Aula 04
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Introdução
Neste tema, vamos desenvolver juntos um exemplo prático simples de
tabulação dos custos da qualidade e fazer uma avaliação sobre o impacto dos
custos de prevenção e avaliação sobre os custos totais da Qualidade.
Em seguida, será proposto um exercício para ser desenvolvido por você
a fim de esclarecer suas dúvidas. Vamos, ainda, entender como se deve tabular
as informações e os dados dos custos da Qualidade para tornar o processo de
avaliação mais efetivo.
(vídeo disponível no material on-line)
Problematização
O diretor da empresa Júpiter Ltda., fabricante de peças para a indústria
moveleira, decidiu implantar um programa de custos da qualidade, devido à
queda nos lucros que enfrenta atualmente. Para isso, convocou alguns
colaboradores das áreas de produção, qualidade e contabilidade para, juntos,
definirem os detalhes do programa.
Após algumas reuniões e muita discussão, o grupo definiu quais
informações e quais dados precisariam ser tabulados para o programa, bem
como a origem destes e as planilhas para onde eles seriam transferidos a fim de
facilitar a sua análise.
Ao iniciar a tabulação dos dados, houve alguns problemas, pois os
membros do grupo não estavam completamente familiarizados com os diversos
tipos de custos da qualidade e as planilhas não demonstravam exatamente o
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que eram custos de prevenção, de avaliação e de falhas, ocasionando a tomada
de decisão incorreta e, consequentemente, um aumento dos custos.
Além disso, a divulgação das planilhas de custos da qualidade ocasionou
um mal-estar na empresa, uma vez que apontava setores em que os custos eram
aceitáveis e outros em que não eram, gerando certa competição, que resultou,
por sua vez, em desgaste nas relações entre os gerentes.
O diretor ficou muito preocupado e decidiu abandonar o programa,
alegando que este não trouxe vantagens para a empresa e que cada gerente
deveria cuidar dos seus custos internos de forma independente.
Essa decisão foi correta? Que opções ele tinha para implantar o programa
de custos da qualidade de forma eficaz e sem gerar conflitos internos?
Não precisa responder agora. Vá para o conteúdo teórico deste tema e,
ao final, retomaremos essa questão.
(vídeo disponível no material on-line)
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Quadro 1 – Relação de custos, valores e tipos de custos da qualidade da empresa Autopeças.
Fonte: O autor.
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De acordo com o quadro 2, os custos totais da qualidade são da ordem
de R$10.100,00, sendo R$3.600,00 referentes aos custos da qualidade
(prevenção e avaliação), perfazendo 35,6%, e R$6.500,00 referentes aos custos
da chamada “não qualidade” ou da “má qualidade” (falhas), perfazendo 64,4%.
Em vista dos altos custos de falhas, a direção da empresa Autopeças
decidiu qualificar os fornecedores de matéria-prima ao custo de R$500,00.
Adicionalmente, ela desenvolveu ações de formação nas áreas de operação e
de controle ao custo de R$4.000,00 e promoveu melhorias nas ações de
manutenção preventiva ao custo de R$150,00.
Agora, identifique e quantifique os custos da qualidade após as ações de
melhoria. No quadro 3, estão discriminados os custos após as ações:
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Nota-se o aparecimento de custos de qualificação de fornecedores da
ordem de R$500,00 e a redução dos custos de consertos de R$500,00 para
R$250,00. Houve, também, um acréscimo de R$1.000,00 nos salários e nos
encargos sociais, por conta da maior qualificação dos operadores.
Os custos de formação, que eram da ordem de R$2.500,00, passaram a
ser de R$4.000,00. O custo da manutenção preventiva, que era de R$100,00,
passou a ser de R$250,00. Antes das ações, os custos de refugo eram da ordem
de R$3.500,00 e, após as ações, caíram para R$500,00. As reclamações de
clientes, que eram da ordem de R$2.500,00, passaram a ser de R$1.500,00,
devido à menor ocorrência de falhas.
Vamos juntar os diversos custos da qualidade e ver quais são seus
valores em reais após as melhorias. Isso está sendo demonstrado no quadro 4:
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O quadro 5 mostra a comparação entre a situação anterior e após as
melhorias realizadas na empresa Autopeças:
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No vídeo a seguir, o professor vai falar sobre o impacto dos custos de
prevenção e de avaliação sobre os custos totais da qualidade. Não deixe de
assistir!
(vídeo disponível no material on-line)
Quadro 6 – Relação de custos e valores dos custos da qualidade da empresa Bom Jardim.
Fonte: O autor.
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Depois de determinar os tipos de custos da qualidade, preencha o quadro
7 com os custos da qualidade (prevenção e avaliação) e da não qualidade ou da
má qualidade (falhas).
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Quadro 8 – Relação de custos, valores e tipos de custos da qualidade da empresa Bom Jardim
após as ações de melhoria.
Fonte: O autor.
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antes das ações. O quadro 10 mostra a comparação entre a situação anterior e
após as melhorias realizadas na empresa Bom Jardim. Preencha-o com os
dados levantados nos quadros anteriores:
Depois de montar o quadro 10, faça uma análise dos resultados obtidos e
veja se as ações realizadas pela empresa Bom Jardim realmente surtiram efeito.
Avalie o aumento dos custos da qualidade (prevenção e avaliação) e as
reduções dos custos da não qualidade (falhas) obtidos pela empresa, além do
percentual de redução de custos totais da qualidade que a empresa obteve. Use
o espaço a seguir para suas anotações:
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Assista ao próximo vídeo e veja a resolução do exercício sobre custos da
qualidade dada pelo professor Evaldo.
(vídeo disponível no material on-line)
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Relevante: a informação deve ser objetiva e consistente com a decisão a
ser tomada; portanto fatos e detalhes irrelevantes devem ser suprimidos
sempre que a decisão não dependa deles;
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Um ponto importante a ser observado é que cada empresa deve
determinar quais informações e dados internos e externos são
necessários e, a partir daí, encontrar a maneira mais rápida e fácil de
obtê-las, a fim de realmente darem o suporte às decisões.
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Wernke (2000) sugere que as informações básicas sejam as seguintes:
a. Data (dia, mês e ano do preenchimento);
Não se deve deixar o colaborador sem informação, pois isso pode acarretar
em especulação e, por conseguinte, rejeição do trabalho ou preenchimento
deliberadamente inadequado das planilhas pela falta de conhecimento do
objetivo ao qual se deseja chegar.
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De acordo com Hegedus (2002), os dados podem ser sumariados de
múltiplas formas, sendo as mais típicas:
a. Por produto, processo, componentes, tipo de defeito;
c. Tabelas em geral;
d. Descritiva ou narrativa.
De acordo com Hegedus (2002), a apresentação deve ser tal que “permita
uma fácil visualização dos dados e resultados, possibilitando uma rápida
conclusão. A narrativa deve ser simples e objetiva, endereçando maiores
detalhes a anexos ou a documentos disponíveis para consulta, se solicitados”.
A divulgação das planilhas e o conhecimento dos dados de custos
da qualidade são de vital importância para o sucesso do programa. Um
cuidado deve ser tomado para que se evite um clima de competição ao se
apontar as áreas melhores e as áreas piores da empresa, pois isso pode gerar
um clima de insatisfação e de falsa superioridade. Na verdade, é preciso criar
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um clima de cooperação, para que os problemas possam ser efetivamente
resolvidos.
No vídeo a seguir, você entenderá melhor como é feita a tabulação de
dados de custos da qualidade. Acompanhe!
(vídeo disponível no material on-line)
Revendo a problematização
Chegou o momento de retomarmos a pergunta feita no início deste
material. Ao tentar implantar um programa de custos da qualidade na empresa
Júpiter Ltda., o diretor, após algumas reuniões e alguns resultados negativos,
ele decidiu abandonar o programa, alegando que este não trouxe vantagens para
a empresa. Você acha que essa decisão foi correta? Que opções ele tinha para
implantar o programa de custos da qualidade de forma eficaz e sem gerar
conflitos internos?
a. Não, pois o retrocesso frustrou o grupo responsável pela introdução dos
custos da qualidade. O mais correto seria revisar o programa, com a
participação dos gerentes, e encontrar outra forma de divulgar as
planilhas, uma que não causasse mal-estar, cooperação. Além disso, um
curso sobre o assunto para o grupo e os gerentes seria muito bem-vindo,
evitaria erros na montagem das planilhas e má interpretação das
informações.
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integração, de forma a quebrar as barreiras e o mal-estar causado pela
competição entre eles, unindo os esforços em torno do programa e
fazendo dele uma alavanca para a solução de problemas.
Síntese
Neste tema, você pôde reconhecer, por meio do exemplo e do exercício,
os diversos tipos de custos da qualidade e ver como o aumento dos custos de
prevenção e, até mesmo dos custos de avaliação, impactam positivamente na
redução dos custos de falhas internas e externas e nos custos totais da
qualidade.
Além disso, você pôde entender como se deve tabular as informações e
os dados de custos da qualidade para permitir uma análise efetiva. Viu, ainda,
que se deve tomar certo cuidado antes de iniciar a divulgação das planilhas na
empresa. Para finalizar os estudos deste tema, assista ao último vídeo.
(vídeo disponível no material on-line)
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Referências
GALLORO, L. R. R. S.; STEPHANI, D. E. Custos da qualidade e da não
qualidade. Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo: Atlas,
1995.
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Atividades
Por que o aumento dos custos de prevenção impacta na redução dos
custos de falhas?
a. Sim, pois ele precisa garantir que os produtos cheguem aos clientes com
qualidade. O aumento dos custos de avaliação sempre causa redução
dos custos de falhas internas e externas.
b. Não, pois ele deve implantar somente ações preventivas que irão causar
a redução das falhas e, consequentemente, das reclamações dos
clientes. Exames da qualidade devem ser eliminados totalmente, pois
somente agregam custos e não agregam valor aos produtos.
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c. Sim, ele tomou a decisão certa, que é garantir que os produtos cheguem
aos clientes com qualidade. Isso, no entanto, é apenas uma ação de
contenção, que, isoladamente, causará aumento dos custos da qualidade,
uma vez que causam aumento da detecção das falhas internamente. É
preciso descobrir as causas das falhas, eliminá-las e implantar ações
preventivas. Com isso, ele poderá eliminar, também, os exames extras
que precisou implantar.
d. Sim, ele tomou a decisão certa, que é garantir que os produtos cheguem
aos clientes com qualidade. Isso é uma ação de contenção que precisa
ser tomada para a empresa não perder clientes. Obviamente, isso
impacta no aumento dos custos de avaliação e de falhas internas, porém
é sempre melhor gastar com avaliação do que com reclamações de
clientes.
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de falhas é de 17,3%. Os custos das falhas representam 78,2% dos
custos totais da qualidade. Sim, existe muito potencial de redução dos
custos de falhas e dos custos totais da qualidade com a intensificação das
ações preventivas.
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a. A empresa Jato Certo deve ter realizado muitas ações preventivas, pois
os custos de prevenção aumentaram e os custos de falhas e os custos
totais da qualidade caíram. Portanto as ações foram eficazes.
b. A empresa Jato Certo deve ter realizado poucas ações preventivas, pois
os custos de prevenção aumentaram somente R$150,00, porém ela
intensificou a realização de exames, o que impactou em um aumento de
R$1.950,00 nos custos de avaliação. Isso causou um aumento de
R$4.000,00 nos custos de falhas internas, uma redução de R$6.300,00
nos custos de falhas externas e de R$850,00 nos custos totais da
qualidade. Portanto as ações não foram eficazes.
c. A empresa Jato Certo deve ter realizado poucas ações preventivas, pois
os custos de prevenção aumentaram somente R$150,00, porém ela
intensificou a realização de exames, o que impactou em um aumento de
R$1.800,00 nos custos de avaliação. Isso causou um pequeno aumento
nos custos de falhas internas e uma redução nos custos de falhas
externas e nos custos totais da qualidade. Portanto as ações foram
eficazes.
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d. A empresa Jato Certo deve ter realizado poucas ações preventivas, pois
os custos de prevenção aumentaram somente R$150,00, porém ela
intensificou a realização de exames, o que impactou em um aumento de
R$1.800,00 nos custos de avaliação. Isso causou um aumento de
R$4.000,00 nos custos de falhas internas, uma redução de R$6.300,00
nos custos de falhas externas e de somente R$350,00 nos custos totais
da qualidade. Portanto as ações não foram totalmente eficazes, pois
houve muito gasto para pouco resultado.
a. Forma gráfica por linhas ou pontos, tendo como uma das bases de
referência o custo e a outra o tempo, ou quantidade de peças aprovadas,
ou horas de trabalho de produção em série, tabelas em geral e descritiva
ou narrativa.
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de referência o tempo e a outra o custo, ou quantidade de peças
rejeitadas, ou horas de trabalho em reparos e tabelas descritivas.
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