domingo, 22 de novembro de 2009

Mais alguém?

Ok, eu sou conhecida por fazer umas associações estranhas. Normalmente descubro características nas pessoas que mais ninguém concorda e só muito mais tarde me dão razão. A Rita Pereira é o melhor exemplo. Eu dizia que ela é zarolha e toda a gente me chamava maluca "cá zarolha, a miúda é muito gira, zarolháonde?". O que é certo é que desde que o Bruno Nogueira e os Contemporâneos descobriram a sua zarolhice e brincaram com isso, toda a gente acha que a miúda é realmente zarolha.

Nisto, eu descobri outra característica na moçoila (graças ao Farmville). A Rita Pereira é muito parecida com um raccoon, ou se preferirem em português, um guaxinim. São as mesmas feições!


Ora vejam:


















sábado, 21 de novembro de 2009

Semana atípica

A Gripe da moda fez questão de aparecer lá pela escola (estava a tardar).

Desde que surgiu o primeiro caso tem sido em catadupa. É que nem tordos. Turmas a metade, a Sala de Isolamento transformada em sala de convívio, tal é a quantidade de miúdos que para lá vai.

É vê-los de máscara e de luvas...e depois a ir embora com os pais (também de máscara). É um cenário rocambolesco e, certamente, dos maiores exageros da História (diria eu).

Dos adultos é que ainda não foi nenhum. A gripose não quer nada connosco. Algo me diz que quando formos...é todos ao mesmo tempo. Quero ver quem dá aulas depois.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ontem nasceu mais uma princesa...

...a minha querida Beatriz.

Ainda não vi ao vivo (só em fotos) e é tão redondinha e cor-de-rosa.

Infelizmente não vou visitá-la pois a Gripe malvada anda em força pela nossa escola (isto agora é que nem tordos). Já temos turmas a meio e outras para lá caminham. E eu não me perdoria se levasse o vírus malévolo para a pequenina.

A minha J. é uma valente (das poucas mulheres que já tiveram filhos que não nos amedronta com peripécias menos positivos do parto). Está bem e muito feliz.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Testes, testes, testes...

...povoam a minha secretária. Sem tempo para bloggar ou escrever. As minhas desculpas aos 3 leitores deste cantinho.

Assimcumássim, eu que não costumo gostar de poesia, aqui deixo um dos meus poemas favoritos.

"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo o que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflicta no meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também."

(Oswaldo Montenegro)


Até ao meu regresso (após terminar a escalada ao Everest dos testes).

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nem tudo o que luz é ouro...

Enlevada por algumas boas notícias que tenho recebido por parte de pessoas próximas, dou por mim a pensar de forma mais optimista e positiva. Daí que tenha estranhado a conversa com a minha amiga M.
Estive com ela hoje à tarde e achei-a murchinha. Perguntei por novidades, ao que ela respondeu que não tinha, exceptuando a questão de andar com imenso trabalho.

"Conversa-vai-conversa-vem", cunhadas/irmãos e marido (aliás namorado, com quem vive há mais de 2 anos)...lá me confessou que no próximo Sábado vai procurar vestidos de noiva. Eu ia tendo um colapso. Então não havia novidades? Lá perguntei como tinha sido o pedido (aquelas coisas de mulheres), como era o anel, quis saber todos os pormenores...

Fiquei, todavia, um pouco triste com a resposta.

Não houve pedido romântico. Não houve joelho no chão. Foi uma coisa combinada entre o casal como quem combina as próximas férias. Eu acharia tudo bem não fosse o semblante da minha querida M. enquanto dizia resignada:
"Sabes ... os tempos não estão para grandes festas. Quando nós vivemos juntos temos muitas despesas e não dá para andar a fazer surpresas um ao outro."

Percebo o que me disse, mas percebo ainda melhor o que os olhos dela me disseram. Não é pelo anel caro ou falta dele (qualquer argola de lata de coca-cola serve ou até nem isso) desde que o sentimento demonstrado no acto de pedir a alguém que passe o resto da vida connosco seja inolvidável. O casamento não é um contrato empresarial. Entendo que para os homens não tenha o mesmo significado, contudo eles também têm de entender o outro lado (neste caso o nosso).
Todas as mulheres são diferentes umas das outras e neste assunto (como em todos) as opiniões são diversas. É preciso conhecer a pessoa que está ao nosso lado para a satisfazermos plenamente.

Neste caso houve uma séria falta de sensibilidade por parte do namorado. E o pior é que estas coisas mais tarde pagam-se caras. Uma falta de atenção aqui e ali em coisas importantes e memoráveis raramente se esquece.

domingo, 1 de novembro de 2009

Ontem vi-os...


...ele e ela...lá iam no carro desportivo dele. Passei por eles numa fracção de segundo. Pareciam felizes. Ele reparou em mim, disse qualquer coisa para o lado mas ela já não olhou a tempo. E já não me viu, mas eu vi-a a ela. Vi-os aos dois, no seu caminho, que só o acaso cruzou com o meu.

Não quero admitir, mas tenho saudade dela (dele não). E quando digo dela, refiro-me à verdadeira e não à que vi no carro. Ou será que é a mesma (e eu é que não sabia)? Ele é sempre o mesmo, disso não restam dúvidas. Quis a vida (e quis ela e ele também...eu é que não...não queria) que o caminho fosse este.

E aqui nos vimos, ontem, na minha cidade. Eu num sentido, eles no outro. Ele viu-me mas ela não. Eu viu-os aos dois, pareciam felizes no seu caminho. E eu, no sentido contrário ao deles, não sei o que parecia porque não me vi. Podia ter olhado para o espelho, naquele momento, para ver como parecia. Mas, se o tivesse feito, não os teria visto. E não teria visto que ele me viu e ela não.

Se não tivesse sido apenas uma fracção de segundo, eu poderia ter abrandado para ela me ver também. Mas, ao mesmo tempo, não sei como parecia (pois não me vi) e por isso não sei se gostaria que ela me visse.

Eles iam felizes e eu vi-os. Ele tentou dizer-lhe que eu estava a passar (para que ela me visse também). Ter-lhe-à dito "olha, é a .... vai ali!". Ela terá olhado com curiosidade (como será que ela me recorda?). Quem sou eu, essa de quem ela se lembra? Sou apenas uma memória dela, pois eu já não sou assim. E ela não tem forma de saber quem eu sou. Sou eu ainda, porém já não sou eu. E ela não sabe, nunca mais me viu (nem ontem, pois já não foi a tempo).

Eles iam no seu caminho, pareciam felizes. Eu ia em sentido contrário. Sou feliz?