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Aos meus pais, que sempre me apoiaram nos estudos; à minha querida namorada Juliana, que mostrou-se paciente comigo; à memória de minha amada e inesquecível amiga canina Lassie e ao meu mais novo e fiel companheiro, meu muito amado cãozinho Simba. AGRADECIMENTOS Ao professor Marco Antonio, pela paciência, competência e prestatividade como meu orientador da faculdade e pelas brilhantes aulas sobre sistemas operacionais. Aos amigos Fernando Camilo, Ricardo Leite, Victório, Diogo, professor Rubens e todos os demais, pelas idéias compartilhadas sobre Software Livre em nossas diversas edições do Chopp Nerd. A toda comunidade Software Livre, pela inestimável contribuição com o desenvolvimento de uma sociedade onde o trabalho de cada membro é utilizado em benefício de todos e onde o reconhecimento intelectual e o compartilhamento de conhecimento são as únicas chaves para o sucesso. A todos que colaboraram, direta ou indiretamente, com meu processo de aprendizado, desde o início de minha vida acadêmica e aos autores das obras utilizadas como fonte de pesquisa, sem as quais este trabalho não seria possível. Ao João Fernando Costa Junior, responsável pela Iniciativa Espírito Livre (http://www.espiritolivre.org) por ceder gentilmente hospedagem para esta obra. A todos que publicaram notícias sobre o lançamento desta obra e aos leitores que me enviaram mensagens.
Introdução Um Sistema Operacional é um programa que tem por função controlar os recursos do computador e servir de interface entre ele e o usuário. Essa definição é mostrada em qualquer livro que fale a respeito desse tipo de software. Um sistema operacional, é, portanto, um programa que tem a obrigação de controlar a máquina, permitindo-nos comandá-la através de ordens pré-definidas. Sem um sistema operacional, por exemplo, não seria possível usar uma planilha eletrônica, um editor de textos ou mesmo acessar à Internet. Quando pensamos em sistema operacional, nos vem à mente, imediatamente, o Microsoft® Windows®, utilizado na grande maioria dos computadores pessoais do planeta. Não há como contestar a presença hegemônica da gigante de Bill Gates em nossas vidas computacionais, mas é bom que se saiba que o Windows não é o único sistema operacional que podemos utilizar nos nossos micros. O Advento de um novo sistema há alguns anos tem tirado o sono dos executivos da Microsoft, não somente por mostrar-se, em muitos aspectos, melhor que seu concorrente, como bem mais barato! Esse novo sistema chama-se Linux.
Icons are pictorian symbols, used in menus, windows and frames, representing the system abilities. Used to get easier the life of the user in order to they don´t need na especific knowledge, they racionalize the space in the frame, they turning faster the localization and the recognizing of the applications. Being na important part in the interfaces orientation. This project has as purpose to avaliate the work of the Microsoft Windows Operational System icons and their function of representing the program or applications to which they are vinculated and, in a second moment, presenting alternatives to the icons considered not representatives.
2018
Resenha do livro “Do email ao Facebook: uma perspectiva evolucionista sobre os meios de conversação da internet”.
Organicom, 2019
A comunicação social adota inovações tecnológicas desde o surgimento e popularização das redes telemáticas, que modificaram a forma como a audiência se relaciona nas plataformas digitais conectadas. Nesse ambiente comunicacional, em contraponto a um sistema embasado na relação implementada computacionalmente via master-slave (relação informativa assimétrica), um novo patamar do relacionamento entre ser humano e máquina computacional está sendo modelado pela introdução de sistemas computacionais dotados de arquitetura cognitiva, ou seja, capazes de interação com o ser humano, de forma cognitiva.
Abordamos aqui situações em que o computador favorece mostrar e problematizar dicotomias constitutivas dos conhecimentos científicos modernos, tais como a separação entre a coisa e a ideia, entre mãos e olhos, de um lado, e mente e linguagem, de outro, entre o maquínico e o humano, entre o natural e o político, etc. Interessa-nos alcançar diálogos entre os conhecimentos das ciências ocidentais modernas e outros conhecimentos e aqui, envolvendo os computadores, ensaiamos movimentos, ainda que preliminares e modestos, tendo em conta esse interesse. É portanto com essa inclinação que este ensaio busca identificar situações limites de dicotomias fundadoras das ciências da computação. Ao mostrar seus limites, isto é, ao mostrar passagens em que elas perdem suas correspondências no mundo das práticas computacionais, mostramos que estas dicotomias estão no conhecimento (ideia) e não no mundo (coisa). Vemos tais passagens como lugares e ocasiões de tomada de linhas de fuga para maneiras de pensar para além daquelas dicotomias modernas, maneiras “que abrem mais espaço para outros valores que toda hora encontramos mas que não necessariamente se alojaram confortavelmente nos referenciais oferecidos pela modernidade.” (Latour, 2013:11)
Este e-book foi escrito por Antonio Gomes Junior com o objetivo de ser um guia para iniciantes em Linux completamente gratuito e constitui-se de uma adaptação de monografia do mesmo autor. É permitido: -Copiar o arquivo digital para quaisquer tipos de mídias; -Distribuir livremente o conteúdo, sempre na totalidade e sempre gratuitamente; -Imprimir o conteúdo desde que para uso pessoal e para fins não-comerciais; -Utilizar partes do conteúdo em trabalhos acadêmicos, desde que citada a fonte; Não é permitido: -Alterar o conteúdo ou a capa, total ou parcialmente; -Vender o material digital, impresso ou sob qualquer outra forma ou circunstância; -Distribuir parcialmente a obra; -Utilizar os textos sem a devida citação de referência; Espera-se, com estas regras, que seja mantida a gratuidade do material e de suas posteriores atualizações, permitindo o acesso a quaisquer pessoas que desejarem obtê-lo. Distribua à vontade, leia à vontade e sinta-se livre para enviar sugestões de melhorias para mim no endereço [email protected]. As melhorias implementadas certamente terão seus autores citados nas próximas edições. Guariba, SP Junho / 2007 Dedico, Aos meus pais, que sempre me apoiaram nos estudos; à minha querida namorada Juliana, que mostrou-se paciente comigo; à memória de minha amada e inesquecível amiga canina Lassie e ao meu mais novo e fiel companheiro, meu muito amado cãozinho Simba.
RESUMO O artigo busca entender as tarefas de uma Antropologia Digital a partir de um confronto direto entre o humano e o digital. Então, constrói seis princípios centrais: 1) o digital e a dialética; 2) a cultura e o princípio da falsa autenticidade; 3) transcendendo o método por meio do princípio holístico; 4) a questão da "voz" e o princípio do relativismo; 5) Ambivalência e o princípio de abertura e fechamento; 6) normatividade e o princípio da materialidade.
2008
The article presented in the following pages deals with manners that autonomic computing concepts can bring benefits to enterprises and grant an effective improvement in their results. Using artificial intelligence, autonomic computing and other related concepts in enterprise systems can reduce costs, increase flexibility and maximize performance. The research was developed based in existing theory about this theme. An experimental
ARTEFACTUM – REVISTA DE ESTUDOS EM LINGUAGEM E TECNOLOGIA ANO VII – N° 1 / 2015, 2015
Neste artigo, serão destacadas algumas peculiaridades da atividade de desenvolvimento de software por sujeitos em ambientes informatizados, que adquirem contornos contextuais no trânsito entre o presencial e o virtual, configurando um intrincado dialogismo entre campos semióticos (fala, gesto, registro e artefatos). Trata-se sobre o processo de autoria-uso de sistemas de informação e reflexões sobre as características da interação entre os sujeitos, bem como as relações dialógicas na interface humano-computador, que implicam em um lugar específico para o corpo durante o processo. Palavras-chave: dialogismo; campos semióticos; autoria-uso de software Na sociedade contemporânea, é possível identificar algumas transformações nas práticas sociais e suas tecnologias, apropriações e usos, como as que recaem sobre o modelo comunicacional, marcado pela capacidade de expansão no fluxo de informação e interligação. A organização das em rede faz com que se volte o olhar aos artefatos de comunicação, dentro desse modelo, relacionando-os com os diferentes graus de interatividade que tais artefatos permitem, nas condições variadas de relações entre humanos. Neste trabalho, abordaremos a interatividade nas práticas de desenvolvimento de software, e os jogos dialógicos existentes entre desenvolvedores e usuários de sistemas de informação. Como concebido neste artigo, o processo de comunicação sempre aconteceu na imbricação de ambos os lados-emissor e receptor-pois que estes se comutam, quer em situações face-a-face mais simples, quer em situações de interação mais complexas, como as mediadas por tecnologias. Porém, é na contemporaneidade que isso se torna mais evidente, pela dinâmica multiplicação de fontes e canais nas produções de
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
FIGURA -Exemplo de busca no Google ..............................................................................32 FIGURA -Busca de pacotes pela ferramenta apt.. ................................................................39 FIGURA -Tela inicial para instalação do sistema Debian GNU/Linux................................50 FIGURA -Seleção de idioma para o processo FIGURA -Seleção do layout de teclado................................................................................ No início da década de 90, o desenvolvimento de aplicações gráficas facilitou o uso dos PCs (também chamados desktops) por parte de quaisquer pessoas e permitiu a sua introdução nos lares, onde, a partir de 1994, com a chegada do CD-ROM, o computador fez sucesso por possibilitar o trabalho no campo do entretenimento com músicas, vídeos e jogos.
As universidades tiveram sua parcela de contribuição para a expansão do uso do PC, com a utilização pelos estudantes na preparação de tarefas e trabalhos. Ainda na mesma década, com a evolução da Internet, os computadores pessoais assumiram papéis ainda mais importantes no cotidiano das pessoas, facilitando a comunicação, a interação e o trabalho dos usuários.
Tudo isto somente foi possível graças à evolução do conjunto que forma a base da computação: os componentes físicos, os programas e as pessoas. O foco desta pesquisa são os programas, mais especificamente os sistemas operacionais. O sistema operacional é o software (programa) que permite a interação entre os outros dois componentes de um sistema computacional. É interagindo com o sistema operacional que os usuários (pessoas) podem obter resultados a partir de seus computadores.
Existem diversos sistemas operacionais, alguns deles específicos a uma plataforma de hardware (componentes físicos, como placas e dispositivos) e outros mais abrangentes. Os sistemas dividem-se também entre proprietários -aqueles que pertencem a uma organização e geralmente exigem pagamento de licenças por sua utilização -e livres -sistemas que podem ser utilizados sem o pagamento de licenças. Praticamente todos os sistemas operacionais livres também são de fonte aberta (open source), o que significa que o código fonte do sistema é disponibilizado ao usuário. O sistema operacional livre focado neste trabalho é GNU/Linux, sob a distribuição do projeto Debian.
Desde sua criação, o sistema Linux sempre foi considerado um sistema operacional de difícil utilização por pessoas com pouco conhecimento técnico sobre computação. Esta crença fez com que o sistema fosse adotado muito mais em servidores de empresas do que em computadores pessoais de usuários domésticos, onde o reinado dos sistemas proprietários se estabeleceu.
Nos últimos anos, isto desencadeou uma busca, por parte dos desenvolvedores de Linux, pela criação de distribuições do sistema com ferramentas mais amigáveis ao utilizador e mais compatíveis com os hardwares dos PCs domésticos. Desde o ano de 2005, o Governo Federal do Brasil tem incentivado a comercialização de computadores pessoais com o sistema Linux instalado. A força conjunta entre desenvolvedores independentes e os governos de diversos países está tornando cada vez mais possível a adoção do Linux nos desktops dos usuários domésticos e de empresas.
Os sistemas operacionais proprietários, utilizados na grande maioria dos computadores pessoais no Brasil, quase sempre não possuem licença de uso por parte de seus utilizadores, estando estes sujeitos a multas por uso de software ilegal. O preço da licença de um sistema operacional proprietário é alto se relacionado com o poder aquisitivo da sociedade brasileira de forma geral. Este fator encarece o processo de aquisição de um microcomputador com software legalizado para as famílias de média e baixa rendas, onde o Linux entra em cena, barateando consideravelmente os custos.
Mesmo contando com um conjunto completo de ferramentas alternativas gratuitas e livres (que podem permitir a obtenção dos mesmos resultados de ferramentas proprietárias), o sistema Linux tem encontrado certa dificuldade para atingir os computadores pessoais.
O presente trabalho pretende demonstrar funcionalidades e ferramentas em um desktop Linux, identificando programas que atendem satisfatoriamente às necessidades de um usuário comum, em termos de obtenção de resultados, facilidade de operação e compatibilidade com softwares proprietários. Este livro destina-se principalmente aos usuários iniciantes em Linux, por este motivo, preocupa-se em demonstrar programas sem maiores aprofundamentos técnicos e prioriza o uso da interface gráfica em vez da linha de comandos.
-O SISTEMA OPERACIONAL LINUX
O Linux é um sistema operacional de código fonte aberto, derivado do Unix e poderoso o suficiente para ser adotado em servidores do mundo todo para as mais diversas tarefas.
Por este motivo, durante vários anos, os usuários de computadores pessoais acreditavam que a utilização de Linux estava reservada a administradores de redes e servidores. De fato, durante um bom tempo, a grande preocupação dos desenvolvedores era somente com as funcionalidades de servidor oferecidas pelo Linux.
Felizmente, um grande esforço tem sido realizado pela comunidade de software livre em geral para tornar o Linux uma alternativa bastante atrativa aos usuários de desktops do mundo todo. Este capítulo aborda um pouco da história do Linux e as razões para sua utilização.
-Origens de Unix e Linux
Devido à sua origem, Linux implementa boas características dos sistemas Unix, como por exemplo, a maioria dos comandos de linha de comando (que são válidos nos dois sistemas operacionais). Os sistemas Unix e seus derivados são confiáveis e muito famosos por sua segurança, mas ao contrário do que possa parecer, o alto nível de segurança de Unix não era um dos principais objetivos do projeto de Thompson e Richie.
-Origem do Unix e sua relação com a Internet
-GNU, Free Software Foundation e o kernel de Linus Torvalds
A idéia de software livre de Richard Stallman (formado em Física pela Universidade de Harvard -EUA) nasceu quando ele ainda era integrante de um grupo de hackers do laboratório de inteligência artificial do MIT. Stallman utilizava uma impressora para colocar no papel os códigos de programação que escrevia e resolvia quaisquer problemas eventuais com o equipamento, pois era conhecedor de seus códigos. Quando a impressora foi substituída, Stallman pediu ao fabricante do novo equipamento os códigos-fontes e não recebeu resposta positiva. Assim, iniciou uma busca por tornar acessíveis os códigos guardados secretamente pelos fabricantes. Surgiu então a idéia de software livre e da Free Software Foundation (Fundação do software livre, comumente referenciada como FSF).
Em meados de 1984, Richard Stallman iniciou seus trabalhos em uma parte do projeto GNU, pretendendo criar um grupo de livre compartilhamento de software, pois acreditava que se ele gostasse de um programa, precisava compartilhar o mesmo com outras pessoas que também gostavam dele. O projeto GNU tinha como objetivo a criação de um sistema operacional que fosse compatível com o padrão Unix. Este fato ia de encontro aos direitos autorais do Unix, motivo pelo qual a FSF criou uma licença denominada GPL (General Public Licence -Licença Pública Geral). A licença tinha como base a livre distribuição do software, o direito ao estudo, à modificação e ao aperfeiçoamento por quaisquer pessoas, sem que fosse exigido pagamento de licenças. Um novo sistema operacional estaria sendo criado pelo projeto GNU, seguindo os requisitos da GPL.
A FSF havia criado grande parte de um sistema operacional com base em Unix, mas o componente essencial (o kernel) não fora desenvolvido até meados de 1991. Neste ano, Linus Benedict Torvalds era formando de Ciência da Computação na universidade de Helsink (Finlândia) e havia iniciado trabalhos no desenvolvimento de um sistema operacional baseado no Minix (sistema para fins acadêmicos desenvolvido pelo Dr. Andrew Tanenbaum).
Linus enviou uma mensagem a um grupo pela Usenet (uma espécie de grupo de notícias em uma rede anterior à Internet), na tentativa de conseguir pessoas que auxiliassem em seu projeto e disponibilizou, em 05 de Outubro de 1991, a versão 0.02 de seu trabalho (o kernel de Linux e seu código-fonte) para que todos pudessem contribuir. O kernel de Linux, o gerenciador de boot (inicialização) e o compilador GCC eram compilados em Minix e depois de um certo ponto, era possível iniciar o sistema no próprio Linux e compilar os outros programas.
Em 1994, a versão 1.0 do kernel foi disponibilizada e em 1995, surgiram as primeiras distribuições Linux, advindas da união entre o kernel de Torvalds e as ferramentas desenvolvidas pelo projeto GNU. Esta união fez com que o sistema fosse reconhecido pela FSF como GNU/Linux, mas esta denominação não é uma regra.
-Kernel modular e monolítico
O kernel é a parte principal do sistema operacional. É ele o responsável por manter o funcionamento de todos os dispositivos do sistema, bem como o gerenciamento da memória e dos processos. Para que os dispositivos funcionem adequadamente, os drivers associados a eles podem ser configurados dentro do kernel ou como módulos separados. Isto define os conceitos de kernel monolítico e kernel modular (microkernel), respectivamente.
Ambos os tipos de kernel possuem sua aplicação. O monolítico, utilizado mais em servidores de produção, onde o suporte aos dispositivos precisa de pouca ou nenhuma alteração, ou seja, compila-se o kernel somente com os drivers dos dispositivos instalados no sistema e que provavelmente não sofrerão mudanças, ou seja, não serão removidos. Este é o tipo de kernel utilizado por Linux.
O microkernel (modular) é flexível e usado quando se necessita adicionar ou remover o suporte a determinados dispositivos de forma dinâmica e prática, ou seja, os módulos são carregados enquanto o dispositivo estiver em uso e depois são descarregados, liberando a memória do sistema. O microkernel mantém o suporte aos componentes mais básicos no espaço de memória do kernel e os serviços como redes e vídeo são executados no espaço de memória do usuário.
-Motivação para migrar para Linux
Para alguns usuários de desktops, substituir seus sistemas operacionais atualmente em funcionamento pelo Linux representa um desafio difícil e um processo doloroso, para outros, a troca representa uma evolução prazerosa. Diversos pontos devem ser analisados quando se considerar a hipótese de utilizar Linux no lugar de outros sistemas operacionais, como Microsoft Windows, por exemplo. Na análise destes fatores, a maioria deles aponta diretamente as vantagens de um sistema Linux, dentre os quais destacam-se neste trabalho: segurança, custo, compatibilidade de programas, melhor aproveitamento do hardware e suporte.
-Segurança
Sistemas de bases de dados públicas de segurança, como BugZilla, fazem com que os softwares livres (Linux e seus aplicativos) possuam uma possibilidade de correção de erros em menor intervalo de tempo.
O código-fonte disponível e a programação na linguagem C, possibilitam que quaisquer programadores possam descobrir, corrigir e até mesmo disponibilizar as correções para o sistema em questão de poucos dias ou horas. De encontro a isto, os sistemas Microsoft Windows somente recebem manutenção pelo fabricante, o que acaba tornando o tempo para a correção de falhas relativamente maior.
Este tipo de agilidade na correção de vulnerabilidades e a estrutura do sistema com relação às permissões de acesso, fazem de Linux um sistema operacional muito seguro e difícil de violar. Boa parte dos boletins de segurança de Microsoft Windows referem-se a falhas que permitem a um atacante remoto tomar o controle da máquina ou executar códigos maliciosos no computador atingido. Falhas nos aplicativos também fazem os sistemas Microsoft perderem pontos com relação à segurança, como no caso do browser Internet Explorer e controles de tecnologia ActiveX (ambos da Microsoft).
Linux possui navegadores de código aberto, mas isto não significa que eles estão livres de falhas, entretanto, como citado anteriormente, a comunidade está sempre trabalhando para corrigir os problemas o mais rápido possível, o que merece um voto de confiança dos usuários.
-Custo
Excelentes distribuições de Linux estão disponíveis para download na Internet e sem que se exija pagamento por elas. Outros sistemas, como Microsoft Windows e MACOS (da Apple), custam algumas centenas de dólares e no caso da Microsoft, se um usuário desejar migrar para o mais novo Windows (no momento desta escrita, chamado Vista), deverá considerar o investimento em hardware também. Além da licença do sistema operacional, é preciso considerar também as licenças dos programas que serão utilizados e de antivírus.
Em qualquer caso, Linux é imbatível, pois quando um usuário precisar comprar uma mídia de instalação de uma distribuição de Debian GNU/Linux, por exemplo, pagará somente o valor referente à mídia aos revendedores autorizados, o que custará, em moeda brasileira, em torno de R$ 40,00 (menos de $ 20,00 por 3 DVDs ou 22 CDs). É importante lembrar que o custo da mídia é pago somente uma vez e que Debian também está disponível gratuitamente para download. Uma cópia de Microsoft Windows custa em torno de $ 300,00 e de MACOS X, $ 400,00. Sobre os programas a serem utilizados em Linux, a maioria dos aplicativos é liberada de forma gratuita e com código fonte, sob a GPL.
-Disponibilidade de programas
Para realizar as tarefas possíveis em outros sistemas operacionais, os usuários de Linux têm à sua escolha uma vasta gama de aplicativos livres. Boa parte destes aplicativos estão disponíveis nas mídias de instalação das distribuições (Debian 4.0 conta com mais de 18200 pacotes de software).
Os bons aplicativos construídos para GNU/Linux tendem a ser compatíveis com formatos proprietários de outros sistemas e também buscam manter a facilidade de uso dos programas comerciais. Infelizmente, em alguns casos, a compatibilidade não é total, devido à característica do código fechado dos programas comerciais, que dificulta o desenvolvimento de softwares livres compatíveis. A grande vantagem dos aplicativos de Linux é que estes sofrem atualizações mais freqüentes, além de serem gratuitos. Para um usuário que está migrando de outro sistema operacional, é fundamental que conheça os programas substitutos para que possa adaptar-se ao uso de Linux sem sentir a falta de alguns aplicativos essenciais ao seu trabalho diário.
-Suporte e Desenvolvimento
O suporte para Linux pode ser vendido por algumas distribuições ou pode ser obtido diretamente na Internet, através dos inúmeros sites dedicados à solução de problemas dos mais variados níveis de dificuldade. A documentação existente para Linux é tão boa quanto à documentação existente para Microsoft Windows. Milhares de páginas de manuais são criadas pela comunidade de software livre, com explanações sobre a instalação de programas, configurações e utilização geral do sistema e seus aplicativos.
Em Linux, é possível entrar em contato com os desenvolvedores e relatar falhas encontradas nos códigos dos aplicativos ou durante a utilização dos mesmos, obtendo uma resposta rápida e precisa acerca do assunto tratado. Assim, o suporte e o desenvolvimento caminham juntos na comunidade de software livre, pois a cada falha relatada, uma correção é desenvolvida e liberada. Em alguns casos, o desenvolvimento de novas versões de aplicativos (para solucionar problemas dos usuários ou para melhorar a funcionalidade dos softwares) inspira os fabricantes de programas proprietários, como é o caso do sucesso dos navegadores com abas, funcionalidade já conhecida nos browsers de Linux e que foi implementada posteriormente no Internet Explorer.
Os ciclos de lançamento de novas versões de Linux e de seus aplicativos são mais curtos do que os de lançamento de outros sistemas, como Microsoft Windows, por exemplo.
-Estrutura e regras básicas do sistema Linux
Conhecer um sistema operacional por completo, entendendo todos os recursos oferecidos pelo mesmo, pode levar anos de estudo e utilização. O Linux oferece muitas ferramentas para desktops e servidores e tem um grande e importante grupo de comandos de shell (interface de linha de comando), no estágio de desenvolvimento das distribuições atuais, os comandos chegam a ser dispensáveis aos usuários iniciantes que gostam de facilidade, salvo alguns essenciais. Com o tempo e a prática, se as necessidades surgirem, os usuários entenderão os motivos de se falar tanto no poder do shell, mas é importante que os usuários conheçam pelo menos a estrutura básica do sistema para um primeiro contato com Linux.
-A estrutura de arquivos em Linux
O sistema de arquivos de Linux esconde os detalhes dos discos, apresentando ao usuário um modelo que não depende dos dispositivos físicos que armazenam a informação, ou seja, os arquivos não precisam pertencer à mesma unidade de disco. Por exemplo, quando um usuário visualiza a estrutura de arquivos, enxerga diretórios do sistema como /etc, /var e criados por ele mesmo, como /dados. Cada um destes diretórios pode estar em um disco diferente, mas todos serão vistos como se estivessem em um mesmo dispositivo. O modelo lógico de organização baseia-se no conceito de diretório, onde os arquivos são organizados em diretórios (pastas, em outros sistemas operacionais) e cada diretório pode possuir vários subdiretórios e conter diversos arquivos. O conjunto de diretórios e arquivos forma um sistema de arquivos raíz, ou "árvore" de diretórios.
Em Linux, todos os diretórios possuem nomes formados por letras, números ou símbolos (exceto o diretório raiz, representado por / e chamado de "barra", "slash", "raiz" ou "diretório raiz"). O diretório raiz encontra-se no topo da hierarquia e possui diversos subdiretórios, como /etc, /var e /usr. Esses subdiretórios também são subdivididos, como em /etc/init.d/ e /usr/local/bin/. Chama-se de árvore de diretórios a representação do conjunto de diretórios e subdiretórios da hierarquia do sistema.
Quando se deseja apontar para um arquivo em Linux, às vezes é necessário informar a seqüência completa de subdiretórios que devem ser percorridos a partir de / para se chegar ao arquivo, o que se chama de "nome de arquivo totalmente qualificado", "caminho absoluto" ou simplesmente "caminho". Por exemplo, se um usuário deseja referenciar um arquivo que está no diretório /usr/local/bin e é chamado de iceweasel, o nome do arquivo é simplesmente iceweasel, mas o caminho (path) ou nome absoluto é /usr/local/bin/iceweasel. Uma barra (/) sempre é colocada entre cada nome de diretório ou arquivo para identificar uma ramificação (note que em Linux usa-se uma barra comum, ao contrário de Microsoft Windows, que usa uma barra invertida "\" para identificar caminhos de arquivos).
Linux possui diversos tipos de arquivos, dentre regulares (comuns, como arquivos texto por exemplo), do tipo dispositivo (que representam dispositivos físicos como /dev/hda), diretórios (que são apenas arquivos especiais em Linux) e vínculos simbólicos. Estes últimos, mais conhecidos como symbolic links ou links, são de muita utilidade aos usuários e administradores de Linux, pois possuem a capacidade de apontar para um caminho absoluto de um arquivo ou diretório, substituindo o mesmo durante a execução de comandos no sistema. Para elucidar este conceito, segue o exemplo: se o sistema possui duas versões diferentes do mesmo programa instaladas, é possível criar um link que aponte sempre para o programa mais recente. Neste caso, se o usuário possuir duas versões do programa Firefox (1.5 e 2.0) instaladas em /usr/lib/firefox-1.5/firefox e /usr/lib/firefox-2.0/firefox, é possível criar um link em /usr/bin/firefox apontando para /usr/lib/firefox-2.0/firefox, que é a versão mais nova do programa, bastando referenciar "firefox" para que o sistema execute a versão indicada pelo link, neste caso, a versão mais recente. Muitas outras utilidades existem para os links, bastando que o usuário familiarize-se com o sistema para identificá-las facilmente.
Independentemente de serem links, arquivos regulares ou diretórios, os nomes de arquivos em Linux são case-sensitive, o que equivale dizer que diferenciam-se as letras maiúsculas e minúsculas. Assim, Arquivo01 é diferente de ARquivo01, simplesmente pelo fato da letra R ser maiúscula no segundo caso e minúscula no primeiro. Este é um ponto importante e que exige adaptação de usuários de outros sistemas operacionais não baseados em Unix.
Além do caminho absoluto dos arquivos, é comum que os usuários ouçam o termo "caminho relativo". Esta expressão significa o caminho de um arquivo, partindo-se do diretório atual. Se o diretório em que se encontra o usuário é /home/simba, um arquivo de caminho absoluto /home/simba/web/pagina.html é referenciado de forma relativa por /web/pagina.html, uma vez que o diretório web está abaixo do diretório atual do usuário. Em um shell de comandos, o diretório corrente é representado por um ponto (.) e o diretório imediatamente superior ao atual é representado por dois pontos (..), assim, seria equivalente dizer que o caminho relativo do arquivo citado é ./web/pagina.html ou ../simba/web/pagina.html.
-Principais diretórios em Linux e sua utilização
Alguns diretórios em Linux assumem um papel padrão dentro do sistema, independentemente da distribuição utilizada. Os arquivos são organizados nos diretórios, na maioria dos casos, por seu objetivo ou utilidade. Desta maneira, o sistema fica sempre organizado, sendo fácil encontrar um arquivo quando necessário.
Alguns diretórios principais são:
• / -representa o diretório raiz, o topo da hierarquia;
• /bin -diretório que contém utilitários básicos de linha de comando;
• /boot -inclui os comandos e arquivos necessários para Linux inicializar, como GRUB e o kernel, por exemplo;
• /dev -dispositivos, que podem ser acessados por programas que processam arquivos convencionais. Dispositivos como /dev/hda1, representam uma partição do disco rígido e é preciso ter cautela na manipulação destes dispositivos para evitar problemas no sistema;
• /etc -diretório onde são gravados os arquivos de configuração globais do sistema e da maioria dos aplicativos e ferramentas;
• /home -os usuários que interagem com o sistema e não possuem privilégios administrativos, possuem seus arquivos guardados em um diretório com seu nome dentro do diretório home. Por exemplo, os arquivos do usuário simba ficam guardados em /home/simba, que é chamado o diretório principal de simba (representado no shell de comandos por um sinal gráfico til (~);
• /lib -guarda as bibliotecas exigidas por diversos aplicativos e também pelo kernel do Linux;
• /proc -diretório virtual (não existe fisicamente) mantido pelo kernel do Linux.
Nele são guardadas informações sobre os processos ativos, sobre o estado das portas, sobre as redes, módulos e sobre o funcionamento geral do computador no momento;
• /root -o diretório principal do usuário root, separado dos diretórios de /home. Por padrão, os arquivos deste diretório pertencem ao usuário root e não podem ser modificados por usuários comuns do sistema;
• /sbin -guarda muitos comandos de administração do sistema;
• /tmp -dedicado a arquivos temporários do sistema e geralmente é esvaziado pelo programa "cron" em um intervalo de dias;
• /usr -diretório que armazena programas e dados disponíveis a todos os usuários do sistema, podendo ser compartilhado entre diversas estações de trabalho;
• /var -contém dados variáveis da sessão, como arquivos de registros (logs), grupos de impressão e arquivos temporários;
-Permissões de acesso a arquivos e diretórios
Todos precisam de uma conta de usuário para interagir com um sistema Linux e cada conta tem privilégios que variam de acordo com o comando ou diretório utilizado. As contas são organizadas em grupos e por padrão, os usuários com o nome igual ao do grupo são os únicos membros dele. Um grupo é criado automaticamente quando se adiciona um usuário ao sistema, mas é possível organizar usuários em novos grupos, podendo configurar direitos e privilégios tanto individualmente como por grupos. Por exemplo, o grupo simba possui como membro o usuário simba, que por sua vez, pode pertencer a outros grupos do sistema como um grupo chamado de usuariosVIP. Assim, as permissões do usuário simba, do grupo simba e do grupo usuariosVIP são aplicáveis ao usuário simba.
Para prover segurança e integridade ao sistema, Linux possui um esquema de permissões de acesso para cada arquivo ou diretório, que são especificadas separadamente para três categorias de usuários:
• o usuário que é dono do arquivo (user);
• usuários que fazem parte do grupo ao qual o arquivo pertence (group);
• todos os outros usuários (other).
Para arquivos, cada permissão correspondente possibilita:
• ler (read): para examinar o conteúdo do arquivo;
• escrever (write): para modificar o arquivo;
• executar (execution): para executar o arquivo como um comando.
Para os diretório, cada permissão correspondente possibilita:
• ler: para listar o conteúdo do diretório;
• escrever: para adicionar ou remover arquivos no diretório;
• executar: para acessar arquivos no diretório.
A permissão de execução no diretório significa também que é permitida a visualização dos atributos dos arquivos pertencentes a ele. Estes atributos podem ser resumidos como sendo o tamanho de cada arquivo e a data e hora de sua última modificação.
Em um ambiente gráfico, é fácil identificar as permissões aplicadas sobre determinado arquivo, mas em uma interface de linha de comando, existem algumas definições que devem ser elucidadas. Quando se executa o comando "ls -l" (sem aspas) em um terminal, uma saída é obtida semelhante ao seguinte exemplo: drwxr-xr-x 2 simba simba 640 2007-01-30 12:37 Diversos Temas-1 -rw-r--r--1 simba usuariosVIP 3676526 2007-01-30 11:48 Ameno_Remix.ogg -rw-r--r--1 simba simba 8003790 2007-01-25 16:42 Conquest_of_Paradise.ogg -rw-r--r--1 simba simba 3725989 2007-01-23 10:57 Don't_Worry_Be_Happy.ogg O primeiro caractere da linha representa o tipo de arquivo. Se este caractere não for um hífen, então não é um arquivo normal, podendo ser um diretório (se o caractere for "d") ou um vínculo (l), ou outros tipos de arquivos.
As permissões do arquivo são representadas pelos próximos nove caracteres, três caracteres para o dono, mais três para o grupo proprietário e mais três para todos os outros usuários do sistema, respectivamente.
Em seguida, tem-se o número de ligações diretas (hard links) para o arquivo, o nome do usuário que é o dono do arquivo, o nome do grupo ao qual o arquivo pertence, o tamanho do arquivo em bytes (usar o modificador -h no comando para que o tamanho do arquivo seja exibido de uma forma mais amigável), a data e hora do arquivo e o nome do mesmo.
Os caracteres r, w e x, significam ler, escrever e executar, nessa ordem. Se for considerada a segunda linha da saída do comando citado, para usuário simba (dono do arquivo), tem-se os três primeiros caracteres como "rw-" (pode ler e escrever, mas não executar), para o grupo usuariosVIP tem-se "r--" (apenas leitura) e para os demais usuários a mesma permissão de usuariosVIP (r--).
-Comandos úteis
Apesar de contar com ferramentas gráficas muito boas, o verdadeiro poder de Linux encontra-se nas linhas de comandos. Através de um shell é possível realizar tarefas que muitas ferramentas gráficas não conseguiriam e além disso com muita eficiência e velocidade.
Os comandos geralmente possuem modificadores, que são argumentos (letras ou palavras) digitados após os nomes dos comandos para que se obtenha resultados diferentes e adaptados às diversas necessidades. Por exemplo, o comando "ls", utilizado para listar os arquivos em um diretório, se digitado desta forma apenas exibe os arquivos sem detalhes, além de não exibir arquivos ocultos no diretório.
Os modificadores l, a e h realizam as tarefas de exibir os arquivos em uma lista, os arquivos ocultos e exibir o tamanho dos mesmos em uma forma de fácil leitura por humanos (MB, GB, etc). A ordem dos modificadores neste caso não é importante, desta maneira, o comando completo ficaria: $ ls -lah Aqui serão apresentados apenas alguns comandos básicos do sistema, dentre os muitos existentes. Para obter mais informações sobre os comandos, recomenda-se ao usuário ler as páginas de manuais dos mesmos, digitando # man comando Onde "comando" é substituído pelo comando propriamente dito. Para fechar uma página de manual, basta pressionar a tecla q. Segue a breve lista:
• ls: listar arquivos em um diretório. Modificadores mais comuns: l, a, h;
• cd: mudar o diretório de trabalho ativo. Se digitado na sua forma mais simples, leva o usuário ao seu diretório home. Se utilizado com um argumento indicando o caminho absoluto ou relativo de outro diretório, torna este o diretório atual. Exemplo: cd /usr/local, cd /etc/apt, cd .. (um diretório acima), cd ~ (vai para home do usuário também);
• pwd: exibe a informação de qual é o diretório de trabalho ativo no momento;
• mv: mover ou renomear um arquivo. Exemplo: mv /etc/arquivo1 /etc/arquivo2, faz com que o arquivo1 seja renomeado para arquivo2, ao final do comando, arquivo1 deixa de existir;
• cp: copia arquivos entre diretórios. Exemplo: cp /etc/arquivo1 /etc/arquivo2, faz uma cópia de arquivo1 para arquivo2 e ambos continuam existindo ao final da execução do comando;
• rm: remove ou apaga um arquivo. Se utilizado com os argumentos r e f pode apagar um diretório mesmo que contenha dados. Exemplo: rm /etc/arquivo1, apaga arquivo1. Muito cuidado com este comando, pois se utilizado de maneira equivocada com o usuário root pode comprometer seriamente o sistema;
• cat, less e more: utilizados para ler arquivos em formato texto. O cat gera uma saída única, enquanto que less e more geram uma saída que pode ser paginada com as teclas direcionais (setas do teclado);
• ps: exibe um instantâneo dos processos atualmente em execução. Os uso mais comum deste comando é: ps aux, que exibe todos os processos, mesmo de outros usuários;
• top: permite um monitoramento contínuo dos processos em execução, ao contrário de ps que apenas exibe uma página fixa. Para encerrar, basta pressionar q;
• lsmod: exibe os módulos carregados no sistema;
• rmmod (ou modprobe -r): remove um módulo do kernel, por isso exige como argumento o nome do módulo a ser removido, por exemplo: rmmod spca5xx;
• modprobe: carrega um módulo do kernel, por isso também exige o nome do módulo como argumento;
-Suporte a hardware no Linux
Os dispositivos (device drivers ou somente devices) são arquivos especiais utilizados pelo sistema Linux para obter acesso aos recursos presentes no computador. Todos os periféricos e recursos do sistema são acessados pelo kernel através de dispositivos. Por exemplo, para acessar a Internet, será necessário um dispositivo, para utilizar um terminal, outro, para acessar um disco rígido, outro dispositivo. Nos sistemas GNU/Linux encontram-se duas categorias de dispositivos: os do tipo caractere e do tipo de bloco.
Os dispositivos do tipo caractere são aqueles em que a transferência de dados é realizada de modo serial, ou seja, um caractere por vez. Estes dispositivos são identificados na saída do comando "ls -l" tendo um "c" como o primeiro caractere da linha. Alguns exemplos para estes dispositivos são portas paralelas (impressoras), portas seriais (modems), dispositivos de áudio, terminais, teclado, mouse, etc.
Os dispositivos do tipo bloco diferenciam-se do tipo caracter no que tange a transferência de dados, que neste caso é feita por blocos, oferecendo grande quantidade de dados por vez. Estes são identificados na saída do comando "ls -l" por possuírem o caracter "b" como primeiro da linha. Aqui, em geral, encontram-se os dispositivos de armazenamento tais como disquetes, discos rígidos, CD-ROMs, dispositivos USB (memória eletrônica), entre outros. Existe uma grande quantidade de dispositivos específicos, entretanto, no presente documento, somente os mais utilizados pelos usuários de desktop serão abordados.
-Unidades de armazenamento e mídia externa
Os discos rígidos ligados às controladoras IDE recebem uma identificação padrão de Linux para depois serem acessados pelo sistema através de um dispositivo. O esquema de nomenclatura para estes discos é constituído do prefixo "hd", seguido de uma letra, começando em "a", para a seqüência de discos encontrados nas controladoras, iniciando em IDE1/mestre (hda), depois IDE1/escravo (hdb), em seguida IDE2/mestre (hdc) e IDE2/escravo (hdd).
As partições existentes nos discos recebem uma identificação composta da identificação do dispositivo e um número seqüencial, sendo que para cada disco, a contagem começa em 1. Desta maneira, a primeira partição do disco hda é hda1, a segunda é hda2, a primeira partição do disco hdb é hdb1, e assim sucessivamente.
Quanto aos dispositivos de CD-ROM, existem atalhos simbólicos que indicam em qual dos dispositivos reais eles se encontram. Isto é necessário porque os CDs podem ser instalados em quaisquer dos canais IDE (primário, secundário) em qualquer posição (mestre, escravo) e antigos hardwares de CD-ROM que não utilizavam a controladoras IDE para serem conectados ao sistema. Geralmente o link simbólico utilizado é /dev/cdrom.
-Unidades SCSI
Na versão 2.4 do kernel, os gravadores de CD-RW e DVD-RW são acessados como se fossem dispositivos SCSI. Por este motivo, eles devem utilizar os dispositivos SCSI do sistema, que são nomeados segundo uma regra semelhante àquela aplicada para os discos IDE, diferenciando-se pelo prefixo utilizado, "sd" em vez de "hd".
Os dispositivos de memória removíveis, como pendrives e câmeras digitais modernas, também são reconhecidos, na maioria das vezes, como dispositivos SCSI, recebendo uma denominação como sda, sdb, etc.
-Disquetes
Os disquetes em GNU/Linux são acessados pelos dispositivos com prefixo /dev/fd (fd vem de floppy disk), seguidos de um número indicando a seqüência das unidades, iniciando em 0. Assim, a primeira unidade de disquete será fd0 (corresponde a A: em Windows).
Opcionalmente, pode existir a indicação da densidade do disco, como a seguir:
• fd0d360 -primeira unidade de disquete, formato baixa densidade, capacidade 360 KB -corresponde aos disquetes de 5.1/4" DD (double density -dupla densidade);
• fd0u1440 -primeira unidade de disquete, formato alta densidade, capacidade 1440 KB -corresponde aos disquetes de 3.1/2", HD (high density -alta densidade);
• fd1 -segunda unidade de disquete, em Windows corresponde a B:. Em algumas situações, como no caso de formatação via shell, é necessário referir-se a um dispositivo específico, indicando a densidade da mídia.
-Sistema de áudio e multimídia
A partir do kernel 2.6 de Linux, o sistema ALSA (Advanced Linux Sound Architecture) foi incluído e aperfeiçoado em Linux, provendo novas funcionalidades (existe também ALSA para kernel 2.4) e substituindo o antigo sistema de som OSS (Open Sound System). ALSA corrige problemas com velhos drivers, que somente funcionavam considerando uma única CPU por desktop.
Importantes funcionalidades como o suporte para hardwares mais novos (incluindo dispositivos USB de áudio e MIDI), suporte para a utilização de dispositivos de som em conjunto e diferentes dispositivos de som no mesmo sistema também são dignos de destaque.
Entretanto, os usuários de desktops precisam de suporte não somente a placas de som, mas também a webcams, adaptadores de rádio/TV e gravadores de vídeo digital. Em todos os casos, o suporte em Linux foi melhorado com o kernel 2.6. O sistema V4L (Video for Linux -Vídeo para Linux), recebeu atualizações durante o desenvolvimento do kernel 2.6, incluindo o suporte a mais funcionalidades das placas de TV e câmeras de vídeo. O kernel Linux 2.6 também inclui o primeiro suporte interno para equipamentos de DVB -Digital Video Broadcasting (Emissão de Vídeo Digital). O DVB é um padrão europeu utilizado por muitas operadoras de TV por assinatura e possibilita, por exemplo, transmitir mais de um programa por canal ao mesmo tempo.
Os dispositivos internos utilizados para acesso a recursos multimídia são diversos, em geral, placas de captura de vídeo e webcams são reconhecidas em /dev/video0 e /dev/video1 e as placas de áudio podem utilizar mais de um dispositivo, dependendo do sistema de som instalado (OSS ou ALSA).
-Portas seriais e paralelas
As placas de fax-modem, em geral, são divididas em hardmodem e softmodem. As placas do tipo hardmodem utilizam dispositivos de portas seriais, conhecidos em Linux por ttyS0 (COM1), ttyS1 (COM2), etc. Os softmodems, também chamados winmodems, utilizam um dispositivo especial criado pelos drivers para sua instalação. Este tipo de modem possui bom suporte na versão 2.6, mas em algumas distribuições são encontradas dificuldades na sua instalação, devido ao fato de serem hardware específico para determinados sistemas operacionais (Microsoft Windows, de onde vem o nome winmodem).
As portas paralelas são referenciadas pelo sistema utilizando os dispositivos lp0, lp1 e no caso das impressoras que utilizam o barramento USB, estes dispositivos ficam localizados em /dev/usb, onde são mantidos as mesmas definições de nomenclatura.
-Placas de vídeo com aceleração 3D
As placas de vídeo, de uma forma geral, são bem suportadas em Linux. O hardware é detectado pelo instalador e o driver básico é instalado automaticamente, entretanto, a aceleração 3D destes dispositivos (importante para a utilização de jogos e softwares de trabalhos gráficos) é suportada por drivers específicos dos fabricantes do hardware.
As principais fabricantes de placas deste tipo desenvolvem drivers de seus produtos para Linux. Infelizmente, os códigos-fontes destes drivers são indisponíveis à comunidade, o que impede um melhor trabalho na construção de tais programas pelos desenvolvedores de Linux.
Dentre os fabricantes mais conhecidos, como ATI (comprada pela AMD) e nVidia, este último é o que oferece melhor suporte à plataforma Linux. Os drivers oferecidos pela AMD/ATI, na ocasião desta escrita, são de instalação mais complexa e não oferecem o devido suporte, obrigando os desenvolvedores da comunidade de Software Livre a criarem alternativas. A compra da ATI pela AMD gerou expectativas nos usuários de Linux no sentido de que o suporte fosse melhorado e depois de algum tempo indecisa, a AMD iniciou um processo de abertura das especificações das placas a partir da R500, permitindo aos interessados desenvolverem drivers de código aberto.
O descaso de algum tempo da companhia ATI com a comunidade foi irritante para Richard Stallman, que durante uma palestra no MIT por um engenheiro da ATI (Maio de 2006), levantou uma placa com os seguintes dizeres: Don't buy from ATI -enemy of your freedom (Não compre da ATI -inimiga da sua liberdade).
A nVidia, ao contrário da concorrente, mostra-se bastante interessada em colaborar com o suporte de suas placas no Linux já há algum tempo, oferecendo drivers de fácil instalação e com suporte mais completo, além de atualizações freqüentes para os mesmos. Os drivers para as placas nVidia encontram-se em um estágio de maturidade muito satisfatório e oferecem uma excelente experiência em suporte 3D no Linux para seus usuários.
Para efeito de comprovação, no presente trabalho, uma placa ATI Radeon 9600 SE de 128 MB de memória era o hardware de vídeo existente no sistema. O autor foi obrigado a substituir o dispositivo por uma placa nVidia FX 5500 para que os jogos e efeitos 3D pudessem ser demonstrados. É extremamente válido reforçar que a aceleração 3D no presente trabalho foi habilitada na primeira tentativa com o driver proprietário da nVidia.
-Como buscar ajuda nos programas e na Internet
É muito difícil descrever todas as funcionalidades dos programas e de Debian em um único livro, pois muitos programas merecem livros exclusivos pela quantidade de recursos que oferecem.
A primeira coisa que um usuário de software livre deve ter em mente é que seja lá qual for o problema que esteja enfrentando ou a dúvida que tenha, certamente encontrará pessoas na comunidade que possuem a experiência necessária para auxiliar ou encontrará muita documentação e tutoriais sobre cada um dos programas que deseja utilizar.
Para encontrar manuais de utilização pode acessar o menu Ajuda que a maioria dos os programas possuem. Lá podem ser esclarecidas muitas dúvidas sobre o uso de botões da interface ou configurações dos programas.
Algumas vezes, o usuário até conhece de cor as funcionalidades dos botões do programa, mas não sabe exatamente qual o efeito que eles provocam quando pressionados, afinal, a leitura faz com que o usuário memorize os passos, mas somente a prática pode fazer com que ele aprenda e entenda realmente o que está fazendo. Casos como estes podem ser encontrados quando se trata da produção de documentos ou até mesmo na edição de imagens, por exemplo.
Os milhares ou talvez milhões de tutoriais, artigos, dicas e revistas digitais espalhados na Internet podem fazer de um programa desconhecido uma ferramenta valiosa para a comunidade. Pois bem, para encontrar estes valiosíssimos documentos nada melhor do que uma boa ferramenta de buscas e alguns bons websites especializados. O autor recomenda o Google como buscador, pois é muito completo em recursos, basta ler a ajuda do próprio site. Outros websites especializados que merecem créditos pela boa quantidade de material FIGURA 1 -Exemplo de busca no Google disponível são www.debian.org, www.forumdebian.com.br, http://rautu.cipsga.org.br, todos específicos sobre o sistema operacional Debian GNU/Linux. Outros sites tratam de software livre de forma mais abrangente e acabam destacandose pela qualidade dos materiais disponibilizados pelos seus mantenedores ou seus membros, sendo lembrados pelo autor, na ocasião desta escrita: www.vivaolinux.com.br, www.dicasl.com.br, www.linuxsecurity.com.br, www.noticiaslinux.com.br, www.softwarelivre.org, http://under-linux.org, www.bestlinux.com.br, www.guiadohardware.net, www.linuxmall.com.br. Estes agrupam notícias, dicas, artigos, fóruns, tutoriais, códigos, scripts, imagens, venda de livros, CDs e outros produtos sobre software livre.
Além destes, cita-se também o website do distribuidor de cada sistema operacional, caso o usuário experimente outros "sabores" de Linux, como Slackware, RedHat, Fedora, Kurumin, SUSE, Ubuntu, etc.
A quantidade de informações disponível no presente trabalho e nestes endereços pode suprir de forma satisfatória às necessidades básicas de um usuário desktop, mas sempre que uma dúvida surgir e estiver difícil encontrar a solução, é provável que o usuário volte ao
Google e então é necessário ter noção de como fazer uma pesquisa eficiente por palavraschaves.
Quando se procura algo em ferramentas de buscas, é mais eficiente digitar termos relevantes ao assunto e fazer "perguntas curtas", como exemplo: deseja-se buscar uma forma de iniciar um programa automaticamente quando o ambiente KDE for carregado. Neste caso, não é necessário digitar toda a expressão descrita da dúvida, mas simplesmente digitar "KDE iniciar programa" (sem as aspas, pois elas são utilizadas para buscar expressões fixas). Basta fazer o teste e conferir como os resultados que aparecem são exatamente os que resolvem o problema!
-A DISTRIBUIÇÃO DEBIAN GNU/LINUX
As pessoas podem montar seus sistemas GNU/Linux da maneira que desejarem, seja compilando os componentes do sistema (kernel e aplicativos), seja baixando imagens de instalação de sistemas compilados completamente para sua arquitetura de hardware.
Ao contrário do que o usuário inexperiente em Linux pode pensar, Linux não é uma marca de computador e também não é uma marca de sistema operacional. Diferente do sistema Windows, cujas versões são produzidas por uma única empresa, as versões de Linux são disponibilizadas por muitos fornecedores diferentes. Pode-se pensar nisso como times de futebol, onde os instrumentos (bolas, chuteiras) são os mesmos, variando um pouco na marca, mas os componentes das equipes e a forma de jogar é completamente diferente para cada time. No caso de Linux, o núcleo do sistema (kernel) é o mesmo, variando um pouco na versão (2.4, 2.6, etc) mas o conjunto de programas final, ou seja, o sistema operacional de forma completa, comporta-se de maneira distinta de um fornecedor para o outro.
Os fornecedores de imagens do sistema prontas para instalação são conhecidos como distribuidores e eles existem em grande número. A diferença entre as distribuições está nos objetivos para que foram criadas, os programas e padrões usados para distribuir pacotes de aplicativos aos usuários, além do sistema de instalação, praticidade de utilização e ferramentas de manutenção, documentação e suporte. Os conjuntos de software resultantes recebem o nome de Distribuições GNU/Linux.
Muitas distribuições são mantidas por organizações ou empresas, como é o caso de
Red Hat, Mandriva, Debian e Gentoo, por exemplo. Entretanto, devido à característica de código aberto, nada impede que qualquer pessoa possa criar sua própria versão de Linux e distribuí-la, o que explica as mais de 300 distribuições disponíveis. O que faz a diferença neste caso é a qualidade do software produzido, uma vez que as organizações costumam testar muito bem seus conjuntos de software antes de torná-los disponíveis aos usuários, o que acaba tornando apenas 20 ou 30 distribuições mais conhecidas e utilizadas.
Escolher qual distribuição será utilizada cabe a cada usuário, de acordo com o atendimento de suas necessidades. Em geral, recomenda-se que os usuários escolham distribuições que sejam atualizadas e suportem todo o hardware de seus equipamentos.
A escolha de uma distribuição vai além da opinião alheia sobre ela, afinal, o que é bom para um usuário pode não ser satisfatório para outro. Como base para escolha, o usuário pode definir o que espera da distribuição e pesquisar na Internet sobre cada item, por exemplo:
• Minhas placas de vídeo, som, rede e modem são suportadas pela distribuição?
• É possível instalar os programas dos quais necessito e consigo fazer isto sozinho?
• Se eu precisar de ajuda, existem comunidades na Internet, fóruns, suporte gratuito ou mesmo pago? Onde encontro documentação sobre o sistema para que possa aprender mais sobre a distribuição?
• E sobre as atualizações do sistema, o desenvolvimento dela é ativo?
• A distribuição é estável ou existem muitas falhas?
Conforme a busca é realizada, o usuário notará que algumas distribuições providenciam certas facilidades aos usuários, mas não possuem estabilidade suficiente, outras são leves e estáveis, mas não possuem uma comunidade ativa. No presente trabalho, baseando-se nas características de estabilidade, suporte a hardware, documentação, comunidade ativa e facilidade de instalação de programas, será utilizada a distribuição Debian GNU/Linux, em sua versão 4.0.
-O Projeto Debian
-Os pacotes e seu gerenciamento no Debian GNU/Linux
Qualquer pessoa que já tenha utilizado uma distribuição de GNU/Linux terá observado o componente fundamental da maioria das distribuições: os pacotes. Os pacotes fazem parte de um conceito utilizado no mundo Unix há um bom tempo.
Nas distribuições Linux, este conceito adquire um ênfase particular, dado que os sistemas de pacotes levam funcionalidades adicionais, com o interesse de liberar o usuário de tarefas que poderiam ser melhor gerenciadas de forma automática.
Deste interesse surgem os conceitos de pacotes que dependem de outros pacotes, pacotes que entram em conflito com outros, etc. Em qualquer caso, é necessário diferenciar entre o que é o sistema de pacotes e o formato de pacotes, para que não haja confusão.
-Os pacotes no Debian GNU/Linux
Os pacotes em Debian, de forma resumida, são programas colocados dentro de arquivos identificados pela extensão .deb, que incluem o necessário para a instalação do programa, um sistema de checagem de dependências, scripts de automatização para remoção do pacote, listagem de arquivos e outras informações.
Dois tipos de pacotes são distintos em Debian: binário e fonte (source). Os pacotes fontes (source) possuem o código original do programa, descrições sobre os arquivos componentes dos pacotes e são compactados, podendo ser manipulados pelo utilitário dpkgsource. Os códigos fontes destes pacotes, quando compilados, geram os pacotes binários.
Os pacotes binários são aqueles que contêm arquivos executáveis, de configuração, imagens e documentação. Nativamente, Debian utiliza a extensão .deb para este tipo de pacote e possui a ferramenta dpkg para sua manipulação (instalação, remoção, verificação).
Estes tipos de pacotes são os mais comuns entre os usuários, uma vez que facilitam a instalação dos programas. Sem os pacotes, ainda é possível instalar um programa através da compilação do código fonte do mesmo, mas isto dificulta o processo para os iniciantes em Linux.
Os pacotes binários em Debian utilizam uma nomenclatura do tipo "nome_VVV-RRR.deb", onde VVV é o número de versão especificado pelo desenvolvedor original do programa e RRR é o número da revisão Debian, descrito pelo mantenedor Debian do pacote ou por um usuário que faça modificações em quaisquer de seus componentes.
Outros formatos de pacotes podem ser utilizados para a instalação de softwares no Debian, como por exemplo, o formato "rpm", comum ao Red Hat Linux e seus derivados.
Para tal tarefa, os pacotes precisam ser convertidos em pacotes "deb", utilizando o programa alien. Outros codinomes que já foram usados são: "Buzz" para a versão 1.1, "Rex" para a versão 1.2, "Bo" para as versões 1.3.x, "Hamm" para a versão 2.0, "Slink" para a versão 2.1, "Potato" para a versão 2.2, "Woody" para a versão 3.0, e "Sarge" para a versão 3.1. Estes codinomes foram personagens tirados do filme Toy Story feito pela Pixar.
-Gerenciamento de pacotes
-Codinomes das distribuições Debian
-Motivações para utilização de Debian GNU/Linux
-Obtenção das mídias de instalação
Os CDs e DVDs de instalação podem ser obtidos de vendedores oficiais ou pelo download de imagens a partir dos mirrors (espelhos) Debian, por sistemas bittorrent ou jigdo.
No primeiro caso, um valor simbólico referente ao custo das mídias e à mão-de-obra para sua criação serão cobrados do usuário (a distribuição é gratuita, mas as mídias não são
-Seleção de idioma e país de localização
-Definição da senha de root e criação de usuário comum
-Gerenciadores de janelas tradicionais
-Blackbox / Fluxbox
-Enlightenment
Possui um gerenciador de autenticação chamado Entrance, que é mais leve do que KDM do KDE e GDM do GNOME, além suportar os menus de aplicações de ambos.
Enlightenment destaca-se também por implementar o suporte a temas. Exige apenas 32 MB de memória RAM do sistema e apenas 2 MB de memória da placa de vídeo.
-Icewm e FVWM
-XFCE
-Windowmaker
Windowmaker foi desenvolvido pelo brasileiro Alfredo Kojima, fazendo sucesso nos # apt-get install compiz-fusion-kde (usuários de GNOME compiz-fusion-gnome).
-Gerenciador de janelas 3D Compiz Fusion
Para configurar o arquivo do servidor X (/etc/X11/xorg.conf), o usuário deve editar como root para que possa ser regravado. Este arquivo possui uma estrutura própria e se divide em seções que informam os parâmetros de inicialização e funcionamento de dispositivos (como teclado, mouse, monitor), usados pelo servidor X. As alterações que devem ser feitas neste arquivo são:
• Na seção Module: remover a linha Load "dri" e adicionar a linha Load "glx";
• Na seção Screen, logo abaixo de Defaultdepth 24, adicionar as linhas:
Option "RenderAccel" "True"
Option "AllowGLXWithComposite" "True"
Option "AddARGBGLXVisuals" "True"
• Criar uma seção no final do arquivo:
Section "Extensions"
Option "Composite" "Enable"
-Configurações iniciais
Ao iniciar pela primeira vez, KDE executará o Assistente de Configurações para a Área de Trabalho, um programa que orientará o usuário a realizar uma rápida e eficiente configuração inicial do ambiente gráfico.
Assim como em todo assistente de configuração, basta que o usuário selecione as opções desejadas e siga as instruções na tela. O Assistente de configurações do KDE executará 5 passos importantes para o ajuste final do ambiente gráfico:
• Boas vindas e seleção da linguagem do ambiente;
• Comportamento do sistema;
• Enfeites;
• Todo mundo gosta de temas;
• Tempo para refinar.
-Seleção do idioma do sistema
-O ambiente de trabalho de KDE
Todos os avançados ambientes gráficos disponibilizam em seu ambiente de trabalho alguns elementos fundamentais para a operação do sistema. KDE dispõe basicamente dos seguintes:
• Área de Trabalho;
• Painel do KDE;
• Menu K.
-Área de trabalho
Os módulos desta seção permitem definir alguns itens de aparência e ações do ambiente de trabalho. • Configurações Específicas da Janela: permite ações e propriedades diferentes para cada janela de aplicativo escolhida pelo usuário. Por exemplo, deseja-se configurar apenas uma janela de um determinado aplicativo com relativa opacidade ou mesmo atalhos para determinadas janelas, seu tamanho e muitas outras opções;
• Múltiplas Áreas de Trabalho: define a quantidade de áreas de trabalho permitidas para cada sessão, sendo em KDE, por padrão, vinte áreas de trabalho disponíveis;
• Painéis: regular tamanho e comprimento do painel do KDE, configurar suas cores, definir planos de fundo para botões e painel, opções de ocultação, menus disponíveis e posição do painel na área de trabalho (abaixo, direita, esquerda ou no topo).
-O menu K
Na instalação padrão, o menu K encontra-se disponível em forma de um ícone no canto esquerdo do painel do KDE e disponibiliza ao usuário uma entrada para os principais aplicativos instalados no sistema.
Todas as aplicações estão agrupadas em diversas categorias, tornando o menu organizado e permitindo a fácil localização dos itens desejados. As principais categorias de aplicações disponíveis no menu K são:
• Configurações: assistentes de configurações, controle de impressoras, editor de menus e atualizador do menu K, configuração do painel, centro de controle, entre outros;
• Desenvolvimento: IDEs, editores de código, construtores de interfaces gráficas, depuradores de erros, controles de versões, terminais de comandos, etc;
• Debian: este item está presente obviamente apenas em Debian GNU/Linux. • Multimídia: ferramentas de ajuste e configuração de áudio, tocadores multimídia (CDs, DVDs e arquivos de áudio e vídeo), gravadores de áudio, gravadores de mídia (CD-R/W e DVD-R/W), programas de visualização de TV, codificadores e conversores de áudio e vídeo;
• Sistema: ferramentas gerais de ajuste e configuração do sistema. Diferente da seção Configurações pelo fato destas intervirem no sistema em geral, como gerenciamento de pacotes, conexão ADSL, terminais de linha de comando, etc;
• Utilitários: calculadoras, formatador de disquetes, mapa de caracteres, organizadores pessoais, editores de texto, sincronização com palmtops, conexões infravermelho, sintetizador de fala, conversor de texto para fala, telefonia móvel, fax, trabalhos de impressão, gerenciadores de notas rápidas e todos os aplicativos que não se encaixam nas demais categorias.
O menu K é organizado e em recursos. Quando um novo programa é instalado, o atalho correspondente é adicionado automaticamente à lista de aplicativos deste menu.
-O Centro de Controle KDE
-Administração do sistema
Se encontram disponíveis diversos módulos para facilitar a realização de atividades administrativas tanto do ambiente gráfico quanto do sistema Linux.
Nesta seção permitem-se as seguintes configurações:
• Caminhos: gerenciar a localização de onde alguns arquivos importantes serão • Laptop IBM Thinkpad: permite personalizar ações para algumas teclas do notebook IBM Thinkpad;
• Laptop Sony Vaio: permite a visualização da carga da bateria do notebook Vaio da Sony e configurações sobre alertas de carga.
-Aparência e temas
No item Aparência & temas são permitidas as personalizações do ambiente gráfico no que tange ao visual do sistema, como escolha de fontes, cores, fundos, dentre outras opções.
• Cores: permite configurar as cores para as barras das janelas, links, textos e seleções, dispondo de uma lista de seleção de esquema de cores. É possível importar esquemas e salvar as modificações feitas no esquema utilizado;
• Decorações da Janela: permite a escolha de como serão desenhadas as barras de título das janelas, bem como as posições dos botões minimizar, maximizar/restaurar, fechar e ajuda. O usuário pode por exemplo, desejar que o botão fechar da janela seja localizado do lado esquerdo da mesma e desejar também que as bordas da janela sejam maiores ou menores. Estes ajustes são facilmente realizados nesta tela;
• Estilo: permite configurar a aparência de itens como botões, barras de progresso, abas, caixas de verificação, caixas de combinação, efeitos sobre menus e outros itens, comportamento com as barras de ferramentas e outras opções;
• Fontes: neste módulo ajustam-se todas as definições de fontes utilizadas na área de trabalho, janelas, menus, barras de ferramentas e opções de anti-aliasing (recurso para aumentar a qualidade de exibição de fontes);
• Fundo de Tela: permite modificar o aspecto de cada área de trabalho, com FIGURA 34 -Centro de controle (aparência e temas)
A computação pessoal e o sistema operacional Linux -90 relação ao plano de fundo (papel de parede) e também obtenção de novas imagens;
• Gerenciador de Temas: esta é uma das opções mais interessantes e diferenciais de KDE. Os temas permitem o gerenciamento da aparência do sistema de forma simples, possibilitando a escolha entre visuais existentes ou a instalação de novos temas. Um dos recursos mais fascinantes é a possibilidade de se escolher pacotes de ícones diferentes e configurar os tamanhos e efeitos separadamente para a área de trabalho, barras de ferramentas, painel e gerenciador de arquivos. É possível alterar a proteção de tela e as fontes do tema, tudo centralizado na mesma janela;
• Ícones: opção idêntica à oferecida no item Gerenciador de Temas. Permite escolher o pacote de ícones e modificar as opções de tamanho e animação dos mesmos;
• Lançador rápido -Histórico: habilita a ação do cursor do mouse enquanto um programa está carregando, além da indicação na barra de tarefas;
• Protetor de tela: definição da animação (screensaver) e tempo de inatividade para iniciar seu funcionamento. Também é possível definir uma senha para retomar as atividades no computador após o início da proteção de tela;
• Tela de apresentação: conhecida também como splash. Esta é a tela que aparece quando o KDE está iniciando. É possível escolher entre as telas disponíveis ou instalar novas telas de splash.
-Componentes do KDE
A seção Componentes do KDE permite configurar parâmetros básicos, associados aos diversos utilitários do KDE.
• Associações de Arquivos: permite que se ajuste os aplicativos associados a diferentes tipos de arquivos e a ordem de preferência destes aplicativos. Cada arquivo pode ter diversos aplicativos associados à sua abertura e edição, por exemplo, arquivos de música podem ter diversos tocadores associados e um deles é preferencial;
• Corretor Ortográfico: para definir o verificador de ortografia padrão do sistema, que depende dos idiomas instalados. Também outras opções de correção estão associadas a este módulo;
• Fonte de Dados do KDE: basicamente define a localização dos arquivos que guardam os dados de calendários e outros itens como notas e contatos;
• Gerenciador de Arquivos: opções básicas do gerenciador de arquivos, como fontes, caminho inicial da abertura, opções de menus (como exclusão direta), navegação em janelas separadas, pré-visualização e opções de copiar e mover;
• Gerenciador de Serviços: permite ajustar quais serviços (daemons) do KDE serão executados na inicialização, bem como parar e iniciar os mesmos;
• Gerenciador de Sessão: opções para pedir confirmação de saída do ambiente • Seletor de Componentes: define quais aplicativos serão utilizados como padrões do ambiente como, por exemplo, cliente de e-mail, navegador de Internet, mensageiro instantâneo, editor de textos integrado e emulador de terminal. • Rede Sem Fio: no modo administrador, permite criar e controlar até quatro redes wireless;
-Controle de energia
• Serviço Discovery: também conhecido como zeroconf do KDE, este recurso possibilita ao usuário adicionar domínios nos quais serão pesquisados recursos compartilhados (como desktops e servidores de ssh -shell seguro) para conectar-se.
Estes recursos podem estar na rede local ou em uma rede distante. É também aqui que o usuário permite a publicação de serviços para outros domínios.
-Periféricos
Em Periféricos, são configurados todos os dispositivos de entrada e saída do sistema,
desde teclado e mouse até joystick e controle remoto.
• • Impressoras: permite escolher o sistema de impressão utilizado pelo KDE (CUPS, LPD, etc), instalar e gerenciar impressoras e pseudo-impressoras (enviar para fax, e-mail, imprimir para pdf), configurar o estado do serviço de impressão (iniciar e parar) e gerenciar a fila de documentos a serem impressos por cada dispositivo;
• Joystick: são configurados os hardwares de controle para jogos;
• Mídia de armazenamento: para diversos tipos mídias detectadas pelo KDE, algumas ações são possíveis, por exemplo, para um DVD é possível explorar o conteúdo e reproduzir um filme, para uma câmera digital, permite-se descarregar as fotos com software específico ou navegar pelo dispositivo de armazenamento da câmera. Este módulo destina-se a configurar quais ações serão disponibilizadas para os arquivos e mídias detectadas pelo KDE;
• Mouse: configurações gerais do mouse, como ordem dos botões, ações para o clique duplo, tema do cursor, aceleração e intervalos de tempo e navegação pelo teclado;
• Teclado: taxa de repetição, estado de NumLock quando iniciar KDE e efeitos sonoros das teclas (recurso que depende das características do teclado e do servidor X, não estando disponível em todos os sistemas);
• Tela: permite ajustar resolução da tela, cores e gerenciamento de energia do monitor, escolhendo um tempo para standby ou desligamento automático do mesmo.
-Regional & acessibilidade
A seção Regional & acessibilidade, permite configurar formatos associados a várias nações e idiomas. Também permite configurar o teclado com sinos e respostas a diferentes controles.
• Acessibilidade: configura ajustes para sinos de teclado, teclas lentas e repetidas;
• Ações de Entrada: permite ajustar comandos a serem executados quando determinada tecla ou combinação de teclas for pressionada, bem como comandos de voz;
• • Criptografia: gerenciamento de certificados de segurança e criptografia;
• Privacidade: trata basicamente da limpeza de arquivos temporários de Internet.
É interessante que o usuário marque as opções adequadas e realize uma limpeza periodicamente, para evitar que possíveis atacantes remotos consigam acesso a números de CPF e outras informações importantes que estejam, eventualmente, guardadas como itens temporários;
• Senha & Conta do Usuário: permite a seleção de uma imagem representativa do usuário no sistema e a inserção de seus dados, como nome, organização e e-mail.
Também é possível alterar a senha e configurar o número de asteriscos que aparecerão nas caixas de senha durante a digitação de cada caractere.
FIGURA 41 -Centro de controle (segurança & privacidade)
-Som & multimídia
Em Som & Multimídia, os módulos disponíveis permitem ajustar propriedades de áudio em geral e sons de notificação do sistema.
• Campainha do Sistema: configura volume, espaçamento e duração da campainha do sistema (opção utilizada em conjunto com acessibilidade);
• CDs de Áudio: permite informar ao sistema quais as opções dos codificadores de MP3 e OGG Vorbis disponíveis. Os codificadores são programas que permitem converter arquivos em outros formatos;
• Notificações do Sistema: quais ações devem ser tomadas para cada evento de cada programa de KDE. É possível, por exemplo, tocar um som quando um contato ficar disponível no Kopete, registrar o evento em um arquivo ou até mesmo executar outro programa para esta situação;
• Sistema de Som: neste módulo, o sistema de som pode ser habilitado ou desabilitado, as opções de qualidade e execução remota de sons podem ser configuradas e o dispositivo de som do sistema pode ser selecionado.
-Outras ferramentas de configuração
-Recursos de navegação
Konqueror suporta a navegação em abas desde a versão 3.1 de KDE. Este recurso é muito útil para que diversos itens e páginas sejam vistos em uma única janela do navegador, tornando a área de trabalho melhor organizada.
São disponibilizados botões para abertura de novas abas e fechamento da aba atual. Após realizadas as devidas alterações, o programa solicita a senha de acesso para a conta e recupera a lista de contatos do usuário para a janela principal do programa (FIG. 76). • Geral: trata das fontes das mensagens, exibição, exclusão e notificação;
Figure 76
-Configurações gerais do programa Kopete
-Configuração inicial de Evolution
-Recursos de e-mail no Evolution
• Correio HTML: opções de envio de mensagens no formato HTML, exibição de animações e imagens nas mensagens;
• Cores: gerencia as cores e rótulos para as mensagens;
• Cabeçalhos: permite selecionar quais itens aparecerão na lista de e-mails, como remetente, destinatário, data e hora do envio, etc;
• Indesejada: estabelece filtros para a checagem de spams;
FIGURA 89 -Tarefas no Evolution
• Contatos automáticos: permite adicionar endereços de e-mail automaticamente à lista de contatos quando o usuário responde a uma mensagem e também sincronizar as informações dos contatos com aquelas disponibilizadas no mensageiro instantâneo do mesmo (desde que esteja na lista de contatos de mensagens instantâneas do usuário);
• Agenda e Tarefas: procura por conflitos de reuniões.
Na seção Preferências do Redator, o usuário define as opções para digitação, formatação, alertas, correção ortográfica e assinaturas de suas mensagens.
A seção Agenda e Tarefas permite configurar a aparência das tarefas, suas cores, os alarmes, fuso horário, semana de trabalho (escolhendo o dia que a semana começa e quais dias compõem a semana), além da publicação de agendas.
Por fim, a seção Certificados permite controlar os certificados digitais de segurança do usuário e os recebidos de contatos, para garantia de autenticidade na troca de mensagens. FIGURA 94 -Leitura de matéria completa no Akregator
-Agregador de RSS Akregator
-Recursos básicos de Akregator
-Configurações do programa
• Geral: define os parâmetros de inicialização e notificação, bem como a utilização de cache do navegador;
• Pacote: trata do arquivamento dos conteúdos, como limites para arquivamento e remoção de conteúdos antigos;
• Aparência: cuida apenas do aspecto visual das matérias, como tipo e tamanho de fontes;
• Navegador: permite configurar o comportamento do navegador quando acionados os botões do mouse, bem como definir qual navegador será acionado quando o usuário desejar abrir uma matéria fora do programa Akregator;
• Avançado: define o mecanismo para arquivamento das matérias e temporização para marcar artigos como lidos, bem como a limpeza da barra de pesquisas. Os passos para preparar uma conexão estão nesta ordem:
-Compartilhamento de arquivos com KTorrent
-Considerações adicionais
• Criar uma conexão: a primeira tela do programa solicita a escolha, basta apertar Enter. A mesma tecla deve ser pressionada para passar por cada tela do processo;
• Informar o nome do provedor: apenas um nome para identificar a conexão, o padrão é "provider" e se este nome for escolhido, ficará mais fácil discar. Se o usuário for alterar o nome da conexão, deve procurar usar nomes sem acentos, espaços ou caracteres especiais, usar ago como: conexao1, ou apenas ig, itelefonica, etc;
• IP Dinâmico: para escolher, usar as teclas de seta e espaço para marcar a opção;
• Autenticação PAP: Password Autentication Protocol. Geralmente os provedores discados usam este método, onde o usuário deve fornecer um nome e uma senha e somente o computador do usuário se identifica ao provedor, não havendo autenticação na via oposta;
• Nome de usuário e senha: será solicitado o nome do usuário e depois a senha da conta no provedor;
• Velocidade: taxa de transmissão serial do modem, a velocidade sugerida por padrão (115200) serve para a maioria dos equipamentos atuais;
• Método de discagem: se quando o usuário pressiona teclas de seu aparelho telefônico ouve tons de várias freqüências, a opção escolhida deve ser Tone (tom, discagem multifreqüencial por linha digital), caso contrário, a outra opção;
• Número a ser discado: inserir o número do provedor;
• Encontrar o modem: escolher a opção "<Sim>" para que o programa tente detectar automaticamente o modem;
• Salvar e retornar. • Confirmar o prosseguimento: depois de encontrar a interface correta, o programa pergunta ao usuário se deseja continuar com a configuração, informando que um arquivo será modificado. Basta responder "Sim";
• Opções populares: algumas opções padrão (noauth e defaultroute) são sugeridas e podem ser aceitas sem problemas. Para aceitar ou recusar (sim e não), o usuário deve pressionar a tecla TAB e Enter para escolher;
• Nome de usuário: o nome fornecido pelo provedor de acesso, geralmente [email protected];
• Senha: a senha de acesso para a conta informada. Neste caso, a senha é exibida em texto claro para que não existam enganos na digitação;
• • MSS Limitado: escolha "Sim" apenas se outros computadores estiverem se conectando à Internet por meio do computador onde está sendo feita a configuração;
• Conectar na inicialização: O programa informa que a conexão está configurada e pergunta se deve iniciá-la automaticamente ao iniciar o computador. A não ser que tenha uma forte razão para não fazer isto, recomenda-se escolher "Sim";
• Estabelecer a conexão: o programa informa os comandos "pon dsl-provider" para início de conexão e "poff" para término da mesma e pergunta se deve iniciar a conexão imediatamente. Respondendo "Sim" a esta pergunta, já será possível abrir • OpenOffice.org Writer: processador de textos e páginas HTML;
• OpenOffice.org Calc: planilhas eletrônicas;
• OpenOffice.org Impress: editor de apresentações de slides;
• OpenOffice.org Draw: editor de gráficos vetoriais;
• OpenOffice.org Base: banco de dados;
• OpenOffice. Writer são diversos, mas os principais podem ser resumidos em:
• odt: formato livre e padrão do Writer;
• sxw: documento de texto de OpenOffice;
• rtf: formato legível por diversos processadores de texto;
• html: linguagem de marcação de hipertexto para web;
• sdw: texto do StarWriter;
• txt: arquivo texto comum;
• lwp: Lotus WordPro Document;
• doc: Microsoft Word.
-Gerenciador de finanças KmyMoney
KMyMoney foi criado com a intenção de ser o gerenciadores de finanças pessoais mais fácil e já foi premiado com o segundo lugar no ranking dos softwares escolhidos pela comunidade Sourceforge.net. É um programa que apresenta facilidade de uso e bastante confiabilidade.
Os relatórios financeiros oferecidos pelo KmyMoney, na versão utilizada neste trabalho, não são muito arrojados, mas o programa serve bem ao usuário doméstico.
FIGURA 117 -Janela principal do software Dia
-Principais funções disponibilizadas por KMyMoney
Ao ser aberto pela primeira vez, o software solicita ao usuário que crie um novo arquivo de gerenciamento financeiro e forneça alguns dados pessoais, de forma opcional. O software permite o trabalho com várias moedas, dentre elas a moeda oficial do Brasil, sendo solicitado ao utilizador que informe qual a moeda padrão para as transações.
Após o procedimento de criação de arquivo, o programa exibe um resumo da conta do usuário e permite que todas as funções sejam acessadas.
As opções disponíveis no programa permitem que sejam controladas instituições, as contas gerenciadas pelas instituições, os lançamentos, livro de registros, investimentos e até mesmo cotações e contas online. O programa permite também que se tenha o controle de beneficiários.
KMyMoney possibilita que pagamentos sejam agendados e que os lançamentos sejam parcelados de acordo com livre escolha do usuário. As contas são classificadas em categorias e a visualização dos pagamentos agendados pode ser feita em calendário ou em lista.
Os relatórios oferecidos incluem receitas e despesas, saldos, valores líquidos, todos por data ou instituição. Há também relatórios de taxas, investimentos e transações, sendo que alguns deles podem ser analisados por tipo, conta, beneficiário, mês e semana.
FIGURA 118 -Janela principal de KMyMoney
-Configurações de KMyMoney
As principais configurações de KMyMoney tratam de opções da página inicial do usuário, filtros, incrementos de números de cheques, agendamentos, criptografia, cores e fontes do programa e endereços de cotações online. Para a edição de partituras há diversas opções de software, dentre elas, NoteEdit, um programa integrado ao ambiente KDE.
-Reprodução de áudio
Vários programas de reprodução de áudio podem ser utilizados em Linux, a maioria deles merecedores de bons comentários de usuários em fóruns de discussão. Devido à grande quantidade de softwares destinados a esta tarefa, serão mostrados dois dos principais e mais conhecidos em Debian GNU/Linux: Amarok e Noatun.
-Amarok
Amarok oferece uma boa experiência ao usuário, ao mesmo tempo em que implementa uma interface intuitiva, que facilita a manipulação das listas de músicas.
Em sua primeira execução, exibe um assistente de configuração rápida, que solicita ao usuário o diretório padrão de suas músicas. Este software armazena as listas de músicas em um banco de dados que pode ser PostgreSQL, MySQL ou SQLite, este último é preferencial por não precisar de intervenção do usuário para configuração.
Amarok lê a estrutura do diretório apontado e adiciona os arquivos de música encontrados no banco de dados, permitindo ao usuário escolher se o player deverá monitorar os diretórios em busca de mudanças ocorridas (adição, exclusão ou movimentação de arquivos) ou não.
-Noatun
Noatun é um programa bem integrado com o ambiente KDE e pode reproduzir tanto arquivos de áudio como vídeos. Possui recursos básicos, sem controles em bancos de dados e listas inteligentes, entretanto, permite a gravação de listas de reprodução e sua posterior recuperação e execução. Também pode ficar disponível na bandeja do sistema, disponibilizando além dos controles básicos, repetição de faixas, visualização da lista atual e acesso às configurações. O que torna Noatun interessante são os plugins que podem ser habilitados em suas opções. Dentre eles, está Lyrics, que permite que a letra da música seja mostrada enquanto a mesma é reproduzida.
FIGURA 125 -Letra de música recuperada por Amarok
-Codificação de áudio
Uma das principais vantagens de se ter arquivos de áudio gravados em um computador é o fato de não depender da troca de CDs para ouvir uma inúmera quantidade de músicas.
Para que isto seja possível, é necessário que o usuário efetue a conversão dos arquivos de áudio contidos em CDs para arquivos de música digital, utilizando seu formato preferido.
-Reprodução de vídeos
A reprodução de vídeos em Linux, no momento desta escrita, é muito bem suportada por uma grande diversidade de softwares. Alguns destes merecem destaque por sua qualidade, amigabilidade e suporte a muitos formatos de vídeo.
-Mplayer
O MPlayer é um reprodutor de vídeos que funciona em sistemas baseados em UNIX. Mplayer pode ser acionado por meio de uma interface gráfica ou pela linha de comandos. Para que se possa, por exemplo, reproduzir um arquivo de vídeo em modo de tela inteira e com legendas, basta que o usuário digite em um terminal:
$ mplayer -fs -sub arquivo_das_legendas arquivo_de_vídeo.
Após o inicio da reprodução do vídeo desejado, a mesma pode ser controlada pela utilização de algumas teclas pré-definidas:
• Setas esquerda e direita: permitem recuar ou avançar alguns segundos na reprodução;
• PageDown e PageUP: recuar ou avançar alguns minutos na reprodução;
• p e espaço: pausar a reprodução;
• f: alternar entre modo de tela inteira e modo de janela;
• o: desligar e ativar legendas, indicação da posição de execução no filme sob a forma de um pequeno gráfico, etc;
• / e *: controlam o volume do áudio.
As configurações de MPlayer são feitas pelo menu Preferências, acessado pelo ícone FIGURA 129 -Mplayer reproduzindo um filme de uma chave no canto esquerdo do controlador principal (FIG. 130). Neste local, é possível definir os drivers de áudio e saída de vídeo, legendas, fontes utilizadas, codecs (decodificadores), opções de uso de cache e caminho dos dispositivos de CD e DVD. exemplo, uma hora de filme (1:00:00), dentre outras opções.
Figure 130
-Kaffeine
-Xine
Xine é capaz de reproduzir vídeos MPEG-1 (áudio + vídeo), MPEG-2, VCD, SVCD e DVD, além de MPEG-4 e AVI (usando bibliotecas Win32), uma boa combinação de formatos
-Conversão e edição de vídeos
Linux possui boas ferramentas para que o usuário crie e distribua seus vídeos. Para FIGURA 132 -Reprodutor de mídia Xine aqueles que necessitam apenas converter um formato de arquivo em outro, um software executado pelo console chamado FFmpeg é uma ferramenta simples e útil. No caso de filmes no formato AVI que precisam de edição, um software chamado AVIDemux pode ser utilizado.
Para a edição profissional, Linux também possui diversos programas.
-FFMpeg
FFMpeg é ótimo para conversão de formatos de vídeo combinando isto à flexibilidade da linha de comandos de Linux. Enquanto este documento é escrito, novos formatos de vídeos tornam-se populares na Internet, não sendo compatíveis com players comuns, como o caso do formato FLV (utilizado em sites de vídeos online, como YouTube). Neste caso, a conversão se torna algo muito útil para a personalização de tamanho, qualidade e formato.
Este software pode converter áudio e vídeo e é bastante configurável. A título de exemplo, a linha de comando digitada para converter um arquivo FLV (Macromedia Flash Video) para um formato mais comum, em MPG, pode ser escrita da seguinte maneira:
$ ffmpeg -i video.flv -ab 56 -ar 22050 -b 50 -s 320x240 teste.mpg Neste caso, os parâmetros para conversão possuem o seguinte significado:
• -i: especifica o arquivo a ser convertido;
• -ab: define a taxa de bits do áudio;
• -ar: define a freqüência do áudio;
• -b: taxa de bits do vídeo;
• -s: resolução do vídeo em pixels;
Os nomes genéricos video.flv e teste.mpg representam o arquivo de entrada e de saída, respectivamente. Muitos outros parâmetros estão disponíveis para este programa, podendo ser consultados no manual dele (comando: man ffmpeg).
FFMpeg possui tipos de conversões padrões, usando-se o argumento --target e eliminando qualquer outro parâmetro. Este parâmetro aceita padrões pré-definidos, como, por exemplo, converter no formato, dimensão e qualidade padrão de DVD usando o parâmetro "-target dvd".
-Edição de vídeo
-Gravar um vídeo da tela com XVidCap
-Clonando DVDs com K9Copy
Vale a pena conservar um bom filme original em DVD, principalmente quando ele já está fora do catálogo e fica difícil encontrar alguém que se disponha a vender sua mídia. K9copy também oferece a possibilidade de copiar um DVD de dupla camada em um DVD simples com uma provável perda de qualidade devido ao tamanho da mídia de destino.
-Edição de imagens
Seja para aplicar efeitos em fotografias ou para criar logotipos e ilustrações, profissionais e usuários domésticos necessitam de ferramentas que apresentem recursos satisfatórios e possam ser executadas em GNU/Linux. Esta seção demonstra dois dos softwares livres mais conhecidos pela comunidade Linux: O GIMP e Inkscape.
-O GIMP
-Modelagem 3D
Algumas vezes, os usuários precisam de modelos ou desenhos com aparências reais ou até mesmo cenas em três dimensões. Boas ferramentas para trabalhos com 3D podem ser utilizadas em Linux, dentre elas, Blender.
-Blender
Blender ou Blender3D é um programa de fonte aberta, desenvolvido pela Blender
-F-Spot
-Jogos que utilizam placa gráfica 3D
A demanda por jogos de fonte aberta e/ou gratuitos, fez com que desenvolvedores ao redor do mundo colaborassem na criação de aplicações muito interessantes e com qualidade excelente, trazendo para a plataforma Linux dezenas de opções de jogos 3D. • Para trocar os canais, pode-se digitar o número do canal ou pressionar as teclas de seta do teclado para cima ou para baixo;
-Placas de captura e TV
• Teclas + e -: controlam o volume do áudio;
• Pressionar a tecla F: alterna entre a exibição em janela ou tela cheia;
• Tecla TAB ou F1: exibe o menu;
• Tecla Backspace: para o canal anterior;
• Tecla s: captura um instantâneo da tela (screenshot);
• Tecla i: muda a fonte de vídeo;
• Tecla d: exibe estatísticas de depuração;
• Tecla e: modo de áudio;
• Tecla a: muda o modo de exibição (16:9, 4:3, etc);
• Tecla v: sempre no topo. Exibe a janela do programa sobre todas as outras sempre. Pressione v novamente para desativar a função;
• F5, F6, F7: Ajustar cor, brilho, contraste e saturação. A tecla F5 seleciona a função e as teclas F6 e F7 diminuem e aumentam a definição do item escolhido. Este arquivo contém a tabela de freqüências utilizada pelo programa. Procure as entradas abaixo de <list norm="PAL-M" frequencies="us-broadcast" audio="bg">. As linhas referentes aos canais são semelhantes a <station name="45" active="1" position="45" band="US Broadcast" channel="45" finetune="0" norm="PAL-M" audio="auto"/>. As linhas marcadas com active="1" representam os canais ativos.
Nestas linhas, basta alterar o item name para que o nome da emissora passe a ser exibido com seu número na tela principal do programa. Assim, para o caso acima citado, a linha modificada seria <station name="TV CULTURA" active="1" position="45" band="US Broadcast" channel="45" finetune="0" norm="PAL-M" audio="auto"/>.
-UTILITÁRIOS, IMPRESSORAS E REDE
Utilitários do sistema compreendem programas para backup, editores de texto e outras ferramentas, como calculadoras. As impressoras e o acesso à rede também são itens importantes para um desktop.
-Backup
A perda de arquivos importantes, às vezes, pode acarretar sérios problemas e grandes prejuízos aos usuários. Por este motivo, recomenda-se que backups (cópias de segurança) sejam feitos com freqüência, de preferência diariamente.
GNU/Linux possui diversas ferramentas para a realização de backups, desde utilitários para cópia local de arquivos até programas para cópia no esquema cliente-servidor, para redes corporativas.
-Backup em desktop com Keep
Keep é uma ferramenta de fácil utilização e que permite ao usuário realizar as cópias de quaisquer diretórios ou arquivos escolhidos. Keep permite também restaurar uma cópia previamente realizada. Além disso, é possível iniciar um backup instantaneamente por meio da tela principal de Keep, editar a lista de backups e ver o registro das cópias de segurança.
A janela principal de Keep possui poucos botões, o que torna a interface limpa e simples para o usuário. O único inconveniente notado durante os testes deste programa é a falta de opções para agendamentos em horas, sendo permitido apenas configurar a freqüência do backup em dias.
A computação pessoal e o sistema operacional Linux -239
Keep é uma solução simples que apenas copia os arquivos para outros locais especificados pelo usuário. Para que se tenha uma solução mais completa, o usuário tem à sua disposição ferramentas de arquivamento como tar e de compressão como gzip e bzip2. Estas, quando combinadas, permitem obter excelentes resultados.
Diversas outras ferramentas são encontradas, como mondo, amanda, flexbackup e DAR, entretanto, todas elas são apenas para utilização em linha de comando.
-Editores de texto e calculadora
-Suporte a impressoras
O sistema Linux tem sido empregado em diversas funções, de servidor de Internet a servidor de arquivos, assumindo também em muitos casos, a tarefa de servidor de impressão.
No ambiente de impressão, arquivos podem ser descarregados diretamente na porta da impressora ou colocados em uma fila (spool). As portas de impressão no Linux são identificadas como lp0, lp1, lp2 e servem para que o sistema possa se comunicar com a impressora.
A impressão direta de um documento de texto, chamado arquivo.txt, por exemplo, pode ser feita com um simples comando:
$ cat arquivo.txt > /dev/lp0
Este comando envia a saída do comando cat (que lista o conteúdo de arquivo.txt) para o dispositivo /dev/lp0, que representa a impressora instalada nesta porta paralela.
A impressão via spool possui a vantagem de liberar o programa que gerou o trabalho de impressão, transferindo a responsabilidade do gerenciamento desse trabalho e de outros a um programa denominado de daemon de impressão (em Linux, lpr e lprng).
O funcionamento de lpr e lprng é basicamente gerar um arquivo temporário com os dados a serem impressos e colocá-lo em uma fila de espera, apagando o arquivo temporário assim que a impressão for finalizada. Para que o serviço de spool seja testado, basta que o usuário digite um comando como: # cat arquivo.txt | lpr Impressões por spool podem ser compartilhadas, permitindo acesso remoto por outros usuários da rede.
-Sistema de impressão com CUPS
-Trabalho em rede
Muitas vezes, usuários de desktops precisam compartilhar arquivos entre seus equipamentos e em alguns casos, os arquivos podem ser muito grandes para serem copiados em pendrives ou outras mídias e transferidos de uma estação a outra. Para esta finalidade, utilizar uma conexão de rede pode resolver definitivamente os problemas de compartilhamento.
Outra situação em que torna-se necessário o compartilhamento de arquivos em rede, é no caso dos chamados servidores de arquivos, utilizados nas empresas para armazenarem todos os documentos e arquivos de usuários, centralizando o gerenciamento dos mesmos e facilitando compartilhamento e backup.
Para estas situações, GNU/Linux dispõe de serviços como NFS (Network File System), utilizado para compartilhamentos em redes homogêneas de sistemas operacionais Linux e SAMBA, mais utilizado em redes heterogêneas, onde é necessário realizar trocas de arquivos entre estações Linux e Windows, por exemplo. SAMBA também permite realizar compartilhamentos em redes homogêneas de Linux, porém, NFS possui uma forma mais simples de configuração para tal tarefa. Com SAMBA também é possível disponibilizar impressoras para os usuários da rede.
FIGURA 166 -Diálogo de seleção de impressora de KDE
-Habilitando os compartilhamentos
Para que o usuário de Debian GNU/Linux e KDE possa compartilhar facilmente seus arquivos em redes com NFS e SAMBA, deverá instalar os seguintes pacotes:
• samba: o gerenciador de compartilhamentos de arquivos e impressoras. Em Debian GNU/Linux 4.0, instalará também outros pacotes pertencentes ao conjunto SAMBA;
• nfs-common e nfs-kernel-server: o serviço de compartilhamento NFS;
• kdenetwork-filesharing: módulo para o Control Center que permite gerenciar os compartilhamentos de arquivos em KDE. Outras formas de compartilhamento podem ser utilizadas, como FTP, Web e SCP, entretanto, para o usuário de desktops, NFS e SAMBA são as mais convenientes, por serem mais fáceis de se controlar e configurar pelo ambiente KDE.
-Redes sem fios
A configuração dos dispositivos wireless, presentes geralmente em notebooks, pode ser realizada também no Centro de Controle de KDE, pelo módulo Rede Sem Fio. Para que o usuário possa ter mais informações com relação a seus adaptadores wireless, alguns pacotes adicionais são sugeridos para instalação:
• kwifimanager: um conjunto de ferramentas que permite ao usuário gerenciar FIGURA 169 -Acesso a compartilhamento com Konqueror A computação pessoal e o sistema operacional Linux -248 sua conexão de rede wireless atual;
• kwirelessmonitor: uma pequena aplicação KDE que fica residente na bandeja do sistema, monitorando a conexão sem fio. Exibe a qualidade do sinal e a taxa de bits, usando gráficos em barras ou em pizza.
Uma boa quantidade de pacotes de suporte a adaptadores sem fio está disponível para instalação e pode ser visualizada pelo gerenciador Synaptic. A maior parte destes pacotes dá suporte a adaptadores Intel, os mais comuns em notebooks.
-Firewall
A necessidade de estar em contato com pessoas em diversos locais do mundo, de acessar arquivos e compartilhar informações com parceiros comerciais ou colegas de trabalho e a crescente onda de serviços web fazem com que os usuários de desktop cada vez mais precisem estar conectados à Internet para realizarem suas tarefas. Esta ferramenta é rica em recursos, flexível e extensível.
Apesar de necessitar de um conhecimento um pouco avançado em redes por parte do usuário para que sejam criadas regras de filtragem realmente eficientes, iptables possui uma estrutura de comandos bastante lógica e de fácil compreensão. As regras podem ser passadas diretamente pelo shell, em comandos que dinamicamente adicionam ou retiram restrições ao tráfego de rede.
Para os usuários que não são administradores de redes, ou seja, são usuários de desktops, a quem o presente trabalho se destina, o mais interessante é que se possa interagir com iptables por meio de uma GUI (interface gráfica), que facilita a escrita e modificação das regras. Felizmente, diversas interfaces de interação com iptables estão disponíveis em Linux, sendo Firestarter uma das que oferecem maior facilidade para o usuário.
-Firestarter
Firestarter é um firewall visual de código aberto que tenta ser amigável ao usuário, manipulando de forma transparente as regras de filtragem de Iptables.
O programa monitora em tempo real as conexões de rede ativas, mostrando tentativas de invasão no momento em que acontecem e também exibindo a quantidade de dados que passa pelas interfaces monitoradas. Com este software é possível compartilhar a Internet e controlar listas de permissões de acesso.
O assistente executado na primeira vez que se abre o programa tenta detectar a conexão do usuário e pede para que o mesmo confirme as informações. Como trabalha com políticas, traz por padrão algo pré-definido, mas é importante que o usuário leia sobre as regras de entrada e saída para que possa tornar o programa mais eficiente. Todo tráfego de entrada que não é uma resposta a uma conexão estabelecida por um computador seguro é bloqueada.
Para a saída, existem duas possibilidades: "negar tráfego de saída que não é permitido" e "permitir tráfego de saída que não é negado". Apesar de parecer a mesma coisa, a primeira opção é restritiva, ou seja, cria uma lista de permissões que o usuário pode editar e nega a saída de todo o resto. A segunda opção é permissiva, ou seja, permite todo o tráfego de saída, exceto o que estiver na lista de bloqueios do usuário.
Outros bons softwares de gerenciamento de firewall estão disponíveis em Linux, como
GuardDog e Firewall Builder. Este último, um programa muito completo que permite um controle minucioso do tráfego de rede, mas que exige um nível de conhecimento um pouco maior por parte do usuário para que possa ser bem configurado.
FIGURA 171 -Janela principal de Firestarter
-LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO E SCRIPTS
Em Linux, a programação de aplicativos é possível mediante uma boa gama de ferramentas e linguagens disponíveis. Dentre a grande variedade de linguagens, estão C, C++, Ruby, Python, PHP, Lazarus e Gambas.
Além de todas já citadas, é muito comum que os usuários de desktops Linux escrevam ou utilizem shell scripts, que são seqüências de comandos gravadas em um ou mais arquivos e utilizam os comandos e programas do shell, provendo uma grande capacidade de execução de tarefas.
-Linguagem C
O kernel de Linux e muitas das suas aplicações são escritos em C, motivo pelo qual os usuários de Linux que são desenvolvedores geralmente conhecem muito bem a linguagem. C é uma linguagem estruturada que permite uma programação bem organizada em funções e uma interação com o hardware de forma mais precisa, o que a torna excelente para a programação de sistemas operacionais. A manipulação de ponteiros/endereços de memória também é um dos pontos fortes de C.
C é uma excelente linguagem de programação e deve ser aprendida por aqueles usuários que desejam desenvolver ou estudar o kernel de Linux, bem como por aqueles que desejam ter um melhor controle sobre o hardware, desenvolvendo módulos para dispositivos e aplicativos em geral.
-Gambas
O Gambas é uma IDE de desenvolvimento baseado em um interpretador Basic. É mantido por Benoit Minisini, um francês que afirma que Gambas não tenta torna-se compatível com Visual Basic, mas é uma linguagem com objetos mais ao estilo Java, com arquivos representando classes, compilados e interpretados.
Permite adicionar novas funcionalidades a um projeto, baseando-se em uma biblioteca existente ou criada pelo próprio usuário. Também possui recursos para geração de pacotes de distribuição dos programas.
Gambas aproveita conceitos de Visual Basic e de outras linguagens, tentando melhorar as deficiências existentes. Algumas características que tornam Gambas diferente de VB:
• Gambas separa os códigos de classes e formulários;
• Gambas usa pixels como medida padrão de tela;
• Gambas utiliza passagem de parâmetros por valor como padrão;
• Em Gambas, as variáveis precisam ser declaradas antes de serem utilizadas;
• Com Gambas é possível aproveitar o poder do shell Linux ou de aplicações de linha de comando já existentes, criando interfaces gráficas para elas;
• Em Gambas, é possível criar janelas de formatos variados (diferentes de retângulos), apenas ajustando a propriedade ME.Mask de uma janela, definindo áreas transparentes.
A filosofia Unix dita que os programas sejam escritos para fazerem uma única coisa e que façam isso muito bem.
-Python
Python é uma linguagem interpretada e orientada a objetos que pode ser utilizada para o desenvolvimento de aplicativos e como linguagem de script. Tem uma sintaxe simples e permite reusabilidade de código e fácil manutenção. Todos os programa escritos em Python são compostos por objetos e relações entre eles e cada objeto possui uma identidade e um tipo, que não podem ser mudados.
O controle de blocos de Python é feito por indentação, diferente das outras linguagens, como C ou JAVA, por exemplo, onde um bloco é delimitado pelos caracteres { e }. O interpretador de Python possui recursos de liberação de memória aprimorados que permitem liberar espaço quando objetos já não são mais necessários.
-PHP
PHP significa Hypertext Preprocessor (pré-processador de hipertexto) e é uma poderosa linguagem de programação open source, mundialmente utilizada como ferramenta de construção de websites e também no ambiente desktop, com a versão PHP-GTK para construção de aplicações diversas. PHP integra-se facilmente ao código HTML e é usado para se criar páginas web dinâmicas.
Apesar de não ser uma exclusividade dos utilizadores Linux, PHP é muito melhor integrada com o ambiente, provendo mecanismos para chamadas diretas a comandos do sistema operacional no servidor web (na maioria dos casos, Apache e Apache2).
PHP permite a utilização de diversos bancos de dados, como MySQL e PostgreSQL, além de Oracle. Por ser uma linguagem livre e contar com desenvolvedores no mundo todo, é uma tarefa simples encontrar classes escritas em PHP que facilitem a conexão com bancos de dados de diversos tipos.
A versão 5 de PHP é poderosa o bastante para realizar trabalhos com sessões para controle de acesso no ambiente web, manipulação de imagens, integração com XML, e até mesmo envio de e-mails (desde que se tenha um servidor de e-mails devidamente A computação pessoal e o sistema operacional Linux -254 configurado).
O PHP-GTK é uma ligação entre a linguagem PHP e a biblioteca GTK, o que significa que PHP-GTK é o próprio PHP com mais recursos. O PHP-GTK é a primeira extensão de PHP que permite escrever aplicações do lado do cliente (client-side) com interface gráfica.
Esta união gera uma ferramenta independente de plataforma que roda tanto em ambientes Linux quanto Windows.
Com PHP-GTK, é possível criar aplicações que comuniquem-se com servidores (banco de dados, arquivos, entre outros), mas que também tenham acesso aos recursos da máquina onde estejam sendo executadas (executar aplicações, escrever arquivos e acessar dispositivos locais). Para que isto aconteça, o PHP-GTK precisa ser instalado em cada máquina que executará uma aplicação deste tipo.
-SOFTWARE LIVRE NAS EMPRESAS
Com o esforço conjunto de desenvolvedores voluntários ao redor do mundo, tanto o sistema Linux como os softwares livres em geral, ganharam maior confiabilidade e facilidade de uso, tendo força para competir por um importante espaço nas empresas: os desktops.
-Caixa Econômica Federal
Em Outubro de 2003, o governo federal instituiu uma comissão para a instalação de software livre em órgãos públicos. Dentre as pretensões do projeto, estão: otimizar e aumentar investimentos em tecnologia, garantir o compartilhamento de sistemas sem infringir leis, capacitar e formar servidores públicos especializados em software livre e formular uma política nacional para adoção destes softwares.
A CEF (Caixa Econômica Federal), com o incentivo governamental, vem implementando internamente o produto BrOffice e uma política de se ter opções aos softwares proprietários. Em matéria publicada na revista de circulação interna Gente da Caixa, Paulo Maia, gerente nacional de projetos de tecnologia da informação da CEF, afirma que não é pretensão abandonar de vez o uso de software proprietário, mas oferecer uma alternativa, tendo em mente que disponibilizar esse sistema é quebrar paradigmas políticos, culturais e tecnológicos. Assim, os empregados estão sendo treinados e preparados para a adesão.
O projeto da CEF chama-se Programa Caixa Livre e não visa somente o alinhamento com as estratégias do governo federal, mas também a redução do custo de licenças do sistema de todos os computadores da instituição. Paulo Maia diz que com o software livre, a Caixa deixa de contratar 134 mil licenças de uso proprietárias.
Dentre as muitas aplicações do projeto, merece destaque a proposta de estações de loteria em software livre, pioneira no mundo, já que os sistemas lotéricos estão integrados em um mesmo terminal baseado em software livre, gerando uma economia de cerca de R$ 10.000.000,00 com o corte de custos de licenças de sistema operacional proprietário.
-Metrô de São Paulo
Visando reduzir custos e controlar as despesas, a Companhia do Metropolitano de São
-Requisitos de Hardware para Debian GNU/Linux
3.2.2 -Iniciar a instalação de Debian GNU/Linux 4.0
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