quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Veja que texto interessante
INQUILINOS
Ninguém é responsável pelo funcionamento do mundo. Nenhum de nós precisa acordar cedo para acender a chaleiras e checar se a Terra está girando em torno do seu próprio eixo na velocidade apropriada e em torno do Sol, de modo a garantir a correta sucessão das estações. Como num prédio bem administrado , os serviços básicos do planeta são providenciados sem que se enxergue o síndico – e sem taxa de administração . Imagine se coubesse á humanidade , com sua conhecida tendência ao desleixo e à improvisação , manter a Terra na sua órbita e nos seus horários, ou se – coroando o mais delirante dos sonhos liberais – sua gerência fosse entregue a uma empresa privada, com poderes para remanejar os ventos e suprimir as correntes marítimas , encurtar ou alongar dias e noites, e até mudar de galáxia, conforme as conveniências de mercado, e ainda por cima sujeita a decisões catastróficas , fraudes e falência.
É verdade que , mesmo sob o atual regime impessoal, o mundo apresenta falhas na distribuição de seus benefícios, favorecendo alguns andares do prédio metafórico dos seus benefícios , tudo devido ao que só pode ser chamado de incompetência administrativa. Mas a responsabilidade não é nossa . A infra – estrutura já estava pronta quando nós chegamos. Apesar de tentativas como a construção de grandes obras que afetam o clima e redistribuem as águas, há pouco que podemos fazer para alterar as regras de seu funcionamento.
Podemos , isto sim, é colaborar na manutenção da Terra. Todos os argumentos conservacionistas e ambientalistas teriam mais força se conseguissem nos convencer de que somos inquilinos no mundo. E que temos as mesmas obrigações de qualquer inquilino, inclusive a de prestar contas por cada arranhão no fim do contrato. A escatologia cristã deveria substituir o Salvador que virá pela segunda vez para nos julgar por um Proprietário que chegará para retomar seu imóvel. E o Juízo Final , por um cuidados inventário em que todos os estragos que fizemos no mundo seriam contabilizados e cobrados.
- Cadê a floresta que estava aqui? – Perguntaria o Proprietário . – Valia uma fortuna.
E:
- Este rio não está como deixei...
E, depois de uma contagem minunciosa:
- Estão faltando cento e dezessete espécies.
A Humanidade poderia tentar negociar . Apontar as benfeitorias - monumentos, parques, áreas férteis onde outrora existia desertos – para compensar a devastação. O Proprietário não se impressionaria.
- Para que eu quero o Taj Mahal? Sete Quedas era muito mais bonita.
- E a catedral de Chartres? Fomos nós que construímos . Aumentou o valor do terreno em...
- Fiquem com todas as suas catedrais , represas , cidades e shoppings, quero o mundo que eu o entreguei.
Não precisamos de uma mentalidade ecológica . Precisamos de uma mentalidade de locatários. E do terror da indenização.
( LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO – O MUNDO É BÁRBARO- e o que nós temoa a ver com isso, Rio de Janeiro, Objetivo, 2008)
UMA REFLEXÃO SOBRE CARCINICULTURA - CRIAÇÃO DE CAMARÕES EM CATIVEIRO
Carcinicultura: desastre sócio-ambiental no ecossistema manguezal do nordeste brasileiro
segunda-feira 11 de julho de 2005 por Jeovah Meireles
A indústria da carcinicultura levou em conta unicamente os custos de mercado, em detrimento dos danos ambientais, ecológicos, culturais, sociais e à biodiversidade. Comunidades foram expulsas de suas atividades tradicionais. Índios estão em grave perigo de perder suas bases alimentar e cultural. Pescadores foram torturados, ameaçados de morte e impedidos de pescar. Agora é de extrema necessidade a imediata paralisação das atividades de produção de camarão em Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e a recuperação dos setores degradados. E, definitivamente, levar em conta as denúncias e os anseios dos povos do mar, considerando seus motivos para preservar ecossistemas que sustentam suas comunidades e que irão garantir a qualidade de vida das futuras gerações.
Relatório do deputado federal João Alfredo (relator do GT-Carcinicultura) para a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara Federal, caracterizou danos sócio-ambientais de elevada magnitude no ecossistema manguezal do nordeste brasileiro. Consta de uma abordagem regional da produção de camarão, diagnósticos específicos, denúncias das comunidades tradicionais, relatórios técnicos e os resultados de 11 audiências públicas. Os impactos ambientais foram amplamente caracterizados, definidas as ações integradas e participativas dos órgãos de gestão (com as instituições governamentais e entidades da sociedade civil envolvidas) e enumerados os aspectos a serem considerados na revisão das Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e Conselhos e Órgãos Estaduais de Meio Ambiente.
Os viveiros de camarão promoveram: i) desmatamento do manguezal, da mata ciliar e do carnaubal; ii) extinção de setores de apicum; iii) soterramento de gamboas e canais de maré; iv) bloqueio do fluxo das marés; v) contaminação da água por efluentes dos viveiros e das fazendas de larva e pós-larva; vi) salinização do aqüífero; vii) impermeabilização do solo associado ao ecossistema manguezal, ao carnaubal e á mata ciliar; viii) erosão dos taludes, dos diques e dos canais de abastecimento e de deságüe; ix) ausência de bacias de sedimentação; x) fuga de camarão exótico para ambientes fluviais e fluviomarinhos; xi) redução e extinção de habitats de numerosas espécies; xii) extinção de áreas de mariscagem, pesca e captura de caranguejos; xiii) disseminação de doenças (crustáceos); xiv) expulsão de marisqueiras, pescadores e catadores de caranguejo de suas áreas de trabalho; xv) dificultou e/ou impediu acesso ao estuário e ao manguezal; xvi) exclusão das comunidades tradicionais no planejamento participativo; xvii) doenças respiratórias e óbitos com a utilização do metabissulfito; xviii) pressão para compra de terras; xvii) desconhecimento do número exato de fazendas de camarão; xix) inexistência de manejo; xx) não definição dos impactos cumulativos e xxi) biodiversidade ameaçada.
No Estado do Ceará, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA-Brasil) realizou o mais completo estudo sobre os impactos ambientais da carcinicultura. As 245 fazendas de camarão (novembro de 2005), com uma área total de 6.069,97 hectares, foram visitadas para a definição de aproximadamente 39 indicadores diretos de impactos ambientais.
Verificou-se que, do total das fazendas licenciadas pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE), 84,1% causaram impactos diretamente ao ecossistema manguezal (fauna e flora do mangue, apicum e salgado); 25,3% promoveram o desmatamento do carnaubal e 13,9% ocuparam áreas antes destinadas a outros cultivos agrícolas de subsistência. No rio Jaguaribe, 44,2% das piscinas de camarão foram construídas interferindo diretamente no ecossistema manguezal e 63,6% promoveram danos de elevada magnitude a um dos mais importantes carnaubais de nossas bacias hidrográficas.
Dados mais assustadores foram definidos nos estuários dos rios Pirangi, Acaraú, Coreaú e Timonha, com 89,5%, 96,9%, 90,9% e 100% respectivamente, com as atividades de criação de camarão dentro do ecossistema manguezal (nos rios Acaraú, Coreaú e Timonha, 78,1%, 72,7% e 81,8% respectivamente, provocaram desmatamentos da vegetação de mangue). A maioria dos empreendimentos gera sérios riscos de disseminação de espécies exóticas, pois não dispõe de mecanismos de segurança eficientes para evitar a invasão de uma espécie de camarão (Litopenaeus vannamei) estranha e nociva aos manguezais do Brasil. Somente 21,6% dispunham de licença correspondente a sua fase de implantação e dentro do prazo de validade.
Nas fazendas abandonadas, os diques continuam como nas que estão em operação, inviabilizando as reações ambientais que dão sustentação à diversidade biológica do manguezal e dos demais ecossistemas das bacias hidrográficas. Verificou-se também que 77% das fazendas de camarão não contam com bacias de sedimentação (lançam seus efluentes na água dos rios, lagoas e estuários), o que vem a confirmar os elevados danos ambientais já definidos por pesquisadores das Universidades, representantes de Comitês de Bacias, ambientalistas e comunidades tradicionais. Com tais níveis de insustentabilidade, 67,9% dos criatórios foram acometidos por enfermidades (63% no litoral leste e 90% no oeste), com a morte dos camarões e a provável contaminação de outros organismos nativos.
Liberar investimentos sob a alegativa de que vão gerar empregos, considerada a mais forte argumentação dos empreendedores, não será mais justificativa, pois foi definido que o índice médio de empregos diretos observado na totalidade das fazendas é até 3,20 vezes menor do que o divulgado pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). No rio Acaraú, por exemplo, foi definido um índice 6,3 vezes menor do que o propalado pelos carcinicultores. Quando a SEMACE libera a construção de fazendas de camarão dentro do ecossistema manguezal (apicum e salgado) e nas demais unidades de preservação permanente (áreas úmidas, mata ciliar e carnaubal), através de pareceres técnicos que orientam o Conselho Estadual de Meio Ambiente (COEMA), está cometendo um grave dano sócio-ambiental.
A Resolução do COEMA N° 02/2002, que trata da carcinicultura no Ceará, deverá ser completamente revista e os licenciamentos suspensos. Estudos desenvolvidos pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), determinaram que o apicum é regido pelos processos ecodinâmicos e geoambientais que se desenvolvem no ecossistema manguezal. Antigos setores de apicum agora se encontram completamente cobertos pela vegetação de mangue. Contraria frontalmente o que explicita tal Resolução “ecossistema de estágio sucessional tanto do manguezal como do salgado, onde predomina solo arenoso e relevo elevado que impede a cobertura dos solos pelas marés, sendo colonizado por espécies vegetais de caatinga e/ou mata de tabuleiro”.
Mais ainda, estudos evolutivos da cobertura vegetal em salinas abandonadas demonstraram alta capacidade de regeneração por vegetação de mangue. Verificou-se que bastou ser restabelecida a entrada das marés (rompimento dos diques abandonados), desencadeando as trocas de matéria e energia, a ciclagem de nutrientes e mudanças nos valores de salinidade da cobertura sedimentar, para o início da revegetação e a entrada da fauna. A Resolução do COEMA mais uma vez trata equivocadamente a dinâmica ambiental do ecossistema manguezal, quando definiu salinas abandonadas como “áreas antropizadas que geram ecossistemas apresentando hipersalinidade residual de solo, e conseqüentemente baixa capacidade de regeneração natural por vegetação de mangue”.
O relatório do GT-Carcinicultura da Câmara Federal definiu as bases para ações efetivas de preservação do ecossistema manguezal, de melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais e da retomada da biodiversidade: i) rever a legislação explicitando o apicum e o salgado como unidades geoambientais e ecodinâmicas pertencentes ao ecossistema manguezal e portanto de preservação permanente; ii) exigir para a implantação das atividades de produção de camarão em cativeiro a delimitação das Terras da União, dos terrenos de marinha e seus acrescidos, a demarcação de terras das comunidades nativas e o reconhecimento das posses legítimas mansas e pacíficas das comunidades tradicionais; iii) regulamentar a implantação de fazendas de camarão em unidades de conservação e em terra indígenas; iv) definir uma zona de distanciamento mínimo das fazendas de camarão dos assentamentos humanos, resguardando as áreas de atividades tradicionais, de drenagem superficial vinculada ao uso tradicional e às demais atividades de subsistência (pesca, mariscagem, agricultura e usufruto dos recursos naturais); v) delimitar os sistemas de produção (intensivo e extensivo) a partir do potencial sustentável de suporte dos ecossistemas envolvidos e da efetiva disponibilidade de água, assegurando a continuidade das atividades tradicionais de pescadores, marisqueiras, índios, ribeirinhos e quilombolas vinculadas à pesca, à mariscagem, à agricultura e ao usufruto dos recursos naturais; vi) fixar índices máximos (biológicos, químicos e físicos) para o lançamento dos efluentes das atividades de produção e beneficiamento do camarão em cativeiro; vii) determinar que sejam emitidas licenças somente a partir de efetivas ações de uso e manejo adequados de implementos e substâncias químicas potencialmente danosas à saúde humana e da qualidade dos sistemas ambientais envolvidos, na produção e industrialização do camarão; viii) determinar que licenciamentos e financiamentos sejam feitos de acordo com a definição dos impactos cumulativos, do estado de fragmentação dos ecossistemas envolvidos e a disponibilidade de água a partir de projeções de uso a curto, médio e longo prazos; ix) determinar que licenciamentos e financiamentos sejam feitos a partir de planos e programas (com dotação orçamentária) de recuperação de áreas degradadas com o abandono da atividade de produção de camarão em cativeiro; x) determinar que licenciamentos e financiamentos estejam vinculados à efetiva instalação de barreiras fitossanitárias para a produção, importação e exportação dos produtos associados à carcinicultura e; xi) determinar que licenciamentos e financiamentos sejam realizados a partir dos projetos que evidenciem programas de controle e manejo na introdução/invasão de espécies exóticas.
Jeovah Meireles ([email protected]) é Prof. Dr. do Depto. de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC)
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
CEARÊS
E se os filmes fossem traduzidos pro "cearês" ??????
Velocidade máxima ----AVUADO !
Os bons companheiros ---Os cumpadi !
O paizão --- O corno réi !
Eu, a patroa e as crianças --- Eu, a muié e os bruguelin !
A morte pede carona --- Arriégua maxo, tú vai papocá ó !
Ghost --- Visage !
O poderoso chefão ---Cid Gome.
O exorcista --- Arreda coisa ruim!
Táxi driver --- O véi do táxi.
Corra que a polícia vem aí ---Sebo nas canela q lá rem o ronda !
O senhor dos anéis --- O comedor de baitola.
Janela indiscreta --- O tarado tá te reno .
Velozes e furiosos --- Os cabra maxo e avexado.
Esqueceram de mim! ---Deixaram o cumedozin de rapadura.
Forrest gump ---Diabéisso????
Clube da luta --- Butiquin da peia.
Cidade de Deus --- Canindé.
O que é isso companheiro! --- Abéisso maxo? Tá vacilano?
A casa caiu. --- Dirrubaro o barraco.
O fim dos dias --- Lascô-se.
Mamma mia --- Ô main !!!
Turista --- Os gringo na praia.
2012 ---Doismilidozi.
Guerra dos mundos --- A xibata vai rolá é solta !
Assim caminha a humanidade --- Donde rai essa ruma de gente ?
O justiceiro --- Lampião.
João e Maria --- O tripa seca e a perna torta.
Homem aranha --- Se cai tá lascado !!!
Agora "enria pra negrada toda
Velocidade máxima ----AVUADO !
Os bons companheiros ---Os cumpadi !
O paizão --- O corno réi !
Eu, a patroa e as crianças --- Eu, a muié e os bruguelin !
A morte pede carona --- Arriégua maxo, tú vai papocá ó !
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O poderoso chefão ---Cid Gome.
O exorcista --- Arreda coisa ruim!
Táxi driver --- O véi do táxi.
Corra que a polícia vem aí ---Sebo nas canela q lá rem o ronda !
O senhor dos anéis --- O comedor de baitola.
Janela indiscreta --- O tarado tá te reno .
Velozes e furiosos --- Os cabra maxo e avexado.
Esqueceram de mim! ---Deixaram o cumedozin de rapadura.
Forrest gump ---Diabéisso????
Clube da luta --- Butiquin da peia.
Cidade de Deus --- Canindé.
O que é isso companheiro! --- Abéisso maxo? Tá vacilano?
A casa caiu. --- Dirrubaro o barraco.
O fim dos dias --- Lascô-se.
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2012 ---Doismilidozi.
Guerra dos mundos --- A xibata vai rolá é solta !
Assim caminha a humanidade --- Donde rai essa ruma de gente ?
O justiceiro --- Lampião.
João e Maria --- O tripa seca e a perna torta.
Homem aranha --- Se cai tá lascado !!!
Agora "enria pra negrada toda
leia e comente
Artigo
Equinócio
24/06/2010 02:00
Atualizada às: 23/06/2010 22:39
Seu inquilino do Planeta Terra, você sabia que no dia 23 de junho foi um dia muito importante para o nosso Planeta? Nossos antepassados sabiam que, nesse dia, o dia e a noite têm a mesma quantidade de horas: 12 + 12. Eles eram mais escrupulosos do que nós e mais científicos: chamavam esse dia de equinócio. Começa no dia 23 de junho, uma mudança da natureza em toda a Terra. No Hemisfério Norte, onde nossos antepassados indígenas e europeus viviam, era o começo do outono. Começava também a preocupação com o inverno.
No inverno, as trevas chegam cedo. É a época da escuridão e do frio. A Terra teria que estar preparada. Os grãos colocados nos silos.
Para as crianças os pais explicavam que a luz iria começar a brigar com as trevas. Só no dia 25 de dezembro, o Sol derrotaria a escuridão. Aliás, foi por
isso que escolheram, em Roma, o dia 25 de dezembro para se comemorar o nascimento de Cristo, já que não se sabia em que dia ele havia nascido. Os pagãos tinham, nesse dia, a festa do Sol Invencível (Sol Invictus), quando o Sol começava a nascer mais cedo, dominando as trevas.
Nos Estados Unidos e Canadá as férias escolares são em julho e agosto. Esses meses são preciosos para a lavoura. Nada de ócio.
Pais e filhos aprenderam a trabalhar juntos preparando a terra, plantando as sementes.
Somos inquilinos da Terra! Precisamos conhecê-la melhor! Já que estamos vivendo no século XXI, devemos educar nossos filhos,
que nunca pegaram em uma enxada, que os recursos naturais donosso Planeta precisam ser poupados. A agricultura e a indústria
precisam fazer mais uso da mão de obra, e a utilização da tecnologiadeve ser mais simples, para não prejudicar os ambientes
naturais que a Terra nos presenteia.
Roberto de Carvalho Rocha - Diretor da Faculdade Christus
[email protected]
No inverno, as trevas chegam cedo. É a época da escuridão e do frio. A Terra teria que estar preparada. Os grãos colocados nos silos.
Para as crianças os pais explicavam que a luz iria começar a brigar com as trevas. Só no dia 25 de dezembro, o Sol derrotaria a escuridão. Aliás, foi por
isso que escolheram, em Roma, o dia 25 de dezembro para se comemorar o nascimento de Cristo, já que não se sabia em que dia ele havia nascido. Os pagãos tinham, nesse dia, a festa do Sol Invencível (Sol Invictus), quando o Sol começava a nascer mais cedo, dominando as trevas.
Nos Estados Unidos e Canadá as férias escolares são em julho e agosto. Esses meses são preciosos para a lavoura. Nada de ócio.
Pais e filhos aprenderam a trabalhar juntos preparando a terra, plantando as sementes.
Somos inquilinos da Terra! Precisamos conhecê-la melhor! Já que estamos vivendo no século XXI, devemos educar nossos filhos,
que nunca pegaram em uma enxada, que os recursos naturais donosso Planeta precisam ser poupados. A agricultura e a indústria
precisam fazer mais uso da mão de obra, e a utilização da tecnologiadeve ser mais simples, para não prejudicar os ambientes
naturais que a Terra nos presenteia.
Roberto de Carvalho Rocha - Diretor da Faculdade Christus
[email protected]
PARA REFLETIR
CHUVAS E A CRISE ECOLÓGICA
Os estados de Pernambuco e Alagoas têm sofrido intempéries como chuvas torrenciais e enchentes.
Alguns cientistas já concordam que o aquecimento global e a crise ecológica têm
relação com as mudanças climáticas que assolam o mundo. É hora de parar para refletir sobre como está o mundo em que vivemos e qual é o mundo que desejamos para nós e nossos filhos.
Temos que mudar!
O homem está destruindo e queimando o planeta Terra, sua casa, que levou milhões de anos para ser o que é hoje. Será que somos tão insensíveis que não percebemos algo de errado?
A Terra necessita de restauração!
Que os homens sábios de planeta se unam para recriar uma mudança no pensamento devastador neoliberal, que visa o lucro como fim e menospreza o ser humano e a natureza, que são o mais importante.
Vamos rever as nossas metas e colocar a vida antes de tudo.
Assim talvez a fúria da natureza possa ser aplacada e voltemos a ter vida em
abundância.
Alguns cientistas já concordam que o aquecimento global e a crise ecológica têm
relação com as mudanças climáticas que assolam o mundo. É hora de parar para refletir sobre como está o mundo em que vivemos e qual é o mundo que desejamos para nós e nossos filhos.
Temos que mudar!
O homem está destruindo e queimando o planeta Terra, sua casa, que levou milhões de anos para ser o que é hoje. Será que somos tão insensíveis que não percebemos algo de errado?
A Terra necessita de restauração!
Que os homens sábios de planeta se unam para recriar uma mudança no pensamento devastador neoliberal, que visa o lucro como fim e menospreza o ser humano e a natureza, que são o mais importante.
Vamos rever as nossas metas e colocar a vida antes de tudo.
Assim talvez a fúria da natureza possa ser aplacada e voltemos a ter vida em
abundância.
Paulo Roberto Girão Lessa [email protected]
Fortaleza
Fortaleza
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Reflita sobre este pensamento de AL GORE
Temos tudo que é necessário para começar a resolver a crise climática - menos , talvez a vontade política. Mas nos EUA , a vontade política é um recurso renovável.
Cada um de nós é uma causa do aquecimento global: mas cada umk de nós pode se tornar parte da solução - em nossas decisões sobre os produtos que compramos, a eletricidade que usamos, o carro que dirigimos, o estilo de vida. Podemos até fazer opções que reduzam a zero as nossas emissões individuais de carbono.*( AL GORE - UMA VERDADE INCONVENIENTE, LIVRO PUBLICADO EM 2006)
terça-feira, 22 de junho de 2010
Texto para discussão
Afinal, o que é ética? Todos sabem usa-lá? Novo!
veronica_martins_oliveira_[email protected]
Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta.
Infelizmente na sociedade em que vivemos é difícil encontrarmos pessoas que nós sabemos responder está pergunta, a principio achamos que é uma pergunta simples, mas não é. Muitos sabem a resposta, mas infelizmente só sabem na teoria, não coloca em prática o que sabem sobre os princípios éticos, que um ser humano deve aplicar para a melhoria de nossa sociedade.
A ética está presente no nosso dia-a-dia, no trabalho, na escola, no trânsito... Devemos respeitar este principio, seja onde estivermos.
Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:
1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;
2. Ética é permanente, moral é temporal;
3. Ética é universal, moral é cultural;
4. Ética é regra, moral é conduta da regra;
5. Ética é teoria, moral é prática.
Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.
Poderíamos definir a Ética, sucintamente, como sendo uma qualificação da conduta humana determinada pela sociedade, ou para o bem, ou para o mal. Mas, na realidade, precisamos mais do que simples palavras para definir a Ética: precisamos de ATOS.
A final, o que é realmente ética?
Ética é algo que todos precisam ter.
Alguns dizem que têm.
Poucos levam a sério.
Ninguém cumpre à risca...
A ética está realmente no caráter da pessoa e cada um tem sua opinião sobre a tão famosa ética e como deve aplicá-la na sociedade. Sobre o Autor
Sou loira, alta, tenho olhos verdes....
veja este resultado
É DIFÍCIL CONSEGUIR QUE UMA PESSOA COMPREENDA ALGUMA COISA QUANDO O SALÁRIO DELA DEPENDE DE NÃO COMPREENDER ISSO.( UPTON SINCLAIR, CITADO EM UMA VERDADE INCOVENIENTE DE AL GORE)
domingo, 20 de junho de 2010
LEIA E REFLITA
Um homem num balão, num lugar desconhecido. Perdido, encontrou uma pessoa. Ao reduzir um pouco a altitude do balão, em a 10 metros aproximadamente, ele gritou para a pessoa:
Hei, você aí, aonde eu estou? a jovem respondeu:
Você está num balão a 10 m de altura! O homem pergunta:
Você é professora, não é?
A moça respondeu:
Sim.puxa! Como o senhor adivinhou?
E o homem: É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada.
Então a professora pergunta:
O senhor é secretário da educação, não é?
E o homem: Sou. Como você adivinhou?
E a Professora: é simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no professor
Hei, você aí, aonde eu estou? a jovem respondeu:
Você está num balão a 10 m de altura! O homem pergunta:
Você é professora, não é?
A moça respondeu:
Sim.puxa! Como o senhor adivinhou?
E o homem: É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada.
Então a professora pergunta:
O senhor é secretário da educação, não é?
E o homem: Sou. Como você adivinhou?
E a Professora: é simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no professor
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
DEFENDER A NATUREZA É UMA TAREFA ÁRDUA PORÉM GRATIFICANTE
A luta em defesa da natureza é cheia de incompreensões , discursos vazios e muito marketing em vez de ação,mas ao mesmo tempo é gratificante quando conseguimos alcançar um pequeno grupo ou uma única pessoa gerando preocupação pelo planeta e pela vida das pessoas. A defesa do meio ambiente é uma questão de atitude, de proposta de ação e de geração de cidadania ativa que se configura na ação de cada indivíduo que procura contaminar seu semelhante com o vírus gostoso do comprometimento, da segurança das idéias e da certeza de buscar um mundo melhor para todos.
A luta pelo meio ambiente precisa ser apoiada por todos os indivíduos da sociedade e precisa de passar da teoria para a prática, pois não adianta promover campanhas, comemorar datas , criar slógans se nossas atitudes continuam pautadas pelo individualismo e pela negligência com nosso semelhante. É preciso incentivar medidas plenas de geração de processos conscientizadores de luta por um mundo melhor, de certeza de podemos mudar nossas atitudes para criar a certeza de que o planeta vai crescer firmemente tanto em termos de economia solidária quanto em atitudes que visem a defesa do verde, dos homens e da justiça social.
Agregar valores solidários em busca de um ambiente melhor e agregar pessoas na visão ecológica é uma ação que deveria ser incentivada pelos poderes públicos e assimilada plenamente pela sociedade para que haja mudança, pois somos sere mutáveis em termos de concepções de vida e de mundo. A certeza de um mundo melhor justo e para todos é a fonte natural de ação que pode ser um catalisador firme e um agregador de pessoas que podem e devem amar seus semelhantes e ao planeta como um todo.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
UMA NOTÍCIA TRISTE
O problema da desertificação é um dos mais graves em termos de questão ambiental. Este problema tem de ser encarado com seriedade buscando urgentemente mudar as formas de utilização do solo e a revisão das tecnicas degradadores hoje postas em prática.
Veja a notícia
Veja a notícia
LEIA E REFLITA
Cuidado com o meio ambiente
Evilázio Ribeiro Graduado em Direito
Cada um precisa fazer a sua parte hoje e sempre. Todos estão preocupados em deixar um mundo melhor para seus filhos, mas quem está preocupado em deixar filhos melhores para o mundo?
Não podemos imaginar uma renovação do ser humano sem fatores de desenvolvimento e sem condições básicas não condiz com um futuro responsável e digno com a vida humana. Temos que lutar pela renovação do ser humano, investindo em saúde e educação, preservar o meio ambiente, investir em energias renováveis, combater doenças transmissíveis, as drogas e a violência, com isso o reflexo será na qualidade de vida.
Ao qualificar um indivíduo para a cidadania, as coisas tomam um rumo com resultados positivos. Ensinando a importância dos valores sociais, morais e éticos devem ser constantemente discutidos desde a tenra idade nas unidades de ensino de todo o Brasil. Há muitos outros maus exemplos praticados por cidadãos desprovidos de consciência ecológica e que são do conhecimento de todos, não sendo necessário enumerá-los.
A união entre os povos e a luta por ideais devem ser pensadas exercidas por todos. É neste momento que entra o papel do jovem como um protagonista na cultura de paz e na luta por um mundo melhor.
É necessário que as informações, as oportunidades de formação e de empregos sejam discutidas para que os jovens também tenham oportunidade de participar ativamente no mercado de trabalho pois só com o trabalho poderemos dignificar o homem.
É necessário ter respeito às regras que a vida impõe, pois consequências do desequilíbrio do meio ambiente gerado por nós não trazem segunda chance. Somente o homem pode proporcionar uma grande virada da consciência ecológica no mundo.
PARA PENSAR:
“Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma partida” Neném Prancha.
Retirado do site www.oestadoce.com.br - em 17 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
JOGRAL PARA TRABALHAR A QUESTÃO AMBIENTAL
Veja este jogral , uma atividade para refletir sobre a questão ambiental.
JOGRAL – QUANDO A NATUREZA PAROU
Autor: Luizinho Bastos
Todos: Quando a natureza parou
Jovens: O dia não amanheceu
Mulheres: O Sol, recolhido em sua morada no horizonte, não compareceu.
Homens: A lua e as estrelas faziam uma passeata pelo Universo.
Idosos: Não havia sequer um astro disperso.
Crianças: Enquanto isso...
Mulheres: Na Terra, os animais ficaram inertes.
Idosos: Cruzaram os galhos as árvores férteis.
Crianças: As formigas encerraram suas atividades.
Homens: As abelhas fecharam a industrial de mel.
Jovens: Os pássaros não mais voavam no céu.
Crianças: Nem mesmo o vento fazia sua ronda.
Idosos: O mar não lançava suas ondas.
Homens: Na Antártida, recolheram – se os pingüins.
Jovens: As borboletas não passeavam nos jardins.
Mulheres: O arco – íris apareceu anunciando a coletiva pausa.
Todos: Era um protesto da natureza por uma nobre causa.
Mulheres: Até os beija – flores não estavam tão românticos.
Idosos: Os sabiás e as cigarras suspenderam a programação dos cânticos.
Crianças: O bicho – preguiça , então , nem se fala...
Jovens: Imagine se a natureza se manifestasse com furacões.
Homens: Ou então na erupção de vulcões.
Vozes femininas: Mas tudo foi muito pacífico porque ela pensou nos justos....
Crianças: Lembrou das crianças inocentes...
Idosos: Sentiu que , apesar do pecado ecológico, era preciso perdoar...
Jovens: Era preciso dialogar, negociar um acordo, dar uma nova chance.
Mulheres: E tudo ficou apenas em um alerta.
Vozes Masculinas: Mas a luta vai continuar.
Crianças: Ai de quem derramar uma só lágrima da flor!
Jovens: Ai de quem destruir uma teia de aranha!
Homens: Se os homens não conseguem se unir, a natureza provou que pode fazê – lo e com grande poder.
Vozes Femininas: Nuvens desumanas não cobrirão as estrelas da noite.
Vozes masculinas: Nem o horizonte no amanhecer da vida..
TODOS: Porque a natureza unida jamais será vencida
A natureza unida jamais será vencida!
Vamos preservar a natureza !
Vamos salvar o planeta Terra!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Veja que bom editorial do Jornal Diário do Nordeste
Créditos ambientais
14/6/2010
Repercute de modo positivo, tanto no Brasil quanto no plano internacional, a notícia que vem resgatar, em parte, as frustrações registradas na última Conferência do Clima (COP15), realizada em Oslo, na Noruega. O Brasil, finalmente, assinou um acordo ratificado por 50 países, com a chancela do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas (ONU), em decorrência do qual o País será um dos beneficiados pelo fundo de US$ 4 bilhões destinado a conservar áreas verdes e a explorá-las de forma sustentável até 2012.Cada vez mais se consolida o consenso de que as metas de redução, no tocante a emissões dos gases que causam o nocivo efeito estufa, independem por completo de fronteiras políticas e nacionais, de vez que afetam a todos, indistintamente, não importando o local onde ocorra a redução. A partir dessa conscientização, o chamado mercado de carbono vem expandindo progressivamente seus limites, permitindo que um país possa comprar o que outro reduziu no número de emissões, ao utilizar o que se convencionou classificar como créditos de carbono. Uma das maneiras empregadas para criar os referidos créditos é o sistema REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), quando um país sem florestas contribui financeiramente para que outro se comprometa a preservar suas áreas verdes. As verbas em questão são aplicadas em pagamentos específicos para famílias que vivem em áreas florestais, bem como na implementação de atividades entre as quais se inclui o extrativismo.
No Brasil, esses aspectos tendem a ser acrescidos, por meio do REDD Plus, do fornecimento de recursos para o manejo florestal que, na prática, significa a retirada controlada de árvores. Atualmente, quem mais vende os créditos de carbono são empresas que produzem energia limpa, não poluente, tais como pequenas centrais hidrelétricas, empresas de biomassa e administradoras de aterros sanitários.
Também se encontra em vigor no País a recente Lei de Concessão Florestal, na qual se prevê que os vencedores de licitações podem explorar uma área de forma sustentável por um período de até 40 anos. Um alerta sobre o tema vem de ser divulgado pela revista internacional especializada "Science", segundo o qual se torna imprescindível destinar subsídios para que os agricultores parem de usar fogo com o objetivo de preparar o terreno para o plantio, dando-lhes oportunidade de adquirir máquinas apropriadas à limpeza do terreno, sem a necessidade de queimá-lo. A revista se refere às "queimadas", frequentemente procedidas também no território nordestino como fruto de uma tradição arraigada nos costumes agrícolas.
Em face das condições climáticas que evoluem para quadros considerados cientificamente adversos, aliadas ao desleixo e despreparo na utilização do solo, os processos de desertificação aceleram-se bastante no Nordeste e, sobretudo, no Ceará. Por isso, é de se esperar que essa solidariedade internacional referente à preservação da natureza se manifeste com intensidade aqui e por todo o Brasil, onde os índices de desordenada agressão ambiental andam acima dos minimamente aceitáveis.
calendário ecológico
Veja aqui as datas ecológicas para uma reflexão sobre meio ambiente
CALENDÁRIO ECOLÓGICO 2010
Janeiro | |
Dia 1 | Dia Internacional da Paz / Confraternização Universal |
Dia 9 | Dia do Astronauta |
Dia 10 | Dia do Controle da Poluição Por Agrotóxicos |
Fevereiro | |
Dia 2 | Dia Mundial das Zonas Úmidas |
Dia 6 | Dia do Agente de Defesa Ambiental |
Dia 22 | Dia da Criação do IBAMA |
Março | |
Dia 1 | Dia do Turismo Ecológico |
Dia 14 | Dia Mundial de Luta dos Atingidos Por Barragens |
Dia 20 | Início do Outono |
Dia 21 | Dia Internacional da Floresta |
Dia 22 | Dia Mundial da Água |
Dia 23 | Dia Internacional da Meteorologia |
Abril | |
Dia 7 | Dia Mundial da Saúde |
Dia 15 | Dia da Conservação do Solo |
Dia 19 | Dia do Índio |
Dia 22 | Dia do Planeta Terra |
Dia 28 | Dia da Caatinga |
Dia 28 | Dia da Educação |
Maio | |
Dia 3 | Dia do Solo |
Dia 3 | Dia do Pau-Brasil |
Dia 5 | Dia do Campo |
Dia 8 | Dia Mundial das Aves Migratórias |
Dia 13 | Dia do Zootecnista |
Dia 16 | Dia do Gari |
Dia 18 | Dia das Raças Indígenas da América |
Dia 22 | Dia do Apicultor |
Dia 25 | Dia do Trabalhador Rural |
Dia 27 | Dia da Mata Atlântica |
Dia 29 | Dia do Geógrafo |
Dia 30 | Dia do Geólogo |
Junho | |
31/05 até 05/06 | Semana Nacional do Meio Ambiente |
Dia 5 | Dia Internacional do Meio Ambiente |
Dia 5 | Dia da Ecologia |
Dia 8 | Dia do Citricultor |
Dia 17 | Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação |
Dia 21 | Início do Inverno |
Dia 23 | Dia do Lavrador |
Dia 29 | Dia do Pescador |
Julho | |
Dia 2 | Dia Nacional do Bombeiro |
Dia 8 | Dia Nacional da Ciência |
Dia 12 | Dia do Engenheiro Florestal |
Dia 13 | Dia do Engenheiro Sanitarista |
Dia 17 | Dia de Proteção às Florestas |
Dia 25 | Dia do Colono |
Dia 28 | Dia do Agricultor |
Agosto | |
Dia 5 | Dia Nacional da Saúde |
Dia 6 | Dia de Hiroshima |
Dia 9 | Dia Internacional dos Povos Indígenas |
Dia 9 | Dia Interamericano de Qualidade do Ar |
Dia 11 | Dia do Estudante |
Dia 14 | Dia do Combate à Poluição |
Setembro | |
Dia 3 | Dia do Biólogo |
Dia 5 | Dia Mundial da Amazônia |
Dia 9 | Dia do Veterinário |
Dia 11 | Dia do Cerrado |
Dia 16 | Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio |
Dia 16 | Dia Internacional Para a Prevenção de Gravidades Naturais |
Dia 18 | Dia Mundial de Limpeza do Litoral |
Dia 19 | Dia Mundial Pela Limpeza da Água |
Dia 21 | Dia da Árvore |
Dia 21 até 26 | Semana da Árvore no Sul do Brasil |
Dia 22 | Dia de Defesa da Fauna |
Dia 22 | Dia da Jornada “Na Cidade Sem Meu Carro” |
Dia 23 | Início da Primavera |
Dia 27 | Dia Mundial do Turismo |
Outubro | |
Dia 4 até 10 | Semana de Proteção à Fauna |
Dia 4 | Dia Mundial dos Animais |
Dia 4 | Dia da Natureza |
Dia 4 | Dia do Cão |
Dia 5 | Dia Mundial do Habitat |
Dia 5 | Dia da Ave |
Dia 12 | Dia do Mar |
Dia 12 | Dia do Agrônomo |
Dia 15 | Dia do Professor |
Dia 15 | Dia do Educador Ambiental |
Dia 27 | Dia do Engenheiro Agrícola |
Novembro | |
Dia 1 | Dia Nacional da Espeleologia |
Dia 5 | Dia da Cultura e da Ciência |
Dia 20 | Dia Nacional da Consciência Negra |
Dia 24 | Dia do Rio |
Dia 30 | Dia do Estatuto da Terra |
Dezembro | |
Dia 14 | Dia do Engenheiro de Pesca |
Dia 15 | Dia do Jardineiro |
Dia 22 | Início do Verão |
Dia 29 | Dia Internacional da Biodiversidade |
Dia 31 | Dia da Esperança |
domingo, 13 de junho de 2010
conheça nossas paisagens.
Caderno especial do Jornal Diário do Nordeste mostra nossas paisagens.
VEJA
sábado, 12 de junho de 2010
UMA LEITURA PARA REFLEXÃO
LEIA
Quando o mundo é um prostíbulo
|
Lola Galán *
Adital -
Fruto de uma investigação, um ex-empregado de um banco denuncia o negócio planetário do tráfico sexual e a vida atroz das cerca de um milhão de mulheres escravizadas para exercer a prostituição. A reportagem é de Lola Galán, publicada no jornal El País, 30-05-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
As meninas e jovens que se oferecem por umas poucas rúpias nos prostíbulos gigantescos de Kamathipura e Falkland Road, em Mumbai, não são muito diferentes das adolescentes do Leste Europeu encerradas em clubes noturnos em Mestre, perto de Veneza. Ou das jovens nigerianas detidas, sob ameaça de morte, em cortiços perdidos entre as estufas de Almería, na Espanha, como as que a polícia libertou há alguns dias.
Umas e outras são escravas sexuais. Um termo aparentemente defasado em pleno século XXI, que descreve, infelizmente, uma realidade nada infrequente. Mais de um milhão de adolescentes e de mulheres jovens alimentam hoje esse sórdido negócio que proporciona aos que o exploram milhares de milhões de euros de lucro por ano. Mulheres vendidas, enganadas ou raptadas pelos próprios grupos mafiosos que controlam o tráfico sexual. Como se desenvolve o tráfico de mulheres no mundo global? Quem são suas vítimas e quem são os carrascos? "As vítimas são mulheres jovens, pobres, muitas pertencem a minorias étnicas, ou vêm de países instáveis e estão desesperadas para emigrar. Os campos de refugiados também são um campo propício para recrutá-las", explica Siddharth Kara (foto), na conversa telefônica de sua casa em Los Angeles. Ele é autor de um livro sobre o assunto, "Tráfico sexual. El negocio de la esclavitud moderna", publicado pela Alianza Editorial. Kara, de 35 anos, ex-empregado do banco de negócios Merrill Lynch, deixou seu lucrativo trabalho para iniciar, no ano 2000, uma série de viagens pelo mundo que o levariam ao coração do tráfico sexual através de três continentes.
Nos países do sul e do leste da Ásia, nos Estados Unidos, no leste da Europa, nos Bálcãs e na Itália, Kara teve contato com escravas, assistentes sociais, intermediários e alguns traficantes. O resultado desse amplo trabalho de campo é o livro sobre esse negócio desumano, que analisa os aspectos econômicos sem esquecer o drama profundo das jovens exploradas.
Dramas como o de Mallaika, uma ex-escrava sexual que Kara encontrou em Mumbai. Casada aos 13 anos, após dar a luz à dois filhos mortos, o marido a vendeu a um intermediário quando ela tinha recém completado 16 anos. Mallaika trabalhou toda a sua juventude como escrava sexual, obrigada a satisfazer a dezenas de clientes por dia. No gigantesco bordel, imperava a lei mais brutal. Todos os dias, escravas como ela morriam violentamente. Depois, ela passou a trabalhar como prostituta pelo sistema indiano de adhiya. A metade do que ela ganhava era para o dono do prostíbulo. Infectada pelo vírus da Aids quando Kara a encontrou, Mallaika estava consciente de que seus dias estavam contados.
Free the Slaves
Siddharth Kara, membro da direção da ONG Free the Slaves, criada em 2000 por um grupo de intelectuais para lutar contra a escravidão, conta que seu interesse pelo assunto surgiu quando era estudante na Universidade de Duke (Carolina do Norte). Em 1995, Kara passou algumas semanas no campo de refugiados de Novo Mesto (Eslovênia). Ali, uma jovem bósnia lhe contou que soldados sérvios raptaram algumas de suas companheiras e as levaram a prostíbulos de Belgrado.
Essa lembrança nunca lhe abandonou. E, no ano 2000, com alguma coisa de dinheiro economizado, uma simples mochila, uma câmera de fotos e um gravador, lançou-se à aventura de ver com seus próprios olhos a natureza do tráfico de mulheres. "Calculo que agora mesmo haja em torno de 1,3 milhões de escravos sexuais, a maioria mulheres e meninas", diz Kara. "Mas não devemos esquecer que são muitas mais as pessoas escravizadas no negócio da prostituição".
Kara acredita que uma das razões do auge desse comércio é a sua rentabilidade, só superada pelo tráfico de drogas. Mas com um risco muito menor. Por que os mafiosos que controlam o tráfico sexual correm menos risco de ser detidos? "Há várias razões. A corrupção policial, a dos guardas da fronteira, a do sistema judicial. Também não há fundos para atender as escravas que conseguem se libertar, e é difícil que elas denunciem os traficantes. Além disso, as forças encarregadas de lutar contra essa chaga não têm meios, nem estão coordenadas globalmente".
Quando Siddharth Kara iniciou sua investigação, ele se deparou com o fato de não haver dados nem evidências testemunhais do tráfico. "Dedicavam-lhe muito pouca atenção. Nem sequer na imprensa. Hoje, há mais interesse, mas nem sempre é um interesse sadio. Há jornalistas e membros de ONGs que só querem contar histórias sensacionalistas para construir suas próprias carreiras. Além disso, os recursos econômicos são limitados. Por não sei qual razão, a luta contra o tráfico de mulheres está subordinada a outros problemas, como o terrorismo, o tráfico de drogas, ou a imigração. Além de haver uma apatia institucional histórica na hora de reconhecer as dimensões desse problema e de lhe dar uma solução. Seguramente, como as mulheres ainda são discriminadas no mundo, elas recebem uma atenção menor".
Dramas pessoais
A vida das escravas sexuais está dominada por um mesmo horror, seja no Oriente ou no Ocidente, no Norte ou no Sul. Kara entrevistou jovens que sobrevivem meio drogadas nos prostíbulos mais sujos de Mumbai e meninas do Leste Europeu obrigadas a ficar nas ruas de Roma e encontrou trágicas semelhanças.
"Poderia parecer mais sórdida a situação das escravas sexuais na Índia, mas o trato que essas jovens recebem tem aspectos comuns em ambos os países. Todas sofrem contínua violência, são torturadas e ameaçadas constantemente e obrigadas a ter relações sexuais com dezenas de indivíduos por dia. Na Índia, a prostituição está proibida, e tudo é feito às escondidas, enquanto que na Itália a prostituição de rua é autorizada, salvo para as menores de idade".
Na cidade santa de Benarés, Kara se encontrou com Devika, uma adolescente com uma história estremecedora. "Quando eu tinha 13 anos, um dia um homem, ao qual eu conhecia pelo nome de Raj, me abordou a caminho da escola. Me pegou pela mãe e me disse que me mataria se eu gritasse pedindo ajuda. Ele me levou para a sua casa e me violentou. Abusava de mim todos os dias e trazia outros homens para que tivessem relações sexuais comigo". Até ser resgatada, Davika passou meses trabalhando na casa-prostíbulo de Raj, que a obrigava a ter relações sexuais com mais de 20 homens por dia.
Sua história, com exceção das enormes distâncias culturais e geográficas, parece-se à de Tatyana, uma menina moldava de 18 anos que passou 26 meses como escrava sexual na Itália.
O erro de Tatyana (os nomes que Kara cita em seu livro não são autênticos) foi se apresentar ao anúncio publicado por um jornal de sua cidade natal, Chisinau (Moldávia), no qual se solicitavam jovens para trabalhar no serviço doméstico na Itália. "Assim que saí de casa, meus companheiros me violentaram e depois me mantiveram vários dias sem comer", relata no livro. Sua primeira parada foi na Sérvia, onde foi comprada por traficantes albaneses. Mais tarde, foi vendida novamente para a Albânia. Dali passou para a Grécia, onde os mafiosos que a acompanhavam colocaram-na em um barco rumo à Itália. "Ali, os albaneses a colocaram no porta-malas de seu carro", relata Kara em seu livro, "e a levaram diretamente para Milão, onde foi vendida ao proprietário de um clube noturno". Todas as noites, ela tinha que deitar com os clientes e satisfazê-los sexualmente. "Quando eu não queria beber, o proprietário injetava tranquilizantes para animais em mim".
A oferta de escravas sexuais na Itália é tão abundante que os preços do ato sexual reduziram-se pela metade. A clientela se multiplicou. Hoje em dia, constata Kara em seu livro, "frequentar prostíbulos está cada vez mais integrado na cultura italiana". Depois de serem exploradas nos bares de Roma, Turim, Mestre ou Milão, muitas dessas mulheres são enviadas para outros países da Europa onde seu calvário continua.
Clientes não lhes faltam. Segundo Kara, no mundo inteiro, entre 6% e 9% dos homens maiores de 18 anos compram sexo de escravas pelo menos uma vez por ano. Seja por entretenimento, por impulsos violentos ou por qualquer outro propósito, ele reconhece que não há canto do mundo onde os homens não recorrem aos prostíbulos. Os Estados Unidos, com leis proibicionistas muito restritas e implacavelmente aplicadas, é um dos lugares onde o comércio sexual parece ter menos êxito. Mas não deixa de ser uma exceção.
O que caracteriza os consumidores desse sexo barato? "Não sou a pessoa indicada para responder essa pergunta. É verdade que alguns homens o consomem sem maiores problemas de consciência. Há razões biológicas, sociais, não sei. Obviamente, sem homens dispostos a pagar por sexo, não existiria essa escravidão. Mas nem todos os homens são responsáveis por ela. Só uma pequena parte".
Entre os clientes de imundos salões de massagem, ou das prostitutas de rua, estão os imigrantes, que chegam, muitas vezes sozinhos, a um país desconhecidos e hostil. "A globalização foi um agravante enorme. O tráfico de seres humanos é uma das consequências mais horríveis do capitalismo global, que gerou enormes desigualdades econômicas. Porque se produz uma transferência clara de riqueza e de recursos das economias pobres para as ricas junto com outro fenômeno, o da falta de direitos humanos nos países em desenvolvimento".
O papel negativo da religião
E a religião? Tem algum papel nesse fenômeno? Kara, que viajou várias vezes para a Tailândia, outro país com maior oferta de escravas sexuais e prostitutas menores de idade, cita o budismo theravada, religião oficial, como uma das últimas razões do desprezo para com a mulher, considerada como uma reencarnação inferior ao homem.
Mas o hinduísmo também não é mais compassivo com as mulheres, nem os ritos africanos. As mulheres nigerianas pegas pelo tráfico muitas vezes aceitam condições de vida terríveis sem se queixar, por temor aos ritos Ju ju, aos quais estão submetidas. "Existe ainda uma opressão bastante generalizada das mulheres por parte dos homens. E a religião é um meio a mais para submetê-las. Não é culpa da religião em si, mas sim do uso que se faz dela", diz Kara.
O autor de "Tráfico sexual" acompanhou com interesse as leis liberalizadoras da prostituição em alguns países europeus, caso da Holanda. E não parece convencido de que sirvam para erradicar o tráfico de mulheres. "A legalização da prostituição é ruim porque é utilizada como uma tela, uma vitrine atrás da qual se desenvolve o mesmo comércio sexual com escravas nas condições mais terríveis".
Siddharth Kara relata em seu livro seus percursos pelos bairros mais degradados de Bangkok, onde abundam os prostíbulos imundos. Ali, encontram-se autênticas escravas, adolescentes que cobram apenas quatro euros pela hora de sexo, e onde a atmosfera é deprimente e sórdida a extremos inauditos. Também existem prostíbulos suntuosos para os turistas ricos e homens de negócios que chegam ao país em busca precisamente disso. Lugares de luxo para os ricos e barracos para os pobres. Sexo pago para todos. Até os escravos trazidos da Birmânia, de Laos e de Cambodja, para construir rodovias e edifícios de moradias, recebiam um salário minúsculo, "com o qual podiam se permitir o sexo com escravas", indica Kara.
Frente a esse panorama desolador, o autor propõe, mais do que soluções, novos enfoques para o problema. O primordial, em sua opinião, é tornar a vida de traficantes e exploradores muito mais difícil. Que as máfias não operem com a impunidade atual, que sofram perseguição e prisão. Que a colheita anual de escravas seja cada vez mais incerta e escassa. E uma maior conscientização dos clientes? Siddharth Kara considera isso menos factível. Enquanto a oferta exista, a demanda nunca irá decair.
[Fonte: Racismo Ambiental - 31/05/2010 / Enviado por Serviço de Prevenção ao Tráfico de Mulheres e Meninas].
As meninas e jovens que se oferecem por umas poucas rúpias nos prostíbulos gigantescos de Kamathipura e Falkland Road, em Mumbai, não são muito diferentes das adolescentes do Leste Europeu encerradas em clubes noturnos em Mestre, perto de Veneza. Ou das jovens nigerianas detidas, sob ameaça de morte, em cortiços perdidos entre as estufas de Almería, na Espanha, como as que a polícia libertou há alguns dias.
Umas e outras são escravas sexuais. Um termo aparentemente defasado em pleno século XXI, que descreve, infelizmente, uma realidade nada infrequente. Mais de um milhão de adolescentes e de mulheres jovens alimentam hoje esse sórdido negócio que proporciona aos que o exploram milhares de milhões de euros de lucro por ano. Mulheres vendidas, enganadas ou raptadas pelos próprios grupos mafiosos que controlam o tráfico sexual. Como se desenvolve o tráfico de mulheres no mundo global? Quem são suas vítimas e quem são os carrascos? "As vítimas são mulheres jovens, pobres, muitas pertencem a minorias étnicas, ou vêm de países instáveis e estão desesperadas para emigrar. Os campos de refugiados também são um campo propício para recrutá-las", explica Siddharth Kara (foto), na conversa telefônica de sua casa em Los Angeles. Ele é autor de um livro sobre o assunto, "Tráfico sexual. El negocio de la esclavitud moderna", publicado pela Alianza Editorial. Kara, de 35 anos, ex-empregado do banco de negócios Merrill Lynch, deixou seu lucrativo trabalho para iniciar, no ano 2000, uma série de viagens pelo mundo que o levariam ao coração do tráfico sexual através de três continentes.
Nos países do sul e do leste da Ásia, nos Estados Unidos, no leste da Europa, nos Bálcãs e na Itália, Kara teve contato com escravas, assistentes sociais, intermediários e alguns traficantes. O resultado desse amplo trabalho de campo é o livro sobre esse negócio desumano, que analisa os aspectos econômicos sem esquecer o drama profundo das jovens exploradas.
Dramas como o de Mallaika, uma ex-escrava sexual que Kara encontrou em Mumbai. Casada aos 13 anos, após dar a luz à dois filhos mortos, o marido a vendeu a um intermediário quando ela tinha recém completado 16 anos. Mallaika trabalhou toda a sua juventude como escrava sexual, obrigada a satisfazer a dezenas de clientes por dia. No gigantesco bordel, imperava a lei mais brutal. Todos os dias, escravas como ela morriam violentamente. Depois, ela passou a trabalhar como prostituta pelo sistema indiano de adhiya. A metade do que ela ganhava era para o dono do prostíbulo. Infectada pelo vírus da Aids quando Kara a encontrou, Mallaika estava consciente de que seus dias estavam contados.
Free the Slaves
Siddharth Kara, membro da direção da ONG Free the Slaves, criada em 2000 por um grupo de intelectuais para lutar contra a escravidão, conta que seu interesse pelo assunto surgiu quando era estudante na Universidade de Duke (Carolina do Norte). Em 1995, Kara passou algumas semanas no campo de refugiados de Novo Mesto (Eslovênia). Ali, uma jovem bósnia lhe contou que soldados sérvios raptaram algumas de suas companheiras e as levaram a prostíbulos de Belgrado.
Essa lembrança nunca lhe abandonou. E, no ano 2000, com alguma coisa de dinheiro economizado, uma simples mochila, uma câmera de fotos e um gravador, lançou-se à aventura de ver com seus próprios olhos a natureza do tráfico de mulheres. "Calculo que agora mesmo haja em torno de 1,3 milhões de escravos sexuais, a maioria mulheres e meninas", diz Kara. "Mas não devemos esquecer que são muitas mais as pessoas escravizadas no negócio da prostituição".
Kara acredita que uma das razões do auge desse comércio é a sua rentabilidade, só superada pelo tráfico de drogas. Mas com um risco muito menor. Por que os mafiosos que controlam o tráfico sexual correm menos risco de ser detidos? "Há várias razões. A corrupção policial, a dos guardas da fronteira, a do sistema judicial. Também não há fundos para atender as escravas que conseguem se libertar, e é difícil que elas denunciem os traficantes. Além disso, as forças encarregadas de lutar contra essa chaga não têm meios, nem estão coordenadas globalmente".
Quando Siddharth Kara iniciou sua investigação, ele se deparou com o fato de não haver dados nem evidências testemunhais do tráfico. "Dedicavam-lhe muito pouca atenção. Nem sequer na imprensa. Hoje, há mais interesse, mas nem sempre é um interesse sadio. Há jornalistas e membros de ONGs que só querem contar histórias sensacionalistas para construir suas próprias carreiras. Além disso, os recursos econômicos são limitados. Por não sei qual razão, a luta contra o tráfico de mulheres está subordinada a outros problemas, como o terrorismo, o tráfico de drogas, ou a imigração. Além de haver uma apatia institucional histórica na hora de reconhecer as dimensões desse problema e de lhe dar uma solução. Seguramente, como as mulheres ainda são discriminadas no mundo, elas recebem uma atenção menor".
Dramas pessoais
A vida das escravas sexuais está dominada por um mesmo horror, seja no Oriente ou no Ocidente, no Norte ou no Sul. Kara entrevistou jovens que sobrevivem meio drogadas nos prostíbulos mais sujos de Mumbai e meninas do Leste Europeu obrigadas a ficar nas ruas de Roma e encontrou trágicas semelhanças.
"Poderia parecer mais sórdida a situação das escravas sexuais na Índia, mas o trato que essas jovens recebem tem aspectos comuns em ambos os países. Todas sofrem contínua violência, são torturadas e ameaçadas constantemente e obrigadas a ter relações sexuais com dezenas de indivíduos por dia. Na Índia, a prostituição está proibida, e tudo é feito às escondidas, enquanto que na Itália a prostituição de rua é autorizada, salvo para as menores de idade".
Na cidade santa de Benarés, Kara se encontrou com Devika, uma adolescente com uma história estremecedora. "Quando eu tinha 13 anos, um dia um homem, ao qual eu conhecia pelo nome de Raj, me abordou a caminho da escola. Me pegou pela mãe e me disse que me mataria se eu gritasse pedindo ajuda. Ele me levou para a sua casa e me violentou. Abusava de mim todos os dias e trazia outros homens para que tivessem relações sexuais comigo". Até ser resgatada, Davika passou meses trabalhando na casa-prostíbulo de Raj, que a obrigava a ter relações sexuais com mais de 20 homens por dia.
Sua história, com exceção das enormes distâncias culturais e geográficas, parece-se à de Tatyana, uma menina moldava de 18 anos que passou 26 meses como escrava sexual na Itália.
O erro de Tatyana (os nomes que Kara cita em seu livro não são autênticos) foi se apresentar ao anúncio publicado por um jornal de sua cidade natal, Chisinau (Moldávia), no qual se solicitavam jovens para trabalhar no serviço doméstico na Itália. "Assim que saí de casa, meus companheiros me violentaram e depois me mantiveram vários dias sem comer", relata no livro. Sua primeira parada foi na Sérvia, onde foi comprada por traficantes albaneses. Mais tarde, foi vendida novamente para a Albânia. Dali passou para a Grécia, onde os mafiosos que a acompanhavam colocaram-na em um barco rumo à Itália. "Ali, os albaneses a colocaram no porta-malas de seu carro", relata Kara em seu livro, "e a levaram diretamente para Milão, onde foi vendida ao proprietário de um clube noturno". Todas as noites, ela tinha que deitar com os clientes e satisfazê-los sexualmente. "Quando eu não queria beber, o proprietário injetava tranquilizantes para animais em mim".
A oferta de escravas sexuais na Itália é tão abundante que os preços do ato sexual reduziram-se pela metade. A clientela se multiplicou. Hoje em dia, constata Kara em seu livro, "frequentar prostíbulos está cada vez mais integrado na cultura italiana". Depois de serem exploradas nos bares de Roma, Turim, Mestre ou Milão, muitas dessas mulheres são enviadas para outros países da Europa onde seu calvário continua.
Clientes não lhes faltam. Segundo Kara, no mundo inteiro, entre 6% e 9% dos homens maiores de 18 anos compram sexo de escravas pelo menos uma vez por ano. Seja por entretenimento, por impulsos violentos ou por qualquer outro propósito, ele reconhece que não há canto do mundo onde os homens não recorrem aos prostíbulos. Os Estados Unidos, com leis proibicionistas muito restritas e implacavelmente aplicadas, é um dos lugares onde o comércio sexual parece ter menos êxito. Mas não deixa de ser uma exceção.
O que caracteriza os consumidores desse sexo barato? "Não sou a pessoa indicada para responder essa pergunta. É verdade que alguns homens o consomem sem maiores problemas de consciência. Há razões biológicas, sociais, não sei. Obviamente, sem homens dispostos a pagar por sexo, não existiria essa escravidão. Mas nem todos os homens são responsáveis por ela. Só uma pequena parte".
Entre os clientes de imundos salões de massagem, ou das prostitutas de rua, estão os imigrantes, que chegam, muitas vezes sozinhos, a um país desconhecidos e hostil. "A globalização foi um agravante enorme. O tráfico de seres humanos é uma das consequências mais horríveis do capitalismo global, que gerou enormes desigualdades econômicas. Porque se produz uma transferência clara de riqueza e de recursos das economias pobres para as ricas junto com outro fenômeno, o da falta de direitos humanos nos países em desenvolvimento".
O papel negativo da religião
E a religião? Tem algum papel nesse fenômeno? Kara, que viajou várias vezes para a Tailândia, outro país com maior oferta de escravas sexuais e prostitutas menores de idade, cita o budismo theravada, religião oficial, como uma das últimas razões do desprezo para com a mulher, considerada como uma reencarnação inferior ao homem.
Mas o hinduísmo também não é mais compassivo com as mulheres, nem os ritos africanos. As mulheres nigerianas pegas pelo tráfico muitas vezes aceitam condições de vida terríveis sem se queixar, por temor aos ritos Ju ju, aos quais estão submetidas. "Existe ainda uma opressão bastante generalizada das mulheres por parte dos homens. E a religião é um meio a mais para submetê-las. Não é culpa da religião em si, mas sim do uso que se faz dela", diz Kara.
O autor de "Tráfico sexual" acompanhou com interesse as leis liberalizadoras da prostituição em alguns países europeus, caso da Holanda. E não parece convencido de que sirvam para erradicar o tráfico de mulheres. "A legalização da prostituição é ruim porque é utilizada como uma tela, uma vitrine atrás da qual se desenvolve o mesmo comércio sexual com escravas nas condições mais terríveis".
Siddharth Kara relata em seu livro seus percursos pelos bairros mais degradados de Bangkok, onde abundam os prostíbulos imundos. Ali, encontram-se autênticas escravas, adolescentes que cobram apenas quatro euros pela hora de sexo, e onde a atmosfera é deprimente e sórdida a extremos inauditos. Também existem prostíbulos suntuosos para os turistas ricos e homens de negócios que chegam ao país em busca precisamente disso. Lugares de luxo para os ricos e barracos para os pobres. Sexo pago para todos. Até os escravos trazidos da Birmânia, de Laos e de Cambodja, para construir rodovias e edifícios de moradias, recebiam um salário minúsculo, "com o qual podiam se permitir o sexo com escravas", indica Kara.
Frente a esse panorama desolador, o autor propõe, mais do que soluções, novos enfoques para o problema. O primordial, em sua opinião, é tornar a vida de traficantes e exploradores muito mais difícil. Que as máfias não operem com a impunidade atual, que sofram perseguição e prisão. Que a colheita anual de escravas seja cada vez mais incerta e escassa. E uma maior conscientização dos clientes? Siddharth Kara considera isso menos factível. Enquanto a oferta exista, a demanda nunca irá decair.
[Fonte: Racismo Ambiental - 31/05/2010 / Enviado por Serviço de Prevenção ao Tráfico de Mulheres e Meninas].
* Jornalista El País
quinta-feira, 10 de junho de 2010
para refletir e agir
A CARNE
Compositor(es): Seu Jorge, Marcelo Yuca E Wilson Capellette
A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x
que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x
que fez e faz história
segurando esse país no braço
o cabra aqui não se sente revoltado
porque o revólver já está engatilhado
e o vingador é lento
mas muito bem intencionado
e esse país
vai deixando todo mundo preto
e o cabelo esticado
mas mesmo assim
ainda guardo o direito
de algum antepassado da cor
brigar sutilmente por respeito
brigar bravamente por respeito
brigar por jusitça e por respeito
de algum antepassado da cor
brigar, brigar, brigar
A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x
5x
que vai de graça pro presídio
e para debaixo de plástico
que vai de graça pro subemprego
e pros hospitais psiquiátricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x
que fez e faz história
segurando esse país no braço
o cabra aqui não se sente revoltado
porque o revólver já está engatilhado
e o vingador é lento
mas muito bem intencionado
e esse país
vai deixando todo mundo preto
e o cabelo esticado
mas mesmo assim
ainda guardo o direito
de algum antepassado da cor
brigar sutilmente por respeito
brigar bravamente por respeito
brigar por jusitça e por respeito
de algum antepassado da cor
brigar, brigar, brigar
A carne mais barata do mercado é a carne negra
5x
quarta-feira, 9 de junho de 2010
reflexão que encaixa na visão da educação ambiental. O que mudar?
NOVOS PAPÉIS NA EDUCAÇÃO DO FUTURO – LEIA ESTAS VISÕES PROPAGADAS PELO PROFESSOR MOACIR GADOTTI EM SEU LIVRO PEDAGOGIA DA TERRA, PUBLICADO PELA EDITORA PEIRÓPOLIS, 2000
1. Um novo professor – “Assim pensamos num novo professor , mediador do conhecimento , sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um orientador , um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido.”
2. Um Novo aluno – “ Na era do conhecimento deverá surgir também um novo aluno, sujeito de sua própria formação , autônomo, solidário e, sobretudo, curioso.”
3. Uma nova Escola - Podemos ainda falar numa nova escola , a escola cidadã, gestora do conhecimento, não lecionadora, com um projeto ecopedagógico, isto é, ético – político, uma escola inovadora, construtora de sentido e plugada no mundo.”
4. Um novo sistema de ensino – “ O surgimento desta escola, desse aluno e desse professor depende mito do surgimento de um novo sistema de ensino, único – na medida em que deve democratizar o conhecimento – e descentralizado – na medida em que deve permitir uma pluralidade de organizações e instituições.
Retirados do Livro PEDAGOGIA DA TERRA,p. 45- 48
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