Videos by Calvin Da Cas Furtado
A vida é sempre um mistério é um filme etnográfico realizado no contexto de entrada em campo para... more A vida é sempre um mistério é um filme etnográfico realizado no contexto de entrada em campo para a realização de uma pesquisa em antropologia social. A partir da linguagem do cinema documentário, o filme apresenta narrativas e experiências vivificadas por pessoas em situação de rua no contexto do IV Congresso de Organização e Fortalecimento do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), ocorrido entre 22 e 24 de maio de 2018, no município de Cidreira, no Estado Rio Grande do Sul.
Sinopse: Entre reflexões e performances, filosofias de vida propõem paralelos lúdicos com elementos da natureza. Um filme sobre o suicídio, a sexualidade, a liberdade, a loucura e o equilíbrio. A trajetória de uma missão. Um retrato de quatro integrantes do Movimento Nacional da População de Rua. 2 views
Entre o sonho da casa própria e a realidade da remoção, uma família acompanha o sonho da Seleção ... more Entre o sonho da casa própria e a realidade da remoção, uma família acompanha o sonho da Seleção Brasileira ser campeã da Copa do Mundo jogando no Brasil. Enquanto a Seleção Brasileira joga em casa, a família assiste aos jogos fora da casa que viviam há 16 anos.
Entresonhos é um documentário brasileiro rodado entre junho e julho de 2014 em Porto Alegre durante a FIFA World Cup.
O filme retrata o cotidiano da família de Gilberto, que trabalha como padeiro e vendedor ambulante e mora na Vila Cruzeiro. Ele acompanha aos jogos do Brasil na competição e apresenta sua rotina com a esposa Ângela e os filhos Luan e Camilly.
Realização: .doc, Instituto Cultural Padre Josimo
Apoio: Levante Popular da Juventude
Com: Ângela de Lima Borba, Camilly Borba da Rosa, Luan Guilherme Borba da Rosa, Gilberto Chagas da Rosa Papers by Calvin Da Cas Furtado
Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia
procuro refletir, no presente artigo, sobre os processos do morrer a partir do universo de relaçõe... more procuro refletir, no presente artigo, sobre os processos do morrer a partir do universo de relações sociais da população em situação de rua. Apresento três casos de morte que acompanhei durante o trabalho de campo e repercuto estes acontecimentos tomando como base as ideias que Michel Foucault (2010b) apresenta no texto A vida dos homens infames. Discorro sobre algumas experiências compartilhadas junto às pessoas do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e chamo a atenção para o episódio que inaugura esta articulação política no Brasil: o massacre da Praça da Sé.
Política & Trabalho - Revista de Ciências Sociais, 2021
Este artigo tem por objetivo refletir sobre a pandemia da Covid-19 e as políticas de vida e morte... more Este artigo tem por objetivo refletir sobre a pandemia da Covid-19 e as políticas de vida e morte, tentando evidenciar o caráter produtivo da moral na constituição de novos cenários e questões para o nosso mundo. Realizaremos tais reflexões a partir de um engajamento etnográfico das formas de mobilização em torno da proteção da população de rua no cenário da pandemia da Covid-19. Mostramos como a pandemia da Covid-19 pode ser entendida simultaneamente como uma espécie de “evento crônico agudizado” que coloca em cena formas de governo necropolíticas, implicando na gestão da pandemia definições sobre o valor e o sentido da vida e da morte de determinadas populações. Ressaltamos também as formas de mobilização do ativismo político da área que, desde a década de 2000, se caracteriza pelo crescente uso da linguagem dos direitos e da denúncia das desigualdades, chamando atenção para o fato de que a pandemia pode estar (re)introduzindo gramáticas morais associadas à vivência de rua que trabalham a partir da sua associação com o sofrimento individualizado. Essas dimensões recolocam certa tensão moral estruturante desse campo de intervenção social, entre o sofrimento individual e as desigualdades das infraestruturas de vida das pessoas.
AVÁ Revista de Antropología , 2020
Este artigo tomará o caso do Brasil e, a partir de um engajamento etnográfico de longa duração ju... more Este artigo tomará o caso do Brasil e, a partir de um engajamento etnográfico de longa duração junto à população de rua e o acompanhamento das ações de um coletivo de ativismo, realizado entre março de 2020 e março de 2021, terá como objetivo analisar as mobilizações sociais em relação à proteção da população de rua realizadas na cidade de Porto Alegre/RS. Apontaremos como esse coletivo realizou-se a partir de modos de ação diversificados, concomitantemente demandando direitos e promovendo práticas associadas à caridade e à filantropia. Trabalhando a partir de sua ambiguidade constitutiva, chamaremos atenção para o fato de que, neste contexto, a pandemia parece funcionar tanto como um evento que acentua dinâmicas humanitárias, quanto age para renovar ativismos cotidianos, os quais denunciam as estruturas desiguais de existência e a violência estatal frente à população de rua.
Tessituras: revista de antropologia e arqueologia, 2021
Procuro refletir, no presente artigo, sobre os processos do morrer a partir do universo de relaçõ... more Procuro refletir, no presente artigo, sobre os processos do morrer a partir do universo de relações sociais da população em situação de rua. Apresento três casos de morte que acompanhei durante o trabalho de campo e repercuto estes acontecimentos tomando como base as ideias que Michel Foucault (2010b) apresenta no texto A vida dos homens infames. Discorro sobre algumas experiências compartilhadas junto às pessoas do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e chamo a atenção para o episódio que inaugura esta articulação política no Brasil: o massacre da Praça da Sé.
REIA- Revista de Estudos e Investigações Antropológicas, 2018
Este projeto de pesquisa pretende investigar casos de morte que envolvam a situação de rua no mun... more Este projeto de pesquisa pretende investigar casos de morte que envolvam a situação de rua no município de Porto Alegre. Pretende-se tensionar a gestão racional burocrática estatal destes corpos e as consequências políticas, sociais e culturais que a regularidade destes
casos põe em evidencia. O foco da análise é a produção da legibilidade estatal, situando a gestão estatal de sepultamentos como o estágio derradeiro do biopoder – a morte, neste sentido, entendida como a expressão e materialização da política do deixar morrer. Propõe-se
uma pesquisa etnográfica que, por um lado, (1) situe a morte atrelada, atenuada ou derivada da situacionalidade de rua em uma rede de poder-saber povoada por técnicas estatais, mapeando os registros em documentos que interligam setores e práticas da assistência social,
saúde pública, segurança pública, ciência e justiça. E que, por outro lado, (2) acompanhe grupos de pessoas em situação ou com trajetória de rua vinculadas ao movimento social (Movimento Nacional da População de Rua) para refletir sobre uma forma de morrer outra, suas implicações, características e consequências. Passagens que evidenciam a transição do luto à luta, da reivindicação por políticas públicas até o direito ao luto, revelam a gênese de um movimento social que possui como ato fundacional um massacre.
Thesis Chapters by Calvin Da Cas Furtado
Sobre um extermínio continuado: morte e vida da população em situação de rua no contexto brasileiro, 2022
A presente etnografia possui como ponto de partida o acompanhamento, junto ao Movimento Nacional ... more A presente etnografia possui como ponto de partida o acompanhamento, junto ao Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), de um processo de repercussão sobre três assassinatos de pessoas em situação de rua ocorridos em Porto Alegre no ano de 2017. A partir de uma mobilização social por justiça, a temática da população em situação de rua foi inscrita no debate público através de um ativismo político que recorria aos símbolos do luto para reivindicar, simultaneamente, o acesso aos direitos e, sobretudo, visibilidade e justiça. Através de uma articulação particular, que colocava em evidência a recorrência das mortes com a negligência do Estado, dos governos e da sociedade, esse movimento social firmou o entendimento sobre um extermínio que tinha como alvo a população em situação de rua. Nesse sentido, o presente esforço de pesquisa persiste na tentativa de pensar a população em situação de rua no Brasil a partir de uma abordagem necropolítica – ao mobilizar a noção de extermínio continuado em um sentido político e analítico – com o objetivo de refletir sobre a centralidade da morte, dos mortos e de um processo de morrer específico a esse contingente populacional que possui no entrecruzamento com o fator racial um elemento decisivo. Proponho contextualizar tal reflexão ao recorrer brevemente à experiência colonial brasileira, bem como à historicização desse ativismo político singular, organizado na forma de um movimento social emergente, que frequentemente recorre aos símbolos do luto de modo a atualizar e repactuar sua militância mediante um vínculo entre vivos e mortos.
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Videos by Calvin Da Cas Furtado
Sinopse: Entre reflexões e performances, filosofias de vida propõem paralelos lúdicos com elementos da natureza. Um filme sobre o suicídio, a sexualidade, a liberdade, a loucura e o equilíbrio. A trajetória de uma missão. Um retrato de quatro integrantes do Movimento Nacional da População de Rua.
Entresonhos é um documentário brasileiro rodado entre junho e julho de 2014 em Porto Alegre durante a FIFA World Cup.
O filme retrata o cotidiano da família de Gilberto, que trabalha como padeiro e vendedor ambulante e mora na Vila Cruzeiro. Ele acompanha aos jogos do Brasil na competição e apresenta sua rotina com a esposa Ângela e os filhos Luan e Camilly.
Realização: .doc, Instituto Cultural Padre Josimo
Apoio: Levante Popular da Juventude
Com: Ângela de Lima Borba, Camilly Borba da Rosa, Luan Guilherme Borba da Rosa, Gilberto Chagas da Rosa
Papers by Calvin Da Cas Furtado
casos põe em evidencia. O foco da análise é a produção da legibilidade estatal, situando a gestão estatal de sepultamentos como o estágio derradeiro do biopoder – a morte, neste sentido, entendida como a expressão e materialização da política do deixar morrer. Propõe-se
uma pesquisa etnográfica que, por um lado, (1) situe a morte atrelada, atenuada ou derivada da situacionalidade de rua em uma rede de poder-saber povoada por técnicas estatais, mapeando os registros em documentos que interligam setores e práticas da assistência social,
saúde pública, segurança pública, ciência e justiça. E que, por outro lado, (2) acompanhe grupos de pessoas em situação ou com trajetória de rua vinculadas ao movimento social (Movimento Nacional da População de Rua) para refletir sobre uma forma de morrer outra, suas implicações, características e consequências. Passagens que evidenciam a transição do luto à luta, da reivindicação por políticas públicas até o direito ao luto, revelam a gênese de um movimento social que possui como ato fundacional um massacre.
Thesis Chapters by Calvin Da Cas Furtado
Sinopse: Entre reflexões e performances, filosofias de vida propõem paralelos lúdicos com elementos da natureza. Um filme sobre o suicídio, a sexualidade, a liberdade, a loucura e o equilíbrio. A trajetória de uma missão. Um retrato de quatro integrantes do Movimento Nacional da População de Rua.
Entresonhos é um documentário brasileiro rodado entre junho e julho de 2014 em Porto Alegre durante a FIFA World Cup.
O filme retrata o cotidiano da família de Gilberto, que trabalha como padeiro e vendedor ambulante e mora na Vila Cruzeiro. Ele acompanha aos jogos do Brasil na competição e apresenta sua rotina com a esposa Ângela e os filhos Luan e Camilly.
Realização: .doc, Instituto Cultural Padre Josimo
Apoio: Levante Popular da Juventude
Com: Ângela de Lima Borba, Camilly Borba da Rosa, Luan Guilherme Borba da Rosa, Gilberto Chagas da Rosa
casos põe em evidencia. O foco da análise é a produção da legibilidade estatal, situando a gestão estatal de sepultamentos como o estágio derradeiro do biopoder – a morte, neste sentido, entendida como a expressão e materialização da política do deixar morrer. Propõe-se
uma pesquisa etnográfica que, por um lado, (1) situe a morte atrelada, atenuada ou derivada da situacionalidade de rua em uma rede de poder-saber povoada por técnicas estatais, mapeando os registros em documentos que interligam setores e práticas da assistência social,
saúde pública, segurança pública, ciência e justiça. E que, por outro lado, (2) acompanhe grupos de pessoas em situação ou com trajetória de rua vinculadas ao movimento social (Movimento Nacional da População de Rua) para refletir sobre uma forma de morrer outra, suas implicações, características e consequências. Passagens que evidenciam a transição do luto à luta, da reivindicação por políticas públicas até o direito ao luto, revelam a gênese de um movimento social que possui como ato fundacional um massacre.