Indicar pode ter vários significados, inclusive o de demonstrar, por meio de sinais, que algo não vai bem com o nosso organismo. Pode ser uma dor, definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp) como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”, como também a possibilidade de aferição por meio de ferramentas (indicadores), avaliando e quantificando o desempenho de diversos aspectos dentro de uma organização, projeto ou iniciativa.
Existem quatro categorias amplas de dor: nociceptiva, normalmente, resultado de lesão do tecido; inflamatória, uma inflamação anormal causada por uma resposta inadequada do sistema imunológico do corpo; neuropática, causada por irritação do nervo; e a dor funcional, que não tem origem óbvia, mas com quadros de dor. A dor também pode ser dividida em aguda e crônica: aguda é sentida rapidamente em resposta à doença ou lesão, e a crônica é definida como a que dura mais de três meses. A dor crônica geralmente começa como uma dor aguda que se prolonga além do curso natural da cura.
Algumas dores físicas podem acarretar a chamada “dor mental”, também conhecida como “dor psicológica ou emocional”. Esta nada mais é do que uma sensação de desconforto emocional que pode ser causada por eventos estressantes, traumáticos, decepcionantes ou desafiadores e pode estar relacionada a fatores emocionais e psicológicos, como ansiedade e depressão. Também pode ser gerada por gatilhos emocionais que acabam por causar dores físicas. Percebe-se claramente que há relação entre as dores físicas e mentais, pois a saúde mental e a dor física estão intimamente ligadas. Muitas vezes, a dor física afeta a saúde mental de uma pessoa, levando a sintomas do transtorno depressivo, de ansiedade e estresse.
No âmbito da segurança pública, a Lei 14.531/2023 prevê ações em três níveis de prevenção e promoção de saúde mental para policiais. Na prevenção primária, serão usadas estratégias como estímulo ao convívio social, programas de conscientização e capacitação para identificação de casos de risco. A prevenção secundária é voltada aos profissionais que já estão em situação de risco de práticas de violência autoprovocada, devendo ser centrada em programas sobre uso e abuso de álcool e outras drogas; organização de uma rede de cuidado; acompanhamento psicológico regular; e acompanhamento psicológico para policiais que estejam presos ou respondendo a processos. Na prevenção terciária, deve haver aproximação da família para envolvimento e acompanhamento no processo de tratamento; enfrentamento de toda forma de isolamento, desqualificação ou qualquer forma de violência eventualmente sofrida pelo profissional; restrição do porte e uso de arma de fogo; e acompanhamento psicológico.