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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Modalidades: Balanço e Perspectiva (2/2)

Tal como prometido, apresento hoje o balanço e perspectivas da época nas restantes modalidades de pavilhão do Benfica.

FUTSAL

O Benfica partiu para 2019/20 após a conquista de um saboroso título na época transacta. Do plantel campeão saíram os espanhóis Marc Tolrà e Raúl Campos, que foram substituídos pelo brasileiro Fernando Drasler e pelo GR português André Sousa. É preciso dizer-se que o Benfica tinha no seu plantel 7 atletas não formados localmente (NFL), sendo que, nas competições nacionais, pode apenas utilizar 5 na ficha de jogo, pelo que, a meu ver fez sentido fazer essa redução no número de opções. No entanto, devo dizer que a contratação de Fernando Drasler não me parece, de todo, feliz, e a equipa sentiu muito a ausência de Marc Tolrà, peça fundamental na manobra defensiva na época transacta e que pura e simplesmente “secou” os pivots do Sporting.

A primeira metade da época trouxe dois resultados muito maus e um outro extremamente motivador para o que ainda falta jogar. Desde logo, a goleada sofrida na supertaça e a eliminação na ronda de elite da UEFA Futsal Champions League deitaram por terra dois objectivos que a equipa se propôs conquistar e adensaram as dúvidas sobre a qualidade de jogo da equipa e sobre as opções tomadas na construção do plantel. Não obstante, a equipa vem num crescendo de forma, que culminou com a vitória na Taça da Liga, em cuja final bateu o Sporting por 5-4.

Como tem sido hábito, o factor casa pode ser determinante no desfecho do campeonato, pelo que o jogo do próximo dia 9/2/2020, no João Rocha, terá importância acrescida. O Benfica lidera a liga e, caso vença essa partida, ficará em boa posição para assegurar essa vantagem numa eventual final do campeonato.

Nos saltos altos, época (mais uma) irrepreensível das nossas meninas, que somaram vitórias em todos os jogos disputados esta época e passeiam a sua classe em qualquer campo que visitem.

HÓQUEI EM PATINS

Toda a confusão em redor da renovação (ou não) de Pedro Nunes e, posteriormente, da sua saída, ainda no decorrer da época 2018/19, quase comprometiam o desfecho também desta temporada. A chegada do técnico argentino Alejandro Domínguez não teve o esperado efeito de “chicotada psicológica” e tirou algum capital de confiança sobre o rendimento que o novo treinador podia tirar de um plantel recheado de qualidade mas muito marcado por acontecimentos que, indiscutivelmente, abalaram o grupo de trabalho – refiro-me, ao título que nos foi sonegado em Alverca e, depois, tudo o que rodeou esse episódio, desde a ausência do clube na final four da Taça até à presença de jogadores na selecção nacional de hóquei.

No entanto, feito um ajuste no plantel há muito desejado (a entrada de Edu Lamas) e com a notória evolução de jogadores como Pedro Henriques – de regresso a um nível elevadíssimo – Vieirinha e a surpresa Gonçalo Pinto (regressado do empréstimo ao Valongo), a realidade é que o Benfica tem sido, esta temporada, a equipa que pratica o melhor e mais consistente hóquei em Portugal.

Apesar dos desaires no Porto e em Barcelos e do empate em Braga (este sim, um resultado “escusado”) a equipa lidera o campeonato e tem, agora, uma série de jogos teoricamente mais acessíveis que poderá permitir cavar alguma vantagem relativamente aos adversários, já que neste período haverá vários confrontos entre as equipas da frente da tabela.

Na liga europeia, o Benfica irá ultrapassar o seu grupo sem sobressaltos, embora no segundo lugar, atrás do todo poderoso Barcelona, e deverá encontrar o FC Porto nos quartos de final da prova. Será um duro teste mas, com a qualidade de jogo que a equipa vem apresentando e árbitros estrangeiros, acredito que poderemos regressar à final four onde, já se sabe, o céu é o limite.

No feminino, depois da polémica saída das irmãs Rita e Rute Lopes para o Sporting, o Benfica fez regressar a chilena Macarena Ramos, trouxe uma das melhores hoquistas mundiais, a espanhola Marta Piquero, e integrou a argentina Lety Corrales, que havia abandonado a modalidade há já alguns anos mas que continua a apresentar muita qualidade. Internamente, o Benfica tem batido todas as adversárias sem apelo nem agravo. Porém, na Liga Europeia fica a sensação que o que jogamos voltará a não ser suficiente para alcançar o desejado ceptro. Bem sei que é sempre difícil prescindir-se de treinadores ganhadores, mas para dar o passo em frente e ser mais forte e consistente na luta europeia, talvez o clube devesse repensar a continuidade de Paulo Almeida à frente da equipa.

VOLEIBOL

Caminhada triunfal. Já não há muitas palavras para descrever o percurso e a autêntica revolução operada pelo técnico brasileiro Marcel Matz no voleibol do Benfica. É simplesmente delicioso perceber o tanto que jogadores com muitos anos de casa tinham ainda dentro de si, verificar o uso da tecnologia ao serviço da qualidade do treino e do jogo, e o salto que toda a equipa deu ao nível da preparação física.

O Benfica venceu todos os jogos internos esta época e, depois de muitos anos a jogar a terceira competição europeia de clubes (a Challenge Cup), tentou a sua sorte na qualificação para principal prova europeia, a CEV Champions League. Ultrapassadas três eliminatórias frente a três equipas balcânicas, o Benfica ficou inserido no grupo D juntamente com o campeão francês (Tours), o campeão polaco (VERVA Warszawa) e os poderosos italianos do Perugia (equipa onde pontifica Wilfredo León, para muitos o melhor jogador do mundo). Mas o Benfica não se tem limitado a “participar” e ousou bater, na luz, a equipa polaca. E foi a Itália roubar um set. E a expectativa criada foi tamanha que os adeptos já não se satisfizeram com “apenas” um set ganho ao campeão francês, em casa. A equipa será, naturalmente, eliminada na fase de grupos, mas o que se conseguiu esta temporada era, há uns anos, impensável.

Não se espera outro desfecho desta época que não seja, portanto, a vitória no campeonato e taça, tal é a diferença de qualidade dos plantéis e de jogo entre o Benfica e todos os seus adversários em Portugal. Na CEV Champions League, é desfrutar. Jogamos hoje na casa do campeão polaco, às 18h00, com transmissão na BTV.

No feminino, o Benfica disputa a II Divisão e garantiu já o apuramento para a segunda fase, na qual se disputará o acesso à primeira divisão. A equipa foi reforçada, muito recentemente, com atletas brasileiras, que aparentemente deram um acrescento de qualidade e permitiram, ainda nesta primeira fase, uma vitória na casa do maior concorrente à subida (a Lusófona). O primeiro classificado da segunda fase sobe à primeira divisão, o segundo disputará um playoff contra o penúltimo classificado da primeira divisão.

E por aqui me fico. Por agora. Até breve! 

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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Modalidades: Balanço e Perspectiva (1/2)

Aceite o desafio lançado pelo Universo Benfiquista, apresenta-se este novo escriba a dar as suas opiniões neste espaço da tão prolífera blogosfera Benfiquista. Deixando os futebóis de lado, irei procurar dar o meu contributo para a divulgação e comentário do (muito) que se faz no nosso clube fora do desporto rei.

Assim, irei começar a minha intervenção neste espaço com um balanço e perspectiva da época das cinco modalidades de pavilhão masculinas, sem esquecer uma penada nas correspondentes femininas. A publicação será dividida em duas partes e será feita de A a Z.

ANDEBOL

Frustração e esperança. Estamos em janeiro e pouco resta à nossa equipa de andebol que não seja acalentar esperança num futuro diferente dos últimos 11 anos – 0 campeonatos conquistados. Se é certo que o início da temporada trouxe ânimo às hostes com a chegada de nomes grados da modalidade como Petar Djordjic ou René Toft Hansen, não menos verdade é que a realidade tem demonstrado cabalmente que permanecemos a uma distância significativa dos nossos adversários. Derrotas caseiras contra Porto e Sporting e derrotas no Pavilhão João Rocha e no Flávio Sá Leite ditam que o campeonato, embora matematicamente possível, seja já uma miragem numa fase precoce da época. A equipa ganhará ritmo e experiência na fase de grupos da Taça EHF (apuramento conseguido a custo e com muita sorte à mistura) e permanece na Taça de Portugal (defronta amanhã o ABC, em Braga), mas o que resta da época servirá, sobretudo, para que os atletas demonstrem quem tem qualidade e vontade de representar o nosso clube.

Notícias recentes apontam o espanhol Chema Rodriguez como novo timoneiro a partir da próxima época. Será o reconhecer de que o projecto trazido por Carlos Resende falhou a toda a linha e que é necessário trazer outro tipo de conhecimento e ambição para o clube, que terá de se reflectir na composição da restante equipa técnica e, acima de tudo, do plantel. O combate será feito contra dois adversários top 10-20 europeu e será duríssimo.

É, também, quanto a mim, o timing desejável para se fazer a remodelação de que a secção necessita há já algum tempo. Em 11 anos de derrotas, trocaram-se treinadores, jogadores, elementos da secção, mas não se tocou em quem lidera a modalidade no clube e que é, para o bem e para o mal, o rosto do continuado insucesso. Tempo para o professor Carlos Cruz e Filipe Gomes entregarem as pastas e deixarem entrar sangue novo, pujança, ambição, modernidade e conhecimento da modalidade, sem prejuízo da gratidão e reconhecimento pelos serviços prestados ao clube.

No feminino, depois de um arranque auspicioso, a equipa passou por uma fase complicada, com três derrotas consecutivas. As lesões de Joana Resende e Débora Moreno não têm ajudado um plantel que tem qualidade mas que, aqui e ali, tem soçobrado. Ainda assim, em ano de estreia, o segundo lugar (em caso de vitória no jogo em atraso) e ambições intactas na luta pelo título. Em breve, jogos decisivos, em casa, frente ao Madeira SAD e ao Colégio de Gaia poderão determinar se o Benfica estará, ou não, na disputa do título nacional até ao fim.

BASQUETEBOL

Após uma temporada de escolhas infelizes no que diz respeito aos jogadores estrangeiros que reforçaram a equipa, e de uma mudança de treinador já na fase final da temporada, eis que Carlos Lisboa regressa para tentar recuperar o título que foge há dois anos para a U.D.Oliveirense. O plantel manteve a base nacional – tendo saído, apenas, o base Miguel Cardoso – e fez regressar João “Betinho” Gomes, querendo isto dizer que é no Benfica que joga a maioria dos melhores jogadores portugueses. A juntar-se-lhes, e pese embora tenha existido alguma turbulência na composição do lote de estrangeiros para esta época, estão Anthony Ireland, Toure’ Murry, Anthony Hilliard, Micah Downs, Damian Hollis, Eric Coleman e Gary McGhee. Tendo em conta que, nas competições nacionais, apenas podem constar cinco estrangeiros na ficha de jogo, é expectável que, a breve prazo, um dos atletas referidos – com toda a probabilidade, Toure’ Murry – abandone o clube.

O Benfica lidera a tabela classificativa a par do Sporting, ambos com 16V e 1D. Está, do mesmo modo, a fazer uma campanha de qualidade na competição europeia na qual está inserido, a FIBA Europe Cup, mantendo intactas as aspirações de se qualificar na segunda fase de grupos – já ultrapassou a primeira. No entanto, no passado fim de semana de 18 e 19 de Janeiro, perdeu o primeiro troféu oficial da época, a Taça Hugo dos Santos, tendo sido batido na final pela U.D.Oliveirense, uma competição que revelou a existência de 4 claros candidatos ao título e grande equilíbrio entre todos.

É certo que as lesões de Tomás Barroso e Micah Downs, que não devem voltar a jogar esta época, servem de atenuante ao resultado alcançado na referida competição, mas ainda assim o plantel tem qualidade mais do que suficiente para vencer todas as competições internas. Que a derrota no troféu menor (se os há), sirva de aviso para o que resta da temporada. A nota de equilíbrio na Taça Hugo dos Santos faz relevar a importância que terá o factor casa nos playoff, pelo que é desejável que o Benfica termine a fase de regular do campeonato na liderança para poder beneficiar dessa vantagem – que poderá ser decisiva – frente a todos os adversários.

No feminino, o caso mais misterioso das modalidades de pavilhão do Benfica. O Benfica não compete na liga feminina para ganhar. A equipa venceu, surpreendentemente, a Taça Vítor Hugo, mas ocupa a 5ª posição da tabela e não se espera que consiga fazer melhor do que as meias-finais (eventualmente, em dia bom, a final) do playoff. O Benfica não tem as melhores portuguesas e, investindo em atletas estrangeiras, não preenche todas as vagas disponíveis. Dá mesmo a sensação de ausência de rumo, já que esta é uma situação que se arrasta há algumas épocas. Nota também para o facto de esta ter sido a única equipa feminina que não teve reforços em janeiro. É uma secção cuja existência tem de ser repensada, pelo menos nos moldes actuais.

Amanhã: Futsal, Hóquei em Patins, Voleibol

E-goi