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2021, Prefácio do Livro "Atravessando fronteiras: Mulheres negras migrantes do Amapá"
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Migrações e direitos humanos problemática socioambiental -1 - MIGRAÇÕES E DIREITOS HUMANOS PROBLEMÁTICA SOCIOAMBIENTAL, 2018
Pensar a migração é também pensar a co-presença do migrante e a sua coexistência no mundo. O migrante é um ser aberto ao mundo, um ser dinâmico que se constrói e se ressignifica através do movimento e em movimento. Em outras palavras, o ser humano é um ser para a migração, é imanente nele a disposição para a mobilidade e migrar em escalas locais, regionais, nacionais e supranacionais. Migrar vai além de um ato, de um percurso, de um trajeto, de um deslocamento no tempo e no espaço. O que chamamos de ato migratório constitui-se em um modo de vida do migrante, de estar-no-mundo e de ser-no-mundo, de afirmar-se diante do Estado e da sociedade de instalação. No fundo, esse problema imposto ao migrante é um problema de alteridade e de cidadania, de negação da humanidade pelo fato de ser outro, nesse caso, o migrante. Do ponto de vista do Estado, o migrante seria o condenado da terra, para usar a expressão de Frantz Fanon. Digo isso, porque o problema da migração também é um problema colonial, um problema de desenraizamento da terra de origem para instalar-se numa terra prometida, que não é necessariamente prometida para o migrante. Também é um problema de despojamento de si para colocar-se no lugar do outro. Desta forma, a experiência migratória põe em evidência as relações coloniais, socioeconômicas, raciais e de gênero.
Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Estudos de Fronteira. Universidade Federal do Amapá (PPGEF/UNIFAP)., 2019
A Fronteira possibilita diversos olhares. Ela é compreendida como espaço de alteridade, plural e híbrida. Estar no limiar, habitar a fronteira expõe a vontade de incorporar e incorporar-se à alteridade, é o desejo de conciliar-se com o diferente. Sendo assim, a perspectiva adotada para as reflexões aqui expostas é a interseccionalidade, quer dizer, a sobreposição ou intersecção de identidades sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação. Partindo da hipótese de que a interseccionalidade pode ser relevante na compreensão da experiência social das mulheres migrantes e dos mais diferentes sujeitos sociais da contemporaneidade, este trabalho procura analisar uma tríplice dimensão da intersecção mulher-negra-migrante em situação de fronteira na Amazônia Franco-Amapaense. Esta investigação pretende mostrar que as mulheres migrantes ao cruzarem as fronteiras da Amazônia, por conseguinte, do Amapá, também atravessam diferentes formas de subalternização que se entrecruzam no processo de adaptação e sobrevivência. Portanto, o objetivo desta pesquisa é analisar como se articulam as categorias de gênero, raça, classe e nacionalidade com base nas trajetórias de vida de sete mulheres migrantes, contribuindo para capturar as consequências estruturais e dinâmicas dessas interações nas fronteiras, além de proporcionar reconhecimento e lugares de fala a essa coletividade historicamente marginalizada e silenciada. A partir das entrevistas semiestruturadas realizadas em Macapá e Oiapoque, no estado do Amapá, com sete mulheres migrantes de Guadalupe, Guiné Bissau, Camarões, Angola e República Dominicana, foi possível discutir o aspecto humano da questão fronteiriça, evidenciando a mobilidade feminina e destacando como os estudos migratórios podem contribuir para o combate do racismo no Brasil.
Caderno de Resumos - VII Sernegra: Semana de reflexões sobre negritude, gênero e raça (IFB), 2018
Revista ABPN, 2021
Resumo: O propósito deste artigo é, ao revelar a feminização da migração negra em Santa Catarina, afirmar como gênero e raça impactam as experiências dos corpos femininos racializados como não-brancos no Brasil. Este trabalho utiliza como referência empírica os dados obtidos nos atendimentos realizados pelo Centro de Referência no Atendimento ao Imigrante (CRAI) em parceria com o Eirenè: "Centro de Pesquisas e Práticas Póscoloniais e Decoloniais aplicadas às Relações Internacionais e ao Direito Internacional" da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de maio de 2018 a maio de 2019. Com o apoio das epistemologias feministas decoloniais e interseccionais negras, o artigo revela o perfil de africanas e afro-caribenhas que procuraram assistência no interstício citado, e destaca a invisibilização das interseccionalidades de raça e gênero nos estudos sobre mobilidade humana. Esse apagamento ratifica a noção hegemônica de universalização da categoria mulher migrante, e perpetua as hierarquias da colonialidade. Palavras-chave: Feminização das migrações; Universalização da mulher migrante; Interseccionalidades de raça e gênero; Mulheres negras; Mulheres migrantes.
Conhecimento & Diversidade
O artigo visa analisar representações sociais de mulheres imigrantes, por meio de narrativas exibidas na plataforma de mídia podcast ‘Mulheres Imigrantes’, sobre a lente das representações sociais e, ainda, considera as interseccionalidades derivadas das relações de poder. Com suporte em abordagem processualista, a pesquisa apreendeu narrativas de 15 episódios, considerando especificamente dinâmicas excludentes e xenofóbicas sob o prisma da tríade gênero, raça e classe, questões que historicamente fazem eco à virada decolonial. Como resultado das narrativas foram definidas as categorias empíricas ‘Preconcepções Estruturais’, ‘Naturalização’, ‘Subalternidade’, ‘Reificação’, ‘Vulnerabilidades’, ‘Violências’, ‘Medo e insegurança’, ‘O não enfrentamento’ e ‘Ressignificação’. A discussão avançar na compreensão da migração de mulheres, sobre a lente das representações sociais considerando as interseccionalidades, mais enfaticamente derivadas das relações de poder no que tange ao gênero e à...
Revista Ambivalências, 2018
No afã de contribuir à compreensão do atual fenómeno de ativismo de mulheres migrantes, o presente trabalho tem por objetivo analisar a construção discursiva histórica da condição da mulher migrante até a experiência de uma das voluntárias do coletivo “Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas”, um Movimento Humanista, que tem por missão facilitar e estimular o diálogo entre as culturas, denunciar e lutar contra toda forma de discriminação contra a mulher migrante. Também apresentaremos algumas estações expressivas do processo de luta das mulheres migrantes por agência e autonomia. Antes excluídas, ignoradas e caladas, as mulheres em geral e as migrantes em particular se organizam associativamente para disputar seu direito à fala e conquistar a cidadania social, cultural e política. Metodologicamente, longe de se engessar na lógica formal de causalidade linear, a nossa reflexão se estrutura em torno de eixos factuais e conceituais complementares suscetíveis de restituir o si...
Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica
O desenvolvimento deste artigo baseia-se nos pressupostos da Psicologia Social Crítica, comprometido com a realidade brasileira e com a práxis cotidiana, considerando a singularidade do indivíduo, enquanto manifestação de uma totalidade histórico-social. Tem por objetivo compreender as particularidades históricas, sociais e políticas que definem o “outro” na sociedade patriarcal capitalista e as transformações advindas com as novas determinações pandêmicas, partindo do fenômeno migratório feminino, enquanto experiência que evidencia tais contradições e metamorfoses. Adota a metodologia de Narrativas de Histórias de Vida para reconhecer os sentidos atribuídos pelos sujeitos e as (im)possibilidades de emancipação que se configuram na análise de depoimentos de duas mulheres migrantes, uma peruana no Brasil e uma brasileira na Alemanha. Os resultados ponderam as metamorfoses da metamorfose humana e a configuração de uma situação ambivalente, que pode conduzir tanto à paralização e à mes...
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Journal for Continental Philosophy of Religion, 2024
Los morlacos y las redes sociales, 2024
Il Manifesto (8 June 2018), 2018
eHumanista, 56, pp. 125-138, 2023
Encyclopedia of the Bible Online, 2022
New Educational Review, 2022
OIKOS Cultural Interactions in the Ancient World Annual Meeting: Networking the Ancient World, 2020
2021
Proceedings of the 1999 ACM symposium on Applied computing, 1999
IIUM Medical Journal Malaysia
Computer Communications, 2020
Italian journal of anatomy and embryology, 2015
Chemical Engineering Science, 2000
Revista de Psicología, 2021
Purinergic Signalling, 2011
Physiological and Molecular Plant Pathology, 2012