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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de março de 2025

PJ fez buscas na Câmara Municipal de Bragança

 A Polícia Judiciária esteve esta manhã a fazer buscas na Câmara Municipal de Bragança

A informação foi confirmada pelo próprio presidente do município, Paulo Xavier, que acrescentou que foram analisados processos e a câmara mostrou-se disponível para colaborar.

Ao que a rádio Brigantia conseguiu apurar, em causa está o orçamento participativo.

EM ATUALIZAÇÃO

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Mostramos-lhe alguns dos melhores momentos que marcaram o 2° fim de semana da Feira da Amendoeira em Flor 2025!

Dezembro de 2009 - Santa Comba de Rossas

Dezembro de 2009 - Santa Comba de Rossas

Assunto: Presidência Aberta em Bragança. Autor: Luís Vasconcelos Data: domingo, 15 de fevereiro de 1987 - quinta, 26 de fevereiro de 1987


Fim-de-Semana Gastronómico de Vila Flor

 Com o selo do Turismo Porto e Norte de Portugal e organização do Município, 7 Restaurantes do Concelho de Vila Flor esperam por si, de 7 a 9 de Março, para uma degustação da gastronomia de qualidade do território.
Haverá brindes e sorteios a decorrer para os clientes da restauração participante. Experimente a nossa sugestão e visite-nos!

“Ser Artesão Numa Terra dos Diabos” 🎭

 🎭 Para celebrar o Dia do Artesão, o município de Vinhais dedicará um fim-de-semana aos artesãos. Esta atividade visa promover e divulgar o artesanato local, com oficinas em stands de madeira na Praça do Município, onde os artesãos demonstrarão as suas técnicas e processos de criação. A atividade proporciona uma interação direta entre os artesãos e o público, valorizando o trabalho artesanal da região.
Na sequência da atividade “Ser artesão numa Terra dos Diabos” irá decorrer uma Feira Social onde as instituições sociais poderão apresentar os serviços que prestam, poderão vender trabalhos realizados por utentes e realizarem trocas de bens. 🤲

🎨 𝑻𝒓𝒊́𝒑𝒕𝒊𝒄𝒐𝒔 – 𝑭𝒂𝒓𝒔𝒂𝒔 𝒆 𝑭𝒂́𝒃𝒖𝒍𝒂𝒔, de 𝐽𝑜𝑟𝑔𝑒 𝐺𝑎𝑙𝑖𝑛𝑑𝑜

Amendoeiras em flor proporcionam Feira de Produtos e Artesanato

Aventura e Convívio marcam segunda edição do Passeio dos Merendeiros 50 CC

 No dia 16 de março, o grupo “Os merendeiros 50 cc” realiza o segundo passeio de motas e motorizadas em comemoração ao seu 6º aniversário. O evento vai percorrer 120 quilómetros de algumas estradas do distrito de Bragança, parando em pontos de interesse, como Podence, a freguesia de Sezulfe, e ainda em Zoio.


A iniciativa tem início por volta das 8h00, e a concentração será em Vale de Prados, no município de Macedo de Cavaleiros. Um dos momentos de destaque é a “Prova dos Lentos”, onde os participantes vão ter a oportunidade de competir amigavelmente. Os inscritos terão direito a pequeno-almoço, reforço a meio da manhã e almoço no restaurante Montanhês. O encerramento contará com o corte do bolo de aniversário. Este ano, o evento conta com 150 motas, o que se traduz num aumento de participantes face ao ano anterior. São ainda esperados motoqueiros de vários pontos do país.

O evento promete um dia de convívio e paixão pelo motociclismo, numa celebração sobre rodas.

Jornalista: Micaela Costa
Foto: João Rolo via Facebook

Vimioso: Teatro de improviso celebra o Dia da Mulher

 No serão desta sexta-feira, dia 7 de março, o auditório da Casa da Cultura, em Vimioso, é o palco do espetáculo “Inserir Título”, uma peça de teatro de improviso, que convida à participação do público e tem como maior propósito celebrar o Dia da Mulher.


«“INSERIR TÍTULO” é um espetáculo de improviso, com música ao vivo, que procura incentivar a criatividade, através da participação do público» – informa a Libert’Art Agency.

Em Vimioso, o espetáculo está agendado para as 21h30 e cada espectador vai receber dois cartões: um para sugerir um título e outro para propor desafios criativos.

“A partir destas sugestões, os atores transformam ideias aleatórias em histórias cativantes, repletas de humor e com surpresas”, informa a organização.

As cenas podem ir da comédia ao drama, passando por situações absurdas que desafiam a espontaneidade e a criatividade dos atores.

Este espetáculo é criado pelos “Os ImproMix”, um grupo profissional de Teatro de Improviso, fundado em Lisboa, em 2022 e cuja missão é criar apresentações, ensaios e aulas regulares.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Elenco: Mari Goldani, Mariana Trindade, Pedro Pedroso, Tiago Negrão Pinheiro
Música: Zinky
Design Gráfico: Daniel Lucas
Vídeo e Fotografia: Just Frame It e Zayara
Desenho de Luz: Paulo Santos
Produção: Luís Santos Mascarenhas
Produção Executiva: Pedro Pedroso e Tiago Negrão Pinheiro

HA

Projeto em saúde mental Desconstruir, Repensar e Reeducar vai abranger 600 crianças dos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Bragança e Mirandela

 O projeto em causa tem o título Desconstruir, Repensar e Reducar e ligado à arteterapia, e irá ser promovido pela União das Mutualidades Portuguesas, em parceria com os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Bragança e Mirandela. E a sede do projeto será na Escola de Infância de Travanca, tal como já tínhamos dado conta.


O objetivo é desenvolver competências socio-emocionais nos jovens, destinado a 600 crianças, que se encontrem em vulnerabilidade social entre os 10 e os 19 anos, do 2º e 3º ciclos, tal como explica Benjamim Rodrigues, presidente da câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros:

“Este projeto é no fundo destinado a crianças especiais, porque no fundo o são, é no âmbito da saúde mental e é educar pelas artes”.

Vão ser priorizadas crianças em medidas de inclusão e ou que sejam apontadas pela Comissão de Crianças e Jovens (CPCJ) ou pelos agrupamentos escolares. De acordo com a informação a tivemos acesso, estão previstas sessões de acolhimento, para professores e encarregados de educação e laboratórios colaborativos, com psicólogos, e professores de artes que vão desenvolver projetos artísticos multidisciplinares.

Para já vão ser afetos ao projeto três técnicos, dois já foram contratados.

É cofinanciado pelo Programa Norte2030, no âmbito das Parceiras para a Inovação Social da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), e pela Fundação Calouste Gilbenkiam, que é também um investidor social. O suporte técnico é oferecido pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.

O projeto arranca já neste mês de março. E vai contar “com o suporte logístico e facilitador do Município de Macedo de Cavaleiros e outras parcerias, como as Câmaras Municipais de Bragança e Mirandela, Agrupamentos de Escolas, institutos superiores e estabelecimentos de saúde, assegurando uma base sólida para a sua implementação”, refere a promotora na sua página de internet.

Em Macedo o projeto vai ser apresentado no próximo dia 15 de março.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Geopark Terras de Cavaleiros representado na celebração dos 10 anos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques na sede da UNESCO

 O Geopark Terras de Cavaleiros integra a comitiva de 6 Geoparks nacionais e um Aspiring Geopark, que estiveram na sede da UNESCO, em Paris, no âmbito da celebração dos 10 anos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques (IGGP) e no evento Spring EGN CC Meeting.


Para este evento, o “presidente do Município de Macedo de Cavaleiros e a coordenadora Executiva do Geopark Terras de Cavaleiros, tiveram a oportunidade de reunir com a Embaixadora de Portugal na UNESCO, Rosa Batoréu, fortalecendo o papel dos Geoparques na valorização do património e no desenvolvimento sustentável”, pode se ler na página do Geopark Terras de Cavaleiros.

Este foi também um momento para analisar o trabalho realizado em rede pelo grupo nacional.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Conservatório Regional de Macedo de Cavaleiros promove cursos livres em violoncelo, guitarra e piano

 O Conservatório Regional de Macedo de Cavaleiros está a organizar cursos livres em violoncelo, guitarra e piano.


O anúncio foi publicado na rede social facebook.

As inscrições podem ser realizadas através da página. Para informações poderá usar o email: [email protected], ou através de atendimento presencial, com o seguinte horário:

Terças-feiras: 14h30 às 17h30
Quartas-feiras: 9h30 às 12h30
Quintas-feiras: 14h30 às 17h30
Sextas-feiras: 9h30 às 12h30

Endereço: Rua Comendador Emílio Augusto Pires, n.º 14, Edifício Side-Up, 5340-257 Macedo de Cavaleiros

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Governo paga propinas a alunos que tirem curso de professor mas medida é só para alguns

 Número de bolsas é limitado e são escolhidos alunos com nota mais altas de ingresso
 

Para colmatar a falta de professores, o Governo vai pagar as propinas aos estudantes de licenciatura de Educação Básica e de mestrado. No entanto, vão ser apenas distribuídas duas mil bolsas a quem está a tirar a licenciatura e 500 aos que frequentam mestrado. Para a delegada do Sindicato dos Professores do Norte, Ana Paula Tomé, esta medida não vem resolver o problema.

“Não é esta medida que vai atrair jovens. Nós consideramos que há outras medidas e temos outras propostas para, de facto, atrair os jovens para a carreira, como é a valorização do estatuto da carreira docente. Portanto, valorizar a profissão do ponto de vista material e do ponto de vista de valorização é que, efetivamente, irá atrair os jovens para a carreira e não uma bolsa”, disse

O SPN, juntamente com a FENPROF, defende que para mais jovens ingressarem na profissão, será preciso “melhores condições de trabalho”. Chegaram a apresentar uma proposta de remuneração mensal, mas foi recusada pelo Governo.

O Governo vai apoiar apenas 2500 alunos, os que tiverem a melhor nota de ingresso. No politécnico de Bragança, o curso de Educação Básica tem tido “uma grande procura”. As 96 vagas disponibilizadas neste ano letivo ficaram todas ocupadas. Mas a média de curso é mais baixa, por isso, os estudantes podem não ser apoiados. O presidente do IPB, Orlando Rodrigues, considera que deveriam ser atribuídas mais bolsas:

“O ministro criou 2 000 vagas para a licenciatura e 500 para mestrado. Essas vagas serão insuficientes e cobrirão um número reduzido de alunos, portanto nem todos serão abrangidos e muitos ficarão de fora. Até porque as vagas estão indexadas à nota de ingresso, o que significa que muitos alunos, infelizmente, não terão acesso a essa bolsa. Em particular os mais carenciados”, contou.

Para o próximo ano letivo, o Governo aumentou em 20% as vagas em Educação Básica através do Concurso Nacional de Acesso, num total de 1 197 vagas. Já se sabe que no IPB vão ser 14, ou seja, estarão disponíveis 110 vagas no próximo ano letivo.

Escrito por Brigantia 
Jornalista: Ângela Pais

Peixes, moscas, ratinhos e avatares

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Por volta do meio-dia do passado dia 28 de fevereiro mais de quatro dezenas de alunos do décimo primeiro e décimo segundo anos, e professores, do agrupamento Abade de Baçal entraram na receção principal da Fundação Champalimaud para darem início a uma visita de estudo. Depois de confortado o estômago, a comitiva rumou ao Grande Auditório onde assistiram a um filme resumindo a atividade da instituição fundada pelo empresário António Champalimaud e dirigida por Leonor Beleza, antes de ouvirem uma apresentação, especialmente preparada para eles, por Catarina Ramos que, como introdução às quatro bancas experimentais que já os esperavam no átrio, lhes falou dos modelos animais que, a propósito, dão título a esta crónica. Despertou curiosidade a revelação de que, contrariamente ao que se poderia esperar, as ratazanas (mais usadas na investigação em neurociências por causa do seu tamanho) são muito mais dóceis que os ratinhos afinal mais agressivos se assustados. Para além da observação direta de atividades, associadas à microscopia de alta resolução e ao biobanco, foi possível participarem, ao vivo e em grupos de dez, em algumas experiências com moscas da fruta e peixes zebra. Naquelas, foi possível testar e verificar os efeitos do envelhecimento (condicionado pela temperatura em que se desenvolveram). Já os peixinhos foram observados, vivos, não só por fora mas também por dentro dado serem totalmente transparentes, na sua juventude. Porém, o mais impressionante é a sua utilização como avatares de doentes com cancro, para, de forma segura e (mais) rápida, poderem ser testadas, com evidentes ganhos, várias terapias alternativas apurando, em tempo útil, a que mais se adequa ao paciente, em tratamento, na clínica. Era a mostra evidente da aplicação da atividade científica na medicina, conhecida como investigação translacional.
No final, uma visita ao espaço laboratorial mostrou aos jovens nordestinos o lugar onde centenas de investigadores passam os seus dias a alargar as fronteiras do conhecimento segundo o propósito assumido pela comunidade cientifica do Centro Champalimaud para o Desconhecido. De seguida, foram conduzidos ao novo edifício Botton Champalimaud onde está já a funcionar um ambicioso projeto de investigação e tratamento do cancro do Pâncreas com generosas doações das famílias Botton e Wurth. A visita terminou no interior de um gigantesco armazém onde durante anos se transacionou peixe e onde vai nascer o maior espaço laboratorial da península, quiçá, um dos maiores da Europa e onde são esperados, vindos de todo o mundo, investigadores, técnicos, médicos, farmacêuticos e muitos outros profissionais interessados em desenvolver, explorar, descobrir e partilhar conhecimentos em várias áreas da biomedicina, sobretudo terapias inovadoras para tratamento do cancro, baseadas em novas tecnologias, nomeadamente em inteligência artificial. Para tanto, ao lado da área técnica, de apoio e laboratorial, vai ser construída uma aprazível zona de lazer onde, em frente ao Tejo, poderão partilhar uma cerveja que, como lhes foi explicado, pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de um projeto capaz de figurar na capa de qualquer uma das revistas científicas mais prestigiadas do planeta. Repetindo, aliás, algo já acontecido, como lhes foi revelado, em jeito de despedida, ao mesmo tempo que ficou o convite para, um dia destes, no futuro, regressarem para degustar um fino que, em Lisboa, vá-se lá saber porquê, se chama imperial.


José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

Alunos aderiram a um fim de semana sem telemóvel

 Os alunos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) aderiram à proposta da Capelania de passarem um dia sem telemóvel e sem acesso à Internet para fazerem uma experiência de conexão consigo próprios. Inscreveram-se nesta atividade 58 alunos. Foram selecionados, através de entrevista, 14 de todas as escolas do IPB, para passarem o fim de semana, no Centro de Formação de Malhadas, cedido pela Câmara Municipal de Miranda do Douro, para esse efeito.


Durante esses dias, o Pe. Fernando Calado, capelão do IPB, propunha pistas para a interiorização. Os alunos faziam essa experiência e partilhavam em sala o que sentiram durante o tempo de silêncio.

“Participar do Offline Weekend foi muito mais do que passar um fim de semana desconectada. Foi um fim de semana de profunda conexão comigo mesma” refere Sara Falcão, aluna brasileira do curso de Multimédia da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela.

“Foram realizadas atividades guiadas e propositivas que me permitiram conectar-me com os meus sentimentos e sensações mais íntimas”, confidencia Marlon Sousa. Que permitiram a este aluno do mestrado de Inovação, que veio da Escola Superior de Hotelaria e Bem-Estar de Chaves, aprofundar e descobrir “quem fui, quem sou e quem quero ser”.

Larissa Ferreira destaca que aprendeu “a importância da partilha”. Ouvir as histórias dos outros, “conhecer as suas dores, preocupações e pontos de interrogação foi o combustível para que eu me sentisse confiante para me dar a conhecer” diz essa aluna vinda de Cabo Verde para estudar Relações Lusófonas e Língua Portuguesa na Escola Superior de Educação de Bragança.

Para íris Pereira o encontro proporcionou-lhe as condições para ouvir a sua “voz interior e sentir uma paz profunda”.

“A minha experiência no Offline Weekend foi muito além das minhas expectativas!!” reconhece Samira Silva, brasileira num programa de mobilidade no curso de Engenharia Alimentar da Escola Superior Agrária de Bragança. A sua irmã gémea, Laura Silva, do mesmo programa e no mesmo curso, recomenda esta experiência a quem “busca uma jornada genuína de autoconhecimento e crescimento pessoal”.

Íris Pereira, de S. Tomé e Príncipe e aluna de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança sai deste encontro “renovada, mais tranquila” e com uma “sensação de serenidade e um desejo ainda maior” de cuidar de si.

Esta iniciativa, para além da Câmara Municipal de Miranda do Douro, teve o apoio do Centro Social Paroquial de S. Condestável – que garantiu o transporte dos alunos – e de um voluntário dessa IPPSS, António Rodrigues da Silva, que garantiu a confeção das refeições. Os géneros foram disponibilizados pelos Serviços de Ação Social do IPB.

Do grão de cacau à tablete: Transmontanos criam chocolate único e premiado

 Paula Trigo e Rui Madeira produzem chocolate, num atelier, em Alfaião, no concelho de Bragança, num processo único e praticamente inexistente em Portugal: o Bean to Bar, ou seja, todos os processos, desde o grão de cacau à tablete, são feitos no mesmo local


Foi a partir de uma grande paixão por chocolate que nasceu a JULAID. Tudo começou, em 2018, quando o casal pensou em fazer o seu próprio chocolate. Naquela época começaram a produzir bombons, mas o processo era totalmente diferente daquele que praticam hoje em dia. Ou seja, a pasta era comprada à indústria e, depois, era trabalhada pelos transmontanos.

Depois de muitas leituras, experiências e dedicação, há mais de três anos chegou-se ao Bean to Bar. Um processo que, segundo Rui Madeira, apenas três ou quatro pessoas trabalham em Portugal.

“Estivemos a ler alguns artigos sobre o Bean to Bar, coisa que começou nos Estados Unidos nos anos 90 e veio para a Europa no início deste século. E então quisemos experimentar isso e foi assim que tudo começou. Todo o processo tem que ser feito no mesmo local. Desde a triagem do cacau, à torra, à descasca, à moldagem, à moagem. Todo o processo tem que ser feito no mesmo local. Se for feito em dois locais diferentes, deixa de ser Bean to Bar. Não poderíamos considerar como tal. E embalamento, temos de fazer também o embalamento. Portanto, é um processo longo, mas que nos dá bastante prazer, porque vemos o grão do cacau e depois vemos a tablete pronta”, explicou

O casal utiliza “cacau selecionado de origem única”, proveniente do Brasil, Equador, Filipinas, Índia e Tanzânia, comprado a fornecedores que “trabalham diretamente com os produtores”. A JULAID apresenta-se em sete qualidades diferentes, “o chocolate 85% e 70% do Equador, 63% e 70% da Índia, 70% de Tanzânia e 70% do Brasil”, conta Paula Trigo acrescentando que os interessados podem comprar os chocolates na página online da marca ou até na “casa da Zinha”, em Bragança.

O chocolate chegou ao mercado por causa de um concurso. Para participarem nos Prémios da Academia do Chocolate, em Londres, tinham de comercializar o produto. E ainda bem que o fizeram já que o Brasil 70% saiu premiado, esclarece Paula Trigo.

Depois de ter sido premiado, entre cerca de 1400 tabletes a concurso, o casal sente-se motivado para continuar a trabalhar. Rui Madeira explica que o objetivo é vender o que produzem noutros espaços dedicados a chocolate Bean to Bar.

“Nós queremos que o nosso chocolate chegue a todo o mundo. Existem empresas na Europa que têm em stock cerca de 300 produtores de Bean to Bar e vendem para todo o mundo. O nosso objetivo é fazer parte dessas 300 empresas.  Mas o mercado Europeu é o nosso principal objetivo”, disse.

O Bean to Bar implica que, depois de se receber o cacau, os grãos sejam limpos e separados manualmente, removendo os de baixa qualidade e garantindo que apenas os melhores são transformados em chocolate. Depois dá-se o processo da torra. Nesta etapa os grãos são torrados e ocorrem reações químicas que ajudam a desenvolver aromas característicos de cada chocolate. O passo seguinte passa pela retirada da casca. Os pequenos pedaços de cacau são chamados de nibs. Após este processo é feita a moagem: nibs e açúcar, no caso da JULAID é de cana biológico, são moídos até formar uma pasta fina. As duas últimas etapas do processo são a moldagem e o embalamento.

Os sete tipos de JULAID que, para já, existem são 100% naturais e inteiramente orgânicos e vegan, sem glúten e sem lactose. Além disso, e ao contrário da grande maioria dos chocolates que há no mercado, não contêm vestígios de frutos secos de casca rija, uma vez que há várias pessoas alérgicas a estes alimentos.

Jornalista: Carina Alves

𝗘𝗻𝘁𝗿𝘂𝗱𝗼 𝗟𝗮𝗴𝗮𝗿𝘁𝗼 - 𝗖𝗮𝗿𝗱𝗮𝗻𝗵𝗮