Coisas do dia a dia.

A primeira coisa que vejo é o teto do meu quarto, ou melhor dizendo, não vejo. Está mais escuro do que deveria. Quando acordo costumo já ver ele parcialmente iluminado pela luz do sol que passa pelas frestas da janela.
Também não escuto som algum, onde estão todos? Minha filha preparando o café, minha neta se arrumando para o trabalho... já deveriam estar acordados. Bom, devo ter acordado mais cedo do que todos.
Vou na porta de entrada ver como está o tempo. Totalmente escuro, com exceção do poste de luz que está acesso. Também está chovendo, uma garoa fina e chata. Que horas devem ser? Não consigo saber com esse relógio de ponteiro, talvez esteja quebrado, o horário está estranho. Onde está o digital?
Quem sabe eu deva ir fazendo o café. Chego na cozinha e vejo a hora na geladeira. Diz "21:10", mas não pode ser, dormi tanto já, fui dormir um pouco cedo, mas não tanto. Bom, quem sabe eu deva voltar a dormir.


É tão estranho imaginar o que outra pessoa pode estar pensando... Espero que ela consiga dormir mais um pouco, pois no fim, ela realmente foi dormir muito cedo e acordou tão cedo a ponto de ser tarde.
Pequenas desorientações que fazem parte do dia a dia, é possível lidar com isso. O pior é ver que das piores lembranças, ela não esquece.

Hora de voltar

Como uma péssima amiga, volto somente nos piores momentos. Passei três meses em um emprego e por esse motivo não vim escrever, o tempo ficou muito corrido, trabalho de manhã, estudo de noite. Quase faltou tempo para respirar.
Mas voltei, no mesmo dia que fui demitida. Estava pensando no que faria agora que tenho 8 horas livre para fazer o que eu quiser, lembrei da lista de metas.

Mas pensando bem, eu não estou a fim de escrever.

Eletrônicos.

É interessante observar como com o passar do tempo os aparelhos eletrônicos tem melhorado em sua tecnologia mas piorado na qualidade e durabilidade. O mais curioso é que, com o mesmo passar do tempo, um fenômeno parecido ocorre com os seres humanos, maior está a nossa estimativa de vida, mas a qualidade de espirito só piora.

A culpa não é da religião.

Desde sempre se escuta preconceitos com religiosos, chamados de intolerantes e ignorantes por seguirem um ser divino, e serem manipulados pelos líderes espirituais. A maldade e o fanatismo não está na igreja, culto, templo ou o que quer que seja, todos podem escolher, de seguir ou não. E se a escolha for seguir, qual o problema? Se faz a pessoa ser alguém melhor, ou se sentir bem, não tem motivo para críticas. 

A intolerância está nas pessoas, inclusive naqueles que não aceitam religiões. 

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Constantemente eu penso que o mundo é um lugar muito mau.

O que se conversa comigo

Não gosto de conversar sobre o que eu gosto ou sei fazer, do que eu gosto de estudar ou comer, aonde eu gosto de ir ou qual a minha cor favorita. Isso é tudo muito chato, gosto de falar sobre acontecimentos e sobre o que eu penso sobre eles, gosto de contar histórias e hora ou outra eu acabe por dizer algo sobre minhas preferências.

Uma metáfora para o amor.

Eu não quero o amor que é como um lago, embora seja o único que eu tenha sentido. Você pode escolher entre os tipos, o único que aceito é o de águas cristalinas e mornas. Entro nele, nado, mergulho e chamo de lar. Tu se sente amada e protegida, mas tu sempre vai nadar sozinha. É um amor que tu aceita, tu está ali, e fica feliz, mas nunca vai ser tudo.

Eu gosto do amor que é como uma dança, um que eu só imagino, vez ou outra vejo um brilho dele em casais alheios. E um amor que se um dia chegar a ver, você sorri, pois é exatamente quando você vê um casal dançando, um olhando para os olhos do outro, ignorando todo o resto. É teu eterno companheiro, seja dançando no frio, na dor, na fome e miséria. É o amor que é uma dança, e você só dança com um parceiro.