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CONTEXTUALIZAÇÃO DAS GRANDEZAS E MEDIDAS EM QUADRINHOS

2016

RESUMO Este trabalho objetiva relatar a experiência vivida numa turma do 5º período do curso de Pedagogia, na disciplina Fundamentos da Matemática II, na produção de uma história em quadrinhos que aborda o assunto grandezas e medidas de forma contextualizada, com suporte do software Pixton©. A imprescindibilidade das grandezas e medidas nas práticas sociais, uma vez que medir e contar são recorrentes em diversas situações do dia a dia, tornou ainda mais relevante e interessante o desenvolvimento de uma história em quadrinhos. Primeiro pelo desafio da contextualização matemática a ser realizada. Segundo pelo uso da tecnologia aqui representada pelo software Pixton©. Discute-se, neste relato, alguns aspectos sobre grandezas e medidas, contextualização, histórias em quadrinhos e uso do Pixton©, pautados na revisão da literatura. Apresentamos a produção realizada: a HQ-Massa é massa! Além disso, discutimos todo processo vivenciado na criação. Um dos principais resultados do processo de produção, experimentado por nós, é que pudemos verificar na teoria e na prática a quantidade de conexões que a temática em foco (grandezas e medidas) permite fazer com outras áreas do conhecimento, favorecendo a interdisciplinaridade e, consequentemente, servindo à criação de diferentes enredos que compõem as histórias em quadrinhos. Palavras-chave: Grandezas e Medidas; História em Quadrinhos; Pixton©. INTRODUÇÃO A construção deste relato tem como base as experiências vividas na disciplina de Fundamentos do Ensino da Matemática II, de um curso de Pedagogia, durante o estudo do conteúdo grandezas e medidas. A atividade avaliativa proposta pela professora da referida disciplina tinha como objetivo inicial fazer com que produzíssemos uma história para trabalhar as grandezas e medidas com a intenção de relacionar o conteúdo estudado com situações reais. De início, a ideia seria elaborar, em grupo, um livro paradidático com histórias que

CONTEXTUALIZAÇÃO DAS GRANDEZAS E MEDIDAS EM QUADRINHOS Maria Elisa Novaes Cahú de Moura Universidade Federal de Pernambuco [email protected] Amanda Marília de Moura Franca Universidade Federal de Pernambuco [email protected] RESUMO Este trabalho objetiva relatar a experiência vivida numa turma do 5º período do curso de Pedagogia, na disciplina Fundamentos da Matemática II, na produção de uma história em quadrinhos que aborda o assunto grandezas e medidas de forma contextualizada, com suporte do software Pixton©. A imprescindibilidade das grandezas e medidas nas práticas sociais, uma vez que medir e contar são recorrentes em diversas situações do dia a dia, tornou ainda mais relevante e interessante o desenvolvimento de uma história em quadrinhos. Primeiro pelo desafio da contextualização matemática a ser realizada. Segundo pelo uso da tecnologia aqui representada pelo software Pixton©. Discute-se, neste relato, alguns aspectos sobre grandezas e medidas, contextualização, histórias em quadrinhos e uso do Pixton©, pautados na revisão da literatura. Apresentamos a produção realizada: a HQ – Massa é massa! Além disso, discutimos todo processo vivenciado na criação. Um dos principais resultados do processo de produção, experimentado por nós, é que pudemos verificar na teoria e na prática a quantidade de conexões que a temática em foco (grandezas e medidas) permite fazer com outras áreas do conhecimento, favorecendo a interdisciplinaridade e, consequentemente, servindo à criação de diferentes enredos que compõem as histórias em quadrinhos. Palavras-chave: Grandezas e Medidas; História em Quadrinhos; Pixton©. INTRODUÇÃO A construção deste relato tem como base as experiências vividas na disciplina de Fundamentos do Ensino da Matemática II, de um curso de Pedagogia, durante o estudo do conteúdo grandezas e medidas. A atividade avaliativa proposta pela professora da referida disciplina tinha como objetivo inicial fazer com que produzíssemos uma história para trabalhar as grandezas e medidas com a intenção de relacionar o conteúdo estudado com situações reais. De início, a ideia seria elaborar, em grupo, um livro paradidático com histórias que abordasse as grandezas e medidas, voltado para as séries finais do ensino fundamental I. Assim, de imediato, nós resistimos a essa a essa proposta devido à dificuldade em elaborar os elementos gráficos. No decorrer da disciplina a professora nos apresentou uma nova proposta que resolvia a dificuldade relacionada à parte gráfica. A nova sugestão consistia em elaborar uma história em quadrinhos através da plataforma digital Pixton© (que permite a criação de HQ através de mecanismos fáceis de manusear). Portanto, a dificuldade da elaboração gráfica estaria sanada. A turma aceitou o desafio e nós, assim como os demais, começamos a nos apropriar das temáticas em jogo: grandezas e medidas, contextualização matemática e histórias em quadrinhos na educação, a partir da leitura de textos indicados pela professora. Após a leitura dos textos disponibilizados pudemos entender melhor o que são as grandezas e medidas, percebendo quão presentes elas estão na nossa vida cotidiana − o que favorece a diversidade de contextos a serem explorados. Nas próximas sessões, faremos uma breve discussão à luz do que dizem alguns autores que investigam as grandezas e medidas, a contextualização e as histórias em quadrinhos na educação. E ainda, apresentaremos o Pixton©, plataforma indicada para criação das HQ. Objetivamos, então, relatar a experiência vivida numa turma do 5º período do curso de Pedagogia, na disciplina Fundamentos da Matemática II, na produção de uma HQ que aborda elementos das grandezas e medidas de forma contextualizada, com suporte do Pixton©. A história em quadrinhos que produzimos, intitulada de "Massa é Massa", retoma a charada popular: "o que é mais pesado? 1kg de ferro ou 1kg de algodão?", a fim de abordar de forma simples e criativa as propriedades da grandeza massa. REVISÃO DA LITERATURA Nas sessões a seguir, discutiremos aspectos relevantes sobre as grandezas e medidas, contextualização e histórias em quadrinhos na educação que nortearam a criação da nossa história em quadrinhos. Vale salientar que a maioria das referências utilizadas neste relato foi indicada e discutida durante a disciplina de Fundamentos do Ensino de Matemática II. Algumas considerações sobre as grandezas e medidas Alguns historiadores acreditam que a percepção de contar apareceu em épocas primitivas − quando o homem passa a se dedicar as atividades agrícolas e de pastoreio. Eves (2004) apud Jucá et al. (2011), afirma que quando o homem primitivo percebeu a necessidade de contagem de seu rebanho começou a desenvolver formas de quantificar. A necessidade de medir também advém de necessidades cotidianas dos seres humanos, tais como, construir suas habitações, desenvolver a agricultura, expandir o comércio. Um dos conhecimentos imprescindíveis para o convívio em sociedade advém de situações envolvendo grandezas e medidas. Quando o indivíduo vai às compras, paga a passagem de um transporte, verifica o consumo de água, por exemplo, se depara com diferentes situações envolvendo as grandezas e medidas. Ou seja, o ensino amplo e articulado, teoria e prática, dos conceitos relacionados a este campo da Matemática é de suma importância para a formação de um cidadão consciente e ativo na sociedade, pois “conhecimentos limitados nesse campo da Matemática restringem a capacidade das pessoas de exercerem plenamente sua cidadania” (LIMA; BELLEMAIN, 2010, p. 170). Nos últimos anos, o ensino das grandezas e medidas tem ganhado destaque nas orientações metodológicas e nos livros didáticos. Segundo Lima e Bellemain (2010), contudo, o desempenho dos alunos ainda tem sido insatisfatório e tal resultado pode estar diretamente ligado à forma como o conteúdo é abordado, de maneira separada dos demais assuntos ou somente no fim do livro didático, como também devido à complexidade dos conceitos envolvidos. Mas, o que é uma grandeza? Grandeza é tudo o que pode ser medido. Por exemplo: massa, comprimento, volume, entre outros. Já medir uma grandeza é atribuir um número, uma “unidade” a ela. Uma unidade de medida é “um número, que é denominado medida do comprimento da unidade escolhida” (LIMA, BELLEMAIN, 2010, p. 173). Por ser relevante a este trabalho, destacamos a grandeza "massa" definida por Lima e Bellemain (2010) como a quantidade de matéria de um corpo. História em quadrinhos como recurso de contextualização matemática O uso de histórias em quadrinhos (HQ) é extremamente importante na contextualização dos conhecimentos matemáticos, uma vez que é possível explorar a imaginação e a criatividade, por exemplo. Através da junção das imagens com a linguagem escrita, permite ao aluno revelar sua compreensão sobre o conteúdo que permeia a história que está elaborando. Desta forma, a história em quadrinhos pode ser vista como um agente facilitador da aplicação prática para docentes das mais variadas áreas do saber, uma vez que estimula várias competências cognitivas e emocionais do educando, ate mesmo como novas formas de expressão cultural e linguística (DENARDI et al., 2012, p.158). Ao desafiar o estudante a elaborar sua própria história em quadrinhos, ele poderá se sentir motivado a fazer uso de habilidades que poderão ser reveladas nas imagens, no enredo, a cada escolha que instigue sua criatividade e evoque seus conhecimentos ainda que de diferente natureza. Nesta direção, a contextualização de conhecimentos matemáticos pode ser explorada pelo professor de Matemática que deseje fazer uso desse recurso. Este ato de relacionar conceitos matemáticos às práticas social, pessoal ou cultural do estudante, por meio da contextualização permite que o indivíduo ultrapasse a quase exclusividade de representações simbólicas e métodos centrados apenas em algoritmos ao tentar resolver problemas (SOUZA, SILVA E LUCENA, 2016). Mas, o que seria contextualizar? De acordo com Vasconcelos e Rêgo (2007, p. 2) Contextualizar significa apresentar o conteúdo ao aluno por meio de uma situação problematizadora, compatível com uma situação real que possua elementos que deem significado ao conteúdo matemático. A contextualização deve provocar no aluno a reflexão e discussão sobre a situação contextualizada, produzindo um conhecimento que poderá ser utilizado em outras circunstâncias. Ela permite ao estudante perceber a Matemática como um recurso para resolver problemas do seu dia-a-dia. Entretanto, segundo Gitirana e Carvalho (2010), contextualizar não é uma tarefa fácil. Criar história em quadrinhos pautada na contextualização matemática, também não. É o que revela o estudo realizado por Souza, Silva e Lucena (2016) ao proporem a professores de Matemática que criassem histórias em quadrinhos com ajuda do software Pixton©, na contextualização de funções. Estes autores perceberam que os professores, de fato, apresentaram dificuldade para contextualizar conteúdos matemáticos, mas isto não implicou em não conseguir fazê-lo. Além de boas histórias em quadrinhos, verificou-se que o método é frutífero como recurso para contextualização matemática, como também, pode servir ao professor como instrumento de avaliação. O Pixton© e as histórias em quadrinhos As histórias em quadrinhos vêm sendo bastante utilizada nas instituições escolares devido à ampla possibilidade de contextualizar diversos assuntos de forma lúdica, criativa e divertida. Bastante presente em livros didáticos, elas são valiosas para comunicar conhecimentos de qualquer área, porém de forma criativa e lúdica. Em geral, a contextualização é uma aliada quando o educador deseja fazer uso de HQ com finalidades didáticas (SANTOS, SILVA, 2016, p. 5). A elaboração de uma história em quadrinho é algo que exige além do conhecimento acerca do conteúdo abordado, habilidades relativas aos aspectos gráficos, entre outras. Neste contexto, o Pixton© é uma excelente ferramenta para transpor essa barreira. Com bons elementos gráficos prontos e de fácil utilização, ele serve como recurso na criação de histórias em quadrinhos. O Pixton© é criação do casal Clive e Daina Goodinson e tem sede no Canadá. O serviço online oferecido pelo site permite que os usuários criem e editem histórias em quadrinhos usando bonecos, roupas, expressões faciais, poses, objetos, cenários já pré-definidos. O usuário tem ainda a liberdade para alterar formas faciais e corporais, cor do cabelo, posição do braço, móveis, acessórios dos personagens, entre outros, dando ampla liberdade de criação. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este artigo tem por objetivo relatar a experiência vivida numa turma do 5º período do curso de Pedagogia, na disciplina Fundamentos da Matemática II, na produção de uma história em quadrinhos que aborda elementos das grandezas e medidas de forma contextualizada, com suporte do Pixton©. A atividade foi realizada em dupla após a leitura dos textos acadêmicos indicados sobre grandezas e medidas, contextualização e o uso de história em quadrinhos. Após a realização das leituras, a turma foi orientada a escrever um rascunho da história que pretendia inserir no Pixton©. Sendo assim, iniciamos a produção de um roteiro de criação, a partir da escolha da grandeza massa, sobre a qual trataríamos no enredo da HQ. Com o roteiro da HQ em mãos, no dia da aula, fomos ao laboratório de informática da instituição superior de ensino que fazemos parte, para construir no Pixton© o que havíamos rascunhado no papel. Durante a semana, por orientação da professora, já havíamos acessado o Pixton© e buscado, ainda que rapidamente, instrumentalizar-nos quanto às ferramentas do software. Três horas foram disponibilizadas para a construção da HQ no Pixton©. Após, a criação, deveríamos salvar a HQ e enviar o link da criação para apreciação da professora, por e-mail. Relato da Produção da HQ – Massa é massa! A produção da nossa HQ começou com a escolha da grandeza que seria abordada no quadrinho. Começou aí nosso primeiro impasse, uma vez que a quantidade de grandezas que poderíamos explorar abriu um grande leque de possibilidades e ficamos meio perdidas. Depois de muito refletir escolhemos a grandeza massa (que é bastante confundida com peso). Como já vimos, de acordo com Lima e Bellemain (2010, p. 199) “a massa de um corpo é a quantidade de matéria desse corpo”, o que usualmente as pessoas denominam de peso. Porém, peso e massa são grandezas distintas, já que peso é uma grandeza vetorial e, portanto, tem intensidade, direção e sentido influenciados pela gravidade. Como definido por Lima e Bellemain (2010, p. 199), peso é uma “grandeza vetorial associada à força da gravidade, exercida pela Terra sobre o corpo". As autoras ainda justificam que “nos modelos da Física Clássica, se nos restringirmos à superfície da Terra, a intensidade dessa força de atração, o peso do corpo, é diretamente proporcional à sua massa” (LIMA, BELLEMAIN, 2010, p. 19). Ou seja, muito da confusão entre massa e peso parte dessa premissa. A massa é uma propriedade da matéria e se mantém a mesma em qualquer lugar do planeta, mas o peso é uma relação entre a massa e a gravidade e dessa forma pode variar. Esta questão motivou-nos a escolha da grandeza e gerou em nós o interesse de facilitar por meio da nossa HQ o entendimento mais preciso sobre o que é massa e, assim, evitar possíveis confusões com o peso ou outras grandezas. Portanto, propomos explorar na nossa história em quadrinhos uma charada popular: “O que é mais pesado 1kg de algodão ou 1kg de ferro?”. Por pensarem apenas na composição do material dos elementos propostos, as pessoas tendem a responder que é 1kg de ferro. Ou seja, não atentam para o fato de que a relação a ser estabelecida tem a ver com a massa. Dessa forma, 1kg de qualquer coisa é sempre 1kg. Com a escolha dessa charada tivemos a oportunidade de trazer outros contextos que fazem parte do cotidiano de grande parte das crianças brasileiras. Definida a grandeza e o contexto da aplicação, começamos a elaboração da história no papel. O plano de fundo da história seria um diálogo entre pai e filho, tendo como ponto de partida uma vivência escolar comum ao público alvo definido. Aqui enfrentamos mais uma dificuldade – fazer com que toda essa história coubesse dentro de 9 quadrinhos, pois essa era uma das condições colocadas pela professora. Então, algumas falas tiveram que ser agrupadas e outras removidas. Isso foi uma tarefa difícil, pois não queríamos que tal exclusão alterasse o contexto e a forma como trabalhamos a as grandezas na HQ. Tudo devia ser feito, dentro do tempo de 3h de aula. No dia marcado para a aula estávamos com tudo pré-definido. Ao iniciarmos a produção no Pixton© tivemos acesso a novas ferramentas, pois quando exploramos o site em casa durante a semana que antecedia a atividade avaliativa, escolhemos usar a plataforma no modo "iniciante". No entanto, em sala de aula a professora solicitou que usássemos a modalidade "avançada", por ter maior diversidade de ferramentas que iriam contribuir com a produção das HQ. Nós ficamos maravilhadas com a variedade de recursos a nosso dispor. Criar esta história em quadrinhos foi algo bem divertido, apesar de ter sido bem trabalhoso. Não parecia que estávamos realizando uma avaliação. Apesar da preocupação com o tempo e da instrumentalização com as novas ferramentas, conseguimos concluir nossa produção com uma grande folga de horário. Isto revelou-nos a importância do rascunho da HQ previamente, tal como a nossa dedicação em buscar nos familiarizar com as ferramentas do Pixton©, ainda que na modalidade iniciante durante a semana que antecedia à atividade avaliativa. A seguir, apresentaremos a nossa história em quadrinhos – Massa é massa. Ao final, observando o resultado, achamos que os balões de fala ficaram muito grandes. Mas, ponderamos e preferimos deixar assim, pois entendemos que tirar falas poderia prejudicar a compreensão do contexto e da grandeza trabalhada. Nossa maior dificuldade foi justamente essa, adequar o tamanho das falas aos balões e a quantidade de quadrinhos. Também notamos, já após submeter o quadrinho para análise da docente, que no quadrinho de número 1 o balão de fala do filho deveria ter sido posicionado mais acima, visto que é dele a primeira fala. Percebemos também erros de ortografia e certa confusão da nossa parte quando tratamos adivinhações (O que é...?) como piadas que é um gênero textual humorístico. Outros aspectos sobre a nossa HQ foram revelados pela professora e pelos nossos colegas de turma. Em outra aula, tivemos a oportunidade de apresentar nossas histórias em quadrinhos de forma que todos puderam discutir sua composição e apresentar sugestões para melhorá-la. A revisão, correção e melhoria de nossa HQ estão sendo feitas para futura publicação. CONCLUSÃO A contextualização Matemática proposta nesta atividade contribuiu, inicialmente, para nossa formação. Isto porque não é muito usual este tipo de atividade avaliativa em nosso curso de Pedagogia. Estávamos mais acostumadas a trabalhar com a teoria sem muita conexão com a prática. Outro aspecto importante que tal atividade nos proporcionou foi perceber a quantidade de conexões que o conteúdo (grandezas e medidas) permite fazer com outras áreas do conhecimento. Esta pressupõe o trabalho com diferentes metodologias e disciplinas, favorecendo a interdisciplinaridade. Assim, a interdisciplinaridade se inspira na vida real que é multifacetada e possibilita, através de relações lógicas já existentes, uma aprendizagem mais significativa. E isso podemos perfeitamente conseguir através da utilização das histórias em quadrinhos. Por fim, percebemos que a criação de uma HQ pode revelar ao professor mais que a criatividade do aluno, mas também seus conhecimentos em Matemática, tal como, de outras áreas. E, ao evocar tais conhecimentos, este pode dar um feedback ao professor sobre suas incompreensões através dos erros cometidos, ao fazer uso de conhecimentos para contextualizar. De fato, corroboramos com autores anteriormente citados quando afirmam que as histórias em quadrinhos podem servir ao professor como instrumento de avaliação. REFERÊNCIAS DENARDI, L. SANTOS, A. A; MONTEIRO, D. F. L.; FONSECA, D.; MORAES, D. F.; FREITAS, E. R.; SILVA, E.; GONÇALVES, G. B.; SANTOS, G. B.; SANTOS, G. L.; VIEIRA, L.; SOUZA, M. L.; TÁBOAS, P.Z. História em quadrinhos: uma nova perspectiva metodológica para o uso da história da matemática em quadrinhos como prática de ensino. Anais do Simpósio do PIBID/UFABC, v. 01, 2012 - ISSN 2316-5782. GITIRANA, V.; CARVALHO, J. B. P. A matemática do contexto e o contexto da matemática. 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VASCONCELOS, Maria Betânia Fernandes; RÊGO, Rogéria Gaudêncio. A contextualização na sala de aula: concepções iniciais. IX ENEM, 2007, Belo Horizonte - MG. Disponível em: www.sbembrasil.org.br/files/ix_enem/Comunicacao.../CC48251755468T.doc. Acesso em: 22 de setembro de 2016.