quarta-feira, 28 de abril de 2021

DEVIR

 


DEVIR


Eu não quero ser famoso,

decidi, tá decidido,

porque pode ser danoso

pra caramba; por ouvido,


por vistado, o lance é osso,

tem alcance mal diviso,

com futuro de colosso.

Superego: mais juízo.


Do famoso, faz-se busto,

na pracinha, ali, bem perto,

e inaugura-se a ribombos.


Eis, esquecido, sem custo, 

um ridículo coberto

por excrementos de pombos.


CG - 19/11/20

Img - https://diariodorio.com/

***



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4 comentários:

Sylvio de Alencar. disse...

Sempre criativos e saborosos seus sonetos!
Abraço.

BAR DO BARDO disse...

Abraço, Sylvio!

Sylvio de Alencar. disse...

Outro!

Pedro Neto disse...

Esse é o semipreço da fama.