29 de junho de 2015

Resolve cada esquina da cidade
Com as unhas vermelhas dos pés
O decote firme e belo
Na força do teu sorriso luminoso
O corpo sedutor
Que por dentro, é outro mundo
A parte do chão, das flores
Que dão cor, cheiro e sustento à cidade
Tu,
Tens tudo em ti.

28 de junho de 2015

cErToÉoSiLêNcIo

Certo é o silêncio das paredes brancas.
O que deixamos dentro, moribundo...
Já nem sabemos as cores com que o mundo
Protege as dores que nem cobres, nem arrancas!
Fico-me na podridão dos sonhos passados
Nos beijos e desejos ultrapassados
Quando tudo era flor, ar e canção.
Quando tudo era paixão...

Certos são os dias por inventar.
Se perdemos tanto, em múltiplas distrações...
Já nem sabemos as vozes que nos levam as canções...
Caminha erguida, que a vida é para se agarrar!
Eu...
Fico-me no delírio embriagando qualquer nudez
Que em mim me aumente esta cruel pequenez
Que é ter lágrimas como um rio.
Que é desaguar e morrer, vezes a fio...

26 de junho de 2015

SuSsUrRo

O que faço se a saudade me devora? Se me consome, volta, vai embora, regressa, de repente ou com pressa, não passa, desgraça que é esta dor de tanto calor a escorrer e este querer às vezes pesado de um lado e do outro lado de mim que não existe fim quando assim se ama e por isso é tamanho o desejo que chama e te diz, forte, baixinho e, bem lá no fundo (acredita), feliz, no sussurro mais antigo: não pares de sorrir e vem fazer amor comigo.

21 de junho de 2015

MoViMeNt0

São de pés e rugas os caminhos
De sal e sangue
O calor é em demasia
Mas nada fica na mesma
Quando a história avança.

18 de junho de 2015

DaSpAlAvRaS

Não existem silêncios nas palavras
Talvez as facas
Os beijos
Ou sonhos
Que palavras soltas são ventanias
Correntes dentro
Presas a tudo o que se liberta
Da ternura e da raiva dos dias...

14 de junho de 2015

LoUcUrA

Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu. Vou. Por onde o tempo não escolhe. Fico. Perto demais. Grito. Porque há em mim um rio. Chovo. Dentro de cada segundo. Canto. Sempre. Morro. Para nascer. Dou. Só assim sei ser. Chamo. De reclamada existência. Enlouqueço. O corpo. A alma. Eu.

aDoIs

Rasga-me a pele no nosso desejo ardente
Leva-me ao sabor desta magia quente
E depois adormecemos...
Sabe bem o tempo de se dar assim
Aguarela de vida que guardo em ti e em mim
Em tudo o que somos e fazemos.

Não me proíbas do prazer da loucura
Mesmo em tom de animal doçura
Quero ser liberdade em ti.
Abraça-me sempre que o frio arrase
Sorri ao passo pesado, mesmo que se atrase
Para que nunca se cante a perda de estar aqui.

QuAdRaSs0lTaS

Parti o presente aos bocados
Com a dor do que se sente
São vorazes os passados
Em forte presença presente

Calculo o futuro talvez um dia
Se cimento, amor ou vadiagem
Eu sei que serei pó e ventania
Barco, maré e viagem

Dou-me ao passado outra vez
Para sentir o peso de ser agora
E morro na vida que nasce talvez
Que fica, que volta e vai embora

São assim as perguntas tais
Que me navegam por onde vou
E entre o mar alto e o cais
Ainda hoje mal sei quem sou

3 de junho de 2015

Nã0oLhEs0mEuSoRrIs0

Não olhes o meu sorriso assim
Não procures a memória e esse cheiro
Vezes sem conta que chove em mim
O desencontro de um nascer derradeiro
Não me olhes, não!
Que carrego todo o mar que dentro existe
Perdido na corrente e quem sabe na ilusão
De saber-me o tanto que é ser-se triste
O tanto que é ser amor e dor
O tanto que se encostou num fim.
Não olhes o meu sorriso assim...

Por favor.

1 de junho de 2015

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...