A notícia chegou por SMS, do seu sobrinho Mário Reis. Armindo, seu tio e nosso oleiro, deixou-nos durante a noite.
Era um homem de olhar e falar tranquilo. Mestre do barro.
Escrevi sobre Armindo Reis em Tesouros do Artesanato Português, Volume III, em 2003. Começava assim:
Armindo Reis nasceu nas Caldas da Rainha, em 1926, e aí cresceu, vivendo sempre paredes meias com o barro. Começou por fazer miniaturas, panelinhas, frigideirinhas e migalheiros, que vendia no mercado das Caldas ao lado do pai, oleiro e, também ele, filho de oleiro. Aos dez anos já trabalhava na olaria de Germano Luís da Silva e os tempos livres passava-os a ajudar o pai. Aí permaneceu vinte anos, juntamente com um formista, um oleiro e um pintor.
E terminava dizendo: Armindo Reis é o último oleiro de uma família em que, pelo menos, cinco gerações deram vida a essa arte, conforme afirma o seu sobrinho Mário Reis.
Deixou obra, deixou discípulos e dois sobrinhos que continuam a sua arte: Mário é ceramista e Vitor Reis é escultor.
FOTO de CAROLINA RITO
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