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sábado, 30 de janeiro de 2010

Constatação

Por muito que queiramos, por muito que tentemos, por muitos esforços que façamos e até por muito que os outros nos digam que não é assim, há pessoas que nunca nos irão inspirar confiança.

domingo, 29 de novembro de 2009

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Algumas pessoas que conheço e lêem o meu blogue têm uma ideia completamente errada do que acontece nos bastidores desta casa. Quase todos acham que recebo dezenas de emails por semana, pessoas que escrevem só porque sim ou porque gostaram do que leram (ou não). Estão totalmente errados. Recebo pouquíssimos emails; um ou outro de tempos em tempos, nada mais.  E é por isso que quando chega alguma missiva com palavras simpáticas fico contente e penso que este espaço faz todo o sentido não só para mim, mas também para esses leitores.

Obrigada. Vocês sabem quem são.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O dia em que a fragilidade se tornou um tabu



Hoje em dia parece que não se pode cair um bocadinho, não se pode e não se deve. Fica mal estarmos tristes, parecemos mais fracos e, se de fraquezas está o mundo cheio, não convém enchermos mais a caixa das tristezas.
Espera-se que se ultrapassem obstáculos, que se saltem muros e contornem problemas, que se enfrentem situações mais ou menos cruéis, difíceis, sempre, quase sempre com um sorriso nos lábios e alguma energia.
As fragilidades são sinais de fraqueza para esta sociedade e isso sim, é muito triste.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Coisas boas

É ter um aluno autista que me abraça, sorri e esconde a cara com as mãos quando falo com ele a desafiar-me para a brincadeira. É aquele momento em que se agarra a mim antes de se ir embora para encostar a cara à minha (a forma dele de dar um beijo). É estar com ele em plena sala de aula e enquanto lhe digo "faz o trabalho" com firmeza, ele imita-me e, pela primeira vez, fala.

Faz. Tão simples quanto isto, tão pouco, e no entanto, uma vitória tão grande.

[Precisava tanto disto hoje, de coisas boas]

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"Não sabe o que é cidadania?"

Ia eu no comboio, descansadinha da vida a ler o meu livro, quando entra uma senhora na estação de Barcarena e de repente, começa a falar.

"A menina não sabe que isso não se faz?"

Levantei imediatamente os olhos do livro mas rapidamente percebi que não era comigo. Do outro lado da carruagem estavam três raparigas na faixa etária dos vinte anos e uma delas tinha tido a infeliz ideia de colocar os pés no banco da frente.

"Lá em casa também põe os pés no seu sofá? Não sabe o que é cidadania? É que o calçado está sujo e depois as pessoas vão sentar-se e estragam a roupa. Ninguém tem coragem para falar, mas falo eu!"

Pensava eu que a rapariga ainda ia refilar, mas não. Retirou os pés, manteve-se caladinha e nem comentários fez com as amigas.
Desconfio que se tivesse um buraco, ter-se-ia enfiado nele ali mesmo, tal foi a vergonha perante os outros passageiros.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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As pessoas são como os arco-íris: nós nunca nos entendemos nas sete cores, mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom.

António Lobo Antunes

[daqui]