DEVIR
Eu não quero ser famoso,
decidi, tá decidido,
porque pode ser danoso
pra caramba; por ouvido,
por vistado, o lance é osso,
tem alcance mal diviso,
com futuro de colosso.
Superego: mais juízo.
Do famoso, faz-se busto,
na pracinha, ali, bem perto,
e inaugura-se a ribombos.
Eis, esquecido, sem custo,
um ridículo coberto
por excrementos de pombos.
CG - 19/11/20
Img - https://diariodorio.com/
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4 comentários:
Sempre criativos e saborosos seus sonetos!
Abraço.
Abraço, Sylvio!
Outro!
Esse é o semipreço da fama.
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