BRUNO SANTOS CUNhA
CRISTIANE DA COSTA NERy
GEóRGIA TEIxEIRA JEzLER CAMPELLO
Coordenadores
Prefácio
Carlos Ari Sundfeld
DIREITO MUNICIPAL
EM DEBATE
Volume 3
Belo horizonte
2012
2017
© 2017 Editora Fórum Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,
inclusive por processos xerográficos, sem autorização expressa do Editor.
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D597
Cunha, Bruno Santos
Direito municipal em debate / Bruno Santos Cunha, Cristiane da Costa Nery, Geórgia Teixeira
Jezler Campello; prefácio Carlos Ari Sundfeld. – Belo horizonte : Fórum, 2017.
v. 3, 190 p.
ISBN: 978-85-450-0186-7
1. Direito municipal. 2. Advocacia pública. I. Nery, Cristiane da Costa. II. Campello, Geórgia
Teixeira Jezler. III. Sundfeld, Carlos Ari. IV. Título.
CDD: 342.06
CDU: 342
Informação bibliográfica deste livro, conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT):
CUNhA, Bruno Santos; NERy, Cristiane da Costa; CAMPELLO, Geórgia Teixeira Jezler. Direito municipal em
debate. Belo horizonte: Fórum, 2017. v. 3, 190 p. ISBN 978-85-450-0186-7.
A todos os Advogados Públicos,
a quem compete a efetivação dos valores democráticos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Associação Nacional de Procuradores
Municipais (ANPM) por viabilizar, por meio do Congresso Brasileiro
de Procuradores Municipais, um espaço de debates e apresentação
de estudos de temas de direito municipal, propiciadores do avanço
das teses e sua efetiva aplicação nas mais diversas cidades. Os
textos reunidos neste livro representam investigações realizadas
pelos procuradores municipais em suas diversas áreas de atuação.
Agradecemos aos autores pela colaboração, à Escola Superior
de Direito Municipal (ESDM) pelo apoio na organização e aos
familiares pelo incentivo à concretização de mais uma edição do
Direito Municipal em Debate.
SUMÁRIO
PREFÁCIO ................................................................................................ 15
A IMPORTâNCIA DO ADVOGADO PúBLICO NA
EFETIVAçãO DE ACORDOS COMO APLICADOR DO
DIREITO ADMINISTRATIVO CONTEMPORâNEO
Rafael Schreiber ...................................................................................... 17
Introdução ................................................................................................. 17
1
Breves considerações sobre o regime jurídico administrativo
contemporâneo ............................................................................ 18
2
A utilização de acordos como fator de redução de litígios
previstos na Constituição Federal ............................................. 24
3
Importância da realização de acordos para o direito público.... 27
4
A realização de acordos à luz da jurisprudência e dos
precedentes judiciais ................................................................... 31
5
Função e atuação do advogado público ................................... 33
6
O advogado público como auxiliador na motivação dos
atos administrativos e na ponderação de interesses .............. 37
Considerações finais ................................................................................ 42
hONORÁRIOS DE SUCUMBêNCIA: UM DIREITO DO
ADVOGADO PúBLICO
Eduardo Amin Menezes Hassan .......................................................... 49
1
Introdução..................................................................................... 49
2
Caráter alimentar dos honorários de sucumbência e a
Súmula Vinculante nº 85 do STF ............................................... 50
3
honorários sucumbenciais como direito do advogado
público ........................................................................................... 53
4
Não sujeição dos honorários sucumbenciais ao teto
remuneratório do servidor público........................................... 56
5
Considerações finais .................................................................... 59
Referências ................................................................................................ 60
O NOVO CPC E A ATUAçãO DOS PROCURADORES
MUNICIPAIS
Eduardo de Souza Floriano ................................................................... 63
1
Introdução..................................................................................... 63
2
O Novo CPC – visão geral ......................................................... 64
3
A Fazenda Pública Municipal em juízo.................................... 64
4
As prerrogativas dos municípios e dos procuradores
municipais em juízo .................................................................... 66
4.1
Reconhecimento da impossibilidade do representante
judicial da parte de ser compelido a cumprir decisão
judicial ........................................................................................... 67
4.2
Despesas ao fim (art. 91) ............................................................. 69
4.3
Inaplicabilidade do recesso forense aos advogados
públicos ......................................................................................... 69
4.4
Impossibilidade de aplicação de multa por atos
atentatórios à justiça .................................................................... 70
4.5
Citação e intimação ocorre perante o órgão da Advocacia
Pública ........................................................................................... 70
4.6
Estipulação de honorários advocatícios contra a Fazenda
Pública ........................................................................................... 70
4.7
Os honorários de sucumbência como direito do advogado
público ........................................................................................... 71
4.8
Da remessa necessária................................................................. 73
4.9
Obrigação de cadastro para recebimento de citações e
intimações por meio eletrônico .................................................. 74
4.10 Restrição às regras de concessão da tutela antecipada face
a Fazenda Pública ........................................................................ 74
5
Conclusão ..................................................................................... 74
O LEVIATã REVISITADO – O PROCURADOR
DO MUNICíPIO E O NOVO PARADIGMA DA
CONSENSUALIDADE ADMINISTRATIVA
José Antonio Apparecido Junior .......................................................... 77
Introdução ................................................................................................. 77
1
O procurador do município e a revisita ao Leviatã ................ 78
2
Nas entranhas do Leviatã – a atuação do corpo profissional
da Administração Pública .......................................................... 80
3
4
5
6
Administração Pública consensual? ......................................... 81
Consensualidade x autoridade: o Leviatã despido ................ 83
Consensualidade x controle: o Leviatã onisciente ................. 85
O procurador do município e a atuação consensual da
Administração Pública: conclusões........................................... 88
Referências ............................................................................................... 89
A EFETIVAçãO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
SOCIAIS POR MEIO DA ATUAçãO CONCRETA DA
ADVOCACIA PúBLICA MUNICIPAL
Karla Alexsandra Falcão Vieira Celestino e
Regina Vera Vilas Bôas .......................................................................... 91
I
Nota introdutória......................................................................... 91
II
Função social da Advocacia Pública ......................................... 91
II.I
Justiça social em Jonh Rawls ...................................................... 93
III
Lições de Alexy ............................................................................ 94
IV
Licões de Sarlet ............................................................................ 97
V
Lições de Canotilho ................................................................... 109
VI
Lições de Paulo Bonavides ....................................................... 113
VII
Notas conclusivas ...................................................................... 115
Referências .............................................................................................. 116
A rAtio essenDi DAS ChEFIAS DE CARREIRA DA
ADVOCACIA PúBLICA MUNICIPAL
Leonardo Sales de Aguiar .................................................................... 119
Introdução ............................................................................................... 119
1
A estrutura organizacional das procuradorias municipais
pelo país e o caráter estatal da carreira de procurador
municipal .................................................................................... 121
2
Princípio da simetria ................................................................. 125
2.1
A simetria constitucional e o cargo de procurador-geral
do município .............................................................................. 125
2.2
A simetria e os demais cargos de chefia e direção das
procuradorias municipais ........................................................ 127
3
Princípio da impessoalidade, da moralidade e da
acessibilidade dos cargos públicos mediante concurso
público (art. 37, da CF/88) ........................................................ 131
4
A proposta de Emenda Constitucional nº 17/2012, a proposta
de Súmula Vinculante nº 18 e a constitucionalização da
carreira de procurador municipal ........................................... 133
5
Alguns precedentes judiciais proferidos pelo país a respeito
da matéria ................................................................................... 134
6
Conclusões .................................................................................. 137
Referências .............................................................................................. 138
INTERESSE PúBLICO PRIMÁRIO E TUTELA
DE DIREITOS COLETIVOS: A NECESSIDADE
DE ADEqUAçãO CONSTITUCIONAL AOS
PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS PREVISTOS à
FAzENDA PúBLICA
Robson Soares de Souza ...................................................................... 139
1
Introdução................................................................................... 139
2
Os direitos coletivos e seu desenvolvimento jurídico
decorrente das transformações sociais .................................. 142
3
A proibição da reformatio in pejus em reexame necessário
nas ações de tutela coletiva – a necessidade do
reconhecimento de ofício em segundo grau da tutela
de interesses coletivos ............................................................... 148
4
A inconstitucionalidade progressiva do art. 475 do CPC ......... 151
5
A Súmulaº 45 do Superior Tribunal de Justiça e a
interpretação conforme a Constituição do art. 475 do CPC –
proibição da reformatio in pejus somente em casos de
interesse público primário ....................................................... 154
6
O interesse coletivo como matéria de ordem pública – o
reexame necessário na ação civil pública por aplicação
analógica do art. 19 da Lei de Ação Popular ......................... 156
7
Considerações finais .................................................................. 158
Referências .............................................................................................. 159
AUTONOMIA MUNICIPAL, ORçAMENTO PúBLICO
E ATIVISMO JUDICIAL
Rodrigo Henriques de Araujo ............................................................ 161
1
Introdução................................................................................... 161
2
O município como ente federado e autônomo ...................... 161
2.1
Autonomia municipal ............................................................... 166
3
Planejamento e orçamento na Administração Pública ......... 170
3.1
Orçamento público .................................................................... 172
4
Ativismo judicial ........................................................................ 176
4.1
Consequências do ativismo judicial no município ............... 179
Conclusão ................................................................................................ 186
Referências ............................................................................................. 187
SOBRE OS AUTORES ...................................................................... 189
PREFÁCIO
Este livro é sobre três instituições irmãs, que vivem ligadas
por um cordão forte umbilical: a administração municipal, o direito
público e a advocacia pública.
No amplo contexto do Estado brasileiro, o município talvez seja o que envolva as obrigações e desafios mais difíceis. É
a administração local que mantém as relações mais próximas
com as pessoas comuns, com suas necessidades cotidianas e com
sua falta de recursos. Por isso, o direito público municipal —
frequentemente um direito muito mais das pequenas coisas do
que das grandes categorias que os intelectuais adoram — veio
se desenvolvendo fortemente nas últimas décadas, revelando
especificidades insuspeitadas.
Mas o que importa mesmo dizer aqui é isto: sem a advocacia
pública, sem o assessoramento jurídico seguro que ela aporta para
os gestores locais, sem o controle prévio que ela faz da conformidade jurídica da ação administrativa, a submissão da administração
municipal ao direito seria apenas um ideal, um projeto inconcluso.
A boa notícia é que, nas últimas décadas, e muito especialmente
desde a redemocratização e a Constituição de 1988, a advocacia
pública local veio se consolidando sempre mais.
Direito público, advocacia pública e administração municipal
são hoje três instituições que aqui estão para ficar, e que não podem
viver uma sem as outras.
Sou testemunha de que a Associação Nacional dos Procuradores Municipais tem tido um papel decisivo nesse desenvolvimento
institucional. Ela é um espaço privilegiado de troca de experiências,
de aprimoramento intelectual e, sobretudo, de estímulo à criatividade jurídica e ao experimentalismo responsável de que tanto
precisamos para evoluir.
A prova está neste livro, em que colegas se dão as mãos,
expõem suas dúvidas e perplexidades e exploram novos caminhos.
Um livro, portanto, que testemunha o impressionante avanço
16
Bruno SantoS Cunha, CriStiane da CoSta nery e GeórGia teixeira Jezler Campello
direito muniCipal em deBate
institucional de um país jovem e mostra o quanto o associativismo
tem contribuído para isso.
Carlos Ari Sundfeld
professor titular da FGV direito
São paulo. presidente da Sociedade
Brasileira de direito público