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23.2.20

Informação a pedido

RTP3 reactiva um espaço de propaganda política, ao serviço da Oposição ao regime venezuelano. Agora que o golpe desmascarado de Guaidó está esquecido, é tempo de reapresentá-lo com uma versão invertida, apoiada em excertos de frases e imagens descontextualizadas.

O périplo do golpista Guaidó pela Europa e EE.UU. dá os frutos desejados pelos megafones televisivos. Que a Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas contradiga o panorama trágico difundido pela nossa "comunicação" social, leva a "jornalista" a mudar de táctica mas não de estratégia para repor a sua verdade: “A comunidade portuguesa está a ser prejudicada pelo conflito da Venezuela em relação à TAP” – puxa a “jornalista” no papel de activista, com todo o empenho.

Força, Carolina Freitas, se é para isso que te pagam...

13.1.20

As encenações de Guaidó

Juan Guaidó deixou de presidir à Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela no início desta semana. Recorde-se que foi nesta condição que há cerca de um ano se autoproclamou «presidente interino» (a partir de uma leitura abusiva da Constituição), cumprindo um plano traçado pela administração norte-americana para derrubar as autoridades legítimas do país.

Passado um ano, não só o plano claramente falhou como Guaidó perdeu o apoio de largos sectores da oposição venezuelana, que o acusam de corrupção. Foi precisamente por saber de antemão que não seria reeleito para presidente daquele órgão (dominado pela oposição, no seguimento das eleições de Dezembro de 2015) que protagonizou uma patética encenação, procurando fazer crer que estava a ser impedido de entrar na Assembleia, quando na verdade até o aguardavam no interior.

Como previsto, realizou-se no dia 5, a eleição da junta directiva da Assembleia Nacional no período 2020-2021, com a presença de 151 dos 167 deputados, superando claramente o quórum exigido, de 76.

Da junta directiva cessante, a quem cabia presidir à sessão, estava em falta apenas um: precisamente Juan Guaidó, que se encontrava do lado de fora. Foi daí que tentou fazer entrar pela força os deputados inabilitados pelo Supremo Tribunal de Justiça, que não participaram nas sessões durante todo o mandato e cuja presença nunca antes tinha sido exigida por Guaidó. Foram apenas estes – e não Guaidó – que estavam impedidos de entrar na Assembleia. O resto foi encenação.

Texto integralmente copiado de AVANTE

16.9.19

Venezuela na mira

A vaga de informação lançada há um ano sobre o êxodo em massa de venezuelanos, que estariam a fugir “da fome e da ditadura de Nicolás Maduro”, foi uma campanha de desestabilização organizada e inserida no processo de guerra híbrida comandada pelos Estados Unidos, confirmam agora dados divulgados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

(Estes dados) vêm comprovar a falsidade da campanha. As estatísticas oficiais, relativas a 31 de Dezembro de 2018, revelam a existência de 341 800 refugiados venezuelanos, muitos dos quais já regressaram ao país ao constatarem o logro em que caíram depois de terem sido aliciados por promessas que não se cumpriram.

Excerto de um artigo publicado em O Lado Oculto

21.6.19

A Justiça e as novas tecnologias

As escutas ilegais de comunicações que revelam a prática de crimes podem ser usadas como prova em tribunal?

Esta é uma questão nova, para a Justiça. De Assange a Snowden, de Rui Pinto a Sérgio Moro, a Justiça confronta-se com uma realidade nova para os seus juízos, trazida pelas novas tecnologias. Para já, são mais as dúvidas do que as certezas. Se a polémica tende a ser resolvida de forma diferente conforme o quadro jurídico de cada país, ela tende a ser manipulada, por outro lado,  em função dos interesses dos acusadores e dos acusados.

Os argumentos abrangem a questão da autenticidade das mensagens, da legitimidade do seu uso e da extensão dessa eventual legitimidade: para a defesa, para a acusação ou para ambas?

É neste contexto que ocorre a revelação de escutas telefónicas que comprometem o juiz brasileiro que mandou Lula da Silva para a prisão e fez, desse juiz, ministro de Jair Bolsonaro. Os juristas debatem formalmente o assunto à sua maneira. Os contentores políticos e seus apoiantes debatem à sua.

Entretanto rebenta mais um escândalo por via tecnológica na Venezuela:
a equipa de Juan Guaidó, auto denominado “presidente interino” é suspeita do desvio de recursos destinados a ajuda humanitária e do pagamento de hotéis de ex-militares desertores da Força Armada Nacional Bolivariana. 

O escândalo foi revelado em 15 de Junho pelo site espanhol PanAm Post e vem citado em “O Lado Oculto”




17.4.19

Liberdade de manipulação

"Libertem os recursos [da Venezuela] sequestrados na Europa. Peço ao Governo de Portugal que desbloqueie os 1,7 mil milhões de dólares [cerca de 1,5 mil milhões de euros] que nos roubaram, que nos tiraram. Com isso [os fundos retidos em Portugal] compraríamos todos os medicamentos (...) sobrariam medicamentos e alimentos na Venezuela. Eu faço um apelo ao Governo de Portugal: desbloqueie esses recursos. Porque nos tiram este dinheiro? É nosso"

São palavras de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

Qualquer semelhança entre este texto e o título que lhe dá a publicação   [VER]   é pura especulação jornalística - um certo conceito de liberdade de expressão...
 

14.3.19

Vale tudo contra a Venezuela

A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros tem em seu poder, há nove meses, cartas de observadores internacionais das últimas eleições presidenciais venezuelanas invalidando toda a argumentação de Bruxelas e de governos de Estados membros sobre a suposta falta de legitimidade da consulta popular.


As posições europeias contra o governo de Caracas “têm apenas motivações políticas, porque não podem ser suportadas por alegadas incorrecções eleitorais, que não existiram”, afirma-se no próprio departamento chefiado pela italiana Federica Mogherini.


Fonte: O LADO OCULTO

25.2.19

Guaidó nem temido nem amado

Agora que a montanha da oposição contra o regime venezuelano pariu “una rata”, Guaido e EUA dizem “equacionar todas as possibilidades” para retomar a ofensiva golpista.

Com esta retórica pretendem  fazer-nos pensar na possibilidade de uma intervenção militar, leia-se invasão estrangeira – é o argumento do terror. Mas não será irrealista pensar que  “todas as possibilidades” de que ele fala, inclui a redução destes golpistas à condição de Capriles Radonski, Júlio Borges e Leopoldo López que já anteriormente apostaram nos métodos violentos de oposição. 

Maquiavel perguntava se era preferível, para um governante, ser amado ou temido. Ora parece que na Venezuela o regime e a oposição, mesmo que considerada em conjunto, se equivalem em matéria de amor. Já em matéria de temor deveria a oposição avaliar melhor até onde pode ir.


Agora Juan Guaidó refugia-se no Grupo de Lima, as correntes mais reaccionárias da América do Sul acorrentadas, por sua vez, à direcção norte-americana. É um sinal mais de que não conta com apoio interno para as suas pretensões: nem militar nem popular. Dentro do país, portanto, Guaidó não é temido de todo nem amado o suficiente.  


24.2.19

A invasão dos porcos

La ayuda humanitaria es una trampa cazabobos, un show malo y fracasado – disse Maduro.


Da Ajuda Humanitária à Baía dos Porcos

Ao reflectir sobre esta operação de "Ajuda Humanitária" a gente não pode deixar de se lembrar da invasão da Baía dos Porcos (1)

Em Abril de 1961, um grupo paramilitar de cubanos exilados nos Estados Unidos da América (2) executa uma tentativa de invadir o sul de Cuba para derrubar o governo socialista e assassinar Fidel Castro.

Tal como acaba de acontecer com a tentativa de invasão da Venezuela para derrubar Nicolas Maduro, o golpe de 61 fracassou e as forças comandadas pelos EUA retiraram, então como agora, invadidas por uma tremenda humilhação.

Agora como então, o chefe do governo atacado bem pode declarar vitória sobre o imperialismo americano e cuspir na cara do presidente da Colômbia, do excitado presidente do Chile, Sebastián Piñera, e de muitos jornalistas de aquém-e-além-mar que continuarão a espumar de raiva disfarçada de indignação.

Mas se Guaido não vai aprender nada com esta experiência humilhante, devido à sua arrogância e às suas ambições pessoais, Nicolas Maduro pode e deve aproveitar para reavaliar o seu estilo de comunicação, os seus métodos de gestão política e sobretudo a sua estratégia económica.

(1) Conhecida em Cuba como La Batalla de Girón)
(2) Chamado Brigada de Assalto 2506

9.2.19

O Cavalo de Tróia na Venezuela

Estados Unidos da América e União Europeia, com uma suspeita autoridade moral, alertam contra o caracter desumano de Nicolas Maduro ao rejeitar a "ajuda humanitária" que querem fazer entrar na Venezuela e que é composta de alimentos, medicamentos (e armamentos).

E a gente lembra-se do "generoso" embargo contra Cuba por parte dos EUA, do "pacífico" episódio da Baía dos Porcos e até do lendário Cavalo de Tróia.

27.1.19

Negócios de jornais

Hoje, mais do que nunca talvez, os jornais são jornais de negócios. Mas o "Jornal de Negócios" por vezes exagera. É o caso da sua “notícia” segundo a qual “Maduro tentou retirar mil milhões em ouro do banco de Inglaterra"!

O jornal dos grandes negociantes mente e insulta despudoradamente.

Qualquer depositante retira os seus depósitos de um banco que deixa de dar garantias de solvência.

A operação era legítima e conveniente para e economia venezuelana e não para Maduro! Com a sua recusa em pagar, a Inglaterra está a roubar um depositante que confiou nela e que é um país soberano.

Depois, dizer que o regime venezuelano “levou uma nega”, é de uma baixeza que conspurca o jornalista e o jornal.

Lembra bem um articulista, em resistir.info, ao referir que «o ataque à Venezuela no plano financeiro segue o roteiro praticado na Ucrânia, onde em 2014 – após o golpe de estado do Maidan – os EUA roubaram secretamente 40 toneladas de ouro do Banco Central da Ucrânia».

6.8.17

O lado esquerdo da Venezuela (3)

Enquanto Álvaro Uribe governou a Colômbia à imagem de Hitler, o jornalismo europeu andava tão distraído... Mas agora que está de pé uma campanha despudorada contra o regime venezuelano, campanha com que o próprio Uribe está activamente solidário, claro, aqui del rei capitalista liberal que há um tirano potencial a governar a Venezuela.

Que se cuidem os agressores contra o governo da Venezuela: se a situação se extrema pode acontecer uma nova Cuba na região. Ofertas de apoio de países desalinhados, não faltarão.

Sei que é um processo polémico, mas não como a campanha desinformativa o pinta. Tem faltado o famigerado "contraditório" cuja lacuna modestamente venho contribuindo para superar. O que segue é um exemplo.

2.8.17

O lado esquerdo da Venezuela (2)


A histeria anti-socialista da informação dominante participa com todos os seus recursos políticos na batalha que se trava na Venezuela. Não por causa de Nicolás Maduro e da sua suposta ambição de poder, mas por causa da opção socialista do regime.

Num programa de televisão dos EUA o jornalista entrevista Leopoldo Lopez - um dos líderes venezuelanos… da oposição, claro. Este reivindica o caracter pacífico das manifestações “anti-Maduro”, etc., etc., do que a foto acima é esclarecedora!!! No final da entrevista, o jornalista deseja ao opositor venezuelano, “muita sorte” para a sua luta política!

A imprensa e a televisão espanhola, francesa, etc., por sua vez, não se cansam de dar voz, também elas, a L. Lopez e Henrique Capriles, estes dois fervorosos “democratas”. O que menos lhes interessa informar sobre a Venezuela são os argumentos do Presidente da República.

Para deitar alguma água na fogueira há quem escreva, fora destes domínios, coisas assim:

«…não há nenhuma revolta popular na Venezuela. Apesar da guerra económica, a grande maioria da população vai para as suas ocupações, trabalha, estuda, sobrevive. É por isso que a direita organiza as suas marchas com início nos bairros ricos. É por isso que recorre à violência, ao terrorismo e se localiza nos municípios de direita. Os bairros venezuelanos são em 90%, bairros populares. Compreende-se a enorme lacuna: os media transformam as ilhas sociológicas das camadas ricas (alguns % do território) em "Venezuela". E 2% da população em "população"…»

O texto integral pode ler-se AQUI em português e com muitas referências de fontes.
O texto original, de Thierry Deronne, encontra-se AQUI

Todos os autores são parciais, uns menos, outros mais. O que se pode esperar é que tragam outras luzes ao espaço sombrio da informação. E que as não desperdicemos, dominados por preconceitos.

1.7.17

O lado esquerdo da Venezuela

Enquanto a oposição "pacífica" ataca o regime bolivariano no campo de batalha da Venezuela, à pedrada, aos tiros, à granada, e os seus ecos europeus - orgãos de informação - calam o discurso oficial e ampliam a gritaria dos "respeitáveis" opositores Capriles e Leopoldo Lopez, ainda há quem se interrogue sobre o que está em causa.

(Pressionar na imagem para ampliar)




31.5.17

Cerco e asfixia da Venezuela

Não há nenhuma revolta popular na Venezuela. Apesar da guerra económica, a grande maioria da população vai para as suas ocupações, trabalha, estuda, sobrevive. É por isso que a direita organiza as suas marchas com início nos bairros ricos. É por isso que recorre à violência, ao terrorismo e se localiza nos municípios de direita. Os bairros venezuelanos são em 90%, bairros populares. Compreende-se a enorme lacuna: os media transformam as ilhas sociológicas das camadas ricas (pequena percentagem do território) em "a Venezuela". E 2% da população em "a população".

A ex-presidente argentina Cristina Fernandez, depois de Evo Morales, denunciou: "a violência é utilizada na Venezuela como metodologia para alcançar o poder e derrubar um governo" . Do Equador, o ex-presidente Rafael Correa recordou que "a Venezuela é uma democracia. É através do diálogo, com eleições, que devem ser resolvidas as diferenças. Muitos casos de violência vêm claramente dos partidos da oposição . Esta também é a posição do Caricom, que inclui os países do Caribe . 

O papa Francisco teve que incitar os bispos da Venezuela que, como no Chile em 1973, arrastavam os pés face ao diálogo nacional proposto pelo Presidente Maduro. Este lançou o processo participativo para a Assembleia Constituinte, e confirmou a eleição presidencial legalmente prevista para 2018. 

Isto é um excerto de uma análise alternativa à opinião corrente nos meios de informação europeus. O artigo completo de Thierry Deronne está publicado em português em resistir.info 

Para além da estratégia de cerco e asfixia da Venezuela, depois de Cuba e na sequência da destituição de Dilma Roussef no Brasil, reconheço o carácter polémico do artigo acima transcrito, mas não duvido de que «qualquer manifestante que mata, destrói, agride, tortura, sabota sabe que será santificado pelos media internacionais. Estes tornaram-se um incentivo para prosseguir o terrorismo. Todos os mortos, todas as sabotagens económicas serão atribuídas ao "regime"».

8.5.16

"A Arte da Guerra" na Venezuela

Sun Tzu, se existiu realmente, foi um estratega chinês que viveu e morreu antes de Jesus Cristo – o que interessa pouco para aquilo a que venho.

O que pode interessar são as suas teorias sobre A Arte da Guerra, nomeadamente aquela que diz – passe a tradução - que “A estratégia principal das operações militares é desprover o inimigo de alimentos o mais possível”.

Os Estados Unidos da América aplicaram este princípio a Cuba, desde 1962, com o famoso “bloqueo”, isto é, o embargo económico, comercial e financeiro. Mas agora os EUA estão a mudar de estratégia nas relações com o país dos Castros, tentando afrouxar a solidariedade entre este e a terra de Bolívar, dado o papel preponderante da Venezuela no rumo progressista que a América Latina vinha prosseguindo nos últimos anos.

Perdeu actualidade a teoria de Sun Tzu? Não. A questão é que a guerra se desloca no terreno. Agora a privação de alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais é desencadeada na pátria de Chavez – o novo fantasma socialista da região.

Se não há diminuição significativa da produção e da importação de bens, como se explica que eles escasseiem na distribuição?

Se o país não tem produtos, como é que estes aparecem no “mercado negro”?

Que papel desempenham nesta situação, uma dúzia de empresas privadas que concentram a produção e distribuição dos produtos básicos? O que se pode esperar quando uma única destas empresas conta com 62% da produção de farinha, por exemplo?

Sem prejuízo da discussão sobre a competência política e económica do governo venezuelano, é caso para perguntar se o problema da Venezuela é socialismo a mais… ou a menos! Mas Sun Tzu já não está cá para nos responder.

30.4.16

América Latina ameaçada

O processo democratizador progressista que viveu nos últimos anos a América Latina, lá onde confluiram regimes populares por via eleitoral, tornou-se insuportável para os sócios da NATO residentes nos Estados Unidos da América e na União Europeia.

O entendimento dos países da região sobre o direito à própria soberania, sobre o direito autónomo dos povos a decidirem dos seus próprios destinos, era demasiado democrático para os seus interesses.

O crescimento de uma corrente progressista particularmente dinamizada por Hugo Chavez, da Venezuela, e em que participavam Rafael Correa, do Equador, Evo Morales, da Bolívia, Pepe Mujica, do Uruguai, Cristina Kirchner, da Venezuela Raul Castro, de Cuba, ou Lula da Silva, do Brasil, era demasiado assustador para as ambições hegemónicas das potencias ocidentais dominantes e seus aliados submissos.

É por isso, além de mais, que a coligação imperial manda Obama dar o beijo de Judas a Raul Castro, alimenta a desestabilização política e económica na Venezuela, envenena o ambiente na Argentina, e conspira contra Dilma. Não distingue entre regimes democráticos e regimes autoritários mas sim entre regimes submissos, os bons, e regimes soberanos, os maus.

É neste contexto que ocorre a crise na Venezuela de Nicolás Maduro. Uma crise que nasce da guerra económica – armazenamento e desvio clandestino de produtos para desabastecimento do mercado –, sabotagens, contestação violenta (guarimbas), acusações caluniosas e desqualificação dos governantes.

Na Venezuela como no Brasil, o que menos lhes importa é quem ganha as eleições e quais os benefícios sociais distribuídos pela população; o que interessa é que o regime seja servil às conveniências estratégicas, económicas e ideológicas das potências coloniais do novo mundo – este! Nem que seja preciso reeditar um Pinochet, criados os pretextos e recuperadas que vão sendo as condições para isso.

Entretanto, a terra continua a girar, fazendo andar os dias e os anos que estão cada vez menos de feição para aventuras imperialistas. Assim o sol ilumine os povos.

30.8.15

Crise de informação

Já não é só esconder as figuras progressistas e os seus discursos, é subverter os seus argumentos e promover as figuras e os discursos dos ditadores e genocidas. É assim com as notícias sobre a Ucrânia ou sobre a Venezuela, para falar de dois regimes opostos.

«Ao longo das últimas horas, pelo menos sete soldados ucranianos foram mortos e 13 ficaram feridos em confrontos com os separatistas pró-russos, no leste da Ucrânia». É assim que a Euronews lançava ontem a notícia.

Sobre um confronto entre forças armadas ucranianas e activistas pró-russos, fala-se do número de vítimas das primeiras mas omite-se facciosamente o número de vítimas dos segundos! De resto, valoriza-se sempre a pessoa e as palavras de Poroshenko, como se este não tivesse chegado ao poder na sequência de um golpe de estado que depôs o anterior presidente eleito.

A Euronews é um paradigma. De algum modo se poderia dizer que é a Telesur ao contrário. Mas não se equiparam duas “centrais de informação” facciosas, quando a primeira obedece a padrões neo-liberais e a segunda protege valores socialistas, quando a primeira promove os lucros dos privilegiados, e a segunda promove a justiça social e os interesses populares.


A Euronews e as suas discípulas nacionais substituem descaradamente a legitimidade eleitoral de um país, pela "legitimidade" editorial das suas direcções ideológicas.


A Venezuela é outro caso paradigmático. Pouco importa se Hugo Chavez, antes, e Nicolás Maduro, actualmente, foram eleitos por maiorias expressivas em eleições incontestavelmente democráticas.

Para combater os dirigentes progressistas, a contra-informação ao serviço da Direita, dá notícia da falta de produtos à venda nas lojas venezuelanas, omitindo que isso se deve ao boicote económico promovido pela ultra-direita do país e concretizada por traficantes desses produtos com destino à Colômbia.


Com efeito, os contrabandistas desviam esses produtos para o país vizinho onde os vendem muito mais caro, beneficiando dos baixos preços que o governo da Venezuela pratica a favor da população. Beneficiam os contrabandistas, a Oposição venezuelana… e a má-língua euro-liberal.


De tudo isto, o que vemos na informação europeia é que «falta quase tudo na Venezuela»! Uma espécie de slogan que já se lê há vários anos, nomeadamente na nossa imprensa.

O que não vemos é a notícia de que «Los comerciantes de Cúcuta, al noreste de Colombia, afirmaron este martes que el 80 por ciento de los alimentos y productos que venden llegan desde Venezuela a través del contrabando»

O que não vemos, também, é a notícia de que «Los presidentes de Venezuela y Colombia, Nicolás Maduro y Juan Manuel Santos, respectivamente, llamaron a consultas a los embajadores de sus países en el marco del cierre de la frontera y el estado de excepción para acabar con el paramilitarismo y el contrabando de extracción». 

Em vez disto, a Informação dominante na Europa apregoa: "Agrava-se a crise entre a Colômbia e a Venezuela".

Em contrapartida, Álvaro Uribe, promotor de raptos e massacres enquanto presidente anterior da Colômbia, é agora mostrado e feito ouvir nas televisões de Portugal, no prosseguimento da sua veia conspirativa contra a Venezuela.

E se falássemos da Síria? Teríamos de perguntar quem e quando se ouviu o presidente Assad expor os seus argumentos, lá onde crescem contra si os mesmos movimentos terroristas que atacam na Europa e na América. Disto falaremos num próximo artigo.

17.1.15

Não digam a ninguém (2)

Ele anda aí, e é dos que "comem criancinhas". Chiu!

2.4.14

América latina na mira dos EUA (3)

O papel dos meios de informação
ao serviço da ingerência norte-americana


Para comparar com as notícias que correm por cá
acerca da Venezuela!


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