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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Acontecimentos no ano de 1725

Na sequência dum incidente em que o embaixador francês o abade de Livry, ofendido porque o secretário de estado Diogo de Mendonça, não lhe ter feito uma primeira visita particular, decide retirar-se de Lisboa.

De imediato o embaixador português em Paris D.Luís da Cunha, fez o mesmo retirando-se para Bruxelas.

As relações entre Portugal e a França ficaram interrompidas durante 14 anos, as missões diplomáticas entre as duas coroas, ficando a França representada em Portugal por um cônsul e Portugal em França por um encarregado de negócios.

Diga-se contudo que as relações económicas e culturais sempre se mantiveram.

Entretanto desde Bruxelas, D.Luís da Cunha sempre esteve negociando com o governo francês para pôr termo a este estado de coisas, o que efectivamente conseguiu, chegando a um acordo com o marquês de Fénelon, ministro francês em Haia.


  • Maio, 24-Instruções dadas a José da Cunha Brochado para ajustar com Espanha uma liga ofensiva e defensiva.
Esta ofensiva diplomática, ao que parece pagas pelo "bolsinho" de sua majestade (uma espécie de saco azul moderno), acabaram por vir a resultar no acordo pré-nupcial duplo que viria a ser assinado ainda este ano em 7 Outubro.

Assim a princesa D.Maria Bárbara, casaria com o príncipe das Astúrias e D.José casaria com D.Mariana Vitória, ficando assim seladas pelo casamento dos dois príncipes herdeiros, o compromisso de ajuda mútua.

Curiosamente ambas as princesas haviam estado na lista de casamento de Luís XV, a portuguesa fora chumbada porque "não estava em condições de corresponder ao objectivo, por serem frequentes os casos e loucura e de má saúde na família", receando-se que não pudesse vir a ter filhos.

A princesa Mariana Vitória que teria estado "á experiência" na corte francesa, acabaria por ser devolvida a Filipe V, pelo que ficaram então reunidas as condições para o futuro enlace.
  • Outubro,28-Nomeação de João Saldanha da Gama como vice-rei da Índia
Vice-rei da Índia (19 de Março de 1674 - Lisboa, 5 de Maio de 1752), foi também governador e capitão-general da ilha da Madeira.

Filho de Luís Saldanha da Gama, capitão-general de Mazagão (Marrocos), iniciou a carreira das armas ainda muito jovem, servindo com o pai em Mazagão. Foi, depois, coronel de Infantaria e camarista do infante D. António.

Em 1725, foi nomeado vice-rei da Índia, cargo em que se manteve até 1732, regressando então ao reino. Durante a sua brilhante governação as forças portuguesas obtiveram vários êxitos militares, conseguindo reconquistar Mombaça.

Chefiou ainda a embaixada portuguesa que se deslocou a Pequim, encarregada de saudar o imperador.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
  • Termina a construção da fachada actual do Mosteiro de Alcobaça, restando do gótico primitivo o portal de arcos ogivais e o aro da rosácea.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Nicolau Nasoni-A vinda para Portugal


Não é conhecida a data em que Nicolau Nasoni terá chegado a Portugal, mas o certo é que aqui havia ouro, chegado do Brasil e vontade de construir obra, ambiente propício ao interesse de grande artistas, pelo nosso País.

A cidade do Porto também não quer ficar atrás e é também ali pelo norte do País que se encontram muitos entalhadores e pedreiro, para trabalharem o género que esta agora na moda a decoração nas fachadas e talha nos interiores, o barroco.

O edifício data do sec.XII, em estilo românico de acordo com a sua época mas foi sofrendo transformações ao longo dos séculos até que chegado ao sec. XVIII como não poderia deixar de ser haveria de vir a receber as inevitáveis influência barrocas.

As ligações das famílias abastadas do Norte, a ligação destas à igreja e desta á Ordem de Malta, onde Nasoni se tinha fixado, para pintar um tecto no palácio de La Valeta,obra dirigida ao frei D. António Manuel de Vilhena , Grão Mestre da Ordem de Malta .

Assim a este arquitecto italiano foi dirigido o convite para vir para Portugal.

Modificou-se o acesso aos claustros do século XIV e à Capela de São Vicente. Uma graciosa escadaria também de Nasoni que conduz aos pisos superiores, onde os painéis de azulejos exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio.

Esta obra iniciada em Novembro de 1725, demoraria alguns anos,pois só terminaram em 1731, por aqui se casou com uma fidalga napolitana, enviuvou e voltou a casar desta feita com uma analfabeta de Santo Tirso, por forma a que não esteve viúvo mais do que 3 meses,ao que parece devido aos bons ofícios do deão da Sé do Porto.

Trabalho porém, não mais lhe há-de faltar, seguiu-se a casa e o jardim da quinta da Prelada para um fidalgo portuense ligado a uma irmandade, a Irmandade de Clérigos Pobres de N.ª Sr.ª da Misericórdia, S. Pedro e S. Filipe Nery., que tinham como necessário a construção de uma sede onde pudessem realizar a sua actividade e praticar o culto, daqui nasce a ideia da construção da Igreja dos Clérigos, que se irá iniciar em 1731 e que lhe dará trabalho por mais de 30 anos.

Extraordinário artista multifacetado, pois além de arquitecto, foi pintor,escultor, fez trabalhos em ourivesaria e que inexplicavelmente viria a morrer pobre em 1773, encontrando-se sepultado no Igreja dos Clérigos não se conhecendo, porém, o local exacto onde se encontra o seu túmulo.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Vivaldi estreia as "4 estações"-1725


António Vivaldi nascido em Veneza, violinista e compositor de música barroca, padre, ficou conhecido pelo sobrenome de "padre vermelho", pelo seu cabelo ruivo, foi dispensado da celebração devido à sua saúde fragilizada, dedicando-se por esse motivo ao ensino de violino.

mais de quinhentos concertos (210 dos quais para violino ou violoncelo solo ), dos quais se destaca o seu mais conhecido e divulgado trabalho "As quatro estações" estreada em 1725

Menos conhecido é o facto de a maior parte do seu repertório ter sido descoberto apenas na primeira metade do século XX em Turim e Génova , mas publicado na segunda metade. A música de Vivaldi é particularmente inovadora, quebrando com a tradição deu brilho à estrutura formal e rítmica do concerto, repetidamente procurando contrastes harmónicos, e inventou melodias e trechos originais.


Johann Sebastian Bach foi deveras influenciado por Vivaldi contudo, nem todos os músicos demonstraram o mesmo entusiasmo, Igor Stravinsky afirmou em tom provocativo que Vivaldi não teria escrito centenas de concertos mas um único, repetido centenas de vezes.

Apesar do seu estatuto de sacerdote, é suposto ter tido vários casos amorosos, um dos quais com a cantora Anna Giraud , com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante.

Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza.

Igualmente desafortunada, sua música viria a cair na obscuridade até aos anos de 1900.

Apesar de todos os detractores, de todas as críticas negativas que Vivaldi recebeu, o seu talento é inegável, foi o compositor que inventou, ou pelo menos, estabeleceu a estrutura definitiva do concerto e da sinfonia. A sua facilidade na escrita era impressionante, escrevia tão rápido quanto a pena o permitia. Consta que demorava a escrever um novo concerto em menos tempo que um copista a copiá-lo.

A ressurreição do trabalho de Vivaldi no século 20 deve-se sobretudo aos esforços de Alfredo Casella.