O que me aborrece mais nesse título é a parte do “obrigatório”.
Não sei e não entendo porque tem que ser obrigatório. Quanto foi minha vez de ter que comparecer à obrigação, foi um terror. Sofri praticamente um ano antes de ter que ir ver se servia ou não. Eu não queria. E para que ia querer? Eu até já trabalhava. Não queria pelo dinheiro e a carreira não me agradava em absoluto. E, como eu muitos guris não querem seguir esse caminho. Porque se não é pelo dinheiro (mesmo se eu tivesse desempregado eu não encararia apenas pela grana, é uma questão de gosto e eu realmente não gosto da área, como não gosto de mecânica), e se a pessoa tem outra carreira em mente, um ano dentro do serviço militar é uma tremenda perda de tempo. Sem contar que os boatos que rolam por aí sobre o abuso de poder lá dentro contra os novatos e outros abusos não instigam em nada quem não quer entrar. Quanto ao pensamento de que o exército torna a pessoa disciplinada, até concordo, mas isso não é regra para todos, afinal sempre me considerei um cara com disciplina, e para isso não precisei acordar todo dia as 4 da madruga faça chuva ou sol e receber treinamentos para guerra, etc. etc. Esse tipo de coisa, para mim, só ia fazer mal, estar lá contra a vontade, com pessoas estranhas, fazendo o que eu não gosto, só ia me deprimir, me fazer ter uma repulsa maior ainda por ter sido obrigado a fazer o que não quero. Eu sou totalmente adepto de “se trabalhar no que se gosta”, acho que isso que leva a pessoa à eficácia!
Esses tempos estava conversando com amigos do por que da obrigatoriedade, que na minha opinião devia cessar, que fosse servir quem quisesse. Daí me disseram que era obrigatório porque em caso de guerra o Brasil precisava ter gente treinada para isso. Bom, mesmo assim mantive minha opinião, afinal, para começar, se o mundo entrasse em guerra, certos países (leia-se o maldito dos estados unidos) poderiam bombardear e acabar com o mundo assim ó: num estalar de dedos ( e todos os coitados que estavam se matando de treinar, realmente teriam sido mortos treinando ahahahahh). Agora caso, numa hipótese vaga, a guerra fosse prolongada por mais de 3 dias, por total compaixão pelo planeta, pelo patriotismo mundial dos americanos e de quem mais se metesse na tal da guerra, e o Brasil fosse poupado, ou se aliasse de um lado que permitisse sobreviver por mais de 72 horas, não creio que seja necessário utilizar gente na guerra, que simplesmente detesta o cargo, só porque têm 18 anos ou próximo disso, serão obrigados a guerrear...ridículo...e isso só até um país por aí resolver acionar uma coisa mais bélica e brutal...desperdício de tempo.
E me digam: porque não se pode utilizar somente quem quer participar do serviço militar, pelo que sei, os números são bem divididos, de todo mundo que vai para servir, metade quer, metade não, e não tem lugar para todo mundo. Então em vez de fazer uma seleção ridícula, do tipo como foi a do meu irmão, totalmente na sorte, cada um indo para um lado, aleatoriamente, e quem ficasse de um ia, quem ficasse do outro, não. Assim, sem critério nenhum. Se precisam de um número ‘X’ de pessoas, e somando-se todos que querem, ainda faltar, aí sim, que peguem quem não quer, por sorteio que seja, mas se tiver gente suficiente, para que submeter os outros a esse martírio, a essa perca de tempo desnecessária? Aí está uma solução simples, não acham?
Bom, eras isso. Abraços a todos...Desculpe a ausência por aqui...o trabalho andou tomando muito o meu tempo nas últimas semanas...Obrigado a todos os que passam por aqui, tenho um carinho todo especial por vocês!
Agradecimento a Fábio Nunes de Moura pela sua contribuição. Nota expressa sua opinião. (Escrito em 16/09/2009).