Academia.eduAcademia.edu

Controle de qualidade na indústria de embalagem

Nos últimos anos a palavra controle da qualidade vem ganhando uma nova conotação. Quando se pensa em controle da qualidade já temos em mente os inspetores com seus jalecos brancos e sua prancheta inspecionando a embalagem que está sendo produzida. A cada período de tempo pré-determinado o inspetor faz a sua ronda no setor específico verificando se os requisitos especificados estão sendo cumpridos, quando algo está fora do especificado produto é retido e perdas são geradas. Porém, em tempos de produção enxuta, redução de custos, competição acirrada de preços e sustentabilidade uma dúvida paira no ar: será que não é o momento de repensar o modelo do sistema de controle de qualidade? Será que este modelo onde um produz e o outro confere não está impactando demais no resultado da empresa? Não é a minha intenção acabar com o controle de qualidade, muito pelo contrário, ele é primordial para a produção de embalagens com qualidade e rentabilidade, mas será que estamos atuando no momento e nas pessoas certas? Ouvimos sempre falar da " eterna briga entre qualidade e produção " , mas quando escuto isso fico me perguntando: os dois não deveriam ter o mesmo objetivo: produção com qualidade? Produzir com qualidade não é somente ter a embalagem dentro dos padrões estabelecidos pelos clientes, é, além disto, ter rentabilidade, baixo tempo de setup , otimização dos materiais, redução de perdas e agilidade. A qualidade de um produto ou serviço é resultado das ações efetuadas pelas pessoas: operadores, inspetores, supervisores, atendentes, vendedores, etc. se atuarmos na qualificação da gerência, coordenação, do corpo técnico, das informações e principalmente de quem está com a responsabilidade de produzir em suas mãos: os operadores, os resultados serão mais atraentes. Claro que educar " dá trabalho ". É como educar um filho, temos que desprender de tempo, atenção e recursos, porém, como é gratificante para os pais ver um filho atingindo os objetivos, como diriam meus avós " encaminhados na vida " .

Controle de qualidade na indústria de embalagem Fabiana Silveira Aplicare Consultoria, Assessoria e Treinamento Palavras-chave: embalagem, controle de qualidade, procedimentos. Nos últimos anos a palavra controle da qualidade vem ganhando uma nova conotação. Quando se pensa em controle da qualidade já temos em mente os inspetores com seus jalecos brancos e sua prancheta inspecionando a embalagem que está sendo produzida. A cada período de tempo pré-determinado o inspetor faz a sua ronda no setor específico verificando se os requisitos especificados estão sendo cumpridos, quando algo está fora do especificado produto é retido e perdas são geradas. Porém, em tempos de produção enxuta, redução de custos, competição acirrada de preços e sustentabilidade uma dúvida paira no ar: será que não é o momento de repensar o modelo do sistema de controle de qualidade? Será que este modelo onde um produz e o outro confere não está impactando demais no resultado da empresa? Não é a minha intenção acabar com o controle de qualidade, muito pelo contrário, ele é primordial para a produção de embalagens com qualidade e rentabilidade, mas será que estamos atuando no momento e nas pessoas certas? Ouvimos se p e fala da ete a iga e t e ualidade e p odução , as ua do escuto isso fico me perguntando: os dois não deveriam ter o mesmo objetivo: produção com qualidade? Produzir com qualidade não é somente ter a embalagem dentro dos padrões estabelecidos pelos clientes, é, além disto, ter rentabilidade, baixo tempo de set-up, otimização dos materiais, redução de perdas e agilidade. A qualidade de um produto ou serviço é resultado das ações efetuadas pelas pessoas: operadores, inspetores, supervisores, atendentes, vendedores, etc. se atuarmos na qualificação da gerência, coordenação, do corpo técnico, das informações e principalmente de quem está com a responsabilidade de produzir em suas mãos: os operadores, os resultados serão mais atraentes. Claro que edu a dá t a alho . É o o edu a u filho, te os ue desprender de tempo, atenção e recursos, porém, como é gratificante para os pais ver um filho ati gi do os o jetivos, o o di ia eus avós e a i hados a vida . Quando a informação do pedido é enviada corretamente para a fábrica, e quando falo correta, não é somente informações verídicas e sim informações tangíveis, principalmente tolerâncias adequadas e uma boa análise do pedido já têm uma boa chance de termos um pedido de sucesso. Ter pessoas treinadas e qualificadas, tanto na operação, quanto no controle de qualidade, e não vejo qualificação como experiência na área e sim um bom e constante plano de treinamentos e incentivo à educação. Acredito que quando a empresa possui este sistema ela pode adequar o colaborador para a sua realidade e o seu objetivo. Um bom plano de inspeção da embalagem para a área operacional, é o que chamo de Co t ole de Qualidade Ope a io al o de o ope ado espo sável pela ualidade do ue está produzindo, sendo treinado para verificar todos os pontos possíveis de verificação no seu local de trabalho. Um bom check list, com informações realmente pertinentes e que não façam o operador perder tempo com preenchimentos inúteis. Temos que facilitar o registro das informações, porque controle sem registro, no meu ponto de vista não existe. Infelizmente, o registro nos obriga a fazer o procedimento da maneira correta e em períodos prédeterminados. O registro é muito importante, mas, novamente, ele deve ser simples, direto e eficiente. Sempre me lembro de uma história que relata bem a importância do check list, quando um impressor imprimiu quatro bobinas com o tratamento corona do lado contrário e no seu chek list havia um campo para que ele registrasse a verificação do tratamento. Quando verifiquei seu registro, desde o acerto do pedido ele informou que o tratamento estava vi ado . Qua do o uestio ei ele e disse: eu só ve ifi uei a o i a 04, aí fui he a as bobinas anteriores e constatei que todas estavam viradas, como fomos treinados a não e ti o check list, escrevi a verdade. Conclusão: o procedimento foi correto, ele fez a verificação e registro o que encontrou, lamentável ter sido no momento errado. Esta ação não serve somente para registro e sim para tomar uma ação com base nos resultados deste registro, correção, liberação do lote, etc. E os inspetores de qualidade, vamos retirá-los de dentro da fábrica? Não muito pelo contrário, eles devem atuar fortemente nas análises em que os operadores não têm condições de realizar, ensaios analíticos como cof, resistência à delaminação, etc. E estas análises devem ser realizadas etapa a etapa, para que o produto acabado tenha as características necessárias, e qualquer desvio de processo seja retido o quanto antes. É muito melhor produzir novamente um produto que ficou retido no setor de extrusão, do que no processo de acabamento, após estar impresso, laminado e cortado. Outro ponto importante de atuação do controle de qualidade: a inspeção de matérias primas. Infelizmente sabemos que o fornecedor sabe quem inspeciona ou não as matérias primas. Recebermos as matérias primas sem nenhuma o fe ia deixa o lo o uida dos o dei os . E para finalizar, mantermos nossa equipe, diminuir a rotatividade e criar um ambiente favorável ao desenvolvimento pessoal e profissional de nossos colaboradores. Possuir uma área de recursos humanos atuante principalmente dentro da área fabril, só para lembrar é lá que tudo acontece, e muitas vezes olhamos para a área administrativa, técnica e deixamos por último o local que irá determinar como a nossa embalagem será produzida. O maquinário é importante, mas ele não rodará bem se a pessoa que estiver na frente dele não estiver bem.