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quarta-feira

Precisamos falar sobre minimalismo

Nesse mundo acelerado com a cada dia mais oportunidades de estar "em dias" com o que o mercado oferece nos mais diversos segmentos e assim se entulhar de mais roupas, mais comida, mais acessórios diversos para melhorar a vida acelerada e urgente das pessoas. E as micros casas se encherem de coisas e mais coisas. E no contrafluxo tem uma linha de pensamento, de filosofia de vida, chamado MINIMALISMO.
Casa com móveis e objetos somente o necessário. Na hora das  compras de supermercado,levar pequenas porções e para períodos mais curtos.Na intenção de tendo mais controle do que se tem na despensa, evitar o desperdício.
Antigamente, como símbolo de status,toda dona de casa sonhava com cem números de itens para "facilitar" sua vida. Toda família recém iniciada precisava de um aparelho de jantar, que era composto por 12 pratos fundos, 12 pratos rasos, 12 pratos de sobremesa, 12 xícaras e Pires, sopeira, etc. Precisava também de taças e outros aparelhos de chás e então um móvel específico chamado cristaleira...para guardar (as supostas ) taças de cristal. E em tudo mais que compõe a casa,precisava ser guarnecido. Hoje nessa vibe de mínimo , a ideia que logo vem é menos trabalho, mas... infelizmente não. Já que a vida está acelerada e cheia de urgências.
Mas porque mesmo precisa ser tão acelerada? E que urgências são essas? Esse mínimo de coisas agora propagado está trazendo qualidade de vida?Mas qual é essa qualidade de vida que as pessoas tanto almejam?
Os tempos mudaram (vou me ater só) nesses último século. O  New American Life style do pós 2a. guerra com sua parafernália de eletrodomésticos já não cabe nas casas de hoje. Nos anos 80 chamavam de apErtamento os apartamentos que o comércio imobiliário lança. Eu não imagina que iria piorar. Hoje parecem mais casas de pombos, as caríssimas habitações, que vendem vantagens numa minúscula churrasqueira,quando tem no próprio apartamento. Em geral, os novos condomínios vendem espaços coletivos que dão a falsa ideia de que se está comprando privacidade. São espaços coletivos do condomínio...
Mas a pergunta continua,o que é essa qualidade de vida?
Ter moradia própria, carros ou carros, plano de saúde sem restrição, morar num lugar com mais segurança, poder viajar nas férias, pagar bom colégio para os filhos, comprar um segundo imóvel.
E quanto precisa se trabalhar para obter essas coisas?
Assisti num programa de variedades, uma reportagem sobre como as pessoas estão tendo problemas para dormir. Uma jornada longa de afazeres, era um dos apontados como problema. E a luz azul do celular também.
Acredito que muito mais que essa jornada extensa concomitantemente com a luz azul do celular. Mas sim, querer dar conta do mundo real e virtual ao mesmo tempo. Ou com igual importância.

Com a necessidade de estar a semana toda na capital, achei melhor fechar minha casa.
Tinha móveis que já estavam sendo necessário serem trocados. O que fiz foi jogá-los fora, guardar em caixas os livros, os CDs, e todo o resto. Só o que ficou foram uma mesa que ainda o inseto chamado broca não atacou, a geladeira que mantenho desligada, uma cama de madeira maciça desmontada, outra cama, de ferro onde estão as taís caixas e uma cômoda que a broca fez morada. Os utensílios domésticos dividi entre guardá-los na despensa da minha mãe e levar o resto para minha morada na capital.
Tenho até 2020.02 para me graduar. Gostaria de estar me formando no fim de 2018. Mas... não será possível.
Independente de quando conclua o curso, já penso na volta total para minha casa. Já estou pensando nesse mínimo.
Um pouco antes de me mudar para capital,eu tinha feito uma faxina no armário da cozinha. Joguei fora muitos plástico. Não dei a ninguém. Para evitar o incentivo à pessoa de continuar colecionando plásticos. Resolvi adotar mais travessas e potes de vidro. Mas somente o necessário. Na facilidade de cozinhar comprei dois eletrodomésticos, duas panelas elétricas e mais um forno elétrico de 36 litros. Faz tempo que justifico não precisar mais de um processador , mas já me argumentei que necessito sim. E também um mixer, porque realmente faço pequenas porções todos os dias de vitaminas. E fazer essa pequena porção num copo de um litro do liquidificador é desperdício grande. Fica mais nas paredes do que escorre para meu copo.

No quesito roupas, faz tempo que desapeguei. Ainda mantenho os jeans, porque o processo de fabricação deles é muito poluente. E quanto mais velhos mais confortáveis ficam.
Minimamente eu já venho vivendo, com pouco, com o necessário. Dá bem menos trabalho em manter. Sobra tempo para outras coisas...