Drafts by Arthur Valle
Texto de comunicação apresentada no 43. Comitê Brasileiro de História da Arte - "Urdiduras Metodo... more Texto de comunicação apresentada no 43. Comitê Brasileiro de História da Arte - "Urdiduras Metodológicas: Escolhas e Disposições na Pesquisa em História da Arte" - Juiz de Fora/MG - 23 a 28 de outubro de 2023
Artigos em Periódicos | Papers in Journals by Arthur Valle
Religião e Sociedade, 2023
O artigo procura apresentar um panorama do fenômeno da iconoclastia religiosa no Brasil contempor... more O artigo procura apresentar um panorama do fenômeno da iconoclastia religiosa no Brasil contemporâneo, bem como subsídios para seu entendimento. As reflexões propostas baseiam-se majoritariamente em fontes como notícias publicadas na imprensa e na bibliografia sobre a iconoclastia ligada às artes. A partir disso, discutimos ataques iconoclastas contra símbolos da fé católica, bem como a mais antiga onda iconoclasta que visa a imagens sacras, monumentos e locais de culto afro-brasileiros. Ao final, procuramos elencar hipóteses a respeito das motivações que estariam por trás destes atos que atentam contra o direito constitucional de liberdade religiosa no Brasil.
Imagem: Revista de História da Arte, 2023
O presente texto apresenta um panorama do emergente campo de investigações da História Digital da... more O presente texto apresenta um panorama do emergente campo de investigações da História Digital da Arte, centrando-se sobretudo em publicações em língua inglesa desde 2012. Busca-se aqui definir a História Digital da Arte e suas conexões com as chamadas Humanidades Digitais; historicizar seu desenvolvimento, desde as iniciativas pioneiras até sua afirmação no campo acadêmico; e delimitar algumas de suas abordagens metodológicas recorrentes, nomeadamente análise espacial, análise de rede, análise de imagem e análise de texto.
The International Journal of Arts Theory and History, 2023
The article discusses Afro-Brazilian sacred art status in Brazilian art historiography, focusing ... more The article discusses Afro-Brazilian sacred art status in Brazilian art historiography, focusing on a collection of sacred objects that, until 2020, belonged to the Civil Police Museum of the State of Rio de Janeiro. Emphasis is placed on the reception of Afro-Brazilian sacred art in the first half of the twentieth century, which was characterized mainly by racism and violence, factors that also underpinned the police repression of Afro-Brazilian religions during the early decades of the Brazilian Republic. In addition, Afro-Brazilian sacred art is considered in the broader context of the Brazilian modern art canon and its recent critical revision. Finally, based on the analysis of some objects from the collection of the Civil Police Museum, we propose the expansion of this canon to include Afro-Brazilian sacred art.
Modos: Revista de História da Arte, 2022
O texto apresenta o dossiê "Artes e diáspora africana: conflitos, cânones, recomeços", cuja chama... more O texto apresenta o dossiê "Artes e diáspora africana: conflitos, cânones, recomeços", cuja chamada de contribuições foi feita em dezembro de 2020. Após uma brevíssima revisão do campo de estudos que, no Brasil, tratou do tema desde o início do século XX, são delineados os principais núcleos temáticos que orientaram a organização dos dezesseis artigos que compõem o dossiê. Simultaneamente, as linhas gerais de cada um dos artigos e algumas de suas interconexões são discutidas. PALAVrAs-CHAVe Arte da diáspora africana. Arte negra. Cânone artístico. Racismo. Colonialismo.
MODOS. Revista de História da Arte, 2022
Imagem modificada: "À direita 'Tio F...' tocando o 'agôgô' [sic] e à esquerda o mesmo tocando o '... more Imagem modificada: "À direita 'Tio F...' tocando o 'agôgô' [sic] e à esquerda o mesmo tocando o 'tabaque'". Fonte: Péret, 1931c. Foto [detalhe] do autor.
19&20, 2021
XVI1.07 * * * 1. Nas chamadas religiões afro-brasileiras, pontos riscados são diagramas rituais q... more XVI1.07 * * * 1. Nas chamadas religiões afro-brasileiras, pontos riscados são diagramas rituais que possuem diversas funções. Já há algumas décadas, os pontos são muito associados com, embora não sejam exclusivos da, Umbanda. Trata-se de uma religião fortemente baseada em cultos centroafricanos aos ancestrais, mas que, dependo do terreiro, incorpora também e em variadas medidas elementos da religião iorubá dos orixás, oriunda da África Ocidental; de religiões e práticas mágicas europeias; de religiões ameríndias etc. Como postula o historiador da arte estadunidense Robert Farris Thompson (2011, p. 119), assim como faz a Umbanda, os pontos riscados contam "uma história complexa de contato e de experiência cultural, em forma de pensamento geométrico." 2. Neste artigo, apresento aspectos gerais da iconografia e materialidade dos pontos riscados, mas, sobretudo, procuro historicizar seu emprego e recepção no Estado do Rio de Janeiro. Busco complementar tal abordagem considerando os pontos no contexto geográfico ampliado do mundo Atlântico, adotando uma perspectiva transcultural e fazendo referências, ainda que rápidas, a outros sistemas de diagramas rituais oriundos de lugares marcados pela diáspora africana, como as firmas do Palo Monte cubano e os vévés do Vodu haitiano. Iconografia e materialidades 3. A designação pontos riscados é usada em contextos religiosos afro-brasileiros ao menos desde as primeiras décadas do séc. XX. Os pontos constituem um sistema parcialmente codificado de diagramas rituais que se referem a um enorme panteão de divindades e entidades espirituais. Usualmente, um determinado ponto se vincula a uma específica entidade através da incorporação de elementos iconográficos que estão associados a esta última. Algumas dessas associações iconográficas são muito comuns e difundidas. O antropólogo Raul Lody (2003, p. 202) se refere, nesse sentido, aos "pontos de conhecimento geral, chamaria de clássicos," exemplificando com o emprego de "arcos e flechas para os caboclos, ou para Oxóssi; tridentes para os Exus; espadas para Ogum; estrelas de cinco pontas para divindades aquáticas e a de Salomão para Xangô, entre outros motivos." Mas tais associações não dão conta da imensa variedade dos pontos. O próprio Lody (2003, p. 202) acrescenta que eles também podem ser "eminentemente criativos e até pessoais. [...] inventados a partir da necessidade comunicadora inerente da própria produção visual do ponto riscado." Além disso, não podemos esquecer que há grande heterogeneidade dentro do campo religioso afro-brasileiro. Por isso, é comum que, entre diferentes momentos históricos ou entre diferentes terreiros, o ponto para uma mesma entidade espiritual varie. Em geral, apenas o conhecimento preciso do contexto de produção de um ponto pode assegurar a sua adequada interpretação. É por essa razão que aqui pouco vou me deter na exegese dos pontos que apresento.
Revista de História da Arte e da Cultura, 2020
O artigo apresenta os resultados iniciais de uma investigação que visa a registrar e geolocalizar... more O artigo apresenta os resultados iniciais de uma investigação que visa a registrar e geolocalizar, em um mapa digital interativo, locais de culto relacionados às religiões afrobrasileiras e objetos de arte sacra deles oriundos. Em seu estágio atual, nosso mapeamento se baseia em um corpus de 160 notícias publicadas na imprensa da cidade do Rio de Janeiro entre 1890 e 1941. Tanto quanto um panorama da arte sacra e locais de culto afrobrasileiros, o mapa se pretende como um ato de memória contra o esquecimento da repressão policial que se abateu sobre as religiões afrobrasileiras no período em questão, bem como uma denúncia do racismo que a fundamentava e que ainda vigora no Brasil dos dias atuais.
Concinnitas, 2020
Versões preliminares foram apresentadas em: “34th CIHA World Congress of Art History,” Beijing/Ch... more Versões preliminares foram apresentadas em: “34th CIHA World Congress of Art History,” Beijing/China, 2016; “V Simpósio Internacional Padre Cícero,” Juazeiro do Norte/Brasil, 2017; “11th International Conference of Iconographic Studies - Iconoclasm and Iconophilia”, Rijeka/Croácia, 2017
Ícone: Revista Brasileira de História da Arte, 2019
Versão ampliada de comunicação apresentada no «II Colóquio Cordel em Perspectiva: os desafios da ... more Versão ampliada de comunicação apresentada no «II Colóquio Cordel em Perspectiva: os desafios da pesquisa no campo do patrimônio» - IM / UFRRJ, Nova Iguaçu, 10 e 11 de outubro de 2018
19&20, 2019
Para compreender o presente, devemos aprender a olhá-lo de esguelha. Ou então recorrendo a uma me... more Para compreender o presente, devemos aprender a olhá-lo de esguelha. Ou então recorrendo a uma metáfora diferente: devemos aprender a olhar o presente à distância, como se o víssemos através de uma luneta invertida. No final a atualidade surgirá de novo, porém num contexto diferente, inesperado. Carlo Ginzburg [1] 1. Em meados de setembro de 2017, dois vídeos divulgados em redes sociais como Youtube despertaram indignação e horror ao exibir níveis inéditos de intolerância e racismo religiosos.
IKON Journal of Iconographic Studies, 2018
Iconoclasm has often accompanied the reception of the visual culture related to the so-called Afr... more Iconoclasm has often accompanied the reception of the visual culture related to the so-called Afro-Brazilian religions, i. e. the African religions that in Brazil were syncretized with other beliefs, such as Indigenous religions, Catholicism and Spiritism. Although this phenomenon can be traced back to the Brazilian Colonial period, it has gained a wider visibility since the 1980s, when a new kind of persecution gained momentum. Both in the academic literature and in the news publicized by mass media, the more recent attacks have been attributed to Christians, especially the followers of Neo-Pentecostalism. In this paper, through a presentation of a series of recent incidents, our aim is to discuss why and how the visual culture related to Afro-Brazilian religions have been persecuted and destroyed. In so doing, we will strive to draw attention to a modern kind of religious iconoclasm that is in conflict with the freedom of religion which, by law, should characterize contemporary Brazilian society.
Modos, 2018
O artigo discute dois conjuntos de imagens que envolvem figuras célebres localizadas em posições ... more O artigo discute dois conjuntos de imagens que envolvem figuras célebres localizadas em posições contrastantes do espectro político brasileiro. Trata-se, de um lado, de imagens do ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva como presidiário, muito divulgadas desde meados de 2015, e, de outro, de imagens do atual Presidente Michel Temer como Drácula, que, embora remontando aos anos 1990, ganharam maior evidência depois que Temer assumiu o cargo de Presidente interino em maio de 2016. Fazendo referência a uma gama diversificada de media visuais, discutiremos essas imagens que têm uma função eminentemente difamatória, bem como a sua recepção, sobretudo na medida em que esta aponta para os preconceitos com relação aos conflitos que caracterizam a atual crise política brasileira.
19&20, 2018
Especialmente a partir dos anos 1910, imagens de objetos sacros das chamadas religiões afrobrasil... more Especialmente a partir dos anos 1910, imagens de objetos sacros das chamadas religiões afrobrasileiras foram com frequência reproduzidas em jornais e revistas do Rio de Janeiro. O
Revista Nós ¦ Cultura, Estética e Linguagens, 2017
19&20, 2016
Um Mefistófeles afro-brasileiro? Considerações sobre uma extinta imagem de "Exu" do Museu da Polí... more Um Mefistófeles afro-brasileiro? Considerações sobre uma extinta imagem de "Exu" do Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro *
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Drafts by Arthur Valle
Artigos em Periódicos | Papers in Journals by Arthur Valle
ISSN: 2236-0719
| 4. "Gente de palmo e meio" por Elena Komissarova | 5. "Formações transatlânticas - Mestre Didi, Martiniano do Bonfim e a arte da África no Brasil desde os oitocentos" por Roberto Conduru | 6. "Assemblagem, oclusão e a arte da sobrevivência no Atlântico Negro" por Matthew Francis Rarey | 7. "Historicizando os pontos riscados" por Arthur Valle | 8. "A marcha da civilização no Brasil em três imagens de Debret sobre a escravidão''' por Anderson Ricardo Trevisan
| 4. "Representações da Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil de 1922 e da cidade do Rio de Janeiro nas mídias" por Fernanda de Azevedo Ribeiro | 5. "Uma obra, várias perspectivas: alguns estudos sobre a Passagem do Humaitá, de Victor Meirelles" por Álvaro Saluan da Cunha | 6. "Iconografia política: o céu e as calças de Nicolas-Antoine Taunay" por Bárbara Dantas | 7. "Antes da revolução: Posada e a Gran calavera eléctrica" por Aline Alessandra Zimmer da Paz Pereira | 8. "A representação da paixão do herói trágico: o caso de Antônio Parreiras em 'Tiradentes no Getsêmani''' por Reginaldo da Rocha Leite | 9. "Quadros historicos da guerra do Paraguay" organização de Álvaro Saluan da Cunha
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B. Thinking about Matter 2: The becoming of technical artifacts: material life and non-anthropic existences
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Chairs: Paula Bertúa, Juliana Robles De La Pava, Alejandro León Cannock
Nova Iguaçu/RJ, 12 a 15 setembro de 2023
Rio de Janeiro, 07 a 12 denovembro de 2022
URL: http://www.cbha.art.br/coloquios/atual/imgs/2021_cbha_resumos.pdf
É fato inconteste que fomos surpreendidas(os) por uma tempestade que não dá sinais de cessar, e que enfrentamos desafios cotidianos que nos obrigam a repensar objetivos, metas, práticas e linhas de atuação, sob pena de perdermos o contato com a realidade avassaladora que coloca em risco a nossa integridade física e mental, rouba nossos entes queridos, subtrai nossos acervos artísticos e destrói nossas melhores expectativas familiares e profissionais. A luta da civilização contra a barbárie, comum durante as guerras, voltou a ser pauta obrigatória nas áreas de artes e ciências humanas.
Diante destas circunstâncias, para o 41º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, que acontecerá de maneira remota (em função da pandemia de COVID19), a temática escolhida pelos membros do CBHA - “Arte em tempos sombrios” - mais do que sublinhar o desalento e a desesperança, comporta a noção de resistência e convoca o conjunto dos nossos pensadores, que vivem e trabalham nas mais diversas regiões do país, a continuar acreditando na potência transformadora da arte e na busca de superação das adversidades, que nunca nos foram estranhas. Este é o momento de identificar problemas, diagnosticar causas, buscar soluções e apontar saídas coletivas para os dilemas que nos afligem.
As sessões aqui propostas abordam temáticas como as relações entre arte e as formas de violência, manifestações artísticas como espaços de luta, resistência e resiliência, imagens artísticas que atuam como dispositivos de denúncia contra os autoritarismos e os preconceitos, e os diferentes usos dos espaços de trabalho das(os) artistas como estratégias de sobrevivência. Tais proposições abordam não apenas o período em que vivemos e atuamos, mas permitem a reflexão, sob os ângulos delimitados, a respeito de todos os períodos históricos em que houve pandemias, catástrofes, censuras, desrespeito à liberdade de expressão e de opinião, que geraram importantes mudanças no curso da vida em sociedade e nas maneiras de pensar e produzir arte.
Chairs:
Todd Porterfield, New York University, Nova York
Fernanda Pitta, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo