Os partidos da direita tradicional, especificamente PSD, MDB e PP, aumentaram seu domínio nas prefeituras nestas eleições municipais. Vale lembrar que essas legendas são turbinadas pelo orçamento secreto desde 2022.
Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), essas legendas lideram o número de prefeituras controladas após o pleito deste domingo, 6.
O PSD, liderado por Gilberto Kassab, alcançou uma marca de 844 prefeituras no primeiro turno das eleições, um aumento de 190 municípios em relação ao pleito anterior. Destaca-se o controle da cidade do Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes conseguiu se reeleger. O partido mantém a presidência do Senado com Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O MDB, que era o partido com o maior número de prefeitos antes do pleito, agora ocupa o segundo lugar com 812 prefeitos, demonstrando também um crescimento desde as últimas eleições municipais de 2020, quando havia vencido em 784 cidades.
O PP, presidido por Arthur Lira, garantiu a terceira posição no ranking com 724 prefeituras, consolidando ainda mais a influência do Centrão nos governos municipais.
Por outro lado, o PL, sob a liderança de Valdemar da Costa Neto e do ex-presidente Bolsonaro, esperava eleger mais de 1 mil prefeitos, mas finalizou o primeiro turno com 495, um aumento de 150 prefeituras desde 2020, o que ainda é considerado um número razoável.
Já o PT, partido do presidente Lula, obteve 234 prefeitos, um crescimento de 51 prefeituras desde a última eleição. Apesar disso, o PT viu sua liderança na esquerda ser ultrapassada pelo PSB de Geraldo Alckmin, que se tornou o partido progressista com mais prefeituras, totalizando 299.
Entre os partidos que enfrentaram perdas significativas nesta eleição, o PSDB viu seu número de prefeitos cair brutalmente pela metade, caindo de 520 em 2020 para 257 em 2024. O PDT, impactado pela estratégia pelo eterno presidenciável Ciro Gomes, reduziu seu número de prefeituras de 314 para 144.
Conclusão
Esses resultados refletem o fortalecimento da direita tradicional nas esferas municipais. As urnas também mostraram que o campo progressista, numa perspectiva geral e com algumas exceções, se encontra numa situação delicada e que não conseguiu transformar a alta popularidade do presidente Lula em vitória nos municípios.
Pons
07/10/2024 - 10h51
Um completo fracasso para a esquerda, de norte a sul.