Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2023, RUA
…
1 page
1 file
O filme Fale Comigo foi dirigido por Danny e Michael Philippou, dois australianos que já eram conhecidos pelo seu canal no YouTube, no qual faziam vídeos de horror. A premissa do filme é simples: há uma mão que permite que as pessoas possam ser possuídas. A possessão é encarada pelos personagens como uma espécie de brincadeira ou desafio. Esses personagens, jovens adolescentes — e duas crianças, praticamente — se juntam em festinhas para realizar essa brincadeira.
Este artigo pretende explorar algumas questões relativas ao modo de vida psíquico da vida contemporânea ocidental, tomando como suporte para debate o romance Clube da Luta, de Chuck Palahniuk, e o filme homônimo, de David Fincher. Fruto de um contexto pós-moderno, as referidas ficções permitem um olhar crítico sobre os monumentos abstratos da organização social, tais como representados pelo consumismo, hedonismo e calculismo. Esses aspectos são alegorizados por meio da violência física que, em uma análise mais aprofundada, expressa uma violência simbólica contra o mal-estar da civilização.
Narrativas audiovisuais nos países lusófonos - Encontros, fronteiras e territórios comuns, 2022
O presente texto se propõe a apresentar, a partir da análise de um conjunto de filmes brasileiros recentes, possibilidades para se pensar em aberturas espaciais e temporais frente a um presente que se mostra opressivo e distópico. Por meio de trilhas sonoras dissonantes e, por vezes, discordantes, essas obras audiovisuais parecem lançar a promessa de um possível “encantamento do mundo”, hipótese que será abordada no estudo. Na primeira parte, o filme Estou me guardando para quando o carnaval chegar (2019) trará uma visão geral dessa perspectiva. Em um segundo momento, os filmes Arábia (2017), Temporada (2018) e No coração do mundo (2019), realizados na cidade de Contagem (MG) pela produtora mineira Filmes de Plástico, serão o mote de uma abordagem que pretende vislumbrar espaços de passagem tanto em aspectos visuais dos filmes como em suas sonoridades, apontando não apenas para outras visibilidades, mas novas vocalidades no cinema brasileiro contemporâneo.
DOC ONLINE, 2015
Branco sai, preto fica (2014), de Adirley Queirós, mescla documentário e ficção científica para discutir a cidadania e os direitos civis sob a alça de mira do estado. Vencedor do Festival de Brasília de 2014, este longa-metragem recorre ao artifício da viagem no tempo para tratar de um fato real ocorrido em meados dos anos 1980, quando policiais invadiram o Quarentão, baile de black music organizado na cidade de Ceilândia, na periferia da capital federal, e agrediram violentamente os jovens negros que se encontravam no local. O título do filme remete à ordem de um dos policiais agressores, o qual teria ordenado que apenas os brancos deixassem o recinto do baile. O filme de Queirós é ambientado num futuro próximo indeterminado em que a segregação centro-periferia persiste e se intensifica. As populações periféricas são excluídas da capital, notícias de rádio e comunicados sugerem um estado policial racista e o trânsito de pessoas no plano piloto de Brasília só é permitido mediante apresentação de um passaporte. Branco sai, preto fica se estrutura em torno do seguinte eixo: um viajante do tempo, Dimas Cravalanças (Dilmar Durães), chega a Ceilândia num futuro próximo, mas indeterminado, onde vivem dois personagens
Galáxia, 2022
Esse artigo apresenta uma análise do filme Baise-moi (2000), de Virginie Despentes e Coralie Trinh Thi, tomando-o como obra capaz de produzir rasuras nos modos de enunciar o desejo e certos afetos comumente ligados às convenções do “feminino”. Propomos uma articulação teórica entre as formulações de Diana Taylor sobre performance, de Paul B. Preciado sobre pornotopia e de Sam Bourcier sobre ação dissensual queer para proceder à análise de três sequências do longa-metragem. Acionamos também a obra teórica e literária da própria Despentes, que opera de forma complementar ao filme e nos ajuda a perceber como Baise-moi produz uma reivindicação estética da violência marcada por traços como o exagero, a hiperviolência gráfica e o sexo explícito.
Revista Hermenêutica, 2016
A tese do novo livro de Jacyntho Lins Brandão, professor da faculdade de Letras da UFMG, é de fácil compreensão. Segundo o autor, os apologistas cristãos do segundo século se engajaram numa intensa negociação com o passado grego, dele se aproximando ou se distanciando segundo a conveniência do momento, com uma exceção única e conspícua: o estatuto literal dos deuses gregos, acerca do qual pouca negociação houve. A tese é fácil de compreender; o livro, não. Desde a dificuldade de definir o mito, que passa pela aporia agostiniana de se saber a definição, até o momento em que se peça para anunciá-la (p. 9) e pela fluidez de sua própria essência, que depende da autoridade conferida pela tradição e pelas reescrituras (p. 11-14), até a tentativa de entender por que os apologistas tiveram que lidar com ele (p. 14-18), o autor se embrenha nos caminhos pouco trilhados dos originais gregos e latinos dos dois lados da disputa. Por isso, não tentarei, aqui, criticar o livro, mas resumi-lo de um modo que suponho esclarecedor.
2020
Terreno Baldio Blues (tomara que maio demore a chegar, tomara que maio não se tarde a passar) é o segundo livro do poeta e contista Rafael Alexandrino Malafaia, contendo – a priori – poemas para dois grandes amigos e então falando não somente do que os homens sentem, mas também se perguntando onde e quando a Poesia é neles desperta. Onde começa a amizade? Onde começa a Poesia? Onde?
Do amor e da guerra: Um itinerário de narrativas, 2014
Resumo: O sofista Górgias de Leontinos propõe, no seu Elogio de Helena, um logospaignion de modelo epidítico que funciona, basicamente, como um discurso metaperformativo. Ao mesmo tempo em que propõe virtuosisticamente que Helena não pode ser considerada culpada pelos males da Guerra de Troia, livrando-a de quatro acusações diferentes (a ação das deusas Tykhé e Ananké, a violência de Páris, o Amor ou o logos), Górgias eleva o discurso ao estatuto de "grande soberano, que, com o menor e mais inaparente dos corpos, realiza os atos mais divinos" (Enc. 8). A análise sofística de Górgias imputa a culpa da sedução não ao sedutor, mas ao próprio discurso, pharmakon, remédio e veneno ao mesmo tempo. Tendo feito Helena passar do estado pior ao melhor via seu próprio discurso, autoconsciente de seu poder performativo, Górgias minimiza a culpa da mulher pela guerra e salienta os poderes divinos terríveis do logos. Nesta análise, mostrarei paralelos importantes entre o discurso sofístico metaperformativo de Górgias em defesa de Helena, de Dante em seu De Vulgari Eloquentia, e de Plauto em seu Anfitrião, em que se discute em termos quase-sofísticos o poder fundamental do logos para o desenvolvimento de outra história de amor e guerra, o mito do nascimento de Hércules transformado em (tragi)comédia. Em seu De Vulgari Eloquentia, tratado incompleto do início do século XIV, Dante, após estabelecer seu propósito de forjar o mais ilustre vernáculo italiano a partir dos mais excelentes usos literários dos dialetos vernáculos efetivamente falados na Itália, no capítulo 2 do segundo livro, procede a uma argumentação poéticoretórica que visa atrelar, do ponto de vista do conveniens, os assuntos, também ilustríssimos, que podem ser abordados com o vernáculo mais ilustre. Como, para Dante, a alma é dotada de três dimensões, a vegetal, a animal e a racional, o florentino associa a busca de cada dimensão por uma finalidade específica: o útil, o agradável e o honesto (utile, delectabile e honestus, DVE II.2.6). Os argumentos literários que se podem desenvolver a partir desses três âmbitos serão, consequentemente, relacionados à sobrevivência, ao amor físico e à virtude, ou seja, "o valor nas armas, o ardor no amor e o controle na própria vontade" (armorum probitas, amoris accensio
This volume in Portuguese collects 16 chapters about Plautus' Amphitryon and some of its receptions from Vital de Blois to the 21st century. 468 pages, published by Kotter / Ateliê Editorial.
A competitividade no ramo da construção civil estimula inúmeras organizações a implantar inovações técnicas e organizacionais em seus processos. Destacam-se a implantação de programas de gestão e de certificação da qualidade. O objetivo geral deste estudo consiste em analisar e comparar as variações das características organizacionais das empresas de construção civil que possuem e as que não possuem certificações de qualidade. Em função da necessidade da coleta de informações de uma amostra representativa da população, a pesquisa foi baseada no Método "Survey" onde foram levantados dados de 211 empresas do setor da construção civil em Curitiba-PR e região metropolitana. Para a coleta de dados foi elaborado um questionário denominado de "Diagnóstico de Empresas da Construção Civil" composto por questões relacionadas ao tipo de certificação de qualidade, caso a empresa possua, e as suas características organizacionais. A técnica escolhida para o tratamento dos dados foi a análise discriminante. Os resultados parciais apontam que características organizacionais como, por exemplo, nível de formalização de cargos e funções, treinamento e cultura organizacional sofrem influência significativa das certificações de qualidade nas empresas pesquisadas.
EDUFBA, 2020
O fato de que partilhamos uma linguagem comum, que vivemos no mesmo mundo natural e tenhamos uma mesma constituição humana nunca foi uma garantia para que esses encontros (sobre nossos assuntos corriqueiros, relevantes, urgentes) nos conduzam para o entendimento mútuo, a compreensão, a convergência de opiniões ou, pelo menos, a aceitação da divergência legítima. Falar é uma habilidade, conversar é uma arte. Aprende-se a falar com o tempo, na experiência com os outros e na espantosa descoberta do mobiliário do mundo. Conversar, por sua vez, exige ainda mais tempo, esforço e treino, requer dirigir-se aos outros, interessar-se pelos outros, mover-se das nossas próprias perspectivas, interesses e opiniões para as perspectivas, interesses e opiniões das outras pessoas. A conversa, ademais, impõe saber falar e saber silenciar.
Albuquerque: University of New Mexico Press, 1998
El Universal, 2024
Nietzsches Plastik Ästhetische Phänomenologie im Spiegel des Lebens. , 2021
Practice in Clinical Psycholoy (JPCP), 2024
Revista Tecnologias na Educação, 2018
Nato Science Series: IV: Earth and Environmental Sciences, 2006
Estudos em Homenagem ao Conselheiro Presidente Manuel da Costa Andrade, 2022
Experiencing the Shepherd of Hermas, 2022
Ernst Cassirer’s Reading of Jakob von Uexküll: Between Natural Teleology and Anthropology. In: Francesca Michelini, Kristian Köchy (eds.), Jakob von Uexküll and Philosophy. Life, Environments, Anthropology, Oxon-New York: Routledge, 2020, pp. 106-121, 2020
Online Submission, 2007
Physics Letters B, 2011
Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, 2006
Journal of Bacteriology, 1980
Open Journal of Biophysics, 2014