Já não vivia numa ilha, mas trazia sempre a ilha dentro de mim, ninguém se liberta de uma ilha. [... more Já não vivia numa ilha, mas trazia sempre a ilha dentro de mim, ninguém se liberta de uma ilha. […]. O mar faz parte intrínseca da teia da minha vida desde os confins do tempo.
Limite: Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía, 2020
No presente ensaio analisamos as primeiras adaptações em banda desenhada publicadas em Portugal, ... more No presente ensaio analisamos as primeiras adaptações em banda desenhada publicadas em Portugal, a partir de romances de Jules Verne, o modo como terão sido concebidas, se (re)contam a história com rigor e se as imagens transmitem a ideia expressa nas ilustrações originais. Em meados do séc. XX, a adaptação de obras em BD tinha como objectivo atrair a atenção de leitores mais jovens, estratégia adoptada pelas editoras como nova forma de divulgar os romances de Jules Verne. O primeiro romance publicado pelas duas editoras, a Edinter, do Porto, e a Porto Editora, foi Voyage au centre de la Terre [Viagem ao centro da Terra], razão pela qual optamos por esta obra como objecto de estudo neste ensaio.
RUA-L: Revista da Universidade de Aveiro. Letras, 2017
A partir de alguns aspectos da vida cultural no Arquipélago da Madeira, com particular incidência... more A partir de alguns aspectos da vida cultural no Arquipélago da Madeira, com particular incidência na produção literária, é nosso propósito reflectir sobre a eventual existência de uma identidade cultural inerente a um pensamento insular. 1 Esta reflexão decorre da observação de um conjunto de atitudes da comunidade local, provindas de escritores e críticos regionais, mas também de manifestações da voz de uma colectividade que assume o seu isolamento geográfico insular, mantendo embora a perspectivação do «local regional» em relação ao «horizonte nacional». Essas atitudes apontavam para a crença generalizada numa apropriação regional de obras literárias e manifestações artísticas que tivessem como autores indivíduos nascidos no Arquipélago, quer nele perma necessem quer não; ou que, vindo radicar-se no Arquipélago, nele vivessem e produzissem artefactos estéticos como se o local regional fosse, em relação ao horizonte nacional, o elemento estruturante de uma procura ou estruturador de uma afirmação de identidade. * Muita da reflexão deste texto se deve ao contributo de Ana Margarida Falcão, a quem devo igualmente o registo escrito de uma parte.
Pretende-se, neste ensaio, apresentar correspondência inédita de Maria Lamas, directora da revist... more Pretende-se, neste ensaio, apresentar correspondência inédita de Maria Lamas, directora da revista feminina "Modas & Bordados", que permite demonstrar a abertura de oportunidades que a jornalista conferia às jovens mulheres escritoras suas contemporâneas. Neste sentido, far-se-á referência à breve história de como uma das jovens colaboradoras da referida revista se tornou amiga de Maria Lamas, trocando correspondência da qual iremos apresentar uma carta inédita enviada à dita amiga, em Janeiro de 1962, aquando da prisão de seu irmão, Vassalo e Silva, último governador do Estado Português da Índia. São ainda apresentados exemplos de textos de dois números da "Revista Modas & Bordados", de Março de 1943, através dos quais Maria Lamas publica, de modo subtil, temas susceptíveis de serem cortados pela Comissão de Censura política da época, Este "modus operandi" revela a coragem e audácia da contribuição de Maria Lamas, como directora da Revista "Modas & Bordados", para a alteração de paradigmas do papel da mulher e da sua intervenção na sociedade dos anos quarenta.
Já não vivia numa ilha, mas trazia sempre a ilha dentro de mim, ninguém se liberta de uma ilha. [... more Já não vivia numa ilha, mas trazia sempre a ilha dentro de mim, ninguém se liberta de uma ilha. […]. O mar faz parte intrínseca da teia da minha vida desde os confins do tempo.
Limite: Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía, 2020
No presente ensaio analisamos as primeiras adaptações em banda desenhada publicadas em Portugal, ... more No presente ensaio analisamos as primeiras adaptações em banda desenhada publicadas em Portugal, a partir de romances de Jules Verne, o modo como terão sido concebidas, se (re)contam a história com rigor e se as imagens transmitem a ideia expressa nas ilustrações originais. Em meados do séc. XX, a adaptação de obras em BD tinha como objectivo atrair a atenção de leitores mais jovens, estratégia adoptada pelas editoras como nova forma de divulgar os romances de Jules Verne. O primeiro romance publicado pelas duas editoras, a Edinter, do Porto, e a Porto Editora, foi Voyage au centre de la Terre [Viagem ao centro da Terra], razão pela qual optamos por esta obra como objecto de estudo neste ensaio.
RUA-L: Revista da Universidade de Aveiro. Letras, 2017
A partir de alguns aspectos da vida cultural no Arquipélago da Madeira, com particular incidência... more A partir de alguns aspectos da vida cultural no Arquipélago da Madeira, com particular incidência na produção literária, é nosso propósito reflectir sobre a eventual existência de uma identidade cultural inerente a um pensamento insular. 1 Esta reflexão decorre da observação de um conjunto de atitudes da comunidade local, provindas de escritores e críticos regionais, mas também de manifestações da voz de uma colectividade que assume o seu isolamento geográfico insular, mantendo embora a perspectivação do «local regional» em relação ao «horizonte nacional». Essas atitudes apontavam para a crença generalizada numa apropriação regional de obras literárias e manifestações artísticas que tivessem como autores indivíduos nascidos no Arquipélago, quer nele perma necessem quer não; ou que, vindo radicar-se no Arquipélago, nele vivessem e produzissem artefactos estéticos como se o local regional fosse, em relação ao horizonte nacional, o elemento estruturante de uma procura ou estruturador de uma afirmação de identidade. * Muita da reflexão deste texto se deve ao contributo de Ana Margarida Falcão, a quem devo igualmente o registo escrito de uma parte.
Pretende-se, neste ensaio, apresentar correspondência inédita de Maria Lamas, directora da revist... more Pretende-se, neste ensaio, apresentar correspondência inédita de Maria Lamas, directora da revista feminina "Modas & Bordados", que permite demonstrar a abertura de oportunidades que a jornalista conferia às jovens mulheres escritoras suas contemporâneas. Neste sentido, far-se-á referência à breve história de como uma das jovens colaboradoras da referida revista se tornou amiga de Maria Lamas, trocando correspondência da qual iremos apresentar uma carta inédita enviada à dita amiga, em Janeiro de 1962, aquando da prisão de seu irmão, Vassalo e Silva, último governador do Estado Português da Índia. São ainda apresentados exemplos de textos de dois números da "Revista Modas & Bordados", de Março de 1943, através dos quais Maria Lamas publica, de modo subtil, temas susceptíveis de serem cortados pela Comissão de Censura política da época, Este "modus operandi" revela a coragem e audácia da contribuição de Maria Lamas, como directora da Revista "Modas & Bordados", para a alteração de paradigmas do papel da mulher e da sua intervenção na sociedade dos anos quarenta.
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