Lilypie Second Birthday tickers

Lilypie Second Birthday tickers

Um ano (parte 3)


Há um ano... nasceste com o sol da manha.
Não foi a forma natural de vir ao mundo, mas foi a que te trouxe até mim.
Todos os dias de espera terminavam ali.

Eras perfeito e ainda o és. Mais do que aquilo que eu poderia imaginar e desejar.
Resumiste àquele momento a nossa relação. Estavas no mundo e estávamos ligados para sempre.

Nasceu contigo o dia que eu iria adoar para sempre.
Nasceu contigo o dia que eu iria recordar para sempre.
Nasceu contigo esse momento que agora se afasta de mim a cada minute que cresces.

Tenho algumas coisas que pretendo esquecer, mas não tudo.
Quero recordar o teu cheiro e o teu sabor.
Doce e como nunca senti antes. Unico como nunca voltei a sentir até hoje.

Quero que sejas tudo para mim. Espero ser tudo o que desejas de mim.

Sou um pormenor na tua pequena grande vida.

Um ano (parte 2)


Acordei como se nunca tivesse adormecido.
Como se as horas tivesse passado em segundos.
Levantei-me com a esperança que este dia se tornasse especial para sempre.

Voltei a verificar cada coisa como se o estivesse a fazer pela primeira vez.

Partimos. Abracei durante todo o caminho o teu abrigo.

Quiseram trazer-te ao mundo mas tivemos de esperar. Teimaste em não vir.

Aprendi ali, naqueles momentos que se seguiram, o que realmente é ser mãe.
Aprendi a ser paciente. A dar valor à palavra "calma". A amar aquela vida que ainda guardava dentro de mim e nunca tinha conhecido antes.

Voltou o medo. Um imenso medo de te perder. Um imenso medo que me perdesses.
Muito medo da dor que pudesses estar a sentir. Um imenso medo de nunca nos cruzarmos.

Sofri cada hora como se de anos se tratassem... não gostaste de sair do teu ovo.

Estavas a levar o teu tempo e ao final desse dia ainda não estavas pronto para nos ver.

Um ano (parte 1)


Há um ano estava nervosa com o que me acabavam de propor.
Tinham decidido por ti que deverias nascer no dia seguinte.
Estava a momentos de conhecer o meu filho...

De um momento para o outro ficava com o coração apertadinho, pequenino.
Tinha medo que não gostasses de mim. Que não me quisesses como tua mãe.
Mas o maior medo residia na ínfima possibilidade de nunca te poder vir a conhecer.

Preparei e voltei a preparar, minuciosamente, cada detalhe. Todos os pormenores tornaram-se um escape para que o tempo passasse mais rápido.

Arrumei de novo a mala. Dobrei de novo cada peça de roupa nas gavetas. Preparei com doçura a roupa de cama  para que o papá a fizesse assim que nascesses.

Demorei algo muito parecido com uma eternidade a adormecer... Sonhei como seria trazer-te ao mundo!

Balanço



É costume fazer um balanço do ano que terminou.

Não sei se ainda vou a tempo de o fazer mas aqui vai.

Foi um ano diferente.

Foi o ano em que a nossa família ganhou um novo membro, para depois perder outro.
Foi o ano em que aprendi a amar alguém que não via para depois me tornar responsável pela sua aparição.
Foi o ano em que aprendi a dividir o amor para o multiplicar de seguida.
Foi o ano em que aprendi o valor do toque ao ser tocada por algo.
Foi o ano em que passei de ser o mais importante para mim, para sem importância.
Foi ano em que concluí que tudo que parece casual é realmente preciso.

Foi o ano em que percebi em que o resto… são pormenores sem importância.

Até logo...



É difícil para certas pessoas compreenderem o amor que se sente por um animal.
É difícil explicar o porquê dessa cumplicidade.

Com grande falha minha, penso nunca ter deixado aqui o testemunho do animal que faz parte da minha vida neste últimos 11 anos e meio.

O João é um gato que veio para mim já com cerca de um ano e com uma particularidade. Ele tinha uma pata a menos.

Não nasceu assim, foi amputado por complicações após uma mordidela de um cão.
Não é menos gato por isso pois fazia a sua vida (e que vida) na maior das normalidades.

Faz as asneiras por 2 gatos.
Desde roer todo um rolo de papel higiénico, a enfiar-se na chaminé. Fugir para os telhados dos vizinhos e fazer-nos persegui-lo em roupa interior. Fugir para junto dos cães dos vizinhos e ficar ali, a um passo do limite da trela, a atiçar os pobres coitados. Conseguir, que nem o Houdini, escapar a uma trela bem apertada para ir para uma luta no meio dos outros gatos. Dar-me mordedelas como sinal de ciúme e protesto contra algo.

Rosna cada vez que não está satisfeito e mia sem parar cada vez que quer algo. Adora atum de lata e queijo.



São tantos os momentos em que a sua companhia é importante. Nos momentos tristes em que partilhei com ele que já não iria ser mamã. Ou nos felizes, em que trouxe o meu filho para casa.


Dormir em cima das pernas enquanto descanso no sofá ou dentro dos lençóis no Inverno frio.
É engraçado quando digo às pessoas que permito fazer isto, mas se não o amar como ele é não é amor. Mesmo eu passado uma noite "ensanduichada" entre os dois machos da casa.


Ser aquele que me recebe à porta com uma "turrinha" todas as noites depois do trabalho.
Ser aquele que nos acorda com um valente passeio e mio por cima de nós quando o despertador se esquece de ligar.
Ser aquele que, mesmo do lado de fora do perímetro de segurança, guarda religiosamente aquele ser que acabou de fazer parte da sua vida.
Ser aquele que nos perdoa, nunca nos vai trair e sempre, por mais amuado que esteja, nos vai ronronar quando o abraçamos.


Esta é a razão de eu amar o meu animal.


Falo-vos no presente para preservar a sua vida. Mas falo-lhe no passado para preservar a sua memória.


Partiu da minha vida mas sei que nos voltaremos a encontrar novamente na vida que ele agora leva.


Esta ausência é só um pequeno pormenor.

Tirano de Bergerac



Ora bolas!

Eu a pensar que o moço lá me ia estranhar o infantário e nada disso. Qual quê???!!!!
Lá fica todos os dias com grande emoção a olhar para tudo e todos e sem notar a minha presença ou a falta dela.

Ora bem!
Por um lado fico descansada pois acho que ele está bem, mas por outro não acho muita piada de que ele seja assim tão independente.

Já pensei em colocar uma câmara na lapela do moço para "espiar" um dia no infantário.

Já criamos pequenos traidores (como dizia uma amiga) que nos trocam por carinho alheio e totalmente interesseiro... Tenho plena consciência que estou a criar um pequeno tirano na matéria da distribuição interessada de carinho.


Até com os avós já utiliza aquele charme opressor de qualquer sensibilidade que não seja direccionada para compensação emocional...

Isto de ser mãe tem que se lhe diga... começo a ter a sensação que nunca estou satisfeita com o que tenho!

Fim de semana... the last!!




E pronto...

Este é o ultimo fim de semana em que estamos de "férias".

Para a semana volto ao trabalho a doer (já estou a trabalhar mas tranquilo), ele volta o trabalho e o piolhito vai para o infantário...

Esse é o problema!


Estou em pulga e ansiosa.
Sei lá se fiz a escolha correcta. Sei lá se ele vai gostar. Sei lá se o vão tratar bem. Sei lá se ele se vai portar bem...

Mas porque raio temos nós de ter vida própria??????

Isto agora que eu me estava a acostumar a ter uma vida que fazia a minha girar!!!!!!!!!

Estas questões para mim são verdadeiros dilemas pois tenho uma cabeça complicada.
Acho que tem a ver com a minha razão de existir...

Por vezes dizem-me que tenho um complicómetro ligado ao hardware do meu cérebro!
Eu cá penso que é apenas a vontade de fazer sempre o melhor...

Uma coisa tenho a certeza.... as más escolhas que podem ser resolvidas!


Mesmo que rape o cabelo e não seja a melhor escolha posso sempre colocar um chapéu!

Lar doce Lar


Acho uma perfeita definição da nossa casa... com explicação
Nesta casa... a nossa casa
Rimos alto... e a bom som, até fica a doer a barriga
Erramos... para aprender a fazer melhor na proxima
Pedimos desculpa... mais que uma vez
Somos pacientes... mas algumas vezes (pouquinhas) impacientes
Prezamos os amigos... tanto tanto que eles não nos largam
Honramos a família... tanto tanto que não os largamos
Estamos agradecidos... por tudo e por nada
Partilhamos... tudo e nada
Amamos intensamente... mas há outra maneira de amar?????
PS - adorei e "roubei" aqui, obg princesa ;)

Vitória





Hoje sinto-me uma super mulher :)

Sinto-me capaz de ser trabalhadora, mulher, mãe e o que mais vier...



Ontem após um dia de trabalho (calmo para já) dei início ao meu novo estatuto de vida.






Saí às 18h em procura de uma bomba de gasolina barata.



Comprei 2 garrafões de agua que transportei numa só mão.



Conduzi 30 Km até à "casa de praia" pela beira mar e a uma média de 30Km/h (adorei o momento ZEN).



Cheguei e beijei o meu marido e o meu filho como se não houvesse amanhã.
Enquanto pus a sopa dos próximos dias a fazer preparei a papa e fiz um arroz delicioso (a carne já estava a assar).
Dei a papa e beijei de novo o meu marido e o meu filho como se não houvesse amanhã.



Jantei e esperei que a sopa arrefecesse.
(a loiça não ficou por minha conta ;) )
Brinquei com o meu filho e cantei com o meu marido para ele músicas que fazem doer os ouvidos aos mais próximos, mas que encantam o meu filho.
Pus a sopa separada em doses individuais e guardei tudo.
Preparei as minhas coisas para hoje.
Preparei e dei o banho ao meu filho (o marido ajudou :) )
Voltei a beija-los como se não houvesse amanhã.
Dei-lhe de mamar e adormecemos.
Acordei toda torta com ele de boca aberta.
Deitei-o na cama e adormeci...

UFA... Estou cansada só de escrever!

Amuei



Pois devo dizer que o meu estado é amuada...

Sou mesmo crente a pensar que iria ser um berreiro e uma confusão total.

Não é que o moço se portou muito bem e nem deu pela minha falta...

Comeu tudinho, bebeu tudinho e dormiu como um "lord"!

Aqui a "je" a pensar que iria ser a confusão total e nada... rien de rien!

É um facto que até me deixa de certa forma orgulhosa mas eu lá no fundo queria que ele sentisse um pouco a minha falta...

Espero que seja normal e que todas as mamãs achem o mesmo pois então seria um grande egoísmo de minha parte pensar assim.

Eu sei que ele está bem e é isso que me aguenta. Mas a ideia de se dar bem sem mim faz-me confusão...


O único pormenor é que a confusão surge porque... EU NÃO SEI FICAR SEM ELE...