deus me deu. Não nos casámos para ter filhos. Quando decidimos casar falámos tanto sobre isto! Porque eu nunca quis casar para que isso depois acontecesse, quisemos casar para viver a vida toda juntos, um com o outro, eu e ele. E isso basta-nos. Foi só por isso que casámos. Às vezes acho que esta ideia do "casar para ter filhos" não fazer sentido é só uma mania que eu própria criei dentro da minha cabeça e que por teimosia ou casmurrice quero defender quando não há necessidade nenhuma disso... Mas sempre me provocou alguma estranheza as pessoas que casavam e logo a seguir eram pais, depois de imenso tempo juntos (antes de casar), por exemplo. Acho que se deve também desfrutar do "casamento" se ele tiver acontecido, porque isso significa que tem significado para os dois.
Isto tudo para dizer que não quero que esta "vontade" de ter filhos seja consequência de ser "o passo seguinte" a conhecer-se, namorar e casar.

De cada vez que o imagino com um bebé, de cada vez que penso em mim grávida de um filho nosso, não sei...há algo que está diferente.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O regresso, desde 2017

Com as minhas dificuldades organizacionais para conseguir vir aqui com a frequência que gostava, pensei várias vezes em deixar este meu cantinho. Afinal, uma pessoa já tem tanta coisa para fazer durante o dia e parece que nunca há tempo para nada e se o blog é um extra e está ao abandono, qual é a lógica de o manter? 

Já me tenho lembrado disto em vários momentos, principalmente nos últimos tempos, em que não consigo vir cá durante semanas a fio… Hoje lembrei-me por que é que (ainda) faz, para mim, sentido manter o blog: pelo mesmo motivo que o criei! Há coisas, pensamentos, desabafos que não contamos a ninguém…que não são nada que não se possa partilhar mas que só fazem sentido serem "discutidos" para nós. Para mim isso é muito mais fácil de fazer escrevendo-os. Para mim, escrever é terapêutico! Verdadeiramente terapêutico. Porque há coisas que ficam melhores quando são transformadas em letras, palavras e frases. Porque é uma forma de vermos “de fora” certas situações, porque é um desabafo que, ao ser escrito sai do nosso pensamento mas que também assume outra dimensão porque o poderemos voltar a reavivar por isso mesmo, um dia mais tarde.


Peço desculpa pela ausência mas não tenho sido capaz de cá vir partilhar o que tenho vivido nos últimos tempos. Há muita coisa que se passou, que senti, que vi e vivi que não poderei descrever porque já passou mas posso dizer-vos que isso só é sinal de que verdadeiramente aproveitei ao máximo o tempo que pude despender nas coisas, nesses momentos e nessas vivências.

Conheci uma prima minha que tem menos dez anos que eu e nunca nos tínhamos visto (e apaixonei-me por ela, é uma miúda incrível, uma doçura, fiquei deliciada). Recebi primos e tios do outro lado do Atlântico na capital portuguesa e passei com eles o máximo tempo que pude, mostrando, passeando e matando saudades. É incrível como, apesar da distância podemos ser tão próximos de algumas pessoas.

Passei as festas na minha terra. Pude viver a consoada com a minha avó e família materna e o dia de Natal com a família paterna, com direito a almoço em casa do meu pai (pela primeira vez que me recordo foi lá em casa) rodeados de família e amigos queridos.

O fim de ano lá na terra também foi, como sempre, incrível. Embora a minha irmã tenha demonstrado uma atitude que eu não consigo compreender…tudo está bem quando acaba bem. O primeiro dia do ano ainda foi por lá e tivemos a bênção de desfrutar de todas aquelas tradições e costumes tão únicos e especiais junto dos que nos são mais queridos e que estão longe de nós a maior parte do tempo.


Viemos com energias renovadas e com o coração cheio de coisas boas. Mas também foi ótimo regressar ao nosso espaço, à nossa rotina e um ao outro, enfim sós. 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Ainda falta...


...mas já não falta muito, para celebrarmos o primeiro ano de casados. Parece mentira!

Ainda não temos nada planeado nem programado mas o homem já está farto de me dizer que temos de fazer alguma coisa (e tem razão)... Ideias?

Dois anos volvidos

 A última publicação aqui foi em 2020...será que ainda sei como isto se faz? Será que ainda está por aí alguém? Não foi isso que me incentiv...