terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Punição de golpistas é obrigação histórica

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Num país onde golpes de Estado e quarteladas constituem uma permanente ameaça ao regime republicano, a prisão do general Braga Netto representa um passo importante para a preservação da Constituição e do regime democrático. Mas isso não basta.

É preciso julgar e condenar, com os rigores da lei, os crimes cometidos contra a democracia.

Com uma história de frequentes ataques à República, que produziram traumas de longa duração e fraquezas crônicas, a quartelada lembra que o golpismo militar tornou-se uma doença permanente, ainda que oculta, muitas vezes.

BC ergue barreira contra o desenvolvimento

Editorial do site Vermelho:

Anunciada na quarta-feira (11), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual (p.p.) – um salto de 11,25% para 12,25% ao ano – é errada e danosa ao País. Cada ponto da Selic aumenta em R$ 40 bilhões os gastos da União com os títulos da dívida, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Uma pesquisa do Valor Pro com 117 instituições financeiras apontou, antes da decisão, que apenas 24 esperavam um aumento de 1 ponto percentual, 89 anteviam alta de 0,75 p.p., enquanto quatro projetavam um crescimento de 0,5 p.p. O Copom foi, portanto, mais realista que o rei – no caso, o pretenso soberano mercado financeiro.

O teste de sobrevivência de Braga Netto

Por Moisés Mendes, em seu blog:

O general Braga Netto não conta com uma só defesa incisiva, categórica e incondicional que o console na condição de golpista encarcerado. Todas as figuras públicas que o defendem fazem volteios para dizer que ele deveria estar em liberdade.

Há manifestações protocolares, noticiadas sem destaque por não terem nem o componente de uma certa indignação. São defesas sem vitalidade, como as que partiram de Bolsonaro e de Hamilton Mourão.

Todos seguem a mesma linha de que é uma prisão injusta, o que não diz nada. E alguns até admitem, como Mourão, que um grupo de generais pode ter sonhado com o golpe, mas apenas como delírio, e esse pessoal todo era da reserva.

O elo de ruralistas com Braga Netto

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O áudio de 20 de novembro de 2022 transmitido pelo ministro do TCU João Augusto Nardes para o “pessoal do agronegócio” é uma chave indispensável para se elucidar o papel dos ruralistas no financiamento do empreendimento golpista; e, também, para esclarecer o envolvimento direto dele, ministro Nardes, na conspiração [escutar o áudio].

No inquérito que indiciou a organização criminosa integrada por Bolsonaro e altos oficiais do Exército, a Polícia Federal descreveu em detalhes a cronologia dos preparativos da tentativa de golpe.

Esta cronologia tem importância capital, e deixa claro que quando transmitiu o áudio, Nardes demonstrava algum conhecimento sobre as articulações e iniciativas ocorridas antes daquele 20 de novembro de 2022, quando enviou o relato para seu “amigo Sartori” e o “time do agro”.

Síria e Líbano sob ataque de Israel

O mundo caminha para uma guerra total?

Cem imagens de um golpista

Para outra democracia, outro jornalismo

domingo, 15 de dezembro de 2024

Caroline de Toni impõe regressões na CCJ

Dilemas e paradoxos da politica econômica

Lavajatistas 'tinham cérebro de minhoca'

Livro revela mãos sujas de sangue da Folha

Choque dos juros emperra a economia

Direita mente para aprovar castração química

Lula e Haddad venceriam com folga em 2026

Uma aula de democracia contra o golpismo

sábado, 14 de dezembro de 2024

General é condenado por propina de R$ 290 mil

Ilustração: Yandex Zen
Por Altamiro Borges


Militares graúdos voltaram à berlinda nos últimos dias – e não apenas por sua ação golpista, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e outros 25 oficiais ou na prisão de cinco terroristas que elaboraram um plano macabro para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Eles também ganharam os holofotes por chiarem contra a retirada de privilégios absurdos, os tais penduricalhos, no pacote do ajuste fiscal; e, nesta semana, por graves denúncias de corrupção.

Nesta terça-feira (10), o Superior Tribunal Militar (STM) condenou o general-de-brigada Márcio Andrade de Oliveira por corrupção passiva. Ele teria recebido R$ 290 mil de uma fornecedora de materiais hospitalares. Chefe da Clínica de Hemodinâmica do Hospital Central do Exército (HCE), ele solicitou a compra de 13 stents coronários e outros equipamentos da empresa Hospicath Comércio, que pagou a propina em várias parcelas.

Deputado pedófilo sofrerá castração química?

Por Altamiro Borges


Nesta quinta-feira (12), o Partido Liberal (PL), sigla de aluguel do fascista Jair Bolsonaro, festejou a aprovação do projeto de lei que determina a castração química de pessoas condenadas pelo crime de pedofilia. A comemoração, porém, não durou muito tempo e teve forte odor de hipocrisia. No mesmo dia, uma importante referência da legenda, o deputado Alcides Ribeiro, de Goiás, passou a figurar como suspeito de manter relações sexuais com um menor de idade.

O parlamentar bolsonarista, também conhecido como “Professor Alcides”, foi denunciando pela mãe do jovem, que hoje tem 16 anos. Segundo depoimento à Polícia Civil de Goiás, o adolescente foi alvo de abusos sexuais nos últimos três anos. Pelo crime de estupro de vulnerável, o deputado pode pegar 15 anos de prisão. Para tentar abafar o escândalo, o bolsonarista ainda teria acionado seus assessores para intimidar a família da vítima.

Empresário do União Brasil é preso pela PF

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges


A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (10) o empresário Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo”, acusado de chefiar um esquema bilionário de corrupção e desvio de recursos públicos. A mídia falsamente moralista divulgou a prisão, mas não deu destaque para um fato importante. O corrupto integra a direção nacional do União Brasil e tem fortes ligações com chefões do partido, como o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e o presidente da sigla, Antônio de Rueda.

Segundo denúncia dos jornalistas Aguirre Talento e Natália Portinari no site UOL, Marcos Moura “se filiou ao partido em fevereiro de 2023 e ingressou nas instâncias de comando em junho deste ano, conforme registros da Justiça Eleitoral. Isso significa que o empresário tem direito de voto para definir as estratégias políticas do partido, alocação de recursos, medidas judiciais e código de ética”. O União Brasil tem hoje a terceira maior bancada da Câmara Federal, com 59 deputados.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A derrota de Ratinho Jr. no Paraná

Foto: APP-Sindicato
Por Pedro Carrano

Forças populares avaliam como uma vitória da educação pública a derrota parcial do projeto privatista da Educação de Ratinho Jr.

O resultado da “consulta” oficial, entre aspas, às comunidades escolares no Paraná, de acordo com a APP-Sindicato, de 177 escolas onde ocorreram as votações, em apenas 11 (6,2%) houve aceitação da proposta do governo.

Nas demais, houve o velho tratoraço do governo e da Secretaria de Estado da Educação (Seed) impondo em 93 escolas estaduais a privatização com a justificativa da falta de quórum – e ainda cabe disputa política e jurídica nesse certame.

Acordo Mercosul-UE – um post mortem

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Meus amigos, os brasileiros que procuram defender o Brasil têm vida quase sempre difícil. Alcançamos, em geral, pouco ou nenhum sucesso e raramente temos algo a comemorar. Uma razão é a tenebrosa “quinta coluna”. Não sei se o leitor conhece a origem dessa expressão. Durante a Guerra Civil Espanhola, os republicanos diziam que pior do que as quatro colunas do General Franco, que marchavam sobre Madrid, era a quinta coluna franquista que operava dentro da capital. Pois bem, a nossa quinta coluna faz sombra à madrilenha. É um numeroso exército de oportunistas e vassalos de interesses estrangeiros. Dou meu testemunho: ao longo da vida inteira, passei grande parte do tempo lutando contra esses quinta-colunistas.

Golpes e contragolpes: a história presente

Charge: Nando Motta
Por Roberto Amaral

O golpe de Estado que está na origem das reflexões dos historiadores é o de César (49 a.C), detonando a república romana. Mas, por certo, o evento que mais registro mereceria da ciência moderna é o de Luís Bonaparte que, ao dissolver a Assembleia Nacional, proclamou o segundo império francês e se fez imperador (1852). Golpe de Estado ainda vivo e estudado como modelo e espécie, graças ao texto clássico de Karl Marx.

Ambos os eventos, nada obstante a distância histórica, indicam um denominador comum que chega à contemporaneidade: o golpe de Estado se desenvolve, necessariamente, na intimidade do poder, e é quase sempre operado pelo Príncipe, ou em seu proveito. E, como ilustra a rica contribuição da tragédia política brasileira, seja para eclodir ou efetivar-se, o bom êxito do golpe de Estado carecerá ora do apoio ativo, ora da sanção das forças armadas, como sancionado foi entre nós o golpe parlamentar de 2016, pai e mãe do que viveríamos até pelo menos janeiro de 2023 – desta feita, porém, com a intervenção direta do castro.

Quem indicou Galípolo pra presidência do BC?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Se for uma estratégia, é de difícil entendimento para o comum dos mortais. Indicado pelo governo para a presidência do Banco Central no auge das críticas que o presidente Lula fazia à gestão de Roberto Campos Neto, Gabriel Galípolo trazia a esperança de novos ventos na condução da política monetária do país.

Até agora, porém, tanto seus votos no Copom (duas altas seguidas dos juros depois de ter seu nome confirmado em sabatina do Senado) como suas declarações públicas sugerem que não há praticamente diferenças entre o atual presidente do BC, a alguns dias de terminar o mandato, e o que logo assumirá o cargo.

Rentismo abutre deseja piora da saúde do Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O rentismo abutre não só especula doidamente com o estado de saúde do presidente Lula, como torce pela piora da sua condição clínica.

Presumivelmente, a se considerar o sentimento íntimo do mercado reportado pelo noticiário, o rentismo deseja – ou espera – até mesmo a morte do Lula ou seu impedimento definitivo por alguma sequela neurológica.

A coluna Painel S.A. da Folha de São Paulo menciona [12/12] que “banqueiros, estrategistas e gestores afirmam que a alta da Bolsa e a queda do dólar refletem a expectativa de que a política fiscal avançará com o vice-presidente Geraldo Alckmin no comando”.

O Painel S.A. cita que “dois banqueiros, ouvidos sob anonimato, disseram que a fragilidade da saúde de Lula leva o mercado a apostar que ele não terá condições de sair em campanha, dando margem a um governo pró-mercado. Nas mesas de operação, a conversa é aberta”.

A proteção ao defensor dos direitos humanos

Corte de gastos x direitos dos trabalhadores

A última tacada de Campos Neto no BC

Show de horrores dos deputados bolsonaristas

Rapina do mercado: dólar cai e bolsa dispara

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Caroline de Toni impõe regressões na CCJ

Por Altamiro Borges


A hidrófoba bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) segue aprontando das suas na presidência da estratégica Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara Federal. No momento em que seu “mito” Jair Bolsonaro está prestes a ir para a cadeia, ela faz de tudo para desviar a atenção com suas pautas ultradireitistas. Essa tática diversionista resulta em votações grotescas.

Nesta quarta-feira (11), a CCJ aprovou um projeto de Lei que permite o uso de força própria sem ordem judicial para retirar ocupantes de terras usurpadas por agrotrogloditas. A proposição altera o Código Civil, o Código de Processo Civil e o Código Penal para endurecer a repressão contra os que lutam pela reforma agrária. Na prática, o projeto legaliza a ação criminosa dos jagunços no campo.

O drama de Lula e os ataques a Janja

Tarcísio, Derrite e as chacinas cotidianas

Senado aprova lei da Inteligência Artificial

Justiça torna Caiado inelegível em Goiás

Quaest: 52% aprovam o governo Lula

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Senado aprova lei da Inteligência Artificial

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges


Após intensas discussões e forte pressão lobista, o Senado aprovou nesta terça-feira (10) a lei que fixa as regras para o uso da inteligência artificial no Brasil. A regulação da IA era uma demanda de vários setores da sociedade preocupados com os riscos destas novas tecnologias sob controle de poderosas corporações estrangeiras. A batalha, porém, não terminou. O projeto agora retornará à Câmara dos Deputados, onde seguirá a briga para impor limites às famosas big techs.

Uma tragédia de grandes proporções na Síria

Charge: Osama Hajjaj
Por Cesar Benjamin

Qualquer tentativa de analisar a situação mundial, prevendo desdobramentos, é temerária, dada a crescente complexidade que se criou. A mesma afirmação serve, em escala muito ampliada, para a região do Oriente Médio. A quantidade de atores e de interesses, internos e externos, estatais e não estatais, é imensa, e o número de combinações possíveis entre eles é típico de um sistema caótico.

Neste momento, está em curso mais uma tragédia de grandes proporções. Estados Unidos, Israel e Turquia reorganizaram as gangues jihadistas e as lançaram novamente contra a Síria, a pátria de um islamismo moderado e tolerante, que até aqui protegeu grandes minorias cristãs e seus locais de aglomeração e de culto, de valor histórico inestimável.

Barão de Itararé encerra 2024 com festa

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:



A tradicional e etílica festa de fim de ano do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé tem data marcada. No dia 14 de dezembro, a entidade fecha seu calendário de lutas em 2024 com uma tarde repleta de comida, diversão e arte no Armazém do Campo (Alameda Nothmann, 806), em São Paulo.

O encontro das mídias alternativas, movimentos sociais, juventude e academia em luta pela democratização da comunicação contará com apresentação do grupo de rap Fantasmas Vermelhos, que vem da Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, para ditar o ritmo da festa com beats pesados e rimas politizadas!

Não ao pacote das maldades!

Foto: Diogo Zacarias/MF
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O enredo já é bastante conhecido de todos nós. O governo apresenta um conjunto de medidas que afeta negativamente as condições de vida da grande maioria de nossa população. E o Palácio do Planalto monta uma tremenda operação abafa para conseguir sua aprovação no interior do legislativo. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, não estamos falando do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), de Michel Temer ou de Jair Bolsonaro. A referência aqui lembra mais o período em que Antonio Palocci ocupou a Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula (2003 a 2005), assim como o tempo em que Joaquim Levy atuou como chefe da pasta no segundo mandato de Dilma (2015).

Mídia abafa harmonização facial de Nunes

Bolsonaro surta ao ser chamado de inelegível

Quanto o Brasil perder com renúncias fiscais

Estamos preparados para um Brasil sem Lula?

Forças Armadas precisam isolar golpistas

Lula operado atiça ódio nas redes digitais

Quadrilha bolsonarista é presa com bilhões

Militares chiam diante do ajuste fiscal

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Aqueles que querem ver o sangue correr

Charge: Miguel Paiva/247
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Um senador ou um deputado pode impunemente louvar a morte? Pode exaltar assassinos e tripudiar sobre as vítimas? Na teoria, não. Na prática, sim. Na letra fria da lei, não. Na complacência do Congresso e dos congressistas, certamente sim.

É o que se confirma na Câmara dos Deputados de Arthur Lira e no Senado de Rodrigo Pacheco. Prova disso estamos tendo agora, quando a máquina de matar instalada na Polícia Militar paulista executa uma pessoa a cada dez horas, produção cadavérica que dobra aquela de 2022.

Alguns congressistas, entre eles um senador, aplaudiram a carnificina patrocinada pela PM do capitão Guilherme Derrite e do seu chefe Tarcísio de Freitas, os donos do açougue que abate e oferece, sobretudo, carne preta.

Desafios do movimento pela reforma agrária

Foto: MST
Por João Pedro Stédile, no site A terra é redonda:

No MST nós temos uma prática social de resolvermos tudo de maneira coletiva e mesmo que eu tenha uma cara mais conhecida na sociedade brasileira, sempre procuro expressar a opinião do nosso coletivo. Quando o MST nasceu e foi construído coletivamente há 40 anos atrás e o nosso ideal era a luta pela reforma agrária que se baseia naquela visão zapatista da Revolução mexicana: “tierra es para quien la trabaja”, que foi adotada em toda a América Latina pela luta dos movimentos camponeses, isso levava uma concepção campesinos da luta pela terra, ou seja se lutava de forma massiva mas a essência era resolver os problemas das famílias camponesas e agora nós estamos numa nova etapa do capitalismo internacional.

Mídia e mercado juntam-se em prol dos ricos

Charge: Cazo
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Quase nove milhões de pessoas deixaram a pobreza no Brasil no ano passado.

Pela primeira vez, desde 2012, a parcela dos extremamente pobres ficou abaixo dos 5% da população.

O PIB no terceiro semestre de 2024 cresceu 0,9%, apontando para uma alta que deve superar os 3% pelo segundo ano consecutivo.

O acordo de livre comércio entre os países do Mercosul com a União Europeia, emperrado há mais de duas décadas, finalmente foi assinado.

O Brasil deve ser o principal beneficiado com esse acordo, com um avanço de 0,46% no PIB até 2040.

Movimento social exige prisão de Bolsonaro

Como os algoritmos destroem o espaço público

O gabinete explosivo do general Pazuello

Só agora mídia mostra os podres de Nunes

Qual o futuro da Síria após a queda de Assad?

MBL engana pessoas para criar seu partido

Emendas parlamentares golpeiam a democracia

Movimentos sociais exigem prisão de Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Nesta terça-feira (10), em todos as capitais e em várias cidades do Brasil, os movimentos sociais irão às ruas para exigir a prisão de Jair Bolsonaro e de seus milicianos, fardados e civis, que planejaram um golpe sanguinário no país – inclusive com os assassinatos do presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A mobilização nacional foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pela Coalizão Negra por Direitos, que reúnem o grosso dos movimentos sociais brasileiros. “Sem anistia! Prisão para todos os golpistas!” é o mote do protesto, que exigirá o arquivamento do projeto de lei (PL) da Anistia e a punição de todos os fascistas que conspiraram contra a democracia. Os manifestantes também exigirão o fim da escala 6X1, a taxação dos mais ricos e a rejeição da PEC do Estuprador.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Só há espaço para o ultraliberalismo nas TVs

Armandinho, Alexandre Beck

Por Bepe Damasco, em seu blog:


A radiodifusão é uma concessão pública, já que as ondas eletromagnéticas pertencem ao Estado, ao povo brasileiro. Então, a família Marinho não é dona do canal aberto da Globo, nem da Globonews e tampouco da rádio CBN, mas sim concessionária.

Em um país diverso como o nosso, seja do ponto de vista social, regional, econômico, político, cultural ou racial, as concessões de rádio e TV teriam que abrir espaços para as representações das partes que formam o complexo mosaico da sociedade brasileira.

Mas não é nada disso que acontece. Ao contrário, via de regra os veículos de comunicação oligopolizados usam a concessão do Estado para emplacar sua ideologia ultraliberal, sua visão de mundo excludente e elitista.

O extremista que decidiu ser moderado

Charge: Geuvar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Não será fácil a vida dos extremistas moderados ou de centro ou apenas cordiais. Precisam manter a base bolsonarista, mas sem saber direito como calibrar seus extremismos. É um exorcismo de alto risco.

O exemplar mais vistoso e atormentando do momento, assim vendido pela grande imprensa, é Tarcísio de Freitas. Um burocrata que não passou pelos estágios iniciais da política e sentou-se logo na janelinha do Estado mais poderoso do país.

Para vislumbrar alguma coisa maior mais adiante, terá de lidar com as emergências. O bolsonarismo cobra fidelidade, mas pode devorá-lo. E as falas e práticas bolsonaristas que o identificam podem, pelo excesso, inviabilizá-lo como nome para 2026.

Economia fortalece o campo progressista

Inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas
do Rio Pardo/MS. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Editorial do site Vermelho:


O crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024 e a redução da pobreza são indicadores de que o Brasil vem superando a herança mais do que maldita do governo Bolsonaro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 8,7 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza no país entre 2022 e 2023. São 59 milhões de brasileiros nessa condição. No mesmo período, 3,1 milhões deixaram a extrema pobreza, situação que ainda afeta 9,5 milhões.

Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, com análises sobre as condições de vida da população brasileira, em 2023 o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo IBGE.

Queda de Assad pode produzir banho de sangue

Charge: Latuff/MintPress News
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Como sempre, a mídia ocidental comemora, como se grande avanço fosse, a queda de mais uma “ditadura” do Oriente Médio. A de Assad, na Síria.

Foi assim no Iraque, no Afeganistão, na Líbia etc. Obviamente, “ditaduras” que não eram alinhadas aos interesses dos EUA e do Ocidente. Em todos esses casos, centenas de milhares de pessoas morreram e os países foram destruídos. Tudo, é claro, em nome da democracia e dos direitos humanos.

Já as ditaduras aliadas da região, como a da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Kuwait etc. continuam protegidas e prestigiadas. Isso também vale, é claro, para o governo genocida de Netanyahu.

Como sempre, as análises sobre o tema na mídia brasileira e ocidental são, em geral, superficiais e baseadas numa visão maniqueísta, moralista, simplória, desinformada e francamente estúpida sobre a dinâmica dos conflitos do Oriente Médio.

Desafios no PT, pacote fiscal e comunicação

Agora, vai! Governo vai mudar comunicação

Militares e golpismo, uma visão histórica

O uso do dinheiro público para trair o Brasil

As armadilhas do ajuste fiscal de Haddad

Os cuidados diante do acordo Mercosul-UE

República das milícias: fé e fuzil

A luta pelo fim da escala 6x1 no trabalho

STF e a responsabilização das big techs

Os assalariados rurais e a escala 6x1

domingo, 8 de dezembro de 2024

Rumos para o quartel atordoado

Charge: Miguel Paiva/247
Por Manuel Domingos Neto

Como o general arranjou o dinheiro entregue aos facínoras que abateriam autoridades?

O rol dos delatores premiados deve crescer. Mais denúncias corrosivas surgirão. Caixas pretas podem ser abertas. O sensacionalismo dos jornais manterá a prolongada tritura da imagem do militar. O festival de ambições mesquinhas, rivalidades deletérias, rixas pessoais, expedientes sórdidos e infindáveis procedimentos à margem da lei não tem prazo para terminar.

A ignomínia dos que pretendiam incendiar o país e assumir o poder de costas para a Lei nutrirá cotidianamente a fereza do brasileiro mediano.

O mal-estar democrático, hoje

Operários, 1933, Tarsila do Amaral
Por Roberto Amaral


“Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo.” – Darcy Ribeiro, O povo brasileiro.

A precipitação de muitos nas celebrações à “vitória das instituições” sobre os atentados do terrorismo que nos assola levou-os a deixar de lado o mínimo de reflexão sobre a tragédia do homem-bomba que, num simbolismo do qual por certo não guardou consciência, se imolou aos pés da estátua da Justiça que vigia a entrada do STF, aquele poder que, hoje, por um capricho histórico, ocupa o espaço que nas democracias é representado ora pela vigilância do Congresso (aqui, porém, comprometido com a direita e o neofascismo), ora pelo Executivo, hoje mais preocupado com o mantra do “ajuste fiscal” – que o governo originalmente comprometido com o desenvolvimento e o combate às desigualdades assimilou por não ter forças, políticas e ideológicas, para enfrentar a pressão desencadeada pelo financismo predador da produção e do desenvolvimento social.

Ganhar as mentes para impor seu domínio

Ilustração do site CubaInformación
Por Jair de Souza

Muito se fala de como os países imperialistas recorrem a seu imenso poderio militar para fazer valer seus desígnios sobre os países de menor potencial bélico. De igual maneira, sabemos que o imperialismo também se impõe através de seu avassalador controle dos mecanismos econômicos vigentes no mundo.

No entanto, além disso, a hegemonia imperialista se utiliza de outras ferramentas de subjugação que, à primeira vista, são muito mais difíceis de detectar. Porém, na verdade, é preciso ter consciência de que nenhum processo que mantém umas nações submetidas a outras pode se estender ao longo do tempo com base tão somente em sua superioridade militar e econômica.

Participação nos lucros e resultados

Chargedo site: Contraf-Cut
Por João Guilherme Vargas Netto

Em uma reunião nacional da Força Sindical o companheiro Marcio, presidente do sindicato dos borracheiros de São Paulo, fez uma exposição detalhada e abrangente da evolução das lutas e conquistas no pagamento da participação nos lucros e resultados (PLRs) aos trabalhadores e propôs a realização de um balanço de tal evolução.

Destacou que a participação nos lucros das empresas era prevista desde a Constituição de 1946, passando pela Constituição da ditadura militar e pela Constituição de 1988, mas sua regulamentação apenas se deu na virada do século, precedida por sua obtenção em inúmeras categorias (em destaque os bancários) e intensificada a partir de 2004.

Pacote de Haddad sob pressão do mercado

A regulação da Inteligência Artificial

A reforma milionário na casa de Bolsonaro

Tarcísio recua após “Tô nem aí” e matanças

Venezuela lidera evento antifascista mundial

Folha destaca "Volte, Jair"

domingo, 1 de dezembro de 2024

Yamandú Orsi é eleito presidente no Uruguai

Desafios e perspectivas do campo popular

A Inteligência Artificial deve ser regulada?

Escala 6x1: Quem ganha com a mudança?

Bolsonaro e militares a um passo da cadeia

O racha e as feridas dos militares

As chantagens do mercado e do Congresso

"Fala com evangélicos quem consegue ouvir"

Esquerdas voltam ao poder no Uruguai

Mercado e a mídia naturalizaram Bolsonaro

Mídia e democracia: Crise e alternativas