Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade no contexto de
uma universidade pública brasileira
Multiplying action: a proposal for social inclusion and accessibility in the context of a
Brazilian public university
Fernanda Costa Silva1
Isadora Oliveira Gondim2
Sônia Maria Soares3
RESUMO
Este relato de experiência tem como objetivo descrever as ações e metodologias adotadas pelo
projeto de extensão universitária “Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social e
acessibilidade”, anos 2018 e 2019. As principais metodologias adotadas para o
desenvolvimento das ações do projeto foram: pesquisa bibliográfica, entrevistas, preparação
de materiais didáticos, seminários, exposições, observação e análise fílmica. O projeto
contribuiu para ampliar as discussões acerca da inclusão social e acessibilidade das pessoas
com deficiência e conscientizar atores sobre a necessidade de propiciar ambientes inclusivos,
de socialização e acessíveis. Concluiu-se que o fortalecimento de projetos dessa natureza
promove a reflexão da comunidade universitária e auxilia o processo de inclusão social e
acessibilidade das pessoas com deficiência nas Instituições Federais de Ensino Superior.
Palavras-chave: Inclusão Social. Acessibilidade. Extensão Universitária.
ABSTRACT
This experience report aims to describe the actions and methodologies adopted by the
university extension project “Multiplying action: a proposal for social inclusion and
accessibility”, years 2018 and 2019. The main methodologies adopted for the development of
the project's actions were: bibliographic research, interviews, preparation of teaching
materials, seminars, exhibitions, observation and film analysis. The project contributed to
broaden discussions about the social inclusion and accessibility of people with disabilities and
to raise awareness among actors about the need to provide inclusive, socializing and
accessible environments. It was concluded that the strengthening of projects of this nature
promotes the reflection of the university community and helps the process of social inclusion
and accessibility of people with disabilities in Federal Institutions of Higher Education.
Keywords: Social Inclusion. Accessibility. University Extension.
1
Mestranda em Administração no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Brasil; servidora
técnico-administrativa da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil (
[email protected]).
2
Graduanda em Gestão de Serviços de Saúde na Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
(
[email protected]).
3
Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Brasil; professora titular da Escola de Enfermagem
da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil; coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cuidado
e Desenvolvimento Humano (
[email protected]).
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INTRODUÇÃO
A partir da década de 1990, as discussões acerca dos direitos da pessoa com deficiência têm
despontado nos cenários nacional e internacional (PLETSCH; LEITE, 2017), principalmente
no que diz respeito à educação inclusiva (BISSOTO, 2013). Para o ensino superior brasileiro,
a inclusão da pessoa com deficiência foi garantida com a promulgação da Lei de Cotas
(BRASIL, 2012, 2016). Os dispositivos legais que permitem a inserção de alunos por meio de
cotas nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) vêm acarretando e ainda acarretarão
uma série de mudanças estruturais e administrativas nos ambientes universitários. Tal
movimento torna-se necessário para que sejam realizadas todas as adequações inerentes ao
processo de institucionalização desses dispositivos no ensino superior brasileiro
(MAGALHÃES; SEVERINO, 2017).
A garantia de direito às pessoas, por meio de mecanismos legais, está na sociedade desde a
Antiguidade (LUHMANN, 1983) e, com essa perspectiva, a Lei de Cotas foi aqui
vislumbrada como uma alternativa indispensável e acertada, cujos efeitos promoverão, em
médio e longo prazos, a superação das desigualdades sociais e educacionais históricas
vivenciadas (MEDEIROS, MELLO NETO, GOMES, 2016). Van Petten et al. (2017) analisou
que, em relação aos alunos cotistas com deficiência, há desafios a serem superados para tornar
o ambiente universitário acessível e mais inclusivo.
Dessa forma, com vistas a auxiliar o processo de inclusão social e acessibilidade no âmbito de
uma unidade acadêmica, formatou-se no ano de 2017 o projeto de extensão universitária
“Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade”. O projeto,
implementado no ano de 2018, possui como objetivo principal promover ações no âmbito de
uma unidade acadêmica e espaços de uso comum de um campus universitário. O projeto, ao
considerar as diferentes dimensões sobre o tema inclusão e acessibilidade, relaciona-se tanto
com a pesquisa quanto com a extensão com vistas a ampliar a discussão e o acesso à
informação sobre a temática. Considera-se que a extensão universitária, cuja base conceitual
está na persuasão mútua benéfica entre Universidade e comunidade por meio da geração de
conhecimento, na atualidade também se apresenta como uma ferramenta das IFES de
promoção do “compromisso social” (RODRIGUES et al., 2013).
Considerando que o processo excludente social das pessoas com deficiência está na sociedade
desde os seus primórdios e as relações sociais que vigoram até a atualidade foram formatadas
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por processos mentais que imperam e legitimam a segregação entre as pessoas com
deficiência daquelas que não a possuem (MACIEL, 2000; FRANÇA; PAGLIUCA, 2009),
torna-se compromisso social das IFES a implementação de ações com vistas a reverter esse
cenário socialmente construído. Diniz (2007) nos faz refletir acerca do contexto social do
termo “deficiência”, já que ele não se restringe apenas à expressão de uma lesão, mas também
aponta que a sensação de experimentar a desigualdade pelas pessoas com deficiência só é
possível em sociedades pouco sensíveis, ou seja, excludentes.
A Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu, no ano de 2006, a Convenção Sobre os
Direitos da Pessoa com Deficiência e, a partir de então, o conceito “pessoa com deficiência”
passou a reconhecer a dimensão social do termo, ou seja, um conceito em evolução no qual a
deficiência é resultado da interação entre as pessoas com deficiência e as barreiras decorrentes
das atitudes e do ambiente que as impedem de obterem participação plena e efetiva na
sociedade por meio de igualdade de oportunidades com as demais pessoas (MAIA, 2013). No
ano de 2009, o Brasil ratificou os termos dessa convenção por meio do Decreto nº 6.949, de
25 de agosto de 2009 (BRASIL, 2009).
No ensino, um importante marco acerca da necessidade de proporcionar educação inclusiva às
pessoas com deficiência trata-se da Declaração de Salamanca, emitida no ano de 1994, na
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, na cidade de Salamanca,
Espanha. O texto trata de princípios, políticas e práticas em educação especial (UNESCO,
1994).
Quase trinta anos decorreram do início das discussões acerca da acessibilidade no ensino e a
temática ainda necessita de constantes debates e investigações com vistas a contribuir com a
educação inclusiva. A necessidade de proporcionar a inclusão da pessoa com deficiência no
ensino foi reconhecida com maior destaque, mediante a Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a partir do ano de 2008 (PLETSCH; LEITE,
2017). No Ensino Superior, a inclusão da pessoa com deficiência foi efetivada no ano de
2016, por meio da Lei nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016, que altera a Lei de Cotas
(BRASIL, 2012; 2016).
A análise da Lei de Cotas considera a proporção da população preta, parda, indígena e pessoas
com deficiência, conforme dados específicos da unidade da Federação em que está instalada a
instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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(BRASIL, 2016). Nas IFES, a política de cotas ainda está em processo de implementação
(MAGALHÃES; SEVERINO, 2017) e, de acordo com Santos (2018, p. 172), essa política
pública “trouxe implicações importantes e vem exigindo das universidades a adoção de um
conjunto de procedimentos específicos, alguns dos quais estranhos à sua prática de até então”.
Esses desafios podem se apresentar como obstáculos para implementar a legislação na real
perspectiva da inclusão.
Assim, deve-se pensar nas formas de inclusão que possibilitarão que os alunos cotistas
consigam permanecer nas instituições, pois de acordo com Souza (2015), para haver a
inclusão de alunos com deficiência na Universidade, é necessário realizar reflexões acerca de
metodologias de ensino, bem como da capacitação das pessoas que interagem nas relações do
dia-a-dia para a promoção de uma interação com respeito. Deve-se, sobretudo,
promover soluções, aberturas e um olhar atento sobre as diferenças. Requer
criar possibilidades de acesso, refletir sobre como nós nos percebemos nas
relações com as diferenças e, especialmente, quais são nossas ações diante
delas. É preciso ter esta consciência que as pequenas ações, no dia-a-dia,
refletem e reverberam em ações maiores para todos (SOUZA, 2015, p. 315).
Incluir e promover a acessibilidade das pessoas com deficiência no ensino superior por meio
de ambientes acessíveis e inclusivos envolve aspectos específicos de interação social e acesso
aos serviços e, assim, esse processo necessita da compreensão por parte dos atores envolvidos
para que se responsabilizem com a promoção da efetiva inclusão social e acessibilidade
(MURTA; FELOMENO; FERNANDES, 2014). Para se tornar efetiva, a educação inclusiva
necessita transpor as barreiras das instituições e demanda participação coletiva (BISSOTO,
2013).
De acordo com Siqueira e Santana (2010, p. 135), estamos vivenciando uma era da
diversidade e, dessa forma, “não cabe mais discriminar e excluir”, já que a inclusão e o
reconhecimento das pessoas com deficiência traduz os significativos avanços rumo à
democracia plena da sociedade.
A intenção deste texto, enquanto relato de experiência, foi dar visibilidade ao percurso
metodológico das ações realizadas nos anos de 2018 e 2019 do projeto de extensão “Ação
multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade” e, assim, demonstrar como a
extensão pode atuar no auxílio à promoção da inclusão social e acessibilidade nas IFES.
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A contribuição engloba a premissa de disseminar o conhecimento adquirido de forma a
incentivar novas possibilidades estratégicas no processo de inclusão social e acessibilidade
das pessoas com deficiência nas IFES, além de promover a reflexão acerca da importância e
fortalecimento do projeto para uma unidade acadêmica.
MATERIAL E MÉTODOS
No âmbito de uma Universidade Federal, foi criada, no ano de 2014, a Pró-Reitoria de
Assuntos Estudantis (PRAE) que, dentre o seu rol de competências, atua na proposição de
princípios e diretrizes para a política de assuntos estudantis por meio dos eixos de ações
afirmativas, assistência estudantil e apoio a projetos de estudantes. No mesmo ano, foi criado
o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) desta universidade para tratar de assuntos
pertinentes à inclusão da pessoa com deficiência. Atualmente os dois órgãos, NAI e PRAE,
atuam em conjunto nos processos de inclusão social e acessibilidade da universidade. De
forma específica, visando à promoção da acessibilidade e inclusão das pessoas com
deficiência nos ambientes dessa universidade, encontra-se o Programa de apoio à inclusão e
promoção à acessibilidade, cujas propostas devem envolver a realização de projetos de
ensino, pesquisa e extensão.
No ano de 2017, foi formatado por uma unidade acadêmica, o projeto de extensão “Ação
multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade”, idealizado por servidores
técnicos administrativos e coordenado pela diretoria da unidade. A proposta foi formalmente
vinculada ao Programa de apoio à inclusão e promoção à acessibilidade da universidade e
passou a vigorar no ano de 2018. Esse artigo engloba o desenvolvimento das atividades
realizadas nos anos de 2018 e 2019 pelo projeto.
A extensão universitária entendida como “processo interdisciplinar educativo, cultural,
científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros
setores da sociedade” (FORPROEX, 2012, p. 28), torna-se importante elemento inserido no
cerne das IFES para que cumpram a sua finalidade e afirmem o seu compromisso com a
sociedade (RODRIGUES, 2013). Para Rodrigues (2013, p. 146) “A mudança social é um dos
principais objetivos da extensão, que promove melhoria na qualidade de vida das pessoas
assistenciadas. Trata-se de um progresso da academia com as comunidades.” Em reforço a
isso, pontua-se que a extensão universitária se apresenta na atualidade como uma “importante
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política pública” de intercâmbio com a sociedade (ALBRECHT; BASTOS, 2020, p. 68) e
deve ser configurada, também, de modo a propiciar olhares críticos, reflexivos e de cidadania
com vistas ao diálogo plural para a resolução das problemáticas sociais (PINA-OLIVEIRA;
CHIESA, 2016).
Com essa perspectiva e, no contexto da Lei de Cotas, é que o projeto “Ação multiplicadora:
uma proposta de inclusão social e acessibilidade” foi criado. O projeto foi pioneiro ao
propiciar foco às pessoas com deficiência na unidade. Com a intenção de propalar discussões
acerca dos direitos da pessoa com deficiência para a comunidade acadêmica e, ainda,
proporcionar uma inclusão mais efetiva aos alunos, o projeto elenca em suas atividades a
organização de eventos, relatórios descritivos, produção intelectual, sessões interativas
relacionadas à temática. A proposta priorizou a discussão sobre o tema “inclusão e
acessibilidade” no âmbito de uma unidade acadêmica com vistas a promover a
conscientização da comunidade universitária sobre a importância do acolhimento e apoio às
pessoas com deficiências, resultando em uma inclusão efetiva.
A falha na comunicação, muitas vezes por falta de conhecimento, faz com que o atendimento
a esse público seja limitado e inadequado e a proposição de melhorias estruturais e,
principalmente, o fomento de discursos afirmativos auxiliam o processo de mudança
atitudinal da comunidade universitária e acessibilidade. Pontua-se que a reestruturação
institucional não deve se pautar simplesmente no fator técnico, já que depende, sobretudo, das
mudanças atitudinais, comprometidas e intencionadas dos atores envolvidos com a inclusão
social (MACIEL, 2000).
Nos dois anos de execução do projeto, as ações desenvolvidas envolveram a promoção de
dois seminários, a formatação de três vídeos sobre a temática, a elaboração de um mapa de
riscos, a realização de uma Mostra, uma sessão de cinema, apresentação de trabalhos em
eventos e publicação científica. A formulação dessas atividades envolveu o entendimento da
extensão enquanto processo de integração da Instituição de Ensino ao contexto regional, e seu
vínculo com o ensino e com a pesquisa para o atendimento das necessidades sociais de forma
a contribuir para as construções cidadãs (CARBONARI; PEREIRA, 2007).
Para a preparação dos seminários, uma das principais ações do projeto, os membros da equipe
foram guiados pelo aprofundamento teórico acerca das discussões da pessoa com deficiência.
A primeira etapa metodológica para a realização dos seminários consistiu em pesquisa
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bibliográfica e documental. Nessa etapa, foram pesquisados, além da literatura geral sobre a
temática, os trabalhos de teses e dissertações da universidade, voltados para a inclusão da
pessoa com deficiência no ensino. Por meio dessa busca, foi possível reconhecer
pesquisadores locais envolvidos com a temática e que poderiam atuar como palestrantes dos
seminários.
No ano de 2018, considerando que seria o primeiro evento da unidade abordando a temática
de forma específica à comunidade, a programação do I Seminário de Inclusão Social e
Acessibilidade envolveu: (i) os Desafios e perspectivas para a acessibilidade e inclusão
universitária; (ii) os Direitos da pessoa com deficiência no ensino superior; (iii) a Convenção
sobre os direitos das pessoas com deficiência e evolução das nomenclaturas; (iv) Libras e
Saúde: acessibilidade no atendimento clínico; (v) Perspectivas da inclusão da pessoa com
deficiência intelectual no ensino superior. O II Seminário de Inclusão Social e Acessibilidade,
realizado no ano de 2019, abordou: (i) A Saúde Mental no contexto da Inclusão; (ii)
Acessibilidade, um direito de ser e (iii) Plataformas acessíveis: o uso da web como
instrumento de apoio à pesquisa para alunos com deficiência.
Para a divulgação dos eventos, a equipe trabalhou em conjunto com os canais de comunicação
da unidade e da universidade e, assim, foi possível atingir um público diversificado, composto
pela comunidade interna universitária, alunos, professores e servidores; pela comunidade do
entorno e, ainda, profissionais da rede de saúde municipal, totalizando uma média de duzentas
e dez pessoas.
Os participantes, no momento da inscrição, indicavam se necessitariam de algum tipo de
suporte no decorrer do seminário, ou seja, tradução para Libras, espaço para cadeirante, dentre
outras necessidades a serem atendidas pelos membros organizadores. Considerando
palestrantes e inscritos, participaram dos eventos pessoas com deficiências motoras, visual e
auditiva. Para a realização do primeiro seminário foi necessária a inclusão de tradutor
português/ libras/português.
As questões tratadas nos seminários proporcionaram grande aprendizado ao público como o
melhor entendimento acerca das deficiências e os processos necessários para a inclusão
efetiva das pessoas. Para a formatação das programações dos seminários, o interesse do
projeto envolveu a busca por especialistas das mais variadas áreas, além de priorizar a
presença de palestrantes com deficiência. Dessa forma, considera-se que o objetivo dos dois
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primeiros eventos, realizados em 2018 e 2019, foi cumprido e os seminários propiciaram a
reflexão da comunidade universitária para atuação conjunta como multiplicadores de inclusão.
Para a formatação dos vídeos, a equipe trabalhou com a pessoa com deficiência no contexto
universitário, considerando as barreiras arquitetônicas de um campus universitário. O
primeiro vídeo foi realizado com uma pessoa com deficiência visual que faz uso de todos os
espaços do campus. O vídeo contemplou a rotina da pessoa e uma entrevista, na qual ela
apresentou o relato das dificuldades diárias enfrentadas em sua trajetória aos espaços do
campus. O vídeo foi gravado nos espaços do campus e nas dependências da unidade
acadêmica e contemplou a locomoção da pessoa em escadas, corredores, portaria e seu
percurso até o restaurante universitário. A entrevista semiestruturada envolveu a elaboração
de um roteiro e foi realizada nas dependências da unidade. Toda a gravação foi editada por
um profissional da área de audiovisual e o vídeo final foi exposto em um evento da
universidade, recebendo menção honrosa da Pró-Reitoria de Extensão.
O segundo vídeo envolveu uma animação apontando as principais barreiras arquitetônicas de
um campus universitário às pessoas com deficiência. A formatação e roteiro do vídeo foram
realizados pelos próprios membros do projeto. O terceiro foi realizado com o relato de vida de
uma pessoa com deficiência. O percurso metodológico que envolveu a formatação dos vídeos
acarretou grande aprendizado aos membros do projeto. Os produtos audiovisuais têm a
capacidade de atingir um público maior e, assim, amplificar a discussão da temática. Com
apoio da gestão local, as produções foram divulgadas nos canais informativos existentes da
unidade acadêmica.
No ano de 2019 foi formulado um Mapa de Riscos de um campus universitário, considerando
os principais espaços de acesso e uso comum, como restaurantes, biblioteca, portarias e
entrada das unidades. O mapa serviu de referência para a formatação de um dos vídeos que,
de forma interativa e ilustrativa, aponta a localização dos pontos de maior risco às pessoas
com deficiência, ou seja, aponta onde há barreiras arquitetônicas que dificultam o livre acesso
aos espaços de uso comum. O mapa foi formatado em conformidade com as diretrizes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (NBR 9050, 2004), “que estabelece
critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação
e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de
acessibilidade”.
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Para a detecção dos principais pontos de risco às pessoas com deficiência, localizados em um
campus universitário, a metodologia utilizada foi a observação. Trata-se de um importante
material de auxílio ao ensino e, ainda, à gestão de recursos da universidade no que diz
respeito ao processo de acessibilidade estrutural do campus.
O processo de formatação da Mostra do projeto envolveu o registro fotogrático de um
“cadeirante” nos pontos críticos de um campus universitário, entendidos como barreiras
arquitetônicas às pessoas com deficiência. A fotografia, entendida como “suporte da imagem
que fixa momentos particulares do tempo nos espaços de registro” proporciona ao espectador
a expansão perceptiva para além do seu campo visual e, dessa forma, considera-se que a
dimensão da imagem é emancipada e alargada a cada olhar (PAIVA, 2006, p. 3).
Para o registro fotográfico, um membro do projeto, fazendo uso de uma cadeira de rodas,
demonstrou como uma pessoa com deficiência seria impossibilitada de ter pleno acesso aos
ambientes do campus de forma autônoma e acessível. As fotografias foram impressas e
afixadas em totens de comunicação visual, sendo expostas por um período de 15 dias nos
andares da unidade. As legendas das fotografias foram apresentadas em português e em
Braile. A fotografia, na Mostra, foi utilizada como metodologia a fim de proporcionar a
construção de significados acerca da acessibilidade em espaços comumente utilizados pela
comunidade universitária.
Para a sessão de cinema, em que foi exibido o filme Hoje eu quero voltar sozinho. A intenção
dos membros do projeto foi utilizar a narrativa fílmica para vivenciar os aspectos que
circundam o cotidiano de uma pessoa com deficiência. Por meio de uma análise fílmica póssessão foi possível debater os fenômenos sociais vivenciados, destacando os aspectos que
contornavam a vida do adolescente cego no que diz respeito às instituições “família”,
“sociedade”, “ensino”, bem como as discussões de gênero apontadas no filme. A análise
fílmica tem sido utilizada como importante ferramenta para o entendimento de eventos, como
metodologia no ensino ou, simplesmente, como canal de ilustração dos eventos que
contornam a sociedade (CARVALHO, 2009). Além dessas ações, durante os anos de 2018 e
2019, os membros realizaram pesquisas teóricas, escrita de trabalhos com apresentação em
eventos científicos como Congressos e Seminários. A produção intelectual do projeto é fruto
das constantes pesquisas realizadas pelos membros no percurso que envolve o cumprimento
dos objetivos da proposta extensionista.
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Sob o aspecto das vivências dos membros da equipe, o projeto tem ocasionado grande
reflexão e o deslocamento do olhar nas relações com as pessoas com deficiência, destacando:
(i) atuação efetiva como multiplicadores de inclusão no contexto universitário; (ii)
possibilidade de atuação efetiva na promoção de propostas com vistas à redução de barreiras
arquitetônicas e atitudinais; (iii) iniciação ao aprendizado da Língua Brasileira de Sinais; (iv)
aprendizagem teórica de forma reflexiva e crítica sobre a temática; (v) participação de eventos
sobre “inclusão social e acessibilidade”.
A extensão universitária, por meio do projeto, está desvelando questões há muito tempo
estruturais nos ambiente sociais, como o racismo, o preconceito, a falta de acessibilidade e,
principalmente, a exclusão social. E isso tem proporcionado aos membros, bem como à
comunidade acadêmica, refletir sobre o papel de cada um e sobre o papel institucional para o
avanço da inclusão social e acessibilidade nos ambientes da universidade.
Por meio do projeto, está sendo possível vivenciar, observar e questionar como a exclusão
está visivelmente impregnada e estruturada na sociedade. Dessa forma, atuar na promoção e
na visibilidade das questões que envolvem a dimensão social da deficiência tem sido
entendido pela equipe como aspecto fundamental para proporcionar a inclusão em seu sentido
amplo no contexto de uma universidade federal.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O projeto “Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade” realizou
suas atividades em formato integrativo entre universidade e sociedade. Foi possível, ainda,
integrar os servidores técnicos administrativos nas atividades de extensão e pesquisa, o que
não era usual no âmbito de projetos desenvolvidos na unidade. Considerando que a inserção
de alunos, professores e servidores com deficiência no ambiente universitário é cada vez
maior, pode-se afirmar que o projeto se tornou uma ferramenta de promoção à reflexão sobre
inclusão social e acessibilidade.
Nos anos de 2018 e 2019 a proposta permitiu, ainda, estudos acerca da necessidade de
adequação estrutural da unidade e de mudança atitudinal da comunidade para que haja uma
efetiva inclusão e acessibilidade nos termos tratados por Murta, Felomeno e Fernandes
(2014). A historicidade de exclusão vivenciada pela pessoa com deficiência (MACIEL, 2000;
FRANÇA; PAGLIUCA, 2009) é tema merecedor de discussão, para que a sociedade possa
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atuar na busca de proposições acertadas de integração social em todos os aspectos e, nesse
sentido, considera-se que o projeto vem auxiliando tal processo no âmbito de uma unidade
acadêmica.
A utilização de metodologias interdisciplinares tem proporcionado grande aprendizado para a
condução do projeto de forma que a extensão vem auxiliando o cumprimento da finalidade
social universitária (RODRIGUES, 2013). A proposta, por meio das ações que foram
desenvolvidas, possui cunho transformador em todas as dimensões descritas pela
FORPROEX (2013), ou seja, educação, cultura, científico e político.
Não deveria ser necessário, mas conforme apontou Luhmann (1983), a inserção de direitos
por meio de mecanismos legais está na sociedade desde os seus primórdios e, nesse sentido,
considera-se que as legislações específicas para a pessoa com deficiência (BRASIL, 2016) são
mecanismos necessários e acertados que devem ser amplamente estudados, disseminados e
atendidos. A implementação desses mecanismos deve ocorrer além do aspecto formal, pois só
assim será possível trilhar um caminho para uma efetiva inclusão social.
Por meio deste relato de experiência, foi possível evidenciar as ações de um projeto de
extensão cuja finalidade é a promoção da inclusão social e acessibilidade e como, de forma
pioneira, a unidade tem auxiliado a discussão e disseminação da temática dentro do contexto
universitário na implementação da Lei de Cotas. O papel do projeto tem sido cumprido por
meio da multiplicação de atores envolvidos com a inclusão social e acessibilidade no meio
acadêmico.
Percebeu-se que as múltiplas atividades realizadas pelo projeto atraíram um público
diversificado tal qual o que compõe a universidade e a proposta priorizou sua atuação com
vistas a reconhecer e incluir as pessoas com deficiência, fundamento necessário para o avanço
de uma sociedade plena e democrática (SIQUEIRA; SANTANA, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os processos metodológicos com vistas a propiciar a inclusão e a acessibilidade no Ensino
Superior ainda estão em fase embrionária. No contexto da universidade de vinculação desse
projeto de extensão, importantes e necessárias ações relacionadas à implementação da Lei de
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Cotas já foram tomadas e compete a cada unidade, juntamente com as Pró-reitorias,
trabalharem em conjunto nesse processo.
Considerando a extensão universitária instrumento de auxílio ao cumprimento da finalidade
social das IFES, o projeto de extensão “Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social
e acessibilidade”, por meio de suas atividades, tem ocasionado a promoção de reflexões
acerca da temática e, ainda, a proposição de ações com vistas à inclusão e acessibilidade em
uma unidade acadêmica. Os esforços administrativos para o processo de implementação da
Lei de Cotas são importantes, mas igualmente importante é a responsabilização dos
indivíduos no processo de vivência social.
Destacou-se o aprendizado que o projeto proporcionou à equipe e as perspectivas de atuação
da proposta para a reflexão da comunidade acadêmica acerca do entendimento da dimensão
social que envolve as pessoas com deficiência. A extensão universitária foi vislumbrada como
uma ferramenta complementar, de auxílio à promoção da inclusão social e acessibilidade das
pessoas com deficiência no ensino superior público brasileiro.
Por fim, com a formatação deste texto, foi possível refletir acerca da importância e
fortalecimento de projetos dessa natureza no âmbito universitário, além de congregar parte do
conhecimento adquirido de forma a incentivar novas possibilidades estratégicas no processo
de inclusão social e acessibilidade das pessoas com deficiência nas IFES.
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Submetido em 19 de setembro de 2020.
Aprovado em 4 de novembro de 2020.
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