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2006, Arte & Paisagem
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A presente investigação pretende reflectir sofre o funcionamento dos arquivos de cartografia em Lisboa e sobre a sua importância para o estudo da história urbana usando como estudo de caso uma análise efectuada para a cartografia de Lisboa da 2ª metade do século XVIII. Apresentam-se algumas questões a ponderar na avaliação dos arquivos de cartografia urbana. Mostram-se os resultados relativos à investigação efectuada e indicam-se algumas medidas de intervenção com vista a facilitar a pesquisa dos investigadores, nomeadamente dos historiadores das morfologias das cidades.
2016
Ciclicamente acontecem transformações no perfil populacional e ocupacional das cidades. É por exemplo o caso do processo atual de reconfiguração do centro de Lisboa, motivados pelo crescimento do turismo e pelas políticas de rendas. Também, no período final do século XIX, sobrevieram transformações económicas e sociais, dessa feita, impulsionadas pelo desenvolvimento industrial e urbanístico da cidade. Este jogo de adaptações e mudanças a que se assisteatualmente e no passadono espaço da cidade depende da intervenção de atores públicos e privados e da sua capacidade para mudar formas de vivência e moldar aproveitamento dos espaços urbanos. Em Lisboa, tal como em Barcelona, Bilbao, Lyon, Turim ou Estocolmo, viveu-se uma intensa transformação demográfica e urbana no final do século XIX. As áreas centrais destas cidades eram dotados de uma grande diversidade social. Já nos novos bairros, que foram surgindo nas periferias da cidade tradicional, vivenciou-se uma crescente homogeneidade no que toca aos seus habitantes, constituídos fundamentalmente por operário/as, artífices, mulheres empregadas no serviço doméstico e pequenos comerciantes. Na última década do século XIX, a cidade de Lisboa 1 passou por alterações estruturais -económicas, sociais e urbanísticasque implicaram mudanças nas vivências quotidianas dos seus habitantes. Este foi o momento em que o crescimento demográfico da cidade de Lisboa, onde em 1890 se concentrava mais de 7% da população portuguesa 2 , se passa a fazer à custa dos migrantes que vão em larga medida engrossar as classes trabalhadoras, nomeadamente a operária, e se inicia uma nova segregação social da cidade. Muitos destes habitantes eram «novos lisboetas» vindos a sua maioria dos distritos de Coimbra, Viseu e Leiria, que provocaram um aumento significativo dos efetivos populacionais, resultado de uma forte migração proveniente do país rural em direção à capital. É, também, o momento da publicação das primeiras normas legislativas de cariz laboral 3 e da legalização do associativismo de classe, sendo que o Estado obriga, ainda assim, ao registo e aprovação dos respetivos estatutos no Governo Civil 4 . Aliando estes dois exemplos ao crescimento demográfico efetivo e ao facto do Censo de 1890 indicar que 34% dos habitantes da cidade tinham uma atividade profissional, relacionada
2015
Two days after Lisbon ́s Earthquake (1755), the secretary of state Sebastião José de Carvalho e Melo orders marquês estribeiro-mor to place military surveillance along Lisbon’s harbour to prevent potential attacks by Algerian corsairs. Who were these privateers and what were they looking for? Why were they in Tagus river? These are questions that we will discuss in this paper. We will try also to understand why were our rullers so attentive to an eventual corsair activity while the city was struggling against the devastating effects of the earthquake.
No final do século XIX, Lisboa viveu uma época de mutações económicas, sociais e políticas, impulsionadas parcialmente pelo desenvolvimento industrial. Tendo em conta a importância do espaço urbano no processo de evolução industrial e de estruturação da classe operária, procura-se construir um retrato da cidade com base no Inquérito Industrial de 1890-uma importante fonte para o conhecimento da realidade industrial, laboral, tecnológica e económica deste período. A distribuição fabril e a caracterização da indústria, em termos de sector de produção, número de operários e utilização da energia a vapor, são estudadas a partir da construção de uma cartografia digital, recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), e da análise espacial aplicadas à pesquisa histórica. In the late nineteenth century, Lisbon was experiencing a time of economic, social and political changes, partially driven by industrial development. Given the importance of urban space in the industrial progress and the structuring of the working class process, we seek to build a picture of the city based on the Industrial Survey from 1890-an important source for the understanding of industrial, technological and economic context of the period. The distribution and the characterization of the industry in terms of production, number of workers and the use of steam power, is studied based on digital mapping using a Geographic Information System (GIS) and spatial analysis applied to historical research.
Actas do Coóquio Touros, Tragédias, Bailes e Comédias - Espectáculos e divertimentos em Portugal no século XVIII, 2015
A actividade teatral desenvolvida na capital portuguesa na primeira metade do século XVIII destaca-se pela variedade de géneros dramáticos e espaços de representação então disponíveis. Desde os bonifrates de António José da Silva, representados no Teatro do Bairro Alto, àqueles residentes no Teatro da Mouraria, passando pelas óperas italianas representadas na Academia da Trindade e no Teatro da Rua dos Condes, pelas comédias, primeiro espanholas e depois italianas, representadas no Pátio das Arcas, sem contar com as óperas e serenatas representadas para a corte no Paço da Ribeira, Lisboa era uma capital que pulsava com diversos géneros dramáticos, representados por bonecos ou por actores vivos, nacionais e estrangeiros, em edifícios com características singulares que aclimatavam às diversas influências assimiladas pelo teatro português em princípios do século XVIII. O presente artigo pretende traçar um mapa dos lugares do teatro na Lisboa joanina, analisando não somente a arquitectura teatral de alguns desses espaços como sua inserção no contexto urbano de princípios de Setecentos sem deixar de considerar o público que frequentava cada teatro e cada género dramático. Primeiramente, parece-nos de fulcral importância a compreensão do desenvolvimento da malha urbana da cidade de Lisboa, que passou por uma radical transformação à partir de finais do século XV, buscando sempre a afirmação do poder régio através da representação arquitectónica de grande edifícios civis ou religiosos relacionados à coroa e às suas obras de beneficência. Os tradicionais bairros de Lisboa ainda no século XV eram em sua maioria conformados por ruas estreitas e becos de tradição islâmica. Um viajante inglês escreveu sobre a capital: "a maior parte das ruas é muito estreita, sendo construídas segundo velhos costumes mouros, obrigando a população a usar mais a liteira que o coche, pois eles não podem circular na maior parte da cidade, ou seria ao menos bastante problemático" (Stevens 181) 1. A cidade antiga tornava-se completamente inadequada ao mundo moderno, já que os coches não podiam transitar em grande parte da capital. O aumento populacional tornou a administração da capital ainda mais complexa, no que tange tanto o saneamento como o controlo policial. Tais características eram incompatíveis com a capital de um império em expansão e de uma coroa cada dia mais influente. Com o intuito de modernizar a cidade, a legislação manuelina criou uma nova ordem urbana, contrária à antiga conformação medieval da capital, com ruas largas e fachadas regulares (Carita, Bairro Alto).
Os Almotacés de Lisboa (século XVIII) Após estabelecer uma contextualização histórica a partir de referências ao edil curul do Império Romano, aos muthasib islâmicos e às Ordenações do Reino, a presente dissertação estabelece o enquadramento do cargo de almotacé em Lisboa durante o século XVIII, no que se refere às suas competências, modos de acesso, prazo dos mandatos e renovação, além das condições remuneratórias. É comum dizer-se que as pessoas fazem os cargos muito mais do que os cargos fazem as pessoas. Mediante o levantamento dos nomes dos seiscentos e cinquenta almotacés da Lisboa setecentista pretende-se identificar, personalizadamente, cada um desses protagonistas da história municipal lisbonense. Após uma incursão pela teoria dos ofícios, procede-se à caracterização do cargo sob a perspetiva da apetência pelo mesmo - quem o requeria e quem dele se escusava - e procura estabelecer-se a descrição de um perfil típico do almotacé setecentista visando determinar se o mesmo corresponde a uma categoria social. Ao traçar-se o quadro evolutivo da atividade regulatória a partir do terramoto de 1755, dando especial atenção às alterações introduzidas em Lisboa pela administração centralista de Sebastião José de Carvalho e Melo, perspetivam-se as implicações para o exercício dos almotacés que decorreram da transferência de poderes e competências da esfera municipal para a Junta do Comércio e Intendência Geral da Polícia. Por fim, enfoca-se a perda de estatuto do cargo e as consequentes mudanças no modo do seu funcionamento, relacionando-as com os novos ventos de mudança que propiciavam a queda do antigo regime. Palavras-chave: Almotacé, Ofícios, Lisboa, Regulação. ABSTRACT Lisbon Almotacés (18th century) After establishing an historical contextualization from references to the curule aedile of the Roman Empire, the islamic muthasib and the Ordenações do Reino (Ordinances of the Kingdom), the present dissertation establishes the framework of the position of almotacé in Lisbon during the 18th century, in terms of its attributions, career access path, mandate duration and renewal, and remuneration. It is a common thing to say that man makes the position more often than the position makes the man. The compilation of the names of the six hundred and fifty almotacés of 18th century Lisbon intends to identify each and every one of such protagonists of the municipal history of Lisbon. After a review of the theory of crafts, a characterization of the office position is made in terms of its attractiveness – those who requested it, and those who avoided it – and an attempt is made to establish the typical profile of the 18th century almotacé, aiming to determine if a correspondence exists with a particular social category. By depicting the evolutionary framework of the regulatory activity beginning with the 1755 earthquake, taking into special consideration the changes introduced in Lisbon by the centralist administration of Sebastião José de Carvalho e Melo, a perspective is given on the implications for the activity of the almotacés decurring from the transfer of powers and competences from the municipal sphere to the Junta do Comércio and Intendência Geral da Polícia. Lastly, the loss of social status that affected the office position and the consequent changes in its way of functioning are brought into sharp focus, in connection with the winds of change that propitiated the fall of the old regime.
Analise Social, 2000
Os testemunhos sobre o pulsar urbano de Lisboa que nos foram legados por alguns visitantes estrangeiros constituem uma das fontes possíveis para o estudo dos problemas associados ao funcionamento das infra-estruturas da cidade. A segunda metade do século XVIII foi particularmente pródiga em suscitar e ressuscitar memórias e reminiscências diversas de viajantes. Os relatos e impressões de viagem por Portugal e na sua capital conheceram então grande difusão, pelo que este período oferece garantias de profícua sondagem. A explicação deste surto talvez resida nas ondas de choque que o terramoto de 1755 fez propagar em muitos círculos políticos e intelectuais europeus, talvez até na simples curiosidade e vontade de confirmar o estatuto afamado de Lisboa como lugar de grande beleza e mistério, ou tão-só na circunstância de ser esse um dos géneros literários mais atractivos e apetecíveis do século das luzes. O problema básico que este tipo de literatura levanta a quem o utiliza como fonte histórica é o da determinação da verosimilhança das informações recolhidas e da pertinência dos comentários valorativos de que os viajantes raramente prescindem. Por conseguinte, é necessário precaver a existência de informações inadvertidamente falseadas, ou a ocorrência de episódios fortuitos que causam especial impacto pela relação de proximidade com o autor do relato. De igual modo, é fundamental manter uma vigilante crítica em relação ao espírito arrogante ou ao sobranceiro desprezo de um ou outro viajante que
www.jornalissimo.com, 2018
Artigo de divulgação histórica - no âmbito da parceria entre o Laboratório de História do Instituto de História Contemporânea (IHC – FCSH - UNL) e o Jornalíssimo ” (www.jornalissimo.com - site de informação destinado a jovens). [https://www.jornalissimo.com/historia/1046-vilas-operarias-na-lisboa-do-final-do-seculo-xix]
Iconografias nos revestimentos de azulejos da casa senhorial no século XVIII em Lisboa
Ao longo do século XVII afirma-se, em Portugal, a utilização do azulejo como elemento decorativo integrado nos interiores das casas senhoriais. Um exemplo paradigmático é o palácio Fronteira, residência que chega aos nossos dias com os azulejos seiscentistas preservados nos espaços de origem.
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Academia Materials Science, 2023
E3S Web of Conferences
World Journal of Advanced Engineering Technology and Sciences, 2024
socialscientia Journal of Humanities , 2023
Sejarah Pertempuran 10 November dan Pahlawan yang dilupakan, 2024
'900 letterario, 2019
Acta Medica Bulgarica, 2021
Anais do XIII Congresso Brasileiro de Agroinformática (SBIAGRO 2021), 2021
Interspeech 2020, 2020
Mathematische Nachrichten, 2001
Proceedings of the First Italian Conference on Computational Linguistics CLiC-it 2014 and of the Fourth International Workshop EVALITA 2014 9-11 December 2014, Pisa, 2014